Inquérito SP_EF_354

SPEAKER 0: : ### ### Excelentíssimo ### ### ### ### mesa minhas senhoras e meus senhores. ### Muitas e muitas definições da história. Uma de exato rigor científico. Outra, () de romantismo. Antigas umas, moderníssimas, científicas outras. () a de um quadro desconhecido de um poeta francês, autor de (), cantatas e () () depois pela obra de Jean Jacques, acompanhador do retorno à natureza e do contrato social. Referimos-nos a Jean-Baptiste Rousseau, para quem é a história um sério e fiel mistério, em que todos podemos aprender a nossa obrigação, sejamos rei, magistrado, legislador, mero Ela abrange a experiência do mundo e a razão dos séculos. Quantifica outro pensador da mesma língua francesa, ou diplomata e historiador como decidir. Para quem a história () imparcial, cujos raciocínios não podemos refutar porque se apoiam nos fatos, mostra o pa para anunciar o futuro. Era o espelho da verdade. A fonte dos () Tomé foi cuidadíssima aos documentos que compulsou. Deu importância a todos os fatos, não esquecendo um sequer que pudesse valer para caracterizar o momento em que ocorria o episódio de Navarra. Começa a (), começou a alma de São Paulo. A alma feita de tão poucas almas, de pequeno () aos pulsando nos anseios, evidenciando os costumes e as leis exigidas essas pelos fatos. Sua obra reflete o espetáculo de grandeza sempre que eu sinto (), na escala das conquistas territoriais na escala das conquistas econômicas, as bandeiras, a fixação de nossas () territoriais, a independência ou a perda de () ou império, discorrer sobre essa () realização do estreito que, indo de tempos em que a paciência humana pode acusar o orador, é tarefa irrealizável, razão pela e estaremos apenas pelos arredores dessa admirável bibliografia detendo-nos principalmente no que se refere a esta nossa amada Vila de São Paulo das monumentais. histórias das bandeiras () já falaram outros que muito (). Tomé homem () ou engenheiro, professor, escritor, servidor, emérito do Estado. Engenheiro, endossado pela carreira que o pai adotara, viu-se colhido por seu interesse pelas coisas da natureza. Era esse, aliás, () natural dos seus ancestrais e do próprio genitor, pois esconde-lhe também os seus romances, memórias, cartas e papéis avulsos, assim como nos documentos oficiais () levaram a redigir, se revelou apaixonado pelas coisas do sertão. Sertão que (), não somente na memorável retirada da Laguna, mas também em outras oportunidades, quando em missões de paz. Assim, o filho do Visconde de Taunay, disse mergulhado no estudo de História Natural, Física e Matemática, cuja compreensão à convivência paterna foi o que o () facilitou. O magistério empolgou-o e, logo mais, professava aulas de língua portuguesa e latim, aprofundando-se no manuseio em comparação de dicionários, ação que lhe proporcionou a oportunidade de apontar os erros que se alojavam na obra de um grande filólogo, como foi Cândido de Figueiredo. Estes trabalhos, aliás, são os que abrem a sua rica bibliografia, a nos dizer, por escritor em que se transformaria em armado cavaleiro na (). foi. Seus livros podem não não ter para muitos o atrativo das obras de mas para aqueles que sabem deveras ler, constituem o mais completo repositório de informações históricas, embasadas em boa linguagem. Educação que lhe cercou à infância e adolescência, desviou de muita traquinagem para a arte musical, tendo vista ao piano, quando outros (tosse) em sua idade apenas se compraziam aos es que aquele tempo se praticavam sem métodos nem (). Não quer nem se dizer que lhes fossem vedados os exercícios físicos indispensáveis à conservação da saúde. Ao contrário, cultivou-os, e o seu bosque varandil, um dos maiores () entre os homens do seu tempo, e aristocrático, bem o indicava. () um corpo saudável, tinha (), e a gigantesca obra que nos levou aí está para comprová-lo. Ou seja, desde passagem escrevia (tosse) não somente literatura, mas músicas. Também. A justiça aos grandes méritos de Afonso Taunay já se fizera atingir quando ele esplendia no (). Mil novecentos e quarenta e quatro, foi seu nome aureolado entre os dos dez maiores historiadores do mundo pela American Historical Association de Washington. Em quarenta e três, o Instituto Histórico Geográfico de São Paulo, pelo seu presidente honorário, () outorgado apenas a três outros grandes homens Prudente de Morais, Barão do Rio Branco, e Rui Barbosa. Afonso Tomé teve ainda a grata satisfação de ver prolongar-se em seus filhos a chama ardente de espíritos científicos que receberam de seus maiores. Paulo Taunay, infaustamente falecido há pouco, se () na ciência médica. ### que foi a dirigente secretária do esforço. E Augusto Taunay, que nos dá a honra de sua presença nesta mesa. Grande vulgo das ciências e laboratórios, sua colaboração no recente episódio do combate à meningite elevou a () de oficial () do Rio Branco, prêmio que a pouco é dado a Um dos maiores escritores da língua portuguesa, Ramalho Ortigão, hoje injustamente esquecido, em suas últimas farsas escrevia, bem (), bem frágil, bem desacompanhado do mundo, era o pequeno Portugal que, no espaço de cem anos, entre o século quinze e dezesseis, se () no globo de um império territorial e marítimo consideravelmente superior àquele a que aspira à hege hegemonia germânica de nossos dias. Estávamos em mil novecentos e quatorze. Ramalho Ortigão acrescentava que o português é sentimentalmente galante, dado à aventura e às viagens, como o Preste João, como o infante D. Pedro, como Camões. é sábio e é (). () sociável de se (), de amar e de se fazer amado. E é singular a sua faculdade de adaptação a todos os meios biológicos e sociais, bem como a sua enorme força da resistência à fadiga, à fome, a todas as privações da vida e a todas as hostilidades da natureza. propenso à rebeldia, leviano, gastador, volúvel e inconveniente. De acordo com Ramalho Ortigão, a não ser no que toca a essas afirmações finais, referentes à leviandade, a desperdício, a volubilidade, a inconstância do homem português, Ramalho Ortigão punha propositadamente () suas visando determinadas personalidades (tosse) no momento político português, mal pensando em que assim prejudicava o magnífico perfil que vinha traçando. Porque, em verdade, os feitos de guerra, os feitos de navegação, os feitos de conquista de Portugal estão a desmentir. Nesses episódios, o que excele é a austeridade, é a ambi É a persistência, é a constância. Pequena parcela de desta brava gente (tosse), exilada na solidão, descampada da vida de São Paulo de Piratininga, faria ressurgir (tosse) aqui (tosse) essas peregrinas qualidades numa demonstração inequívoca de que nela remanesciam os elementos ancestrais que constituem a substância de uma raça. elementos que, depois de terem desdobrado a extensão do Brasil, subsistiram e vieram até nossos dias para realizar a epopeia (tosse) que estas cidades () são sofridas. A alguns quilômetros do arraial paulistano, vilarejo minúsculo, a orla do tenebroso ser Mais ignota é essa dor do que a selva mato-grossense de hoje, escrevia Taunay em mil nove centos e dezessete. São Paulo, durante decênios, abrigou uma população receosa de uma destruição que tantas vezes pareceu iminente. A atalaia da civilização, a () sobre o canal, o único ponto do Brasil onde os Até fins do século dezesseis, haviam deixado de ser os caranguejos arranhadores da costa, segundo a frase expressiva do velho e suave Frei de () de Salvador, continua Taunay, era um arraial que evoluía para ser o ninho daqueles que haviam de arrancar ao castelhano, mais da metade dessa enorme área a do Brasil atual. e fazer recuar os meridianos, Alexandrino e Tordesilhano, até quase o sopé dos Andes, através das sel das selvas aspérrimas, povoadas de perigos e mistérios. Pesquisador impertérrito, Afonso d'Escragnolle Taunay foi buscar, no recesso dos arquivos e bibliotecas (tosse), informações precisas mediante as quais, num labor beneditino, e não foi de certo a toa (tosse), que se ligou por laços fraternos aos (tosse) monges da Ordem de São Bento, construiu seus cento e vinte volumes, que são rios de notícias, notícias inéditas e surpreendentes, que passaram a embasar o conhecimento da história nacional. Antes dele, silenciavam quase os autores oficiais no que respeita à conquista do território pátrio. Falavam de uma terra que veio a se chamar Brasil e atribuíam erroneamente (tosse) ao acaso o descobrimento e dos índios que a habitavam, passando para a enumeração fastidiosa dos feitos () governadores gerais, das guerras contra os holandeses para a notícia de () outra sublevação ou da destruição de Quilombos, e eis a Conjuração Mineira, a Vinda de Dom João Sexto e o mais que se sabe. A fixação dos limites da nossa posse permanecia ignorada. Aliás, as bandeiras não tinham meios de comunicação. O escrivão que as acompanhava não era escritor. Muito do que se poderia saber a respeito jazia nos livros dos camaristas () de São Paulo. Taunay foi buscar essa ganga bruta e, desbastando-a, produziu magistrais estudos em que incluiu os paulistas na história do Brasil, mostrando ao mun ao mundo os artífices dessa que foi. No capítulo Construção de um País, a maior proeza da história universal (tosse) (). e quatro a mil quinhentos e sessenta, foi São Paulo administrada pelos jesuítas. Era natural que assim fosse, depois de terem eles coagido João Ramalho a se passar de Santo André da Borba do Campo para os campos de Piratininga. trazendo o () de vila que aquele povoado, havia pouco, em cinquenta e três, conquistara (tosse) galhardamente. São Vicente fora fundado em trinta e dois e Santos em trinta e seis. Somente em sessenta e três, isto é, oito anos após a fundação, é que a Vila de São Paulo começou a ter a sua Câmara cujos trabalhos foram religiosamente anotados e transcritos em livros. Guardado com muitos zelo durante séculos, esse tesouro foi de vir a ser publicado por iniciativa do benemérito prefeito Washington Luís Pereira de Souza, já lá se vão mais de cinquenta anos. Incrível que pareça, o primeiro livro porque continham atas de instalação do município (tosse) desaparecera. As atas da Câmara vão até mil setecentos e setenta. Completam-na os registros, rico depositório de fatos (tosse) inéditos e interessantes. Em São Paulo, nos primeiros anos, edição de mil novecentos e vinte, Taunay escreve que nenhuma das nossas cidades (tosse) () pode orfanar-se da posse de um arquivo (tosse) como o de São Paulo, pois, o () que têm Santos, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Vitória, foram queimados por flibusteiros e conquistadores ingleses, batavos e franceses, ou devorados pelos insetos papirófagos dos climas ardentes do nosso litoral. Assim, contam os estudiosos da tra da tradição paulista A aventura de poder me aproveitar o opulento manancial de papéis que, com raras lacunas, vem setenta e dois aos nossos dias e de onde se retrata a vida municipal da vida anxietana através das atas e do registro geral da sua Câmara (tosse). Tendo sido a Vila de São Paulo, a base de operações (tosse) nas entradas e bandeiras era natural que as duas histó histórias se entrelaçassem e se embaralhassem. Mas, nessa teia, soube Taunay discernir os componentes de uma e de outra, traçando aqui a marcha das expedições bandeirantes, e () deixou ali a evolução dos acontecimentos no âmbito municipal de São Paulo. Todavia, a interpenetração dos fa E para formar um juízo de tão imensurável saga, não pode o leitor contentar-se com uma sem a outra. Aliás, o próprio Taunay dizia, em mil novecentos e vin e vinte e seis, casa-se frequentemente a história da vida de São Paulo, tão intimamente a à das bandeiras (tosse), que os capítulos comuns de uma e outra (). Assim, o que diz respeito a questão do escravismo vermelho e a luta contra os jesuítas, as proibições da ida ao sertão, etc. Desdobrando-se pelos () brasilienses, era a bandeira, como que comandada a distância, pela gente que ficara na vila, o verdadeiro cérebro da prodigiosa conquista territorial. Foi pelas alturas da segunda década desse século que o jovem Afonso Taunay começou a enfrentar a dificílima e áspera pesquisa dos () da vida da cidade. Enfrentou-a e venceu-a. Seus livros, São Paulo nos primeiros anos e São Paulo no século dezesseis, publicados em vinte e vinte e um, assinalam o aparecimento do legítimo historiador da cidade. Ocorria isso há cin quando essa nossa São Paulo era uma pequena comunidade, não obstante a maior do Estado, na qual já ele, Taunay, vislumbrava a capital opulenta hodierna, cheia de convicção, da magnitude do () que se lhe (), e orgulhosa da progressão geométrica da sua grandeza. Taunay, () exaustivamente Ambas essas coleções de alfarrábios são de louvar (), designados redatores, dos quais, aliás, seria impossível impossível esperar mais. Ainda é previdencial hajam escrito o que escreveram, comenta ele. Ademais, a primeira lista nem parece as atas da Câmara de São Paulo quinhentistas escritas em e sim em idioma lusitano e forte, áspero e grosseiro, em que a grafia extravagante das palavras se une à confusão dos conceitos, às ambiguidades da frase (tosse), à ausência de pontuação, se não frequentemente à ausência de termos indispensáveis à oração. Declarava ainda Taunay considerara a empresa muito tentadora, não só porque se refere a São Paulo, centro de irradiação da conquista do Brasil pelos brasileiros, primeiro posto avançado da civilização interior do nosso país, mas também por oferecer ao comentador o mais pitoresco ter terreno e até então absolutamente virgem. Não houve com efeito Nas nossas letras históricas, continua ele, quem empreendesse uma reconstituão reconstituição no gênero da que procuramos realizar, ressuscitando grande cópia de fatos (), salvo quanto a este ou aquele pormenor, a que ia ir colhido, como o fez Azevedo Marcos. Não menosprezava, assim, a contribuição do autor dos apontamentos históricos. Ao contrário, reconhece q que o e erudito e simpático jornalista são de Taunay adjetivos teve que se haver com a decifração paleográfica nada cômoda dos rudes papéis quinhentistas. Já ele, Taunay, pôde lidar com a fi e consciente tradução de Francisco Escobar e Manoel Aldo de Souza. Ele nos revelou também um pouco do precioso conteúdo dos códiques dos códices seiscentistas da nossa biblioteca nacional na parte relativa à correspondência dos governadores gerais do Brasil com as autoridades (tosse) de São Vicente. E foi também pioneiro na pesquisa dos arquivos espanhóis tão ricos de documentação referente a San Pablo. Mais tarde, em mil novecentos e vinte e nove, no () quarto da história seiscentista da vida de São Paulo, () (tosse) Taunay de suas preocupações de historiador. Conhecem todos, escreveu ele, a importância cada vez maior dos historiadores de nossa idade contemporânea sobretudo de uma de umas décadas para cá, atribuem ao exame dos fenômenos econômicos e sociais no conjunto dos fatos históricos. Cessou a história das nacionalidades e das regiõe e da e das regiões de ser o que foi exclusivamente até quase os nossos dias. História batalha, na frase pitoresca e tão expressiva, creio que devido a Langlois. Cada vez mais se impõe, dizia ele, a convicção da importância da história da civilização. Haja vista o que, dos notabilíssimos estudos de Ferreiro, resultou para o rena o renovamento da história romana. Para os observadores hodiernos, continuava ele, muito mais vale () do que uma dezena ou mais de cronistas dos nossos séculos primeiros por mais exatos que sejam, e a enfileirar intérminas resenhas e atos administrativos. A inspeção, até hoje jamais feita, destes no destes novos (), conduz-nos a surpreendentes abertas de visão. E é um dever dos que assim tomam a história porme pormenorizada à () destes aspectos cujo exame prenderá obrigatoriamente a atenção desvelada dos elaboradores de síntese e dos perquiridores de novos pontos de vista. Ficaria, pois, a meu ver, (tosse) incompleta a minha modesta história seiscentista, dizia ele (tosse), se não me detivesse a estudar os assuntos (tosse) notabilíssimos da história da situação paulistana. Assim, tentei e realmente realizou. Apresentar várias fases da vida dos vilarejos pirati piratininganos seiscentista, tratando da organização dos seus serviços municipais, da sua justiça e polícia, dos aspectos de sua economia, dos faces da piedade de sua gente, das suas questões religiosas, do feitio do seu comércio, trabalho industrial e rural, do seu incipiente urbanismo, do patrimônio do conselho, das limi das divisas e limites com Parnaíba, da organização miliciana etc. etc etc. A famosa Guerra dos Pires e Camargos, sede de acontecimentos graves e únicos em seu gênero em todo o conjunto da história do Brasil colonial, era conhecido muito pela rama. Taunay recontou-a, pondo as coisas no lugar. O caso da transferência da capital da capitania de São Vicente elucidou também Taunay. Afirmavam os nossos inspetores todos. Até, Benedito Calixto, ultimamente estava Taunay em mil novecentos e vinte e oito que, de mil seiscentos e trinta e dois em diante, passou São Paulo a ser até do governo da capitania quando tal não se deu. tiveram os paulistanos de recuar ante a reação dos vicentinos em prol de seus direitos, mais que () seculares. Aos argumentos, o escritor () prossegue Taunay, pude acrescer elementos novos corra c corroboradores de suas conclusões. São Paulo passou a ser capital muito mais tarde quando criada a capitania de São Paulo e Minas do Ouro. eternizavam-se entre mui outras muitas questões. Era o tráfico dos índios, eram os abusos do fisco, era, na palavra do historiador, a ação de câmaras que, para () da nação régia a intervenção dos ouvidores regionais e locais nas contendas municipais, etc. Tão diversas, tão longínquas das dúvidas que hoje surgem. Os abusos do fisco metropolitano eram sucessivos e violentos (tosse). A população de São Paulo via-se escorchada de impostos, taxas, tintas e contribuições de nomes (tosse) pomposos que a punham de canto chorado. E protestava, pública e abertamente, negando-se aos caprichos dos reinóis. Taunay verbera essa detestável orientação financeira da metrópole, provocadora de implorável situação de crise, de verdadeiro flagelo econômico, em que durante longas décadas se debateu o Brasil seiscentista. Na última década deste século, foram graves e frequentes esses motins que vieram a ser chamados os motins da moeda. Não os esqueceu Taunay. Ao contrário, retificou-os com respeitável cópia de elementos novos. Neste capítulo da moeda, há (tosse) que registrar ainda o caso da Casa da Moeda de São Paulo que tamanha celeuma levantou entre os estudiosos. Desse episódio, ainda nos foi dado o tratar a pouco quando se falou da possibilidade de vida a de a ser instalada em breve na capi nesta capital, uma sucursal da instituição que imprime o nosso papel moeda. E uma certeza colhemos. Foi Taunay quem pôs a farra de terra nas dúvidas que vinham fazendo gastar tanta tinta. Em mil novecentos e trin ta e seis, no primeiro congresso de de numismática brasileira, já ele defendera a tese de quem em São Paulo se batera moeda. Em mil novecentos e quarenta e nove, na revista numismática, () a vitória de seu pronunciamento mediante a publicação de valiosos documentos e de fornecer a cópia, de que de fornecer a cópia, ao nosso () presidente José Pedro Leite Cordeiro, a quem o eminente historiador qualifica de autor de ótimas biografias de notáveis sertanistas e povoadores, ao qual deve a nossa história colonial, trabalhos de notável valia, referentes aos nossos dois primeiros séculos, sobretudo, e esclarecedores dos fatos do bandeirismo. Esses documentos, que Taunay respigou em seu estudo de quarenta e do Arquivo Colonial de Lisboa e se referiam a mil seiscentos e cinquenta e um a cinquenta e três. Reforçadas assim suas afirmações anteriores, pôde afiançar que a Casa da Moeda de São Paulo era estabelecimento onde se fabricava moeda e não apenas a mera fundição grosseira de ouro de lava e onde se procedia à arrecadação dos quintos reais. Caíam por terra as abolições dos opositores da te se. E foi assim, e foi isso o que prete pretendemos fazer sentir em nosso artigo para o Estado de São Paulo. Aliás, é preciso recordar que já antes