Inquérito SP_DID_329

SPEAKER 1: : nós vamos fazer uma entrevista com o senhor sobre profissões e ofícios. Então primeiramente, eu gostaria de saber o que o se ãh quais as profissões que o senhor considera mais valorizadas atualmente em relação ao seu tempo. ### isso profissões

SPEAKER 0: : Uma profissão em relação () maior mudança de valoriza a profissão era médico ãh engenheiros e advogado fora isso as outras eram consideradas secundárias

SPEAKER 1: : e atualmente? de qual ãh quais as profissões que o senhor acha que são mais valorizadas são mais

SPEAKER 0: : procuradas também mais procuradas? são

SPEAKER 1: : e quais as chances que o senhor acha que uma pessoa de nível de que não tem nível universitário teria atualmente?

SPEAKER 0: : são maiores ###

SPEAKER 1: : ### O senhor poderia nos dizer quais as possibilidades profissi onais se o senhor souber, não é? dentro do campo da educação? Você falou que são ma iores as chances atualmente para uma pessoa que não tem nível universitário, certo? E quais seriam essas chances? Quais seriam os profissionais que poderiam ser aproveitados dentro dessa á

SPEAKER 0: : Alguém e de () nível universitário. Eu falei que eles têm mais chance em rela os que não ti nham nível universitário há quarenta anos atrás tá? isso é verdade porque não tinha ### universitário estava limitado mesmo éh quase que um trabalhador braçal. E hoje não hoje o as escolas técnicas e e a a experiências, e os Senais e os Senacs, essa coisa toda, podem levar um sujeito a a lugares realmente ãh de projeção.

SPEAKER 1: : () o senhor seria capaz de de ter para a gente quais as profissões liberais existentes no Brasil? (risos) Tá naquela

SPEAKER 0: : Aquelas que o senhor lembrar. Uhn não tenho muita ideia, porque ah a profissão liberal é sempre a medicina, a engenha Agora, outras, ultimamente, se equiparam. Não sei se são liberais, porque eu não conheço muito bem o que seja uma definição de liberal. Tenho essa ideia, sabe, mas não conheço uma definição não sei se o ponto tador ou o técnico em contabilidade, ou oh o perito em computadores, não sei se isso é uma profissão libe ral ou não, sabe? As clássicas, para mim, são a medicina, a advocacia, engenharia, Falar do agrimensor, que sempre tem esse problema, e o oh o den tista, que também sempre tem esse problema tem que se chamar de doutor, os que é liberal, não sei se é ou não porque eu não estou bem

SPEAKER 1: : bem para essa enquadração, essa definição. Você falou em medicina e engenharia. O senhor sabe quais são as especialidades que pode de ter um médico e um engenheiro? Especialida?

SPEAKER 0: : Você quer eu diga isso para mencionar os... uhum os os () não sei se são completos, nem sei se o que eles são (risos) o que que eu... Você falou do me perguntou do engenheiro? É do engenheiro e do médico. Engenheiro e do médico? Bom o médico pode ser clínico geral al (risos) pode ser éh radiologista, pode ser radioterapeuta, pode ser cirurgião, Pode ser, como é, otorrinolaringologi ista. Pode ser oftalmologi ista. Pode ser... Ela arranjou uma pergunta para me fazer dizer nome complicado (risos) é por isso que eu fiz ### É pode ser... Como é o outro éh de pele o, como é? Dermatologi ista. Pode ser... ### Éh pediatra Pode ser ginecolo gista pode ser Acho que chega não acho que a palavra (risos) ### não é

SPEAKER 1: : ### ### ### ### ### ### ### ###

SPEAKER 0: : Engenharia Não sei. Engenha ria () ### ### ### ### ### o arquiteto, sabe? ou engenhe hidrau né? o eletrici ista certo?

SPEAKER 1: : (risos) Só mais uns três ou quatro. É. Escuta doutor se o senhor fosse construir uma casa, quais os os aí meu () é os profissionais E quais materiais que o senhor acha que seriam essenciais para a construção dessa casa?Para construir

SPEAKER 0: : uma casa, eu eu contrataria oh oh o arquiteto. Eles contrataria o engenheiro civil e eles, então, dividiriam ou não o serviço deles contratando lá os, os hidráulicos, eletricistas, essa tralha toda, né? O material que que vai numa casa deve ser um tijolo, areia, éh e tijolo, areia, cal () outros materiais acho. A madeiras, os canos os conduítes, os fios elétricos, a massa a m bom a massa já está na areia. (risos) (risos) tem mais? as telhas, a cerâmica, a parte cerâmica, o piso, sabe, as ferragens, sabe, e, por fim, as tintas da pintura. Uhum

SPEAKER 1: : O senhor se referiu que eles contratariam essa tralha toda, né? Quais os elementos que com que compõem essa tralha toda (risos) que você se referiu?

SPEAKER 0: : (risos) É não sei, um monte deles.

SPEAKER 1: : O senhor não lembra de nenhum nome?

SPEAKER 0: : Não, porque na na quando eu contratasse o arquiteto, eu ia pagar ele para ele saber qual é essa tralha. (risos) Senão ficava eu fazendo a (risos) casa por empreitada.

SPEAKER 1: : E qual a diferença que eh entre um engenheiro civil e um arquiteto?

SPEAKER 0: : Uhn não sei muito bem, mas o arquiteto geralmente desenha as coisas (risos) desenha as coisas, projeta aquela tralha toda e, (risos) no fim, No fim, quer modificar o pensamento da gente e fazer uma casa que ele ache de acordo com a com a arte dele, uhum com os pensamentos dele. E o outro, que você perguntou, era o... O engenheiro civil. Engenheiro civil. O engenheiro civil ele executa aquilo, né? Uhum

SPEAKER 1: : E para a ornamentação da casa, o senhor chamaria alguma pessoa especial ou caberia o senhor e a sua esposa fazer?

SPEAKER 0: : Não, eu... Nesse apartamento aqui, nós, pela primeira vez, tivemos um uma decoradora. Ela dá uma mãozinha na gente boa, sabe, orienta tudo. Não não é a gente se entregar e deixar ela fazer o que quiser mas éh ela vi Enxerga um pouco mais longe do que a gente. Uhum. E dentro do

SPEAKER 1: : de uma indústria, quem o senhor acha que se quais os empregados que o senhor acha que seriam essenciais? Além do do empre do patrão É lógico.

SPEAKER 0: : Bom numa indústria, por exemplo, numa que eu estou pensando que é mais fácil seguir esse roteiro. Na indústria tem é ma é os empregados mais importantes?

SPEAKER 1: : Ou não importantes. Então o é o ()

SPEAKER 0: : É o engenheiro-chefe no ramo da produção. É o planejador, é o contador do tempo na produção. É o Depois são é a massa de empregados, é o torneiro, são o o ajustador, o usinador, (tosse) o polidor. Acho que numa linha geral é essa, certo Depois tem a parte administrativa da indústria, que também é importante. O seu contador, seu gerente, seu seu os seus escriturários, autarquia, pessoas (), sabe, a datilógrafa. E o controles guarda de segurança, que é indispensável hoje para qualquer coisas. O Os faxineiros, o almoxarifado, o porteiro. Acho que está completo. E o advogado.

SPEAKER 1: : O mais importante, né? (risos) E dentro do jornal, por exemplo, que profissionais nós teríamos?

SPEAKER 0: : (tosse) Dentro do jornal, nós temos o... Temos o específico do jornal, tem o repórter, tem o redator, tem o secretário e tem o o fotógrafo () os principais do jornal. Os outros são comuns a toda empresa, né? Tem o cronista esportivo, tem o cronista social. Enfim... Aquela tralha toda outra vez (risos)

SPEAKER 1: : Ele gostou da tralha. ### Uma pessoa semi-analfabeta ou analfabeta, que possibilidade de trabalho, que tipo de emprego o senhor acha que eles poderiam encontrar?

SPEAKER 0: : É difícil. Só o trabalho no braçal mesmo. Um trabalho Podia o que que ele pode ser? Pode ser um faxineiro, pode ser um um contínuo, pode ser um office boy, pode ser um servente, Pode ser um cobrador de de de ônibus, que pode ser meio analfabeto. Na agricultura pode ser o... Na agricultura pode ser tudo, pode ser o leiteiro, pode ser o sujeito que que tira leite, pode ser o sujeito que toma conta do estábulo, o sujeito que que carpe, o camarada, que se chama. Pode ser. Tem alguma coisa mais qualificada. Pode ser até um administrador na na fazenda. Fazenda é rudimentar. Pode ser um administrador semi-analfabeto. Tem as domésticas, outro ramo também. Geralmente são, não?

SPEAKER 1: : Certo. E na sua fazenda, quais os tipos de profissionais que o senhor contratou?

SPEAKER 0: : Na fazenda tem esse que eu mencionei. Tem o o camarada, certo, que é contratado. Tem o... Tem os caseiros, o caseiro, mulher do caseiro, as empregadas domésticas. E tem os leiteiros, tem o administrador. E tem os sujeitos que são, chamam-se meeiros. Meeiro é um sujeito que trabalha na fazenda, mas não é empregado. É um participante do resultado, um sócio. Empregado só.

SPEAKER 1: : E no seu escritório, quais tipos de profissionais que o senhor contrata, a não ser os advogados?

SPEAKER 0: : No escritório nós temos advogados, tem solicitadores, tem tem office boy, tem o arquivista, tem as secretárias e a e a datilógrafa. E só. O prédio, naturalmente, tem os limpadores, deles, faxineiros...

SPEAKER 1: : O senhor já falou os ramos da medicina e alguns da engenharia, certo? Da advocacia, quais os ramos que teria?

SPEAKER 0: : Advocacia, geralmente é o cidadão faz direito civil, né, vara de família, sucessões, com aquelas coisas de inventário, despejos, escritos, essa tralha toda Mas o que mais? Comercial, comercial, o direito hoje é muito mais ligado ao civil do tributário, que também é uma especialização. O ramo de seguros hoje, direito securitário, que estão chamando são também foi considerado especialização. O direito penal também é mesmo especialização, isso é sem dúvida alguma. E os outros, eu não creio que seja uma especialização, ou seja, um cidadão que saiba mais do que o outro um pouco direito internacional, ou um que saiba mais do direito administrativo. Não é? É uma especialização, mas não é um ramo assim, sabe Que qualifique o cidadão, o advogado.

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 0: : Uma casa de família? O jardineiro. Sem ser doméstico? Um jardineiro também é doméstico, não é? Não sei

SPEAKER 1: : sem ser empregada doméstica.

SPEAKER 0: : Sem ser empregada? Um jardineiro. Quem? O chofer motorista. Faxineira. Uma faxineira Acho que faxineira já foi muito aí. Acho que só.

SPEAKER 1: : Quer dizer que o resto a dona da casa faria por conta (risos) própria?

SPEAKER 0: : Não, você falou empregada, né, sua () Fora a empregada doméstica. Você que está pondo a dona da casa como empregada doméstica (risos) Eu não, eu jamais faria isso aqui. Jamais nesse local.

SPEAKER 1: : (risos) E dentro do ramo artístico, se o senhor tivesse que escolher alguma profissão, se especializar em alguma coisa, o que é que o senhor escolheria? Dentro do quê? Do ramo artístico, na parte artí Alguma coisa que atraia mais o senhor dentro desse ramo, ou não?

SPEAKER 0: : Eu gostaria de músicas, sabe, mas não sei nada de músicas e sou uma negação Não gostaria, preferiria, se pudesse escolher, eu gostaria de ser músico.

SPEAKER 1: : Pensei que o senhor gostasse de pintura, tem tantos quadros aqui.

SPEAKER 0: : (risos) também gosto de pintura, mas não ousei nada a respeito, de maneira que sou admirador só Eu gosto de tudo que é arte, não gosto de pintura de músicas, eu gosto de tudo. não é uma coisa bela. () qualquer forma que ela apareça, está servindo, né?

SPEAKER 1: : Para quem tem dom, é bom.

SPEAKER 0: : Ah deve ser, mas o dom de apreciar também vale muito.

SPEAKER 1: : Já que o senhor está falando dentro do campo da arte, que profissionais o senhor poderia encontrar dentro deste campo?

SPEAKER 0: : Profissionais? ãh Vai a a lista. Os músicos, os os pintores, os escultores, né, os ceramistas. artes, você falou? Uhum artes das artes plásticas ou também do teatro da?

SPEAKER 1: : Qualquer tipo de arte.

SPEAKER 0: : Então, encontraria os os teatrólogos, os artistas, represen, os atores, encontraria Os escritores, os poetas. Não me lembro de de mais e mais mais nomes assim, sabe Os músicos, se podia citar os instrumentos () o pianista, o o flautista, o o saxofonistas, o o violinista.

SPEAKER 1: : Acho que... Se o senhor morasse numa casa, o senhor ãh contrataria alguma pessoa em especial para resguardar a casa e a família?

SPEAKER 0: : É preciso. Mas eu já contratei. Quando morava em casa, tinha. Dispensava. O guarda noturno, tem o guarda particular e o e o cachorro também, né? As partes do negócio, (risos) para tomar conta dos dois.

SPEAKER 1: : Se o senhor fosse assaltado, vamos supor, uma suposição, né? senhor fosse assaltado, a quem o senhor recorreria? Ou que medidas o senhor toma

SPEAKER 0: : ria? Se eu fosse assaltado? Ué, tem um número de telefone aí que todo mundo sabe, para gente telefonar para Rádio Patrulha, para Rota, para não sei para onde, que aparece imediatamente. O sujeito está aí para salvar a gente disso.

SPEAKER 1: : (risos) Está cansado?

SPEAKER 0: : (risos) É ruim. É mais o

SPEAKER 1: : E como o senhor mora em prédio, quais profissionais que existem para manutenção da limpeza e para resguardar o prédio e as próprias famílias?

SPEAKER 0: : Aqui tem o guarda, o zelador e o e os faxineiros, né só isso.

SPEAKER 1: : Se o senhor fosse construir, ãh fundar uma emissora de rádio, por onde o senhor começa começaria? Quais as medidas que o senhor tomaria? Quais os profissionais que o senhor iria contratar? Ou quais os que o senhor acha que não são, que são indispens áveis? Como é que o senhor começaria? Eu acho que eu come

SPEAKER 0: : fundar uma estação de rádio? Pode chamar o seu Vicenzo, (risos) qualquer pessoa assim, que deve entender disso. Mas a gente deve chamar no rádio deve deve () bom Bom, teria que contratar um corpo de... Além do os técnicos, não precisa falar, porque acho que já já se falou deles, né? Os eletric Do eletricista, do... Enfim, do pessoal, né, que cuidasse da das das máquinas. Mas depois teria o... Os artistas, teria o o locutor, teria o o redator das a das novelas. E depois tinha que contratar as personagens todas das novelas, as as orquestras, o que mais? O encarregado do noticiário, o locutor esportivo, certo, o disque jockey, O que é mais que tem? O Humorista, pseudo-humoristas. Acho que já está montado a minha rádio, não é? (risos)

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 0: : Eu mando fazer num alfaiate. O que mais? Interesse? Nome?

SPEAKER 1: : Não. Quero só saber como que o senhor escolhe os modelos.

SPEAKER 0: : Ah, isso é uma coisa de inspiração, de momento A gente chega no alfaiate () pergunta se você tem alguma coisa boa, aí, sim barata. Ele diz não tem, barato não tem, tudo caríssimo. Então, você vai embora, volta numa outra semana, vira coragem (risos) Chega lá e () passa um terno assim assado, sabe, e e Escolhe os padrões. Para homem é muito fácil, porque a gente não fica escolhendo babadinho, () aquela tralha toda (risos). Então, você diz que quer o paletó, quero o jaquetão, quero três botões, quero isso, quer aquilo Jaquetão a gente já não diz há alguns anos, mas devia dizer. E... Recomenda-se as bo os botões, a o número de botões, se abotoa ou não abotoa, se a calça tem botão ou não tem. E e... Discute-se com ele para pôr alguns bolsos, porque senão ele () calça sem bolso. E... que mais? Colete não se faz, quer dizer, você fica livre de escolher o negócio colete, os pontinhos do colete, o número de botões, bolso. Enfim, a gente escolhe mais ou menos de acordo com o padrão que está por aí.

SPEAKER 1: : E se o senhor não tivesse inspirado nem o seu alfaiate, a quem vocês recorreria?

SPEAKER 0: : Uma casa pendente de roupa feita, né? (risos) José Silva. É mais fácil olhar na vitrine e me dar um daquele.

SPEAKER 1: : (risos) Não tem trabalho de experimentar, né?. E a sua esposa, ela compra as roupas feitas ou ela manda fazer também? Como é que ela faz?

SPEAKER 0: : Não, ela manda... Ela ela compra feitas. Ela com comprando feitas, certo? Parece que o negócio de mandar fazer, não não dá mais certo, não tem costureira. é uma mão de obra aí que sempre acaba comprando um negócio um negócio pronto. Falan

SPEAKER 1: : do de roupa, vamos pegar a mesma parte. Para cuidar da sua aparência, onde é que o senhor costuma ir? O senhor faz tudo em casa ou o senhor costuma procurar alguém para ajudar?

SPEAKER 0: : Cuidar da minha aparência? Negócio é () Cabelereiro? Parece o não sei se é mesmo, parece esse mesmo, né, o alfaiate que você falou da Do camiseiro, camisa, faço sob medida. não de camisa, faço. Faço questão de fazer, porque o colarinho nunca combina com o comprimento das mangas, então a gente tem que mandar fazer. (risos) Se eu comprar no () feito, não vai ficar. Sapato, não mando fazer, porque é um sofrimento mandar fazer, sabe Compra-se prontos. O que mais? Gravata, dão, para gente. A gente escolhe as que pode usar e usa, as outras passa para diante. O que mais ãh? que apareça Barba, só eu que faço. Cabeleireiro, a gente vai ao cabeleireiro. Não faço unha, certo, mas está feita aparência.

SPEAKER 1: : Você falou em barba, como é que você faz a barba? Ah faço

SPEAKER 0: : Não é receita, não. (risos) () (risos) barba eu faço com fiz aparelho fiz com aparelho elétrico muito tempo, depois enjoei daquilo, achei que era uma uma amolação. Comecei a a deixar de fazer porque na fazenda não tinha força. E o aparelho de pilha não não funcionava mesmo. Então, quando fizeram, ligamos a força era E o aparelho aqui toda hora atrapalhava. Saiu aparelho de cento e dez, era duzentos e vi nte. Então comecei a fazer com gilete de novo. Aquela gilete melhorou muito agora, porque em antigamente era éh era ruim. Cortava e tal. O aparelho era mal desenhado. E hoje é muito bom. Então encostei os aparelhos elétricos. Estou fazendo com gilete de novo.

SPEAKER 1: : Só gilete?

SPEAKER 0: : Não, gilete e sabão. Sabão. Sabão... sabão de barba sem pincel. Você pega, molha o rosto de manhã, passa o o creme, sabe? Faz uma massagenzinha com aquele creme, fica uma espuminha, você vai lá, gilete em cima e pronto.

SPEAKER 1: : E após a barba, o senhor passa alguma coisa, ou não?

SPEAKER 0: : Após a barba, a gente passa um... é loção, né? É um aftershave, indispensável. A sociedade de consumo não me perdoaria se eu não fizesse isso. (risos) Então está feito

SPEAKER 1: : E pra cortar o cabelo, como é que o seu cabeleireiro corta?

SPEAKER 0: : Com o que? () O cabeleireiro é um sujeito enjoado, sabe Se marca a hora, o cabeleireiro tem que ir lá só na hora certa, sabe, e aí ele corta com tesoura, certo, com pente depois umedece o cabelo, se passa uma uma navalha, e e depois lava, e depois arrepia tudo com uma escova, você paga um dinheirão lá e vai embora.

SPEAKER 1: : Como é que o seu limpa (risos)... Agora () o que eu estou fazendo um ibope aqui. Como é que o senhor limpa o seu sa

SPEAKER 0: : pato? Não tenho ideia. (risos) Brancura total. É isso. Para manter o sapatos sempre limpos, como é que o senhor consegue? Eu engraxo pessoalmente, isso é um serviço particular aqui do dono da casa.(risos) Engraxo, passo graxa e e escovo. Só com escova, graxa e escova. Quando vem da fazenda, tem que dar antes uma limpezinha e tirar um pouco do barro, da poeira e tal. E fica Mas sapato não tem muito o que falar, não. É só isso. Mas não engraxo no engraxate, não. Não tem necessidade (tosse)

SPEAKER 1: : Se o senhor tivesse que orientar alguém profissionalmente, alguém viesse pedir um conselho para o senhor, o que que o senhor o orientaria atualmente? Para que setor profissional o senhor indicaria?

SPEAKER 0: : Não sei, hoje em dia até eu estou meio desorientado, de maneira que não é fácil orientar alguém. Mas... Indicaria para o setor profissional, onde ele se desse estiver bem, onde ele se estiver à vontade, onde ele tiver um... Pelo qual ele tiver uma atração, sabe. E, ao mesmo tempo, seja compatível com a com a posição dele, na sociedade, com a vida dele, né? Objetivamente, não posso dizer que orientaria para este ou para aquele.

SPEAKER 1: : Dependeria de cada caso. É que mais o senhor que se fosse uma opinião pessoal do senhor, Vamos supor, no setor técnico, o que que é o senhor indicaria? O que que o senhor acha que tem mais campo atualmente? Para o senhor poder indicar para uma pessoa. Ah

SPEAKER 0: : A agricultura hoje éh, os setores técnicos da agricultura dão são dão tem um campo muito bom. o os especialistas todos na agricultura hoje são sujeitos muito bem pagos e se a pessoa tem gosto para isso, É uma coisa boa de ser feita. Esses outros, que eu já falei, essas outras profissões de de de de especialização técnica também são boas, desde que a pessoa tenha um gosto por aquilo, né, por por computadores ou por cálculos, custos de produção, coisas desse tipo, certo Eles são se excepcionalmente bem pagos em qualquer indústria que aparecer. Mas não sei se indicaria para este. Para o meu filho, não indicaria isso, acho uma coisa chata e limitada, sabe? Aliás, eu expliquei para ele do () não adiantou nada, porque ele está () boi na fazenda

SPEAKER 1: : Para a sua filha, o senhor orientaria para seguir alguma profissão? Ou se o senhor fosse orientar, tivesse que orientar, se ela tivesse indecisa, que rumo tomar, o que que o senhor aconselharia ela fazer? Uma profissão, assim, que o senhor ache que seja coerente éh para a mulher, especialme

SPEAKER 0: : Minha filha, quando terminou o o curso médio, qualquer coisa assim que chama, não sei se chama, curso de ginásio, éh fez um teste. E, então, no teste disseram que uma série de profissões de coisas eram muito boas para ela, inclusive a Química. Então, ela fez questão de entrar para fazer um curso de Química, certo, que eu já, podendo, já paguei pela metade, porque eu sei que não ia durar nem três meses. E, de fato, foi embora logo e não fez coisa nenhuma. Ela é uma artista, então temperamento romântico, gostaria de fazer qualquer outra coisa. Esses seus cursos de de línguas, ou de letras, qualquer coisa dessa, ela gostaria de fazer. Mas os testes indicaram que era química. Eu acho que qualquer coisa dessa estaria boa para ela, sabe Já disse, não tenho dúvida nenhuma, que eu indicaria música sempre. Desde que ela nasceu, se ela faz isso, eu faço outra coisa, () Qualquer outra coisa que ela não não não sabe, não pode fazer, se não se interessa. Então depende da pessoa, para a mulher. Para advocacia, eu acho muito bom mulher. O meu escritório está cheio de mulher. É? E vai bem mesmo, são jeitosas e são o pessoal vai bem. Depois os juízes têm têm uma certa compreensão. O que elas dizem de bobagem, o juiz acha graça, sabe? (risos) São mais ouvidas. É interessante. Pelo menos, por enquanto, está tendo muito sucesso a profissão com mulher. Não sei se no dia que elas encontrarem juízas, se vai ter sucesso também.

SPEAKER 1: : O senhor acha que a mulher está tendo (tosse) mais sucesso só no ramo da advocacia ou ela está tendo sucesso em outros campos?

SPEAKER 0: : Tem mais sucesso?

SPEAKER 1: : Não, se ela está tendo, mas que ramo? No em

SPEAKER 0: : Em outros ramos? Não sei, sabe, eu sou um sujeito que sou tão ligado a advocacia, sabe, que não posso julgar muito bem o sucesso de mulher em outros ramos, não Mas acredito que esteja, porque a gente está vendo mulheres engenheiras, médicas e médicas, então tem de monte. Eu acho que está tendo sucesso em tudo. Aliás, não há motivo para não ter mesmo. Por que? ### Porque não há (risos) (risos) Está me pedindo uma negação de uma afirmação de uma negação?

SPEAKER 1: : Não, pelo contrário. (risos) Não

SPEAKER 0: : Não, se tivesse algum motivo eu poderia te dar, mas não tem motivo.