SPEAKER 1: ### a medicina, né? Agora eu não me dediquei e à clínica ### dediquei mais à pes> SPEAKER 0: SPEAKER 1: <ão. E não os abandono, porque, dado que eu tenho a possibilidade de ler com certa facilidade, e não precisar traduzir com o dicionário ao lado, eu tenho me dedi> E como eu vivi muito tempo fora do Brasil, sem muito contato com a literatura portuguesa e brasileira, é por isso que eu entrei para a Faculdade de Letras, para ter oportunidade, e continu agora que não tenho mais obrigações profissionais. E> <É recente isso, né, mas eu tive contato com assistentes sociais no meu serviço. Sei que existe. Atualmente, por exemplo, também existe como profissão liberal uma novidade que é o curso de administra> <ção. Curso de administração. Meu filho, que é diretor da Fototica, ele fez esse curso, não é? Embora ele fosse tão bom administrador como antes de fazer o curso. No fundo, no fundo, não aprendeu muita coisa  Essas são as profissões liberais modernas que não havia no meu tempo. Não é? No meu tempo, eram era reduzidos os profissionais liberais, eram médicos, engenheiros, advogados e poucas outras mais, ou dentistas ou coisa que vale. Dentista até nem era considerado bem uma profissão liberal, né? I> <É essa a ideia que eu tenho disso. O> Até hoje, na Itália, a música popular também não é só só ri> SPEAKER 1: <Às vezes, as minhas férias, em vez de viajar para a Europa, eu vinha passar aqui em São Pau E assim tinha a oportunidade de ver o que se passava aqui. E> muito conhecidas e que o povo já assistiu uma porção de vez, não vai assistir pela  primeira vez uhn. De maneira que é diferente a maneira de a apreciar a mú a música mais erudita, lá e aqui. SPEAKER 0: A que que o senhor acha que se deve essa falta de apreciação do povo daqui? <ão somente de cultura geral, mas especialmente  Eu, que afinal de contas não tenho nada com com arte, apesar de filho de artista uhn, eu eu sei a letra das áreas das óperas, de cor, e trauteio aqui comigo mesmo, porque conheço a música das áreas de algumas óperas, eu conhe> Nunca me dediquei  ### Piano de muitas ópera. De muitas óperas. E> E, como vivi na Itália, também aprendi a tocar um instrumento que  é muito italiano. Apesar de haver quem toque aqui Bandolim? Né Bandolim eu. Agora estou com as mãos um pouco torpecidas para tocar e não tenho piano em casa. ### Mas, de vez em quando, eu pego o bandolim e dedilho a al> De forma que a mim me parece que é falta de cultura com relação à música erudita e à música popular que saia desse tipo americano, né, que dominou aqu> SPEAKER 1: Porque, se não, o que é? Nós vemos esses, vamos dizer assim, imigrantes do Norte, porque existe imigração dentro do Brasil. E> SPEAKER 0: os operários menos especializados, me> mas esqueci-me talvez porque o subconsciente é que fez-me me esquecer no primeiro momento. Porque a casa que eu construí, a instalação elétrica, foi feita por mim. É. Foi feita por mim. Eu era jovem, subia escada, descia escada e tal e coisa, e sempre fui um curioso em questões de eletricidade. De maneira que eu não só tive uma dificuldade, A casa que eu construí era recuada da rua, vários metros. Deixei, assim, bastante espaço. E> A minha instalação foi aprovada logo de de ca> . SPEAKER 1: Depende da casa, depende das posses também do do da casa. Eu, por exemplo, via no palácio do meu tio, que era o arcebispo, ele tinha lá um uma criadagem já mais numerosa e precisava até de um mordomo para tomar conta. Então, cinco, seis, sete