SPEAKER 1: ### Faça assim um paralelo, uma comparação entre o Correio de hoje, não é, e de vinte anos atrás, que era tão mal falado. SPEAKER 0: Eu não não lembro-me assim de de vinte anos atrás como poderia ser o Correio. Mas eu acho que é um meio de comunicação bem mais fácil para que possamos encon assim ter maior convivência com os amigos, com os parentes. Inclusive também já fiz várias correspondências até com o Norte do Brasil com pessoas desconhecidas através do Correio. E achei um ótimo medo de eh um ótimo modo de expressar-me, como também recebi... A senhora notou assim algum atraso? Você deve estar sabendo que é a primeira vez que eu estou pegando assim, sendo gravada, de forma que estou um pouco SPEAKER 2: ### SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Bom, eu não utilizo essas agências de bairro. Geralmente, eu vou no Correio Geral. Não é por nada, é porque é um costume. SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Bom, eu acho que deve ter facilitado bastante, né? Porque é um modo mais fácil. Agora, eu quando vou à cidade, todos os dias trabalho e saio. Então é mais fácil. Não é por nenhum motivo que não utilizo aqui o a agência. Mas eu acho que facilita bastante. SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Bom, vários. Tantos comerciais como da minha profissão, porque eu tenho contato com os colegas, com os que eu preciso saber e e mesmo ah amigos. ### Não. Não houve necessidade, assim. Bom, eu fiz ah tive grande correspondência porque é o seguinte, eu resolvi escrever contos e foram publicados. Então, recebi muitas cartas de vários estados assim do Brasil que queriam ter contato com a autora daquele conto de determinada revista. E achei uma distração. Ficamos assim correspondentes com vários estados, ah mesmo várias curiosidades. Estado de Goiás, ah Pernambuco. E nós, tanto eu aqui de São Paulo como lá fora, nós falávamos de nossas cidades, do tipo do do povo. (risos) ### Dois contos há vários anos atrás. teve assim essa correspondência maior foi agora. É uma revistinha de jovem, Sétimo Céu. (risos) Foi, é, eu gosto. E mesmo eu eu gosto de escrever, aliás, tenho mais facilidade de escrever do que falar. Vocês devem estar notando mesmo. Eh Que para falar eu fico meio assim, atrapalhada. E... E tenho vários contos, então... Inclusive se eu quero concorrer mesmo a concursos literários, de forma que comecei pelas revistas, né? Leio. Eu trabalho em biblioteca, leio muito e leio de tudo. (risos) Principalmente livros didáticos. Gosto muito de geografia, de história. Mesmo eu eu sou advogada, jurídico também, mas fora disso, mesmo não estando no meu ramo, eu gosto de... SPEAKER 1: de outros tipos de leitura. Não. SPEAKER 0: ### Olha, francamente, sobre o Correio, eu, a a correspondência é o seguinte, chega-se lá, coloca-se a carta e vem. Não tenho nada assim que possa dizer ou bem ou mal, recebo as cartas normalmente, sei que todos também, as minhas também vão com segurança, de forma que não não tenho nada que possa ### SPEAKER 1: Bom, o telefone representa um papel importantíssimo, porque é um meio mais fácil de comunicação. SPEAKER 0: A pessoa discando o número ali imediatamente está em contacto com a pessoa procurada. Eu acho que, sem ele, São Paulo até seria uma cidade, francamente, morta, vamos dizer, né? Porque o o a comunicação seria muito mais difícil, muito mais lenta. SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Não, eu não tenho. Apesar do meu pai ter trabalhado anos na Telefônica, até ah sempre tive telefone, ultimamente estou sem, porque eu estou nesse apartamento alugado. Apesar de ter uma casa própria ali ( ) no Jardim, e eu estou sempre em via de mudar-me daqui. Não mudar-me só da casa, da cidade também. Eu quero ir para uma cidade do interior. Principalmente agora que me formei, quero ver se dá um jeito de eu ir para lá. E eu achei que seria um um gasto inútil ,mesmo porque a minha vida é um pouco difícil. ( ) Agora que me formei com a minha filha, ainda estou no início, vamos dizer, de carreira, então eu não posso também estar fazendo um gasto maior. Ma é, mesmo achando que é uma necessidade, ainda não não fiz o pedido. Mas qual? O o e> Esse dos orelhões da companhia de telefone? Então eu vou descrever o aparelho que está lá na na biblioteca, que eu uso constantemente. Bom, esse fone simples, pequeno, pintado de, esmaltado de cinzento. Tem um o disco, né, de de um a nove, depois o número zero. E está em cima do balcão, ali, onde todos os funcionários têm direito a usá-lo, Porque a sala onde eu trabalho não tem telefone. SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Não, não, eh uh Ficar mudo eu acho que quando é em geral, quando é uma chuva forte ou qualquer motivo assim, que aí parece que que o bairro todo há esse problema, né? Mas do contrário, hm Não, normalmente tá certo. É a linha dois cinco meia, não não vi ain> Bom, eu acho que tem. Tem bastante. Ainda mais no meu caso, que eu não tenho telefone, assim, eu preciso dar uma... ur urgentemente uma telefonia. uma noite que é mais difícil encontrar uma casa comercial aberta em várias esquinas. ### Bom, as fichas... depende. Podem ser em bancas, em jornais, em em farmácias, em bares. Isso depende aonde estiver colocado aquele orelhão, né? De forma que depende, não posso dizer. Bom, às vezes encontramos dificuldade em achar a moeda ah ### SPEAKER 1: Às vezes, no momento, não tenho, qualquer coisa, assim. Não, locais, interurbanos, eu vou na sete de abril, né? SPEAKER 0: Bom, o interurbano atual está muito mais fácil, porque já fazemos a ligação direta, né? Isso é, logicamente, está bem melhor do que antigamente. ### ### SPEAKER 1: ### ### SPEAKER 0: ### Sobre auxílio de telefonista, você está dizendo? Olha, francamente, eu não não estou lembrada que eu possa mencioná-lo. (risos) Ah Brincadeiras de que tipo? Que gênero? Não, eu acho de mau gosto. Eu acho mau gosto. Mesmo essa destruição que eles fazem, que às vezes vamos no telefone, está com o fio cortado, destruído, isso eu acho vandalismo. E mesmo as brincadeiras, se for a um amigo, ainda está certo. Mas quando é assim uma pessoa desconhecida, isso eu acho um absurdo. Eu acho que não deveria. É. É. É, eu acho. Eu acho. Eu acho um absur> Olha, só um caso de necessidade. SPEAKER 1: Não utilizo muito, não. SPEAKER 0: Não, porque o meu emprego, eu já disse, é biblioteca infanto-juvenil. Então, eu, apesar de estar na carreira de escriturária inicial da prefeitura, apesar de ter vinte e quatro anos de prefeitura, Eu faço um serviço mais de educadora, isso há dezesseis anos. Então nós temos, assim, atendimento de público infantil. E não há necessidade de que eu utilize um telégrafo, um telefone para o setor do meu serviço. Porque ali seria, então, o expediente, mas eu não tenho nada com expedien> SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: ### assim, de... de uma necessidade, de um, vamos dizer, um requerimento, de uma informação a respeito nosso, mas não, do contrário, não. Bom, eu tenho, ah inicio de tantas maneiras de acordo com aquele interesse do momen> Política, eu não me aprofundo muito, mas quer dizer, às vezes por curiosidade, sempre gosto de saber o que está se passando pelo Brasil, principalmente. Ãh Gosto muito quando tem a parte de literatura, leio. Ah Procuro sempre informações sobre, sejam concursos literários, ah concurso, como me eu me formei há pouco tempo, concursos públicos. Então, é o interesse do momento, não é a coisa que eu vá... Eu abro o jornal e vou folheando, da primeira até a última, e vou parando aonde me ah tem aquela vontade de ler, curiosidade, qualquer coisa. Não é que eu tenha aquilo específico, que eu compre jornal só para aquele tipo de de assunto. Mesmo a parte jurídica, aos domingos, geralmente, na no Estado, na Folha de São Paulo, Eu recorto que é pa ah para pôr no aí no arquivo, de forma que é assim. SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Do jornal? Mas também não podemos dizer qual a seção que mais agrada. Porque, por exemplo, hoje, hm dá um exemplo, hoje eu posso achar que me agradou mais a parte jurídica, que foi um assunto de meu interesse. Eu já posso achar que foi aquela parte literária onde eu li e foi o que mais apreciei. Então, ah para mim é uma coisa assim vaga. Eu Eu gosto da que ah do do que assun do assunto que me interessa naquele momento. Agora, sendo jurídico e literário é o que eu mais procuro. Não. Não. SPEAKER 1: Nem leio. SPEAKER 0: Olha, cinema. Há muito tempo não tenho filme bom, então nem procuro mais, quer dizer, há muito tempo que não vou ao cinema. Televisão? Eh SPEAKER 1: Às vezes tem programas que posso assistir, outros dias... Eh, não procuro muito a parte de diversão, não. SPEAKER 0: Sim, se pelo... Seria o Estado, a Folha da Tarde, Folha de São Paulo, ess essa eh edição toda? ### Não, eu compro só... eh eh eh todos os dias é a Folha de São Paulo. Agora, o Estado pode ser um dia sim, um dia não, ou então todos os dias, conforme eu sou assim de momento, conforme de momento eu com> Quando eu não acho a Folha de São Paulo, eu vou para oh outro jornal, mas aí já não é do meu agrado. Jornal da Tarde, assim? ### ### Eh, quando eu não acho a Folha de São Paulo, aí sim eu sou obrigada a comprar o Jornal da Tarde, né? Porque nós devemos ser bem estar estarmos sempre bem informa> SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: ### Não, não. Não, não compro. Não. SPEAKER 1: Nem as conheço. SPEAKER 0: Não, porque lá é infanto-juvenil. Então, agora, nós recebemos lá essa folha. Se não me engano, porque há a a mapoteca, que é uma sala também de recortes. SPEAKER 1: Mas, ultimamente, não sei se estão recebendo. SPEAKER 0: Não. Ah tem um jornalzinho, mas também eu acho que... terminou, não sei, porque já é outro setor, sabe? O meu já é atendimento de público infanto-juvenil. SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Atualmente eu não estou comprando (risos) quase nem revista, porque, não sei, ah, Manchete, mesmo agora no carnaval, nem por curiosidade não quis comprar, porque era uma indecência de começo ao fim. ### Não valia a pena. Às vezes compro essa, como eu digo a você, O Sétimo Céu, mas não é para ler revistinha, eh historinha de quadrinhos, é porque eu não gosto. É mais a curiosidade, aquela parte de poder escrever, entende? Não Não tenho, assim, ( ) comprar. SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Minha filha? ### de moça, de, essa revistinha, Sétimo Céu, mas também não lê muito, não. SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Manchete, Cruzeiro, Fa Fatos e Fotos, Amiga. Eu conheço, porque minha mãe, por exemplo, compra Amiga, (risos) toda sema> que tipo de reclamações? Porque tem um... não, porque tem uma seção aí num jo no jor> Mas, várias vezes, eu estando lendo, também me detive assim nas fotografias. Mas, no momento, não posso assim precisar com exatidão. SPEAKER 1: Não, isso eu acho bobagem. SPEAKER 0: O branco e o preto, o colorido... Não, logicamente, o colorido é muito mais bonito. Mas, eu acho que a fotografia, a branca e o preto também têm o seu grande valor, conforme a... O tipo uh acho que não tem importância ### só colori> SPEAKER 1: no meu tempo, naquela Janete McDonnell. Poi> SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Porque para falar a verdade, ah quem liga e desliga a televisão é minha filha, não sou eu, sabe? (risos) E até a... O que mais você queria saber? Aquele negocinho ali... (buzina) Como é que chama mesmo Antena. SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Antena própria. Nã> ### ### A colorida é muito mais bonita que a ( ). Principalmente aqueles programas ah de revista, né, que eles passam. Muito mais bonito. Eh... Do Ayrton Rodrigues, acho que é de sextas-feiras, né? Não, o único problema é que quebrou uma antena, mandei consertar e e teve... Não, essa não, ainda não deu. SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Sei, a a imagem já vem... É isso que você quer dizer? SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: ### Sobre televi> SPEAKER 1: ### ### SPEAKER 0: Bom, mas tem algumas bem interessantes, principalmente da Mônica, né? Eu acho que os programinhas da Mônica são uma gracinha. Até distrai. Às vezes ligamos só para ver. É, assistirmos. E você quer saber se tem algum irritante? Tem s... Não, alguns tem, sim. Principalmente ahn um aí do do Omo, que aquilo fica... ah Tempo falando do Omo. E e não é assim muito interessante. Eu acho que quando põe criança, ou essas figurinhas, ah chama muito mais atenção. Eu acho. Principalmente esses programas de cri, eh eh, quando são crianças, eu gosto muito mais de assis> SPEAKER 1: tir e prestamos mais atenção. Agora, esse... SPEAKER 0: Olha, eu ainda não pensei nisso. Porque muito programa ( ), ah muito reclame no meio de um programa enjoa. Mas... não não sei como é que poderia ser resolvido, se houvesse uma lei para isso. ### SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Lógico, repete bastante... E, às vezes, irrita mesmo, né? SPEAKER 1: A pessoa que assiste televisão. E rádio, a senhora tem? SPEAKER 0: Tem. Olha, pelo que você está vendo, a minha vida não é muito dedicada à diversão, não é verdade? Sabe o que é? Eu trabalho. Eu posso falar ah mudar. Porque eu trabalho de manhã, sabe? Eu me levanto seis e meia, entro no serviço às sete e meia, só vou almoçar às duas da tarde, então eu passo o meio do dia inteirinho no trabalho. E quando eu estou em casa, ou vou ao fórum, ou então eu estou lendo, fazendo algum serviço da minha carreira, (ruído) ou me preparando para algum concurso público, porque como eu sou funcionária pública, eu sou isenta de idade para prestar concurso, ou escrevendo. E não me e e não me dedico muito à diversão. SPEAKER 1: É por isso que vocês estão tendo muita dificuldade. (risos) SPEAKER 0: Não muito. Não muito. Bom, uh ah conforme ah a idade da criança, porque ali ah é um atendimento de criança de seis a dezessete anos. Então, des desde o primário até o o final do do ginásio, né? E podia ser literatura, gramática portuguesa, ah geografia, história do Brasil, história da civilização. É é ma é mais assim esse setor de que abrange o ginásio e o início do colegial, e o primário. Agora, às vezes aparecem mesmo, querendo ah qualquer coisa sobre televisão, mas não é... é pouco. A porcentagem é muito pouca. SPEAKER 1: É, é muito pouca essa porcentagem. SPEAKER 0: Bom, logo que eu me casei, eu era ouvinte de ( ) de novelas de rádio, Rádio São Paulo, não é? Não, eu gostava muito. E até na... Aqui não tinha imagem, né? Era só o vento. Na minha ideia, eu formava os personagens, ria, sentia, chorava quando tinha que chorar. (risos) SPEAKER 1: Vivia, né? SPEAKER 0: ### É, não, ah... ah Eu acho que a novela é hm muito superior ao ao tipo de novela do rádio. Lógico que aí nós estamos vendo a imagem, né? Mas para quem é assim uma pessoa que tem imaginação, sonhadora, eu acho que o rádio também faz o mesmo efeito. (risos) Depende, a pessoa viver, não é, o que está ouvindo. Olha, eu vou muito pouco a teatro, sabe? Eu fui ver Eva Wilma. Até foi a última nov ah ah a última vez que fui ao teatro, ( ) ali no Teatro Anchieta. Porque há tempos que eu não vou. E não tenho mesmo, assim, me dedica ah me dedicado muito à à diversão. Você sabe que a vida aqui em São Paulo é corrida, né? SPEAKER 1: Não temos muito tempo. SPEAKER 0: Ler, escrever. O tempinho que sobra, estou escrevendo. (risos) Ficção. SPEAKER 1: Contos e ficção. J> SPEAKER 0: <á, várias vezes. E g> SPEAKER 1: É um tipo assim de uma revista, né, colorida, bonita. (risos) SPEAKER 0: Vocês fazem perguntas tão... (risos) São umas perguntas meia... ( ) perguntas tão fáceis e e pega a pessoa de surpresa. E, francamente, eu estou atrapalhada desde o início. Bo>