SPEAKER 0: ### ### ### ### ### Ela depende da roupa, o fim, que eu vou utilizar essa roupa, né? ### ### Eu num me importo tanto com o tecido, me importo mais com as cores. Eu gosto de cores claras, não cores vivas, não é? Do um pouquinho... Para minha idade, não estou muito adaptada, porque eu gosto muito de cores vivas mesmo, gosto muito de vermelho, gosto de azul, azul celeste, ( ) não sei bem, porque agora existem umas cores engraçadas, né? Existe um amarelo cheguei, (risos)até hoje eu não sei qual é o amarelo cheguei, mas que existe, existe. E> E eu gosto de cores, amarelo, por exemplo, amarelo vivo eu gosto, ( ) porque eu sou morena, então eu me sinto melhor com essas cores. E complementos? Que complementos a senhora usa normalmente? Vamos supor que a senhora vá a uma reunião social. Quais complementos que a senhora usa? O complemento você fala Sapatos, bolsas, luvas? Tudo. Só pode dizer sobre tudo. Depende também do lugar onde eu estiver. Sim, numa reunião social. Em uma reunião social. Também essa reunião. Se for um chá entre amigas, ou aí... Eu iria mesmo, eu gosto muito de andar de luvas. Sempre gostei, desde bem mocinha. ( ) hoje não está tão em moda, né? Ãh desde menina, eu gostava> ( ) como eu fui criada em colégio de freira e era obrigatório andar de luvas cada vez que a gente saía, talvez por isso eu tenha me acostumado. E> <Eu gosto muito de combinar o sapato, a luva e a bolsa. Num gosto. Nem sempre é possível, né? Mas eu gosto de combinar. E> <E eu acho que uma mulher deve ter brincos, colar, pulseiras. ### Mas eu não gostei, detestar cabeleireira, a manicure. E> <Eu gosto de ( ). Eu gosto ( ). Não joia. Eu gosto mais de bijuteria do que de joias. Poucas joias eu tenho. Mas gosto mu> adornos, né, de pulseiras, colares, brincos. Gosto de eu gosto mais que as minhas filhas ainda. E> <E no vestido, que tipo de bijuteria a senhora usa? Depende também no vestidos. Se for um vestido de esporte, a bijute> <ria simples, né? Enfeite de madeira, eu gosto demais de enfeite de madeira. E gosto também não de prata, até de... ( ) As bijuterias que temos agora, de correntes, ( ). Quanto mais exótico é o é o ( ), mais... É, aqueles que penduram nas correntes, né? Mas eu gosto. E> Broche eu gosto também, ele é> Aliás, broche, eu tenho um que é o meu predileto que o meu fi> <lho me deu. Lindo ( )> ### Não sei se é (risos) lindo porque meu filho me deu ou se é lindo porque é lindo. Aquele, então da parte que eu vou, ( ) só falta eu por no ( ). (risos) Ele que deu, né? E é o broche que eu gosto. E no pescoço, a senhora usa algum enfeite? ### Eu acho que uma coisa não combina com a outra, porque é horrível uma pessoa muito, parecendo uma vitrine, muito estranha ( )> Se eu ponho um broche, não ponho o colar. Mas se eu tiver, tenho um broche, eu tenho um vestido liso, eu gosto de pôr. Se for uma gargantilha, ou mesmo um colar ( ). Ou mesmo, às vezes, até um colar muito exagerado. Não tem problema. Depende da hora. E> <E para o verão, qual o tipo de tecido que a senhora adota mais para fazer a sua ro> Para o verão, eu acho que a seda mesmo, porque temos seda de todo tipo, né? Eu gosto> E o algodão. O algodão é o mais prático de todos, né? O algodão éh com aqueles fios de ( ). Como hoje, os nylon eu não gosto. ### ### Doutora Iara, no qual o traje que a senhora mais usa no verão que mais te agrada? No verão... Aliás, desculpe, no (risos) inverno. No inverno... Bom, eu, tanto no verão como no inverno, eu gosto de calça comprida. Principalmente agora, que a roupa está um pouco mais curta. Eu ainda sou do tempo da roupa abaixo do joelho. E> <Então, para não andar fora da ( ), já calça comprida a gente está sempre dentro da moda, não é? Então, eu uso tanto no verão como no inverno a calça comprida. A não ser que seja uma reunião social que é mais elegante o vestido ou um conjuntozinho de sai> A blusa sempre é mais elegante, mas a mulher de vestido é muito mais feminina. E> <Então éh eu gosto, gosto de Eu gosto de roupa simples. Muito simples mesmo. Num num tenho problema de estar procurando (risos) modelo. Tá indo bem, tá tudo bom. E> E qual é o modelo dessas calças compri> Ah, eu nem sei se existe modelo em calça comprida (risos). (risos) existe, é. Algum detalhe assi> A senhora ( ) colocar algum detalhe em calça comprida? Uhu> Não, porque eu geralmente compro os conjuntos já prontos, não é? ( ) como é que eles falam éh? ( ) por ter, né? (risos) ( )> Eu compro assim, ( ) e outras marcas. A gente veste, cai bem e pron> Quer dizer que eu nem sei se tem marca ou se não tem. Estou vestida e (risos) pronta. No inverno a senhora também costuma usar roupas feitas de algodão ou senhora usa um outro pano? (ruído) Éh> Depende, no inverno aqui em São Paulo não é muito rigoroso, né? ( ) inverno a gente pode bem usar o algodão. Éh ( )> Mas a roupa de malha no inverno (ruído) fica muito melhor. E> <E é o que eu uso. E> Geralmente ( ). É o que mais se adapta ao inverno. Se fosse num lugar mais frio, que tipo de roupa a senhora usaria, que traje? Num lugar mais frio, eu já passei um frio bárbaro em Londres. E> <Era um frio que fazia a gente ficar dentro de casa, mesmo sendo turista, sabe? E> <E lá eu ( ). Lã por baixo, até plástico (risos) por dentro, e botas de couro e roupa de lã já comprada lá mesmo, que era para o inverno de lá, e ainda um tremendo casacão de couro, que acho que mais agasalhava era de couro. Então, para um inverno muito rigoroso, acho que é o que melhor se ada> A senhora se utiliza assim de alguma coisa quando a senhora vai estudar, vai ler, vai ao ao cinema, ao teatro, assiste televisão? Éh, eu sou míope, muito míope mesmo. E> <Eu uso lente de contato já... Nossa, deixa eu me lembrar quanto tempo. Quase quinze anos eu tenho lente de contato, porque eu nunca me adaptei com óculos. Na época de verão, quando a senhora sai sempre a algum lugar para fazer compras e ir ao supermercado, a senhora usa alguma coisa para proteger os olhos? Não, nunca usei. Como... se eu fosse pôr óculos escuros, eu teria a mesma sensação de usar óculo> Como eu nunca pude me adaptar aos óculos, nem óculos escuros (risos) eu não posso usar, então eu não uso nada para proteger. A> <Aliás, eu sou franca adepta do sol e eu não uso nada para me proteger do sol, do verão, nada, nada, nada, nem creme bronzeador, na> Por falar em creme bronzeador, qual o traje de banho da senhora, quando a senhora vai à praia, assim? Eu vou responder mais ou menos com franqueza. Eu (ruído) O meu traje de banho é o adaptado no momento, assi> conforme as circunstâncias. E> <Eu gosto muito de maiô de uma peça... não uma peça só, não e (risos) ### (risos) é aquele maiô inteirissa. Eu só tenho um maiô de duas peças, mas não é biquíni. É> É mais um tipo de short. Porque eu acho que a moda atual, as meninas podem achar muito bonito, mas as meninas pedem tanto, tan> Com a moda atual daquelas, tanguinhas, elas ficam com um um corpo masculino. Então eu sou contra. E eu continuo naquela velha moda de maiô ( ). E sobre o maior, o que que a senhora usa? Eu sempre tenho uma saída de banho. Dependendo isso, nisso eu acompanho a moda é que eu ( ) Aliás, eu crio a moda. Porque eu adoro fazer saídas de banho para as minhas filhas. E> <E logicamente a gente faz um intercâmbio. Éh> Eu e ela temos... um um improvisado assim, com toalhas, ou com panos felpudos. De tudo quanto é modelo, nós temos saída de banho. Doutora ( ), quando a senhora usa vestido, que modelo a senhora costuma usar ou prefere com Quais os detalhes que a senhora gosta no vestido? O vestido que eu mais gosto é o ( ). que é o mais prático, tanto para trabalhar, como para ficar em casa, para toda hora, até para uma cerimônia não muito uh solene, é o ( ), é o melhor. Agora, fora o ( ), eu gosto do ( ). ( ), como é que nós diríamos em português? Costume, né? (risos) (risos) ele não gosto muito de empregar galicismos, então são os costumes de saia e casaquinho ou blusa. Daniela, a senhora poderia dizer para a gente o traje que a senhora usa diariamente em casa, ou para sair para fazer compras? ( )> Eu geralmente saio para as compras com a roupa que eu estou em casa, eu não troco. E eu geralmente estou com conjunto de calça comprida e blusão. Já levanta, e já põe isso para levar as crianças para a escola e já fico o dia inteiro (risos) com essa roupa. E o traje a passeio? Depende do lugar onde eu vou. Ou vou mesmo de calça comprida ou vou com vestidinho leve. Quando a senhora vai ao clube, que tipo de traje a senhora costuma usar? É calça comprida, éh sempre. Éh> Acho que é meu uniforme (risos). Doutora Iara, e à noite, qual o traje que a senhora costuma usar? Eu gostaria de poder responder que à noite eu ponho um longo, que eu me enfeito, mas não, eu fico (risos) mesmo de calça comprida. À noite, a hora que a senhora vai deitar. Ah, depende também. No> <No inverno eu uso pijama. No verão eu uso camisola, ( )... Não é isso? Mudando um pouquinho de assunto, onde é que a senhora costuma guardar seu dinheiro? Quando eu tenho dinheiro para guardar (risos), eu guardo no banco (risos). Só no banco? Em> <Em casa, assim. Quando a senhora vai sair para fazer compra? A senhora guarda o seu dinheiro aonde? Eu tenho sempre o dinheiro na bolsa. O dinheiro que está comigo está sempre dentro da minha bolsa. Tanto que a família inteira, sabe, quando eles precisam, eles (risos) já vão lá, já pegam. Está sempre na minha bol> ( ) não tem em outro lugar, não. E> <E fica jogado assim dentro da bolsa? Ou> <Ou ala além de dentro da bolsa, existe (risos) ainda u> <um outro objeto que (risos) a senhora utiliza para guardar o seu dinheiro? Eu vou revelar então o meu segredo, (risos) né? (risos) pode revelar que é interessante para gente, vi> Tenho uma carteira de documentos e nessa carteira de documentos tem um compartimentozinho onde eu dobro as notas maiores e ponho. Agora as menores ficam do lado de fora. Essas bolsas modernas têm uma bolsinha fora, notas de dez cruzeiros e cinco de um cruzeiro ficam ali fora. Agora cinquenta, cem cruzeiros, quinhentos, eu guardo nesse compartimento do da minha carteira de documentos. Ah, e as moedinhas? As moedinhas ficam fora junto com as notas pequenas. Ah, então isso já não interessa (risos) para gente. Doutora ( ), e seus filhos, como é que eles vão vestidos para o colégio? Com o que traje? O> <O menorzinho tem uniforme. É calça cinzenta, blusão do Liceu, ele está no Liceu Eduardo Prado, blusão. A> <A menina está estudando eletrônica e essa não tem uniforme. A> Ela vai com uma calça rancheiro, tem um nome americano aí que eu não sei qual é, Tip Top, é um nome (risos) esquisito assim, e blusinha. Maria Ângela depende do... A Maria Ângela é muito mutável, ou mutante, (risos) não sei bem. Ela tem época que ela vai como se fosse para um desfile de modas. E> E tem época que ela vai mesmo com uma calça rancheira desbotada, de (risos) qualquer jeito. e o Alberto tem ido com a roupa que ele usa costumeiramente. Agora hoje ele já me disse que quer comprar uma calça americana, que ele só vai com essa para escola, não vai com mais (risos) nenhuma. Doutoría ( ), e essa blusa do uniforme do seu filho, como é que ela é? É uma blusa branca, de malha, e tem o distintivo do colégio do lado esquerdo. A> A blusa é de manga curta, e uma golazinha esporte, mas é fechad> Só aberta (ruído) para entrar na cabeça (risos) Em um dia chuvoso, por exemplo, onde o o que a senhora costuma usar para se proteger? Uma capa. ( )> Sempre a mesma capa. Eu tenho essa capa já há uns dez anos. E> <E é essa que eu uso, que está guardada lá embaixo. Na hora em que está chovendo, eu pego a capa e já levo assim em pé. O guarda-chuva eu não uso nunca. E> E de calçado, o que que a senhora usa? Calçado eu tenho quatro pares para as festas. De resto eu tenho uma sandália, uns sapatos tipo mocassino para usar com as calças compridas e mais nada. E> Em época de chuva? Calçado para época de chuva? Eu não tenho calçado especial para época de chuva não, viu? ### Tenho para o ca para o verão e para o inverno, porque no inverno uso sapato fechado, no verão uso sapato aberto. A> Até gosto também de tamanquinhos, mas... éh um calçado especial, assim como galocha, isso é acho que já é do tempo da minha avó mesmo, não é (risos) mais o meu tempo. Doutor ( ), quando a senhora não compra só as roupas feitas, onde é que a senhora manda fazer? Eu há muito tempo que eu não mando fazer roupa porque perdi contato> Eu tinha um costureiro maravilhoso, mas... depois perdi contato com ele. Talvez ele tenha ficado meio famoso ou eu tenha mudado e> Eu nunca mais fiz roupa com ele. E... a última roupa> Eu sei costurar. Então, muitas das minhas roupas sou eu que faço. Mesmo quando eu estou com muita pressa de ter uma roupa nova, eu mesmo faço minha roupa. E geralmente até desenho as modelos. Qual o tipo de penteado que mais agrada a senhora? Ah é um penteado solto. Cabelo livre, sem laque, sem nad> Eu detesto laque no cabelo. Então eu só... quando eu vou ao cabeleireiro, o cabeleireiro já sabe que eu tenho uma festa importante ou um casamento, porque senão eu não vou me> Eu uso uso o cabelo como está ( )> Lavo a cabeça, a penteada para trás e pronto. É só esse o penteado, que eu te estou agora. Só esse, e (risos) mais nada. E qual o tipo de penteado que a senhora prefere, assim, que a senhora mais admira nas outras pessoas, ou em mocinhas, ou em pessoas da sua idade mesmo? Em mocinhas eu gosto muito do penteado simples, cabelo solto, livre. Agora, para pessoas da minha idade, acho lindo o cabelo preso, bem arrumado, que eu nunca tenho, mas que eu acho maravilhoso, acho muito distinto. O que a senhora usa para embelezar o rosto? Ah, eu sou um pouco vaidosa. Eu Eu uso creme, creme para os olhos, porque eu tenho horror de ter aqueles inchaços na pálpebra, que, aliás, não tenho, né? Apesar de já estar com quase cinquenta anos, num tenho. e creme hida hidratante, pois uso base, tanto que toda a pintura da casa quem compra sou eu, não são minhas filhas, e elas usam a minha, mas eu não ando muito pintada, mas gosto de ter tudo. Doutor ( ), quando os cabelos começam começarem a ficar brancos, o que a senhora vai fazer? Quando eles começarem a ficar branco Eu vou tornar a tingir (risos) Eu só vou deixar de tingir o cabelo quando eu tiver uns oitenta anos, ou então quando eu não tiver mais meu marido. Porque eu me enfeito para ele pensar que eu ainda sou bem jovem (risos). Boa tática, hein? A> <Agora vamos passar um pouquinho para o traje masculino. Gostaria de saber o que a senhora acha do traje masculino atual. Ou a senhora prefere o antigo? Ana, eu gosto do atual. Não sei se é porque eu tenho filho moço, e eu acho o meu ( )> Eu fico ( ), mas eu acho que ele é a coisa mais linda que (risos) existe. Eu gosto do jeito que ele se vestir, essas calcinhas tu> Toda moda juvenil eu gosto demais. Quando é justo, eu acho lindo. Quando começa a largar, eu acho maravilhoso. Eu> <Eu mesmo já aconselho, vai fazer isso, olha, está usando. A> <Agora o penteado nu não é mais esse, é outro. E> <Eu leio nas revistas de moda e conto para o meu filho para que ele esteja sempre de acordo com a moda. Eu gosto muito de coisas moder> E sobre o penteado moderno, para os rapazes, o que a senhora acha? Eu gosto, gosto do penteado moderno. A> <Agora os cabelos já não são mais tão longos quanto eram, né? Agora já eles estão cortando mais com tipo do... não sei se é a pronúncia correta... Eu acho ainda mais bonito, porque dá uma impressão de displicência, mas já não dá aquela impressão de fragilidade que dava o penteado mais longo. Isso que> E simplesmente que o rapaz esqueceu de cortar o cabelo que não liga para aquilo. Eu acho muito mais bonito do que estava usando antes. A senhora poderia descrever para a gente como é o penteado masculino atualmente? É eu já disse, é do ( ) (risos). Não, mas dá para só descrever para a gente? Como é o penteado ( )? não é muito curto, que antigamente eu usava o cabelo muito curto, éh mais ou menos longo, e éh nu como aqueles retratos da figura de São João (risos), é muito anelado e mais ou menos longo. ( )> Certo. Doutora ( ), e para um traje social para homem, o que que a senhora acha que ele deve usar? ( ) o traje social eu gosto mesmo de terno, gravata, moda austera do paulistano, né, vestido de que o carioca tanto caçoa, eu acho muito bonito. Eu acho que é indispensável. Terno, um ou dois ternos, o rapaz precisa ter. Numa reunião social, como é que a senhora acha que um homem deve se apresentar? Depende da reunião, né? Na posse do... ( ) tenho aqui de ( ), né? É o ( ), é o casaca. De casaca. Então, o rapaz deve se apresentar de acordo com a reunião ( )> É horrível. A pessoa está... é muito melhor ela estar bem vestida demais, a estar mal vestida. Então, numa reunião, se o rapaz tem dúvidas, se deve ir de esporte ou de terno, é melhor ele ir de terno. Que assim ele não pode se sentir mal. Que tipo de terno, a senhora? Acho que deveria usar. Eu não sei que tipo de terno estão usando agora, mas... parece que agora é de três botões (risos) ( ) Não sei, acho que está moda eles devem usar, pois fica sempre igual> Então, a gente se acostuma a ver. A propaganda tem uma influência tremenda, né? De tanto assistir televisão, tanto ouvir anúncios, a gente acaba se acostumando e, sem querer, é uma espécie de hipnose. Eles vão mostrando, vão mostrando, vão repetindo, a gente gosta e> E eu sou mesmo uma criatura de> Espírito... eu sou muito influenciável. Eu logo gosto das coisas moderna> Eu sou a primeira a descobrir as (risos) invenções e a adotar e a querer. E> <Então, eu acho que o rapaz deve usar sempre aquilo que está aparecendo. Você poderia descrever para gente como é que é uma camisa social masculina? Bom, as camisas sociais masculinas daqui de casa quem compra sou eu. Não sei se são as mais modernas, mas elas têm aquele colarinho que não precisa ser passado a ferro e a pontinha já é redonda, que no ano passado eram (risos) compridas. O colarinho era bem longo, agora nela já é arredondada. E as camisas já não são brancas, como a mu durante muitos e muitos anos era um tabu. O homem precisava ter camisa branca. Homem fino, camisa e meia branca. A> <Agora é horrível. Nem camisa nem meia branca (risos) se pode usar. As camisas são de cores, de cores berrantes. E> E eu sempre adorei cor berrante para homem. Meu marido, nós éramos ( ) nós somos casados há vinte anos. Nós éramos casados há pouco tempo. Eu comprei uma camisa vermelha para o meu marido e eu... Ele, coitadinho, né, recém-casado, tinha que usar para me agradar. E foi um escândalo. Os colegas dele, imagina, o Marino está usando camisa vermelha. Depois de uns tempos, eles que estavam criticando usavam as (risos) camisas vermelhas. E> <Então meu marido passou a ser um inovador. Mas o inovador era eu (risos). E o que mais um homem usa em uma reunião social? O traje dele. Além da camisa de gola arredondada, Ele usa mais algum comprimento? Não, essa camisa de gola arredondada, é o como meu marido é promotor público, é para trabalho, né? Aqui no fórum precisa de camisa e gravata sempre. Agora na reunião social depende. Se é um traje a rigor, pode usar inclusive uma gola olímpica. Fica muito bonita. Ou então, num smoke ou num summer, precisa ser éh camisa com aquele peito duro, com aquela gravata borboleta, Coisinhas assim (risos). E mais alguma coisa? Ah, e os homens usam uma faixa na cintura (risos). Eles têm a faixa e tem o lencinho também para pôr no bolso, que fica muito bem. A> Agora eu não sei se ainda usa, mas tem uma flor né ( ) do mesmo pano da faixa e do bolsinho. O lencinho do bolso. E que tipo de pano é usado para roupa de homem? Para roupa de homem usa-se muito tergal. Eu acho lindo, mas é de muito difícil de conservação, por isso nos dias modernos quase não se vê o linho. Linho para homem é maravilhoso. Termo de linho, é tão distinto, mas é difícil de conservar, né? É mais o tergal. Tergal de verão, tergal de inverno, mas sempre o tergal. O que mais um homem usaria na cintura, além da faixa, não numa reunião social normalmen> Na cintura, o homem usa a cinta. A> <Agora eu sei que estão voltando os suspensórios. Mas não é propriamente na cintura, é para segurar as calças, não é? Mas está voltando a moda dos suspensórios. Que tipo é essa cinta? Depende. S> <Se o homem tem uma certa idade, ele usa cinta fininha. Se é rapaz, já usa mais grossa. E eu acho muito bonita a cinta grossa. Dá um ar de toreiro no (risos) rapaz. (risos) eu acho bonita. Acho que é o só que eles usam. E o que é usado para segurar essa cinta? Como é que ele abotoa essa cinta? Fivela? (risos) Mudando um pouco de outra área para outra área, né? Qual a estação ou época do ano que mais assim te agrada, que a senhora se sente melhor? S> Eu não sei, eu eu me sinto bem em todas as estações. Eu tenho a impressão que (risos) o que eu mais gosto são das mudanças de estações, né? Quando está chegando a primavera tem aquele ar pairando de perfumes. A> <A até que aqui no Brasil não tem tanto, não é? Mas em outros países a gente nota isso nitidamente. E é maravilhoso. A> <Adoro a mudança de estação. Aliás, eu eu tenho a impressão que eu adoro tudo quanto é mudança. Então, eu adoro. Eu Quando eu estive na Europa, a mudança do verão para o outono. É coisa que a gente não pode descrever, porque no Brasil não existe. De um dia para o outro, todas as folhas das árvores ficam amarelas e caem. A> <Aqui a gente não vê isso. De repente, se não vê mais verdes. Só vê amarelo, amarelo, amarelo. Dá uma impressão dourada, deslumbrante. I> <Isso eu adoro me> Que tipo de clima que a senhora mais gosta? Eu não se> Eu gosto dos dois clim> Como eu gosto de mudança, quando eu estou no (risos) verão, eu gosto do inverno. Quando eu estou no inverno, eu gosto de verão. Agora, o verão eu gosto é na praia, não é? O verão aqui em São Paulo é terrível. ( )> A praia é delicioso ( )> Ficar tomando sol, tranquila. Não, nem nem sempre tão tranquila. Eu gosto muito de estudar na praia. Eu sou uma eterna estudant> Então, se eu for para a praia, eu vou sempre com es um livro, uma coisa qualquer, porque eu não sei ficar sem fazer nada na praia. Eu fico lendo. ( ) a última vez que eu fui à praia, eu fui para estudar. Estudei o tempo todo. Nunca estudei (risos) tanto na vida quanto na praia. E> <E, no inverno, também aproveito para tra para estudar, para fazer trabalho ( ), para fazer reformas dentro de casa que> <que eu gosto muito de reformar as coisas. E quando o tempo num já não se apresenta bom, quais as mudanças que a senhora nota? Principalmente no céu. Bom, eu gosto de pintura. Eu> <Eu, inclusive, sou... Sou, não, eu não sou artista, mas gostaria de (risos) ser artista. E> <E eu sempre obtivei muita mudança de cores. E> <E eu acho lindo. Toda a cor é linda, tanto a do inverno quanto a do verão. E> <Então, se o tempo hoje, por exemplo, a tarde, parecia que ia fazer uma tempestade fu tremenda, e o céu ficou, de repente, cinzento, lá no centro da cidade. Eu estava com a minha menina lá. Quando eu falo menina, é ( ) que tem (risos) dezesseis anos. E> <E nós viemos... para para cá, para Indianópolis, e daqui fomos para Pinheiros buscar o menino. E aí na Avenida Bandeirantes, se nós olharmos para o céu, estava o pôr do sol mais lindo do mun> Então foi um contraste tão grande que eu até parei para ficar observando. E> <E o os meus filhos, coitadinhos, eles têm que seguir as minhas manias. Eles também precisaram ficar (risos) observando tudo. E co vai quando vai tendo uma tempestade, o que que a senhora mais nota, o que que acontece? Acontece que eu fico com medo terrível, eu tenho medo de relâmpago, e trovão... como eu acho que, por causa do meu nome (risos) ser de índio, eu tenho a impressão de que Deus está bravo, é o Tupã... éh (risos) e eu tenho medo mesmo. Quando as crianças eram menores, eu pegava os meus filhos e eu ficava na parte principal da casa... Quer dizer, bom, aqui é a parte mais abrigada da casa. Era ali que eu ficava. Eu procuro dominar, mas eu tenho muito medo de tempestade. Por exemplo, em uma viagem... quando nós passamos as pelas serras, às vezes... a existe algum obstáculo. A senhora pode dizer para a gente qual é? Viagem aérea? Não. ### Viagem automobilística mesmo. Ah, sim. Quando a gente passa pela serra, é aquela mudança de pressão. Às vezes tapa o ouvido, a gente sente uma zoeira... Mas... é é só mudança de pressão mesmo, não é isso? A senhora não nota mais nada que atrapalhe dirigir ou coisa assim? Depende da época e da hora. Neblina, por exemplo, daqui para Santos é um terror a neblina, né? A gente, às vezes, vai atrás do carro da frente, só se guiando pelo farol, sem saber o que é que a gente (risos) está fazendo. De repente, quando a gente vai ver, está na garagem do homem, né? (risos) a gente vai seguindo, seguindo, acaba a serra, continua seguindo o homem, ele chega na garagem dele e a gente não tem mais um ninho que já chegou lá. Agora nós vamos mudar outra vez de área. Vamos supor que a senhora estivesse morando numa casa alugada... e o dono resolvesse ocupar a casa novamente... antes que o contrato vencesse. Que medidas a senhora tomaria para sua defesa? Isso já aconteceu conosco. Nós morávamos numa casa alugada antes desta... e... nós morávamos numa casa alugada porq> Era a residência fixa aqui em São Paulo, que meu marido tinha que estar no interior pela profissão dele. Então nós vínhamos só passar as férias aqui. E estávamos nessa casa. E, naturalmente, com a desvalorização da moeda, o aluguel foi ficando baixo. E o dono... ã assim, cada um dois anos ele punha a casa à venda, éh que era um meio dele querer aumentar o aluguel. Nós, pacientemente, mostrávamos a casa para quem quisesse ver. Só que, simplesmente, eu dizia que eu era advogada e, geralmente, não aparecia comprador. Não sei porquê (risos). Eu nunca tive problemas com isso. E a senhora recorreria a alguém? A quem, aliás? Se a senhora precisasse recorrer a alguém, a quem a senhora recorreria? Eu não sei bem, mas acho que a mim mesma. Não é? Para me defender. Caso a senhora não fosse advogada. Aí eu recorreria a um advogado conhecido e de confiança, lógico. Se a senhora sente, por exemplo, alguma dor, vamos supor, a quem a senhora recorreria? Se eu tenho alguma dor, eu... Para dizer a verdade, eu não vou imediatamente ao médico. E> <Eu procuro os remédios que eu conheço e que eu acho que se adaptam, porque todo mundo é um (risos) pouquinho médico, né? Mas depois se eu vejo que continua, e que o remédio não deu resultado, lógico que eu vou ao médico. E> <Eu vou e agora com os meus filhos, então eu nem experimento o remédio que eu conheço. Se eu já tenho ( ) que já levo direto para o médico. Doutora ( ), se a senhora tivesse problemas com a pele, que tipo de médico a senhora recorreria? A dermatologista, mas a minha opinião é que ele mandaria que eu fosse ao médico, como é que se chama? O médico de estômago é o gastroenterologista (risos), que geralmente o problema de pele é má alimentação. Se a senhora, por exemplo, por exemplo, hein, (risos), sofresse do coração, a quem a senhora recorreria? Cardiologista. Acontece que eu já tive uma insuficiência cardíaca (risos) e recorri. (risos) E deu certo? Deu certo. Estou completamente (risos) boa. Numa sala de operação, quais os instrumentos que a senhora conhece que o médico utiliza? Ah, eu sou... bem ignorante na matéria, eu conheço através da televisão, né, bisturi, pinça, e eu acho que... o aparelho de oxigênio, e... acho que só, né, anestesia, mas não sei o nome dos aparelhos, ó só absolutamente ignorante na questão de medicina. S> <Só gosto de aconselhar remédio, e aliás, esse é crime, né, (risos) ( ) prevenção penal. Quando a senhora sente dor de dente, o que a senhora faz? Quando eu sinto dor de dente, eu tomo um comprimido para passar a (risos) dor. Mas logo e imediatamente eu vou ao dentista para tratar dos dentes. E quais os instrumentos que um dentista utiliza? O dentista tem tanto instrumento... tem a cadeira (risos)... onde a gente senta. E a primeira... a gente já chega, já senta naquela cadeira e já... sobe a cadeira e reclina... é um negócio. Depois tem aquele... aquele aparelhinho que faz um barulho infernal... um uma serrinha... uma agulhinha... eu não sei bem o que é. Eu não sei nome nenhum, a não ser o boticão, que todo mundo conhece. E> <E... acho que não sei mais nome nenhum. Ah... também tem a seringa da injeção, né, para dar (risos) anestesia. (risos) Fora isso eu não sei, não. Tem a espátula para obturar os dentes... aquela massinha... eu num sei mesmo. Pelo jeito não gosta muito de dentista, não. Ah, num gosto. Eu gosto de dentista, mas infelizmente a gente... Aliás, atualmente, como eu gosto de modernismo, eu comprei um título num> <num sei bem se é... Não, não é título, não é> <É uma apólice de seguro dentário. Bom, (risos) é, existe agora em São Paulo. Não vou fazer propaganda, mas existe. Era um amigo do meu filho, um rapazinho muito simpático, sabe? Chega amigo do filho da gente aqui, eu estou vendendo do que meu pai encurtou a mesada. Comprei apólice de seguro dentário. Dizem que a família inteira agora tem direito ao tratamento dos dentes lá no seguro dentário. E> <Eu vou ser a primeira, porque se não servir para mim, não serve para eles. E> <Então, eu vou começar a tratar dos dentes lá. Quem sabe isso é um pouquinho diferente dos outros que eu vi lá na apólice, que eles usam um sistema de de anestesia por controle remoto, (risos) umas coisas todas diferentes. Eu vou experimentar (risos) isso. E, doutora ( ), como é que funciona essa apólice? Tipo de uma clínica? Como é que é? Ele disse que eu não ia fazer propaganda. É tipo uma clínica mesmo... tem inclusive pronto-socorro... tem to e dia dia e noite... tem até internamento, como se fosse um hospital. Eu achei uma coisa sensacional. S> <Sei que, com o tempo, talvez não vá ser como eles estão propagando, mas tudo que é fundado assim... que a gente éh éh, que o toda todo empreendimento, logo que se inicia, é perfeito. Eu me lembro que o meu filho, de onze anos, nasceu no Hospital do Servidor Público. E> <E o Hospital do Servidor Público não tinha um ano ainda. Quando o menino nasceu, disseram... ah, o menino então vai para o apartamento azul. E> <E as refeições eram revi eram servidas em baixelas. A> <Agora vá lá no servidor para ver (risos) como é que era. Não tem lugar de jeito nenhum. A> <A gente querendo um um quarto sozinha não arranja. E e> <E para arranjar quarto de duas, Precisa esperar meses e meses. No entanto, quando o menino nasceu, eu fui para o apartamento azul, porque ele era menino. Doutora ( ), e a senhora sabe o nome de alguma doença que dá na boca? Doença que dá na boca? De cárie, por exemplo? (risos) Não, né?> Deixa ver se eu não lembro de mais alguma. Não> Na língua eu sei afta, né? E> <E também estomatite, que é pe parece que é do estômago, mas não é, é da língua. (risos) Agora, dos dentes, propriamente, além da cárie, eu acho (risos) que eu não sei nenhuma, não. Sei que da gengivite é na gengibre, mas já não é nos dentes. E> <E... além disso... Bom, os meus filhos, no frio, eles têm todos eles são alérgicos. Eles têm problema. O> <Os dois meninos precisam passar uma pomada, porque os lábios racham. Mas eu não sei propriamente o nome... dessa doença. Só sei que é um tipo de alergia ao frio... Acho que é o frio mesmo, não tem outra explicação. E a quem a senhora recorre quando dá esse tipo de alergia, ao dentista? Não. E> <Eles vão ao médico mesmo... Moléstias alérgi> ( ) eu não me lembro o nome agora específico do médico. Mas como eu já tenho há muitos anos, eu já tenho as receitas, ele já nem precisa ir ao médico. Eu já tenho uma pomadinha, ( ), (risos) e ele já sabe que precisa e já passa. Eu já não tenho mais problemas com isso. (risos) Se a senhora tivesse que construir uma casa, o que que a senhora faria? Eu faria a planta, eu mesma, porque eu adoro fazer planta de casa. Essa minha casa, quem fez a planta? Eu comprei a casa e depois eu reformei. Eu> <Eu reformei não, quem reformou foi o... (risos) Os engenheiros. Mas quem fez a planta da reforma fui eu. Que eu adoro e> Ainda agora eu estou com uma planta para fazer uma casa em Itanhaém. É a casa do meu sonho. Éh foi a a> <As entradas têm duas pedras no terreno que eu vou aproveitar para as paredes da entrada. E um acho que é um um uma das minhas distrações prediletas é fazer planta de casa. (ruído) e a senhora não pede ajuda para ninguém? Para uma pessoa mais especializada? Ah, não, eu acho que eu sou (risos) especializada, né? Mas dentro do, dentro, assim, do (risos) campo. Não, depois que eu fiz a planta, que eu calculei direitinho... a metragem, o lugar, porque... Eu ( ) comigo, pelo meu, eu quando gosto de uma coisa, eu procuro estudar a coisa. Então, eu descobri que tem muita importância a face norte, face sul, onde nasce o sol, onde se põe o sol... por causa pela para a iluminação e aquecimento da casa. Então, quando eu faço a planta, eu procuro saber de que lado está o sol, para eu pôr as janelas. Então, tudo isso que é coisa de técnico, eu já faço. Inclusive, eu conheço bem as leis de urbanização éh das prefeituras lá de Itanhaém, já estou sabendo direitinho (risos) como é a lei de afastamento lateral, e eu já faço a planta toda dentro daquela lei. Depois o problema do engenheiro é calcular, alicerce, e espessura de parede, éh vigas, isso aí que eu não entendo mesmo, isso é problema dele, mas a disposição da casa eu acho que é da mulher, porque a mulher é que vai viver na casa, a mulher deve, eu acho que toda mulher devia entender (risos) de plantas. E que pessoas a senhora colocaria para trabalhar na casa? Pessoas assim que necessariamente teriam que trabalhar nessa casa que a senhora teria feito a plan> Bom, precisaria de um bom engenheiro por causa dos cálculos. Ainda mais essa casa que eu quero construir lá em Itanhaém, numa laje de cimento armado. Então é muito importante que o alicerce e as vigas, são colunas, vigas, não sei bem o nome, que possam conter esse... Essa laje, e além do que o cálculo exato, faz uma economia tremenda de ferros, de areia, eu entendo bem o assunto é de todo material de construção. E> <Então precisaria de um engenheiro capaz e de confiança, que aliás, graças a Deus, não nos falta, porque temos vários parentes engenheiros. e depois um bom empreiteiro, porque o engenheiro não pode estar lá todo instante na construção. U> <Um bom empreiteiro, o material de construção seria por minha conta, porque eu já sei até onde tem os lugares (risos), onde vende mais barato, onde entregam diretamente na obra, onde não há falta. E> <Então, aliás, você sabe que existem corretores de materiais de construção? Muito pouca gente sabe, né? Existe. (risos) Eu tenho uma grande amiga, aliás, amiga que eu fiz através do telefone, procu pesquisando preços. E> <E ela, então, se comprometeu a me arranjar todo o material de construção, mas eu antes pesquiso o preço para ver se o preço dela é bom, para depois fazer. J> <Já tenho tudo calculado lá da casa, quanto eu vou gastar, em quanto tempo vai ficar pronta. S> <Só estou esperando mesmo um capital que está para chegar, aí eu vou fazer a E além do engenheiro, do empreiteiro, quem mais a senhora colocaria para trabalhar na casa? Aí já seria problema do empreiteiro, né? Porque precisa de um bom pedreiro, precisa de bons, acho que ajudantes de pedreiro, que se chama aqueles coitadinhos que amassam revoque, que levam tijolo, e depois os especialistas em> <em aplicação de azulejo, lá em Itanhaém, eu não pretendo pôr aju azulejo, porque existe uma espécie de massa de revestimento, tanto para as paredes como para o chão, chamada epóxi, ou époxi, não sei, acho que epóxi, que substitui o azulejo, porque ela é impermeável, e não deixa ah passar umidade, e não se altera também com o tem> É ótima. N> <Na América do Norte e na Europa já há muitos e muitos anos que essa epóxi é usada. A> <Aqui no Brasil, agora que estão começando a usar. Então, precisaríamos arranjar um especialista na aplicação, porque se não for bom, o epóxi não fica bom. É um tipo de ti de é de tinta mesmo. Depende da massa com que é feita embaixo. Então, precisaríamos disso. E, além disso, ainda num numa casa precisa de tanta coisa. Precisa de criatura que faça os armários embutidos, de quer dizer, o marceneiro, então, nesse caso. Nossa, quanta coisa precisa. Vidraceira. Aliás, vidraceira eu sei colocar vidro de casa (risos) também. A> <Aqui em casa, quando quebra vidro, sou eu que coloco de (risos) novo. E hum Tanta gente tem numa casa que nem sei. (risos) E a parte da instalação? Instalação elétrica? ### Também sei fazer a instalação de uma casa, eu sei. A> <Aqui de casa eu conheço a instalação inteira. Quando queima qualquer coisa eu subo no forro e vou olhar os fio> Bom, a senhora não precisa de ninguém, então, ( )> Infelizmente não há tempo, né?> Eu preciso porque não há tempo, e a mi e aliás eu não sou registrada como (risos) eletricista na prefeitura, e isso é exigido, então precisaria pessoa, mas eu estaria ali controlando para a economia dos fios, para éh ver se a qualidade do fio que ele pôs é boa, porque para duzentos e vinte não é a mesma qualidade que se põe para cento e dez. E> <Então, eu estaria ali controlando. E na parte de pintura e encanamentos, a senhora também resolveria, ou a senhora chamaria alguém? (risos) Aí eu chamaria alguém, sim. Eu chamaria alguém que entendesse que fosse perfeitamente consciente, porque os encanamentos eles oferecem uma porção de problemas. De plástico eles não oxidam. Imagina que ( ) se você prega um prego na parede, fura o plástico. (risos) Então, precisa uma pessoa de consciência e que saiba encontrar um material bom para empregar na casa, que é muito importante a casa com um material bom. Como a senhora chamaria essa pessoa? Ah, eu procuraria amigos que já tivessem tido o mesmo problema e que estivessem satisfeitos. Então, a pessoa que trabalhou para eles, eu naturalmente chamaria. Que nome a senhora daria para essa para a pessoa especializada nesse setor? O encanador. (risos) E> <E o pintor. O pintor, aliás, nós temos um de confiança. É> <É uma criatura extraordinária. É um italiano, mas é um comediante. A gente conversando com ele, ele nem precisa pintar, porque ele conta os casos tão engraçados (risos) que a gente já esquece da pintura. É> <É um napolitano. Foi que pintou a nossa casa aqui e prometeu pintar a minha lá de Itanhaém. É uma criatura muito competente em questão de pintura. E> <E também sabe economizar. Ele põe o justo mesmo, ele> <Ele compra e num sobra um pingo de tinta. Por isso que a senhora gosta dele, né? É, e também porque ele é limpo, né? N> <Não faz sujeira nenhuma para pintar. (risos) Doutora ( ), vamos supor que a senhora estivesse andando na rua e fosse assaltada. Que medidas a senhora tomaria? Eu ficaria bem quietinha, entregaria tudo o que eles pedissem... e ficaria quietinha. Quando eles fossem embora, daria graças a Deus. N> <Naturalmente, depois que eles estivessem ido embora... eu, então, daria parte na polícia, procuraria o primeiro... a primeira delegacia de polícia e daí... então apresentaria queixa. Descreveria direitinho, porque enquanto estivesse bem quietinha estaria observando muito bem as pessoas que estavam me faltando para poder descrever depois. Porque eu sou muito distraída. S> <Se você está conversando comigo e for embora e alguém perguntar como você está vestido, eu não sei. Mas nessa hora eu precisaria tomar nota para depois poder descrever, né? Doutora ( ), que instrumento um pedreiro usaria para construção de uma ca> O pedreiro acho que usa pá, não é? Todo mundo fala em pá de pedreiro? Ele usa pá. Agora, a pru a pruma, não é? Éh Para ver o nível da parede, se a parede está seguindo reta. Eu, além disso, acho que num num sei muita coisa. Você diz de materiais, por exemplo? Tijolo, reboque, cimento. É o que ele usa, areia. Areia, aliás, tem várias qualidades. Tem areia fina, areia grossa. Tijolo também. Ah Por exemplo, na praia eles usam blocos, não usam tijolos. Diz que O bloco isola mais do calor. E a construção também é muito mais rápida. ( )> Esses blocos também são de de diversas qualidades e diversos tamanhos. Se ele tiver que colocar num parafuso, o que é que ele vai usar? Geralmente eles fazem um buraco na parede, eles colocam um pedaço de madeira e nessa ãh madeira é que eles colocam o parafuso. Doutora ( ), ãh quando os seus sapatos se estragam, a senhora joga fora ou a senhora costuma mandar para alguém conse arrumar? Depende do estado do sapato. Se ele ainda estiver apresentável, ( ) eu levo ao sapateiro. Daqui pertinho de casa tem um sapateiro português muito simpático, conserta todos os sapatos da família. E> <E agora quando já está bem feio, então joga fora> Geralmente nem chego a jogar fora, porque aparece um pobre que não acha que está tão feio assim e leva o sapato (risos) com ele. E quanto à limpeza dos sapatos, o que a senhora costuma usar para conservá-los sempre limpo? Graxa é o que a gente usa nos sapatos. Agora, eu, quando eu era estudante, o meu uniforme era sapato marrom, eu eu estudei no Colégio Estadual de São Paulo, era sapato marrom e eu me lembro bem que eu passava cera que diziam que cera conservava melhor do que a graxa. Agora, aqui os meus filhos gostam mesmo é da graxa. ### E seu marido, quando vai fazer a barba, quem que ele recorre? Ele recorre a ele mesmo. (risos) Ele tem aparelho de barba elétrico e tem também aparelho de barba éh marca Gillette, que é de parafusar, que abre sozinho, e ele usa os dois. E é só isso que ele usa para fazer a barba? ( ) ele usa creme de barba, depois que ele faz a o bo a creme de barba, Parece que ele põe no pincel, depois (risos) passa no rosto, depois ele usa isso com o aparelho elétrico, ele não usa o creme de barba, mas com a Gillette, com o aparelho de Gillette ele usa. Depois ele pa raspa com a Gillette, aí ele passa água velva no rosto. E às vezes fica irritado, eu aconselho que ele passe um creme de hidratante, mas ele acha que isso é muito feminino e não passa. (risos) E quando ele não faz a barba em casa, a quem ele reco> Geralmente ele não faz a barba em casa quando ele vai cortar o cabelo. Ele aproveita e já faz a barba no barbeiro. Então, éh o barbeiro de ho, o que corta o cabelo de homem, também se chama barbeiro, né? É barbeiro. (ruído) E para cortar o cabelo, o que é que o barbeiro (risos) usaria? Aí é mais difícil. Eu tenho a impressão que eles usam tesoura, porque o cabeleireiro usa, né? Tesoura. Depois tem uma maquininha Eu não sei como é que eu vou descrever essa maquininha, eu não não não sei o nome da maquininha, mas é uma maquininha que parece uma tesoura só que tem uns dentinhos entrelaçados que fazem a costeleta, a nuca (risos), uma porção de coisa. e alguns... ah... lá na Itália... meu marido foi cortar o cabelo... foi a coisa mais engraçada... ( ) pena que ele não está aqui... para vocês entrevistarem para ele contar o corte de cabelo da Itália... o que fizeram com ele... ele disse que o fizeram dentro de uma máquina de lavar roupa... fazer massagem na cabeça... depois fizeram uma tremenda rede... disse que na Itália esse é o modo de fazer. Eles põem uma rede no cabelo para secar. Ah, italiano é muito exagerado em todos os pontos, né? E Então eles usam a tesoura, usam Gillette lá na Itália, como como cabeleireira aqui. E passam aqueles cremes todos, e põem uma redinha com secante, depois passam um creme no cabelo, só falta enrolar. Isso eu acho que ainda não (risos) fazem. O que mais, além da tesoura e dessa máquina, se usaria para cortar o cabelo? Além da tesoura e da máquina para cortar o cabelo, ah eu eu disse, alguns cortam com Gillette, inclusive. A> Agora, de homem, cabelo de homem, eu não sei. E outras coisas. ( )> De mulher tem uma porção de processo, eles cortam inclusive com navalhas. e alguns então éh dizem que as meninas estão com o cabelo com as pontas quebradiças ou duplas, aí eles queimam a vela, o cabelo das meninas. Aliás, das meninas só eu ( ), já queimaram o meu também. (risos) E onde a mulher corta o cabelo, como é que se chama? É na cabeleireira, ou no cabeleireiro, o salão de beleza também. Além de cortar o cabelo, o que mais uma mulher pode fazer num salão de cabeleireiro? Ela corta o cabelo, ela enrola o cabelo, ela faz, hoje em dia já não é tão comum, faz permanente, tinge o cabelo, e além disso, ( ) faz maquiagem, ah pedicure, manicure, e depilação também, (risos) também, isso ia esquecer. Doutora ( ), quando a senhora quer fazer um vestido, a senhora mesmo, uma costureira, a q a que a senhora recorre para escolher o modelo? <( ), os meus vestidos, eu geralmente desenho, os meus e das minhas filhas. M> <Mas nós, para que eu tenha as ideias dos desenhos, eu sempre tenho os figurinos modernos. ( ) Aqui em casa, nós temos mania de comprar revistas. Então, nós sempre estamos olhando o que é que está mais em moda. Eu compro os figurinos. A> <As revistas de moda, em geral. E o modelo da roupa do seu marido? Pierre Cardin. (risos) E quem que faz a roupa do seu marido? Ah, eu não sei. Se não me engano, ele... Ele em Vila... Romana. Ele manda fazer. Éh> <Éh... Um representante de Pierre Cardin, lá em Vila Romana, mas eu não sei o nome. Bom, quem trabalha lá para fazer a roupa é alfaiate, mas eu não sei o nome da... ãh da pessoa jurídica não dá... (risos) como é que se chama? Da firma que faz a roupa dele. Certo. (ruído) Doutora ( ), quais os tipos de ajudantes que a senhora tem na sua casa? Atualmente eu tenho uma moça para todo o serviço, até para cozinhar, porque geralmente quem cozinha sou eu, mas... eu atualmente estou passando por uma fase em que estou meio afastada do serviço da casa. E> E... e tenho... uma mulher duas vezes por semana vem uma vez para... passar toda a roupa e outra vez para fazer a limpeza mais grossa da casa. E> <E, além disso, cada dois meses eu tenho jardineiro... que vem me limpar o jardim, plantar uma coisa ou replantar outra... que eu me lembre aqui na casa tem a impressão que são só esses. Como chama essa moça que vem uma ou duas vezes por semana trabalhar aqui? Chama-se Marina. <Não, eu quero dizer o seguinte. Faxineira. Tá certo. Quando a senhora quer fazer compras, ãh leite, carne, pão, a quem a senhora reco> Bom, leite eu eu vou aqui na padaria, que é padaria e leiteiria também. E> E a carne eu compro ou no açougue ou no supermercado. Doutora ( ), em nosso país, quem é o responsável pelas plantações em geral? Pelas plantações em geral? responsável propriamente, não. Éh> Ele talvez seja responsável pelas leis, etecetera. O ministro da agricultura, seria? Quem cuida das plantações aqui? Quem cuida é o responsável, tá certo? ### Uma ou várias pessoas determinada? Os agricultores. Ah, sim, os agricultores. os fazendeiros, né, mas fazendeiros já se incluiria o tanto a agricultura como a pecuária. Então, aí já seria mais amplo, sentido em sentido restrito, seriam mesmo os agricultores. Quando a senhora quer comprar uma joia, a senhora procura que lugar? Eu procuro meu (risos) compadre. O padrinho da Lalu, ele é... Ele é especialista em joias, aliás, já é uma tradição de família. O pai dele foi quem fez, lapidou, armou, montou o cálice do congresso eucarístico, e acho que foi em mil novecentos e quarenta e dois. E> <E ele aprendeu a arte com o pai dele. As joias que ele faz são maravilhosas, logicamente. E ele é primo de meu marido, logicamen> Tendo uma pessoa assim na família, não vou procurar vocês que gostariam que eu dissesse, eu procuro joalheiro, (risos) eu procuro esse moço. Desculpe. Bati aí no seu queixo com o microfone. Doutora ( ), existe alguém que toma conta aqui da sua casa de madrugada? Para proteção da sua casa ( ). Durante muito tempo, nós tínhamos aqui quatro guardas protegendo a casa. A> <Atualmente, graças a Deus, não precisamos mais disso. Durante a noite, tem um guarda noturno por aí. Não sei bem se é para proteção ou se é para acordar a gente, porque com aquele apito ele faz tamanho barulho que (risos) acorda a gente e avisa os ladrões que ele está ali por perto. Então, quando ele está aqui, os ladrões podem estar (risos) agindo em outro lugar tranquilamente. É o guarda noturno. E os meus cachorrinhos também. (risos) Por que a senhora disse que antigamente quatro guardas e infelizme... Aliás, felizmente agora já... Porque meu marido estava encarregado do de um processo em que ele estava com a vida em perigo e também do os filhos e eu, porque nós éramos constantemente ameaçados. Ele estava encarregado dos processos do esquadrão da morte. E> <E agora faz uns dois meses que ele pediu o afastamento desses processos e graças a Deus nós estamos tranquilos, não tem mais esse perigo. Se a senhora tivesse uma loja e quisesse arrumar a sua vitrine, a senhora chamaria quem? Vitrinista, acho que não existe esse termo. Existe? Vitrinista. Então eu chamaria o vitrinista. ###