SPEAKER 0: ### SPEAKER 2: Mencionarei a construção da minha casa, da casa em que estamos agora. Sua construção foi iniciada em julho de mil novecentos e setenta e três. Eh> Aqui estive esteve o empreiteiro. a fim de dirigir o início das obras, entregando posteriormente a responsabilidade da mesa da mesma ao pedreiro que aqui estava. Não um mestre de obras propriamente dito, mas um pedreiro. Eh, e> e edícula, quarto de empregada, banheiro, um quarto de despejo e a garagem para dois automóveis. E>   E, evidentemente, só mesmo alguém que possa pagar uma elevada taxa de condomínio que pode morar num prédio deste. Inclusive para comprá-lo, né? SPEAKER 0: ### ### Nos desse, vamos dizer, os materiais que entram para a construção de uma casa. SPEAKER 2: Primeiramente, temos o cimento e a pedra para a feitura, digamos assim, do baldrame, que é o concreto sobre o qual repousa o alicerce propriamente dito e, posteriormente, a casa. Então temos pedra, cimento, pedra dois, que é a pedra mais eh grossa, digamos assim, a maior, eh cimento. Posteriormente, então, o alicerce sobre o baldrame é feito com tijolo, cimento, o cimento mais forte, não usando tanto cal, né?  E depois temos a necessidade de se usar também areia, areia média, areia grossa para as diversas fases ou então para os diversos compartimentos ou seja lá o que for que agora não me recordo da casa, ãh então temos também o revestimento das paredes feita com reboco a chamada massa grossa depois a massa fina contendo esse material, os materiais já mencionados como cal, areia e depois a pintura Tanto pode ser feita a chamada caiação, ou então latex, ou massa corrida. E temos também, o que diríamos, mas o ferro, o ferro é essencial também para a construção da casa, para o chamado baldrame, para esta cinta que envolve a casa, não me recordo o nome agora.  Esta... Infelizmente não me recordo, não me recordo Enfim, esses são os mater, os... a madeira necessária para fazer o ligamento do teto, as telhas, também os tacos, o chamado parquê, e... bem, o rodapé, os azulejos para o banheiro, os ladrilhos, também para o banheiro, cozinha, azulejos, e para a lavanderia, idem. Bem, é o que me recordo, que me SPEAKER 0: O senhor poderia nos descrever os tipos de testo, tipo, tipos de cobertura, vamos dizer assim, de uma casa ou mesmo de um edifício? E, depois, eu gostaria que o senhor nos desse, tanto quanto possível, as ferramentas usadas por um pedreiro e por um carpinteiro, se possível. SPEAKER 2: Tipos de cobertura. E> Então, se percebe que São Paulo é é puxante, bela, alta, ao me refiro aos prédios, e praticamente não se distingue, ah, os limites Não há limites entre São Paulo, Santo André, São Bernardo e São Caetano. É> <é apenas uma, como se diz, uma grande São Paulo, uma grande metrópole. E> É a capital da cultura. Eh> Percebe-se na cidade O grande número de faculdades, a população universitária é bastante grande. Aliás, não apenas na capital, mas também em todo o estado, eh, de São Paulo. E quanto à última parte da sua pergunta, diz respeito a aos locais, no caso, os locais, vamos dizer assim, de lazer. Bem, dizem que o paulista trabalha bastante e não tem tempo para para se divertir. Inclusive os cariocas dizem que o paulista ganha dinheiro aqui para gastar lá no Rio de Janeiro. Mas de qualquer forma, eh, talvez devido ao o ou por causa da distância de Santos, aqueles que que é justamente um local balneário, uma estância balneária, eh os que aqui ficam, realmente não tem muita possibilidade, não tem muita opção de lazer. A não ser restaurantes no fim de semana, ou então um passeio, como fazem alguns, pela estrada, estacionando o carro no acostamento, então, ficando um pouco mais perto da natureza. Ou então cinemas. Pelo menos é o que se presume ci> Cinemas, teatros. Mas não existem lugares belos, maravilhosos, como, por exemplo, os pontos pitorescos do Rio de Janeiro, como o Corcovado, o Pão de Açúcar, e a natureza, que foi bastante pródiga lá. Lá, me refiro no Rio de Janeiro. SPEAKER 0: Gostaria que o senhor fizesse agora uma uma descrição, vamos dizer, dos dos prédios mais important> Não só os prédios, as entidades, vamos dizer, palácio, museus, coisa dessa natureza. SPEAKER 2: Bem, museu surge à mente, o Museu do Ipiranga, já bastante famoso, contudo não corresponde à grandeza da capital, que é São Paulo. Mas, de qualquer forma, é um lugar interessante de se ver e visitar e de se perceber um pouco da história de São Paulo. Outros museus, eh eu me lembro, dos quais posso me lembrar agora... Perdão, não seria bem um museu no caso, mas sim o Instituto Butantan, que é um ponto de turismo, não apenas de turismo, mas que demonstra também aquilo que se faz no campo da ciência e da cultura, em benefício do ser humano. Eh, Também, quanto a construções, Eu me lembro, então, do Edifício Itália, que é considerado, parece-me ser, realmente, o edifício mais alto de São Paulo. O chamado Martinelli, que já foi ofuscado por outros prédios. Eh, o> <é apenas uma lembrança, eh, muito, digamos, eh, agora quase que, não diria em ruínas, mas uma lembrança que já foge. Apenas para lembrar como prédio importante.  Agora, seu ponto de vista cultural é de se mencionar, então, o campus da USP, lá no bairro de Pinheiro> não pela beleza, mas sim por aquilo que encerra as faculdades, a oportunidade do saber e a possibilidade que os jovens têm de alcançarem um nível mais elevado de cultura. Outra edificação, outro edifício que eu, do qual posso me lembrar... Bem, eu, como pastor, me permito dizer que o que é muito importante também, para mim, são as igrejas. A Catedral, a catedral de São Paulo é um prédio, um edifício, digamos assim, bonito, imponente, agradável de se estar dentro, pelo silêncio, pela reverência que inspira. Sob certo ponto de vista, agora, falo a respeito de nossas igrejas, ou da igreja da qual eu sou pastor da Igreja adventista  Me recordo, então, como a igreja mais bela, a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Moema, que, para nós Adventistas, representa não o máximo de beleza, mas representa um prédio que inspira reverência também, foge mais ou menos da linha tradicional dos templos evangélicos, éh, não no sentido de construção em si, mas de conforto e faz com que a gente sinta realmente bem lá dentro. Dá-me a impressão de ser uma pequena catedral. Um pouco de orgulho, talvez, não? Mas é isso. SPEAKER 0: Bem, o senhor falou aqui um assunto que naturalmente chamou a atenção como Adventista. Éh o O senhor poderia falar, por exemplo, a atuação dos Adventistas no... na capital? O que há? O que há de... de participação, vamos dizer assim, na educação e no terreno hospitalar mesmo que nós conhecemos? SPEAKER 2: Eu sou professor do Instituto Adventista de Ensino. bastante conhecido pelos seus métodos, achados por alguns peculiares. Mas métodos que agora estão tendo a receptivo, éh bastante receptividade. haja vista a determinação do governo e que o ensino médio seja profissionalizante. Isso já era feito anteriormente em nosso instituto, pois a obrigatoriedade do trabalho por parte dos alunos. Trabalho que visa ao... a formação, digamos, pelo menos em parte profissional do al () éh... O ensino aqui é realizado sob certo aspecto, de maneira bastante inter()ante, porque afastado da cidade, O instituto proporciona aos seus alunos um... uma ambientação dentro da natureza, livre da poluição, se é possível dizer que nós estamos livres da poluição, embora dentro da capital de São Paulo. Por e, ou melhor, por estarmos dentro da capital ainda. Mas é um lugar muito agradável de se estar. E Isto já predispõe o aluno ah... ao ensino, ao aprendizado. E os alunos, via de regra, pelo menos o que me têm dito, sentem-se muito bem dentro do colégio.  Não sei se os internos se sentem bem longe de casa, mas, de qualquer maneira, no ambiente do colégio, perto da natureza, sentindo a beleza, o sol, e também até mesmo a chuva. Éh... É o que tem, o que podíamos mencionar no ques na questão educacional. Temos também, em Campinas, o Instituto Adventista São Paulo, que se reveste praticamente das mesmas características, pois, afastado da cidade da de Campinas, põe os alunos em contato com a natureza e os predispõe também a um ensino. Inclusive, não estão sujeitos ao burburinho da cidade nem ao barulho, e muito menos à tensão nervosa, ao estresse que a, a cidade impõe aos seus habitantes. Do outro lado, os adventistas se destacam pela assistência social, onde são prática praticamente pioneiros no que diz respeito às lanchas que percorrem vários rios do Brasil, levando assistência à população ribeirinha. Atualmente temos também as chamadas clínicas ãh, volantes, ou, perdão, não me recordo agora o nome que se deu a essas clínicas, mas são pequenos ônibus adaptados, digamos assim, e que atendem a população rural. Esse... sobre esse aspecto, então, temos recebido bastante prestígio do governo, pois o Fundo Rural tem, apreciando o trabalho que tem sido feito nesta área, éh... está fabricando, ou melhor dito, o governo federal, abriu concorrência para que fossem é feitas outras ambulâncias no sim no mesmo sistema, a fim de que outras instituições, e também a nossa, principalmente, possam, então, atender  essa população rural, que até agora tinha estado, digamos assim, não abandonada, mas um pouco longe da possibilidade de de tratamento médico, dentário, assim por diante. SPEAKER 0: Muito bem. Retomando um pouco a... a cidade em si, gostaria que o senhor nos descrevesse os tipos de comércio que se pode observar, que existem em uma cidade como a nossa, São Paulo. SPEAKER 2: A área () comércio. Dizem que quando se quer comprar barato, se vai a José Paulino, porque lá se encontra muita coisa, principalmente ãh vestu, roupas, vestuário, enfim, barato. E também a chamada Rua do Oriente e... a Rua vinte e cinco de Março são locais já bastante conhecidos, tidos como lugares onde se pode comprar barato, boas coisas e barato.  Também, agora, há um lugar mais sofisticado, uma rua mais sofisticada, que é a Rua Augusta. muito mencionada pelos, pelos moços e pelas moças, porque esses não vão lá para comprar, mas, como dizem eles, apenas para tradicional paquera.  De qualquer (riso) forma, ah, existem... Antigamente, a Rua Direita era considerada a rua mais, eh, fina, chique, como se dizia, de São Paulo. A> . SPEAKER 2: A família é a maior bênção que o homem poderia receber sobre a face da Terra, pois o fato de poder viver em comum com alguém, a quem se ama, partilhar a felicidade e até mesmo os momentos mais difíceis, representa para o ser humano não apenas uma catarse, mas a possibilidade não apenas de ser amado, mas também de amar. E> Vivemos bem, e durante o tempo em que temos estado juntos, temos sentido, apesar dos possíveis problemas e percalços, uma maior felicidade, nos entendemos muito bem. Quero crer que, éh, o fato de termos filhos nos transformou. E> Se movimenta, não tem, digamos assim, a possibilidade de se expressar, de pedir alguma coisa, dado, evidentemente, a pouca idade. não aprendeu ainda.  Posteriormente, ao crescer e se desenvolver, começa a andar, a correr, a aprender, a falar. Começa a poder, então, se éh... ou melhor, começa a exprimir o seu pensamento sobre a forma de palavras, formando frases, já demonstrando, de certa forma, a sua capacidade mental. As suas atividades motoras também se desenvolvem ao máximo e talvez dos quatro aos dez anos é que se percebe quão ágeis e... e quão, e quão impossíveis são as crianças não é O que aliás é motivo de alegria para os pais, não para as visitas. Passo para os pais. Depois, dos dez aos quatorze anos, é a fase em que estão estudando, se aplicando mais aos estudos. Estão procurando se formar não para a vida em si, no sentido de carreira, mas procurando sentir a realidade do estudo. a realidade da vida, daquilo que se oferece. E Então, depois dos quatorze aos dezoito, procuram se preparar nos estudos a fim de poder seguir uma carreira, uma profissão. Se preparam para uma faculdade, a fim de na faculdade, posteriormente, estudarem e poderem, então, se formar. dando de si, da sua profissão, dos seus conhecimentos para o próximo e procurando alcançar também uma recompensa financeira por aquilo que estão fazendo. Embora não seja este, não deva ser este o objetivo principal. Formados, talvez alguns tenham a oportunidade de seguir a carreira universitária, de se aprimorar no sentido cultural, de acumular sabedoria e erudição, ajudando, assim, os seus alunos, ou outros se realizam nas devi, nas respectivas profissões, empresas, ou então, advocacia, comércio, indústria, seja lá o que for. Tem o prazer de Talvez nem todos, mas, digamos assim, em geral, isto aqui é o prazer de formar a sua família, de ter os filhos, de poder, então, reiniciar o ciclo não é, nos filhos, educando-os e assim por diante. SPEAKER 0: Daria para o senhor descrever as fases? Nomes, talvez, das fases? SPEAKER 2: A infância, adolescência, juventude, Maturidade. Velhice. SPEAKER 0: E sobre a velhice? Daria para você falar um pouquinho? Embora seja difícil, naturalmente. O senhor é jovem ainda. SPEAKER 2: A geriatria tem apresentado agora alguns aspectos bastante interessantes não é  Parece-me que tem se provado que os velhos não devem ficar tão preocupados, porque podem viver mais tempo. A medicina tem procurado éh estabelecer condições de vida, ou melhor, indicar condições de vida que permitam o prolongamento da mesma. Inclusive, algum tempo atrás, li em uma revista a respeito da possibilidade de atividade sexual do homem após sessenta anos de idade.  Isto, evidentemente, não se refere apenas e puramente ao prazer físico, mas à própria realização do ser humano. Ele não se sente, então, como um indivíduo éh totalmente apagado para a vida. É apenas, digamos assim, uma das coisas interessantes que tem aparecido ultimamente, pesquisas que têm sido feitas e que demonstram que a velhice não precisa ser obrigatoriamente amarga, como é para muitos. Evidentemente, estou falando a respeito de pessoas que têm a possibilidade ãh de viver uma vida mais tranquila. Não me refiro ãh, àqueles que são obrigados a viver num asilo, a depender da caridade alheia. Me refiro àqueles que têm uma família e que possam, então, ajudar ãh, aqueles, ou aos pais, ou aos avós, que já se encontram em idade avançada. SPEAKER 0: ### SPEAKER 2: Pelo que se percebe, a principal atividade social dos jovens é o namoro né  É o encontro do sexo, é o encontro da possibilidade, éh a atração física que já se delineia de maneira bastante forte na juventude, e que encontra, por assim dizer, um um escuadro, ah nesta época, bastante permissivo em que nós vivemos. Mas, de qualquer forma, passada a révora, então, os os jovens já na julgam-se na plenitude do seu vigor, e realmente estão, sentem esta atração pelo sexo oposto, o que é muito natural e normal, E passam então a viver principalmente em função do amor. Julgam eles que ser o primeiro amor ou o amor que jamais morre E vive muitas vezes, durante algum tempo, em função desta noção éh do, deste amor imorredor. No final de contas, a gente percebe que não é tão imorredor assim. Mas, de qualquer maneira, eles vão procurando viver a sua vida social, inclusive com seus amigos, passeando, a formação de grupos, rapazes e moças, sentem-se bem, em companhia, passeiam, brincam, evidentemente me refiro ao aspecto mais sadio agora, livre de influência de tóxicos ou de drogas ou de coisas que possam perturbar o desenvolvimento sadio de uma mocidade eh sadia. Eh, o> SPEAKER 0: Em síntese, o senhor descreveria um casamento? SPEAKER 2: Todos se envolvem no casamento. Os noivos, os sogros. E às vezes os sogros se envolvem em demasia. Mas, de qualquer forma, o envolvimento dos noivos é o mais sublime e o mais sagrado que pode e deve existir, porque, afinal de contas, eles têm de viver um para o outro. E> <é mais uma questão social do que religiosa. Talvez uma exposição de vestidos. mas de qualquer maneira é realizado o casamento religioso. E não deixa de ser uma ocasião bonita e maravilhosa, em que se percebe muitas vezes, sempre, quase sempre, eu digo quase sempre porque, infelizmente, nem sempre, mas quase sempre, se percebe bastante, não apenas a beleza da noiva, uma se percebe bastante felicidade ao ambos se contemplarem, eu digo isso como pastor, porque muitas vezes eu os tenho diante de mim, noivo e noiva, e percebo que naquele momento, Muitas vezes estão entregues apenas um ao outro. E> SPEAKER 0: SPEAKER 0: Muito bem. ###