Inquérito SP_EF_357

SPEAKER 0: : basicamente em duas partes. Mas primeiro, eu vou vagamente tratar das várias possibilidades de abordar o o () de acordo com elas, () é uma visão diferente () (tosse). Depois então, Eu trouxe algumas textos para ler, comentar, ver se vocês ãh vão gostar, mais ou menos. () não sei se vai dar tempo, se vai dar todo, vamos ver e () depois das (), eu () uma pedra para alguma coisa. Então o esse ### ### Os Sinantropus datam de quase quinhentos mil anos. É muito difícil traçar uma influência prévia () Então, ele tem essa característica houve um desenvolvimento de uma cultura que, pelo menos, nós não podemos relacionar ### E sabe qual é o problema de tratar de uma outra cultura? Nós fizemos várias possibilidades. Uma digamos seria a da filoso Sabe que é uma discussão fundamental em em outras culturas que não a grega e a romana ou () filosófico dessas características que, para nós, chamamos de filosofia. É representativo dessa presença, vamos dizer, de encarar as outras culturas a partir da filosofia, ou seja, eu vou praticamente falar rapidamente sobre eh três aproxima De um filósofo () Outra de um psicólogo, Jung. Outra de um historiador, filósofo, da cultura (tosse). Que é o Spengler. Existiria uma quarta apresentação que seria talvez um tradicionalista, ãh que tem muitos representantes eh. Chamado de Guénon como um representante da (). E quem são os historiadores ou os técnicos, digamos, que a nalisam os mate o mate rial e () da ciência, e assim por diante. () Notem, por exemplo, para Hegel, que eu aqui estou colocando () da filosofia, há um primeiro esforço, de compreender a totalidade da história, de encaixar o Oriente, encaixar as outras culturas na história ocidental, sobretudo na história da cultura. Mesmo em um ponto de vista religioso, havia uma história sagrada no Ocidente. não se relacionava muito bem por exemplo com o que tinha acontecido na China, na Índia, etc., como tinha acontecido no Ocidente. Então, Hegel é um esforço de interpretar o Oriente dentro da história universal e pensar qual é o papel que esse Oriente teve. Eu vou poder ver o Oriente. ### É claro que nessa consideração há uma crítica muito grande ao O Oriente seria quase que o início da cultura num é, que ficou naquela fase, na fase inicial, () a infância do Espírito. Eu sou () para ver como é complexo depois estudar. Então, aqui está uma linha de análise (). encaixada no Ocidente. E outra, da psicologia. Também tem uma linha um pouco difícil Ele abre uma imensa possibilidade de compreender a outra cultura, por ter quase que uma estrutura universal em algo que transcendia, pelo menos, a psicologia individual, a algo que transcendia o co o inconsciente individual. É muito curiosa a posição do Jung, porque, de um lado, ele contrapõe, ele com para as experiências digamos de um ser com os () (tosse), como o material da antropologia, o material das religiões, e vê estruturas comuns. () Ele acha muito difícil aplicar certas estruturas de uma cultura, pelo menos na sua manifestação, quan to de outra. A divergência cultu Por exemplo, quando ele fala da do ioga hindu, ele diz o seguinte, o que é o ioga para o hindu, eu não vou (). Nem me interessa muito falar. Agora, o que é o ioga para o ocidental, isso sim, aqui eu vou realmente falar e tratar. Se bem que, você nota que ele, sendo essa barreira Ao mesmo tempo, ele (), quer dizer, há uma possibilidade, não na (), mas na estrutura anterior, nos próprios arquétipos, al go em comum, que nos aproximaria de certa (). Só que isso fica um pouco (), mas todo mundo sabe que, bom, abriu as fora de nós. Que é bastante destacada pelos historiadores mais de métodos mais (), também tem um tratamento de culturas comparável. Então ele vai também dizer (tosse). É muito difícil saber o que representa, digamos, o espa Nós nunca, na nossa cultura, podemos entender o que é a corporeidade grega, porque a nossa ideia de espaço é completamente diferente, e assim por diante. Ele vai () tal maneira, e vai dizer que a matemática ela é uma cultura eh bem diferente de que para outra. Lembre-se de uma certa diversidade que a gente podia comparar (). Vocês podem comparar a a matemática grega com a mas no que aquilo representava, porque nada pode ser visto fora da cultura do Brasil. Então, a matemática, que em um sentido completamente diferente aos gregos e para nós. Ele vai, inclusive, dizer, em vários trechos () na obra dele, a decadência do ocidente, ele vai dizer que o que é o caminho para o chinês e para o egípcio, a gente nunca vai saber. Mas, ao mesmo tempo, Ele compara (tosse) as culturas. É é é como todo sistema que dá u ma ponte. Talvez não se pudesse fazer de uma perspectiva ingênua. Não ao comparar as culturas. Porque toda a tese dele vai vai vagar por essa comparação das culturas. E mostrar que todas elas seguem o mesmo Então, é como se houvesse uma estrutura acima com a () da história e os elementos totalmente fácticos, quase que não comparáveis. Vocês estão me ãh ãh vejam (tosse) hum bom. Todo mundo conhece, de certo modo é um tradicionalista. É o oposto do (). Ele vai valorizar incrivelmente a cultura oriental como remanescente de algo transumano, transistórico, como a última ação, o último depósito do se da do consumo da história e que estaria no Oriente. Então, se vocês tratarem, por exemplo, da perspectiva de () são de coisas completamente opos tas. Na época de Hegel, havia essa polêmica, não entre eles, (), Hegel e Schlegel. () e me parece mais oposto, para depois nós tratarmos eh da filosofia chinesa. Ele defendia a evolução, o progresso do Espírito, um início embotado, quer dizer, um início animal e lentamente o homem se desenvolveria e adquiriria sempre mais de espiritualidade, no sentido de liberdade. Tanto que, para Hegel, a história existe porque existe a conquista da liberdade. A história não é outra coisa que o desenvolvimento da conquista da liberdade. Nessa () inicial, não havia essa liberdade. Essa liberdade é conquistada e a história termina quando um homem atinge essa liberdade Schlegel, não. Havia o paraíso perdido. O autor () interpretava o paraíso perdido como um estado de liberdade, que partiu do (), seja decaído (tosse), e tentava, então, recuperar as origens, (), e assim por diante. Polos opostos de interpretação. A´() é grandíssima como serviço. Schlegel, por exemplo, pensava de maneira o próprio Schlegel não via valor tão grande, por exemplo, no Oriente, apesar de admitir origens claras. Origens nas origens havia essa plenitude que o homem deveria voltar. Essa história não era uma conquista, pelo contrário, era uma perda. Isso vai conf confluir muito com o ponto de vista apontar essas origens brilhantes, essas origens perfeitas, essas origens exemplares, as coisas o homem da igualdade. Bom. () lugar, também, eu quero citar, porque, oficialmente, quem tem o material, quem trata, (), são os historiadores, os técnicos, traçam os orientes e fazem as abordagens a partir da língua, ou a partir da história, e assim por diante vão investigar, vão () questões in críveis. O livro de (), por exemplo, não é de um único autor, vai ser escrito depois, ou em várias épocas, não pode ser anterior do ano, eh quatrocentos ou. Etc, etc. Quer dizer, há uma série de Os livros, portu a filologia japonesa ela aceita grandes partes dos livros de (tosse) quais que ele aceita. Isso tem uma importância muito grande para ver como o confucionismo depois foi amoldado ao o regime, e assim por diante. Quer ver? Então aí, vamos dizer, esse historiador, esse método positivo, esse método científico, ele pretende ### Não é possível ficar (). Bom, não vou perder tempo () aqui. Aqui vocês vão ver bastante isso. () vários () o Oriente ou uma outra cultura, mas o Norte, com essa rodada, () com vários pontos, várias tendências, e de acordo com essas, () em grande quantidade, é impossível. Tratar de outra cultura, sem a () da própria. E quem quer ficar () a isso acaba influindo de uma maneira não reflexiva sobre o que coloca ou o que impede. Agora, depois, então, se () dois pontos que parecem os característicos, Hegel na filosofia questão que () fazem (). Há () filósofos que hoje va valorizam () o Oriente, ou o mito, ou a pré-filosofia () Hegel, e colocam (tosse) a filosofia como começando em Sócrates e terminando terminando em Hegel. () de Nietzsche e assim por diante. E um psicólogo ten tentando ver valores universais filósofos da cultura, comparando as culturas. Vai () também a próprio o própria marcha dessas culturas. Os pontos em comum, a paz, etc. Os Guénon, por exemplo, como outros tantos, eu estou citando um eh, no () tradicional, balizando o mito sagrado, é uma balização do arcaísmo. ### () linguistas () aqui, técnicos, analisar () o material ãh da antropologia ter todas as visões científicas do século inclusive procuram como o estruturalismo procuram fazer das ciências do espírito ou da () da cultura os métodos das ciências naturais Posto isso, a gente poderia colocar esse problema problema da história, () ãh é muito difícil, é discutível, se a gente pode ler ou interpretar um autor da sua cultura sem contexto histórico. Isso não quer dizer que a história vai determinar, vai explicar, pelo menos vai dar certos elementos. Se é muito difícil entender a polêmica, por exemplo, () e com a cultura, o que estava se passando também. Então, quer dizer que esses elementos vão ser explicativos, daí nós estaríamos falando de todo (). Agora no na cultura chinesa, então, o que nos é, já falou, (), eu lembro da primeira parte, e é muito difícil eu traçá-la () sem a história, sem ### Primeiro, situar seria extremamente () exterior. Ele é muito () da história, cartografia, das lutas, etc, etc. Por exemplo, os filósofos da China, eles se desenvolvem num método também característico. Método de maior agitação social. Método () que prefere os estados como atentos (tosse). (tosse) Método que é chamado de primavera e outono. ### ### contada pelo chinês. Essa história ãh se () à crítica. Há uma história da China com ãh, digamos, revista ou te trilogia, tetra ou (), não provar, etc, etc, uma certa parte da história da China foi reconstruída depois, mostrando por que interesse, e qual seja o motivo. Então, a história da China era dada, () primeiro, a gente tem (). Isso é contestado (). projeções na história, no passado e em tempos posteriores (tosse), já que em tempos mais antigos não havia visto () nenhum, e se mostra como aqueles chegaram e por que interesse conta ali. Então há toda uma pesquisa. Curioso que a escola da instituição dos estoicistas procura procura justamente ver o que há de histórico no mito. Vocês conhecem a história a da () uma escola famosa que tem um dos maiores exércitos ()? É... (), ou seja não é desmistificação? Desmistificação seria mostrar que a coisa é falsa, mostrar... A inverdade da história era é desmitologização, seria mostrar o núcleo histórico que está lá no mito. Quer dizer, se há um mito que passa por histórico, ele não está por acaso. Então, nós temos que ver a fonte original da qual se historicizou, porque isso nos vai informar muito sobre essa história. Autores, por exemplo, da ciência, das religiões, estão, () às vezes, opostos. Eles dizem o seguinte, não interessam essas pseudo-histórias (tosse), interessa o mito que está tratado para () cultura. Eu, como Então, a primeira fase das histórias eh, vamos dizer, a história dos imperadores míticos, vocês devem ter ouvido falar, de () e no (), no (), no (), na descoberta da da escrita, quer dizer há toda uma... possíveis inventos que se atribuem aos imperadores com ou tros contextos, outras culturas. Então, se a gente se colocar na história, do ponto de vista do historicismo,() ver, por que que O curioso é que muitos livros de história chinesa falam desse povo agora e procuram ver essas figuras, o que está por trás. Por exemplo, tal imperador representava a invenção, sei lá, da agricultura. E ele encarna, ele personifica esse processo incrível que era o homem que teria inventado a agricultura. () por exemplo, a o o a agricultura é algo inventado. Mas isso é () Os povos da China foram (). O curioso é que a gente f ### () a China a China () sobre () o problema é depois () combustível () e a agricultura como um elemento fundamental () então essas figuras representariam () a invenção () como a () da bíblia. Ãh, depois desta destes imperadores míticos vocês tem a chamada dinastia (). () a dinastia () foi a primeira dinastia chinesa O nome será eh difícil. esse xis junto ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### A outra, vinda depois, houve tempos que não se encontrava nada. () encontrou tudo. Então o () que algum dia talvez se encontre, mas como não se encontrou, então nenhuma hipótese para explicar porque que não se encontrou e talvez porque a dinastia fosse paralela a outra. Quer dizer... Mas essa primeira dinastia, então que não se encontra nada. A outra dinastia (tosse) (), e () dessa dinastia, Nós temos a dinastia (), que é um inimigo na garganta (), é uma dinastia vamos dizer a primeira Arqueologicamente comprovada. Também é interessante que a gente só pode reconstruí-la arqueologicamente, não históricamente. Dinastia ãh vai até mais ou menos ãh mil e cem antes de cristo. Depois a a cronologia revisa, etc. Eu não vou dar os números bem redondos, porque não valia a pena fazer tudo isso. Ela vai ser mil. (), só para aproxi mar um pouco. Depois dessa linha (), vem a linha (). Essa dinastia, que vai, em números redondos, até mais ou menos duzentos e cinquenta e seis () () anos antes de cristo é a dinastia dos filósofos. Então, para estudar a cultura chinesa, a gente fica aí na () na sua formação. () o próprio Histo historiador Spengler () para ele a () é uma fase decisiva da cultura, que foi essa foi esse transforme da civilização em dec decadência. () a cultura chinesa (tosse) até aí. Praticamente, até o ano zero, a China se forma. E foi nessa (). Quer dizer, são movimentos de reconstrução do passado, movimentos do sistema () (tosse), etc. Essa dinastia desculpem o ter () representa um dos elementos rá Essa dinastia tem um grande problema. Por quê? Porque a dinastia está eh fundamentada na pessoa do imperador e na () mediador entre o céu e a terra. () quando estava essa dinastia? () Como é que nós vamos ()? Esse é um dos problemas mais graves da história. Vocês sabem o () () conquistou a China. Os mongóis conquistaram a China. Teve muita escaramuças () a China, a luta dos nômades sedentários com a absorção progressiva dos nômades Eles até, a entrada do (), nunca tiveram um problema cultural () (tosse). () depois transformado no cinema. Mas, (), depois do () né, teve o seu... O seu ministro () é muito (). É muito fácil, () cavalo, ele precisa governar. Como é que se instala a dinastia e se fundamenta essa dina É muito interessante fazer () ou porque surge toda uma modificação do conceito do imperador, então para fundamentar isso. Por exemplo, o mandato celeste é tirado se o imperador se comporta mal. Então, O último dos rei () era tido como um pedaço terrível, covarde, etc, etc. Algum historiadores procuram dizer que não. Isso já é uma ideologia () procurando mostrar e fundamentar. Ora, é preciso um passado mais brilhante do que esse? Se fundamente esses () com as famílias (), para que sendo aceitos E quem tem impor Essa possibilidade de governar. Então, aqui, os historiadores se partem mostrando como se reorganiza toda essa dinastia a partir de uma figura que é fundamental na história da China, o duque de Zhou, que, com o curso vai sempre enaltecendo, dando fundamento a essa dinas tia. Daqui surge uma característica. Essa dinastia tem uma tonalidade muito mais moralizante (tosse), (), o mandato do céu pode ser perdido se o imperador se comporta mal. E como é que se sabe que o imperador se comporta mal? Pela ligação entre a ordem moral e a ordem natural. Quando há catástrofes, alguma coisa está errada. Uma coisa não está separada da outra. Vocês têm por exemplo muito comum isso? Vocês têm na festa () O que eu estou a () da história de Édipo é () desgraça da cidade de Tebas, o incesto levava a uma catástrofe natural. Isso é bem característico. () ora, o que é ### Nós temos aqui uma espécie de sistema sau Alguns autores, vão mover diferenças, claro, que haveriam entre a época de Carlos Magno através de um sistema feudal e se Aqui a gente estabeleceu, então, o nosso sistema feudal, () domínio ocupou a terra. Primeiro, eles estão ligados ao regime. Depois com o passar do tempo, os senhores se instalam na terra, se esquecem das ligações e começam a surgir os interesses particulares desse eh Então, o poder central que defende E começam a ser feitos () mais () ### Termina com uma... ...crônica, uma (). E é invadida pelos... ...pelos bárbaros () do norte. E desse (), daquele () dela, desde setenta e dois, ela perde sua força. Então, o... O imperador que () uma figura só ãh enorme, mas perde o poder real. Surge o quê? E eu queria contar essa episódio da Mulan, mas eu vou pular, porque surge uma série de estados fortes, estados que estão numa guerra fria. Ninguém tem a predominância. Então, começam a ver Começa naquela instabilidade (tosse). Imagina, por exemplo, depois da de Roma ter organizado o Império, a coisa é um desespero, porque se () mudava toda a estrutura, não se podia estabelecer ninguém, quer dizer, ninguém tinha a capacidade pois de organizar tudo aquilo. Então, essas lutas eram terríveis (tosse). ### A primeira pode () de guerra fria, escaramuças, depois a outra de guerra local () () e termina com a vitória de um Estado, muito interessante, que vai adotar uma filosofia específica, e a partir dessa filosofia ele domina os (). A filosofia ética () se opunha totalmente a Confúcio. Então, com que é uma dessas figuras, nasce nessa época. ###