Inquérito SP_DID_214

SPEAKER 1: : ### a medicina, né? Agora eu não me dediquei e à clínica ### dediquei mais à pes quisa. Trabalhei em  o meu laboratório era especializado, laboratório de microbiologia. E E, como trabalhava na na repartição de águas, que hoje ahn tem outras denominações (risos), né, passou águas-esgotos a departamento de águas-esgotos e, mais tarde, a superintendência de águas-esgotos da capital e hoje até tem uma sigla diferente que eu nem entendo porque eu já estava fora, já estava aposentado. Hoje chama-se Sabesp, mas eu não saberia dizer. É superintendência de alguma coisa.

SPEAKER 2: : uhn

SPEAKER 1: : Eu me dedicava à microbiologia. Microbiologia, porém, das águas. Eu então determinava, classificava, fazia contagem dos micro-organismos existen tes na águas. Micro-orga Principalmente os micro-organismos Do plâncton. O plâncton seria justamente a parte da de organismos microscópicos que ficam flutuando nas águas ou vagando nas águas uhn Muito importante para o tratamento das águas, porquanto o plân o plâncton pode mo não somente o aspecto, a turbidez Éh a necessidade de tra tamentos especiais e etcetera e tal. Bem isso que eu trabalhei. Agora, no fim da minha vida funcional, eu abandonei o laboratório porque foi criado, depois de uma reforma da da preparação, foi criado um se e um setor de ser viços sociais. E como eu era o único médico que trabalhava na reparação de águas, que que é que é uma repartição onde prevalecem os engenheiros, então me foi entregue a direção desses serviços sociais, nos quais o que mais interessava era prestar serviços sociais médicos. Apesar do meu serviço haver também dentistas, ahn assistentes sociais e e outros. E foi E nesse serviço que eu me aposentei. Aham escuta doutor

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 1: : reito, da Faculdade de Direito, Não, eu não conheço especialidades, éh nunca me aprofin aprofundei nesse ramo, mas sei que  Que há éh o direito criminal o direito civil. E quanto ao criminal, não tive oportunidade de de me aprofundar e de conhecer mais a respeito de de dire Agora, quanto ao direito civil, numa vida longa como a minha, eu tive a oportunidade de de conhecer um pouco mais, não é? Tive mesmo contatos como éh por exemplo, a vara da família e sucessões, e me desquitei, portanto, fiquei sabendo muita coisa, e me parece que é muito Mas não tenho conhecimentos aprofundados acerca de Direito, não. E dentro do campo da engenha

SPEAKER 0: : ria as especialidades que o senhor conhece, não precisa ser aprofundado, não, as que o senhor conhece mesmo assim por por cima assim. Bom eu sei que há engenheiros civis arq e engenhe

SPEAKER 1: : iros químicos e engenheiros éh arquitetos e assim por diante, com os quais eu pri Na na minha vu vida funcional, eram engenheiros especializados em engenharia sanitária, justamente porque trabalhavam ali na repartição de água, né? E Engenheiros civis que faziam construções para tubulações e para controle de distribuição e a assim por diante. É isso que eu conheço  Aliás, eu não fu fui muito afeito a ahn estudos matemáticos, etcetera A medicina éh é uma ciência que se afasta desse de matemática e de cálculos e na disso, né? Agora, a minha predileção para estudos alheios são de médico, foram sempre os estudos literários, e de humanidades, de línguas antigas, né? E Eu, quando entrei para a faculdade de letras, eu já conhecia latim e grego, porque eu fiz la letras clássicas, né? E Eu já conhecia latim e grego a ponto de ler lati como se fosse  se se fosse português. E eu tenho nos meus livros uma quantidade bem grande de textos clássicos, latinos e gregos. E não ão. E não os abandono, porque, dado que eu tenho a possibilidade de ler com certa facilidade, e não precisar traduzir com o dicionário ao lado, eu tenho me dedi cado. E é uma espécie divertimento, de passar tempo, não é? É claro que não deixo também de conhecer literatura moderna. E E como eu vivi muito tempo fora do Brasil, sem muito contato com a literatura portuguesa e brasileira, é por isso que eu entrei para a Faculdade de Letras, para ter oportunidade, e continu agora que não tenho mais obrigações profissionais. E Eu estava justamente lendo aqui um livro pouco conhecido de José de Alencar, porque todo mundo conhece os romances, não é? Que eu conheço, que já li várias vezes. Mas as crônicas que ele publicava quase que diariamente no Jornal do Comércio. E E, uhn de maneira que é um conhecimento maior de José de Alencar, eu não conhecia esse livro, estive lendo. Muito interessante, por sinal, porque uhn tenho notícias de fatos acontecidos no Rio de Janeiro, lá pelos meados do século passado, que não é fácil ele encontrar. S Se eu perguntar à senhora qual era a população do Rio de Janeiro por volta de mil oitocentos e cinquenta Provavelmente a senhora não sabe responder, mas eu encontro a notícia nessas crônicas de José de Alencar, escritas na época, como testemunha pessoal. O Rio de Janeiro tinha trezentos mil habitantes, em meados do século passado. Em outra crônica, por exemplo, há proibição completa do entrudo  o início daqueles préstitos carnavalescos que tivemos até há pouco tempo sob forma de curso, etcetera, que está hoje está abolido também, né? A senhora vê que eu estou... uhn quando me sento para estudar ou ler ou coisa que vale, eu me dedico à  medicina já não me interessa mais, a estudando a medicina, porque já não não deixei a Até pedi que cancelassem a inscrição no Conselho ge Regional aqui de São Paulo, porque assim evito pedido s. Às vezes me  venha ver. Digo não posso não pertenço mais ao Conselho ge Regional, não posso receitar. É porque eu quis. E a mesma aconteceu com a o meu título eleito ral. Como eu já atingi uma idade em que eu não sou mais obrigado a votar, eu pedi, pedi cancelamento, isenção  do título. Eu não vou votar agora em  ###

SPEAKER 0: : eu gostaria de saber que prof que profissões mais liberais o senhor conhece? Bom

SPEAKER 1: : conhecer eu conheço, sei que existem.

SPEAKER 0: : Né? Que profissões o senhor sabe que existem? É

SPEAKER 1: : Liberais? A Atualmente parece que aumentou muito o número de profissões literais. Suponhamos, o o assistente social é uma profissão liberal universitária de nível da universidade e que não havia já há alguns anos. É É recente isso, né, mas eu tive contato com assistentes sociais no meu serviço. Sei que existe. Atualmente, por exemplo, também existe como profissão liberal uma novidade que é o curso de administra ção. Curso de administração. Meu filho, que é diretor da Fototica, ele fez esse curso, não é? Embora ele fosse tão bom administrador como antes de fazer o curso. No fundo, no fundo, não aprendeu muita coisa  Essas são as profissões liberais modernas que não havia no meu tempo. Não é? No meu tempo, eram era reduzidos os profissionais liberais, eram médicos, engenheiros, advogados e poucas outras mais, ou dentistas ou coisa que vale. Dentista até nem era considerado bem uma profissão liberal, né? I Isso que eu posso lhe dizer das

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 1: : Acho que não. Acho que hoje todas as profissões liberais têm mais chances do que antigamente. O Ou melhor, a até as profissões liberais mais modernas têm chance e que não tinham quando não havi não eram profissões liberais, não havia curso universitário para elas. Quanto às antigas, a mim me parece que o número de profissionais, a concorrência, dá menos chances aos profissionais de profissões liberais. Ahn o nú número de médicos que se aglomeram nas capitais provocam uma concorrência tal que há muito médico que não tem muito recurso, precisa trabalhar uhn como empregado e no campo da do livre exercício da profissão tem poucas ch chances. A mesma coisa acontece com os advo gados. Há quem Sabendo do enriquecimento de um médico ou de um advogado, pense que a profissão proporciona isso a todos. Mas não é. É para uns poucos. Mas de maneira que que as chances ficam reduzidas para a maior ia. E antigamente não. E Eu conheci São Paulo numa época que o número de médicos era relativamente pequeno, E todos viviam muito bem. ### doutor Diogo de Faria não tinha mãos a medir para atender a clientela. E E ele era fluminense, ele veio para São Pau para dirigir o desinfetório central, uhn que ele dirigiu quase até a a hora de morrer. E E e ele, logo que chegou em São Paulo, começou a ter uma clientela que foi aumentando, aumentando enormemente. Me sma coisa com o doutor Arnaldo Vieira de Carvalho, que eu também conheci muito de perto, cirur gião. Havia poucos cirurgiões em São De maneira que o doutor Arnaldo, por exemplo, ficou muito rico, porque ele operava muito, e era médico da das camadas mais ahn mais fortes financeiramente. De gente rica, enfim, nos contos. A mesma coisa com o Diogo de Faria. O Dio go de Faria era médico do conselheiro Antônio Prado, com o qual  O acúmulo de serviços não lhe permitia realizar esse sonho de ir a Paris. Mas o conselheiro Antônio Prado obrigou-o a ir a Paris. Dizia, o senhor vai como médico, porque eu sou seu cliente e já estou velho e só viajo acompanhado de meu médico. Fez isso para para que ele fosse a Paris, né, para que abandonasse a clínica durante o o período

SPEAKER 0: : ### por exemplo, no campo artístico, quais acessos profissionais que o senhor acha que o pessoal tem?

SPEAKER 1: : profissionais? A tualmente?  Bom, aqui no Brasil, os ahn os artistas de arte que que () os artistas de artes plásticas, escultores, pintores. Parece-me que agora estão tendo bastante chance, mas nunca tiveram os artistas nacionais grandes chances aqui, porque a não ser de de de anos para cá, não havia campo nem para trabalhar, e nem para estudar, nem para aperfeiçoar-se. E Essa é a razão pela qual meu pai foi enviado para a Europa. A Aqui, por exemplo, para as artes plásticas, pintura e escultura, Não há mesmo ahn ateliês, especialmente para escul tura. Um ateliê de pintura pode ser montado em qualquer sala, bem iluminada, é claro. M Mas é os escultores não tinham ateliê.  Um ateliê de escultura tem que suportar ahn estátuas pesadas, mesmo que seja de barro, porque eles modelam em barro, né? E precisam de cavaletes robustos, e de maneira que num piso qualquer não pode pôr tanto peso, né? M Meu pai, por exemplo, depois que ele éh voltou da Europa e continuou a trabalhar aqui, só pôde montar um ateliê porque o irmão dele foi Dom Duarte, o arcebispo de São Paulo, né, e o Palácio era aí na, hoje é avenida, mas era a Rua São Luís, no fundo do do jardim, do parque do Palácio, onde tinham sido as cocheiras. Então, ele só pôde trabalhar nesse lugar para montar um ateliê que fosse espaçoso, com um piso sobre a terra para poder aguentar, não é? Porque depois ele continuou trabalhando aqui. Fez várias estátuas para o cemitério da Consolação, muita encomenda, e para outros cemitérios aqui do estado, figuras para serem colocadas nos túmulos. Não confunda isso com esses como esses comerciantes que reproduzem a mesma estátua uma porção de vezes e que são de modelagem um pouco... Bom, de artistas um pouco menos dedicados (risos) à arte. Éh é coisa comercial, não é? Agora, quanto às outras artes, me parece que há muito campo hoje para a música aqui entre nós. Embora se trate de uma música moderna, que não satisfaz os ouvidos dos mais antigos. (risos) A música deixou de ser agradável porque abandona um pouco a parte melódica para dedicar-se somente à parte rítmica, não é? É É essa a ideia que eu tenho disso. O Ouço aí música moder nem a letra satisfaz e nem mesmo a le a música do ponto de vista melódico, porque é tocada por ahn instrumentistas que só cuidam de ritmo. É Bateria, contrabaixo para marcar o ritmo e e só isso. Melodia mesmo não se ouve Diz que essa é a música popular, que é a música moderna. Mas eu, que especialmente vivi na Itália, na terra da música, meu ouvido foi educado a música melódica, e tipo italiana, digamos assim, né? A Até hoje, na Itália, a música popular também não é só só ri tmo. A cançoneta napolitana ainda é cultivada e existe ainda o Festival di Piedigrotta em Nápoles, para o lançamento das cançonetas do ano.

SPEAKER 0: : Então, o senhor disse, deu o seu parecer a respeito da arte do ponto de vista de agora, né? né que o senhor acha que as chances que tem. Então, eu gostaria de saber, na sua época, como é que o pessoal recebia a arte? A A arte era valorizada ou não? A

SPEAKER 1: : Aqui, não. Aqui, não a mim s Suponhamos, vamos falar  da ópera. A música clássica, m e a o resto da da música clássica é menos conhecida do que a ópera em todo o mundo. Aqui o que eu apesar de ter vivido tantos anos fora, eu, de vez em quando, vinha ao Brasil, depois que eu estava na faculdade. A Às vezes, as minhas férias, em vez de viajar para a Europa, eu vinha passar aqui em São Pau E assim tinha a oportunidade de ver o que se passava aqui. E Eu tive pelo menos a impressão que a ópera era frequentada por gente que fazia questão de comparecer do ponto de vista social.  Uma uma assinatura fazia questão de esta estar assistindo às óperas digamos assim, grandes lavado res de desse tipo de música. Mas como eu vivi na Itália, a ópera na Itália, até hoje, é éh um espetáculo muito frequentado pelo povi inho. O povinho adora a a ópera e e sabe can O italiano canta à toa, não é? Cantor de banheiro, mas é cantor, canta pelas ruas etcetera e tal. As áreas das óperas, as áreas p principais são conhec cidas. O povinho canta na rua. Canta na rua, apreci ia. É claro que vai assistir a ópera lá do galinheiro Não é? Mas frequenta, assiste a todas as óperas de uma temporada. Mas ninguém deixa de a muito conhecidas e que o povo já assistiu uma porção de vez, não vai assistir pela  primeira vez uhn. De maneira que é diferente a maneira de a apreciar a mú a música mais erudita, lá e aqui.

SPEAKER 0: : A que que o senhor acha que se deve essa falta de apreciação do povo daqui? tura. Falta de cultura artística

SPEAKER 1: : A mim me parece que rádio e televisão deseducam o povo em relação à música erudita. De maneira que nós vemos o seguinte, gente de menor cultura, artística mesmo, de menor cultura geral, se o rádio está transmitindo uma ópera, muda de de co de de estação. Na televisão, se a apresentação de uma ópera muda de canal, vai para a show de Sílvio Santos, vai para para uhn essas canções modernas de bateria e coisas de uma... É falta de cultura. Pura e simplesmente.  N ão somente de cultura geral, mas especialmente  Eu, que afinal de contas não tenho nada com com arte, apesar de filho de artista uhn, eu eu sei a letra das áreas das óperas, de cor, e trauteio aqui comigo mesmo, porque conheço a música das áreas de algumas óperas, eu conhe Nunca me dediquei  ### Piano de muitas ópera. De muitas óperas. E E  E e toquei piano. Apren endi a tocar piano. E põe a partitura na frente e e e ia acompanhando a ópera, além de ou vir. Depois, em casa, repetia, recorda E, como vivi na Itália, também aprendi a tocar um instrumento que  é muito italiano. Apesar de haver quem toque aqui Bandolim? Né Bandolim eu. Agora estou com as mãos um pouco torpecidas para tocar e não tenho piano em casa. ### Mas, de vez em quando, eu pego o bandolim e dedilho a al De forma que a mim me parece que é falta de cultura com relação à música erudita e à música popular que saia desse tipo americano, né, que dominou aqu i. Ah o nosso povo. Apesar de haver música popular brasileira, mas é do mesmo tipo da americana. E profissões

SPEAKER 0: : E quais as profissões não liberais

SPEAKER 1: : isso são inumeráveis, né? Con heço aquelas que todo mundo conhece, né? De que tipo, por exemplo?

SPEAKER 0: : todos os tipos que o senhor conhece, que o senhor se lembrar eu gostaria que você dissesse para a gen

SPEAKER 1: : te. Há profissões que não são liberais e que são de tipo manual. em que os que trabalham se dedicam não não propriamente a uma profissão, mas a um mistério, a algum tipo de trabalho uhn, que são tantas e tão especializadas hoje em dia, e que eu ouço ou leio da existência com nomes completamente novos que eu nem sei o que são. E Eu ouvi recentemente uma espécie de inquérito entre várias pessoas para que explicassem que profissão era essa. E então, suponhamos na profissão dos im dos ahn impressores. Já ouvi falar de profissão assim, minervista. Procura-se um minervis ta. É claro que é uma profissão. E Eu tendo ouvido falar disso, quis saber o que era um minervista. E acabei sabendo que existe uma máquina de impressão que se chama Minerva. Então, o minervista é é aquele que trabalha com a máquina Minerva, que tem prática da pá, né? A Acharam a ver que se multiplicam de tal maneira uhn Falei dessa profissão porque eu considero que o linotipista, o impresso teis para a divulgação do livro, não é? São aqueles que cuidam justamente da impressão. Agora quais outras profissões? O quê? Carroceiro, lixeiro motorista, não é? São tão grandes que eu não poderia enumerar a não ser assim. Muito por alto, não é? hum. Faç a-me outra pergun ta. É

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 1: : São mínimas mesmo hum mu Muito reduzidas. S Sem escolaridade pensarem em grandes chances. Nós vivemos numa época em que é necessária a escolaridade, e até mais do que isso. U Uma especialidade. Aprecio muito o trabalho dessas dessas éh organizações que dão uma profissão mais especializada, mesmo aos de pouca escolarida Porque, se não, o que é? Nós vemos esses, vamos dizer assim, imigrantes do Norte, porque existe imigração dentro do Brasil. E Esses nortistas que chegam aqui sem instrução, sem uma profissão definida, o que  que podem fazer? Podem fazer uma profissão que poderia ser feita por um animal. Carregar cimento nas costas. De maneira que sem escolaridade não há chance no dia de hoje. Se o senhor fosse construir uma ca

SPEAKER 0: : sa atualmente, quais profissionais que o senhor chamaria de imediato que o senhor acha que são essenciais? Na construção

SPEAKER 1: : de uma casa é necessário, em primeiro lugar, que haja um engenheiro que superentenda  E, se não for possível isso pelo menos um construtor habilitado, não é? Além disso, é necessário que haja um pedreiro, um... não sei como é a profissão, mas são esses que armam o telhado, fazem a armação do telha os operários menos especializados, me nos preparados, não é? Coisa que eu já fiz, porque eu já construí em casa. (risos) Esqueci-me do eletrici sta. Quando é (risos) Isso é impor mas esqueci-me talvez porque o subconsciente é que fez-me me esquecer no primeiro momento. Porque a casa que eu construí, a instalação elétrica, foi feita por mim. É. Foi feita por mim. Eu era jovem, subia escada, descia escada e tal e coisa, e sempre fui um curioso em questões de eletricidade. De maneira que eu não só tive uma dificuldade, A casa que eu construí era recuada da rua, vários metros. Deixei, assim, bastante espaço. E E foi necessário colocar um poste para que a Light fizesse a ligação. E E nesse poste é que ficava o re o relógio. Então, eu precisei ter informações precisas de como é que colo se se fazia se arrumava a caixa do relógio para que a Light aprovasse e colocasse o relógio. Como também a Light faz uma verificação da instalação, e foi feita. M Mas essa caixa de relógio que foi colocada por mim, depois de eu receber instruções precisas de como devia fazer, porque há um fundo de madeira, precisa fazer uns buracos em lugares certos etcetera e tal, de acordo com com as exigências da Li A minha instalação foi aprovada logo de de ca ra. A instalação que eu fiz da (), completamente. Quer dizer, havia a parte que ficava acima do forno e o re . sto era embutido. Mas eu fiz com tudo embutido Dentro de casa não serviam fi os acima do forno. E eu instalei  tudo perfeito, e funcionou perfeitamente nunca deu Não () Portanto, esqueci o eletricista, porque na construção da casa não não estava no orçamento o eletricista. Curiosidade. É É, a curiosidade. Curi osidade. Dentro de casa, tudo que era relativo  Há concertos de eletricidade, eu fazia, não é? Acabei entendendo.

SPEAKER 0: : ### ### Atualmente ou antes, numa casa de família, que profissionais o senhor poderia colocar para trabalhar para o senhor? De

SPEAKER 1: : pende da casa, não é? () eu não vou precisar de jardineiro se eu morar em um apartamento éh morando num apartamento, eu ponho, no máximo, uma empregada de dentro e uma empregada de cozinha. Atualmente, não preciso, porque eu tenho... a a minha é... eu não considero empregada, então considero minha governante, depois que enviuvei  Ela que cuida de de compras e ela que es faz ahn os planos para o que é que ela vai fazer para o almoço, coisa que valha, né? Ela que sabe qual é o dia que tem que arear as pratas,éh e qual é o dia que que tem de encerar e tudo mais, de maneira que ela é uma governante mais do que propriamente uma empregada. E E é essa que eu ponho dentro da minha casa. Um casa maior, mesmo em apartamento, às vezes pede a gente precisa de duas empregadas. Uma que cuide da parte de cozinha e outra que seja de dentro. A Acho que mesmo uma casa uma casa de família que não tenha jardim, que não tenha essas coisas, éh duas empregadas são mais do que suficientes.

SPEAKER 0: : E numa casa grande?

SPEAKER 1: : É. Uma casa grande, acho que precisa ma Depende da casa, depende das posses também do do da casa. Eu, por exemplo, via no palácio do meu tio, que era o arcebispo, ele tinha lá um uma criadagem já mais numerosa e precisava até de um mordomo para tomar conta. Então, cinco, seis, sete