SPEAKER 0: Dona Luísa, gostaríamos que a senhora nos descrevesse o tipo de casa ideal. SPEAKER 2: O tipo de casa ideal, eu acho que seria uma casa que apresentasse conforto a todos os membros da família. e que tivesse também uma dependência de conforto para... Aos auxiliares do, do lar, que são as empregadas nossas. Né? E eu vejo, por exemplo, nesses apartamentos, que a área de serviço às vezes é ampla, no entanto, o quarto de empregada é uma verdadeira gaiola. Não ah, não apresenta o mínimo conforto. Eu não sei por que essas empresas construtoras fazem isso. Porque a empregada também tem que ter a sua higiene corporal. E o banheiro para empregada não tem todos os aparelhos sanitários necessários. Não existe pia para ela escovar os dentes, nem lavar o rosto, nem lavar as mãos. Tem que lavar no tanque, no lugar onde se lava a roupa. Tudo isso é prejudicial. Porque nós estamos em uma fase em que a parte de empre, hãm, de emprego já é mais difícil. Nós... As empregadas domésticas já são mais exigentes, a não ser essas que vêm de outros estados bem pobres, sem conforto nenhum e sem aquele preparo para, para trabalhar. De modo que aí é necessário que elas tenham já um ambiente melhor, para aprenderem a viver dentro de um campo mais de higiene. Né? Eu, hãm, faço parte de uma fundação, chama-se Funda, Fundação do Templo do Santo Graal. Então, nessa fundação, nós temos direito a construir a nossa casa. E as casas que estão construídas lá nessa fundação, nós já sabemos, de acordo com os estatutos da fundação, todos nós, os membros, podemos construir, mas, na nossa morte, isso fica para a fundação. Então, eu resolvi construir a minha casinha lá. Ih... E eu mesma fiz a planta da casa. Fiz a planta. A casa tem oito por oito metros, porque conforme ah, a extensão, eu teria que pagar mais para o pedreiro, de modo que eu fiz oito por oito. Então, eu tenho uma sala de quatro metros por quatro, o meu quarto também tem quatro metros por quatro, depois tem a cozinha, o banheiro, que fica justo, apegado ao meu quarto, com a porta para o meu quarto. Aí, eu fiz uma divisão, um quarto para empregada e um banheiro para empregada e tem uma área de serviço bem grande, onde tem o tanque e tem a bomba que puxa a água do poço, porque nós lá não temos ainda eletricidade. Essa casa, ela o vai oferecer a nós um conforto espiritual muito grande, porque aqui no em São Paulo nós não temos mais aquele sossego, aquele silêncio, tão necessário para a gente poder viver com mais calma. Aqui, por exemplo, nos fundos do meu apartamento, tem uma construção que me deixou atormentada na época do ãh do estaqueamento. Eu sofri muito com isso, porque desde cinco horas da manhã que os caminhões paravam aí na Rua Marquês de Itu para despejar as estacas. Então, cada vez que escorregava do caminhão uma estaca, era um estrondo, parecia uma bomba que estava se arrebentando aqui. Eu tive que recorrer à prefeitura. Eu telefonei para uma divisão da prefeitura que controla os ruídos aqui em São Paulo e. ### Ela me atendeu muito bem e tomou as providências dela, porque essa firma foi avisada de que não poderia ãh descarregar material depois de dez horas da noite, que era o que eles estavam fazendo. De modo que eles descarregavam material aí até seis horas da manhã, que era a hora que os operários começavam a construção. De modo que nós num tínhamos sossego nenhum aqui. E aqui no prédio eu achei interessante. Ninguém pensou em tomar uma providência com autoridades, porque o interessante seria tomar uma providência com autoridade. Mas ninguém pensou nisso. E eu, como fu fui funcionária há trinta anos, e trabalhei vinte e cinco em informação, porque a minha sessão na Secretaria da Saúde era documentação e informação legislativa. De modo que eu sabia essa parte toda de administração pública, como é que funcionava essa engrenagem toda. Então, logo que começou esse barulhão aí, eu resolvi, eu disse, Tomar minhas providências e elas foram acatadas pelas autoridades e a firma também. Acatou que depois disso nunca mais eles fizeram ãh descarregamento de material depois de dez horas da noite. Agora sobre a casa mesmo, sobre o funcionamento de um lar, as senhoras acham que seria interessante? Porque ãh A rainha do lar é é a mulher. A mulher é que ela é que tem que tomar conta do seu lar, trazê-lo bem limpinho, arrumadinho, seja em que condições sociais ela esteja, seja num num nível ãh de pobreza, porque Mesmo pobre, a mulher pode ter o seu lar limpinho, arrumadinho ah. A comidinha dela feita com capricho, de acordo com as suas posses. Ela tendo uma boa como é que se diz organização, sabendo bem como gerir aquele dinheirinho que ela recebe do marido, Ela pode fa ãh arrumar o seu larzinho bem cômodo, oferecendo, afinal de contas, uma uma harmonia para para os os seus familiares. Porque a mulher tem que ser, ela tem que compreender que, ela sendo o esteio da família, o marido saindo para trabalhar para trazer o seu sustento, ela colaborando com ele nessa parte, ela se será uma chefe de família que vai dar à sociedade indivíduos úteis. Porque uma família desorganizada nunca poderá dar membros úteis. Raramente dará. Porque os filhos vão ficar soltos aí pela rua, aprendendo coisas desagradáveis. Ela, a mulher, tem que ser a harmonia, a compreensão e o amor. Ela tem que dar isto de seu para que o o lar seja perfeito. Agora a gente vê, na sociedade média, já isso melhora muito. Porque, às vezes, até a mu a mulher trabalha para ajudar o marido. Agora, na alta roda social é que é. é que o lar, às vezes, já não é aquilo que a gente deseja que seja, porque muito dinheiro também não traz muita harmonia, porque aí vai um para um lado, outro para o outro, os filhos ficam entregues a a empregadas e, no fim, o lar já não é aquilo que a pessoa deseja que seja. Não sei se estou certa nas minhas palavras. Porque o que eu penso é assim. O meu lar, por exemplo, foi um lar harmônico. Foi um lar harmônico, porque a minha mãe era era de uma fibra muito positiva nas coisas e ela nos ajudava muito na educação, porque meu pai, trabalhando Muitos, quase sempre fora, muitas horas do lar, só nas horas da refeição que ele estava. Então, ela é que tomava conta da gente, punha de castigo, e ãh ensinava e prometia, vou contar para o seu pai, mas chegava no fim não contava nada. (risos) E ela era uma pessoa que nos orientou muito bem. Nós fomos muito bem formados por esse motivo, porque ela era a rainha mesmo. E eu achava interessante que muitas vezes ela dizia ao meu pai, porque ela lia todos os jornais, como ele era político, ela lia tudo, separava as notícias e dava a ele. Então ela dizia, olha, este este companheiro de política seu, ele vai trair você. Ele vai fazer isso. Ah, mas por quê ()? Eu deduzi daquilo que eu li. Nos jornais, as palavras dele, o modo dele se expressar, tudo isso é muito importante. E quantas vezes acontecia aquilo que ela falava? né uma uma coisa interessante mesmo, porque a mulher tem a a intuição muito mais desenvolvida do que o homem. O homem vai mais pela parte intelectual das coisas. E a mulher, não. A mulher ela é mais ãh frágil, mais sutil naquilo que ela que ela recebe. Então ela tem um um sexto sentido que o homem, às vezes, não num tem essa capacidade. Porque ele é mais positivo e ela é mais suave na sua atitude. SPEAKER 0: ### SPEAKER 2: ### A minha casa era enorme, porque no princípio ela era pequena. Depois meu pai aumentou a casa. ### Viram a casa dela? Conhece a casa dela né? ### Tinha uns uma umas entrada, que era um hall de entrada, e depois tinha uma sala de de visitas enorme. Essa sala tinha oito metros por nove. Então, eu comunicava com a sala de jantar, que também tinha as mesmas dimensões, com uma porta de embutir. Essa porta corria assim e ficava num salão enorme. E tinha uma salinha de almoço, o escritório do meu pai, isso tudo na parte térrea. A cozinha, grande, com copa, e tinha dis um quarto que era dispensa e uma escada que ia para o porão. Esse porão tinha todas as dependências que tinha na parte de cima, que meu pai mandou assoalhar. Então, ali nós fazíamos os nossos salões de festinha. Eu tinha vitrola, sala de pingue-pongue. Eu tinha a minha sala de pintura, porque eu eu aprendi com professores, aprendi pintura. Então, tinha o meu ateliêzinho, que eu não deixava ninguém entrar lá, porque eu deixava, por exemplo, uma tela com as tintas ali para pintar. Então, eu deixava trancado, porque se alguém ia lá mexer, já tirava tudo da posição que que eu queria que ficasse. E tinha a adega também. Agora, a parte de cima no era dividida. Tinha um um andar, que tinha um um quarto de toalete, um banheiro e um quarto grande. que era do meu irmão. E, em cima, então, tinha um ãh o meu quarto, um banheiro grande e o quarto do meu pai e da minha mãe. parte de cima. A casa tinha tanta janela e tanta porta que (risos), quando a gente ia sair (risos), começava a fechar, levava um tempão para fechar tudo aquilo. Mas, felizmente, naquele tempo não havia ladrão, não. Porque, se houvesse agora, eu não sei o que ia acontecer com tanta porta e tanta janela. Mas a a nossa a nossa casa tinha uma decoração bem simples. Meu pai não gostava de cortinas. Ele dizia que cortina era para reservatório de poeira, para dar dor de garganta e fazer mal para a saúde. Então, ele fez todas as janelas com vitrôs. E os vítreos eram daquela fábrica Con>, Vítreos apropriados para ir na sala de jantar, por exemplo, as janelas eh tinham ãh vítreos com frutas. Eram muito bonitas. E a sala de visitas era com flores. Era um um grande buquê de flores no centro do vitreu e depois umas arandelas com com umas rosas e tudo. E a parede era toda de de uma cor só. cinza bem clarinho, e dos quartos também. Era parede lisa. Agora, nos quartos, os vítreos eram mais simples. Agora, no meu quarto, eu pus cortina. Aí eu quis por cortina e ele deixou, sabe? Faz o que você quiser do seu quarto. Eu pus cortina nas minhas janelas e mandei empapelado um papel cheio de um buquezinho de florzinha aqui, de rosinha, assim. Quartinho bem... Bem suavezinho para para jovem. Eu gostava muito do meu quarto. Ele tinha a minha cama, tinha a minha mobília tinha uma criado mudo, penteador, e tinha um sofázinho. Às vezes eu as minhas amigas iam para lá, nós íamos conversar, então íamos lá para o meu quarto, tinha uma poltroninha, um sofazinho, a minha cama, Então, nós conversávamos a respeito dos livros que nós tínhamos lido. Não sei se conhecem aqueles livros que nós líamos. () (risos), as poesias de Prudhomme. Então, era muito interessante. Nós discutimos aqueles livros, aqueles romances. Machado de Assis, pouca coisa nós líamos, porque não podia. Alguns livros deles não se podia ler. Então, é Moreninha, que estão levando agora na televisão, Senhora, O Moço Loiro (risos). Já leu O Moço Loiro? Bonitinho, né? Mas e esses romancinhos, eu acho interessante essa essa novela Moreninha, estou assistindo, mas não está muito de acordo com o livro, não. Tem muita coisa que eles fantasiaram ficar uma coisa mais atual. Mas eh aquele tempo da dos romancezinhos, de de amores, muito tinha os livros de Alencar também, todos eles ãh, Tronco de Ipê, As Minas de Prata As Minas de Prata já já era meio censurada, não se podia ler. Era muito forte para uma jovem, não podia ler as minas de prata, (risos). SPEAKER 0: ### SPEAKER 2: meu pai fez mais ou menos estilo português. Então, em cima, nós tínhamos dois vasos grandes, no na no beiral, E esses vasos, ele plantou uns lírios e ficou lá plantado. De vez em quando a gente olhava lá em cima, o lírio estava florido. Uns lírios vermelhos grandes. Não sei como é o nome deste dessa dessa flor. Agora, do lado, assim, tinha uma uma pérgola, que era a cobertura da garagem. Porque a garagem ficava bem na frente. Então, em cima, tinha um terraço grande. com bancos de cimento mesmo. E ali meu pai plantou uma primavera bem vermelha. E no no na outra coluna ele plantou uma primavera roxa. De modo que ficava uma mistura de cores muito bonita sobre esse terraço. E deu muito bem essa planta. E na frente tinha um jardim. A escada de mármore assim que dava para o jardim. E na ah nesse jardim tinha várias plantas floridas e muita roseira. Nós tínhamos muitas roseiras. Agora, o fundo do quintal tinha um galinheiro enorme e tinha um canil. Meu pai gostava de cães de caça. Então, às vezes, chegava a ter vinte cães de caça. E quando ele ia para a fazenda, que a fazenda era do amigo dele, Eles eram sócios, eram três amigos. Então, ele ele encaixotava todos aqueles cães e levava para a estação. E quando a gente entrava no trem, aquela... os latidos dos cães, (risos) porque eles ficavam com medo de viajar. No fim, eles se acostumaram. Mas nós tínhamos dois cães que estavam sempre conosco. Era um cão perdigueiro e um fox. O Top e o Jipe. Mas um tinha ciúme do outro, então a gente tinha que colocar... Quando o o Top entrava dentro de casa, o Jipe não podia entrar, ficava preso. E ao contrário também. Quando o Jipe entrava, o Top não podi não podia entrar. E acontecia que a comida deles também tinha que ser dada separada, porque eles brigavam. Um tinha ódio do outro. E um dia, nós estávamos nos aprontando para ir para o teatro lírico, o papai tinha chegado do serviço, estava tomando banho, E eu já estava de vestido de baile para ir para o lírico, porque naquele tempo o pessoal ia todo encasacado, cartola, e a gente ia num num num chique para o lírico. E a empregada foi dar comida para os cachorros e esqueceu de prender um deles. E os dois travaram uma luta. ### Naquele dia não pararam não. Continuaram a brigar. Então eu peguei um cabo de vassoura e fui lá batendo, de vestido de baile, (risos) apartando briga de cachorro, já imaginou (risos)? E o que aconteceu foi o seguinte, que na hora que eu fui bater na cabeça do top, que era o perdigueiro, que era o mais forte, Ele virou assim e eu bati na nuca do do jipe. Matei o jipe. Aí foi um... Ninguém foi ao lírico. Ninguém saiu de casa. Porque eu sentei no degrau da escada, chorava, que nem feito uma Madalena arrependida (risos). Não houve jeito. Chorei, chorei, chorei. Meu pai saiu de lá do banheiro, vestiu o (), veio correndo ver o que tinha acontecido, né? Minha filha, foi um acidente, não se preocupe, isso acontece, mas eu matei um cachorro, mas que coisa horrorosa, mas eu fiquei desesperada. Aí passei a noite inteirinha chorando, né? Eu era muito jovem ainda, fiquei chorando, chorando, no dia seguinte a mamãe disse, ah, essa menina não pode ficar assim desse jeito, leva ela para Santos. Aí papai me levou para Santos, passei uns quatro dias lá para esquecer o assassinato (risos). Esses fatos assim, a gente eu sempre lembro com a recordação do carinho que meu pai e minha mãe tiveram comigo naquela hora. Porque eles compreenderam bem o meu sentimento né. Porque ãh ãh essas coisas ficam gravadas para o resto da vida da gente. Coisas que acontecem na infância e que que a gente não é bem compreendida. Porque se a pessoa num não recebe Uma palavra confortadora ou uma palavra orientadora numa hora dessas é um. SPEAKER 0: um fracasso. O que tinha preferido da da senhora nessa casa? SPEAKER 2: ### Qual era? Eu gostava muito do meu quarto. Porque ali era o meu mundo. O meu quarto era o meu mundo. Eu tinha tudo ali, meus livros, os meus cadernos, as minha os meus desenhos, eu tinha tudo ali. Mas eu gostava também da da sala de visitas, porque ali eu tinha o meu piano, a minha vitrola, porque no meu quarto eu tinha uma vitrolinha pequenininha, de uma (), e lá na sala eu tinha uma vitrola grande, porque nós, quando fazíamos as nossas festinhas de fim de semana, sábado principalmente, a nossa vizinhança toda, era eram todos conhecidos. Então nós, todo sábado, nós víamos uma sessão do cinema, que naquele tempo era o Royal, aqui na Rua Sebastião Pereira. Nós víamos o cinema e, na na porta do cinema, nós víamos a primeira sessão, das oito às dez. Na porta do cinema, a gente encontrava um grupinho de moças e rapazes, Onde é que a gente vai? Vamos tomar um lanche vam? Não. Mamãe dizia assim, vão lá para casa. ### Então reunia todo o grupo lá em casa. Em em frente morava uma família que tinha três moças e dois rapazes. Depois tinha um uma outra família que morava apegada a nós. Eram quatro rapazes. E tinha uma moça só. Então nós reunimos todo o todo o grupo lá em casa. Uma ia para o piano, tocava um pouquinho, o pessoal dançava, ia a outra, e e a gente ia rev ia revezando. Então, às vezes, nós colocávamos a vitrola funcionando, o pessoal dançava, e nós fazíamos as nossas brincadeirinhas, mas quando chegava meia-noite, as mães diziam assim, meia-noite, tudo para a cama, não precisava ir embora. E a gente brincava muito, ãh nós nos divertimos muito, mas um divertimento com pureza, de sentimento. Tinha os namoricos, as briguinhas, essas coisas todas existiam ali. Mas era tudo muito muito suave, num não tinha num tinha, por exemplo, agora, vai-se conversar com o jovem, a gente não entende mais o que o jovem fala. Tá, oi. Aí, bicho! (risos) A gente fica assim meio atrapalhada. Um dia fui a uma reunião na casa de uma amiga. Faz um um tempinho já, uns oito meses. Estavam dançando. Mas eu não entendi nada que aqueles que aquelas moças e os rapazes estavam falando. De vez em quando eu pergun pedia uma explicação, o que é isso que vocês falaram que eu não entendi? SPEAKER 0: ### SPEAKER 2: Eu, aqui, na parte da manhã, eu uso o meu quarto. Porque o meu quarto, eu tenho... eu estudo muito. Eu tenho um livro de estudo permanente. É a mensagem do Grau, porque eu sou do Templo do Grau. Então é a mensagem do Grau. Este livro eu estudo a ele diariamente. Então, eu fico lá no meu quarto na parte da manhã. Venho aqui, tomo meu café, vou para lá e fico. Até a hora do almoço. Agora à tarde, não. À tarde eu já venho para cá, porque tem certos programas de televisão que eu gosto de ver. Então eu fico aqui. À noite também eu fico aqui. Mas quando chega dez horas eu já já vou direitinho para o quarto, porque se faltou alguma coisa do meu estudo, eu termino até onze horas o o eu termino Porque agora eu tenho que, com esta construção aí, eu tenho que acordar às seis horas, então eu tenho que me deitar mais cedo, porque antigamente eu ficava acordada até mais tarde, meia-noite, uma hora, porque eu gosto muito de ler. Mas ler essa parte, justamente, desse livro, que é muito interessante. Vale a pena ser lido para quem quer ter um conhecimento da da lei da criação. É muito importante. Porque a gente se sente mais integrada dentro desse plano terreno aqui. Porque muitas vezes certas coisas que acontecem na vida da gente... A gente pode pensar que foi alguém que nos contrariou e muitas vezes depende da gente mesmo, da gente mesmo. Então essa autoanálise que a gente faz em virtude da leitura desse livro, A gente vai se conscientizando de que nós formamos um todo e que para esse todo funcionar como devia ser, a gente tem que, cada um de nós, se aperfeiçoar. Se livrar de muitos problemas e principalmente ter muito cuidado com a palavra. Porque a palavra tem uma... Uma força, um valor extraordinário. E muitas vezes esses grandes políticos, esses grandes demagogos, eles... O valor da palavra para eles é completamente diferente daquilo que eles estão sentindo. Eles estão sentindo uma coisa e eles estão falando outra para captar as boas graças e o voto. Isso é muito importante, porque um povo poderia se elevar cada vez mais se a língua daquele povo fosse pura e as suas palavras significassem aquilo mesmo que ela é, o valor da palavra. Porque Deus nos deu o verbo, o verbo veio de Deus, o que Cristo pregou O que é que aconteceu com o que Cristo pegou? Num... Isto tudo foi deturpado e quantas coisas aconteceram. De modo que é isso que é a é o importante para nós. É sentirmos esta responsabilidade humana de cada um. Ela está quase pronta. Eu já estive lá sábado para lavar a sujeira que os pintores deixaram (risos). Agora, ah ah só a área de serviço que falta limpar, porque eles estavam fazendo a caiação externa. Ela está quase pronta. Agora nós precisamos ir lá para limpar bem para eu poder mandar os móveis. E eu encontrei muita dificuldade de mandar. Eu queria comprar móveis na no MAP. Móveis bem simples, porque lá é casa de campo, a gente tem que comprar coisa rústica e bem simples. Casa MAP não manda entregar fora, porque é aqui perto de Campo Limpo fica eh É um um um município de Atibaia, Esse lugar fica entre Campo Limpo e eh e Atibaia, chama-se Jarinu, o local. E o o lá, o nome do do nosso local chama-se Vale do Cisne. Tem um lago, nós levamos para lá um cisne, mas o cisne não se aclimatou, não gostou do ambiente (risos), morreu. Agora nós estamos esperando arrumar mais essa parte externa toda para levarmos para lá algumas aves aquáticas. Temos lá alguns gansos, tudo, mas não... Mas a minha casa eu fiz o piso todo de cerâmica, amarelinha e. a cozinha, os banheiros, eu fiz com cerâmica amarela e azulejo, amarelinha. nas paredes. E só o meu quarto que eu mandei taquear de madeira. E toda caiada uhum. Agora, as janelas, eu não consegui levar daqui de São Paulo as janelas para lá ent>. <ão eu comprei as janelas em Jundiaí. E são janelas de de vidro de correr e veneziana também de correr. São janelas pequenas, não são muito grandes, não. Mas ãh ainda hoje eu estava pensando aqui. Eu coloquei duas janelas no meu quarto. Eu devia ter colocado uma só. Porque agora se eu comprar um guarda-roupa grande, vai ele vai ficar (risos) assim, mais ou menos escantilhado, porque a janela ficou bem no meio da parede. Mas esse pedreiro que construiu a minha casa, ele... Apesar do engenheiro ir de vez em quando lá verificar, ele fez muita coisa errada. O fio prumo, ele não colocou de modo que nós tivemos que depois mandar arrebentar os batentes da porta, porque as portas ficaram meias tortas. Deu um pouquinho de preocupação e trabalho lá. Mas como eu mandei fazer laje de cimento, e em cima também cimento armado, de modo que essa parte de goteira, por exemplo, eu não terei goteira a não ser que haja uma inundação lá no forro porque eu mandei justamente fazer uma laje de cemento armado para não haver perigo de de goteira porque lá venta muito e a chuva a chuva penetra muito dentro das casas lá por causa da ventania que é um lugar bem descantado. SPEAKER 0: O seu jardim de () está já pronto? SPEAKER 2: O meu jardim eu já planejei, mas por enquanto tem que passar um trator lá primeiro. Eu vou plantar árvores floridas e eu quero ver se consigo plantar muitas roseiras. Nessa ocasião eu tenho que ir lá na no em Rosilândia para trazermos uma das boas. Eu estive lá em Poço de Caldas e eu vi rosas lilás. E mais lindas, nunca tinha visto. Eu estou querendo ver se eu consigo, lá em Roselândia, essas mudas de rosas lilás. Mas isso talvez, depois que passar esse período agora de chuva, é que nós vamos fazer plantação lá. SPEAKER 0: E a parte de iluminação, como é que é feita? SPEAKER 2: A parte de iluminação nós vamos ter que levar para lá esses lampiões de gás. De gás de bujão. Porque a ligação elétrica Nós tratamos lá com a Light, fomos também falar com o Garcês, que ele é das centrais elétricas, mas dentro do plano deles, por enquanto, naquela zona lá, num nós estamos com a distância de um foco de luz, lá é de cinco quilômetros. E vai ficar muito caro para nós. Então, resolvemos... Eu, na minha casa, já fiz toda a instalação elétrica. Toda ela já está pronta. Só falta, agora, quando a eletricidade chegar, eu () ir lá e fazer a ligação dos fios, tudo, porque eh os o encanamento todo para luz elétrica já está pronto. Nós estamos pensando em arranjar um um motor para... nos fornecer luz, mas, por enquanto, como a despesa foi muito grande na construção do templo, então, nós num não estamos cogitando ainda de luz elétrica (risos). Vamos esperar mais um pouquinho. SPEAKER 0: ###