Inquérito SP_DID_227

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 0: : A casa. Casa. A casa é um lugar onde a gente mora, onde a gente anda, e a gente se baseia. Isso aí seria, vamos dizer, uma forma de a gente poder começar uma descrição sobre interpretação do que que é casa. Mas eu acho que a coisa é bem mais genérica, é algo assim bem mais amplo. Você me perguntou quais profissionais necessários para a construção ou para, vamos dizer, tornar uma uma construção habitável. Você enfocou com o problema de casa, disse casa, né? Bom, ela tem que ser, antes de mais nada, eu acho que, antes de mais nada, não é não é querendo fugir, vamos dizer o objetivo da sua pergunta. Eu acho que, antes de mais nada, o mais importante é você entrar no aspecto e no problema, no aspecto capacidade, poder aquisitivo de morador. Éh é uma decorrência, portanto, dessa da capacidade, do poder aquisitivo, de quem vai morar, de quem vai ser utilizar daquele imóvel Daí é que você, então, irá dimensionar a casa e conforme o tamanho dela, a dimensão dela, você poderá, então, concluir e terá condições de dizer, bom, então, para esse tamanho, para esse determinado tipo de casa, eu vou precisar de tantas pessoas, de tais tipos de profissionais para poder, primeiro, edificá-la. Segundo, ahn depois que ela estiver totalmente pronta, então eu a habitando, conservá-la. Posteriormente, se eu for fazer uma reforma, for mexer, né, basicamente precisa ser uma casa bem construída, bem elaborada, bem adequada. Hoje, comenta-se muito com relação a esse problema de moradia. Né? Há o problema da moradia no sentido de falta, de moradia adequada ao problema, comenta-se demais com relação aos aspectos de uhn condições de vida, éh localização. Problemas, então, aí já então se refletem, saem, extrapolam, saem da casa e entram para as condições éh imediatamente ao redor. Problemas urbanos, problema de saneamento, problema de higiene, condições de vida. E E daí você passar para ahn considerações tais como local de maior, menor índice de poluição e, consequentemente, melhor melhores condições de habitabilidade, vida, não é? Tudo isso a esse conjunto força e conduz a uma valorização daquele local e uma capacidade, ou não, da pessoa de poder a ter aquilo que... a ter aquela a ter aquele imóvel, a vir a poder gozar daquele imóvel. Acho que todo mundo tem uma casa. Não há ninguém que não queira ter uma casa. É a necessidade de... você diz não é a minha base, né? É o princípio básico, é aquela é o é o início de tudo. A Acho que quando você nasce e vai se envolvendo na sua casa, o negócio é seu quarto, sua cama, seu armário, sua roupa, sua mesa, sua cadeira, na escola, sua carteira. Pelo menos era assim. Posteriormente, talvez, já no nível mais nível superior, ahn nível universitário, a coisa fica um pouco mais vaga. N Né? Você. Aí é a a ideia de lugar, a ideia de disciplina, posição, aí já se estende mais à sua classe, ao seu grupo, se estende um pouco mais. Não é? Mas, no fundo, é aquilo que fica arraigado. Então, acho esse é um bom em princípio para a gente poder entender bem, porque que o Sheikh di z. Éh a minha casa Existe um conceito muito engraçado que eu observei, eu senti isso, e acho que eu devo ter sido de éh m meio, um meio no qual vivo, que é um meio profissional médio. É o jovem tecnocrata. Ve ja bem, é tecnocrata, não é burocrata. Não tenho nada contra os burocratas porque eu acho eles uma necessidade. mas uhn é tecnocrata. Nós estamos () demais e iniciamos uma fase na sequência do mundo voltado para a tecnocracia, né? Nesse meio, o () diz assim, não eu pago aluguel, ele fala até meio baixinho. (risos) ahn Parece que dá a impressão de que o Chico não está controlando bem o patrimônio pessoal, está divergindo, está assim ahn pulverizando demais os seus recursos, né, e está desviando a aplicão do seu recurso. Gastos não estão sendo bem () Enfim, uma série de... Ah o pessoal que rodeia infere muito nesse sentido, né? Então, não é muito bom. E quando o Chico começa a fazer a ponta do lápis, Anotar, escrever, ou ou começar a calcular melhor dizendo, né? Pondo a coisa mais no cálculo, no papel. E Ele vai sentir que... Ele vai achar. Pelo menos os que eu conheço, eu percebi isso claramente. Eles acham que aquilo foi dinheiro perdido, jogado fora. Puxa vida. Éh Eu gasto tanto de aluguel por mês e já passou os trinta dias, foi embora, não apliquei em nada. Mas ele tem que entender que ele viveu. E joguei os trinta dias, usou bem coberto, usou, desgastou aquele bem ao... Numa empresa, numa indústria, quando você vai fazer a apuração em determinado momento, não precisa ser mensal, semestral, anual, não, mas se fizer um determinado momento você diz, nós vamos apurar a rentabilidade desta empresa. Das coisas que você considera, um dos itens que você considera para aferir a rentabilidade daquela empresa, você vai e você joga, você apropria no cálculo ahn a depreciação do material. Você considera a depreciação do material, ou do equipamento, ou das máquinas, ou do maquinário existente. Poxa, ahn você paga aluguel, mora na casa do outro, tá que o investimento é do outro. E e Então, vamos fazer o contrário, a casa é sua, Naqueles trinta dias, você depredou também. Por outro lado, eu vou dando a valorização. Mas se você estiver, vamos dizer, se você fizer o seguinte, você deslocou aí parte de um... Você deslocou, você dedicou. Bom, parte desse recurso eu vou comprar uma casa onde eu vou morar? E essa aqui, separa aquele montante, né? E, em re na realidade, você não compra. faz uma outra aplicação qualquer. Tão rentável, tão adequada quanto e que te e que te dê uma rentabilidade idêntica àquela que a sua casa ou que o imóvel que você adquiriu para morar vai dar. Mas Uma valorização, vamos dizer, quase que calcada e muito, uma grande parte dela graça à depreciação, graças à desvalorização monetária. Então ela tende a melhorar e outras características. Melhoria urbana, então melhora um pouco mais. Mas, de qualquer forma, o dinheiro que você ia aplicar naquela casa, você deixou de lado e aplicou outra coisa que te dá a mesma valorização. E por mês se pagando aquele aluguel, que corresponderia à depreciação que eu falei, a coisa empataria. Então, uma coisa uh e analisada assim, muitos chegam à essa conclusão de que a coisa dá na mesma coisa e, às vezes, não é. É é é até mais vantajoso você pegar aquele aquela reserva. Você tem que fazer uma boa aplicação em alguma outra coisa com muito maior liquidez e pagar um bom aluguel. A casa arrebentou o encanamento, e você tem que cuidar da manutenção. Ou você nota que está ficando velho o imóvel, está ficando desgastado. Agora em vez de você se assumir esse problema, Eu pago perfeitamente bem, tranquilamente embora vou embora. Não é? Vai procurar outro imóvel, vai morar no outro imóvel, e deixo aquele lá por conta do dono, arrumar, gastar, me chamar dinheiro lá dentro, ou seja, botar de volta tudo aquilo que você pagou para ele. Então, se você... isso essa esse tipo de conclusão, e tem mais uma porção de outras, mas o fato é que, analisado assim meio modo friamente, matematicamente, é fácil chegar a essa conclusão e justificar. besteira ter a casa própria. Mas, então, nós chegamos à seguinte conclusão de que não é tanto o problema já deixou de ser um pouco mais matemático, é realmente também, e por que não dizer, psicológico e conforto, e conforto espiritual, ahn necessidade de ter também uma ideia de que não eu tenho um patrimônio, meu patrimônio está lá, abrigo para a família. Como é que você chamaria? Sabe quando uma pessoa precisa ter a sensação a segurança? é o termo é esse que me tinha me fugido segurança né? Então, se você é a responsável, se você é a fonte de rendimento da sua casa, não interessa se é homem ou mulher, hoje em dia isso já está até bastante... já não é mais nem objeto de de de de consideração ou discussão, o que interessa o seguinte você é a fonte de renda. Então, uma série de pessoas depende de você. Então, você tem lá sua casa, o problema é Então, passa a ser para você também. Não é? E E você precisa, para aquele que está lá morando, vivendo, na sua dependência, eu tenho a impressão que isso é uma necessidade para ele.  Você propiciar a ele. E Esta é a nossa casa. Então, é uma aquela sensação de segurança. Este é meu, é chão meu. E e aqui eu estou aqui e ninguém vai me tirar Aconteça o que acontecer, eu estou vendo, é palpável. Então, está a sensação, né, e você ter Isto melhora, essa sensação cada ve ela ela essa sensação é melhor ainda a partir do instante em que isto éh essa casa é te agrada, é confortável, satisfaz, e que a partir do instante em que você chega, sente que ela ela reúne as condições que você sempre quis ter, inclusive de apresentação, também muito de apresentação, perante o meio em que você vive. junto ao meio que você vive, junto ao pessoal com que você está envolvido sempre. Então, passa a ser algo que você vai preservar, vai querer continuar até Então, esse é um aspecto muito pessoal. Mas é o que realmente... éh eu eu fugi da sua pergunta inicial, não há dúvida nenhuma, mas como nós tínhamos combi é que nós tínhamos inici realmente combinado a gente podia divagar, né? ###

SPEAKER 1: : ### Eu queria saber o que que você considera uma casa confortável. J Já que você falou em casa confortável, é isso que eu queria saber o que você considera uma casa confortável. O que é necessário ter numa casa para você considerá-la confortável?

SPEAKER 0: : O que é preciso ela ter para a gente rotular, né? () Essa aqui é confortável, (risos) aquela não é confortável, pelo menos para mim. Uhum é do ponto de vista particular. É É bem particular. Bom, obviamente, tamanho. Ela p recisa ter um tamanho, área área útil, área disponível, dentro daqueles mínimos que você considera. Por exemplo, para mim, eu acho que uma casa confortável seria uma casa de seus cento e oitenta metros  quadrados. Uhum. Mínimos. Desconfortável, uma casa de quatrocentos  metros quadrados. Uma casa de quarenta metros qua drados. São os dois extremos no meu ponto de vista. Ela tendo sendo exageradamente grande, ela não é confortável. Porque o confortável éh é a mesma tese, é o é o é o número que eu calço. É isso aí. Uhum. Se você me botar um sapato quarenta e dois eu não vou andar direito. É desconfortável. Ele é folgado, não me aperta, mas o que é desconfortável não é brincadeira.  Mas se você me não me der um sapato trinta e oito, também  Ela me deu o (). Então tem que ser um número que a gente calça. Isso é confortável.

SPEAKER 1: : E dentro desta área grande, ou melhor, razoável, eu queria saber se você fosse construir uma casa dentro dessa área, como é que você construiria essa casa? Sim, dizendo assim den éh, do ponto de vista de repartições, tudo, qual seria a disposição dessa casa?

SPEAKER 0: : Bom, se me fosse dada oportunidade, eu percebesse condições e... realmente oportunidade. O a A questão certa é essa oportunidade. de fazê-la, fazê-la com... livre, assim, de outras consultas, porque eu não me sinto preso, não me sinto ligado, mas é como eu disse, você, a partir do instante que você convive, então você depende muito dos outros, depende também de ver o que que os para os outros é interessante. Como se fosse assim um dado livre liberdade de ação e de opção, Uma casa, para mim, teria seria um imenso salão. Grande salão, bem grande. Em que, agregado a esse salão, ligado a esse salão como apêndices deste salão, você teria as coisas nesse éh o os departamentos da casa, que eu considero necessários. Banheiros. e a parte, vamos dizer assim, mais de dispensa. Neste salão grande, ali, eu acho que existe, deveria condições de você ter tudo, sem precisar de divi sões. Você poderia ter ali uma uma grande, por exemplo, uma coisa que poderia su surgir. Põe a cozinha onde é que você vai enfiar. Não existe cozinha? Não está dentro do salão. Pode fazer um nicho, um setor, uma parte do salão, uma grande lareira, se você cozinhar dentro dessa grande lareira, teria níveis. diferença dos locais que você quisesse fazer, você faria por níveis. Faria em degraus, faria um deck, faria um local mais elevado, faria um local mais cavado, não é? Eu não gosto muito de paredes. Não tenho claustrofobia, mas eu acho que paredes em excesso, é, paredes em excesso acho que é uma isso aí é um resquício ainda do que existe, ahn é a é a é a é a necessidade e reserva, ahn é a falsa preservação de liberdade Não é? Liberdade você tem dentro de você mesmo, liberdade de fazer, liberdade de ter. Não necessidade de se cobrir, se afastar, para então preservar a sua liberdade de ter intimidade.  É a liberdade de intimidade relacionamento Eu não gosto de paredes, as paredes em excesso atrapalham. Acho que eu preferia que ser um grande salão e e um e uma área muito livre ao redor. dessa construção. Uma área bastante grande. Coisa muito difícil atualmente em São Paulo. Você não consegue. E E, se você for tentar, o custo disso é muito caro. Caro demais. Éh Prefeito, porque, vejamos, você procurar um local mais privilegiado, um local mais um local mais bem servido, próximo, próximo, enquadrado, encaixado dentro da área urbana, vai ficar caro o () Você não vai conseguir uma área desse tamanho, não vai conseguir uma área nessas condições. Agora, se você sair fora da área urbana, também vai ser caro, porque a manutenção da tua vida lá tão longe, por exemplo lá à margem da Castelo Branco, lá para o lado da Castelo Branco, parte lá para um cantão qualquer, compra lá mais de três mil metros. Para você se manter lá é uma dificuldade, problema de condução, transporte, manutenção pessoal, Não é? E Então, nas duas formas, para você poder ter isso, sai caro. Menos as Sai menos caro você ir para uma Castelo Branco Lá do que aliás, parece que é a tendência, né? É a fuga, né? Você está saindo cada vez mais do centro mais povoado, mais densamente habitado, indo para áreas mais vazias, áreas mais amplas. Mas, enfim, o que eu considero ideal é isso aí, ou seja, uma casa grande, ampla, com o mínimo de divisões possíveis, e que tivesse esse, como eu disse, o número que eu calço. Estou () sozinho, eu acho que o número que eu calço bom seria aí uns... ahn calculo, eu morar sozinho, sem com ninguém, cento e vinte  metros, cem metros. Entendeu? Então va   ### Duzentos e vinte. Essa aqui tem duzentos e vinte metros de área construída, área coberta. Então de cento e oitenta duzen tos e cinquenta tamanho bom, o casal com dois filhos, para viver com um bo bom bom espaço. Espaço de de área para poder viver dentro de casa. E a A minha casa, como você pode ver, é bem característicamente urbana. Bem mesmo, né? É aquelas  É a tradicional copa, cozinha, lavanderia, dependência de empregada. Uma sala grande. Então vai se fazer nessa sala três ambientes. Aquela coisa interna de sempre. Depois tem escadaria, tem lavabo. Tem banheiro lá fora, tem lavabo embaixo, tem dois banheiros em cima. O banheiro do outro quarto é imenso, quer dizer... Tem banheiro para burro. Pa A acho que deve partir do princípio, quando se constrói uma casa, quanto mais banheiro, melhor. Eu não sei dizer se é o homem que está vivendo cada vez mais dentro do banheiro. Vocês são os fabricantes de peças e materiais sanitários que estão conseguindo vender bastante, conseguindo convencer o pessoal. Mas, eu me lembro que as casas antigas, mesmo as maiores que eu conheci, tinha um banheiro dentro de casa. Tinha um só. E e Eu, na minha lembrança, uma das casas que mais me impressionaram quando criança, era uma casa que tinha na rua Estados Unidos, esquina com a  Não sei se a rua Venezuela, que me lembro bem, mas é a rua Estados Unido s. E era esquinas com a Venezuela. Quem morava lá é meu tio, irmão do meu pai. casa era muito grande, mas muito grande, e ainda mais coisa. E eu, da criança, devia ter o que oito anos, sete, oito anos de idade. Então, se ela era grande, eu sei que é mesmo, porque ahn depois depois de vinte anos de idade, eu passei por lá e vi me lembrei, olhei vi e constatei que ela era grande. Você imagine para, se com vinte anos você acha que é grande, com oito anos ele é muito maior. (risos) Não é verdade? É a noção da relatividade o tamanho das coisas, né? Aquelas casas, assim, de pé direito, de quatro  metros. O teto, o corpo ficava a quatro metros do chão, aquela coisa toda, né? E eu já sou um cheio de estatura baixa. E meu tio era bem mais baixo que eu. Quer dizer, e ele devia se perder naquele pé direito de quatro metros, porque o que era grande lá não acabava mais. Duas meninas, duas filhas. A casa era grande, bem distribuída, tinha, ahn quer dizer tinha (riso) tinha parte da casa, que eu diria, bem distribuída. Tinha umas outras que hoje, ao aos critérios, vamos dizer, de hoje, aos critérios e aos meus também atuais, vamos podemos focar, tinha lá umas áreas que era muito cheia de quartinhos e cubículo. Mas o que eu quero dizer é a proporcionalidade. Ou seja, resumindo, é uma casa muito grande, tinha um banheirão imenso, mas era um banheiro só. Né?  Me ocorreu a lembrança disso agora () que eles tinham um banheiro só. Lá fora, as dependências de empregada, geralmente é aquela garagem grande, e em cima da garagem aqueles monte de quarto. Tinha acho que dois ou três quartos para empregado e um banheirinho. Na casa inteira tinha dois banheiro s. Era um banheirinho para empregado fora e um banheirão dentro da casa Hoje em dia você pega uma casa qualquer, tem três, tem quatro banheiros, é um monte de problema. Éh um aspe o o o outro um outro ponto que você poderia aí dizer, que a gente poderia comentar assim brevemente, fazer um breve comentário, Sua o você perguntou, você enfatizou, né, no meu ponto de vista, o que que eu considero confortável, no meu ponto de vista, se eu tivesse condições, como eu faria? Quer dizer e Eu, eu faria é é Porque, e mesmo assim você vê, né, aparentemente, eu deveria ter condições de fazer isso, gosto dessa casa e ela não é bem isso que eu falei. Isso serve para mostrar que você vai perguntar isso para o para to todas as pessoas que você perguntar éh Eu acho seria interessante que você fizesse uma uma uma sequência de perguntas, talvez. Ahn Antes disso, se fizesse a seguinte pergunta, é... Esta casa, esta, especificamente esta que eu estou vendo, é do seu agrado? É a casa que o senhor gostaria de ter? Então, se for ou não, mas o sujeito está bem nela? Você sente que você sente que o cara está bem nela? Ele vai dizer... Bom, eu tenho algumas reservas, eu não... Bem éh, tem algumas características que não é tanto assim do meu agrado, mas... Bom, éh é do meu agrado. (risos) Aí você faz umas perguntas no meio, lá pelas tantas você pergunta. S Se o senhor tiver oportunidade de fazer tal aquela que seria bem do seu gosto, ele vai te descrever outra. Mas isso é garanti do. Se você tivesse perguntado, teria () porque é do meu agrado. estou aqui, gosto, é do meu agrado.  Para avistar que o que eu estou fazendo não é bem uma reforma. Você pode ver as coisas por aí. E é o e não é eufemismo, não. É Realmente o que eu estou fazendo é um aprimoramento. (riso) Eu chamo de aprimoramento porque no dia que nós viemos aqui, minha mulher e eu, e resolvemos decidimos comprá-la, éh constatamos uma série de coisas que não nos agradavam. Mas detalhes que o todo está bom. Agora, uhn é é é é a eterna história, viu? Todo mundo fala, né? A literatura está cheia, porque eu vi o metal, porque isso que aquilo... Você sabe por que é um dos pontos que nos agradou muito? É simples, porque ela era boa era grande, bem situada, era do tamanho de área que eu disse, que é o número que a gente causa, né? E E estava dentro do nosso orçamento. Então, você nota aqui a história do agrada, (risos) o bom pe é um bom pedaço, que pesa muito, é o fato que está no orçamento. Está no teu orçamento, está no teu alcance, então passa a te agradar. N ão é? E ao passo que se você me desse um orçamento livre, total, desembaraçado, um orçamento daqueles que eu não tivesse que prestar conta para ninguém... Um orçamento de loteca, né? Um orçamento de ganhador de loteca, assim Né? Não precisa ser ganhador sozinho. Se fosse... Se eu ganhasse com mais dez caras aí, dez por centro de um prêmio de loteca, é um orçamento que já dava para gente... (risos) É, dava para brincar um pouco.

SPEAKER 1: : Olha, eu gostaria de saber o seguinte. Que tipo de materiais ou quais os materiais que se usa para construção de uma casa, você sabe?

SPEAKER 0: : (risos) Especificamente. Para você construir uma casa, dentro daquilo que eu dentro do meu conhecimento, você precisa ter, primeiro, uma boa planta. Segundo, ahn um bom memorial descritivo, bem detalhado, bem planejado, coerente com aquela planta. Esse memorial descritivo, uhn uhn ele detalha todo o material a ser utilizado. desde areia, pedrisco, cimento, cal, tijolos, pedras, pisos, até telha, trilhado, ahn fios, conduites, cano s. Ele vai detalhar toda a gama, toda a diversificação do material que você precisa para você preparar e fazer. toda base, corpo da casa, edificação propriamente dita, parte elétrica, parte hidráulica, depois a parte toda de acabamento, que envolverá então pintura, envolverá então pisos, envolverá então revestimentos internos e externos. Tudo isso tem que ser muito bem detalhadinho. Para você tem uma ideia ahn de em em jogar, jogar esses fa jogar esses dados. Então você tem planta, você tem memorial descritivo, bem detalhadinho. Então você tem que jogar isso aqui bem jogadinho num cronograma, num cronograma de execução. Você vai ver, bom eu, no primeiro mês eu pretendo atingir tal estágio da casa. Para eu atingir tal estágio, vamos dizer, no primeiro mês eu tenho que estar com todas as fundações concluídas. O Ora, para eu, no primeiro mês, estar com as fundações concluídas, eu vou precisar do quê? Eu vou precisar, durante este mês, ter tantos homens trabalhando, tanto de material à disposição, Então, com isso, você notou que não há um furo na sequência e a coisa funciona bem, né? Depois No segundo mês, que seria então a segunda etapa, eu vou ter eu vou fazer vou edificar, vou levantar todas as paredes e fazer a amarração. Então, vou fazer a amarração, vou fechar, vou colocar va... é um sobrado? E Então, vou colocar a laje, vou subir, colocar outra laje, amarrar. Chama-se amarrar a construção, não é? E aí fazer a cobertura. Então você colocou, você fez a cobertura. E Na terceira etapa, bom agora então vamos começar a fase de de colocação, de instalação, e pe vamos dizer, elétrica e hidráulica. Lógico que quando você fez a fundação você já previu os () canos principais lá embaixo. Já começou a jogar lá no chão aquela parte toda d de bom, aqui deverá ou vai passar aqui a parte de encanamento esgoto, águas pluviais, éh água limpa, certo? A Aqui eu já vou prever a existência de uma caixa, Alguns chamam de caixa de sebo outro de gordura, não é? É s São caixas que você tem que ter ali preparadinha para na hora que entu pir você levanta a tampinha do raio da caixa, bota o desentupidor ali dentro né? E e aqui eu vou precisar de uma, não é bem fossa, é uma caixa que ela faz a distribuição. A Primeiro os detritos e materiais vão indo e ficam lá. e eles tendem a não ir embora pelo esgoto. Eles v vão lá vão ficando boiando, boiando na () um belo dia, você destampa aquilo, chama um cara qualquer, porque normalmente aí entra uma coisa, um aspecto muito engraçado. Éh  O homem vai e faz uma caixa dessa né? O homem que eu digo é genericamente é um comentário mais so cial. Então, o Chico vai faz uma caixa. E E ali vai começar a cair aquele monte de coisa, aquele monte de detritos () Porque e o que não pode cair na rede é porque senão entope a rede. Então, vamo preservar a rede. Mas no dia que você tem que limpar aquilo, você chama um outro homem. chama um terceiro homem e não quer botar a mão na porcaria. Porque você vai pagar um cara para botar a mão na porcaria, né? E lá vem um sujeito contratado, né, com a mão na porcaria tudo Então, você éh é... Vejamos, se não existe... Talvez a minha pergunta é meio empírica, meu comentário é esse. Mas, todo caso, é válido, eu acho. Uhn se não existisse isso, e se a rede fosse boa, se a gente jogasse sempre na rede, não precisava daquele homem ali para ele botar a mão na porcaria, né? Então, você não iria to eu acho que está é   éh. Sim, existe uma troca. S Só para preservar lá o esgoto, você mantém um homem que vem tirar as porcarias para você. Mas, isso foi um... Resumindo, eu acho que esses tipos de materiais, eles todos eles são necessários para você construir a casa. Você precisa de como tudo isso que eu lhe falei, tá? Fazer fundação, construção, amarração, acabamento. Agora, a maior ou menor incidência de um determinado tipo de material vai depender do teu gosto. Então você pode, bom, eu vou fazer uma casa, eu vou fazer... a estrutura dela vai ser em concreto aparente e madeira. Então você vai ter concreto, então você vai ter muito mais necessidade de cimento, muito mais estrutura de cimento, muito mais... e e vidro, muito vi dro. Geralmente concreto aparente madeira e () vidro também, né? Então você vai lá pelas tantas, contrata lá um... O () especializado, e começa e mete lá. Dá-lhe vidro cristal dez milímetros, dá-lhe vidro fumê com estrutura de alumínio, entendeu? O sujeito eh e ele acha. Porque não vamos fazer em concreto aparente porque é muito melhor e aqui tudo de vidro. Veja, o senhor vai economizar em... o senhor vai economizar em cimento, em acabamento e em pintura. Na hora de colocar o raio do vidro, ele vai pagar oitocentos cruzeiros o metro quadrado. () mas é essa é u maior menor incidência, né? ()

SPEAKER 1: : Quais profissionais que o senhor acha que são indispensáveis para a construção de uma casa?

SPEAKER 0: : Engenheiro, bom mestre de obras. Você precisa de um arquiteto, de um bom engenheiro, de um bom mestre de obras. E Esse mestre de obras, logicamente, ele vai mesclar os trabalhos de pedreiro, mas ele também precisa de um bom pedreiro. ### E você precisa de um bom eletricista, parte fundamental a presença deles, né, então você tem essas pe esses esse ele Porque um pintor, bom pintor, você dá um acabamento depois corrige ou não. () Isso são os principais elementos. E

SPEAKER 1: : E as ferramentas, quantas ferramentas, quantas ferramentas que você conhece que são indispensáveis para a construção da casa?

SPEAKER 0: : Ferramentas indispensáveis para a construção de uma casa? Uhn eu a cho que... Primeira coisa que me ocorre é uma boa pá. Depois uma boa picareta. (risos) Depois uma boa colher de misturar reboque. Depois carrinho, escada. Há um jeito como uma pá, uma picareta, um carrinho, uma boa escada, ele faz um arranha-céu. (risos) Se ele tiver força suficiente para transportar o resto. (risos)

SPEAKER 1: : Você falou quanto às repartições, e quanto à parte estética, como é que você acha que deveria ser?

SPEAKER 0: : Nós vivemos num mundo de arranha céu. A cho que arranha céu todo que é a tendência para cima, tudo é tendente a caminhar apontando para o alto. É e Eu gosto de casas baixas, rasas bem situadas, bem achatadas. Acho que o ideal seria, se possível, sempre casas térreas, com nível rés do chão, não é? E p Pode ser um sobrado também, mas quanto à parte estética, Eu não sei se o que você espera que eu responda. Se o que que tipo de u Que uh que tipo que eu gosto mais ou se a parte estética é importante? Que eu gosto mais? Eu gosto moderno, assim. G Gosto moderno. Ahn Mas moderno não muito espalhafatoso nem fantasioso. Moderno. Linhas retas É isso que eu gosto. Ah d Dá para também admirar alguma coisa em concreto e vidro ### Antigamente eu achava muito lindo o estilo normando. Aqueles, sabe aqueles bicudinho, né? as casas com aqueles telhado bicudinho assim Achava muito bonito aquilo, né? Eu acho muito bonito aquilo também. a () é só você fazer aquilo. Éh, aquilo você fazendo é a () Pegar um sujeito que faça um bom telhado mesmo daquele tipo, e dê um bom acabamento em madeira, você não consegue.

SPEAKER 1: : E estilo colonial? O que que eu acho do estilo? O que que você acha do estilo colonial?

SPEAKER 0: : Bom, como tudo mais, é uma questão de moda, né? O O estilo colonial ficou muito batido, né? E E muita coisa começou a aparecer por aí, tipo estilo colonial, móvel colonial, eh e muita coisa chamada colonial. Você botava um negócio assim, você você você pegava uma parede branca e pintava uma janela de azul, chamava de colonial. Você pegava uma parede mostarda e pintava uma janela cor ocre, já virava colonial. Quer dizer essa jogada, esse tipo de contraste, então a coisa começou a ser muito misturada dentro dessa conceituação. O O colonial colonial mesmo, eu acho que o que se salva é o colonial puro espanhol, esse é muito bonito. Como é que ele é? Ele é nobre, ele é menos festivo, ele é mais seco, ele é mais madeira trabalhada, inclui um pouco de veludo nele também. Uma mesa colonial espanhola é muito bonita, uma mesa de refeições. São aquelas mesas grandes, com cadeiras de espaldar alto. Com você põe normalmente um o no o estilo mesmo, uma sala de jantar colonial espanhola é é é grande, com um buffet bem grande, toda ela trabalhada, em madeira trabalhada, com rosetas, pés largos, bem assentados, cadeiras de espaldar alto. É um estilo muito bonito. Não é o rococó, veja bem. É o é um estilo mais... É um estilo sóbrio. Muito sóbrio, muito bonito. E por isso mesmo, para que fique bonito, porque o sóbrio, para ficar bonito e não ficar triste, precisa ser muito bem feito. Então, daí a razão de ser esse é muito difícil, né? Porque ele precisa ser muito bem feito, muito bem trabalhado. trabalho em madeira, para ser bem feito, precisa ser muito bom. E o acabamento também ao redor. Há uns tipos de pano, o pano que você tem que selecionar. Não pode transformar naquilo em coisa muito pesada, num mix que hoje em dia a turma... Quando cai para isso, o troço vira estilo kit, né? Não é É o é o estilo, né? Demodê ou qualquer coisa no sentido éh Colonial é interessante, mas é tal história, né, a Azul e branco virou colonial.

SPEAKER 1: : ###