SPEAKER 0: Bom, senhor ###

SPEAKER 1: Bem, inicialmente a pergunta parece que é um tanto deslocada do meu contexto. Isto porque a minha profissão é direito. E sendo direito, é verdade que dentro do currículo nós fazemos uma um estudo sobre o corpo humano, que é exatamente dentro do capítulo da medicina legal. Então, o que a gente conhece por corpo humano é, sabe inicialmente que ele se divide em cabeça, tronco e membro. E cada um tem uma função diferente, específica. Tanto é se me permite aqui a jocosidade do assunto. Em Brasília se diz que o corpo humano se divide em cabeça, tronco e rodas. E isto porque em Brasília, você sabe, as distâncias são grandes e os meios de locomoção são pouco> E somente o cidadão que possui uma condução própria ou dos outros, mas que a use, é que pode andar em Brasília. Aí a razão por que se diz que em Brasília o homem é composto de cabeça, tronco e rodas.

SPEAKER 0: Certo. Então <tão éh, voltando àquele problema de pormenorizar, digamos, a cabeça, então o senhor vai fazer uma descrição, certo? Nas suas  <tão essa descrição que eu gostaria que o senhor fizesse, certo? A>

SPEAKER 1: Na parte da cabeça, nós sabemos que ela é toda óssea, na parte exterior, na parte da da carcaça da cabeça. Então, nós temos os ossos parietais, frontais, occipitais. Mas o que destaca dentro deste órgão, desta desta parte do corpo humano, ou seja, a cabeça, não são apenas estes ossos que éh constituem a proteção da parte craniana, mas a parte interior, que são a a fase e a parte central nervosa, o centro que comanda todo o a inteligência para o corpo humano. Então nós temos a massa cinzenta, o cérebro, o cerebelo, e você sabe que nós temos apenas usam> apenas um terço da nossa massa cinzenta. E não sabemos, não sabemos ainda, dentro inclusive da nossa do nosso avanço tecnológico, nós não sabemos usar esses outros dois terços. Daí porque a gente carrega uma parte ociosa dentro da gente. Que grande coisa seria se nós pudéssemos ou descobríssemos os meios para usar esses dois terços desta nossa inteligência. Quanta coisa não se faria com um terço? Já nós conseguimos avançar em vinte séculos uma fase extraordinária de conhecimento. Que não diria se nós tivéssemos esses dois terços? verdade é que o homem sempre leva a sua inteligência para o mal. Ou se leva para o bem, ele é usado para o mal. Você veja o avião. Você veja o a descoberta do do átomo, a divisão dos néutrons e dos prótons. Empregando-se isso para a ciência, no entanto, hoje o homem fez a pior coisa que serve para causar a mortandade do mundo, a bomba atômica. E não se limitou apenas à bomba atômica, agora já descobriu a bromba de hidrogênio, a bomba de urânio. Todo, tudo aquilo que o homem descobre para bem depende de nós mesmos levarmos para o mal. Daí porque se diz naquela frase de Hobbes, o filósofo absolutista inglês, que homo homini lupus, o homem é o lobo do próprio homem. Mas prosseguindo dinto, então a cabeça é uma estereotização magnífica dentro do corpo humano, mai não é o corpo humano, não é a parte principal do corpo humano, é a parte mais bonita, é a parte mais enfeitada, é a vitrina do corpo humano, porque Se nós temos dentro desta, dentro da fa da da da parte craniana, a massa cinzenta, que é o o ponto nevrálgico do corpo humano, que comanda as ideias, que comanda o pensamento, que comanda a ação, nós temos também a outra parte. Apesar de ser interna, nós temos os órgãos visuais, nós temos o órgão olfativo, os órgãos auditivos. Tudo isto é claro que compõe a parte craniana, mas que leva para um centro nervoso que é ah produz as reações do corpo humano.

SPEAKER 0: Certo. Então o senhor falou, por exemplo, da parte visual, né? Eu gostaria que o senhor se detesse um pouco a isso e desse maiores explicações, entende?

SPEAKER 1: Na parte visual. Os olhos, claro que são o espelho da alma. Os olhos são o farol do corpo. Se não fossem os olhos, como que a gente poderia caminhar? Como se poderia ver? Como se poderia, inclusive, adquirir cultura? Como se poderia transmitir, se não se visse? É como se fosse um carro Mercedes-Benz, com os faróis apagados, durante uma noite escura, na estrada. De nada vale a beleza do carro. De nada. Os olhos também são assim. E é através dos olhos que toda personalidade se exprime. Nós dizemos que os olhos são o espelho da alma. E... E há uma verdade, não digo científica, mas quase que psíquica nisto, porque cada pessoa transmite o que tem dentro de si através dos olhos. Então os olhos, éh, eles podem ser de uma beleza muito fulgurante e não exprimir nada. Eles são uns olhos apáticos, E a p, ao contrário, nós temos outros tipos de olhos que exprimem pela sua simplicidade, pela sua naturalidade, uma expressão doce de tranquilidade. Dentro disto, você veja, os olhos também têm sua parte importante. Aliás, na própria Bíblia, Cristo diz exatamente que de nada vale, é, se não me engano, não foi Cristo. É, numa das epístolas do apóstolo Paulo, em que ele diz que de nada valem apenas o membro separado. E se este membro, inclusive, me escandalizar, melhor seria que eu o jogasse fora, para que, de nada servindo, não escandalizassem os outros. Assim também, se a gente pudesse tirar os olhos que não nos agradam e colocassem outros, Então nós teríamos exatamente uma, uns enxertos, não seriam apenas de coração, não seriam apenas dos fígados. O professor Barnard poderia descobrir agora enxertar olhos. É verdade que dentro da oftalmologia se dá vistas a cegos com as doações alheias dos olhos, que é uma benemerência muito grande. Eu inclusive já fiz isso, eu já doei os meus olhos quando eu morrer, não sei de que eu vou morrer, mas se puderem aproveitar os meus olhos, que eles sirvam para alguém que não tenha esta grande bênção de Deus de poder olhar. Como deve ser triste ter os olhos e não poder olhar

SPEAKER 0: os tipos de olhos que o senhor conhece. ###

SPEAKER 1: Bom, os tipos de olhos eu não, do... de olhos, eu não conheço porque isto seria um problema mais técnico de um oftalmologista. Mas os olhos se destacam exatamente de acordo com os tipos de raça. No oriente nós temos os japoneses, temos os caucasianos. Já na... temos os olhos o, ori os... europeus e nós temos aqui já os olhos já mais ocidentalizados que é da nossa parte aqui do novo mundo. Você veja num tipo de olho, eu já não digo olhar, mas um tipo de olho, o japonês. Então você veja, o japonês tem aquele olhinho fechado, apesar de dizerem os olhos amendoados, a gente nunca chega a ver na realidade se é amendoado, porque ele é tão fechado, tão estreito, que a gente nunca chega a descobrir o que existe dentro de um olhar. E você veja, há uma corrente Há inclusive um pensamento que diz que os japoneses, éh... os orientais, enfim, são falsos, porque a gente não consegue realmente olhar nos olhos deles. Então, a gente quando quer usar de sinceridade, ou melhor, compreender psicologicamente a pessoa que a gente encara assim de frente, a gente olha nos olhos para saber se esse cidadão está usando de verdade ou inverdade. No oriental, dada a sua formação, do tipo de olho, Ele tem o olho fechado. Você não chega a penetrar nele. Então ele olha para você com o olho fechado. Você não sabe nem o que que ele está olhando, se está olhando. E, inclusive, com um sorriso irônico nos olhos, ele assim fez Pearl Harbor, enquanto protestava nos Estados Unidos pela sua sinceridade, pelo seu apoio aos norte-americanos, ele estava atacando Pearl Harbor. E, inclusive, é bastante conhecido esta tendência de que os japoneses, os orientais, são falsos. Exatamente isso, porque a gente não consegue olhar nos olhos deles aquilo que eles poderiam transmitir de verdade. Por isso que eu disse no início que os olhos são o espelho da alma e a alma sempre conta a verdade. Então, dentro desse aspecto, o o tipo oriental é um tipo de olho. O ocidental já é mais diferente. Nós temos os olhos azuis, é o tipo do ariano, bonito, são os faróis feitos na noite. É isso. Como é bonito olhar. Mas se é de uma beleza estética, o tipo dos olhos dos europeus, isto é, aquele tipo azulado, aquele tipo esverdeado, ele é recém é recente da da da... podemos dizer assim, da sua resistência à própria luz. Enquanto lá na Europa, em alguns países que tem pouco sol, eles conseguem viver, se espargindo a sua beleza. Ao passo que aqui, no próprio... nos próprios países do novo mundo, a própria luz. Então você verifica isso. Os olhos claros, os olhos azuis, num país ensolarado como o nosso, as mulheres vivem ocultando a beleza dos olhos, porque elas colocam os óculos escuros para não ferir a sua íris, a sua córnea, enfim, a luminosidade que, se no, na Europa, naqueles países em que vivem é encobertos pela neblina, podem mostrar a beleza de um olho azul, aqui no Brasil, Raramente se consegue ver uma mulher com o olho azul, que é bonito, mostrando, exibindo-o, porque ele geralmente está com óculos escuros, porque a luminosidade fere esse tipo de olho, que é o olho claro. Por outro lado, nós verificamos, principalmente no norte e nordeste do Brasil, nós verificamos que já devido à miscigenação das invasões e da colonização holandesa no Brasil, nós verificamos vários negros, vários tipos de negros com olhos verdes, olhos verdes. Então você verifica, esse tipo de negro que tem olho verde, já não s já não tem a a tem na sua córnea, na sua íris, na sua menina dos olhos, aquela aquele aquele ferimento produzido pela luz solar. Porque ele já nasceu, já nasceu preparado para enfrentar essa luminosidade. Então você veja, é um tipo de olho. Agora, já nós aqui no ocidente, dizendo claramente aqui no Brasil, a normalidade dos nossos olhos são os olhos escuros, porque dada a natureza que nós temos, esta esta luminosidade que nos fere na córnea já produz um anteparo, uma prevenção, produz assim uma certa proteção a que os nossos olhos, os nossos tipos de olhos, que são os olhos escuros, os olhos mais castanhos, mais castanhos escuro, eles já são mais um tipos ocidental. Então você veja, eu fiz essa distinção com você do tipo oriental, do tipo europeu e do tipo aqui ocidental, do novo mundo, para classificar apenas um tipo de olho. Claro que eu não, sendo oftalmologista, eu não poderia dar a você os vários tipos de olhos que existem. Apenas eu estou me referindo a uma generalidade conhecida.

SPEAKER 0: O senhor falou dos olhos, agora existem outros elementos

SPEAKER 1: Monteiro Lobato, por exemplo, inventou uma personagem de narizinho arrebitado. Você veja que o nariz também é uma parte importante. E como nós estamos falando que não se pode destacar apenas um membro, ou um órgão, ou uma parte do corpo humano, porque todo o corpo humano, ele é composto dentro do, da generalidade. Então nós temos o nariz, e o nariz é a parte importante dentro do corpo humano, porque faz com que nós temos a nossa sensibilidade. Os aromas que a vida nos prepara, um aroma vindo de um perfume, de uma flor, é importante. E nos vem exatamente pelo, ã, pelo olfato. Então o olfato é o nariz. Então nós temos nariz, temos vários tipos de nariz. Temos o n o nariz alongado, o nariz aquilino, o nariz adunco, o nariz () arrebitado. E no nosso nosso na nossa raça, nossa nós brasileiros, que descendemos exatamente do índio, do europeu, então nós temos uma formação de nariz mais achatada, mais mais assim, poderíamos dizer quase aborígene, né? Mas é um tipo de nariz. Nós temos a boca. Os lábios é a coisa mais importante do mundo, porque eles emolduram exatamente as palavras. nós podemos dizer uma palavra com a boca fechada, não exprimimos a mesma tonalidade, a mesma musicalidade de uma palavra com os lábios. Então nós vem éh, com os lábios fechados, há pessoas que pronunciam determinadas palavras e outras pronunciam a mesma palavra exatamente de uma forma diferente, de uma musicalidade diferente, porque o tipo de lábio de uma pessoa faz com que aquela palavra tenha uma outra tonalidade. E tendo uma outra tonalidade, ela pode tomar uma expressão diferente da mesma palavra. Se eu disser Brasil, é bonito, porque o tipo de lábio meu permite que eu pronuncie todas estas formas labiais da palavra. Um outro que tem um lábio mais diferente, mais éh in rictus, ele pode pronunciar o Brasil de uma forma diferente, por exemplo Brasil. Porque a expressão labial, a formação labial o impede de pronunciar as palavras com a mesma limpidez possível. E se você me permite, eu vou lombrar a você aquele famoso romance de Émile Zola, O Homem Que Ri, em que um menino foi roubado por ciganos na Europa com a finalidade de explorá-lo circensemente e produziram uma operação nos lábios deste menino e ele, nas maiores fases tristes da sua vida, nos maiores dramas, ele sempre sorria. A dor parecia que não afetava aquela pessoa, aquele menino. E esse menino foi crescendo e o romance foi se desenvolvendo através desse menino e ele foi se tornando uma pessoa assim quase que sarcástica. Porque o tipo do lábio dele fazia com que ele sempre encarasse uma situação boa ou má de uma forma sarcástica, irônica. Então, os lábios na pessoa humana não é apenas uma parte destacada. É importante, é bonito. Então nós temos o lábio no homem é diferente do tipo do lábio da mulher. O tipo do homem pode ser um lábio mais sensual, Mas a mulher também, dada a forma estética como o ela se apresenta, o lábio sempre é ressaltado. Daí porque nós temos as mulheres s sempre pintando as bocas. Então esta fase na mulher forma com que os lábios tenham uma formação diferente. Hoje, inclusive, nós verificamos que os homens já estão éh pintando os lábios. Claro que hoje o mundo inteiro procura se apresentar melhor. E é através do rosto que a pessoa procura se apresentar melhor.

SPEAKER 0: Além de desse fator dos lábios, o senhor falou também de um problema da expressão das palavras, né? Os lábios dariam toda uma expressão. Além dos lábios, o que mais?

SPEAKER 1: Bom, nós temos dentro da boca, nós temos os dentes e temos a língua. A língua é este órgão éh vibrátil, maleável, que faz com que a fonética seja importante, porque uma pessoa que não tenha a a forma labial bastante desembaraçada, ela tem uma dificuldade em pronunciar as palavras. Você veja um alemão falando o português. É difícil, porque ele não tem aquela, ele não foi educado para aquele tipo de linguagem como a nossa, que é toda ela versátil, cheia de adjetivos, substantivos, Nós dobramos a língua com uma facilidade. Apesar de dobrar a língua seja uma expressão hoje de que digo, engula as tuas palavras, não pronuncie isto ou você vai desdizer o que você disse. Dobre a língua. Mas é aqui claro que nós não estamos falando nesse sentido. Você veja o o americano, norte-americano falando o português e você veja um português falando japonês. Quer dizer, nós não conseguimos fazer. Então, a língua é educada com um nó, com o tipo, com determinado tipo de linguagem. Mas, se por um lado a língua é importante dentro dessa parte craniana, nós também temos os dentes. Então você veja, eu poderia dizer os dentes, eu não sei se a expressão é minha, talvez seja, talvez não seja, mas você veja, se não fossem os dentes, nós teríamos na cabeça uma espécie assim de éh éh estante sem livros, () é uma biblioteca sem livros. É o tipo de negócio vazio. Então, nós não teríamos dentro da nossa da nossa parte craniana aquela parte bonita. E hoje os dentes têm uma formação diferente de algum tempo atrás, principalmente aqui no Brasil, que é um país que está saindo do subdesenvolvimento. Então, o se os dentes É uma composição éh de classificação. Os dentes, há algum tempo atrás, no brasileiro, eram mirrados, eram estreitos, eram pequeninos, eram amarelos. Eles não tinham a beleza de hoje, que são os dentes claros, dentes largos, dentes vistosos. A formação dos incisivos caninos e tudo isso, hoje se ressalta. E se ressalta por quê? Porque na formação alimentícia de uma criança hoje, a mãe procura dar a essa mesma criança, o seu filhinho, um alimento que contenha bastante cálcio. Não somente para a fortificação da criança em si, mas inclusive para a sua própria resistência óssea. Daí porque, você veja, apesar de eu citar apenas o exemplo dos dentes pequenos e que hoje são grandes, você veja que a estatura do brasileiro hoje está aumentando. Antigamente todo brasileiro era pequenininho, era mirradinho, era tampinha. Hoje você veja que o brasileiro, principalmente o nosso jovem, que sessenta porcento da população do Brasil é constituída de jovens, hoje os nossos jovens já são altos. Por que? É devido ao tipo de alimentação. É uma alimentação mais estruturada, mais vigorosa. Então produz com que a fase calcificante da estrutura óssea se desenvolva mais. Assim como então nós temos maiores pessoas em estatura, os dentes, na devida proporção, também aumentaram no seu tamanho. Daí porque hoje os risos, tanto de um jovem, de uma jovem, são bonitos. Para mim não existe coisa mais bonita do que ver um jovem ou uma jovem sorrindo, porque a gente vê uma emolduração de jovialidade e de saúde. É bonito ver, porque ele estampa na abertura dos lábios uma calcificação dentária linda. São dentes cuidados, dentes grandes, dentes que esteticamente enfeitam emolduram esta parte crâniana que é o rosto.

SPEAKER 0: Agora, eu queria que o senhor dissesse alguma coisa sobre os cu o cuidado ãhn em relação aos dentes.

SPEAKER 1: Claro que a higiene bucal é uma das mais importantes. Existe no mundo inteiro uma farmacopéia para prevenir aquela a fase bucal. A gente que faz aquela, o cantor, por exemplo, que põe aquela aquela bombinha para ãhn fazer com que as suas cordas vocais sejam bem cuidadas, sejam bem tratadas. Assim a higiene bucal também. Nós temos o problema dos dos dentrifícios. Então um dentifício hoje é importante. As várias qualidades, as várias marcas que existem, todas elas exaltando o problema da proteção dentária conta a cárie, o problema da fluoretização da água. Há pouco tempo eu li que não é tão importante assim o problema de fluoretar a água num sentido de prevenção à cárie dentária. O grande problema para mim e o que mais afeta o problema dentário é a cárie. Este É um é é quase que uma uma epidemia no Brasil o problema da cárie. Porque é um problema não somente de alimentação, mas inclusive como de cuidado bucal. Nós brasileiros não estamos ainda acostumados a esse tipo. Nós nos limitamos a fazer com que éh escovamos os dentes de manhã e pronto, estamos imunizados para o resto do dia. A importância da da da da higiene bucal não é somente limitada a esta, a escovar o dente. E nós nem sabemos escovar os dentes. Há quem escove o dente no sentido longitudinal, quando o certo é exatamente no sentido hori horizontal, para fazer com que toda a atividade, não somente do dente, mas inclusive da própria gengiva, seja éh exaltada, seja ativada, por causa da circulação do dente. E quem não faz assim, você veja, os dentistas hoje estão aí a braços com o problema da piorreia que é uma doença que é quase que generalizada no Brasil inteiro. Não digo isto apenas no sentido da capital, que na capital sempre se tem um sentido maior de conhecimento. Mas você viaja por esse Brasil inteiro, além de você ver as doenças bucais, gengivais, você vê crianças com cárie e com os dentes apodrecidos totalmente e sem um dentista para chegar a fazer uma profilaxia ou fazer uma operação arranca-dentes. Eu já tive ocasião. de viajar com uma equipe de den de dentistas com peruas volantes no vale do Ribeira, fazendo exclusivamente a profilaxia, arrancando dentes. E quanta coisa triste eu estive vendo. Então, a importância do do dente, porque o dente não é apenas uma parte visual, parte bonita, ornamental da da do do rosto, mas é funcional. E o que ele transmite de doença para o organismo é importante. Uma gengiva doente, o que de pus ela transmite para o organismo através da saliva, que a pessoa, éh, deglute com a saliva, vai transmitindo para o próprio intestino e, consequentemente, a transmissão do intestino vai se transmitir para o sangue, para os outros órgãos. Quanta gente que a primeira coisa que começa a sentir doenças que não conseguem ter uma causa identificada, vai ao dentista e a primeira atitude do dentista, sem maior problema, ele examina sem tirar uma radiografia ele só precisa arrancar todos os dentes. Porque às vezes existem causas internas intragengivais que produz um mal que vá afetar um outro organismo que não esteja sequer no nosso pensamento relacionado com o problema do dente.

SPEAKER 0: () para terminar essa parte do da cabeça, gostaria que o senhor fizesse um apanhado geral de outros elementos ainda que o senho> >or não citou, certo?

SPEAKER 1: Eu creio que no problema do rosto, claro que é tão complexo o assunto, que se se tivesse que falar, como o nosso tempo inclusive é limitado, você veja, nós estamos falando dos dentes como um ornamento. Claro que a cabeça não foi feita somente para se usar chapéu. Nós hoje usamos cabelo. Há muito tempo atrás, ser careca, raspar a cabeça, era, sim, um sentido de masculinidade. Eu me recordei agora de um ator que antigamente se ressaltou no cinema como o tipo do homem másculo, que era o (). Não sei se ele já morreu, mas era exatamente um homem que fazia questão de aparecer, assim como um ariano. Sem cabelo nenhum, cabeça raspada. Era o tipo do homem mau. Quer dizer, não ter cabelo era ser mau. Aliás, nós temos um tipo hoje que é exatamente o Yul Brynner. Este Yul Brynner, careca, não porque não tenha cabelo, mas porque o tipo artístico exige com que ele seja assim. Então ele sempre encara os papéis de homem másculo ou machão. E hoje o negócio não é assim. Hoje nós verificamos que ter cabelo comprido não é privilégio da mulher. Hoje os homens estão aprendendo ter o cabelo comprido. E eles invocam para isso éh exatamente o próprio Cristo, que já usava o seu cabelo comprido. () usar cabelo comprido como uma um uma moldura na parte craniana, É bonito. E nós temos aqui cabelos lindos de jovens. Quantas vezes eu olho por trás, assim de longe, eu olho um tipo de cabelo (), poxa, que cabelo lindo daquela moça. E chego perto, ou o cidadão se vira, e é cidadão, não cidadã. É um homem e não mulher. Então os homens estão aprendendo a trabalhar a tratar do cabelo. E hoje o tipo do cabelo não é mais aquele tipo de cabelo artificial, enrolado, permanente, como se usavam nos grandes cabeleireiros. Hoje o bonito do cabelo é o cabelo solto, o cabelo esvoaçante. Certo, a>

SPEAKER 0: ### () gostaria, como o nosso nosso tempo é restrito, realmente, que o senhor fizesse um apanhado geral das outras par>

SPEAKER 1: Claro que você mesmo está ressaltando que o nosso tempo é restrito, mas eh eu gostaria de destacar o seguinte, dentro dessa parte do cabelo ainda, você veja nós temos o cabelo claro, o cabelo escuro, e o que mais me agrada pela beleza estética com que se apresenta é exatamente o cabelo louro. Porque o cabelo louro, para mim, ele é mais éh mais assim sonhador, é mais filosófico, muito mais éh estratosférico, podemos dizer, porque ele ele é uma emolduração da própria natureza. É como se dentro de um campo nós víssemos assim um campo cheio de rosas. Se as rosas não existissem no campo, o campo seria campo. Mas o que faz bonito o campo são exatamente as rosas. Para mim, o cabelo louro, é exatamente, dentro da parte, dentro da cabeça, é esse campo de rosas, beleza. Mas nós temos, ah, eu disse no início, que o corpo humano é cabeça, tronco e  e membros. Nós temos exatamente, descendo da nomenclatura, uma o problema do do tronco. E dentro do tronco nós temos os órgãos vitais, que é o coração, o pulmão, o fígado, os intestinos, o pâncreas. E cada um com uma função específica. Houve até, não vou citar o nome, mas houve até uma uma piada que diz o seguinte, que no corpo humano, entre a cabeça O tronco, ou melhor, o estômago, não existia intermediários. ### ### Então você veja, o pescoço está situado no contexto do tronco. Então nós temos os órgãos vitais, que é o coração, e há pouco tempo, ah, pouco tempo não, isto há muito tempo que se vinha dizendo que o coração é o órgão principal do corpo humano, quando na realidade se dizia que o principal órgão do corpo humano é o fígado. Tanto é que existe a expressão, são inimidogos figadais e não, como erradamente se diz, fidagais. Quer dizer, de fidalgo nós não temos nada, nós temos é fígado mesmo. E hoje a farmacopéia que existe por aí para tratar do fígado é uma coisa maravilhosa. cidadão que bebe hoje violentamente ataca o fígado. Então é o fígado que transmite toda a forma de mal-estar ao corpo humano. O coração é apenas uma válvula que transmite e faz o bombeamento de sangue irradiando pelo corpo humano, dando o equilíbrio. Passamos os intestinos. fazendo exatamente a alquimia do corpo humano, fazendo a deglutição e a decomposição dos alimentos que nós ingerimos e fazendo com que éh este esta deglutição, esta separação de sais, minerais, alcalinos e outros tipos de que constituem o alimento sejam aproveitados pelo corpo humano para dar maior robustez, resistência, saúde e vitalidade. Hoje nós falamos em calorias. é exatamente o intestino que produz, como uma fábrica e química dentro do nosso corpo humano, fazendo a separação dessas proteínas que dá ao corpo humano a substância necessária à vitalidade.

SPEAKER 0: Agora rapidamente sobre os membros.

SPEAKER 1: Claro que quan onde o meu pé não quiser que eu vá, eu não posso ir, nem tomando o automóvel. Assim, os pés são importantes porque eles dão o sentido de locomoção ao corpo humano. Então, éh, nós temos dentro do do do dos troncos, na perna, nós temos o perônio, temos a tíbia, temos os pés e dentro dos pés nós temos os tarsos e os metatarsos e temos uma constituição óssea. Tanto é que os piratas faziam exatamente dentro do seu simbolismo uma caveira atravessada por duas tíbias Isso é importante, por que? Porque a cabeça é exatamente os órgãos visuais do corpo humano e a tíbia é quem fazia toda a movimentação da locomoção desse corpo humano. O braço Os braços são os órgãos de movimentação. Eu estou falando aqui com vocês, estou me gesticulando. Se não fosse isto, talvez não exis as minhas palavras não tivessem um sentido melhor da expressão. Se você estiver falando com alguém, ou eu estiver falando com alguém em Nova Iorque, pelo telefone, garanto a você que este americano não sabe usar os membros. Ele está parado, está duro, ao passo que eu, latino, estou gesticulando. Tanto é que se diz que se eu prender os braços de um italiano, ou melhor, de um latino, ele não sabe falar. Você veja como é importante o braço no corpo humano, porque ele dá exatamente a força da minha expressão. Eu quando gesticulo fechando a mão, é exatamente a força da palavra que eu quero dar. E você entende melhor eu gesticulando do que eu falando. Então se os pés me levam aonde eu quero ir, os braços dão a expressão daquilo que eu quero falar. Bom, eu queria dizer quem agradece não é você, quem agradece sou eu. Porque sendo eu jornalista profissional e adevogado, eu sou um homem de comunicação. E da forma como você se apresentou para esta entrevista, isto aqui repercute muito mais intimamente para mim, porque eu sinto que com esta entrevista eu estou colaborando com alguma coisa a mais para o progresso da nossa gente. ### Consequentemente, sou um homem de comunicação, sou um homem do povo, sou um homem que devo, pela minha formação democrática, contribuir naquelas solicitações que me fazem, não somente pelo aspecto de civismo, mas inclusive pelo aspecto de moral, que todos nós, brasileiros, ou melhor, todo cidadão do mundo, que se dispõe a melhorar as nossas condições de vida, do homem, sobre a face da terra, deve contribuir. forma que eu que agradeço esta entrevista e esta oportunidade. Estou colaborando com alguma coisa que sirva para o engrandecimento