Inquérito SP_EF_152

SPEAKER 3: : a década de vin de trinta representa no brasil a fase de instalação por assim dizer da geografia consciente Mas é evidente que para se instalar consciência, era necessário que já houvesse um clima favorável a essa instalação bem como uma série de conhecimentos anteriores que possibilitassem uma eclosão quase que repentina de uma hora para a outra de uma nova () E resistente como seja personalizada, a geografia recebeu, ainda no século dezenove uma série de constituições de matérias artísticas. Conhecimentos aprendiam-se essencialmente mais aos fatos físicos que aos fatos humanos. E acho que você sabe que a geografia é uma fonte de ligação entre fatos físicos e sociais ou humanos. Isso porque ah, o Brasil começou a ser descrito e explorado mais que o naturalismo. E, evidentemente, esses naturalistas se prenderam mais a esses aspectos físicos do que aos aspectos humanos. Depois, bem mais tarde já nos nestes anos neste século, é que a cartografia começou a receber os insumos das ciências assim humanas, especialmente da sociologia, da economia, ### ### ### ### Foi encantada pela colaboração de especialistas estrangeiros. mas apesar de implantada () quase imediatamente ela teve muito boa competitividade exatamente Exatamente, porque, ãh, já havia, por assim dizer, toda uma tradição já diferente pelos fatos da terra, da terra e do homem. Na realidade, até o quarto decênio deste século, não havia no Brasil geológos profissionais conveni convenientemente treinados para analisar, interpretar e explicar todo esse complexo de fatos que constitue o campo da geografia. como é que ela se implantou () Falei várias vezes foi repentinamente que Foi quando que se criou a Faculdade de Filosofia, Ciencias e Letras e, consequentemente, a Universidade de São Paulo, em mil novecentos e trinta e quatro, e se implantou o primeiro curso universitário de Biografia no Brasil. Portanto, cabe à faculdade de filosofia, à essa casa, a honra de ter sido a pioneira dos cursos, ãh, universitários superiores de geografia no Brasil. Os cursos de geografia instalaram-se com dois objetivos, que são os objetivos da faculdade de filosofia em geral, os objetivos originais, formar professores secundários da matéria e formar pesquisadores. Ter se instalado em mil novecentos e trinta e quatro é que se terá nessa década de trinta os geógrafos mesmos pouco tenham podido colaborar na bibliografia brasileira. O que aparece como bibliografia realmente geográfica na década de trinta deve-se mais a geógrafos estrangeiros, nós voltaremos aí mais tarde, do que propriamente a geógrafos brasileiros, como eu vou dizendo por aí. Pensem bem, o salário de sessenta e quatro, a primeira fuga humanitária saindo em sessenta e sete, sessenta e oito, que era o quarto ano do Parlamento, e na lei ele é praticamente sempre, e eles aí apresentarem uma grande contribuição científica, importem-a Nessa etapa aqui em Tratação das Ciências, como eu disse, teve a geografia de contar com a colaboração dos especialistas estrangeiros. o primeiro professor universitário da matéria foi aqui em são paulo O que é que acontece: eu não sei quantos de vocês tiveram oportunidade de conhecer Fierro del Conteño, porque vale a pena, é uma grande É uma grande figura de geógrafo, de geógrafa. É até para as pessoas que sabe transmitir o seu entusiasmo pela tua ciência. E quando ele surgiu de São Paulo, conferencista que era de primeira categoria, ele soube transferir para o público em geral, não foi só para o estudante da faculdade, o interesse ### () e o meu pai me influenciou bastante depois para ir para a geografia porque através da () ele se encantou Então veja que De Fontaine não foi apenas o primeiro autor brasileiro. De Fontaine foi deu o sopro criador no interesse geográfico aqui em são paulo dinâmico experiente, entusiasta, Ele conseguiu fazer um milagre de praticamente de uma hora para a outra fazer com que a geografia se tornasse conhecida. Porque até então a geografia era aquela coisa coisa horrorosa que todos nós acho que nos lembramos, eeh, de quase memorização, de topônimos. e a diferença de margem direita, diferença de margem esquerda, cidades principais e etecetera e tal, e é uma organização sem razão de dizer, que não explicava coisa nenhuma e nem sequer descrevia coisa nenhuma. e foi de fontaine que demonstrou que geografia não é isso ele teve esse grande mérito e teve outros O que ele também merece de fundar, ainda em mil novecentos e sessenta e quatro, é um fato muito curioso, da fé que ele tinha na geografia, desde o ano da fundação do curso de Geografia, ele fundou também a associação de jovens () isso porque o () fundarem uma () profissional especialista sem que houvesse um quadro especialista Não havia. Tanto assim que a a geoga a revista Geografia, que foi editada no ano de mil novecentos e setenta e cinco pela Associação de Geógrafos Brasileiros, a á gê bê, nós falamos aqui novamente, essa revista tinha como corpo redatorial o geólogo Luiz Flores de Moraes Preta, o engenhista Geraldo de Paula Sousa, o engenheiro Angelo Machado e o doutor Carlos Barbilucio. Então vejam bem como estava se formando essa associação. Mas isso não abalou absolutamente a fé fé do de fontaine E o a história provou que tem razão, porque a á gê bê é atualmente a grande associação científica do país sem sem estar aqui subestimando nada. É talvez uma das mais dinâmicas que existe no Brasil. Depois do primeiríssimo de São Paulo em implantar o primeiro curso universitário de Geografia, o mesmo ocorreu no ano seguinte, em mil novecentos e trinta e cinco, na Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro. Novas iniciativas sucedem em ritmo acelerado ainda na década de trinta. Em trinta e sete, graças à atuação do falecido embaixador José Carlos de Macedo Soares, funda-se o Conselho Nacional de Geografia, hoje o Instituto Brasileiro de Geografia, onde se compõe a Fundação i bê gê é. Em mil novecentos e trinta e oito, atividades geográficas começam a desenvolver no antigo Colégio Universitário da Universidade do Brasil. Universidade essa, que em mil novecentos e trinta e nove, logo em seguida, pensava também em seu curso universitário só para a gente. Contanto nos exemplos de trinta e quatro em diante, foi um suceder muito rápido de novas iniciativas no campo de instituições trabalhando em geografia. Para corresponder às exigências de um salto de desenvolvimento de atividades de interesse geográficos, o país não estava, no entanto, tecnicamente preparado. A mercê de profissionais aceitos ao vigor da pesquisa geográfica, de cientistas meteorológicos e modernos, e dimensão especialmente científica, temos que tornar necessário o contato com a colaboração de mestres da cultura geográfica europeia. A opção a aí recaímos normalmente na trama. Eu digo normalmente porque era a opção óbvia, que viu o óbvio no (). Em primeiro lugar, porque a geografia francesa era a mais importante escola geográfica da época. E em segundo lugar, porque a cultura francesa já tinha entre nós uma ótima ambiência. Portanto, era muito normal, era quase que natural, que se fosse buscar na França, os primeiros geógrafos a virem lecionar em nível universitário no país Aqui em São Paulo ficando em exercício o primeiro confiante do Conselho, que ficou apenas um ano, o ano de mil novecentos e trinta e quatro. Logo a seguir em mil novecentos e trinta e cinco, ele é substituído por um jovem de apenas vinte e quatro anos, Pierre Monbeig, que ficou no Brasil, ficou em São Paulo de mil novecentos e trinta e cinco a mil novecentos e quarenta e seis, onze anos, e que foi o responsável pela consolidação desse artigo de desenvolvimento, e o responsável (tosse) pela formação científica dos primeiros geógrafos em São Paulo. Quase todos eles ficaram depois aqui nessa mesma casa, lecionando geografia no departamento no Brasil. Portanto, a sua escola, digamos

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 3: : ### De mil novecentos e trinta e cinco a mil novecentos e trinta e oito, Deffontai taine desloca-se para o exílio. Acabaram-se de instalar em cinquenta e cinco o curso de geografia no Rio e Ele fica três anos no Rio. Foram três anos bastante profícuos também, porque ele estudou muito e trabalhou bastante. E depois de ele foi substituído no Rio por Philippe Arbos, em mil novecentos e trinta e oito, e André Gilbert, em mil novecentos e trinta ### Porque, notem bem, o último substituído () Andre () é de mil novecentos e cinquenta e no . ve. O que significa que, a essa altura, já começavam a aparecer os primeiros brasileiros (tosse), já com formação científica, para substituir os () franceses. Isso é também muito importante, naturalmente, em cada ano que vem para a década década de quarenta. Mas, por enquanto, não existiu desse jeito. Aos convidados deixo aqui (tosse) essa essa fileira de formação para (). A esse grupo de geógrafos franceses que se tem reunidos somente durante quatro meses aqui na Universidade de São Paulo, o famosíssimo par de geógrafos, Emmanuel De Martonne, que ficou contratado por quatro meses, como eu disse, para o Curso de Geografia aqui. Apesar de muito tempo que ele aqui ficou, a sua influência foi benéfica, pois ele conseguiu dar orientação segura a jovens brasileiros que se sucederam, além de deixar os vários trabalhos de pesquisa durante o período de expe riência. O homem era uma possibilidade inacreditável, com a vivência de uma série de trabalhos por isso era uma bomba. Lembro que além de lecionar, ele era boa pinta. Desde a centroide que, por assim coloca-se (), coloca a geografia desde a década de trinta, transforma a geografia em física, vejamos agora qual seria a vir da produção geográfica nessa década de trinta. E agora, ãh, eu tenho que fazer uma distinção, porque ao falar em produção geográfica, eu não posso me limitar aos estudos que sejam exclusivamente geográficos. Porque, como eu disse anteriormente, não havia tempo ainda necessário para que a geografia brasileira pudesse ter produzido () abaixo, pois mesmo os primeiros estudos, mas não uma boa fase. Era uma fase inicial Pione eira Portanto, eu sou obrigada a me referir àqueles trabalhos que caem mais dentro do campo de conhecimento geográfico, de propriamente, de geografia como que é. Examinando-se a curva da para ver exa minando-se a curva e produção dos trabalhos geográficos publicados na década de trinta, você tem nesse traço o total. Observe uma primeira coisa, em mil novecentos e trinta e quatro, está aqui, marca um repentino acréscimo, um repentino a curva () repentina. O que significa que a Fundação () te teve uma repercussão quase que imediata. E apesar de ter perdido um pouco de ritmo no fim do período, o ápice fica bem acima do que havia no início da década. Portanto, houve uma produção crescente, bem marcante depois de trinta e quatro. Pri Distinguimos nessa produção total (tosse) os distúrbios dos grandes campos gerados na geografia, ou seja, ligado a geografia física, geografia humana e geografia regional, nós notaremos que os comportamentos são diferentes. A geografia, deixa eu ver, física, é, ver, a geografia A geografia física O () eu estou achando esquisito. É verme lho. Tenta trocar de cor Esse vermelho aqui está se confundindo com o () dados tem uma série de quebras, mas notem bem em mil novecentos e trinta e quatro, não parece ter influído muito na evolução da geografia () Não parece ter influído muito, tanto que o ápice da geografia assim neste dado período é quase coincidência com o máximo no início do período. Mas nós que é da geografia humana, ela começa muito modestamente, chega em trinta e quatro, tem um repentino, repentina subida, e o ápice é muito superior ao que havia neste período. A geografia regional também (), mas é muito menos sensível do que a geografia humana. () conclui que () de Deffontaines estava presente, porqu e Deffontaines era um geógrafo humano e e ele exatamente trabalhou aqui em São Paulo, e no Rio, nos anos de trinta e quatro a trinta e oito. E a influência Deffontaines vem () (tosse), que mais marcante vem no campo da geografia humana. Que, aliás, era muito mais novidades que a geografia física. Que a geografia física, mal ou bem, era feita por outros tipos especialistas. E a geografia humana era muito mal conhecida, mal definida. Então ele abriu os olhos, abriu novos horizontes. E com isso, a a produção ligada aos fatos humanos cresceu muito mais do que a produção ligada aos fatos fatos físicos, que já era, né, razoavelmente, a representativa do () Bom, tal comportamento da da curva de geografia física merece, no entanto, (tosse) uma certa análise, porque apesar dela não ter sofrido um um, vamos dizer, um fluxo tão marcante quanto a geografia humana, ela não deixa de ser muito representativa no período. até aqui. Agora tenho que historiar um pouquinho, também desculpa, eu tenho que historiar porque supõe e ah, determinado período sobre os fatos, perdão, sobre um tema. É É nos amarrar um pouquinho com o passado para a gente poder entender um período O fato da geografia física ser exatamente mais representativa que a geografia humana até mil novecentos e trinta e quatro, tem-se ao fato de que Ah, especialmente geólogos estavam se dedicando a produção e trabalho de pesquisa durante muito tempo. Tal, ãh, tal Tal interesse dos geólogos, ãh, pode ser explicado pela existência de uma série de instituições que incentivaram a produção de pesquisa geológica. Por exemplo, as Comissões Geográficas e Geológicas de São Paulo e Minas Gerais, que foram tremendamente importantes. São muito anteriores, mas são tremendamente importantes, porque elas forneceram (tosse) as primeiras cartas (tosse) em escala, passível de ser utilizada, para (), escala em (), que já dá bastante detalhes para que se possa chegar a estudos de relevo, que não havia antes. Além disso, há também o Serviço Geológico e Mineralógico, uma instituição federal, criada em mil novecentos e sete, que teve o grande método, como órgão social, coordenar as pesquisas geológicas e, por assim dizer, lançar as bases ou as orientações e as pesquisas deveriam ter Então, era um um órgão normativo e coordenador das pesquisas geológicas. E, não se pode deixar de pensar, a história de Minas e () E foi a alma amarga de muitos desses geólogos que vão aparecer ainda na década de trinta, produzindo trabalhos interessantes à geografia. No início, esses geólogos dedica vam-se a estudos de geologia pura. É claro que a geologia pura interessa a geografia, porque a geografia é muito aplicada dentro de uma altura. Ela se interessa por tudo, praticamente. Mas a geologi ia, ah, faz parte dos nossos múltiplos interesses, porque ela é a base, por exemplo, da geomorfologia, que já é um campo bem geográfico, mais geográfico que biológico E esses estudos, embora fossem especialmente e exclusivamente geológicos, não deixam de ter interesse pe geografia. Mas acontece que, a partir de mil novecentos e quinze, o Serviço Geológico e Mineralógico baixou novas instruções. Eles não que riam mais trabalho de geologia pura, mas o que chamavam de geologia aplicada e utilitária. Isso significava especialmente geologia econômica. que significava também estudo do solo, que significava também geologia ligada ge geologia estrutural, que le va a geomorfologia. Que significava também geologia ligada a outros elementos, como ve como vegetação. E com isso, os trabalhos dos geólogos vão se tornando cada vez mais amplos, chegando a ser até (). Ou seja, estudos de cíclicos do quadro natural. A essa altura já estava muito próximos da geografia exatamente. Por essa razão não se pode ignorar na década de trinta, o que vários desses geólogos geólogos emprestaram a geografia. Dentre eles,  Fiquem, como especialmente representativos, Luiz Flores de Moraes Rego, Sylvio Fróes de Abreu, () Leonardo, Luciano Jacques de Moraes, Pedro de Moura, Alberto Ribeiro Lame   mego Lamedo, Everardo Backeuser e (). No período, há muitos outros que são importantes, mas na década de trinta, estes daqui () (tosse) (). Nesse grupo, vários foram formados pela Escola de Minas de Ouro Preto, como Luiz Flores de Moraes Rego e () Leonardo. Outros tinham recebido sua formação profissional no estrangeiro, como Lamego e Luciano Jacques de Moraes. E outros dá para entender, como o Pedro de Moura Jorge Abreu e o Everardo Backheuser. No sa tendência de formação diferenciada. Talv vez nisso mesmo, eles tenham contribuído tão diferentemente também dentro da geologia. Backheuser, por exemplo, é muito mais conhecido, pelo seu trabalho ligado à geografia hu mana do que a geografia física. () Muito mais. Portanto você vê que essa reorganização do serviço geológico e mineralógico foi muito significativo para a geografia e na década de trinta ainda tem as suas repercussões. Por i por isso é que quando se pega a evolução da geografia física, aqui está o total da evolução da geografia física, que reproduz aquela outra curva. E em amarelo está a geologia. vocês notem uma coisa, a geologia cai, fica estagnada, cai, depois volta aí no mesmo nível em que estava estag nada. Então a primeira ideia que se tem é que os geólogos deixaram de trabalhar. E não. É que eles passaram para outros. Então eles passam a aparecer, por exemplo, na Geografia Econômica, que está bem representada, passa, ãh, na Geografia Econômica não, desculpa, na Geomorfologia, passam a aparecer na Fi na Fitogeografia, acabavam os geólogos ligados a Fitogeografia, eles passam a aparecer em outros campos, e não na Geologia. E na Geografia Humana também. Aparece Estão surpresos por isso, seria uma interpretação falsa que  que houve na década de trinta uma diminuição do trabalho do geólogo. Não, é atingimento ### Uma diferenciação, uma diversificação das contribuições que eles apresentaram. () a geografia física nota-se, por exemplo, que o campo que vai ter maior desenvolvimento no período a atingindo a um clímax mais pronunciado (tosse) é a geomorfologia Bom, é, isso exatamente é um ponto muito curioso, porque a geomorfologia foi, por assim dizer, uma nova descoberta de geólogos, e foi na década de trinta uma espécime minuciosa. êh, Então eles descobrem a geologia estrutural, descobrem a geomorfologia, ficam enamorados da geomorfologia e, e justamente na década de trinta, há toda uma série de trabalhos de geomorfologia feitos por geólogos, especialmente, Moraes Rego que foi uma () () Muita a decisão da geomorfologia (tosse) Se no campo de mil novecentos e trinta e quatro não parece, se no no campo da Geografia Física, (tosse) mil novecentos e trinta e quatro, não parece ter sido especialmente significativo, o mesmo como nós vimos, não ocorreu com  com a Geografia Huma na. Então passemos para a Geografia humana. Aqui está a curva reproduzida, aquela enorme  Enorme no seguinte, de de trinta e quatro em diante, quase todos os campos de estudo da geografia humana termina impedidos, () () mais altos do que apresentavam no período anterior a trinta e quatro. E há para mim aqui um fato muito significativo, que dois campos de estudo vão se destacar entre os demais, é o verde e o vermelho, que vem a ser economia e população e povoamento. Por quê? Bom, economia está impedindo os geólogos brasileiros. É porque muitos geólogos passaram a se interessar pela geologia econômica. Dá uma série de estudos sobre o petróleo brasileiro () de perto se tornar isso uma série () de trabalhos de geólogos no campo da economia. Mas eles hum num não ficaram só nisso, eles chegaram a fazer estudos sobre transportes, existe estudos ãh ligados ah ah a técnicas e assuntos praticamente pareciam ser completamente fora do seu cam po deles. Mas eles alargavam de tal maneira, digamos, que eles chegaram ah a assuntos quase que inesperados. Mesmo Quanto à população e povoamento, acontece que houve uma descoberta, no Brasil, durante o governo dessa época, em relação a população () Trinta é um período, é uma década muito marcada por estudos sobre colonização. E especialmente sobre a colonização japonesa. Ah, Quem viveu nessa época, ou quem conhece a bibliografia dessa época, sabe que a partir de mil novecentos e trinta e cinco, especialmente, houve toda uma polêmica ao redor do chamado Perigo Amarelo. Então havia um debate acalorado sobre se convinha ou não convinha ao Brasil a colonização japonesa, uns contra, outros a favor, e com isso também na geografia começaram a aparecer estudos sobre estudos sobre colonização estrangeira, especialmente colonização japonesa. E esse interesse, que reflete um () prevê um interesse mais amplo e mais geral, fica portanto justificado. Era uma preocupação da época da colonização. E isso reflete nos estudos ligados a geografia. Tanto na geografia física quanto na geografia humana, Como são os trabalhos que derivaram diretamente da pesquisa de geólogos? A A grande maioria deriva de trabalhos que ficamos afins. Eu me per Citei no caso de Geografia Física um grande número de geólogos, mas não foram só geólogos. Na climatologia (tosse) e na fitogeografia, houve a contribuição de meteorologistas, no caso do clima, e como Adalberto Serra. e Sampaio Ferraz, e na fitogeografia Deffontaines, como Alberto José Sampaio. Diga-se de passagem que esse Alberto José Sampaio fez () importante, o que E ainda no meu tempo de estudante, o seu livro, Fitogeografia do Brasil, era a bíblia. Nós tínhamos que nos prender a essa bíblia, porque não havia nada mais sobre fitogeografia do Brasil. incrível que parece, é, é e parece hoje estaria mais que ultrapassado, aliás, está ultrapa ssado. Mas na época nós usávamos o livro do Sampaio, pois, realmente, um livro sagrado, que era a única coisa que existia, tinha mais nada. E era um modelo (), mas tinha. por assim dizer, uma sensibilidade geográfica. Dentro, ãh, sem dúvida, a gente sentia uma certa... Eu sempre digo ### mas realmente geografia gosta ou se tem ou não se tem porque é uma questão de sensibilidade Então para ser () Ela gosta

SPEAKER 2: : a mesma coisa (). É uma questão de sensibilidade.

SPEAKER 3: : E, evidentemente, a parte que não é é dos geólogos e não, nossa. Tanto que ele fez tudo isso com bastante orientação geográfica. Quanto a geografia humana, também ela, como eu disse, recebeu a contribuição de de especialistas de outros campos. Eu vou citar apenas os grupos que mais contribuíram nesse período. Eu estou falando da década de trinta, portan portanto eu não posso citar nomes que não apareçam na década de trinta como ah autores capazes e publicados outro período. Então na década de trinta nós temos a contribuição sociólogos como Jo José Frey e Emílio Williams. () isso que é mais um propósito social, mas meu caminho é entre dois mundos diferentes. Não há êxito ### ### Maicon de Paiva. Historiadores como Alfredo Neve Júnior e Afonso Garibalto Neves. Outros in intelectuais polivalentes, que a gente não consegue identificar, porque eles são um pouco (),como Caio Carlos Júnior, como Sérgio () da Costa Silva e Luiz Gomes de Moraes. Pre Três pessoas que eu admiro e respeito, porque eu acho que não só, porque muito jovens, porque eles deixaram algumas obras físicas. Caio Prado Júnior, por exemplo, escreveu na década de de trinta um artigo sobre a situação e o crescimento da cidade de São Paulo. A Artigo que ninguém mais conseguiu recuperar, porque é estrangeiro. porque ele não é idiota, mas é quer dizer, ninguém pode fazer melhor do que (). É impossível, ninguém faz. E até mesmo o futuro geógrafo, mas que na época não era geógrafo, era um mero visionis , ta, aparece na década de trinta, Josué de Castro, o homem era um () Desculpe a brincadeira, mas eu não posso deixar de de falar porque a história é muito engraçada. Ele vai ter uma fé pela pequena, porque não era visionista e acabou morrendo nessa onda.

SPEAKER 2: : ### ### E não há razão nenhuma

SPEAKER 3: : ### ### tem algumas coisas que ajuda a explicar o tema um ### Eu acho que () é a melhor maneira que a geografia (), não é ### na década () ### geografia ###

SPEAKER 2: : ### ### ### ### ### ### ### ### ### não é o verdadeiro Portanto ma ### ### Até aqui po o discurso () trinta e um parecido ### ### Mais alguma coisa? ()

SPEAKER 3: : Bom, porque aí no caso interessa à geografia. Mais alguma coisa?

SPEAKER 0: : Claro que não, pode falar. Professora, nesses sugestões, eu apontei para a palavra da década de trinta, lembra? ãh, ainda hoje próxima. Ah. Não foi por isso.