SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: diversas, tenho diversas ocupações. Trabalho no serviço de... da Secretaria da das Famílias Cristãs. e trabalho também para as costuras de Santa Rita. É mais beneficente. E bordo para bazar, faço peças donativas às famílias, vendo bastante bilhetes para os para os bazares. Agora mesmo, no dia doze, vou ter a inauguração da creche da da Confederação das Famílias Cristãs. Esta creche abriga crianças durante a tarde, o dia todo, enquanto as mães que são domésticas trabalham nas nas casas das famílias. Depois vão buscar lá as crianças. SPEAKER 1: Agora, ãh, a senhora havia dito antes da gravação que a senhora visita as pessoas, leva um conforto. É Ãh, eu gostaria que a senhora dissesse assim tudo sobre isso. SPEAKER 0: Quando sabemos que uma pessoa está perto de uma pessoa da família, vamos ao enterro. Quando estão passando mal, vamos fazer visitas. E vamos, ãh... Depois levamos as pessoas para frequentar a confederação, porque às tardes temos sempre (). Temos, ãh... Uma vez por mês temos jogos. Uma vez eu () Geralmente temos visitas, temos viagens. Agora mesmo, nesta semana, no dia dezenove, vão partir algumas pessoas para hum as cidades ãh antigas de Minas Gerais.   Então, essas senhoras que estão só vão fazer as visitas, vão viajar conosco e vão se animando aos poucos, né? Às vezes são pessoas idosas que já não podem bordar, já não podem fazer grandes coisas, então fazem um crochêzinho. Pegamos, ãh, () assim, coisinhas mais leves para fazer. e vão se animando. A última quinta-feira de cada mês, nos reunimos também para entregar o enxovalzinho da criança pobre. Então, elas levam para casa, fazem em casa as coisas. Depois, na última quinta-feira do mês, nos reunimos, tomamos um lanchinho e temos uma aula de Bíblia também. Uhum Sabe? Falamos sobre o Evangelho. As pessoas vão se animando, vão se esquecendo daquela tristeza em casa. SPEAKER 1: Agora, eu gostaria de saber o seguinte, esses jogos que vocês realizam, que tipo de jogo é esse? SPEAKER 0: Eh, eh, eh... Primeiro é esse jogo buraco, é buraco ou então bingo, mas principalmente é o buraco. Cada qual convida sua turma, né? Fazemos o pagamento da mesa para vender o dinheiro para comprar o material para o trabalho, para as costuras. Ih () Geralmente são dez a doze mesas que se, que se formam. Depois temos um lanche, que é dado pela confederação, oferecido pelas senhoras mesmo. Temos uma turma que toma conta desta parte. Temos a presidente da confederação, ### Ih e temos depois umas duas ou três senhoras que ocupam-se da creche e outras se ocupam da parte ãh social. Temos um almoxarife Hum E temos uma... Enfim, cada cada turma de confederados tem uma chefe de grupo para oferecer (), para oferecer os bilhetes, para receberem anualmente, pagam anualmente. Cada qual quanto pode. De cinquenta para cima, quanto podem dar. Temos diversas senhoras, diversas famílias bem distintas nessa confederação. E fazemos amizades boas.  Uhum SPEAKER 1: Agora, eu gostaria de saber, a senhora disse que tem pessoas, famílias muito boas, né? O nível social deles, desse pessoal? SPEAKER 0: Bom Nível bom? É muito bom ### Ãh, a agora há pouco tempo, nós fizemos vinte e cinco anos, fizemos jubileu. E elas estiveram... Ela e o marido estiveram lá. Os dois. Elas são muito finas, muito bom, muito amigos. Temos diversas famílias de médicos. ### Que era geógrafo, que morreu agora esses dias. Amanhã é a missa, sétimo dia dele. Ela é nossa confederada. ### ### ### Que faleceu agora. Amanhã vai ser a missa, às onze horas, aqui na igreja São Domingos. SPEAKER 1: ### Agora eu gostaria de saber qual é o tratamento entre o pessoal dessa confederação e o pessoal que procura confederação. SPEAKER 0: Como... Como o pessoal que procura como? Procura para o quê? SPEAKER 1: Assistência. Ãh SPEAKER 0: Ah, para assistência. Bom, as pessoass que tem empregada com crianças, perguntam a nós, se temos lugar, vagas, né? Então, se tivermos vagas, fa fazemos a criança ser vacinada, a criança tem que apresentar o atestado de nascimento, certidão de nascimento, e... Exigem alguns alguns exames médicos para poder ser internada, para não passar doença para criança. E rece... Assim que ah passa o aleitamento materno, ãh depois de seis meses mais ou menos, já recebemos. Até a idade de escolar, até sete anos. Porque depois a criança vai para escola, já tem outras outros afazeres enquanto é criancinha pequena, fica lá. Tem o aleitamento, tem uh a amamentação, temos o leite para criança, temos uma pessoa que toma conta dos bebezinhos, temos uma senhora que toma conta dos maiorzinhos de quatro anos em diante, já começam a dar aulas, ensinar como devem comer direitinho, a educação deles, aprendem também um pouquinho de religião. Tem assim uh ah o carinho total. A criança passa o dia, toma um banho, Escovam os dentinhos, e agora vamos ter também dentista lá. Hum Vamos ter um dentista também, para cuidar das crianças. Agora nós vamos ter a creche, né? Nova Nossa... O nosso prédio. Na rua João Ramalho, doze oitenta e dois. Vai ser inaugurado dia doze agora, depois de amanhã. SPEAKER 1: Ótimo. Agora, nessa inauguração, vai haver alguma festa, tal? Vai haver uma missa. Hum SPEAKER 0: Começa às quatro horas, vai haver uma missa. e... De ação de graças, e vai haver naturalmente uma distribuição de uns doces, num é? Uns salgadinhos. E a turma que, uh, eh, foi convidada para estar presente. Nós temos perto de quinhentas famílias confederadas. São trinta e cinco chefes de grupo e eu sou a chefe geral, chefe delas todas. Uhum SPEAKER 1: Agora, nessa festa, por exemplo, a senhora, () ou o pessoal todo, não estaria pensando em levar, assim, alguma música, alguma coisa nesse sentido, para animar um pouco? Não, acho que ### SPEAKER 0: Sobre isso eu não estou sabendo Não? Mas acho que não. Eu acho que não. Não? Geralmente não temos essa parte musical, porque o ambiente é um pouco pequeno, sabe? Para a música fica mais movimentado, mais barulhento, né? Não tem tido. Por enquanto não temos. Aliás, nós temos uma turma da confederação que toca piano, que canta. Então, de vez em quando, temos um sarau musical, temos um show, temos sarau, temos coisas assim, mas outros outros dias.  Né? Eh... Depois eu vou te dar um boletim para você ler, para você ficar sabendo quanta coisa boa nós fazemos. Sabe? Fazem viagens até para o estrangeiro. Fazem viagem, fazem... Temos o dia da Bíblia. Hoje, por exemplo, é dia de lição de Bíblia. Nas terças-feiras, nos reunimos para abordar. Na última quinta-feira do mês, para levarmos o enxoval do bebê pronto, que levamos para casa para fazer. E quando a criança, quando a mãe pobre pede, nós damos a elas, o enxoval. O enxoval se compõe de um cobertorzinho, cinco fraldas, não, dez fraldas, cinco (), quatro casaquinhos de flanela, porque o tricô é uma coisa que dura pouco, né? O pobre lava, fica logo feio. Certo, é Então, fazemos de flanela. E quatro camisinhas () E depois, então () trabalho, porque se não for gente de trabalho, nós fazemos pesquisa, né? Se for pessoas vadias, não ajudamos. Porque ajudar o vadio é dar a mão ao ao vadio, né? SPEAKER 1: ### Agora, ãh as visitas, vocês fazem assim mais eh para levar um conforto para pessoa, né? E fora isso, há um outro tipo de visita? SPEAKER 0: Entre as amigas, visita. E eu, por exemplo, amanhã vou fazer a visita para uma que já é vovó. Então, ela participou do nascimento do nenê, eu arranjei um casaquinho já de tricô, um calçãozinho, vamos fazer uma visita. Vamos umas quatro, cinco, amanhã, visitar a netinha, o netinho dessa que nasceu. É, pois é. Dessa que é vovó e vai nos receber. Mas aí já é uma coisa mais social, né? SPEAKER 1: É, exatamente. É SPEAKER 0: Nós fazemos muitas amizades, sabe? Outro dia, por exemplo, eu achei bonito um vestido de tricô de uma moça e já fizemos uma propaganda enorme na Alameda Jaú novecentos e quinze, sabe? Fomos lá, todas fizemos vestidos. Uma fez tailleur, uma fez mantô e cada um está já com a freguezia. SPEAKER 1: Fazendo até propaganda do que não é necessário. Agora, além dessa atividade que a senhora tem, que é bastante intensa, ãh, a senhora tem outras atividades assim sociais, diversões, por exemplo. Gostaria de saber um outro aspecto aí. SPEAKER 0: Sabe que já toma todo o meu tempo tudo isso, né? Porque eu trabalho na primeira quinta-feira, sexta-feira do mês, eu trabalho na igreja. Eu sou quem cobra o dízimo, sabe? ### Ela que é a chefe do... Como é que é? A tesoureira. Aí da igreja da PUC, aqui na Universidade Católica. Que é a umas quadras daqui. A missa das dez é uma gostosura de se assistir, sabe? ### Na rua Monte Alegre. De maneira que vamos... Quando vamos a um enterro, por exemplo, vamos em nome da equipe da igreja.  Então, uma assina o nome, e põe por si e pela equipe da igreja, né? Da igreja da PUC. E damos o endereço de lá. ### Depois, se, por exemplo, temos uma pessoa doente que não tenha quem acuda,  Por exemplo, tivemos há pouco tempo uma senhora que recebe muito pouco pelo i-ene-pê-esse, que é aposentada. Ela mudava colarinho, punho de camisa e ficou paralítica. Então, durante quase um ano, nós nos cotizávamos e dávamos, assim, como que um conforto material para ela, porque ela não tinha nem o que comer. Então, uma ia, dava um banhinho nela, fazia aquela higiene. Outra ia visitar, ela mora aqui nessa mesma rua, João Ramalho, lá embaixo, numa vila. O quarto estava assim, com com o telhado caindo água, nós arranjamos uma pessoa para ir, um operário para ir fazer o conserto no telhado.  E assim fomos auxiliando, até que então ela parou, agradeceu, e então paramos. E assim nós sempre temos um caso, e não esperamos () Não pensamos, por exemplo, em proteger só a pessoa do bairro. Onde tem? Há pouco tempo morreu, de repente, um senhor que deixou cinco filhos lá em Itaberaba. Uma amiga nossa disse, ai, vamos ajudá-lo. Então, estamos ajudando. Não só ajudando monetariamente até que ela possa trabalhar, arranjar um emprego, como estamos arrumando os papéis das crianças para elas serem internadas nu numa creche lá em Itaberaba. Porque lá em Itaberaba também tem o berçário, né? Então, nós vamos arranjar. para essas criaturas internarem as crianças para poder trabalhar diariamente. Porque assim, com crianças, como ela pode fazer? E um delegado, que é irmão de uma das confederadas, está tratando os papéis para pagar a in uma indenização, porque ele foi aci foi acidentado na hora de sair de casa. Ele ia sair de casa para o serviço quando passou um carro e pegou. Então, essa pessoa está cuidando dessa parte. Fazemos de tudo, né? sem sem esperar bairros. Não esperamos que seja nesse bairro ou naquele. Onde Onde tem o que acudir, acudimos. SPEAKER 1: Agora, bom, atualmente só faz isso há quanto tempo mesmo? SPEAKER 0: Já faz ãh quatorze anos que eu estou aposentada. Desde aí eu já comecei a trabalhar nisso. SPEAKER 1: ### E antes, por e É, porque eu estudava piano. Estudei durante nove anos. Todos nós, em casa E a minha filha também eu fiz estudar. Porque faz parte da educação, num é? () Gente estudando piano... E agora eu tenho um dos netos que toca violão, muito gracioso, imita tudo quanto é moderno Eu tenho seis netos, uma mulher e cinco, e cinco homens, todos de mocinhos. Hum De maneira que fica... a criançada deixa alegre a casa, né? SPEAKER 1: Certo. E como a senhora vê, por exemplo, hoje, o teatro, o cinema? SPEAKER 0: Fazendo uma comparação... Raramente eu vou, mas quando vou num é sempre que aprecio, não, sabe? Eu, ah, tenho... Hum... Por exemplo, às vezes eu vou assistir. No tempo da Cassilda Becker, eu ia muito. Hum E, quando fui ao Rio de Janeiro, também assisti a Gigi, da (), que eu gosto muito, é muito boa artista. Gosto muito do Paulo Autran Eu assisti A Queda, ah, ah uh, Depois da Queda, com a Ca, com a Ma Maria de la Costa. É, e, uh, se não me engano, foi com o Paulo Aut, Paulo Autran Eu, de vez em quando, vou a teatro. A Escada, eu assisti. Assisti... No tempo do dê-bê-cê, eu ia mui... Toda, toda semana, quase. Agora já é ãh mais difícil, porque não tenho companhia à noite. né? É mais difícil. SPEAKER 1: Pois é, mas houve realmente uma época do tê-bê-cê, né? SPEAKER 0: Houve uma época do tê-bê-cê e houve uma época do Santana. No tempo da Dulcina Ãhm Eu frequentei muito, sabe? Gostava muito. De teatro, de teatro, de hum, piano, de concerto. A última vez que Gilmar Novas tocou no Municipal Hum Tocou com essa Antonieta (), que faleceu agora, e tocaram juntas, sabe? No ano em que eu fui assistir. Madalena () também, quando vem, também assisto. É... Eu gosto muito. Gosto muito de piano. SPEAKER 1: Bom, ãh, em todo caso, a senhora deve estar, assim, mais lembrada. Você lê alguma coisa do Modernismo, né? Da Semana de Artes. A senhora teria alguma coisa? SPEAKER 0: A senhora lembra? Você sabe que da Semana de Arte eu... Eu pouco posso contar, porque não tenho, não tenho ido, sabe? Aham Não tenho saído nem nada ultimamente. Aham Ultimamente, com a minha pressão muito alta, eu tenho saído pouco. SPEAKER 1: Certo. Sabe? Quer dizer que se restringe mais à assistência mesmo SPEAKER 0: Eu viajo> muito para Curitiba, porque a minha filha mora em Curitiba, e eu vou para os aniversários dos netos, vou para o aniversário da filha, passo Natal lá. Quatro a cinco vezes por mê... Por ano eu vou à Curitiba. De maneira que eu pouco passo aqui nessas festas, essas coisas. Geralmente passo por lá mesmo, lá em Curitiba. É, a senhora... SPEAKER 1: A senhora salientou, por exemplo, a importância do piano né?  É. Na formação. É... SPEAKER 0: Eu acho que faz parte da educação qualquer parte de música, né? O piano, o acordeom, ou mesmo o canto. A minha filha fez nove anos de cã, de piano e dois ou três anos de curso de... De canto. Estudou canto, é. Eu acho... Eu acho gostoso, eu acho bonito, faz parte da... Da mocidade, faz parte da educação, né? SPEAKER 1: Pois é, e atualmente as danças, como que a senhora encara as danças hoje? SPEAKER 0: Sabe que eu só tenho assistido mais ou filme ou então em... Na televisão. Ãh Assim, pessoalmente mesmo, não tenho assistido, mas eu acho gostoso. Eu estou com a mocidade em tudo, porque como eu tenho netos, eles () fazem essas coisas, a gente aprecia, né? A moça que fu Eu, por exemplo, nunca fumei. Ãh Mamãe fumava. Das três irmãs, nenhuma fuma. Nenhuma fumou. Mas a minha filha, depois que casou, fuma com o marido. Fuma pouco, mas fuma. Hum Já a neta fuma demais até, sabe? A mocinha, ãh É, mas ela dizia, ah, a vovó é batuta porque ela não conta. (risos) Eu num... Eu não comento, porque não adianta, né? SPEAKER 1: Ah, exatamente. Foi bom a senhora tocar nesse assunto. Por exemplo, o tratamento, exatamente, A senhora e a sua neta, certo? SPEAKER 0: Tratamos, ela me trata por você, todos eles dizem você. E eu acho tudo muito bom, eu gosto. No tempo da minissaia eu achava bonito, agora a calça comprida eu acho bonito. Eu num... Nessa questão de moda e moderno, eu não acho ruim, num não acho feio. Não, acho que cada qual vive a vida conforme o tempo que que vive, né? No meu tempo, por exemplo, era feio. Ir a piquenique, papai não gostava. E não se usava vestido assim, muito lon, muito curto. Mas houve um tempo, no tempo que eu me casei, por exemplo, o vestido era curto, bem curto. O meu vestido de noiva era em cima do joelho. É? SPEAKER 1: Sério?  É SPEAKER 0: É. Eu, o meu vestido de noiva não era comprido. Mas era.... E eu casei-me um casamento chique na cidade que eu morava. Eu morei Eu casei-me no interior da do Paraná Só ficou dois anos lá? numa cidade pequena Depois para Bahia, dois anos novamente. Né?  Uhum Morei dois anos na Bahia. Depois voltamos para cá. Porque ma o meu marido é baiano e nós fomos batizar a filha e os pais dele que foram os padrinhos. Então, ficamos morando lá. () Depois voltamos. SPEAKER 1: Mas uh era comum usar o vestido de noiva, por exemplo, curto? Era SPEAKER 0: Era> naquele tempo, é, o moderno era curto. Houve até uma, há pouco tempo, () para baile usavam curto. É agora é que são novamente os longos. Mas eu acho mais elegante, sabe? O longo? O longo, acho mais bonito. Não só de noiva, como de baile. (risos) Agora mesmo vou precisar fazer um longo para ir ao casamento do neto, que o neto se casa... Ah é Às sete horas da noite lá no Paraná, numa assim, numa igreja muito bonita. Todo mundo, ãh, às sete horas é longo, né? SPEAKER 1: Então você vai ter mais uma atividade social, que seria visitar uh, o neto, né? SPEAKER 0: Agora vou, né? Agora dia cinco de dezembro ele se casa, e eu vou parar o casamento dele e tenho que me arrumar. A vovó tem que ir arrumada. (risos) (risos) É verdade. (risos) Agora, há pouco tempo, eu fui... Hum À Curitiba para a formatura de um deles, né? O que se formou em administração de empresa. Tivemos lá uma missa muito bonita. Depois, no dia seguinte, um jantar. Jantar num clube lá em Curitiba.  Hum E eu fui uma das pessoas convidadas. Eram os avós, os pais e... E os, e os formandos.  Era muito bonito, num clube lá em Curitiba. SPEAKER 1: Olha, eu gostaria de, de, exatamente examinar essa parte. Quando o senhor entrou para a faculdade, a senhora tinha é... Quatorze anos? SPEAKER 0: 14 anos.d dflkfnklmdskm~ É... é. Quatorze anos, né? Com quatorze eu fiz o primeiro. Com quinze, eu fiz o segundo. () Quando eu fiz dezesseis anos, já estava... Já estava com o diploma na mão. Já estava com o diploma na mão. É () Porque naquele tempo eram quatro anos primários. A gente começava aos oito anos. Depois, quatro... Cinco anos de ginásio. Quando eu terminei, entrei. Já não precisava fazer esse vestibular, que cansa tanto a vida do estudante, né? É, verda homens? Não me lembro bem, mas era de trinta a quarenta. Eram mais homens do que mulheres. ### Mas havia muita mulher. ### Algumas até já casadas que estudavam. Rapazes e moças, eu era das mais novas. Eu era uma das caçulas da turma. (risos) SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Não era propriamente mascote, mas era das mais das hum, mais novas. SPEAKER 1: Eu gostaria de saber, naquela época, o pessoal que conseguia realmente chegar a esse nível, certo? Conseguia fazer um curso superior. Ãh O tipo de classe social? Oval. Aí passamos Natal, Ano Novo, depois Carnaval. Aliás, eu passei o Natal em, no mar. Que é uma beleza o Natal no mar. Uma excepção linda, sabe? No mar. Depois, na volta, dois anos depois, também passei no mar. De da Bahia para para o Rio. E a entrada na Bahia, da... Não só na Bahia de Guanabara, como na Bahia de Todos os Santos, lá em Salvador, é uma beleza. Muito bonita essa entrada pelo mar. Agora, raramente vão, porque geralmente vão de avião, né? É Agora, quando tenho ido com, para o Rio, tenho ido de avião. E, no começo, como a estrada daqui para Curitiba era muito ruim, eram quatorze, quinze horas de estrada, né? Antes da estrada nova, eu ia sempre de avião. Mas, como eu trabalhava, eu ia sábado pela manhã e, à noite de domingo, já voltava. Fazia aquela viagem rápida para ver a filha, né? Mas, agora, como eu já estou aposentada, e como já vou para mais dias, e é muito mais cara a passagem de avião, Então, eu vou de... De ônibus. Vou pela Penha, que é uma boa companhia, e agora estava havendo, havendo o alargamento das estradas daqui para Curitiba. É bê-erre-centoedezesseis. É, de maneira que eu estou um pouquinho atrasada. Essa estrada, ainda quando a gente vai daquele lado, são sete horas e meia, e leva-se quase uma hora de atraso, por causa da paradas, por causa das... Estão aumentando a estrada, alargando. Mas, assim mesmo, tá bom. Já são sete horas e meia, de quando era quatorze, né? E eram quatorze ruins, porque, ãh, não era bem, não era calça, não era macadame, não era... Era só macadame. Não era asfalto, né? Agora é todo asfalto. Aqui a gente já vai sem poeira, né? Bem as... Hum... Bem sentado, nuns ônibus bons, confortáveis, tem toalete. E param na metade da estrada, na metade do caminho, para a gente fazer uma refeição no Petropem, Muito boa a refeição, sabe? É? SPEAKER 1: Um restaurante maravilhoso. Agora tem também a caverna do diabo por ali, né? SPEAKER 0: Logo adiante da parada da.. Do Do Petropem. Aliás, não é do Petropem. Logo adiante da passagem do registro. Logo quando passa Registro, à esq... Ah, à direita, logo tem a entrada da Caverna do Diabo. Que é um passeio que a Confederação faz sempre. Ah, é? Faz. Muito bonito, né? Muito bonito. A Confederação promove muita viagem, sabe? Vai à Europa, vai por todo o Brasil. Geralmente, essa viagem daqui, costeira, até o Amazonas, ida e volta, fazem todo ano. E aí também criam novas amizades, né? Claro. Vão as pessoas mais senhoras, conhecem outras pessoas, vão os mais jovens. Ano passado, minha neta fez essa viagem. Ela fez, ela ia fazer dezoito anos, então o pai deu essa viagem. Ela foi com uns, umas colegas, foi até o Amazonas e voltou. Gostou muito. Ela disse que não queria ir para Europa. Ela teve um convite para ir à Alemanha, mas primeiro queria conhecer o Brasil. SPEAKER 1: Tá certo. Tá certíssimo. ### E essa viagem é, assim, acessível a todos ou não? Muito. ### SPEAKER 0: É porque paga, assim, em prestações, sabe? Ah, é? É. Pode pagar em prestações. Agora, por exemplo, vai ficar em oitocentos e cinquenta a viagem daqui a três, quatro cidades de Minas Gerais. As cidades antigas, né? Elas saem no dia dezessete e voltam no dia vinte. São quatro, cinco dias até Minas, né? Diversas cidades de Minas. Oitocentos e cinquenta ida e volta com estadia, com... Então é barato. Não é caro, não. E pode pagar em algumas vezes. Quem faz é o Paradiso. Quem faz uh, os ônibus são do Paradiso.