SPEAKER 0: Dona Neuza, gostaríamos que nos falasse a respeito de uma cidade grande. Eh SPEAKER 1: Eu falaria então da de Washington, uma cidade onde eu estive dois anos numa bolsa de estudo ãh para obter um mestrado em biotecnomia. Você quer perguntar alguma coisa? SPEAKER 0: Poderia comparar o traçado da cidade de Washington com a de São SPEAKER 1: Washington é um, como é ah a capital lá do dos Estados Unidos e uma cidade, eh vamos dizer, quase que noventa por cento de eh de funcionários e funcionários públicos, eh ela é uma é uma cidade, assim, você falou em traçada, mas eu eu (riso) eu me dispersei, é uma cidade eh, vamos dizer, eh eu não sei se é uma cidade pré-tra eh traçada, mas ela é uma cidade muito bem bem planejada, assim, sistema de trânsito, co como quase todas as cidades dos Estados Unidos. Mesmo Nova Iorque né, uma cidade muito grande, mas com trânsito com a muito bem organizado. Naturalmente, ela () era muito bem traçada ãh. Não sei se ãh ao em ao ser fundada a cidade, mas, em comparação com São Paulo, ãh quer dizer nem há nem há termos de comparação né as ah. A cidade muito bem traçada, muito fácil de se localizar um determinado distrito ou determinado bairro. E Você falou em em plano físico né. É isso que observei (). SPEAKER 0: Você poderia citar os tipos de rua? SPEAKER 1: Tipos de rua? Ãh de em que sentido? Tipos de SPEAKER 0: de rua em uma cidade grande. SPEAKER 1: Tipos de rua? Por exemplo, em Nova York, ãh aquela eram as avenidas largas Eh ruas eh o que mais assim chamou a atenção é que eram ruas numeradas né. E e dava a impressão que que tal talvez a gente não pudesse encontrar as ruas, mas, perfeitamente, a gente se encontrava. E, comparando agora vamos dizer com Brasília, que é uma cidade também de superquadras, vê a complicação entre uma e outra. Eu também vivi dois anos ãh em Brasília. Mas eu acho que acho que quase um ãh um ano eu levei para me acostumar com aquele sistema de superquadra, e elas não eram bem assim ãh... bem sinalizadas, vamos dizer, não havia um sistema de si de sinalização adequado, então era dificílimo a gente encontrar um determinado prédio para depois encontrar o bloco xis, o apartamento então eh. Percebe-se bem que, ah na questão de planejamento, como ãh deve ter havido problemas né aqui no aqui no Brasil, uma cidade não traçada assim adequadamente, e lá nos Estados Unidos, que se também é uma rua numerada, a gente encontrava facilmente, apesar de ser uma uma cidade ultra grande, uma Nova Iorque né. Então, não está eh implícito o problema de ser grande e nem ser complicado, porque Nova Iorque, com () com o número de habitantes que há, não se localizava perfeitamente. E aqui, por exemplo, em São Paulo, ãh um por exemplo um estrangeiro, um pessoal que vem do interior, não consegue se localizar em São Paulo né. SPEAKER 0: E a relação centro e bairros, como se dá nos Estudos Unidos? Centro e bairro? Ãh. SPEAKER 1: No sentido o quê? De De chegar ao centro? É como eu disse logo no início, como há um sistema... o que me impressiona é o sistema de trânsito, como os ônibus lá ah tão fáceis de a gente a gente tomar, como era hum não não havia essa complicação de ônibus cheios, de nada, de modo que a gente ah o acesso era era facílimo de um de um lugar a outro. Também havia o Subway, () e quase todo mundo tem tinha automóvel, então quer dizer que não não havia quase praticamente problema assim de acesso para o centro aos bairros. Em compensação, aqui no Brasil, a gente sofre à beça de um bairro para outro. Ah o que eh O que há também era um sistema de ônibus que iam de um lugar para outro com linhas assim enormes né, que a gente ia ãh parando por sessões, pagava mais uma mais uma uma passagem, mas ia até a outra cidade. Então, eles tinham um sistema muito bem organizado de trânsito que não não se percebia esse problema de de acesso. SPEAKER 0: O próprio traçado de Nova York. É, isso eu não eu não tenho conhe> SPEAKER 1: E não tenho medo. () (riso) A coisa também é engraçada que eu não não tenho tido medo não de de sair, de ser agredida, apesar de se anuncia assim abertamente na televisão. SPEAKER 0: E a respeito do aparato policial? O aparato policial SPEAKER 1: é outra outro outro fantasma brasileiro né que. A gente não praticamente não vê policial na na rua. Não se Eu quase que praticamente não vejo policial em em São Paulo. E e uma coisa assim também que é (riso) que digno de nota é que a gente não tem essa confiança não. Um policial muito mal vestido, mal ãh mal apre como se diz, muito mal selecionado, a maioria vai conversar com policial sem dente, dente quebrado (riso), aqueles guardas civis que não sabe nada, você pede informação, ele não sabe, e tudo meio caipiras né. Então, a gente não tem na, é muito mal selecionado, nós estamos assim eh nessa parte de de policiamento. Também tipo estaca zero aí, que dá até vergonha do nosso do nosso policial. A polícia americana é de um (riso) de uma de uma delicadeza, de uma aparência maravilhosa, tudo muito bem eh eles sele muito bem selecionados, homens educados, e que indicam. Lá qualquer pessoa, independentemente de ser policial, se se a gente perguntasse qualquer coisa para um para um motorista, ele ele parava o ônibus e ficava ali cinco minutos (riso) conversando com você, explicando, e nunca deixou de dar uma informação. É uma coisa que me impressionava, gente. Lá eh A população em geral, mas o policial mais ainda. Agora vamos passar um pouquinho para comércio. SPEAKER 0: Comércio? () exemplo. Assim, uma visão geral a respeito do comércio que que você poderia comparar? Com> SPEAKER 1: SPEAKER 0: retirado de um lugar fechado, podia ter tipo de feira livre, como ah o CEASA né, mas não assim no nos bai> SPEAKER 0: SPEAKER 1: Não, não nós nós adquirimos mesmo só aqui nessa na feirinha livre e no supermercado. Não tem nenhuma espécie de... Às vezes tem na uma cooperativa, assim, mas nós não fazemos uso, SPEAKER 0: não. E seus materiais de estudo e livros? Onde adquire? SPEAKER 1: (), são em Eh geralmente aqui no supermercado mesmo. Agora livros em em livrarias, né? E al> Agência? () Só nessa parte turismo, às vezes se se uti utiliza uma agência turi de turismo, mas do contrário eu não me lembro não de de agência. SPEAKER 0: ### Pagamentos? Forma de de pagamento normalmente. SPEAKER 1: Eu normalmente prefiro sempre pagar pagar de ãh assim de de uma vez, só para evi evitar as prestações, que eu detesto fazer a prestação, só no caso, assim, muito raro, como no caso de, por exemplo, na compra de de apartamento, que daí tem tem que ser prestações, mas normalmente eu eu eu não compro a prazo. Eh sempre através de banco né, na na da Banespa, eu deposito no. Banespa e no Itaú. E SPEAKER 0: E quanto ao pessoal que opera no mercado, no comércio no nosso comércio, você teria algo a dizer? SPEAKER 1: Também é um pessoal que nem sem que não está muito bem preparado as> como é que se diz para hum eh se relacionar com o público, mas como eu, nessa parte, não sou eu quem faço, é mais eh minha mãe aqui, eu não tenho assim ãh nada assim a considerar. Por exemplo, nessa vendinha aqui, eu sempre a gente tem bom relacionamento, acaba até sendo amigo do do do pessoal, eu não tenho tido problemas. Né mas, dizendo de um modo geral, vamos dizer, o os comerciantes brasileiros Não são também... eh não é um pessoal preparado. Porque eu acho que deveria ter assim uma umas umas noções de psicologia, de relações humanas. Porque é um pessoal, às vezes, é muito assim... não olha para a pessoa, muito frio. Não é um pessoal simpático, não. Entendeu? É um pessoal assim, se for para classificar, mais (riso) mal-educado do que que bem-educado assim, em termos de de re> SPEAKER 0: SPEAKER 1: Isso olha é na () eh uma coisa negativa que eu notei. Lá nos Estados Unidos, nessa parte comercial, tive assim até algum hum algum probleminha. O pessoal é meio... um pouquinho grosso também na na parte desses eh... dos como é, os comerciários, vamos dizer. Tive até um probleminha lá uma vez numa sho num num shopping, como se diz, num na drugstores, uma senhora tratou... Quando ela vi via aqui que era amé América, da América Latina, eles tratavam mal, acho que tinha algum preconceito. ### Quando percebia que que era da América do Sul, que estava falando lá espanhol, pensavam que português era espanhol, não tratavam lá muito bem. A nós né, estrangeiros, Não eu não vi muito assim. Mesmo numa ocasião que estive também numa ãh numa viagem assim a Europa, na ita as ita as italianas também não trataram bem, na França não me trataram bem. Acho que de SPEAKER 2: (riso) Acho que é um problema geral. Ou é problema meu, sou muito agressiva ou é deles. SPEAKER 1: Né? Eu sou meio assim, sem paciência, já querendo que si que sirva logo, talvez seja isso também. SPEAKER 0: (riso) E, na sua opinião, como seria uma cida> SPEAKER 2: Ideal acho que é só (riso) a do () (riso). SPEAKER 1: Ãh ah o ideal teria que ser (riso) eh tinha que ser ter uma política né, uma política de muito administrativamente muito bem organizada, e com com uma linha diretiva de ãh de organização e de e de, justamente, de de comunicação entre pessoas. O maior problema, principalmente no Brasil, aqui, você vai no i ene pê esse, vai num num cartório buscar um documento, qualquer coisa é um (riso) é o cão né de vida. Então, acho que o ideal seria que houvesse uma administrati administrativamente uma uma linha diretiva e com o pessoal sempre treinado para para os diversos postos. Isso acho que seria o ideal né. SPEAKER 0: E que instituições básicas uma cidade ideal SPEAKER 1: Ah eu acho que são as que que que existem aqui mesmo né uh ah. Governamental né, eh de governo, de instituições culturais, de de ensino e de comércio e indústria. São as linhas básicas que que compõem um administrativamente uma cidade. Não po não poderia sair disso, né? SPEAKER 0: