SPEAKER 3: dependem de três condições. Como todo processo de alteração depende de existência de água, água que é o principal reagente de da natureza, onde não há água, não há possibilidade de formação de focos, então nós só temos possibilidade de formação de focos onde há água. E a> <água circula no material alterado ou no material que se altera (tosse), e ela circula de três maneiras, e essas três maneiras vão determinar uma série de comportamentos do material diferentes. A> Este material, ou esta função, passa a atacar a matéria mineral, a parte mineral. Solubiliza uma série de elementos. Solubiliza principalmente a> nas () solubiliza a sílica e a sílica faz parte integrante da maior parte dos minerais das rochas, da estrutura cristalina destes minerais, de modo que esta água então passa a ter uma ação de alteração e demolição (tosse) dos edifícios cristalinos dos mi> E essa água continua a percorrer o seu caminho e um certo número de elementos que ela carrega são removidos totalmente da parte alterada. A> SPEAKER 1: Relacionado a este processo de lixiviação, o processo de lixiviação carrega os elementos solubilizados. Relacionado a esse processo, relacionado então a essa circulação da água de cima para baixo vertical, cer um certo número de elementos formados no solo são capazes de migrar E aí nós teremos que empregar uma outra palavra que é a palavra migração. Que significa esta migração? E nós já vamos dar nome aos bois. É> É a migração de oscoloides (tosse). O que que significa esta migração dos coloides? Coloides, vocês vão procurar no dicionário. SPEAKER 2: ### SPEAKER 3: As argilas são silicados de alumínio hidratados e têm constituições variadas a vários tipos de argila. Normalmente a gente admite a existência de quatro grupos e na realidade nos solos mais comuns são dois grupos. Dois grupos de argila que são os seguintes. A> Só que a água aí no meio. ### ### ### e por isso ela também é chamada argila do grupo um para um. Uma de sílica para uma de alumínio. A montmorillonita já é um pouquinho mais complicada, porque a montmorillonita tem um sanduíche e que tem aque aquele edifício mais aqui emba> a uma certa distância daquele lado de cima, nós vamos ter um outro é cê ó dois Então vejam que a montmorillonita é uma argila mais rica em sílica do que a caulinita, então ela é um pouquinho mais complicada. E esse negócio daqui tem uma possibilidade de se contrair ou de se expandir. Então ela é bem mais complicada que a outra. Felizmente nos solos tropicais a gente trabalha, nas regiões úmidas, a gente só trabalha com argila mais simples. Então esta complicação vai existir em zonas semiáridas em certos solos de zonas temperadas. Bom, nós temos então no solo estes dois elementos. A> mineralogicamente denominados argilas, nós temos óxidos e hidróxidos (tosse) de ferro (tosse). como a palavra está na moda, a gente usa muito comumente em pedologia chamamos sesquió> E realmente são chamados sesquióxidos porque a relação (tosse) entre o ferro e o oxigênio é de dois para trê> E tem também hidróxidos de alumínio. Os hidróxidos de alumínio tem um nome. Gi> . Com toda vegetação que é (), os () tem a possibilidade de provocar a podzolização. E a podzolização então seria um fenômeno, um processo pedológico característico dessas zonas frias. Agora, a peninha para trabalhar. Nós encontramos podzóis gigantes, são denominados podzóis gigantes SPEAKER 2: Nos arredores de Manaus, ao longo do Amazonas, nos arredores de Belém, nós encontramos podzóis gigantes no Guarujá. SPEAKER 3: Encontramos podzóis gi gigantes em Cabo Frio. Encontramos podzóis, é um () digamos assim, mas lá em Búzios. Não sei se foi isso que atraiu a Brigitte Bardot para ir para lá, mas em todo caso, ou existiram lá durante o tempo que ela transou tranquilamente do lado. Como é que se explica a existência destes podzóis que tem exatamente estas características em zonas tropicais ou intertropicais úmidas? A diferença fundamental é que este horizonte á dois, nas zonas temperadas, ãh raramente atinge cinquenta centímetros de espessura. Nas zonas tropicais úmidas, este horizonte á dois chega a atingir mais de dois metros. E essa razão deve serem denominados podzóis gigantes. Como se explica isso? Vejam que nessas regiões que eu citei, Manaus, Belém, Guarujá, ãh Cabo Cabo Frio até que não é tanto não. Já foi. São regiões extremamente úmidas. A vegetação que se forma nessas condições encontra dificuldade de se decompor normalmente por causa da extrema, ãh da umidade extremamente grande do solo que dificulta ou impede ou freia a atividade dos micro-organismos que decompõem matéria orgânica. Nessas condições elas têm a possibilidade, essa matéria orgânica tem a possibilidade de acidificar o solo. E realmente esses podzois são extremamente rápidos comparáveis aos podzois das regiões temperadas (tosse). Então em regiões tropicais nós teríamos um processo análogo desde que houvesse umidade muito grande e outra desde que o material onde esses podzois se formam seja um material muito pobre em bases. Esses podzóis normalmente se formam ou em areias de praia ou em areias aluviais, mas areias. Então a areia não tem nada, ou muito pouco, para fornecer. O pouco que fornece se altera, o ferro é liberado e migra com a matéria orgânica, dando aquela configuração (tosse). ### e o húmus é um coloide. É um processo específico de migração dos coloides ah. Descendente. No caso dos podzóis das zonas tropicais, pensa-se, sem que isso possa ser ãh generalizado por enquanto, mas pensa-se que a acumulação é devido à existência de um lençol freáti> faz com que precipite o ferro e o húmus. Isto é, nós estaríamos nesta posição de lençol freático permanente a uma certa profundi>. SPEAKER 3: . Os dois juntos, com cerca de quarenta centímetros a cinquenta centímetros de espessura, e o horizonte bê de acumulação, que seria então o horizonte bê. dois esses solos, nos pelos pedólogos africanos, são chamados de solos ferruginosos lixiviados. E aqui no Brasil eles têm o nome de podzólicos vermelho-amarelo. A introdução do nome podzólico para designar esses solos se deve a uma conceituação infelizmente errada dos pedólogos americanos. Os pedólogos americanos chamam ao processo de podzolização também de lixiviação e chamam ao processo de lixiviação também de podzolização. Os pedólogos americanos fazem confusão entre os dois termos. E eles estendem o termo podzólico para todos os solos lixiviados e que apresentam processos de migração. Então vejam que a existência de solos podzólicos vermelho amarelo nas regiões tropicais úmidas não tem relação nenhuma com o processo de podzolização, mas tem relação com o processo de lixiviação e migração dos coloides. Essa confusão, infelizmente, é feita com frequência. Esses solos podzólicos vermelho e amarelo, existem no Brasil com bastante frequência desde o Rio Grande do Sul até Belém do Pará. Desde o Cabo... ()? Arroio Chuí até o Oiapoque. Desde o Cabo de São Roque até lá do lado de lá, não sei qual Bom, na realidade, eles são mais frequentes, são mais frequentes no Brasil do Sudeste, Brasil do Sudeste que inclui o estado de São Paulo, são mais frequentes também no Agreste que envolve a zona da Caatinga do Nordeste. Esses solos podzólicos vermelho amarelo também têm ãh as características certas características ãh semelhantes aos outros que não têm migração de argila e principalmente características para o cultivo. Mais tarde nós vamos ver que características são essas e. ao lado desse processo de ferrugenização nós temos um outro processo que é o ferralitização Ferralitização é uma expressão utilizada pelos pedólogos africanos e no Brasil a expressão mais comum é latossolização. O processo de ferro ferralitização ou de latossolização (tosse) ocorre nas regiões tropicais úmidas. onde a precipitação é maior do que oitocentos milímetros, a temperatura média anual é maior do que vinte graus centígrados, e a estação seca é pouco marcada. Nessas condições de Grande umidade distribuída (tosse) praticamente em todos os meses do ano. A rocha vai para o Beleléu completamente (tosse) e rapidamente. As bases são lixiviadas intensamente. A sílica é lixiviada intensamente. Vejam que se eu arrancar a sílica daqui, sobra o alumínio. Nestes solos, então, aparecem hidróxidos de alumínio junto com a caulinita e junto com os hidróxidos (espirro) de ferro. Este hidróxido de alumínio ou gibsita, se o processo de ferro fa ferralitização ou latossolização é muito intenso, estes hidróxidos passam a ser preponderantes e dão origem aos (). SPEAKER 1: ### SPEAKER 3: Primeiro, no processo de ferruginização, as compressões só aparecem neste caso onde há migração. Neste caso, muito dificilmente, porque não há migração, então não há concentração. Neste caso, então, eu tenho possibilidade de observar () ãh tem processo () no horizonte bê. E este processo de () pode levar até a formação de couraças ou carapaças. Nestas condições. Veja que no caso da ferralitização, o processo vai poder se repetir da mesma forma. Mas sempre no interior, nunca na superfície. Quando essas concreções ferruginosas Quando as couraças ou bancadas aparecem na superfície, é porque os horizontes superficiais foram removidos por erosão. Sempre, regra geral. SPEAKER 1: Sem exceção. No mundo inteiro. SPEAKER 3: Nós só podemos citar um caso em que as couraças ou bancadas aparecem normalmente na superfície, é este ca> Mas na realidade ela se formou no interior. E aparece aqui porque as soluções tendem a caminhar para fora e precipitam o ferro aqui na superfície. Mas por um processo que é totalmente interno. Esta parte daqui da couraça ou da bancada só aparece na superfície se isto aqui for removido por erosão. Isto é essencial para se compreender os processos que originam ãh o aparecimento de bancadas e couraças na paisagem. O fato de a ãh de haver afloramentos extremamente importantes de couraças, por exemplo, nos nas chapadas do Brasil Central, e delas serem aflorantes, indica que todo o material que estava acima delas foi removido por erosão. SPEAKER 1: Exato. SPEAKER 3: Não sei se está (tosse) respondido. Agora, o problema da ferralitização. Vejam que a ferruginização já é um processo de alteração muito intenso. Mas nesse processo de alteração, isto aqui ficava sem ser atacado. No processo de ferralitização, a sílica, esta camadinha de sílica da caulinita é removida. A sílica é solubilizada. Então sobra o que? Sobra o alumínio. O alumínio o que que é? Ele sobe sobra sobre esta forma de hidróxido de alumínio, gipsita. Os bauxitos são compostos de gipsita. Então o processo de ferralitização é a origem dos depósitos bauxíticos. Ou os depósitos bauxíticos se originam de processos de... Podem se originar, não só apenas. Mas podem se originar de processos de ferralitização. Isso significa que os processos de ferralitização correspondem a uma lixiviação extremamente intensa. O perfil do solo ferralítico ou do latossolo é um perfil extremamente simples. Um horizonte á e um horizonte. que é sempre um horizonte bê que se diferencia do á apenas pela cor e pela estrutura. Mas o solo ferralítico não apresenta, normalmente, migração de argila ou migração de coloides em profundidade. Este horizonte bê dos solos ferralíticos pode atingir dezenas de metros. O que faz com que dificilmente a gente consiga definir um horizonte cê. Os solos ferruginosos, () vermelho amarelo, ou os latossolos quase caatinga, tem espessuras reduzidas da ordem de metro, metro e meio, raramente dois metros. Os solos ferralíticos ou latossolos podem ter espessuras de trinta, quarenta metros. No estado de São Paulo, as espessuras comuns são cinco a dez metros. Eles não são muito espessos. Esses solos são solos ácidos, bastante ácidos, menos do que os podzólicos () podzóis, mas são, no caso, mais ácidos do que os ferruginosos. Vejam que nós estamos aqui vendo uma série de processos específicos relacionados com a circulação descendente. E a circulação descendente ficou caracterizada como uma circulação que ocorre SPEAKER 0: nas regiões úmidas. SPEAKER 3: Lembrando o seguinte, que este processo de ferralitização foi durante muito tempo chamado de laterização. e laterização e laterita, ou solo laterítico, são expressões muito empregadas até hoje. Em pedologia são expressões não empregadas, não utilizadas, são expressões que caíram totalmente em desuso. é o o a () laterítica. Veja que a única a única adjetivação em que a gente emprega o laterítico é no caso da canga, da bancada, então a gente fala frequentemente uma bancada laterítica, uma canga laterítica, uma concreção laterítica, mas é único. Mesmo assim, a tendência é cada vez mais (). Abolir para evitar confusões, porque há uma série de confusões com esse. Nós teríamos um outro grupo de processos decorrentes das circulações ascendentes. O que poderia promover ou quais as condições em que poderiam ocorrer as circulações ascendentes? São as circulações de baixo para cima. Se eu tenho bastante água, ela normalmente escoa de cima para baixo. ### Se eu tenho no solo uma certa quantidade de água, mas eu tenho um processo de evaporação extremamente intenso na superfície, Este processo extremamente intenso tem a possibilidade de criar uma certa força, que é uma força de sucção, que funciona como uma força de sucção, que faz com que as soluções tendam a subir para a superfície. Bom, então vejam bem. Onde é que eu posso ter evaporação bastante intensa para que este processo ocorra possa ocorrer. eu já tenho o limite seiscentos milímetros (tosse). Eu devo estar em regiões com menos de seiscentos milímetros, já que já com seiscentos milímetros eu tenho processo de circulação descendente. Na realidade, esses processos ocorrem em regiões com menos de duzentos. E ocorre também com precipitações maiores, mas em casos especiais. Nessas condições, o período chuvoso é normalmente concentrado num período pequeno do ano, mas esse período chuvoso é acompanhado de calor, chove em período quente. Nesse período a evaporação é grande. Há uma possibilidade de penetração de umidade, mas ao mesmo tempo que a umidade penetra, a cada momento que aparece o Sol, que aquece a superfície e que evapora, esta umidade tende a subir. Mas há uma condição (tosse) necessária para que isso ocorra. E esta condição nós encontramos nessas regiões. Chove pouco. O processo de alteração das rochas É intenso ou não? O processo de alteração das rochas nessas condições é intenso ou não? Não deve ser, porque o período é muito curto. A quantidade de água é muito pequena. A espessura do material alterado e, portanto, a espessura do solo vai ser pequena. A caixa de armazenamento de água representada pelo solo é pequena. Nessas condições a atuação da evaporação pode permitir a subida de soluções. Então eu tenho uma pequena caixa, acima de um horizonte cê ou mesmo da rocha, que ao momento dado pode ficar carregada de umidade, mas essa umidade abastece aquela que é evaporada na superfície. Vejam que esta umidade se carrega de um certo número de elementos que vão acompanhar as soluções. A evaporação na superfície promove muitas vezes a deposição desses elementos nas superfícies. Esses elementos são sais (tosse), cloreto de sódio, carbonatos, sulfatos, SPEAKER 2: São os mais comuns. SPEAKER 3: E o aparecimento desses sais na superfície se dá sob a forma de inflorescências salinas. Vocês já devem ter visto ou feito a experiência da saturação de água por sal de cozinha. Vocês vão colocando sal de cozinha. Vão colocando sal de cozinha. O sal de cozinha é dissolvido pela água. A um momento dado, vocês atingem o ponto de saturação, porque a água não é mais capaz de dissolver novas quantidades de sal de cozinha. Se vocês prestarem atenção, uma certa modificação de temperatura é suficiente. Um abaixamento da temperatura, por exemplo, é suficiente para provocar no fundo do copo o aparecimento de uma cristalização do sal. É o sal em excesso, que aquele abaixamento de temperatura diminui o poder de saturação da água e aquele sal se deposita. Na superfície, o aspecto dessas inflorescências é semelhante a esse da do sal no fundo dos copos. Mas este é um processo específico que é chamado de salinização. Neste processo de salinização, o aparecimento de precipitação de sais na superfície é um caso não excepcional, mas é um caso extremo. É um caso extremo. O normal é todo o perfil do solo ficar rico nesses elementos, porque esses elementos não são lixiviados. Eles foram liberados da rocha aqui, mas não havia umidade suficiente para removê-los. Eles permanecem. Eles enriquecem o solo, ora em cloreto de sódio, ora em sulfato de de e carbonato de cálcio, mais comum é carbonato o cloreto, ãh certas condições. Os os solos que a que ãh apresentam salinização têm aspectos bastante característicos. A coloração deles é normalmente acinzen> É o caso do estado de São Paulo, por exemplo, o carbonato de cálcio é totalmente solubilizado e é totalmente removido do solo. Em regiões mais secas, no caso do Brasil nós podemos citar essas regiões mais secas como o norte de Minas e como o nordeste, a remoção destes carbonatos é apenas parcial. E estes carbonatos, então, ficam permanecem no perfil do solo. Nessas condições, nós temos um tipo de solo, que é um tipo de solo específico de formações calcárias, que são as (). E as () são o perfil de solo menos evoluído, formado sobre calcário. Eles apresentam um horizonte á, normalmente composto de um á um á três, sobre a rocha, sobre o horizonte cê. Mas nesses solos há uma remoção parcial do cálcio, sob a forma de carbonato. Esse cálcio precipita na base do horizonte á três ou no interior da do horizonte cê, sob a forma de nódulos ou concreções. Mas são nódulos ou concreções calcárias. Elas são facilmente reconhecíveis porque são brancas e dão efervescência com ácido clorídrico. Os processos de acumulação do calcário, neste caso, podem ser muito intensos. E a semelhança do que acontece neste caso, eu tenho a possibilidade de encontrar corpos cimentados por carbonatos, que deste caso eu não chamo nem de bancadas nem de couraças, mas eu chamo de crostas, calcárias ou caliche. Caliche é o nome que provém, se não me engano, do Chile ou do México, e que no Brasil não é utilizado pelos pedólogos, mas é utilizado pelos geógrafos. As crostas calcárias podem apresentar aspectos mais variados e espessuras também variadas. Há crostas calcárias de mais de metro de espessura. Algumas têm aspecto laminar. Algumas se formam nestas condições por migração lateral. E neste caso, por migração lateral e deposição no sopé das vertentes, o mais comum é elas terem uma forma laminar. Elas têm a possibilidade de apresentar um aspecto maciço. E a cimentação, pelo calcário, engloba todo o material que está aqui. Elas frequentemente têm aspecto muito heterogêneo. Ao lado das (), nós temos solos que nós poderíamos chamar de aparentados. São solos onde o cálcio, não mais o calcário, mas o cálcio, tem um papel extremamente importante. Ocorrem com precipitações por volta de seiscentos milímetros. Mas essas precipitações estão concentradas no inverno. E o verão é mais quente e úmido. As regiões características, onde vão ocorrer estes solos, onde o cálcio tem influência, ãh a Europa Central, englobando a parte da União Soviética, que se prolonga para a leste da Europa Central, o centro das planícies do () oeste americano, O sul, o extremo sul do Brasil, Argentina e Uruguai são as três grandes áreas onde o cálcio passa a ter uma importância grande na formação dos solos e onde apresenta esta característica de chuvas relativamente pequenas, concentradas no inverno, em verões secos. Nessas condições, as chuvas de inverno Na Europa Central, por exemplo, na realidade correspondem a gelo, a neve acumulada na superfície. Neve essa que no na primavera se descongela, como é que se chama (tosse) ãh? Se degela e abastece o solo em água, mas uma água extremamente fria. Esta água extremamente fria tem uma ação pedogenética extremamente pequena. A atuação dos micro-organismos é pequena nesse período de umidade porque a água é fria. Normalmente esses solos apresentam vegetação de gramíneas e essas gramíneas tem um sistema radicular muito denso e às vezes bastante profundo. Essa As raízes, normalmente no verão, as plantas secam, as gramíneas secam, as raízes morrem quase que totalmente e são incorporadas à massa do solo. Mas a decomposição dessa matéria orgânica é relativamente lenta. Por outro lado, essa chuva ou essa água fria tem uma pequena ação de alteração, então não remove o cálcio. O cálcio permanece em grande quantidade no interior do perfil do solo. Isto aqui for ah ah permite a manutenção de uma matéria orgânica, composta de restos de raízes principalmente, distribuída sobre uma espessura bastante grande do perfil. Isto é, o horizonte á desses solos é um horizonte es bastante espesso, que muitas vezes é maior do que cem centímetros de espessura ou do que um metro. Eles podem apresentar um horizonte bê, que pode ser um horizonte bê diferente do á por cor, ou um horizonte bê de acumulação, ou ainda um horizonte cê. ### Eles podem apresentar, da mesma forma que a re as rendzinas, acumulações de calcário de carbonato desculpe ou no horizonte bê ou no horizonte cê. E os solos mais comuns na Europa são denominados Chernozems. E nos Estados Unidos, os primos e irmãos dos Chernozems são denominados sem nenhuma imaginação de (). Eles apresentam algumas diferenças com os chernozems, o aspecto é análogo, mas são mais ácidos do que os chernozems. Na América do Sul, do Rio Grande do Sul até os pampas argentinos, Os solos, na realidade, se assemelham aos () americanos e não aos chernozems da Europa (tosse) Central (tosse) e da União Soviética. Eu lembro, de passagem, que os chernozems são também chamados de solos negros da Ucrânia e, durante muito tempo, foram considerados como fomos mais férteis que existiam no mundo. Nas regiões tropicais úmidas, nós teríamos que ter alguma coisa semelhante. Úmidas, desculpe, nas regiões tropicais. O cálcio passa a ter importância, mas mais o magnésio também. Aparecem solos que s foram denominados durante muito tempo solos negros tropicais. Depois passou-se a chamá-los grumossolos. E grumossolos é ainda o nome com que são conhecidos no Brasil. E, ultimamente, vertissolos. Então estão três denominações porque é comum encontrar indiferentemente uma das três. Estes solos formam-se em condições onde a lixiviação é muito pouco intensa. A lixiviação sendo pouco intensa, o cálcio e o magnésio permanecem. Isto aqui já indica que estes solos só podem se formar em regiões de climas mais secos, semiáridos, ou pelo menos climas com estação alternante, com estação seca muito maior do que a água e eles A semelhança dos () e chernozems, eles têm um horizonte á bastante espesso, às vezes pouco espesso, mas é comum (tosse) terem bastante espesso, sobre o horizonte bê. que normalmente é apenas um horizonte (). Este horizonte á, como o próprio nome indica, é um horizonte escuro. Mas ele apresenta características particulares. É um solo extremamente () e que, se for observado, Durante a estação chuvosa, percebe-se que essas fendas desaparecem totalmente, e durante a estação so seca elas se reabrem. São fendas, às vezes, bastante largas e bastante contínuas. Isto aqui se deve ao caso de que estes solos apresentam como argila aquela famigerada (tosse) montmorilonita que vocês tomaram nota no começo da aula. E aquela famigerada montmorilonita que eu disse a vocês que tinha possibilidade de se expandir ou de se retrair. Ela se expande ou se retrai, eu vou fazer o desenho dela aqui, esquemático. SPEAKER 0: Daquele último de lá. SPEAKER 3: Exato. Quando eles a a montmorillonita se umedece, a água entra pra dentro e provoca a expansão. Quando ele seca, a água sai e provoca, ao contrário, a retração. A expansão é da ordem de quarenta a cinquenta. por cento do volume A expansão pode provocar, pode atingir duzentos quilos por centímetro quadrado, por centímetro cúbico. É uma expa É uma pressão considerável. É o suficiente, pelo menos, para provocar o fendilhamento quando seca ou o desaparecimento do fendilhamento quando úmido. Mas, coisa mais importante, é que como este fendilhamento não é igual de alto a baixo, a parte de baixo, não tendo possibilidade de se expandir para o lado, se expande para cima. Na superfície, este solo vai apresentar, e eu tentei representar isto aqui, umas ondulações, que podem atingir cerca de um metro de altura (tosse), mas ondulações de pequeno cobrimento.