Inquérito SP_D2_078
doc1 : dia trinta de agosto de ( )...
doc1 : setenta e dois.
doc1 : então vocês podem começar a falar sobre família.
l1 : família?
l1 : em família.
l1 : o que que é família hein?
l1 : família é uma coisa engraçada né?
l1 : ((risos))...
l2 : nem diga!
l2 : é (meio) engraçado.
l2 : bom família para mim?
l2 : entendo como marido mulher filhos o resto não seria bem família (entende)?
l2 : seria família mas não seria ( ) união não.
l2 : maior.
l2 : isso começa começou quando eu eu particularmente conheci uma pessoa daí nós um se interessou pelo outro tivemos bastante conversas tínhamos afinidade um com o outro foi aumentando essa afinidade transformou em amor daí resolvemos ficar noivos ficamos aí resolvemos casar casamos aí resolvemos ter filhos.
l1 : ((risos))...
l2 : ahn sofri um aborto inicialmente hum depois tive um uma criança fiquei grávida de um outro.
l2 : e depois tive mais um aborto agora estou grávida novamente.
l2 : é isso que se um dia acabar que eu tenho um ( ) com essa pessoa não tem problema a gente se separa cada um vive a sua vida acho possível (que) a gente tenha amizade só um.
l1 : agora família hum hum que eu acho que é família né?
l1 : família para mim já é um negócio um pouco diferente sabe?
l1 : eu acho que família do jeito que ela está con constituída do ponto de referência que a gente tem ela tem uma carga emocional muito prejudicial.
l1 : para todo mundo entendeu?
l1 : então meu ponto de de referência como família meu pai minha mãe ahn minhas irmãs ( ) e e consequentemente o que acarretou né delas serem casadas terem tido filhos etcetera e tal.
l1 : agora para mim família poderia ser um grupo de pessoas ( ) tenham afinidade e que não tenha uma carga emocional tão prejudicial como a família tradicional.
l1 : a família ahn vamos dizer enquadrada dentro da nossa sociedade no nosso padrões sociais.
l1 : certo?
l1 : por exemplo eu tenho muito mais afinidade com certos amigos certo uma afinidade extrema do que com meu pai com a minha mãe porque meu pai e minha mãe têm pontos de referências diferentes dos meus certo.
l1 : certo?
l1 : então vamos dizer eles são eles tiveram um estágio cultural e cronológico completamente diferente eles são bas bem mais velhos do que eu então evidentemente que existe muito mais atrito do que momentos agradáveis.
l1 : então eu acho que se a gente pudesse ter a liberdade de optar as pessoas com as quais a gente gostaria de conviver muito melhor do que vi do que existe por aí.
l1 : porque a família do jeito que ela é.
l1 : do jeito que ela é constituída do jeito que ela é formada.
l1 : que na realidade eu tenho certeza que eu convivo com eles muito mais o com problema ahn de eu ser filha de eu estar com eles há muitos anos (de) existir aquele problema de ser pai de ser mãe do que por afinidade.
l1 : não que eu não goste deles pelo contrário eu gosto muito não é?
l1 : porque o gostar também vem da convivência você convivendo você começa a gostar das pessoas.
l2 : é.
l1 : agora evidentemente que ahn se eu pudesse escolher entre pessoas porque inclusive viver junto é muito difícil.
l1 : eu acho que viver junto é uma coisa dificílima por causa que querendo ou não querendo a gente possui hábitos que fazem parte da nossa personalidade então se você pudesse escolher seria muito mais agradável você viver do que éh ser obrigatoriamente eh estar num lugar com pessoas que podia ser seu pai sua mãe seu parente seu marido estar junto.
l1 : às vezes e o problema des de casar eu acho o seguinte às vezes você gosta extremamente de uma pessoa tem uma afinidade incrível um relacionamento sexual maravilhoso mas você não pode viver com essa pessoa certo?
l1 : uma pessoa que tem hábitos diferente tem uma criação diferente que às vezes os atritos podem acarretar assim muito desfecho desagradável.
l1 : enquanto que se a pessoa éh ou ambos tiverem a possibilidade de viverem juntos (sei lá) tem como exemplo a leila diniz.
l1 : entende?
l1 : não é porque morreu está na moda não é nada disso.
l1 : eu acho que ela foi sensacional o que ela fez com o rui guerra.
l1 : eles se davam bem isso aquilo resolveram ter filho não deixaram de ter filho por causa disso...
l1 : eu acho que esse problema de de que a família é uma segurança para os filhos é uma bobagem muito grande certo?
l1 : que segurança para filho é outra coisa.
l1 : éh aquilo que você pode dar para ele não é porque às vezes você pode dar hum sozinho ou ou um homem pode dar para um filho muito mais do que um casal em atrito certo?
l1 : inclusive é ex extremamente desagradável para um filho presenciar coisas assim.
l1 : então para mim família é um grupo de pessoas que se gostam que se dão bem.
l1 : certo?
l1 : e essas fazes aí que você se referiu como é que eu denominaria evidentemente que eu denomino como todo mundo denomina.
l1 : eu posso encarar diferente mas a denominação é igual.
l1 : éh namoro noivado amizade casamento ahn e etcetera entende e um desfecho feliz ou infeliz depende do nível das pessoas?
l1 : e o desfecho feliz ou infeliz.
l1 : depende do nível das pessoas.
doc1 : bem você estava falando em ter filhos a partir do momento que você ter filho (e) ter filho como (pacto) como você passa a dividir os anos dele?
doc1 : não sei ( ) entendeu...
l2 : (dessa criança)?
doc2 : é por exemplo de um a cinco anos como você chamaria?
l1 : infância pô.
doc2 : então depois (o que que vem)...
l2 : eu entendo que a infância vai aos (vinte e) cinco anos.
doc2 : não eu generalizei.
l1 : não mas ela deu um exemplo.
doc2 : então depois disso o que que vem?
doc2 : que que você acha que qualifica melhor cada uma das fases?
l2 : (tudo) depende da de como você for dividir porque a criança tem várias fases entende?
l2 : tem a fase oral tem a fase anal...
l1 : a fálica.
l2 : a fálica.
l1 : a genital...
l2 : genital e ( )
l2 : ( )
l1 : ( )
l2 : a do bebê ele vai para para frente...
l2 : seria isso que você (queria)?
doc2 : e o que que você acha qualifica melhor cada uma delas?
doc2 : qual o aspecto mais importante de cada uma delas?
l2 : acho que todas elas são importantes.
doc2 : não eu sei.
doc2 : mas o mas o (em) qua...
doc1 : mas o que caracteriza cada fase?
doc2 : cada fase.
l2 : bom inicialmente a criança é é preocupada como eu je já disse na fase oral é em pegar as coisas por na boca é isso.
l2 : depois a fase anal hum no qual ela se interessa por cocô em esfregar série de coisas...
l2 : é...
l1 : faz ( ) ter interesse pelo sexo...
l2 : lógico.
l1 : porque ela começa a descobrir um certo prazer ao manusear o sexo...
l1 : uhn depois é é a é a fase vamos dizer que do adolescente começa a ter interesse pelo sexo oposto...
l2 : ou...
l1 : ou não necessariamente...
l2 : ou não necessariamente porque é muito comum masturbação...
l1 : ( )
l1 : maturidade...
l1 : (é) a maturidade...
l2 : também e se interessar pos mesmo sexo...
l2 : aí é uma definição né?
l2 : o cara gosta de um sexo ou do outro...
l1 : depende da maturidade que que a pessoa atinge né?
l1 : (depois disso vem) depois a a a maturidade é muito relativa porque cronologicamente ou pelo menos dentro de um de um aspecto formal é aos vinte anos né que ele começa a ter uma certa maturidade.
l1 : mas tem gente aí que morre e que não atingiu a maturidade.
l1 : apesar que maturidade também é uma coisa convencional certo?
l1 : quer dizer existe um todo uma um aspecto convencional de dizer vem a ser um sujeito maduro certo?
l1 : agora pode ser que uma maturidade para mim por exemplo ( ) existe aspectos existe aspectos infantis nela em mim e isso não tem o dizer que a gente ainda não atingiu uma certa maturidade.
l1 : quer dizer a pessoa dependendo do que ou do que foi na infância certo por exemplo dizem que as pessoas que tem assim fascinação por coisas coloridas é pessoa que ne tem uma carga ainda infantil muito grande certo?
l1 : eu sou uma pessoa que sou fascinada por coisas coloridas (entende)?
l1 : por exemplo eu sou uma pessoa que sou capaz de tomar um sorvete se ele for extremamente colorido.
l1 : mesmo que eu não esteja com vonta.
l1 : então isso aí eu sei que é uma carga infantil que eu carrego e uma outra um monte de coisas que eu não talvez eu ainda não tenha descoberto.
l1 : mas em outros aspectos eu me considero bastante madura em em termos de enfrentar determinadas coisas etcetera e tal.
l1 : então é é muito difícil a gente caracterizar a pessoa.
l1 : existe todo um aspecto formal de caracterização.
l1 : mas isso não não é uma um uma situação ortodoxa de comportamento não o ser humano é é muito complexo para a gente tentar catalogá-lo né?
l1 : não dá.
l1 : mas eu acho que em geral é isso aí que a gente falou.
doc1 : e por exemplo você estava falando da adolescência o que que caracterizaria fisicamente a (fase)?
l1 : (faz parte).
doc1 : qual seria quais seriam as mudanças que ocorreriam?
l2 : na adolescente?
doc1 : sim.
l2 : no caso da mulher?
doc1 : da mulher
l1 : do dois.
doc1 : ( )
l2 : mulher começa a desenvolver certas partes do corpo ela fica menstruada tem grande fantasias vive uma fase super fantasiosa adora uma pessoa que normalmente ela nem tem contato nenhum que ela imagina príncipe encantado...
l2 : e no homem penso que mas é muito igual né?
l2 : penso que (seja).
l2 : acho que é igual.
l1 : senhora diz só no aspecto físico?
l1 : ou...
doc1 : bom pode ser também...
doc2 : em geral.
doc1 : eu não sei ( )
l1 : em geral?
l1 : ah...
l1 : uma um...
l1 : aspecto físico é o que ela disse o problema do rapaz eu acho que começa a crescer a barba né?
l1 : ahn começa a aparecer pelos no corpo tanto feminino como masculino.
l1 : então começa a haver uma uma curiosidade pela transformação.
l1 : ahn há o problema de de rejeição né?
l1 : o adolescente acho que sofre de uma paranóia incrível né?
l1 : ele tem mania de perseguição que o pai não gosta dele que a mãe não gosta dele que ninguém entende ele certo?
l1 : que o professor ou a professora são são pessoas quadradas são pessoas que já eram não é?
l1 : e é uma fase de indefinição total que ao mesmo tempo ele quer se autoafirmar ele quer tomar atitudes de adulto mas ao mesmo tempo ele não tem uma retaguarda emocional para para t para assumir as atitudes que ele toma é uma fase total de indefinição.
l1 : aliás eu acho adolescente uma coisa insuportável (entende)?
l1 : acho eu eu parti para adolescente eu digo isso porque eu tenho raiva de adolescente porque eu trabalhei muitos anos com adolescente então eu acho uma criatura assim extremamente insuportável eu acho que é.
l1 : uhn acho que é uma fase que inclusive se pudesse a a pessoa não passar por ela seria melhor.
l1 : porque a gente depois vê o vexame o ridículo de tudo que passou.
l1 : apesar de ser natural.
l1 : as coisas são naturais mas ao mesmo tempo a gente rejeita de tão ridículas que elas são.
l1 : eu acho adolescente um chato (sabe)?
l2 : eu acho maravilhoso.
l1 : eu não gosto de adolescente.
l1 : acho um chato!
doc1 : ((risos))...
doc1 : então você (defina) ((risos))...
l2 : ah eu acho (muito) bacana porque eu acho que é uma época bastante fecunda entende?
l2 : apesar de ter uma série de problemas você vive aquilo com muita intensidade.
l2 : eu acho divino adolescente.
doc1 : ( ) exemplo poderia dar um um exemplo do que poderia ser bacana (assim) nessa fase?
l2 : olha só as descobertas entende que eu acho que o adolescente faz.
l2 : principalmente em relação à família entende?
l2 : que até aquele momento a família é a era o máximo entende?
l2 : era o pináculo da glória.
l2 : ele...
l2 : o deus era os pais entende?
l2 : às vezes o professor também o professor a escola tudo aquilo que ele frequentava.
l2 : na adolescência ele começa a questionar tudo isso.
l2 : eu acho que através disso ele tira muita coisa.
l2 : ela é muito importante para ele!
l2 : (porque) partir do momento que você questiona é que você vai chegar à conclusões mais sérias.
l2 : eu acho que o mais bacana é que você começa a questionar daí o cara vai se.
l2 : daí o cara vai se tornar sei lá vai ter uma maior visão da realidade.
doc2 : bem agora vamos mudar um pouquinho de assunto.
doc2 : você estava falando de filho isso tudo eu gostaria de saber assim a respeito da saúde deles
doc2 : o que que vai bem e o que que não vai?
doc2 : quais os problemas que passam?
doc2 : em que idade mais ou menos?
l2 : bom vou dizer particularmente certo?
l2 : quando o meu filho nasceu eu fiquei bastante preocupada.
l2 : (ele) morria de medo entende?
l2 : tinha medo que morresse.
l2 : nunca tinha tido contato com criança pequena.
l2 : então eu fiquei bastante apavorada.
l2 : a respiração do recém nascido a respiração não é não é igual à nossa entende?
l2 : isso me apavorou terrivelmente.
l2 : passou-se um mês dois meses entende isso deixou de me preocupar entende?
l2 : e não sei eu acho importante você não ser muito preocupada entende?
l2 : principalmente com a saúde da criança.
l2 : porque se você for uma super mãe que vai ahn esterilizar tudo não deixar a criança brincar não deixar pegar na terra e isso e aquilo e aquilo outro a criança não vai ter defesas nenhumas.
l2 : eu acho que deve correr entende?
l2 : você deve deixar livremente além dela criar anticorpos ela terá um maior saúde psíquica entende?
l2 : que uma criança livre ela se desenvolve muito mais.
l2 : agora é lógico que é essencial uma série de cuidados (por exemplo).
l2 : (tendo em peso) dando as vacinas coisas que podem dar se (ele) tiver ( ) um problema mais sério você consulta um médico coisa desse tipo.
doc2 : você falou em vacina em vacina contra o que por exemplo?
l2 : bom contra a poliomielite eu morro de medo porque eu tive então (quer dizer) eu acho importantíssimo!
l2 : a tríplice também é muito importante a varíola...
l1 : o sarampo ( )
l2 : o sarampo (dei).
l2 : agora existem correntes que acham que não deve dar o sarampo meu filho não teve reação nenhuma com o sarampo foi ótimo não pegou sarampo.
l2 : acho que só que eu conheça pelo menos que eu dei (o) bêcêgê.
doc2 : e quais as doenças por exemplo que ele já teve?
l2 : olha o meu filho só teve uma pequena diarreia entende?
doc2 : e resfriado?
doc2 : nada?
doc1 : e sem ser doença especificamente ( ) quando (o neném) cai que que acontece?
doc1 : ( )
l2 : (bom) eu deixo.
l2 : realmente eu deixo não me apavora e ele tem uma resistência boa impressionante ele o meu filho por exemplo sábado passado a unha dele do dedo levantou inteirinha e ele simplesmente fez ai e acabou entende eu não não acoco muito obviamente que se depois!
l2 : ele o meu filho por exemplo sábado passado a unha dele do dedo levantou inteirinha e ele simplesmente fez ai e acabou entende?
l2 : eu não eu não acoco muito...
l2 : ou fique ( ) se tiver que m medicar eu faço alguma coisa mas do contrário ele tem uma à dor muito grande.
l2 : não sei se seria resistência ou eu que sou diferente.
l2 : então eu me choco terrivelmente mas eu acho que é sim.
doc1 : e que outros acidentes você ( ) (com o seu filho)?
doc1 : além do ( ) assim porque criança normalmente se agita demais né?
doc1 : (alguns) acidentes são comuns.
l2 : eu não sei entende?
l2 : porque o o meu filho é uma criança mu sei lá ele sabe usar muito bem a liberdade que a gente dá para ele entende?
l2 : apesar de ele ter três anos se eu falar para ele não atravessar a rua ele não atravessa entende?
l2 : então sei lá só uma fatalidade mesmo entende?
l2 : agora é lógico que objetos super perigosos por exemplo não vou deixar na mão dele.
l2 : ele agora...
l2 : hoje ele já pode mexer numa tesoura.
l2 : não vou deixar ele correr com a tesoura.
l2 : e ele nem vai correr com a tesoura entende?
l2 : ele não se interessa.
l2 : choque por exemplo ele já tomou entende?
l2 : mas agora ele não mexe mais entende?
l2 : ou se mexe mexe com a tomadinha direitinho entende?
l2 : e não tem problema.
l2 : ( ) de outro tipo de acidente sei lá isso é uma fatalidade um carro uma trombada (não sei).
doc1 : ( ) não?
l1 : não sei.
doc1 : ( )
doc1 : ( ) (fala um pouco)!
l1 : eu não tenho filho ((risos))...
doc2 : mas não precisa ter.
l2 : ( )
l1 : não mas e eu eu concordo eu concordo totalmente com a sílvia.
l1 : eu não tenho e acho que se eu tivesse um filho eu acho que assumiria esse comportamento também.
l1 : um comportamento de propiciar à criança um um máximo de discernimento...
l1 : (apesar) que algumas vezes eu discorde porque eu sou um pouco neurótica assim com criança de achar que vai cair que vai se esborrachar no chão mais pelo trabalho que eu vou ter se ela se esborrachar que realmente pela segurança da criança diga-se de passagem.
l1 : então às vezes eu me choco com ela porque ela dá uma liberdade extrema para criança não sei o que que pode acontecer depois disso porque ele só tem três anos a gente não sabe se daqui a três ou quatro quando ele tiver um relacionamento ahn mais social do que familiar não sei o que pode acontecer.
l1 : mas eu acho que está certo.
l1 : entre o que existe e o que ela faz eu fico com ela.
doc1 : (está bom) sobre (essa) área ( )
doc2 : agora a gente vai mudar um pouquinho de assunto ((risos))...
doc2 : nós queríamos que vocês falassem a respeito de roupas.
doc2 : o que usa hoje?
doc2 : o que usou anteriormente?
doc2 : e o que vocês acham que vai usar daqui a uns dez ou vinte anos?
doc2 : tanto para homem como para mulher.
l1 : bom ((risos)) eu acho que tanto eu como a sílvia ahn o que usou ontem né?
l1 : apesar que o nosso ontem não é tão longínquo assim ((risos))...
l1 : mas...
l1 : ah o ontem dos avós...
l1 : bem pelo que a gente sabe pelo que a gente tomou conhecimento através de revista do que eles mesmos contam eu a moda é uma coisa oscilante eu acho que a moda ela existe para que a sociedade de consumo possa sobreviver né?
l1 : pelo menos uma parte da sociedade de consumo possa sobreviver.
l1 : então evidentemente que no fundo a gente acaba acompanhando apesar de de tentar relegar a um segundo terceiro quarto plano mas a gente acaba acompanhando porque eu tenho a impressão que se a gente não acompanhar a gente começa a não se sentir bem (entende)?
l1 : então eu tenho a impressão que quando sei lá o apareceu a moda saco ((risos)) que a gente pegou essa moda se a gente (não) quisesse (ter vestido) saco eu tenho a impressão que a gente se sentiria mal.
l1 : imagina aquela época a gente andar de de minissaia não é?
l1 : e eu eu tenho impressão uhn que eu não tive estrutura para para chegar e agredir entende?
l1 : com uma roupa totalmente diferente.
l1 : primeiro porque eu talvez nem chegasse a a a imaginar uma roupa totalmente diferente porque ahn eu não tenho espírito criativo para isso.
l1 : mas ahn não teria coragem.
l1 : realmente não teria coragem.
l1 : então eu tenho a impressão que a moda a roupa a gente vai acompanhando no que surge...
l1 : evidentemente que existe determinado tipo de roupa que a gente se sente melhor ahn e que cai melhor na gente.
l1 : evidentemente que se eu fosse uma gorda assim eu talvez usasse uma nã não usaria uma saia curta certo?
l1 : agora evidentemente que ou na estampa ou no modelo alguma coisa estaria ligada à moda.
l1 : eu tenho quase que certeza.
l1 : agora eu acho que acompanhar a moda é no sentido muito amplo do que...
l1 : primeiro porque eu não tenho condições econômicas para acompanhar certo?
l1 : eu não não por exemplo de fazer uma roupa assim com...
l1 : quando saiu o longo que todo mundo usava eu tenho um (único) certo?
l1 : então eu não tenho condições econômicas para acompanhar.
l1 : mas eu tenho impressão que ahn pelo menos o que o que está pairando no ar o que está pairando no ar a gente está por dentro.
l1 : agora evidentemente que me detalhes a gente não acompanha eu pelo menos não particularmente acompanho porque não tenho condições econômica.
l1 : quanto a a a moda masculina o que a gente vê é que eu acho que está existindo agora uma certa libertação para o homem no sentido de uma roupa mais bonita ahn uma roupa que dizem que está se se tornando feminina mas eu não acho.
l1 : eu acho que que roupa é muito mais uma coisa que a gente se sinta bem né sinta à vontade evidentemente com um poder aquisitivo compatível do que éh do que uma escravidão né?
l1 : eu tenho a impressão que o terno é uma coisa horrível né?
l1 : pelo menos todo mundo fala que é horrível.
l1 : gravata é uma coisa pavorosa!
l1 : todo mundo se queixa.
l1 : então eu tenho a impressão que essa essa decadência do terno convencional da gravata horrorosa né éh está caindo e está dando lugar a uma a uma moda masculina muito mais liberta e muito mais agradável arejada mais higiênica né?
l1 : até mais higiênica do que existia.
l1 : e eu gosto.
l1 : particularmente eu eu gosto do tanto da moda feminina como masculina atual.
l1 : eu acho que que demonstra uma certa evolução na estética no na na estética geral tanto da roupa como da estampa.
l1 : acho mais alegre.
l1 : eu gosto.
l1 : e prefiro do que do que eu conheci do que eu participei...
l1 : e pode ser que daqui a uns dez quinze anos sei lá como você falou a gente esteja usando roupas da década de de cinquenta de quarenta sei lá né porque o negócio vai?
l1 : porque o negócio vai e volta.
l1 : depende da oscilação do mercado.
l1 : agora eu tenho a impressão que do jeito que está a saia curta eu então uma calça assim anticonvencional como a que você está usando uma calça lee et cetera e tal eu acho bastante agradável.
l2 : eu acho que a moda era bastante rígida entende?
l2 : até uns quatro anos atrás eu acho que ela muito rígida.
l2 : hoje eu acho que existe uma libertação total.
l2 : não existe mais o que usa e o que se não usa.
l2 : tem uma coisinha que está mais na moda mas nem por isso deixou deixa de usar outras coisas.
l2 : eu tive oportunidade de ver três moças a qual uma estava de shorts a outra estava de longo e a outra estava de calça comprida.
l2 : acho que usa tudo.
l2 : antigamente até um sapato de bico fino se botava de bico quadrado era ridículo!
l2 : hoje se usa tudo.
l2 : eu acho que a evolução se deve mais aos hippies ( ) né?
l2 : eu acho que tendência é a descoberta do corpo quanto mais menos roupa melhor...
l2 : está aí agora só a pecinha de baixo do biquíni nas revistas entende?
l2 : e sei lá uma libertação entendeu
l2 : acho que ela vai ser cada vez menos rígida entende?
l2 : ou cada um vai usar o que quer do jeito que se sentir bem.
doc2 : ( ) que vocês vão me dizer do tempo da vovó ((risos)) como que era (a moda)?
l1 : uhn...
l1 : a moda?
l1 : eu acho que era uma moda muito emperequetada sabe?
l1 : era cheio de enchimento eu tenho impressão.
l1 : muito chapéu muita luva muita bolsa entende?
l1 : muita liga uma coisa meio (paris velho)...
l1 : espartilho...
doc2 : o que é espartilho?
l1 : espartilho?
l2 : cintura.
l1 : é para fazer cintura entende?
l1 : (para ter) cintura segurar o busto...
l1 : agora eu acho que devia ser uma moda assim incrível!
l1 : terrível!
l1 : você imagina se se essa moda tivesse o perdurado até hoje a gente que trabalha que tem que se vestir em quinze minutos ter de colocar tudo isso você já imaginou?
l1 : ainda procurar no guarda roupa uma bolsa uma um sapato uma meia e uma luva que combinasse um chapéu.
l2 : luva!
l1 : eu me lembro que a minha mãe olha minha mãe ela (deve) sessenta e quatro anos ela não ía assim num cinema sem estar de chapéu ou com todo esse aparato.
l1 : (então) deve ser uma coisa (um) terrível monstruosa!
l1 : ainda na época do charleston melhorou um pouco né?
l1 : porque a turma usava o vestido um um pouco mais curto mas eu tenho a impressão que era uma vanguarda que usava.
l1 : eu não acredito que o negócio tenha se generalizado.
l1 : que ele foi o charleston inclusive foi repudiado enquanto dança deve ter sido tripudiado todos os as consequências que essa dança trouxe né?
l1 : eu acho que deve ter sido muito chato viu?
doc1 : o que caracterizava essa moda?
l1 : caractera caracterizava uma situação uma época entende?
l1 : principalmente uma época onde a mulher ela não não representava o papel socioeconômico que ela representa hoje...
l1 : então evidentemente que ela estaria mais voltada a esse aspecto ahn vamos dizer assim de melhorar a aparência melhorar ou ou piorar (menos) piorar mas de dar mais tempo a si de poder se arrumar...
l1 : então que poderia perder horas se arrumando perder horas no cabeleireiro perder horas numa costureira certo
l1 : fazer três quatro vestidos num mês ahn
l1 : então repre caracterizava evidentemente que eu estou caracterizando uma classe social né?
l1 : éh então caracterizava essa essa situação da mulher.
l1 : eu tenho a impressão que não seria possível.
l1 : porque é difícil uma mulher que tenha condições para perder tanto tempo né?
l1 : é muito raro hoje.
l1 : e depois pela própria evolução do mundo não é?
l1 : os meios de comunicação etcétera tudo avançando a tecnologia então não teria cabimento uma perda de tempo tão grande.
l1 : você vê que o negócio foi se tornando prático.
l1 : a criação vamos dizer assim em série então você não ti não tem mais um vestido exclusivo você tem que ter vai numa loja e compra uma coisa em série não tem cabimento.
l1 : nem mais caracterizava uma situação.
l1 : e o próprio homem também.
l1 : que numa uma roupa como a a sílvia disse bastante rígida né um vestuário pesado.
l1 : eu achava que caracterizava uma um um clima pesado.
l1 : era muito pesado aquela época.
l1 : era um uma época onde evidentemente que os valores eram mais escondidos né?
l1 : os valores eram rígidos e tinham de ser o mais escondidos possível.
l1 : hoje existe um desprendimento geral em todos os setores da vida.
l1 : então a roupa tem de acompanhar também não é?
l1 : você já imaginou a gente falando com quem gente está falando aqui?
l1 : com chapéu bolsa e luva combinando?
l1 : deus me livre!
l1 : você nem estaria olhando para gente.
doc2 : e quanto a por exemplo comprimento tipo de roupa?
l1 : comprimento?
l1 : comprimento eu acho que depende da pessoa.
doc2 : não.
doc2 : que usava (antes).
l1 : que usava?
l1 : é isso que eu estou dizendo para você que eu que eu disse as coisas tinham que ser mais escondidas.
l1 : as coisas não eram tão abertas.
l1 : então o comprimento tinha que ser realmente comprido os homens tinham que mostrar o menos possível o seu sexo então as calças eram larguíssimas certo?
l1 : as mulheres também tinham de se preservar o máximo.
l1 : então tudo isso caracterizava uma situação.
l1 : uma situação que hoje evidentemente a gente considera retrógrada atrasada e mas que na época tinha o seu valor né?
l1 : um momento histórico que que significava lá o...
l1 : então eu acho que para eles apesar que hoje a gente vê que geralmente uma pessoa dessa idade sessenta anos fala ah se eu tivesse vinte anos ah se eu tivesse vinte e cinco anos hoje eu faria muito pior!
l1 : faria pior do que vocês não é?
l1 : e tem muita gente que repudia nossa imagina se isso é saia de gente se isso é vestido de gente está aparecendo tudo!
l1 : então o eu acho que é como eles tinham que se preservar muito.
l1 : eles se preservavam muito.
l1 : a troco de quê eu não sei realmente por causa que apesar de você poder falar de uma coisa assim que ouviram con que você ouviu contar que você leu mas eu acho que a vivência é a coisa mais importante não é?
l1 : então por exemplo hoje problema de comprimento eu me sinto bem.
l1 : eu me sinto bem de micro por exemplo.
l1 : mas me sinto bem também eu me sinto maravilhosamente bem de calça lee ou ou...
l1 : porque eu vivo esse tipo de coisa certo?
l1 : e também quando tenho um longo...
l1 : mas o longo era muito mais um um nome proforme né?
l1 : por causa que vinha aberto até a cintura ((risos))...
l1 : então era um negócio bastante proforme.
l1 : não tinha a rigidez que tinha outrora.
doc1 : certo.
doc1 : e bom você estava falando do ( ) da evolução da mulher nessa em (ter conseguido).
l1 : eu acho.
l1 : tudo vocês...
doc1 : bom e o que cara como é que era então o traje da mulher assim?
doc1 : qual o detalhe?
doc1 : por exemplo elas usavam vestidos?
doc1 : como é que mesmo esses vestidos?
doc1 : os detalhes?
l1 : então eu acho que eram sei lá eram vestidos o até a canela eu não sei não é?
l1 : (não) o negócio é muito ( )
l2 : bem acinturados.
l1 : bem acinturados...
l2 : ahn sempre altos (no) até o pescoço com bastante enchimentos...
l1 : acho que bastante tinha um pouco de renda também né?
l1 : ( )
l2 : rendinhas...
l1 : é...
l1 : uma coisa bastante caprichada a gente via que ele acho que eles (não perdia) muito tempo para fazer.
l1 : eu tenho impressão.
l2 : bordados...
l2 : muitos bordados a mão que hoje quase não existe.
l1 : manga comprida.
l2 : mangas...
l2 : bastante compridas...
l2 : e era moral rígida moda rígida.
l1 : ela só insinuava.
l1 : ela não mostrava.
l1 : eu acho que hoje é o contrário entende?
l1 : a gente mostra tudo.
l1 : a insinuação fica por conta da cabeça de quem quer que seja.
doc1 : e quanto à masculina?
l1 : olha masculina que eu vejo é de fotografia evidente.
l1 : então é o que eu fa é o que eu já disse você entende?
l1 : eu acho que as calças larguíssimas era para não mostrar nada realmente.
l1 : porque você vê hoje você veja quando começou a aparecer calça justa bem justa mesmo que daí chegou a um exagero.
l1 : eu tenho a impressão que deve ter sido até discômodos né para o para o rapaz quando apareceu essa moda mas eu me lembro novecentos e sessenta e um sessenta e dois que foi assim a fase do twist né?
l1 : lembra?
l1 : que as calças eram justas demais!
l1 : era uma coisa incrível como elas eram justas!
l1 : então eu tenho impressão que o oposto que foi até mil novecentos e e quarenta cinquenta até cinquenta né década de cinquenta o oposto aquela calça larga aquele aquele paletó de ombro né com ombro marcado aquelas golas horrorosas eu tenho a impressão que era o oposto do ta não não é (que o) era o oposto de hoje mas era o mesmo problema da mulher.
l1 : era mais uma uma preservação também.
l1 : evidentemente que tudo problema da moral.
l1 : a moral a moral ela varia nesse sentido né?
l1 : ela é ela é rígida enquanto determinados ahn padrões valores mas eles vão evoluindo né?
l1 : vão caducando.
l1 : então naquela época eu tenho a impressão que se aparecesse um um homem de calça justa entende insinuando o sexo e coisa e tal isso causaria um escândalo!
l1 : é a mesma coisa que se uma mulher aparecesse com as pernas totalmente de fora.
l1 : de short assim fazendo compra na rua augusta (seria) um escândalo.
doc1 : você estava falando por exemplo do traje de homem mas assim social?
l1 : ah eu só vi fotografias.
l1 : e você da da fase antiga?
doc1 : (uhum)...
l1 : eu só me lembro do traje social.
l1 : eu tenho a impressão que raríssimas vezes eu tive a oportunidade de ver um traje...
l2 : ah mas eu acredito que variava muito pouco.
l1 : eu também acho que o homem ( )
l2 : muito pouco...
l2 : ele devia viver eternamente de de gravata (então quando) tivesse numa numa praia assim de maiô em casa de pijama ((risos))...
l1 : terno...
l1 : eu não sei.
l2 : acredito que ( ) variava.
l1 : eu não...
l1 : eu sinceramente eu não me lembro.
l2 : eu não conheço uma roupa esporte.
l1 : de...
l1 : eu não me lembro de uma fotografia que eu tenha visto que tenham me contado de uma roupa esporte.
l1 : (como a gen) é que (não) se usa muito né?
l2 : inclusive o meu pai quando passeava com ele no domingo estava sempre de terno.
l1 : meu pai também.
l1 : eu sempre no domingo vi meu pai de terno.
l1 : sempre.
l1 : e mesmo quando não era de terno era de calça tipo terno éh camisa tipo de social eu não me lembro de meu pai diferente.
doc1 : bom voltando à moda feminina atual você poderia ( ) no caso conversar sobre éh o material ( ) é feito o que usaria uma uma mulher?
doc1 : (para) pelo menos aparentemente parecer gor não aparecer gorda nem nem muito magra quais seriam os recursos assim?
l2 : em que...
l2 : em ocasiões...
doc2 : e dependendo da ocasião para on para onde ela está indo e tudo.
doc2 : como como você se vestiria em determinadas ocasiões?
doc2 : que tipo de tecido?
doc2 : que tipo de roupa?
l2 : olha eu não tenho ocasiões super específicas entende?
l2 : mas vamos dizer um casamento sei lá eu acho que usa de tudo hoje entende?
l2 : tecido para mim por exemplo é do mais barato possível entende?
l1 : ((risos))...
l2 : a não ser que ele seja um tecido que amassa que você lava uma vez joga fora não um tecido super rasurado entende?
l2 : agora eu acho que inclusive num casamento você vai de calça comprida.
l2 : você pode ter um modelo melhorzinho enfim do contrário você anda até de tênis.
l2 : eu acho que num casamento num teatro é ( ) o teatro pode.
l2 : num casamento e numa recepção só que você não vai de tênis.
l2 : do contrário você pode ir de tênis em qualquer lugar.
l2 : então se iria com um sapato a roupa pode ser bem curta entende não problema.
l2 : agora se a pessoa for super gorda então daí uma roupa super curta não fica bem.
l2 : eu se estivesse super gorda não ía usar uma roupa super curta.
l2 : então eu usaria um pantalona.
l2 : pantalona ou um longo sei lá.
l1 : olha eu uhn esse tipo de coisa também não é não faz parte das minhas preocupações.
l1 : também não tem ocasiões especiais eu acho que raríssimas vezes apareceria uma ocasião onde eu teria que pensar no que eu vou vestir.
l1 : geralmente eu eu visto o que está limpo sabe?
l1 : então eu não raríssimas vezes como ela disse um...
l1 : não casamento (eu) realmente é muito difícil eu ir em casamento principalmente se for de igreja assim eu não vou.
l1 : então eu não sei.
l1 : não acredito que que me causaria problema.
l1 : o tecido o que eu posso dizer para você é que o tecido evidentemente melhorou de qualidade hoje você pode comprar uma roupa que que dê menos trabalho para lavar para passar não tem tantos problemas de desbotar certo?
l1 : então a qualidade evidentemente que melhorou né?
l1 : éh quanto ao problema de que mais que você perguntou?
l1 : de u usar aonde?
doc2 : (os) recursos (de) para (não) ficar gorda.
l1 : ah eu acho que uma pessoa gorda por exemplo não deve usar um estampadão evidente que ela vai ficar muito mais gorda ela deve usar uma uma cor sóbria um preto um cinza escuro certo?
l1 : para disfarçar se a pessoa for muito magra então ela eu acho que ela deva apelar então para o estampado para uma roupa mais larga que não apareça tanto a magreza?
l1 : mas tenho a impressão que a gente não está (que) nós estamos muito na média entende nós estamos numa média assim atroz né então eu acho que nu não faz realmente parte das minhas preocupações isso não uma pessoa magrinha?
l1 : estamos numa média assim atroz.
l1 : então eu acho que nu não faz realmente parte das minhas preocupações isso não.
doc1 : e uma pessoa magrinha?
l1 : magrinha o que que tem?
doc1 : ( )
l1 : então é isso que eu falei usa um estampadão.
l1 : usa estampado.
l1 : uma roupa um pouco mais folgada e melhora.
l1 : ou então uma calça comprida.
l1 : apesar que hoje a pessoa magra é espetacular você entende?
l2 : eu acho maravi ( ) ((risos))...
l2 : então ((risos))...
l2 : pode usar ( ) (certo)?
l1 : então para mim e para mim uma pessoa assim magérrima é uma pessoa muito mais elegante é uma pessoa que que provavelmente vai ter muito mais charme que um hipopótamo né uma pessoa gorda.
l1 : então eu não acho que deve ser preocupação.
l1 : inclusive a mulher magra ou home o homem magro eles têm muito mais recurso muito muito mais facilidade para se vestir do que uma pessoa gorda.
l1 : vê sei lá a twiggy aí que é magérrima qualquer coisa que aquela mulher põe fica bem nela entende?
l1 : agora põe alguma coisa em cima do (de) quem?
l2 : da ( )
l1 : da ( ) não fica nada né?
l1 : daquela cantora célia lá que ontem eu vi na televisão é não vai aquilo não (tem) jeito.
l1 : eu acho que a pessoa magra hoje (de um) está na moda né?
l1 : pessoa magra.
l1 : (vai) está na moda uma pessoa magra.
doc1 : ((risos))...
l1 : então a twiggy no renascimento seria talvez s fosse queimada (até) em praça pública.
doc1 : bom e quanto à moda de criança?
l1 : ah isso deixa eu...
l1 : bom posso co co ( ).
l1 : eu não sei.
l1 : eu eu acho que criança não não não sei deve ser uma roupa bonitinha prática mas sem muita roupa né?
l1 : eu acho abominável essas mães que fazem longo para menininha de cinco anos entende?
l1 : fazem terninho para menininho de cinco anos acho abominável acho horrível cafona...
l1 : eu acho que é um problema muito mais de mãe em querer se projetar no filho do que dar realmente ao filho um sei lá uma um um ( ).
l1 : essa criança realmente às vezes ela está se sentindo mal numa roupa mas ela não se rende conta que é a roupa que está lhe prejudicando.
l1 : então eu acho que esse é um problema que cabe muito mais discernimento à mãe do que ao filho.
l1 : agora eu acho abominável roupa muito enfeitadinha para criança.
l1 : acho horrível feio detesto.
doc1 : então o que que você ( )
l1 : ué um agasalho se tiver frio certo um ou o sapato que não precisa ser daquele sapato que a mãe fica gritando para tomar para não arrastar porque é de verniz e custou caro certo?
l1 : tem que ser tênis mesmo...
l1 : por caso que o problema é esse ela bota o sapato depois fica olha não suja!
l1 : bota uma roupa com (tudo) isso o menino rola no chão fica gritando porque a roupa é nova.
l1 : então tem de ser a coisa mais assim prática possível se tiver calor é pelado mesmo e se for (agredir) vizinha bota o calço o calçãozinho e na praia o meno o menos roupa possível não tem ( ).
l1 : eu acho que a criança na medida que ela vai evoluindo que ela vai optando certo?
l1 : acho abominável par de vaso irmãos vestidos iguais criança assim iguais.
l1 : eu acho que deve ser o um o que dê maior liberdade para criança flexibilidade poder brincar sem que a mãe se desespere porque o tecido custou caro ou não.
l1 : com menos roupa possível se estiver calor.
l1 : se tiver frio um agasalho qualquer.
doc1 : e você sílvia?
doc1 : ( )
l2 : bom eu acho que a roupa deve ser prática entende?
l2 : eu gosto de roupa bonitinha entende?
l2 : se eu for comprar um agasalho eu vou comprar o agasalho bonito entende?
l2 : se comprar um shorts ele vai ser bonitinho.
l1 : para você.
l1 : pode ser que seu filho não (use) ((risos))...
l2 : claro.
l2 : para mim!
l2 : quer dizer eu não sou uma pessoa assim s vamos dizer super despreocupada que ele vai usar um shorts porque tem que usar um shorts.
l2 : não.
l2 : ele vai ser do meu gosto entende?
l2 : e realmente aquilo que for mais prático...
l2 : por exemplo tênis é relativo (entende)?
l2 : porque às vezes você precisa...
l2 : o meu filho por exemplo precisa usar bota.
l2 : então enquanto eu posso ponho a bota.
l2 : quando ele berra demais eu não ponho ((risos))...
l2 : enquanto eu posso ele usa a bota.
l2 : e acho que só.
doc1 : e num dia de frio?
l2 : ponho uma calcinha comprida entende?
l2 : uma malhinha e se pu puder um casaquinho uma japona...
l2 : eu realmente gosto de gosto de roupa bonita entende?
doc1 : e quando ele era menorzinho (criança) o que que ele ( ) usava?
l2 : ahn...
l2 : bom aí já é problema entendeu?
l2 : realmente já disse para você eu gosto de coisa bem (enfeitadinho) entende bordadinho entende?
l2 : eu gosto.
l2 : para nenezinho não muita roupa mas eu escolheria uma roupa um casaquinho de lã bonitinho uma camisinha bordadinha...
l2 : não aquecer muito a criança porque se não coitada do ( ) horrível.
l2 : um recém nascido precisaria uma roupinha tradicional entende?
l2 : não deve existir uma pantaloninha bordadinha entende?
l2 : pode ser um bordado de mais para frente.
l2 : por exemplo um morango entende?
l2 : uma cor mais berrante.
l2 : mas um casaquinho uma camisinha...
l2 : depois que ele já tem uns quatro ou cinco meses já começa usar só macacão roupinha comum.
l2 : daí começa também ter as vontades dele quando chega um dois anos assim não tem jeito né?
l2 : gosta disso ou daquilo então não tem que goste.
doc1 : quando está muito frio você agasalha (bem) a criança de que forma?
l2 : olha se for nenezinho de colo (então) eu agasalharia conforme aquilo que eu acho que é frio...
l2 : então eu se eu sobrar o meu ponto de referência entende?
l2 : pouquinho menos porque eu sei que eu sou uma pessoa que sinto mais frio que os outros entende?
l2 : agora por exemplo meu filho pode estar um frio de rachar entende ele não gosta de muita roupa entende?
l2 : ele usaria uma calcinha de lã uma malha e se saísse no vento um casaco.
l2 : mas dentro de casa ele hoje por exemplo está um dia frio (você) entende ele chegou a ficar sem blusa na rua.
l2 : (ainda) ele fica porque ele corre demais e não sei com quem que deixar.
l2 : ( ) é é assim se ela sente frio ela pede um agasalho se ela não sente ela não pede.
doc1 : bom e moda para praia?
doc1 : para criança (mesmo).
doc1 : depois você fala sobre o ( ).
l2 : bom para criança?
l2 : eu acho que deveria tanto o menino como a menina só usar o biquininho entende?
l2 : por causa do problema de de areia do micose uma série de coisa.
l2 : ( ) acho que no caso particular eu nem sempre consigo.
l2 : raremente meu filho põe shorts.
l2 : tem ele fica nu.
doc1 : e e para um adulto?
doc1 : uma moça.
l2 : um biquini.
doc1 : ( )
l2 : ahn se tivesse calor muito quente eu não vejo nada.
l2 : não precisaria de nada.
l2 : agora se tiver pode usar um uma saída de banho uma camisa ou mesmo uma toalha se ela quiser depende da pessoa né?
l2 : às vezes têm pessoas que se ( ) só usam biquini na praia.
l2 : então para sair de casa.
l2 : para praia então usa uma saída ou então uma blusa roupão.
doc2 : e além desse desse traje (que) que outros (que você usaria)?
l2 : ah um chapéu se estiver muito sol éh uma sandália se estiver muito calor para não queimar o pé...
doc2 : e um rapaz?
l2 : ah um rapaz um shorts uma sandália e uma (camisa).
l2 : se precisar né?
doc1 : ( ) alguma coisa?
l1 : eu acho a mesma coisa.
doc1 : e um dia assim mais frio...
l1 : aonde?
doc1 : qualquer lugar como você se vestiria num dia assim mais frio?
l1 : uhn calça comprida um blusa mantô uma malha de lã eu não consigo usar nada na cabeça sapato meia sei lá.
doc2 : homem usaria o quê?
l1 : mesma coisa.
l1 : sei lá um sapato mais fechado uma meia de lã uma calça de lã mantô uma malha mesma coisa.
doc1 : e que acessórios?
l1 : para o frio ou acessório normal?
doc1 : normal.
l1 : um bolso.
l1 : ( )
l1 : cinto?
l1 : se couber né no caso se houver necessidade.
l1 : acho que o cinto não tinha muito hoje assim sei lá não é tão importante né?
l1 : já foi fundamental hoje é opcão.
doc2 : c certo.
doc2 : bom vocês poderiam pre éh prever uma moda futura?
doc2 : como é que poderia ser?
l1 : como é que poderia?
doc2 : é.
doc2 : uns dez vinte anos o que seri em que consistiria?
l1 : eu tenho a impressão que do jeito que vai indo a evolução que que a moda vai ser hum cada vez mais éh num espaço de tempo cada vez menor não é?
l1 : primeiro pela própria renovação que existe dentro da indústria têxtil que é vamos dizer o a a indústria que decide sobre a moda.
l1 : depois porque pela...
l1 : eu acho que ela vai ser cada vez mais prática.
l1 : você veja que hoje já tem até calcinha que você usa uma vez joga fora né?
l1 : tsc
l1 : tem vestido que você usa uma vez joga fora se quiser.
l1 : (quer dizer) eu tenho a impressão que a tendência é a gente levar uma vida cada vez mais corrida pelo menos infelizmente é essa...
l1 : e cada vez você vai precisar de menos coisas para usar não é o mais prático possível e com material barato.
l1 : eu tenho a impressão que a a tendência num determinado nível médio é baratear não é?
l1 : pelo próprio crescimento da indústria têxtil.
l1 : agora não não consigo prever não.
l1 : quem diria que o ( ) (vai) fazer o que ele fez?
l1 : e pegou né?
l1 : (o desfile) eu não consigo prever.
l1 : você prevê alguma coisa?
l2 : eu não.
l2 : cada um vai usar o que quiser.
l2 : o que der na telha...
l1 : não eu acho que cada um está usando o que quer (cada vez) ( )...
l2 : o que for mais fácil.
l2 : mas existe (pontos de referência) né?
l1 : lógico que existe.
l1 : ( )...
l1 : eu acho que existe uma abertura né muito grande.
l1 : você pode optar entre bastante coisas né?
l1 : antes não.
l1 : então eu tenho impressão que essa abertura também vai se ampliar pela própria diversificação da indústria têxtil da do crescimento de costureiros de gente que dita moda né?
l1 : não só aqui mas no mundo inteiro.
l1 : apesar que eu acho isso uma grandessíssima de uma cretinice diga-se de passagem uma preocupação sem nenhum sentido.
l1 : por exemplo dener clodovil o dior yves saint laurent eu acho isso chatíssimo (né)?
l1 : não tem nada a ver comigo certo?
l1 : nem com ela acredito.
doc1 : ( ).
l1 : não é uma preocupação...
l1 : não faz...
l1 : não é...
l1 : eu não consigo me preocupar com esse tipo de coisa.
l1 : realmente para mim se você perguntasse para mim o que que você acha que vai ser daqui a no no futuro isso ou aquilo ou ou outro tipo de de pergunta vá lá.
l1 : mas moda?
l1 : realmente eu...
l1 : como não faz parte das minhas preocupações eu nem nem nem imagino o que possa acontecer.
l1 : ( )...
doc1 : certo?
doc1 : agora suponhamos que vocês vão para um uma região muito fria o que vocês levariam?
l1 : não eu já fui.
doc1 : uhn uhn...
l1 : para os alpes...
l2 : (os andes).
l1 : para o para os andes.
doc1 : então o que que você levaria?
l1 : (levei o que) eu tinha minha filha.
l2 : ( ).
l1 : não o que eu levaria.
l1 : o problema é o é o que eu se eu pudesse levar eu teria levado coisas incríveis.
l1 : agora o que eu levei?
l1 : eu sabia que iria estar gelado lógico né?
l1 : então eu levei um mantô emprestado...
l1 : ah a minha mãe me comprou na feira um...
l1 : sabe aquelas cuecas de homem que vem que perna inteira?
l2 : minhocão.
l1 : minhocão me comprou uma dessa que ela falou que era muito bom.
l1 : então eu botava isso botava uma camiseta botava uma outra meia plástico porque tinham me dito que na neve você precisa usar plástico para não umedecer os pés então eu botava plástico uma bota ahn botava uma malha bem pesada óculos escuro para não ter problema de vista né por causa do reflexo do sol mantô e só.
l1 : é o que eu tinha.
l2 : eu só (usei) a mais um gorro.
l2 : ((risos))
l1 : agora eu não consigo pôr nada na cabeça.
l1 : me dá uma aflição ( )...
l2 : (bem) que você usava aquele gorrinho.
doc1 : ((risos))
l1 : ah nossa...
l1 : isso me dá uma aflição começa um parecia que eu tinha o mundo na cabeça.
doc1 : ((risos))
doc1 : e como é que era num frio da pesada ( )?
l1 : colorida.
doc1 : sim mas éh o modelo?
l1 : ah o modelo era fechado até aqui e...
l2 : suéter...
l2 : ((risos))
l2 : sei lá...
l1 : sei lá né?
l1 : suéter essa gola aí ( ) (não adianta) ( )...
l2 : ( )...
l2 : gola bomba.
l1 : gola (bomba) manga comprida quadriculado vermelho...
l1 : ( ) (era) vermelho preto (e o quê)?
l2 : preto e branco.
l1 : e branco.
l1 : desculpe.
l1 : (era assim).
l1 : bem pesada.
l1 : uma lã grossa bem grossa manga bem comprida.
l2 : ( )...
l1 : e um mantô que o frio era de matar.
l2 : mas a ( ) era (com tudo).
l1 : não usei luva porque eu esqueci.
l2 : porque a gente não tem nada.
doc1 : (mas é muito bom) ( )...
doc2 : vamos supor que você fosse escolher o guarda-roupa na hora.
doc2 : o que que você levaria?
l1 : se eu pudesse?
doc2 : é se pudesse.
doc1 : é.
l1 : ah se pudesse?
doc2 : ( ).
l1 : a bota já seria (diferente) ( ).
l1 : a bota eu compraria de uma camurça de melhor qualidade...
l1 : ((risos))
l1 : ah eu não compraria esse minhocão compraria uma coisa um pouco melhor...
l1 : compraria...
l1 : a calça talvez fosse de veludo mesmo.
l1 : um veludo bem grosso assim que esquenta...
l1 : eu compraria um um mantô longo né se eu pudesse (de estilo) ((risos)) e...
l2 : (bota forrada de pele)...
l1 : é de preferência bota fo...
l1 : assim não usaria plástico né?
l1 : seria um substituto bem melhor...
l1 : e e só.
l1 : eu tenho a impressão que a blusa por baixo eu usava qualquer uma você entende?
l1 : porque ela não apareceria mesmo.
doc2 : (você põe para esquentar) né?
l1 : ah lógico.
l1 : as necessidades primárias são sempre prioritárias ahn.
doc2 : e na cabeça você não usaria nada?
l1 : não eu não sinto muito frio na cabeça.
l1 : meu problema seria o pé né que meu pé é gelado a perna assim...
l1 : na neve você já imaginou?
l1 : não dá uhn não dá pé ( ) você ficar de outro jeito.
doc2 : (bom) de neve então temos a chuva.
doc2 : ( )...
doc2 : ( ) em dia de chuva?
l1 : bom num dia de chuva minha filha eu saio de qualquer jeito que meu humor é tão péssimo que se a última coisa que eu vou pensar é em roupa.
l1 : eu odeio chuva.
l1 : odeio chuva nunca levo guarda chuva porque eu esqueço então eu me molho inteira de preferência saio com a roupa mais vagabunda que eu tiver.
l1 : se já tiver chovendo se eu pegar chuva no meio do caminho então nem me diga.
doc2 : ( )...
l1 : a roupa pior.
l2 : ah eu uma roupa de chuva eu colocaria um sapato que não fosse de camurça e que tivesse mais novo ahn uma capa e um guarda chuva.
l1 : ((risos))
doc1 : e um sapato (assim) especial não usa?
l1 : galocha?
l2 : (não).
l2 : gosto não.
l1 : ah deus me livre!
l2 : ( )...
l1 : nem galocha nem cabo de guarda-chuva.
l1 : eu sou antichuva.
doc2 : prefere tomar chuva?
l1 : ah eu prefiro tomar chuva do que sair com qualquer um desses três.
doc1 : e num dia de muito calor mas calor mesmo?
l1 : ah daí...
doc2 : como você se vestiria?
l1 : ah como eu me vestiria não como eu me visto já.
l1 : um calor de rachar um calor assim meio rio de janeiro ou bahia?
doc1 : é.
doc1 : que tipo de tecido assim que tipo de roupa?
l1 : ah o tecido o mais leve possível se possível bermuda shorts entende sandália uma blusa curta menor quantidade de roupa de possível.
l1 : se não eu posso até pegar uma desidratação.
doc1 : ( ) também.
l1 : dentro do possível.
l2 : se fosse um vestido super decotado bem curto (ou) então uma bermuda um shorts sandália assim.
doc2 : e para ficar em casa?
l1 : (já)...
doc2 : ( )...
l1 : ah em casa depende.
l1 : tem dia que eu acordo (precisando) sei lá um domingo eu sou capaz de de se eu não for sair ficar do jeito que eu acordar.
l1 : ai a preguiça é tanta!
l1 : sei lá de pijama aqueles bem vagabundo hering sabe que tem aquelas bolinhas...
l1 : ou então sei lá.
l1 : (eu) não eu não consigo imaginar porque cada vez que que eu fico em casa eu fico de um jeito então do jeito que tiver não sei.
l1 : do jeito que eu acordar ou do jeito que chegar...
l2 : até o meio dia de camisola...
l2 : depois do meio dia se não for sair qualquer roupa.
l2 : no máximo assim um peignoir...
doc1 : e para dormir assim num dia de frio?
l2 : oh!
l1 : o pijama de flanela.
doc1 : tem gente que só dorme de camisola.
l2 : ( )...
l1 : ah não.
l1 : pijama de flanela deus me livre!
doc1 : as meinhas...
l1 : as meias...
l1 : ((risos))
l2 : uma camisetinha...
l1 : meia de lã...
l1 : ainda mais que eu tenho alergia por lã eu não durmo muito de cobertor então eu sobrecarrego na roupa né?
l2 : eu também.
l1 : então o máximo que eu puder eu uso pijama bem fechado né de flanela.
doc1 : e homem?
l1 : ué do jeito que ele achar melhor sei lá.
l1 : como deve dormir?
doc2 : não.
l1 : ué pelado de cueca de pijama eu sei lá.
l1 : eu acho que a pessoa deve dormir do jeito que ela se sentir melhor.
l1 : não pode existir uma convenção para esse tipo de coisa.
l1 : evidente que cov o convencional é o pijama e a camisola.
l1 : mas isso?
doc2 : ( )...
l1 : não e nem deve ser seguido poxa.
l1 : a pessoa deve dormir do jeito que achar melhor.
doc2 : (deixa eu ver o que mais pode ser)...
doc2 : e detalhes de de moda ( )?
doc2 : (por exemplo) (questão de) modelo mesmo né?
doc2 : que tal ( )?
l1 : ah eu acho que usam terninhos ( ) não é nesse inverno está acabando por exemplo.
doc2 : como é que chama esses vestidos?
doc2 : baby quê?
l1 : ou é baby ( ) de grávida né?
l1 : a falsa grávida a pseudo-grávida...
doc2 : que que ( )?
l1 : micro.
l1 : sei lá quando faz calor?
l1 : porque aqui em são paulo o tempo é tão instável que não dá para você definir uma moda de inverno e uma moda de verão.
doc2 : uhn uhn...
l1 : os dias que estiveram frio estava todo mundo de terninho e gravata não é?
l1 : ahn...
l2 : colete...
l1 : colete que estava usando aqueles coletinho bem curto ahn...
l2 : miniblusa...
l1 : mini blusa aqueles coletinho ( ) vagabundo...
l1 : que mais?
l1 : a calça lee né que já está virando uma tradição...
l1 : ah pantalona...
l2 : pantalonas...
l1 : e quando está calor é micro.
l1 : eu tenho visto a maioria das pessoas que eu vejo acho que é de micro.
l1 : não sei se já caiu ou deixou de cair a moda.
l1 : mas eu tenho a impressão de que a as pessoas ainda estão usando vestidinho curto.
doc1 : ( ) (ou) ( )?
l1 : e eu sei olha eu estou usando.
l1 : nem sei se caiu.
l2 : ( )...
l1 : ainda não acabou eu não tiro.
doc2 : ( ) ((risos))
l1 : (é) ( ) mais agradável.
doc2 : bom e sapato?
doc2 : que que está na moda que que usou?
l2 : (já usou) sapato chanel...
doc2 : (como é que ele era)?
l2 : ah era muito bem fininho e aberto atrás.
l2 : uh depois veio o sapato com bico fino...
l1 : ai mas ( ) lembro dessas coisas não.
l2 : ( )...
l2 : tinha que andar ( ) na ponta do salto...
l1 : sinceramente...
l2 : ahn depois veio o sapato de bico quadrado...
l1 : porque eu acho que a ah moda de salto é a gente que faz.
l1 : teve a bota fase da bota ( )...
l2 : fase da bota depois teve o sapato mais fechadão o esporte né?
l2 : e agora está usando (anabela).
l2 : depois disso minha filha estou completamente fora de moda.
doc2 : e em casa que que você usa?
l1 : (ah já falei)...
l2 : ah esse lindo sapatinho divino maravilhoso que é uma meia...
l1 : sapato...
l2 : é sim é uma meia ( ) é uma meia inteiriça (forrada com couro).
l1 : é uma meia...
doc1 : ah sim.
doc1 : ( )...
doc2 : ( )...
l2 : ( )...
l1 : ah descalça...
l1 : eu nem uso sapato quase em casa.
doc2 : ((risos))
l1 : se eu puder eu uso fico descalça...
doc2 : tá mas se fizer frio?
l1 : no frio do jeito que tiver o sapato que tiver.
l1 : sapato fechado (né)?
l2 : ( )...
l2 : (acabou de comer).
l2 : ( ).
l1 : o quê?
l2 : eu não sei o que que vocês estão querendo.
l2 : vocês devem estar querendo palavras né?
l2 : que signifiquem sei lá um tipo de linguagem (não sei) ( )...
l1 : olha o nosso vocabulário acho que é bastante limitado quando se diz respeito a moda esse tipo de coisa.
l2 : é...
doc1 : (talvez) são palavras mais simples possíveis...
l1 : não é (possível) (mas ah)...
doc1 : as mais cretinas.
doc1 : ((risos))
l1 : não mas aí o o o problema é o seguinte né você não consegue falar você entende se você tiver uma motivação né?
l1 : então o seu vocabulário (ele) pode se estender pode ser cretino pode ser rico pode ser do jeito que for se o negócio lhe dis disser respeito né?
l1 : agora no caso do jeito que vocês tão levando a conversa não vai sair disso.
l2 : não vai sair disso (né)?
l1 : porque a (nossa pobreza) ( ).
doc1 : (mas tem que servir)...
doc1 : o problema é tem que ser mais ou menos assim mesmo.
l1 : uma conversa banal?
doc1 : uhn uhn...
doc1 : eu avisei no começo que ia ser bem banal.
l2 : (talvez mais para o final)...
l2 : (sei lá) (me esforcei).
l1 : é realmente vocês conseguiram puxar uma conversa banal.
l1 : estão de parabéns.
l2 : (vai querer por causa de um) chinelinho uma meinha...
l1 : ((risos))
doc1 : mas tem que ser.
doc1 : vocês têm que falar isso.
l1 : não mas vocês podiam encaminhar...
l2 : ( )...
l2 : ( ) é...
l1 : existe outro tipo de banalidade que vocês podiam encaminhar e que talvez ( ).
l2 : bom de cabeça por exemplo usa uma fivela (umas) fivelinhas com laterais e o que mais?
doc1 : (ótimo).
doc1 : isso ótimo!
l2 : o (coque não dá mais).
l1 : ((risos))
l1 : agora é cabelo comprido.
l2 : uma...
doc2 : uhn...
l2 : às vezes eu uso um lenço na cabeça se tiver muito frio um gorrinho...
l2 : penteados que eu uso?
l1 : ( )...
l2 : ah um rabo de cavalo...
l1 : ((risos))
l1 : ( )...
doc2 : ( )...
doc2 : ((risos))
l2 : um rabinho de cavalo ou então o cabelo solto...
l2 : gostaria muito de usar chanel mas não fica bem para mim...
l2 : ((risos))
l2 : para inventar (não é mole).
doc1 : ((risos))
doc1 : e quanto ao rosto o que que você faz?
l2 : ah eu (pinto).
doc1 : com o quê?
l2 : ahn bom deveria usar uns cremes que eu não uso mas deveria usar...
l1 : ((risos))
l2 : a única coisa que eu passo é um pouquinho de blush o antigo rouge ((risos)) uma base delineador...
l1 : ( )
l1 : ((risos))
l2 : uhn (como que chama aquele negócio ( )?
l1 : ((risos))
l2 : já usei muito curvex.
l2 : ( )...
l2 : e aí eu não sei também.
l2 : se alguém lembrar ( )...
l1 : já tentou cílio postiço mas perdeu também?
l2 : batom...
l2 : base né?
l1 : pó de arroz...
l2 : pó de arroz...
l2 : sombra...
l2 : acho que...
l2 : ah que eu conheço acabou.
l1 : ((risos))
l1 : não de rouge foi ót...
l1 : ai meu deus do céu!
l1 : mas vocês não querem sei lá...
l1 : pensem em outra coisa e a gente fala.
l1 : senão nós vamos ficar aqui nessa babaquice a noite inteira.
doc1 : não e ornamentos assim...
doc2 : ( )...
l1 : ah não mas não é.
l1 : sei lá vocês podiam voltar para outra coisa oh...
l1 : já que vocês ( ) achar vocabulário.
doc1 : não ornamentos que vocês usariam?
l1 : ornamento?
doc1 : ah para enfeitar um (um) pouco assim...
l2 : tsc
l2 : ah!
l2 : pulseira...
l1 : roupa?
l2 : ah...
l1 : colarzinho de macumba que está na moda...
l2 : brinco jamais ( )...
l2 : ahn...
l2 : medalhão corrente gargantilhas uhn anel ( ) anéis e aliancinhas...
doc2 : que mais?
doc1 : ( )...
l2 : ( )...
l2 : que eu estou usando?
doc1 : não ( )...
l1 : aliancinhas.
l2 : aliancinha.
l2 : ( )...
l2 : um anel em cada dedo né?
l2 : (eu não sei).
l1 : uhn...
l2 : broche não usa mais...
l1 : ((risos))
l1 : ((risos))
l1 : ai...
l1 : não tenho muito...
l2 : até que tão usando uns brochinhos agora (assim) (na cintura).
l1 : ah está usando agora...
l1 : (como chama)?
l1 : pulseira de de berloque voltou.
l2 : é...
l1 : ( ) berloque...
doc1 : ( )...
l1 : (já) tão usando.
l2 : uns berloques pendurados também uma corrente...
doc2 : e o ( ) alguma coisa?
l2 : um anel...
l1 : usa anel usa pulseira...
l2 : pulseira medalhão corrente...
l2 : não sei...
l2 : que mais?
l2 : relógio...
l1 : ah mas relógio não é nenhum enfeite é necessidade.
l2 : às vezes é.
doc2 : ( ) (ornamento) ( ) (é caro)?
l1 : uhn...
doc2 : (estão querendo) ( )...
l1 : ah!
l1 : ((risos))
l1 : (não tenho como).
doc1 : daria para vocês dizerem descreverem um ( ).
doc1 : um terno por exemplo.
doc1 : em que consiste um terno?
doc1 : ( )...
l1 : (terno)?
doc1 : é.
l2 : calça paletó colete não é gravata camisa...
l1 : para a gente descrever?
doc2 : uhn uhn.
l1 : terno de homem?
l1 : olha que eu acho bonito que eu vi é um modelo de pierre cardin que eu acho bonito...
l1 : paletó mais comprido...
l1 : não precisa ser necessariamente o mesmo tecido da calça para o paletó...
l1 : uma gravatona larga bem colorida...
l1 : e uma camisa com uma cor éh combina mas que não tem nada a ver por exemplo com a gravata na mesma cor...
l1 : eu acho bonita essa moda.
l1 : para mim me agrada.
l1 : eu acho bonito ver.
doc2 : e como...
l1 : e depende também do homem que veste né minha filha?
l1 : porque tem tem homem que não adianta pode pôr qualquer coisa que não resolve não é pierre cardin não é ( ) não é nada.
l1 : mas geralmente um homem bonito um valmor chagas por exemplo fica muito bem num pierre cardin.
doc2 : como é que é o tecido desse terno?
l1 : ah não sei.
l1 : não sei.
l2 : ( ) tão fora de moda.
l1 : ( )...
l2 : ((risos))
l1 : eu não sei de qual tecido.
l1 : sinceramente não sei.
l1 : acho bonito mas não não sei.
l1 : não saberia dizer.
doc2 : (como é que ele é assim) sabe dizer?
l1 : isso que eu estou dizendo.
l1 : o paletó é mais comprido...
l2 : (uma cor só)?
l1 : não!
l1 : diz que ( ) não necessariamente ah não precisa ser a calça igual o paletó...
l1 : uma calça que tem um...
l1 : depende também do corte né da caída.
l1 : se a pessoa se ser elegante tudo.
l2 : está usando muito cor de café (com leite)...
l1 : é.
doc2 : e por exemplo na camisa há algum detalhe assim diferente?
l1 : não.
l1 : parece que os colarinhos estão mais altos para realçar também.
l1 : porque o nó da gravata aumentou né?
l2 : ( ) não tem barbatana.
l1 : ai não sei né?
l1 : também esses detalhes né?
l2 : também não sei.
l1 : não sei se tem barbatana ou se já vem da da fábrica assim duro não sei.
l1 : eu sei que parece que é mais mais largo aqui no no comprimento do colarinho por causa do nó da gravata que aumentou.
l1 : uma gravata enorme não é não ficaria bem num numa camisa social (antiga) né?
doc2 : éh numa situação bastante formal (como é que um) um homem (se vestiria)?
l2 : smoking.
doc2 : smoking?
doc2 : e o que vocês vestiriam?
l2 : ai ( )...
l2 : eu não sei.
l1 : ((risos))
l1 : ah paletó preto de lã...
doc1 : ( ) terno.
l1 : ah éh a a gravata...
l2 : ah a qualidade do material a cor...
l1 : é mas aí não.
l1 : a qualidade n não necessariamente.
doc1 : o modelo não é diferente?
l2 : ( )...
l1 : o modelo existe um troço brilhante eu acho que é se...
l1 : ah ah...
l1 : como é que é?
l2 : cetim.
l1 : cetim né que eles põem no...
l1 : como é que chama isso aqui luís?
l1 : como é que chama?
l1 : lapela.
l1 : é lapela né sílvia?
l2 : é.
l1 : lapela põe um um cinturão uma cinta também desse mesmo tecido de cetim...
l1 : a calça a calça a calça tem um troço aqui do lado cetim também...
l2 : ( ) cetim também...
l2 : pode usar um fraque também tipo casamento né?
l1 : sapato eu não sei.
l2 : ( )...
l1 : ( )...
l1 : é châ...
l2 : ( )...
l2 : ( ) é branca.
l1 : aliás eu não eu a eu acho que eu nunca vi um homem que fica bem de smoking.
doc1 : e aquele que é branco e vermelho eu não sei o nome?
l1 : (eu não gosto) ( ).
doc1 : eu não sei o nome.
l1 : ah éh acho que é de porteiro de hotel.
l2 : eu nunca vi isso.
l1 : de lanterninha de cinema.
doc1 : não ( )...
doc1 : não tem um negócio (assim)?
l2 : tem?
doc1 : eu não sei o nome.
doc1 : mas é branco e ( )...
l1 : ah eu só (dou)...
l1 : ( ) hotel.
l2 : eu também nunca vi.
doc1 : é usado com o mesmo valor do smoking e tudo.
doc1 : é super chique.
l1 : não que eu sei ( )...
l2 : é fraque.
l2 : (fraque que era é em branco).
l1 : não!
doc1 : fraque não é branco.
l1 : fraque é pode ser daquele tecido da calça ( )...
l1 : ah eu sei lá não sei.
l1 : eu não sei como é que a aquela calça.
l1 : é calça de caguete sabe?
l1 : calça de caguete ( )?
l1 : calça de italiano italiano que gostava de usar essas calças antigamente lá (ahn) (ahn)...
doc1 : ((risos))
l1 : ah não sei.
l1 : sinceramente eu não sei.
l1 : é calça de italiano.
l1 : italiano que tinha mania de usar calça assim.
l2 : eu não sei.
l1 : tinha um troço branco ali.
l1 : realmente nós socialmente somos péssimas entende?
l1 : somos classe média decadente então nós realmente não sabemos (as coisa).
doc2 : bom houve uma época em que foi muito moda e isso para determinada determinado (público-alvo) a questão de moda para traje de serviço (né)?
l1 : o quê?
doc2 : (você acha) que ( ) que vai desde as pernas até ( ) né?
l1 : ( )...
l1 : uhn...
doc2 : isso é um traje que foi bastante usado né pelos operários ( ) né?
l1 : ahn...
doc2 : haveria algum alguma outra profissão que exigisse ( )?
l1 : existe aquele homem que bota gasolina no carro.
l1 : não sei como é que chama essa profissão.
l1 : mas é deve ser ( )...
l2 : frentista.
l1 : ah.
l1 : existe aí.
doc2 : que trajes mais que haveriam?
l1 : mais pessoas que usam macacão?
doc2 : (que)...
doc2 : não não.
doc2 : outros pe tipos de trajes que caracterizassem...
l2 : (uma profissão)?
l1 : uma enfermeira usa éh branco aquele negocinho na cabeça um protetor de na cabeça...
l1 : ué um homem de branco todo de branco a gente já sabe que é médico um dentista...
l2 : (dentista)...
l1 : dentista geralmente usa aqui em cima só né?
l1 : (não é) todo o sapato branco.
l2 : meu cunhado usa ( )...
l1 : mas eu acho que primeiro...
l2 : porteiro de hotel né?
l1 : porteiro do hotel tem um traje característico né.
l1 : lanterninha é um uniforme ridículo né cheio de coisas...
doc2 : ( )...
l1 : mas não sei.
l2 : ( ) delicadinha...
l1 : (acho que) um chapéu duro uma (farda) um chapéu duro...
l2 : um boné sei lá um quepe...
l1 : ( ) sei lá.
l1 : ( ) tem uns negócios pendurados no ombro...
l1 : geralmente são ridículos né?
l1 : coitados.
l2 : motorista de ônibus.
l1 : motorista de ônibus...
doc2 : como é que é o traje deles?
l2 : ( )...
l2 : não ( )...
l1 : você falou sua tonta.
l1 : ((risos))
l2 : não sei é uma camisa tem que ser bege a aqui ela tem uns negocinho com botão no ombro...
l1 : ( ) gente que...
l1 : como é que chama meu deus trabalha em ferrovia?
l1 : a sorocabana por exemplo tem um quepe característico tem o emblema da sorocabana não é?
l1 : um um terno azul marinho se eu não me engano.
l1 : tem gente que trabalha em ferrovia...
l1 : e bancário geralmente ( ).
l1 : oh...
l1 : ((risos))
doc1 : ( ).
l1 : é.
l1 : é não eu não sei mais.
doc2 : ( )...
l1 : ah e professor né?
l1 : você vê uma pessoa de avental...
l1 : coitado e um apagador no bolso ( )...
l1 : fatalmente é um coitado.
doc1 : e você por exemplo como advogada entendeu não tem nenhum traje assim especial?
l2 : não.
l2 : tsc tsc
l2 : bom eu não não frequento foro não é?
l1 : eu posso trabalhar de calça comprida de tudo que eu quiser.
l2 : agora o advogado que frequenta foro normalmente tem que andar de paletó e gravata né?
doc1 : não eu estava falando assim por exemplo num júri ah...
l2 : aquela roupa especial né?
doc1 : como chama aquilo?
l1 : tailleurzinho né?
l2 : não não é.
l1 : (a ir) a um júri?
doc1 : uhn uhn...
l1 : não sabia que tinha roupa especial.
l1 : mas como?
l1 : pa para assistir um júri precisa de...
l2 : não!
l2 : não é...
doc1 : não para assistir.
l2 : participantes (isso).
doc1 : os participantes.
l1 : ah é?
l2 : ( )...
doc1 : principalmente ( )...
l1 : é toga aquilo?
l1 : eu sempre esqueço o nome (daquilo).
l2 : toga não é?
l1 : éh...
l2 : não é?
doc1 : e como que é ( )?
doc1 : (tem bastante com)...
l2 : não sei.
doc1 : (é diferente os dois).
l2 : ai tem umas que na frente tem uns babadinho é que nem uma capa...
doc1 : ( )...
l1 : igual fantasia.
l2 : uma cartola não é?
l2 : eu não não é...
l1 : cartola ((risos))!
l2 : ( )...
l2 : não é um negócio que tinha assim um (coelhinho) né que tem um pingente...
l1 : (ah) ( )...
l2 : eu acho que é.
l2 : (como é) que é?
l1 : ((risos))
l2 : ((risos))
l1 : ((risos))
l2 : ai!
doc1 : já que você falou em formatura como chama aquele negócio de formatura?
l1 : ah!
l1 : não sei porque não usei.
l1 : não colei grau.
l2 : nem eu.
l1 : em cerimônia.
l2 : não tenho nem fotografia aqueles gabardines ( )...
l1 : como é que chama?
doc2 : é como que chama?
l1 : não sei.
l1 : acho que é toga né?
doc2 : ( )...
l2 : então mas eu colei grau né?
l2 : ( )...
l1 : eu não colei grau em cerimônia.
l1 : eu colei grau em (deixa eu ver)...
l1 : como é que se chama?
l1 : ( ).
l2 : é.
l1 : não eu fui...
l1 : olha eu so (fui) numa roupa horrível meu deus do céu uma coisa absurda aquilo.
l1 : é horrível!
l1 : um chapéu...
l1 : acho que a coisa mais debochada quando (você quer) apresentar professor eu já vi em desenho infantil cachorro com aquilo o macaco caricatura.
l1 : eles fizeram tudo uma caricatura.
l1 : mesmo esse júri aí que você falou é tudo caricatura.
l1 : é ridículo né?
l1 : (conforme) eles querem fazer um uma coisa engraçada uma...
l2 : mas é horrível de se ver.
l2 : juro por deus a gente estava que nem macaca.
l2 : (éh) ( ) nem um macaco.
l2 : tinha alguma coisa ( ).
l1 : olha eu nunca vi um um júri.
l1 : nunca participei nunca vi então não sei.
doc1 : (eu vi).
doc1 : é que lá é bem (escurinho).
l2 : ah vocês não querem saber o que usa os padres?
doc2 : (como é o nome)?
l1 : olha a freira por exemplo usa uma roupa anti-higiênica.
l1 : usa um boné de freira elas usam um monte de saia por baixo usam...
l2 : ( )...
l2 : (ah) tem as moderninhas que usam tailleur.
l1 : não mas tem a a freira tradicional né?
doc2 : ahn ahn...
l1 : elas usam aquele hábito na cabeça fecha tudo quer dizer transpira suor na cabeça deve dar um mau cheiro incrível.
l1 : elas...
l1 : uma vestimenta assim cor sóbria né u uma cor escura geralmente cinza preto...
l1 : (uns urubu) muito feio.
l1 : um uma urubu mesmo né?
l1 : muito feio.
l1 : padre agora acho que não usa mais batina.
l1 : é raro.
l1 : você acho que só no interior que você vê padre de batina.
l1 : geralmente eles usam terno mas com aquele colarinho branco ( )...
doc2 : como chama aquilo (mesmo)?
l1 : não sei.
l2 : ( )...
l1 : é o tipo da coisa medíocre que eu acho que eu jamais me interessaria saber.
l1 : roupa de juiz de ir em coisa de júri ((risos)) a roupa de colarinho do...
l2 : ( ) ((risos))...
l1 : colação de grau como chama o colarinho do padre não faço idéia.
l1 : juro por deus que não faço ideia.
l1 : você sabe sílvia como é que chama aquele troço (do padre)?
l2 : não faço a menor ideia.
l1 : colarinho!
l1 : é colarinho.
l1 : colarinho (de fiozinho) né?
l1 : não sei é um troço branco não sei de plástico não sei o que que (é).
doc2 : e...
l1 : porque vocês não falam em outra coisa?
l1 : de bicho de...
l2 : ((risos))
doc1 : porque (a gente segue) um assunto.
l1 : não porque daí é a gente pode falar mais coisas.
l2 : faz um bilhetinho.
l1 : ahn?
l2 : vocês não querem ser (do contra)?
l2 : ((risos))
doc1 : não obrigado.
l1 : e o assunto é...
doc1 : (e um atleta que que usaria)?
l1 : ahn?
doc1 : atleta.
l1 : que que tem?
doc2 : que que usaria?
l1 : atleta?
doc1 : é.
doc1 : quem joga por exemplo basquetequal a (praxe)?
l1 : tênis...
l1 : éh usa tênis e meia calção e camiseta.
l2 : o boxeador usa uma luva de boxe.
l1 : ah eu acho que é isso né?
l1 : uhn não ela falou basquete.
doc2 : (e quem joga)...
doc1 : é.
doc1 : não mas boxe também.
doc1 : por exemplo e no tênis?
l1 : então ( )...
l2 : aquelas sainhas?
l1 : tênis é para mulher sainha para homem é calção...
doc2 : como é que é essas sainhas?
l2 : ela é bem curtinha e toda pregueadinha.
l1 : pregueada (né)?
doc1 : e tem algum nome especial?
l2 : que eu conheça não.
l2 : ( )
l2 : ( )
l1 : acredito...
l1 : eu não faço ideia como é que chama?
l1 : não tem nome não.
l1 : não acredito (que tenha).
doc1 : e jogador de futebol?
l1 : ele usa chuteira ele usa meia...
l2 : ( )...
l2 : ((risos))
l1 : usa meia ahn três quartos né calção e (jogo de) camisa.
l2 : chuteira.
l1 : e camisa.
l2 : ah joelheira...
l1 : todo jogador usa joelheira sílvia?
l2 : que eu saiba todos.
doc1 : e de vôlei aqui aquilo que eles usam...
l1 : punheteira!
l2 : munhequeira.
doc1 : ( )...
l2 : ((risos))
l1 : ((risos))
l1 : ((risos))
l1 : ((risos))
doc1 : (mas é)...
l2 : ( )...
l1 : como é que chama aquilo?
l2 : (por que que)...
l2 : ((risos))
l1 : ah ah...
l2 : ( ) punheteira!
l1 : punheteira!
l2 : ((risos))
l1 : ai!
l1 : ( )...
l2 : ((risos))
l1 : ai ( )...
l1 : vocês também me perguntam cada coisa não?
l1 : ((risos))
l1 : ai (nos demos o) ( ).
l1 : ah...
doc1 : ah mas usa não usa?
l1 : usa usa.
l1 : é verdade.
l1 : e não é só acho que não é só quem joga vôlei que usa isso.
l2 : (ah é)...
doc1 : geralmente é né?
l2 : (quem) destronca o pulso...
l1 : é!
l1 : eu acho que não é um acessório só de esporte.
l1 : é também um acessório de correção né?
doc2 : agora a gente vê em filmes ou em fotografias aquelas damas inglesas que iam cavalgar.
l1 : ah é.
doc2 : (como que eram os trajes)?
l1 : você assistiu mulheres apaixonadas?
doc2 : (é) ( )...
l1 : woman in love assim?
l1 : ah era um...
l1 : inclusive elas andavam de lado né a cavalo?
doc2 : é um traje bastante especial né?
l1 : (início de século).
l1 : ahn?
doc2 : é um traje bastante especial.
doc2 : (cavalgada).
l1 : é...
l1 : é verdade que era especial mas...
doc2 : ( )...
l1 : imagina!
l1 : ele é quatrocentão mas é início de século.
l1 : (quer dizer) (as damas) ( )...
l1 : uhn olha eu eu (vir isto) eu me lembro assim você falando isso eu me lembrei de imediato de mulheres apaixonadas.
doc1 : ( )?
l1 : você lembra de mulheres apaixonadas?
l2 : não assisti.
l1 : lógico que você assistiu.
l2 : (não assisti).
l1 : (eu assisti em algum)...
l1 : éh aquele que o homem coloca o cavalo contra o coiso o ( ) adiante.
l1 : olha eu me lembro de um chapéu chapéu muito bonito...
l1 : aliás eu achei a indumentária muito bonita.
l1 : não sei se porque todo o clima do filme era bonito.
l1 : era vestido.
l1 : era um vestido que elas estavam usando não sei se tinha alguma coisa por baixo uma um culote ou coisa semelhante...
l2 : uma fantasia.
l1 : (mas) não é.
l1 : é início do século pô!
l1 : não é uma fantasia.
l1 : bom pode ser (que fosse) fantasia hoje para a gente.
l1 : mas era um vestido comprido e o e me parecia bastante incômodo para cavalgar né pelo menos.
l1 : (no começo) acho que tinha que ficar de lado tudo.
l1 : não deve dar muita segurança.
doc1 : bom atualmente não precisa (usar mais isso) né o vestido a saia.
l1 : não não usa.
l1 : mas para cavalgar?
doc2 : é.
l1 : calça comprida.
doc2 : é calça comprida mesmo?
l1 : ah você quer dizer tra ah como se ( ) o correto?
l2 : ( ) nossa...
doc1 : é...
l1 : é culote que eu saiba.
doc1 : (culote)?
doc1 : eu não sei.
l1 : é culote.
l1 : agora que não conheço ninguém que usa.
l1 : bom também eu conheço tanta gente que fica cavalgando né?
l2 : ((risos))
l1 : em campos do jordão na hípica...
l1 : não mas eu tenho a impressão que é calça comprida.
l1 : acho que ninguém hoje vai vai se preocupar em colocar culote para andar a cavalo.
l1 : porque acho que é tão raro andar a cavalo (né)?
doc1 : ( )...
l1 : uhn...
doc2 : e (um traje de esportista) ( )...
l1 : (ai verdade).
doc2 : ( )...
l1 : esporte eu não sei.
doc2 : ( ) por exemplo um lugar assim onde (há geada) (qual o esporte)?
l1 : ( )...
doc2 : já.
doc2 : é...
doc1 : ( ) andar de ski como é que chama aquilo ( ) (de alugar)?
doc1 : ( )...
doc1 : como é que chama?
l1 : ah tem a roupa do do corredor de automóvel né?
l1 : que eu nunca vi de perto.
doc2 : uhn...
l1 : também não faço ideia de que material seja.
l1 : mas parece que são inchados né?
l1 : não sei (uma roupa) deve ser assim bastante resistente.
l1 : ( ) também nunca vi de perto você entende negócio de (ski também)...
l1 : realmente esporte olha minha filha...
doc1 : e esse trajes que os (pessoais) especiais assim usam?
l1 : ( )...
l2 : ( )?
doc1 : ( )?
doc1 : mas há uns (conforme)...
l2 : ( )...
l1 : a hierarquia?
l1 : a hierarquia?
doc2 : uhn uhn...
doc1 : ( ) (e a hierarquia) ( )...
l2 : ( )...
doc2 : conforme a hierarquia (há) determinados trajes não é?
l2 : ( )...
l1 : ah eu não sei porque eu não sei distinguir um general de um cabo minha filha.
doc1 : ( )...
l1 : eu sei que o tem o que tem mais medalhas deve ser o mais importante.
l2 : ( ) não é?
l1 : ahn?
l2 : ( ) estrela.
l1 : eu só sei acho que de couro.
l1 : (olha) acho que o da aeronáutica é azul verde oliva né de exército...
l2 : marinheiro?
l1 : marinheiro é branco e azul né?
l2 : branco e azul.
doc1 : como é que é o traje de marinheiro?
l2 : ( ) branca quepe...
l1 : calça branca e quepe...
l2 : com uma estrelinha...
l1 : ou uma blusa sei lá de manga comprida né?
l2 : não sei (não) mas a blusa tem uma característica inclusive ( )...
l1 : ( )...
l1 : da moda.
l2 : moda né?
l2 : tem que ter.
l1 : pala né?
l1 : não é ( ) (pala) ( )...
l1 : é pala que chama aquilo?
l1 : ( )...
l1 : é de traje de farda assim...
doc1 : é porque inclusive agora ( ) vai pegar a moda não sei.
l1 : já pegou.
doc1 : pegou né?
doc1 : ( ) (fazer) ( )...
l1 : olha sabe por causa que eu nunca me preocupei?
l1 : porque falaram ( ) isso aqui para o marinheiro então não me interessei saber se vai (cair aquela avulsa).
l1 : achei que e (de marinheiro).
l1 : ( )...