Inquérito SP_DID_297

SPEAKER 2: : Maria Alice, gostaríamos que falasse sobre São Paulo, suas experiências com essa cidade.

SPEAKER 1: : São Paulo é uma cidade, não digo encantadora à primeira vista, não se compara ao Rio de Janeiro, com seus belezas naturais, é uma cidade construída. E Agora, São Paulo, infelizmente, está se tornando uma cidade desumana devido às dificuldades de trânsito, de transporte, de abastecimento, e as obras públicas também. Talvez isto ocorra devido à especulação imobiliária existente na cidade, principalmente na capital. (música) É uma cidade, uh, não foi planejada, montanhosa, aonde existem as ruas estreitas, em contraste com as grandes avenidas, largas, e ela não é uma cidade, vamos dizer, em linha reta, e sim, uh, redonda, onde existe um centro da onde partem todos os bairros, tornando-se difícil a pessoa que chega de uma outra cidade se localizar em São Paulo, por ter diversas ruas e mesmo avenidas, parecidas ou quase idênticas perante a pessoa que não a conhece bem. É uma cidade difícil para a pe, para o, o turista ou a, o pessoal do interior que chega aqui se locomover para os bairros, os inúmeros bairros da capital.

SPEAKER 2: : E quanto às áreas verdes?

SPEAKER 1: : Quase inexistentes. Eu penso () que dentro da, de São Paulo, mesmo sem contar com a grande São Paulo, nós temos pouquíssimos parques, Acho que o Trianon, o Ibirapuera, o outro florestal, mas esse é reserva não é uma cidade como Buenos Aires, aonde, em pleno centro da cidade, se encontra uma praça Martim, um Palermo, que são, uh, grandes, grandes áreas verdes, hectares mesmo, aonde o povo pode, aos domingos, aos sábados ou feriados, conviver e viver mais a natureza. Então acho que penso eu que a úni ca solução seria o metrô cortando a cidade de norte a sul, de leste a oeste, em todos os pontos, como existe em Paris e em outras grandes capitais, Nova Iorque, São Francisco e outras.

SPEAKER 2: : Quanto às nossas instituições culturais?

SPEAKER 1: : tem feito dentro do possível, muito, porque ainda as verbas são poucas ou quase inexistentes para se poder levar avante um, um trabalho cultural que possa atingir as diversas faixas de idade, as diversas profissões e mesmo os níveis culturais e socioeconômicos. Nós temos ainda dificuldade em aquisição de livros para adultos que sejam alfabe, recém-alfabetizados. De maneira que muitos desses adultos, às vezes, tornam-se os alfabetizados relativos, que eles aprendem o mínimo para ler e escrever para a subsistência, e não para poder adquirir nova, melhor cultura e adiantar nos seus estudos, no seu trabalho.

SPEAKER 2: : E quanto às nossas instituições adminis

SPEAKER 1: : Também eu tenho a impressão que é o mesmo caso, o Brasil ainda é um país em desenvolvimento, graças a Deus, uh, teve um grande avanço nesses, nesses últimos dez anos, mas ainda carece de muita, de, de verbas e mesmo, talvez, de tecnologia, por, pela falta de maquinários ou de equipamentos, que chegam aqui a preços muito altos.

SPEAKER 2: : O que você teria para me dizer, nos dizer a respeito da limpeza pública? Tem melhora

SPEAKER 1: : ado? Eu Eu acho que sim, porque apesar de melho, eles melhoram na limpeza pública propriamente dita, mas não existe uma integração entre Prefeitura e a, as, uh, Sabesp, Telesp e outras companhias, aonde a limpeza faz a sua parte, a telespi vem arrebenta e a terra sai por todos os lados, como é o caso do centro da cidade, está totalmente suja, impossível de ser limpo, porque com essas chuvas, os buracos abertos e há terra por todo lado. Então, () não tanto faz nas calçadas como no leito da via carroçada. E E esse problema da limpeza também é um problema seríssimo pela falta de, de, de que digo espe, () digo até especializada no assunto, porque muitas dessas, dessas pessoas que chegam a São Paulo achando que aqui o maná cai do céu, o dinheiro cai do céu, não encontrando isso, porque é uma cidade difícil de viver, eles vão se empregar na limpeza pública. Então eles não têm o mínimo, uh, vamos dizer, de, de condição alimentar até para poder fazer um serviço pesado, na minha opinião, como é a limpeza pública. Eu acho que melhorou bem, porque exigindo que o público coloque o seu lixo no saco plástico, ele não espalha, não existe o problema do, do animal, do gato, do cachorro que vai virar essa lata de lixo. E aquilo continuaria ali, amontoando mosca e outras, até mesmo doenças que ali poderiam produzir. Então, acho que foi uma grande medida, já adotada em outras capitais do mundo todo, de

SPEAKER 2: : muito acerto. Quanto à iluminação pública? Está bem servido São Paulo? Eu, bom

SPEAKER 1: : O centro de São Paulo está (), a periferia, faz muito tempo que eu não, não passo, mas sei que está se estendendo a iluminação por todos esses bairros e acredito que esteja boa.

SPEAKER 2: : razoável. () E você poderia citar alguns tipos de agressões físicas que normalmente ocorrem nas cidades grandes?

SPEAKER 1: : Existe a briga do, do trânsito, do tráfico, aonde a pessoa, o motorista já carrega um, uma tremenda carga nervosa do, do dia a dia, a, a discussão mesmo de Pelo nada, numa cidade grande, a pessoa que leva um empurrão, muitas vezes acha que é de propósito, quando não foi, dali já, já começa uma agressão, não só moral, como muitas vezes física, como nós temos visto até à morte.

SPEAKER 2: : Você foi vítima de algum tipo de agressão? Não

SPEAKER 1: : comigo, graças a Deus, nunca aconteceu nada (risos).

SPEAKER 2: : (risos) E quanto ao aparato policial?

SPEAKER 1: : O atual secretário, me parece, pelo que eu tenho visto em entrevistas dele no jornal e na televisão, que ele está procurando, eh, dar () um maior sossego à população. Entretanto, o, como o aparto policial cresce, também o marginal cresce, que já é um produto do meio. Criança que não tem o que comer, não tem o que vestir, não pode estudar, ele quase sempre vai ser um marginal. De maneira que a polícia tem, tem, tem, eh, estado de frente com esses, com esses marginais armados, que não medem consequências para atingir a sua, o seu fim, como esses assaltos a bancos, assaltos a casas particulares, assaltos a lojas comerciais. Mas, do outro lado, eu acho que a polícia também Às vezes exagera, como foi o problema daqueles meninos lá no Jardim Américo. ### ### () exagero ou talvez medo da própria polícia Acho que o planejamento seria o, o principal, e o primordial para saber aonde deve ser abordado ou atacado, até o primeiro lugar. Uma prioridade, que essa prioridade fosse seguida e não só esses projetos fiquem em papéis, em, em blocos, em plantas, mas que isso seja tingido para que nós possamos daqui a dez anos ou vinte anos ter uma cidade que se continuar da maneira como está se, crescendo São Paulo deso, desordenadamente, nós vamos ter uma cidade bem pior do que a de hoje, né? Daria para você comparar em linhas gerais algum aspecto de São Paulo com qualquer outra cidade que você esteve? Por exemplo, eu acho São Paulo, eh, comparada com Paris, Paris é uma cidade, o centro de Paris, aonde os prédios altos não existem. Então os problemas de saneamento básico, problemas de obras públicas, estão dentro do, do, do contexto da própria Paris. Então eles () não têm problema de esgoto, eles não têm problema de água. O que vem acontecendo aqui em São Paulo, que cada vez que se constrói um prédio, hoje é de dez da manhã, de quinze, de vinte, de quarenta, isto sobrecarrega toda a, uh, o serviço público, água, esgoto, telefone, e nós chegamos Então é uma cidade também desumana, onde o ar não se, não se pode respirar. hoje em dia por causa da poluição que é contínua Em Paris, que é uma cidade... muito () mais antiga, você encontra as áreas verdes de todo o canto, onde você entra, você tem a chanja do verde, você tem o louvre, a tuleirinha, toda ela arborizada e florida, aonde o povo não põe a mão em coisa alguma para arrancar uma flor (música) E nós brasileiros, notamos uma vez, infelizmente aqui, eles colocaram umas vasos na Pinheira São Luís, no dia seguinte não tinha mais, não tinha mais uma flor no vaso, e nenhuma planta eles levam para casa ou para jogar até fora. Então eu acho que ainda o povo () de São Paulo () falando () precisaria de uma educação () uma educação de convívio com a natureza e com o próximo. Uma educação de base que isso esteja dada na escola, seja dado na casa, na família, para ele saber respeitar o que é de, de, de interesse público e o que é público, que é dele também. (música) comércio eu nunca, vamos dizer, lidei com essa... com, só não sei fazer compras em lojas, quer dizer, do lado de lá do balcão, eu não tenho experiência nenhuma, porque o meu pai e minha família são todos de advogados, nenhum deles é comerciante ou de industrial, Acredito que é muito difícil para eu poder abordar este ou aquele assunto, a não ser como freguesa do comércio. (música) Roupa, sapato, porque, para, como eu moro com meus pais sendo solteira, () domésticos, de cama e mesa, praticamente, acho que eu posso contar as vezes em que eu fui, a não ser para comprar presente de casamento ou uma coisa, não como freguesa, Acido, desto, daquela loja, mas é sapato, roupa e também as viagens, as agências de turismo, que eu gosto muito e frequento bastante.

SPEAKER 2: : (risos) Todas as suas viagens são feitas direto da agência?

SPEAKER 1: : da agência de turismo. Não em excursão, mas programadas particularmente. Tem hotéis, reservados, passagens... bem mais despegada, porque, inclusive, o dinheiro que se leva para gastar, você já tem aquilo certo e marcado.

SPEAKER 2: : E se gastar mais, não vai fazer falta para, para sobreviver, né? ()

SPEAKER 1: : Supermercado e açougue. Acho que são as duas, dois principais, né?

SPEAKER 2: : E no seu bairro, tem fácil acesso?

SPEAKER 1: : Tem, fácil. Apesar de eu morar no centro da cidade, mas é nos dois quarteirões tem supermercado, tem tudo.

SPEAKER 2: : E para as lojas, vocês se locomovem? () Para a Rua Augusta ou shopping

SPEAKER 1: : shopping center, nunca, praticamente, nunca no centro da cidade (música)

SPEAKER 0: : ### Nem cabeleireiro nós usamos ali perto () são todos os de bairro

SPEAKER 1: : Não, disso, nada disso () tinturaria, mas para essa reforma de roupa que você diz, nós num, num usamos Quando se cansa da roupa, nós damos, ou para o empregado, ou para alguém que necessite.

SPEAKER 2: : E as suas refeições?

SPEAKER 1: : Eu faço em casa. Eu vou almoçar em casa e vou jantar também.

SPEAKER 2: : Material de estudo e livros, onde você os adquire?

SPEAKER 1: : Eu até, seis meses atrás, eu tinha tudo na própria biblioteca, de interesse público, nós atendendo as sugestões, mas eu sempre dei preferência a comprar o Na Triângulo, o Na Herder, os livros nacionais, as próprias editoras que nós comprávamos, e também a parte metálica que torna a Correia Dias, que é uma grande papelaria.

SPEAKER 2: : E revista, você faz assinatura de alguma?

SPEAKER 1: : Da, do Veja.

SPEAKER 2: : Já chega a Domicílio?

SPEAKER 1: : Chega a Domicílio e Jornal, né, que nós temos a Folha e o Estado,

SPEAKER 2: : todo dia em casa. () alimentícia da população ()

SPEAKER 1: : Eu acho que sim, apesar de eu ser contra o fechamento dos supermercados aos domingos, porque, na minha opinião, houve uma, uma facilidade para esses empórios ou mercearias, ou venda como se chama, de cobrar mais caro e essas estão abertas todos os domingos.

SPEAKER 2: : E os seus pagamentos, onde geralmente estão efetuados?

SPEAKER 1: : Banco () Bradesco () Eu, o pagamento, pago automóvel, sempre, porque praticamente de dois em dois anos eu troco, e mesmo conta em casa comercial de roupa, e de viagens que eu estou sempre pagando, porque eu estou pagando a que eu fiz ou estou pagando a que eu vou fazer. Então, essa já é uma continuidade, é contínua. Todo O ano todo eu pago sempre uma viagem que na ocasião que se apresentar oportunidade eu saio, porque eu tenho horror de sair, de tirar férias e ficar em São Paulo ou de ficar na minha casa. Então, () eu quando eu tiro férias já é para embarcar no dia seguinte e muitas vezes até no mesmo dia. E as outras são praticamente a garagem que eu pago aqui na cidade. Vamos dizer assim, não tenho com grandes contas.

SPEAKER 2: : E o pagamento sobre que forma que é?

SPEAKER 1: : Como assim? Em prestação?

SPEAKER 2: : Em prestação. () ###

SPEAKER 1: : Muito raramente, porque como o meu trabalho o dia todo, é, às vezes eu acho melhor eu pagar mais caro e não, não perder horas de serviço, que para mim, além de ser mais útil, eu acho que é obrigação, é responsabilidade minha. Então, quando, uh, quando tem essas, essas ofertas, né, que, uh, que calha de eu precisar comprar alguma coisa, eu aproveito. Mas, para disso, eu não vivo procurando a oferta para ir comprar. que eu compro na hora em que eu necessito, sempre não fugindo da minha responsabilidade, que é o trabalho.

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : O meu pai diz uma coisa que eu acho que ele tem razão, que eu nasci na época da inflação. Então, uh, o preço para mim, eu acho que, não estou dizendo nas, nas classes menos favorecidas, graças a Deus nós estamos numa faixa melhor, Então, se aumenta uma coisa, aumenta o grado da gente também. Então, está tudo no mesmo e eu não vou ficar me matando por causa de dez por cento a mais ou vinte por cento, a não ser que seja, logicamente, um, um, um caso absurdo que você está vendo que, que a pessoa está até te roubando. Nesse caso, não. Mas eu acho que pagar caro, pagar bem, nem é o caso. Agora Agora, ser roubada é outra coisa, né? Depende. Paris é bem mais caro. A França é bem mais cara. Mesmo na Inglaterra achei mais cara. A Alemanha, se compara aos nossos preços. A Espanha é mais barata. O próprio Estados Unidos, é, é, eu digo em restaurantes assim, não, uh, restaurantes de, de, de luxo. Vamos dizer, uma classe média. está no nosso preço também, porque a única coisa que nós traímos lá é que lá a gente paga em dólar, né? Então, talvez, (risos) dói mais, mas o preço dos nossos restaurantes aqui também, para mim, são bem altos. Um camarão está custando cem cruzeiros, num prato para vim três, quer dizer, é um preço absurdo por uma quantidade mínima.

SPEAKER 2: : E sobre o pessoal que opera no comércio?

SPEAKER 1: : Eu acho que isso varia muito de loja. Tem... Ainda ontem estava no Eldorado, as vendas de lá muito delicadas, solícitas, educadas. Compensação, às vezes, você entra num outro lugar que só falta matar porque entrou lá que está na hora de sair, que estava na hora de tomar lanche, e você pergunta... Ah, eu queria saber de um, aquela blusa, custa tanto? Mas eu não perguntei quanto custou, perguntei se tem, (risos) quer dizer... Já é um modo de tratar, assim, talvez agredindo ao cliente, não sei se teve, houve algum problema ou não.

SPEAKER 2: : Mas tem lojas que tratam muito bem. Você acha que as lojas quando o dono, o proprietário estão perto...

SPEAKER 1: : Melhor tratadas. (risos) Bem melhor. () O dono do, o, olho do porco engorda, né? O olho do dono engorda o porco, é isso.

SPEAKER 2: : E como pão e leite, vocês recebem ()? Não, em casa

SPEAKER 1: : ### nós usamos leite desnatado e aquele pãozinho que já vem semi-pronto. Você tem pão quente a toda hora, a hora que quiser. E o leite também, estar ali a, a hora que você necessitar e sem engordar. Então, o leite desnatado em pó, para mim, na minha opinião, é o mesmo.

SPEAKER 2: : (risos) E frutas e verduras?

SPEAKER 1: : Isso nós compramos em uma quitanda. só de, de frutas Eu acho que o supermercado sempre já está passada, né? A fruta e a, e a verdura eu compro no supermercado mesmo, mas principalmente no Eldorado, que você recebe diariamente, que são bem frescas.

SPEAKER 2: : E quanto às feiras? () Nós

SPEAKER 1: : Eu acho boa a feira, mas nós não frequentamos, porque ali perto, perto de onde eu moro não tem, e eu acho que a feira você tem que ter tempo para, para ver a especulação também. Se você chegar na primeira, você paga o preço mais alto. Mas eu acho uma boa coisa, desde que quando termine, a limpeza pública esteja lá para limpar, né? Senão é uma sujeira danada, pobre daqueles que moram em rua onde tem feira na frente.

SPEAKER 2: : É muito boa longe. E para finalizar, () descrever o tipo de cidade ideal? al, pelo menos que satisfizesse a maioria dos habitantes? Olha, na minha opinião, uma cidade

SPEAKER 1: : ideal seria Brasília onde você tem a área verde, você tem as flores, você tem a diversão, você tem as avenidas largas, os prédios não são muito altos, você tem o bairro das casas, enfim, você tem, você, de acordo com o seu poder aquisitivo, você pode morar bem ou num apartamento ou numa casa, seja onde for, e chegar bem, porque o problema de você chegar da onde você trabalha é uma dificuldade. (risos) Então, eu acho que Brasília, talvez por ter, acho que um milhão de habitantes atualmente, seja uma cidade ideal, porque é uma cidade como São Paulo, que nós temos oito milhões de habitantes, já é uma cidade onde a competição já não é mais competição, já é uma guerra, porque você não tem mais amigos, você, o amigo que está hoje aqui pode ser um espião, quer dizer, você não pode confiar em ninguém e viver sempre com o pé atrás, esperando para se defender daquilo que pode acontecer. Eu acho que não, porque eu sou muito enriqueta. Como eu nasci e fui criada em São Paulo, eu acho, apesar de tudo que eu acho de São Paulo, que comentam, inclusive, que às vezes você chega... Demorei uma hora para vir, para andar um quarteirão, demorei não sei quanto tempo numa fila, eu acho que tudo isso faz parte da vida da gente. É muito difícil de se acostumar numa cidade menor.

SPEAKER 2: : Que cidade europeia, por exemplo, você cadastraria? Paris

SPEAKER 1: : ### Eu moraria em Paris, que eu acho uma cidade, para mim, uma cidade mais bonita e foi a cidade em que eu cheguei e que eu tive, assim, vamos dizer, aquele choque daquela beleza extraordinária que é Paris. Apesar de eu gostar de Roma, eu acho que Roma já é, assim, mais provinciana. Não é uma cidade para se mo

SPEAKER 2: : rar mesmo, né? E quanto ao mercado de

SPEAKER 1: : Isso eu não tive contato nenhum, porque eu fui como turista, () eu me preocupei apenas em passear e comprar e me divertir. A parte, vamos dizer, da, do, do mercado de trabalho, ou, se, se existe ou não, e mesmo do preço de casa, nada disso eu me preocupei em saber. Eu queria mesmo era conhecer Paris, os arredores, o Vale de Loire, toda aquela parte que se perto de Paris, mesmo eu fui até nisso, fui ver as praias e passear, quer dizer, na França. Eu não me preocupei, vamos dizer assim, não tinha intenção mesmo em ver essa parte.

SPEAKER 2: : Quer dizer que para viver mesmo alterado de defeitos, São Paulo, hein?

SPEAKER 1: : Porque você está muito arraizada em São Paulo, quer dizer, você tem parentes, você tem amigos, você sempre, você sendo criada numa cidade, eu, para mim, eu faço, eu acho muito importante você ter uma roda lugar para você conversar à noite, lugar para você espairecer, porque esse negócio de trabalhar e ir para casa, trabalhar e ir para casa, primeiro a pessoa fica neurastênica, né? E descarrega, às vezes, no trabalho, que não tem nada que ve. Então eu acho muito importante você ter uma distração e uma diversão. E em São Paulo você tem, apesar de tudo.

SPEAKER 2: : Qual é o seu lazer básico em São Paulo?

SPEAKER 1: : Eu vou muito ao cinema, gosto de jogar, não há dinheiro e bater papo também. Fim de semana, novamente eu vou para praia. Eu vou para o Guarujá, eu vou para Ubatuba.

SPEAKER 2: : ### Está bom? Está ótimo o material Obrigada.