Inquérito SP_DID_236

SPEAKER 0: : Mrs. Lourdes, quando um empregado é demitido de uma fábrica, quais os direitos que ele compete?

SPEAKER 1: : Eu não sei muito bem, não, as leis trabalhistas, mas eu creio que ele tem direito a retirar o fundo de garantia por tempo de serviço, tem direito a férias e décimo terceiro e o salário proporcional. Não sei o que mais que ele tem direito

SPEAKER 0: : E quando ele sai por conta própria, a senhora sabe os direitos que competem ao empregado?

SPEAKER 1: : Vamos supor, no caso do professor mesmo. ah não do uh O professor é diferente. um Numa indústria, por exemplo, eu tenho a impressão que os direitos são os mesmos. Ele ele pode retirar o o fundo de garantia se ele tiver uma razão para fazê-lo. Ele tem direito a receber as férias e o décimo terceiro. Acho que não há ma não há diferença atualmente entre o empregado que é demitido e aquele que pede demissão. Agora o professor é diferente, pelo menos o que eu conheço, professor funcionário público, né? É tudo diferente. Não sei.

SPEAKER 0: : Por exemplo, quando é um professor ahn falta muito tempo durante o período de aulas, o que que ele pode pedir para que essas faltas não sejam contadas?

SPEAKER 1: : Quando ele falta muito, deve ser por motivo de doença. Então ele tem que pedir uma licença médica. Aí as faltas não são computadas, ou melhor ele éh, há a marcação das faltas, mas ele recebe o o salário do mesmo jeito. Agora, se ele falta por outros motivos, eu acho que ele as faltas são sempre marcadas. são Podem ser justificadas ou até injustificadas, mas ele não receberá o salário daquelas aulas.

SPEAKER 0: : E o que que ele pode pedir para que essas faltas não sejam computadas?

SPEAKER 1: : ah Ele não pode pedir nada.

SPEAKER 0: : Não tem direito nenhum?

SPEAKER 1: : Não, ele não tem direito, porque por doença ele tem licença médica. Se não for por doença, não há outro motivo para a pessoa não deixar de trabalhar. Ou deixar de trabalhar, que é o certo. Ele não tem motivo nenhum. Se ele tem saúde... e se ele a Agora, se forem problemas por viagem ou isto ou qualquer outra coisa, ele pede um afastamento, mas ele continua com as faltas, apenas elas são justificadas. Mas ele não recebe o dinheirinho referente àquelas aulas, de jeito nenhum. Falta para não ser, digamos assim, marcada, é só com licença médica. Sem licença, nada feito.

SPEAKER 0: : E quando não havia fundo de garantia, quais direitos que o empregado tinha quando ele era demitido?

SPEAKER 1: : Ao que eu saiba, ele tinha... a estabilidade, como eles chamavam, né? Depois de dez anos de trabalho, ele adquiria estabilidade na firma e não podia ser despedido. A não ser que houvesse um um motivo muito grave, um... eles diziam, justa causa. Senão, ele não poderia ser mandado embora. Agora me que tem o Fundo de Garantia, mesmo com mais de dez anos, se ele optou pelo Fundo de Garantia, ele pode ser despedido e recebe todos os seus direitos. Antigamente havia uma indenização. Quando a pessoa trabalhava m menos de dez anos, então podia ser mandada embora, ela recebia uma indenização. Eu creio que era um um ordenado para correspondia a cada ano de trabalho. assim se ele trabalhasse cinco anos, ele receberia cinco ordenados. Mas eu não estou muito certa disso não

SPEAKER 0: : Quando você empresta dinheiro para alguém, normalmente você impõe condições de pagamento ou não?

SPEAKER 1: : Normalmente, eu nunca tenho dinheiro para emprestar. (risos) Então, vamos supor que você tivesse Quando eu tenho alguma pequena quantia que eu empresto para uma um parente ou uma uma amiga, etcétera, é para devolver quando puder. Não tem condições. eu não Olha, nem sei se eu tivesse dinheiro, o que que eu ia fazer. Eu nunca tenho dinheiro. Nem com os trinta porcento que o governador vai me dar a partir de janeiro. (risos)

SPEAKER 0: : E se você emprestasse dinheiro para um de um banco? Quais as condições de pagamento que o banco impõe para você?

SPEAKER 1: : Honestamente, eu não sei. Eu nunca pedi dinheiro emprestado.

SPEAKER 0: : Não poder falar nada?

SPEAKER 1: : Bom, ouvi falar, eu sei a respeito de juros, né? Que tem que pagar. Agora, como é feita a cobrança, ou que condições... Eu não sei. uhum Ah, sim, pera aí, estou me lembrando que... Eu ouvi falar que precisa um fiador, ou um avalista... para os empréstimos, mas eu não não tenho certeza. Suponho que precise, né mas não sei.

SPEAKER 0: : E essa pessoa que empresta dinheiro a juros, você sabe como é que é chamada?

SPEAKER 1: : Não sei, exceto essas que cobram juros a mais e que são chamadas de agiotas né Inclusive a agiotagem é é condenada por lei. Agora, quem empresta normalmente nos juros comuns, acho que não tem nome nenhum, né?

SPEAKER 0: : Existe alguma maneira (tosse) de presentear, vamos supor, um empregado, um subordinado, a não ser o ordenado fixo? Quer dizer, além do ordenado fixo, existe alguma maneira de você presentear o subordinado seu? Pode acender o cigarro.

SPEAKER 1: : Um momentinho só. Aí eu creio que existe, mas são essas esses presentes que se dão em ocasiões sociais, né? Na ocasião de festas de fim de ano, uma gratificação extra, ou em aniversário dá um presente. Coisas assim. Mas, como eu te chamo assim, socialmente, né? uhum Para presentear uma pessoa. Pelo menos é o que eu costumo fazer com empregada, zelador de prédio, faxineiro e coisas assim, né? Acho que não tem nada ins institucionalizado nesse sentido, né? Lixeiro, carteiro, todos eles esperam uma gratificação do fim do ano, né? Agora, os mais íntimos, como a empregada doméstica, a gente costuma presentear toda hora, sabe? (risos) Todo dia, não tem dia certo Estou rindo que eu me lembrei da teoria do reforço do Skinner e é isso aí. (risos) Tem que reforçar sempre porque senão não dá certo.

SPEAKER 0: : Eu não sei se se você já procurou por um advogado, mas vamos supor que você precisasse de um advogado para defender alguma causa. Depois da resolução dessa causa, o que o advogado exigiria de você?

SPEAKER 1: : Eu não entendi bem a pergunta. Eu suponho que ele teria os seus honorários, né? uhum Agora, eu nunca consultei nenhum, porque o meu marido é advogado. Se eu precisar, tá na família, né? (risos) Mas, eu suponho que (risos)... Nenhum advogado trabalha de graça, né? (risos)

SPEAKER 0: : Escuta, quando uma fábrica não pode mais se manter e está em débitos com a praça, qual a situação dessa fábrica?

SPEAKER 1: : Falência. Não tem outra coisa. Se está devendo, e não pode pagar. E tem a concordata se ela quiser fazer um acordo com os seus... Eu nem sei como é que chama a pessoa que quer receber. Credores. Se ela quiser fazer um acordo com os seus credores, então chama-se concordata. e é

SPEAKER 0: : Quais os status que você conhece que existem na sociedade?

SPEAKER 1: : Quais o quê? Os status. Ah, status. Meu Deus, eu não sei o que você quer dizer com isso. sociais

SPEAKER 0: : Os status sociais que você conhece.

SPEAKER 1: : Pra mim, como, assim, uma estudante de sociologia, status são os papéis que a pessoa desempenha, mas são em tan tos Quais Ah não, meu Deus, qualquer papel que você desempenha aí é um status. Status de professor, de filho, de pai, de aluno, de vendedor, de comprador... Não sei mais do que. Mais algum? Não, está bom. Não quer ()... É, estou querendo lembrar, mas assim, de repente, não sei. Eu já até já esqueci quais os que eu falei? (risos) Pai, mãe, filho, irmão... parente, credor, devedor (risos) e outros... e outros tantos, né? Agora não lembro mais nenhum.

SPEAKER 0: : Quando há um roubo numa fábrica, como é que desnotam esse roubo? Através de quê?

SPEAKER 1: : Eu não sei. Eu suponho que seja através de porta arrombada ou de mercadoria que esteja faltando, ou de um sinal de alarme ou qualquer coisa assim, não sei não. Só suponho.

SPEAKER 0: : Quando uma pessoa vai fazer negócio com a outra, sendo que uma é mais espertinha do que a outra, qual é o tipo de atitude que toma essa pessoa às vezes em relação à ou à outra? Você entendeu?

SPEAKER 1: : A mais espertinha. É, em relação a mais bobinha. (risos) É aquela história, né? Você entra com o capital e eu entro com a experiência. No fim, eu saio com o capital e você sai com a experiência. (risos) É isso aí. É essa a atitude, né? sim

SPEAKER 0: : E essa que é mais esperta, você acha que tem mais vantagem sobre a outra? Mas há alguma artimanha que ela possa fazer com a outra ou não?

SPEAKER 1: : Ah, eu creio que sim, não é? Às vezes, dando aparência de legalidade a um negócio, fazem-se as coisas mais imorais possíveis, né? E eu creio que ela pode usar de todos os recursos para que a coisa pareça bem legal, bem certinha, e, no entanto, ela está explorando a outra.

SPEAKER 0: : E como é que chama essa atitude? Você sabe? Está lembrada agora? Não.

SPEAKER 1: : sei não Definitivamente não. (risos)

SPEAKER 0: : Quando você paga uma dívida antecipada, qual a vantagem que às vezes você você recebe?

SPEAKER 1: : Olha, eu nunca recebi nenhuma. Embora se diga por aí que a gente tem um desconto naquele juro que estava computado. Mas como eu eu costumo pagar em dia ou às vezes com uma antecedência muito pequena, eu nunca tive nenhum destes desses descontos.

SPEAKER 0: : E quando você faz compra, você paga aquilo que te pedem ou não?

SPEAKER 1: : Às vezes sim, às vezes não. Há determinadas lojas que têm o preço fixo, não adianta o pre o freguês ficar pechinchando. Há outras em que a gente pode pechinchar à vontade, né? Custa cinquenta, a gente deixa por quarenta, por trinta e acaba fazendo o negócio, né? Por E como é que chamam pessoas desse tipo? Quais? As que compram ou as que vendem?

SPEAKER 0: : Não, essas que falam para deixar por cinquenta, por quarenta. Como é que elas são consideradas? Você acha que elas não pagam porque não têm ou porque elas não querem pagar, normalmente?

SPEAKER 1: : Ah, normalmente porque não querem. Estão vendo se conseguem um desconto, né? Ou às vezes ah o determinados comerciantes já fazem de propósito, né? Vai na Rua vinte e cinco de Março que você vai ver como é que é. Eles pedem um preço para o fr o freguês ficar pechinchando e chegar no real preço que eles queriam vender, né? Já é de caso pensado. Né? Agora, outras lojas não. ma As grandes organizações como a Sears, o MAPEM. Lá você não adianta pedir desconto porque o preço é fixo. E o balconista não tem sequer liberdade de lhe dar um desconto. Só pode vender pelo preço que está marcado. né

SPEAKER 0: : Escuta, o que que você precisa fazer para abrir conta em banco, você sabe?

SPEAKER 1: : Isso eu sei. Então pode falar à vontade (risos) Não precisa muita coisa para abrir conta. pede Chega lá no banco, pede umas fichas, eles dão, você preenche com os dados que constam na dri na ficha, geralmente nome, estado civil, erre gê, pergunta se tem propriedade ou não. Não me lembro mais o que. Ah, e eles pedem duas referência de duas pessoas que você conheça, né? Então você coloca o nome de duas pessoas conhecidas e só. E bom, e naturalmente você precisa ter dinheiro para depositar na conta, né?

SPEAKER 2: : (risos) Isso é mais im

SPEAKER 1: : portante. né (risos) isso é o mais importante Sem dinheiro não tem conta. (risos)

SPEAKER 0: : E e qual a vantagem que você tem de abrir conta num banco? Quais as vantagens que o banco oferece ao cliente?

SPEAKER 1: : Teoricamente, são muitas. Na prática, eu não sei muito bem, não. Porque... Tá certo, o seu dinheiro fica lá, ele rende uma pequena quantia de juros, você pode pagar com cheque, não precisa ficar carregando dinheiro no bolso, que atualmente é um perigo. Agora, eles dizem que emprestam, que favorecem a indústria, etcétera, etcétera, mas eu não... Por minha experiência, eu não posso dizer que eles façam isso, porque eu não sei. Devem fazer. Deve favorecer de algum modo (tosse) o desenvolvimento da indústria ou do comércio, mas eu não tenho certeza. (tosse)

SPEAKER 0: : E o que é que você retira do banco a não ser o seu dinheiro?

SPEAKER 1: : O que eu retiro do banco a não ser o meu dinheiro?

SPEAKER 0: : A não ser o dinheiro, o que é que você pode retirar do banco? Empréstimo.

SPEAKER 1: : Mas eu nunca retirei nenhum. Eu só retiro mesmo o meu dinheiro. O que eu deposito, depois eu vou aos pouquinhos tirando e tirando até ficar sem nada outra vez. Mas empréstimo nunca tirei. Também eles querem tanta coisa para dar um empréstimo que a gente tem que vontade de desistir. O que que eles exigem? Por exemplo, para você tirar um empréstimo pessoal, eles exigem que você tenha um saldo médio. Mais ou menos correspondente ao valor que você quer. Quer dizer, correspondente à quantia que você precisa. Então, logicamente, se você já tem aquele saldo médio, você não precisa do dinheiro deles, você tira o seu próprio dinheiro e usa. Não precisa de fazer empréstimo. Agora, empréstimos maiores, eu não sei como funciona. em Eu suponho que seja para firmas né, comerciais ou industriais, que tenham um uma garantia, imóveis, a p o próprio estoque de mercadorias ou coisas assim.

SPEAKER 0: : E e como é que você retira o dinheiro do banco? Através do que?

SPEAKER 1: : Fazendo um cheque. Quando é o meu dinheiro, né? uhum e só Existe transferência para outros estados, né? Se a gente quer mandar pagar uma conta em outro lugar tudo, mas eu nun nunca utilizei esse tipo de serviço, não. e você

SPEAKER 0: : E você já teve problemas com cheque ou não?

SPEAKER 1: : Não, nunca. Eu dou sempre cheque nominal. Que é mais seguro, né? Para não não haver perda ou extravio. E é o melhor meio. Bom, geralmente as pessoas que recebem cheques meus descontam muito rapidamente. Acho que eles têm bem pressa de rece

SPEAKER 0: : ber (risos) E de onde é que você retira este cheque? Existe algum alg algum caderninho especial de cheque? Como é que é?

SPEAKER 1: : um talão de cheque, né? Que eles me dão. Quando eu abro a conta e todas as vezes que acaba um, eu peço outro.

SPEAKER 0: : além do cheque nominal, que você falou que você acha que é o melhor, quais os outros que você conhece? O portador.

SPEAKER 1: : Esses eu preencho quando eu mesma vou retirar, né? Só esses dois? Só esses dois eu conheço. Ah, sim, não. Tem os cheques de viagem, mas eu também não não u não uso. Geralmente, quando viajamos, eu vou com meu marido também, ele leva e eu não me preocupo com nada.

SPEAKER 0: : E o que é que o seu marido leva quando ele vai viajar? Vamos supor para o exterior. Você viaja para o exterior? Como é que é levado o dinheiro? Você leva o dinheiro em papel ou não?

SPEAKER 1: : Não, existem cheques de viagem, né? Que são levados ao ao exterior para depois poder fazer a a troca do da moeda, né? Eu nunca fui para o exterior. (risos) Olha que frustra ção ah Mas logo você vai, né? (risos)

SPEAKER 0: : Escuta, Maria de Lourdes. E como é que você controla o seu dinheiro no banco?

SPEAKER 1: : Aí eu marco no canhoto do talão. Todos os depósitos que são efetuados e todas as retiradas. Só.

SPEAKER 0: : Mas vamos supor que você não controlasse no canhoto e quisesse saber quanto você tem dinheiro no banco. Como é que você faz?

SPEAKER 1: : Ah, sim. Não, eu não faço nada. O banco mesmo se encarrega de mandar para minha casa a c um extrato da da minha conta. O banco que eu uso, por exemplo, qualquer retirada, qualquer depósito que eu faça, eles mandam um um extrato para minha casa. Toda hora tem lá um chegando pelo correio. (risos)

SPEAKER 0: : E, escuta, o que que pode ter nesse extrato que ele te manda?

SPEAKER 1: : Além do da identificação do banco, tem a a quantia que eu tinha antes, o depósito realizado e o saldo atual. Ou a quantia que tinha antes, a retirada e o saldo atual.

SPEAKER 0: : E quando não vem não tem saldo, o que que vem no extrato?

SPEAKER 1: : Não sei. Sempre tem um saldo me, embora pequeno, sempre tenho. Ainda bem, né? (risos) Bom, eu já vi quando eles fazem aqueles empréstimos, há, o saldo negativo, né? Que você pode retirar mais do que você tem, que o banco lhe empresta, né? Então fica saldo negativo. Mas eu nunca utilizei, eu não sei.

SPEAKER 0: : E quando uma pessoa não tem saldo, ahn qual é a condição que ela se encontra perante o banco? Ai, não sei.

SPEAKER 1: : Eu não sei, porque com o tempo eles acabam cortando a conta da pessoa, né? Se ela não tem saldo nenhum. Eu não sei como é que chama isso, não.

SPEAKER 0: : Escuta, e se você não estivesse contente com o seu banco, quisesse mudar de banco, como é que você teria que fazer?

SPEAKER 1: : Já fiz. Fui a outro banco, preenchi as fichas e abri uma nova conta nesse outro banco. Tranquilamente. não dá problema Não dá me nor problema

SPEAKER 0: : Como é que se retira o dinheiro do outro banco? o que Qual a justificativa que você dá para o outro banco?

SPEAKER 1: : Eu não dei justificativa nenhuma. E o dinheiro que você tinha no outro banco? como é que fica eu Eu abri a conta nesse segundo banco e fiz um cheque correspondendo ao que eu tinha no banco anterior, depositando nesta nova conta. Tranquilamente. Nem pedi para cancelarem a minha conta.

SPEAKER 0: : Quais as subdivisões que tem um banco?

SPEAKER 1: : Ah, eu não sei.

SPEAKER 0: : Além do central, quais os outros que exis

SPEAKER 1: : tem você quer dizer as ma a matriz e as filiais? uhum Mas isso é subdivisão de um banco? Eu pensei que estav que você estivesse falando de dentro do banco interiores não não (risos) é os setores dentro do banco, assim, contabilidade ou sei lá o que mais. não não Assim, a matriz, né? E as filiais. Ou agências, né? uhum As agências do do

SPEAKER 0: : banco Se você tivesse que comprar um carro e não tivesse dinheiro à vista, como é que você faria?

SPEAKER 1: : Já fiz também. (risos) Não é que eu faria, já fiz. Fui na agência, comprei o carro e eles deram um financiamento, né?

SPEAKER 0: : Através da financiadora. e como é que é esse financiamento para carro

SPEAKER 1: : Bom, eu fiz pela própria financiadora da Volkswagen, né? Então eu escolhi o carro, eles calcularam o o o o valor do meu carro velho, para servir como entrada. O restante, eles fizeram o cálculo das prestações que eu teria que pagar, já incluindo juros e tudo. Fizeram todos os papéis, eu assinei tudo e pronto.

SPEAKER 0: : E eles fazem alguma exigência antes de você preencher esses papéis? ah fazem eles

SPEAKER 1: : querem Eles querem fiador. No caso, por exemplo, para eu para eu não ter que pedir para ninguém ser fiador para mim, eu mostrei a escritura de um imóvel que eu possuo. né Aí eles aceitaram e não (ruído) não precisei de fiador. E eles fazem milhões de perguntas, né? Quanto você ganha? Quanto você gasta? Quanto ganha o seu marido? Quanto gasta? Se tem imóveis? Quais são? Mostra a escritura. Faz um mundo de coisas. e

SPEAKER 0: : E... quando você comprou o carro, quais as necessidades as medidas né necessárias que você tem que tomar na compra deste carro, além do pagamento e do financiamento. O que que você precisa?

SPEAKER 1: : O licenciamento, né? Licenciamento, vistoria, colocação de placas, tem que ir lá no no DETRAN fazer esse serviço todo. Ou a gente chama um despachante, que foi o meu caso, e ele se encarregou. Eu só tive que ir lá no Ibirapuera para levar o carro para colocar as placas. É só pagar, todo mundo faz tudo para você.

SPEAKER 0: : E para proteção do seu carro, existe alguma medida que você possa tomar?

SPEAKER 1: : Seguro obrigatório. Que não não segura nada, para dizer mesmo a verdade. (risos) e o E o seguro facultativo, esse que você faz completo contra incêndio, contra roubo, qualquer outra outro acidente que possa haver, né? Aquele seguro obrigatório não não serve para nada.

SPEAKER 0: : Escuta, você teve posses, né, de chegar numa agência e comprar o carro pelo financiamento, tá certo? Agora, uma pessoa que não pode comprar o carro através da agência, a quem que ela pode recorrer para a compra deste carro? Se ela não tem o dinheiro na mão e quer comprar o carro por necessidade, a quem que ela recorre?

SPEAKER 1: : Há bancos que fazem empréstimos. Eu creio que são esses empréstimos do tipo pessoal que eu já falei. ou talvez seja um outro tipo, eu não sei direito, mas eles emprestam o dinheiro, a pessoa pode ir num revendedor ou mesmo num particular e comprar o carro à vista pagando ao banco em prestações.

SPEAKER 0: : E quando você não pode comprar à vista?

SPEAKER 1: : Não, o eu digo, o banco empresta o dinheiro e você compra à vista de um particular, digamos uhum entendi, e depois você paga ao banco em prestações com juros e tudo.

SPEAKER 0: : Enquanto não existe o pagamento à vista, como é que é feito esse pagamento? Prestação. a prazo E há um tempo determinado para pagar esse esse carro?

SPEAKER 1: : estipulam algum tempo? ah estipulam vinte e quatro prestações, doze prestações ou trinta e seis prestações. Conforme ah o valor da prestação que você pode pagar. Se você quer pagar uma prestação mais alta, você pode liquidar a dívida em muito menos tempo.

SPEAKER 0: : Você diz que faz o seguro para o carro, que por sinal não vale nada, né? É o seguro obrigatório. esse Certo. e E qual é o outro tipo de seguro? O obrigatório é aquele que todo mundo tem que fazer. Há algum outro tipo de seguro?

SPEAKER 1: : Esse outro é facultativo. Você faz se quiser. E é contra acidentes, contra terceiros, contra roubo, contra incêndio, Esse é muito mais caro, mas funciona. Se você der uma batida no carro, ou se ele se incendiar, etcétera, eles repõem o valor do carro.

SPEAKER 0: : E o obrigatório não?

SPEAKER 1: : O obrigatório não. O obrigatório parece-me que só em caso de de acidente em que haja vítimas. Então aí eles indeni zam a vítima Do contrário, não. Mas eu já ouvi dizer, inclusive eu, conversei com muitos advogados que falam que há muitas, ahn assim, seguradoras que não têm capital suficiente, que não têm idoneidade moral e que, no fim, quando a pessoa precisa de de receber o dinheiro, não recebe nada, né?

SPEAKER 0: : Vamos supor uma fábrica ou uma indústria ou qualquer qualquer tipo de loja, eles chegam no fim do ano, eles querem saber quanto eles ganharam no decorrer do ano todo. Qual é o tipo de medida que eles tomam para saber o lucro?

SPEAKER 1: : Eles fazem balanço. uhum Toda a firma faz balanço no fim do ano. Eu, pelo menos, não conheço nenhuma que não faça.

SPEAKER 0: : E se você quisesse manter o seu dinheiro em circulação, como você pode, o que que você teria que fazer? para que ele não ficasse parado. E você não quisesse empacar o dinheiro em imóvel, está certo? O que que você faria com o seu dinheiro? Onde é que você colocaria?

SPEAKER 1: : Teria que fazer investimentos, então, no caso. Através de letras de câmbio, através de fundos de investimento, ou coisas assim. Se eu não quisesse empatar, você diz, né? Não quisesse comprar nada. Então, o o único jeito é esse, é investir.

SPEAKER 0: : Investir em que?

SPEAKER 1: : Há muitos fundos de investimento, compra de ações e... Como é que chama? Fundos de investimento. Letras de câmbio, né? Também né, que eles vendem.

SPEAKER 0: : E aonde seria essa compra de ações?

SPEAKER 1: : Por intermédio dos bancos, né? Acho que na na bolsa de valores dificilmente uma pessoa vai para comprar ações. Costuma fazer por meio de órgãos encarregados disso, né? Eu, pelo menos, nunca fui lá. Também nunca comprei ação nenhuma.

SPEAKER 0: : Por que (risos) por que que você nunca foi? Existe algum motivo especial ou não?

SPEAKER 1: : É que simplesmente eu não tenho dinheiro. (risos) Não so obra. Eu invisto em roupas, sapatos e coisas assim, né? (risos) e vo

SPEAKER 0: : cê sabe quais as vantagens de investir na Bolsa de Valores?

SPEAKER 1: : Dizem que dá lucro. (risos) dizem Dizem. Mas eu já... Não, há pouco tempo ainda estive conversando com muitas pessoas que perderam, não ganharam. Investiram, investiram, investiram e quando foram verificar o rendimento, não tinha rendimento. Elas receberam menos do que investiram. Ah, vocês devem ter ouvido falar do Banco Alice, do Univeste, A minha irmã investiu na São Paulo Minas, também perdeu. Uma colega que investiu num outro, eu esqueci o nome da. Da agência lá. E ela também perdeu. Não sei quem saiu ganhando em tudo isso.

SPEAKER 0: : Mas por que que eles perderam? porque O que houve que eles perderam? () eu não sei eles

SPEAKER 1: : ah A explicação que eles tiveram é que o dinheiro era investido na compra de ações. Que essas ações tiveram uma desvalorização, Então, uma ação que você comprava, digamos, por um cruzeiro e cinquenta, ficou valendo um cruzeiro. Então, você sai perdendo. Agora, o critério que eles usaram para esses investimentos, eu não sei qual foi o critério usado. Talvez, se eles usassem um critério melhor, eles não teriam comprado ações que fossem perder o valor.

SPEAKER 0: : E sem ser na bolsa de valores, você acha que há mais vantagem, há menos chance de perder dinheiro ou não? Ai, não sei.

SPEAKER 1: : Porque os outros tipos são todos baseados nisso. A não ser o investimento em bens que você compra e depois torna a vender. Por exemplo, se você compra um carro e depois você revende esse carro, você pode ganhar. Se você compra um imóvel e revende esse imóvel, você pode ganhar. Os outros todos são na base de compra de papéis, né?

SPEAKER 0: : Qualquer pessoa pode ter conta em banco? Ou existe, assim, alguma... algum... como é que eu vou dizer para você? Alguma pessoa, assim, de tipo mais privilegiado, que prefere ter conta em banco?

SPEAKER 1: : Ah, não. Não há discriminação nenhuma. Qualquer pessoa pode ter conta em banco. Basta ter o dinheiro para movimentar a conta, né? Há muitas firmas que fazem o pagamento dos seus empregados todinho através do banco. O banco abre uma conta para cada funcionário e o dinheiro do ordenado é depositado lá e a pessoa vai usando quando precisa. Não há nenhuma discriminação.

SPEAKER 0: : E quando é que uma pessoa prefere colocar o dinheiro no banco, você sabe?

SPEAKER 1: : Ah, não sei não. Eu creio que quando ela gosta de... Não digo ter o seu dinheiro seguro, mas... organizar melhor as coisas. Então, ela deixa o dinheiro no banco, vai pagando com cheque as as contas na medida que aparecem e, pelo menos, ela fica sabendo exatamente de quanto ela dispõe, né? uhum E, naturalmente, as pessoas que têm muito dinheiro não vão querer ficar com aquela fortuna em casa, né?

SPEAKER 0: : Não é o meu caso. Não, é o seu caso. está até desesperada. (risos)

SPEAKER 1: : Estou muito triste hoje porque eu vou ganhar trinta porcento mas é só para o ano que vem não é está triste é É, só para o ano que vem, exatamente. (risos) Podia ser a partir de hoje, né? Já ficaria um pouquinho mais contente, mas a partir de janeiro... Aí você já ia investir o dinheiro. Já ia investir, exatamente.

SPEAKER 0: : E em que que você iria investir se o apag se o aumento fosse a partir de agora?

SPEAKER 1: : Se o aumento fosse a partir de agora, eu ia investir naquilo que eu costumo investir. Coisas? Bens de consumo.

SPEAKER 0: : dona de lourdes Quais os requisitos básicos ahn necessários, vamos dizer assim, para a compra de uma casa? Vamos supor que você vai comprar uma casa. Quais são os requisitos necessários para a compra dessa casa?

SPEAKER 1: : Primeiro, você ter dinheiro para comprar. (risos) É lógico, não? Depois, para você poder poder comprar, você diz. isso Então, você precisa de dinheiro para comprar. Se não tiver dinheiro, precisa ter o empréstimo, através da caixa econômica, ou do IPESP, ou do BNH, para poder realizar a compra. Cada um desses empréstimos tem uma, digamos assim, uma organização diferente. O do IPESP é de um modo, o da caixa econômica é de outro. bens São bem diferentes.

SPEAKER 0: : E a não ser, assim, pelo dinheiro, O que mais é necessário para a compra desta casa? Vamos supor que você já tenha o dinheiro, você vai comprar a casa. A hora que você for pagar a casa, o dinheiro você tem. O que mais precisa, além do dinheiro? Não compreendi essa pergunta. Quando você vai comprar uma casa, você precisa, evidentemente, primeiro do dinheiro, não é? E a hora que você for acertar as contas, comprar realmente a casa... Ah, sim.

SPEAKER 1: : Você diz... Ah, aí a gente precisa passar a escritura. É isso aí que você quer saber? uhum Ah, sim. A gente precisa passar a escritura no cartório.

SPEAKER 0: : E a escritura exige o quê? para que possa

SPEAKER 1: : Para se passar uma escritura. isso ah A presença do comprador, do vendedor, e do... como é que chama o? O tabelião que faz a a escritura. Não sei mais o que precisa não, viu?

SPEAKER 0: : E com esses investimentos que você falou para compra da casa, qualquer um pode chegar lá e e comprar através da caixa econômica do IPESPE ou tem alguma exigência para a pessoa poder comprar uma casa?

SPEAKER 1: : Eu creio que não existe nenhuma exigência. a pe As casas estão lá para serem vendidas. Agora, você, como comprador, é que tem que saber como vai fazer para poder pagar aquilo que você comprou. Então, se você tem o seu próprio dinheiro, você paga com ele. Se você não tem, você precisa arranjar um financiamento. Às vezes, os próprios corretores se encarregam de conseguir esse financiamento para você. Eles preenchem todos os papéis e você só vai assinando. Agora, no caso do IPESP, então há uma uma exigência. Você precisa ser funcionário público para poder tirar empréstimo do IPESP. Agora, da Caixa Econômica, não. Qualquer pessoa, desde que tenha uma uma renda Ou pode ser renda familiar, como eles dizem, de todas as pessoas que moram na casa e que trabalham, somam-se todos os rendimentos e vê se a renda familiar alcança o nível desejado.

SPEAKER 0: : Aí eles concedem. () desculpe (risos) E precisa só da sua assinatura? Só da assinatura do comprador ou não? Precisa de mais alguma outra pessoa?

SPEAKER 1: : Do comprador e do vendedor.

SPEAKER 0: : Só dos dois?

SPEAKER 1: : E a testemunha também. Eu acho que o tabelião serve de testemunha. Afinal, é ele que faz a escritura, lê toda aquela papelada, à moda do século dezoito, né?

SPEAKER 0: : Faço saber que nos dias tanto, de tanto... Precisa de alguma pessoa para garantir a sua compra? Para o vendedor, né? Ele precisa, além de você, preci você precisa ter mais alguma pessoa?

SPEAKER 1: : Ah, eu creio que não. Não precisa, não. Por exemplo, oh os empréstimos pela Caixa Econômica, a Caixa Econômica paga ao vendedor. A escritura é assinada lá mesmo na Caixa Econômica. Então, ela paga a quantia integral, o preço à vista, ao vendedor e depois você paga para a Caixa Econômica em prestações.

SPEAKER 0: : E quando não é feito pela Caixa Econômica?

SPEAKER 1: : Pelo IPESP é a mesma coisa. O IPESP paga ao vendedor a quantia integral e depois você paga para ele em vinte anos a prestações.