SPEAKER 0: ### Rubens, gostaríamos que o ( )> nos desse então éh sobre a Igreja senhor f> falasse em suas viagens pelo Brasil, contasse talvez alguma experiência.

SPEAKER 1: Nas minhas atividades na Igreja Adventista, eu conto com atividade como o pastor no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, e também exercendo o magistério num numa instituição de ensino da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Petrópolis, estado do Rio de Janeiro. E a> Entre essas atividades, eu também viajei desde o Rio Grande do Sul até a Paraíba, no Nordeste Brasileiro, tendo contato com as várias comunidades, naturalmente numa em numa empreendimento de caráter evangelístico da Igreja.

SPEAKER 2: fazendo parte, tendo parte ativa em conferências evangelísticas, procurando então levar a nossa contribuição por meio de canto, por meio de conjuntos musicais, enfim, o atrativo para que a conferência ficasse menos árida.

SPEAKER 0: ### Nós gostaríamos do senhor mostrar, vamos dizer assim, em termos básicos, a a filosofia adventista, a igreja adventista. Por exemplo Por exemplo, a igreja católica tem um tipo de batismo, a igreja adventista tem tem um ou outro tipo ou al ou algumas outras igrejas evangélicas. Nesse contato, nessa vivência que o senhor teve durante algum tempo, o senhor naturalmente dará uma uma visão para nós.

SPEAKER 1: A Igreja Adventista adota o batismo por imersão, segundo ordem e exemplo de Jesus Cristo. E> <Então, em obediência a esta ordem de Cristo, como igreja cristã, nos batizamos por imersão. E> <E o indivíduo, para ser batizado, naturalmente deve aceitar as doutrinas básicas e vivê-las por algum tempo, em demonstração de sua aceitação plena dos princípios para, então, ser batizado e estar com seu nome arrolado no número de membros da Igreja e comungando com esta Igreja.

SPEAKER 0: ### Gostaria que o senhor nos desse, então, por favor, éh uma visão panorâmica da Igreja de vinte, de sua organização e as suas atividades religiosas ou sociais.

SPEAKER 1: A Igreja Adventista está em toda em todo o mundo, praticamente. E> Ela, naturalmente, organiza o seu trabalho em vários aspectos. A>

SPEAKER 2: Administrativamente, ela tem sua central em Washington, onde nós temos lá o que chamamos a Conferência Geral. De lá, então, imanam as ordens para o mundo todo, para os campos de trabalho. De baixo, Abaixo da Conferência Geral nós temos as divisões, por exemplo, a Divisão Sul-Americana dos Adventistas do sétimo dia, onde estamos, e a Divisão Sul-Americana, ela, então, procura dar destino aos trabalhos na América do Sul. Abaixo da divisão estão as uniões. No Brasil nós temos três uniões, União Norte abrangendo os estados do Norte, União Este Brasileira abrangendo os estados do Leste Brasileiro e Nordeste e a União Sul abrangendo os estados de Centro e Sul do Brasil. Essas uniões então determinam o desenvolvimento do trabalho em seus campos e jurisdições, sendo que Para que o trabalho se desenvolva de uma forma mais objetiva, ainda temos as associações e missões. A> <A União Sul conta com a Associação no Rio Grande do Sul, a Associação Paranaense, a Associação Paulista e as missões Brasil Central no estado de Goiás, Missão Mato-grossense abrangendo o estado de Mato Grosso e o território e a Missão Catarinense. depois as igrejas que compõem as associações e missões, e os membros que compõem as igrejas. E> <Então aí nós temos uma escala hierárquica. A> <A Conferência Geral, as divisões, as uniões, as associações e missões, as igrejas e os os membros.

SPEAKER 0: O senhor poderia falar sobre a (ruído) hierarquia do ponto de vista dos dos atuantes, do pastor, do ministro de ar>

SPEAKER 2: Nós temos o pastor das igrejas, que naturalmente ele vai administrar os trabalhos na sua igreja, na sua paróquia, e ele então desenvolve uma série de atividades, porque a igreja tem os seus departamentos também, o departamento de atividades laicas, o departamento da escola sabatina, o que equivale à escola dominical, como a nossa é realizada aos sábados, então nós temos a escola sabatina, e tem um departamento de assistência social que nós denominamos o a Sociedade de Dorcas que visa angariar meios e fundos para ajudar os necessitados e principalmente ajudá-los nas ocasiões festivas em que a sociedade está procurando agradar os seus filhos e agradar-se a si própria através de festejos de Natal e outras ocasiões festivas, então esta sociedade de Dorcas procura dar a estes (ruído) éh menos abonados a oportunidade também de ter um auxílio, dando assim alguma coisa para que eles sejam mais felizes nessas ocasiões.

SPEAKER 0: No âmbito da assistência social, o que os Adventistas têm feito ou estão fazendo no Brasil, principalmente?

SPEAKER 2: Bom, o principal que eu acho são as escolas. Escolas que funcionam dentro de um de um sistema cristão, onde procuramos desenvolver o respeito ao homem, à nação e principalmente o respeito a Deus. Nós temos em quase cada igreja um salas de aula onde funcionam éh as escolas do nível primário, onde os alunos então recebem as primeiras instruções. A> <Além disso, os colégio> que tem o curso de primeiro e segundo grau completos, éh no Rio Grande do Sul, no Paraná, em São Paulo, dois colégios, no estado do Rio de Janeiro, três, dois, na Guanabara, um colégio, na Bahia, no Espírito Santo, no Pernambuco, em no estado do Pará e no Amazonas, além da Faculdade de Enfermagem, no Instituto Adventista de Ensino em Santo Amaro, a Faculdade de Teologia, Faculdade de Educação, no mesmo Instituto em Santo Amaro, a Escola de Formação de Auxiliares de Enfermagem do Hospital Silvestre no Rio de Janeiro e o outras escolas que não me ocorrem agora. Éh Ainda temos os hospitais que estã> bem categorizados no Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Clínicas, e principalmente o que re ressalta aqui aos olhos também é o trabalho missionário das lanchas. Nos rios Araguaia, na represa de Furnas, no rio Amazonas, no Ribeira, aqui em São Paulo, no Paraná também temos lanchas funcionando, e estão atendendo essas populações ribeirinhas, que de outra sorte não teriam um atendimento médico que muitas vezes salva até vidas.

SPEAKER 0: Com a experiência o senhor tem em um colégio interno, ou talvez em um colégio de período integral? Quais as atividades que se desenvolvem em um colégio interno, no âmbito da da educação ou mesmo da assistência pessoal?

SPEAKER 2: Durante quatro anos eu estive no Instituto Petropolitano de Ensino, E uma das atividades principais, além de professor da cadeira de educação religiosa, era orientar e dirigir o departamento de música da escola. A> <Além do currículo normal, então nos preocupávamos com uma escola de piano, escola de canto, cultura musical, e era organizado também um coral e de quando em quando fazia viagens pelo Brasil, viagens de caráter cultural. E> <Então nós tínhamos a oportunidade de excursionar com quarenta, cinquenta ou mais estudantes nas mais diversas idades, variando entre onze, doze anos e trinta anos. E> <E com estes alunos tivemos a oportunidade de conhecer vários lugares, levando um pouco do entusiasmo da nossa escola e recebendo a cultura do contato com uma sociedade com as com as quais eles ainda não tinham a tido a oportunidade de ter o contato. Então, esse intercâmbio cultural ajudava bastante a escola. E a> <Atualmente, exercendo a função de diretor do Instituto Educacional de Tempo Integral, Procuramos desenvolver também essas atividades. Éh a> <Além do currículo normal, a nossa escola está oferecendo vários cursos acessórios, onde procuramos dar a cultura geral ao aluno. Instrumentos musicais, cursos de piano, de pistão, de violão, saxofone, cursos de judô, éh de ginástica rítmica. E, através dessas atividades, os alunos têm oportunidades também de sair e fazer demonstração daquilo que eles aprendem em televisão, em rádio e, enfim, em outra sociedade, o que compõe a educação.

SPEAKER 0: Nós já conhecemos a filosofia educacional do Instituto Educacional do ( ), pela vivência que já tivemos aqui. Nós gostaríamos que o senhor nos desse éh a a filosofia, assim, ( ) um pouco mais detalha> Qual é o objetivo principal ao educar um aluno aqui no Lusuel?

SPEAKER 2: É muito simples a nossa filosofia. A> <A filosofia principal da escola é ensinar o aluno a pensar. E> <E a partir disso todas as nossas atividades então são desenvolvidas fazendo com que o aluno tenha o desejo de conhecer, o desejo de pesquisar e aprender.

SPEAKER 0: Ensino é integrado. O que um aluno faz aqui na escola ( ) Eu gostaria que o senhor nos desse.

SPEAKER 2: Ele desenvolve as tarefas que normalmente ele desenvolveria em casa, ele desenvolve na escola, orientados pela própria escola. E> <Então esse tempo a mais é usado para que o aluno tenha um pouco mais de orientação e supervisão nas suas tarefas escolares do próprio mestre que o ensina.

SPEAKER 0: Professor ( ), nós conhecemos já as o seu talento musical, inclusive dirigindo coral como solista, já em outras atividades musicais. Gostaria que o senhor falasse um pouco sobre a música sacra.

SPEAKER 2: A música sacra aqui no Brasil está bastante desenvolvida. E> <Embora ela seja um pouco copiada, não temos ainda o trabalho autêntico nosso, mas damos autenticidade na interpretação. E> <E aí nós vemos vários corais interpretando músicas, de origem naturalmente de outras de outros países, porém interpretadas ao nosso modo, o que também é uma virtude. Quanto à à minha experiência como amador de música, como hobby, nós temos dirigido vários corais, éh empreendido algumas cantatas e também contribuído bastante na música sacra do> Durante quinze anos estivemos fazendo parte do Quarteto Harmonia, cantando no Brasil e fora do Brasil, em congressos na Argentina, de forma que é uma experiência de leigo, não é uma experiência, não passa de de apenas um gostar disso e fazer das horas vagas um prazer de cantar. E escolhemos a nossa música, é a música sacra, onde nós louvamos a Deus, levamos conforto ah às vezes a corações entristecidos, e ao mesmo tempo nós também somos edificados pela letra e música dos hinos que cantamos.

SPEAKER 0: Na Igreja Adventista a música faz parte integrante, mas nós gostaríamos de saber éh a a atuação dessa música dentro dentro da igreja e também da das atividades que se desenvolvem na igreja durante a semana.

SPEAKER 2: Um exemplo do que> da história do povo de Deus relatada na Bíblia, nós sempre temos o registro de que o povo cantava e nas horas mais tristes o povo cantava para não se entristecer tanto ou nas horas alegres como uma atividade de demonstração de alegria. E a Igreja Adventista também inclui nas suas atividades os hinos sacros e a igreja toda toma parte no canto congregacional. A> <Além de apreciarmos muito os conjuntos em a várias vozes como duetos, solos, quartetos, éh corais, enfim, uma infinidade de atividades musicais e instrumentais também que procuramos desenvolver nas atividades da igreja. E i> <Isso pode-se ver através de várias atividades de de proeminência como tem acontecido com vários corais adventistas que tem ganho concurso, não só em São Paulo, mas no Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro. E> Enfim, eu a atividade musical da Igreja Adventista também tem aquele tônus de arte.

SPEAKER 0: ### Rubens, quais são as reuniões costumeiras da Igreja Adventista?

SPEAKER 2: O povo Adventista, praticamente em todo o mundo, faz os faz as suas atividades éh religiosas como grupo aos sábados de manhã, através da escola sabatina e culto e Isto é realizado em todo o mundo, cada sábado de manhã, na Igreja Adventista, os hinos são cantados e a Escritura Sagrada é aberta para estudo e meditação. A> <Além disso, a aos domingos à noite> É uma quase institucionalizado aqui no Brasil o culto evangelístico. A> <Às quartas-feiras à noite um culto mais de meditação e de recolhimento espiritual da igreja. Além de outras atividades, por exemplo, os jovens se reúnem para desenvolver programas culturais, naturalmente de caráter sacro. E cada sábado, em quase todas as igrejas, são realizados os programas dos jovens adventistas, onde eles procuram desenvolver, então, atividades culturais, desenvolver ou desinibir o jovem para fa falar ao público e, enfim, desenvolver-se. A>

SPEAKER 0: A igreja adventista é conhecida muitas vezes por uma igreja que faz certas restrições. muitas atividades sociais que não vivem. Gostaríamos que o senhor emitisse a sua opinião sobre esse assunto.

SPEAKER 2: Não, o que eu acredito é que o jovem Adventista, ele vive, talvez viva um pouco mais (risos). A> <A igreja provê horas sociais, que nós chamamos, onde os jovens brincam e se encontram e conversam e várias brincadeiras dirigidas são feitas onde ele então tem o seu momento de lazer. A> <Além disso, os acampamentos organizados pela própria igreja, quando os jovens se reúnem para fazer as programações mais diversas, programações esportivas, culturais, recreativas, enfim, um entrosamento entre a juventude adventista ãh do Brasil, no nosso caso, ou europeia lá na Europa, e em cada lugar, os seus ajuntamentos de jovens. E, além disso, congressos são realizados com a finalidade de esclarecer o nosso jovem de como ele deve se comportar na no sentido de edificar a sociedade, de ser um apoio social e não um desespero. Quanto às restrições, eu creio que não há restrição, apenas ao bom senso. E> <E, então, o jovem resguarda e ele deixa de ser escravo de certos vícios e de certos costumes dos quais ele depois, a duras penas, não poderá livrar-se.

SPEAKER 0: Com respeito à alimentação, os adventistas, éh naturalmente, temos um temos um sistema alimentar um tanto diferente. E a> <Alguns, inclusive, se abstêm totalmente da carne. bebidas alcoólicas, o senhor já falou sobre certos vícios. Gostaria que o senhor ampliasse apenas um pouquinho o quadro éh do sobre esse aspecto, talvez, de regime alimentar, sistema de de trabalho.

SPEAKER 2: Bom, aí eu continuo dizendo que apenas usamos o bom senso. E> <E aquilo que não faz bem para o meu corpo não é bom para eu comer. Não é bom para eu usar. E uma vez que eu pretendo ter boa saúde, eu vou usar o bom senso e evitar certas certos alimentos e certas coisas que não vão fazer bem. Éh Está sabido que o fumo não faz bem, está sabido que o álcool não faz bem para o organismo do homem. E> <E se algum se abstém da carne totalmente, é também um bom senso, porque está mais do que provado que a carne não é mais um ótimo alimento. conter, éh contiver em si o as proteínas, os sais minerais e outras éh substâncias indispensáveis ao nosso organismo, não é a a forma melhor para o nosso organismo. De forma que faz bem, em virtude já da da dessas crises de carne e tanta coisa, e carne congelada e e sei lá se apodrecida ou não (risos), já não é o melhor. Então o indivíduo que se abstém da carne, Ótimo, ele é um indivíduo corajoso, de muita força de vontade e faz muito bem. A> A igreja em si não proíbe o uso da carne. A igreja apenas recomenda que o uso da carne seja regrado, seja limitado e há certas carnes, que a medicina está com a igreja, éh que devem ser rejeitadas totalmente. Quanto a essas não temos dúvida, essas o adventista para ser um membro da igreja ele deve aceitar também a doutrina da boa saúde, ele deve conservar o seu corpo em plena forma, em boa forma e a carne bastante comum aqui no Brasil é a carne de porco, nós por exemplo não adotamos, porém a carne do gado, éh do Nós não proibimos, apenas se o indivíduo tem força de vontade suficiente para se abster da carne, ele é um valente, é corajoso e usa o bom senso.

SPEAKER 0: O professor falou que a a música, o senhor como apreciador da música sacra e praticante, é um dos seus hobbies. Mas nós gostaríamos de saber outro tipo de hobby. Parece-me que o senhor gosta muito de> <de acampamento, de via> O senhor falaria alguma coisa sobre sobre esse assunto?

SPEAKER 2: É o campismo, ele fala por si, né? Nós gostamos de acampar e temos o costume de, quando há um feriado, um recesso escolar, fugirmos um pouco do ar carregado da cidade para respirarmos um pouco o ar mais natural no meio da natureza. E esse é um assunto já dissecado pela imprensa, um assunto já bastante divulgado, e que inclusive toma um vulto colossal aqui no Brasil. De um ou dois anos para cá, o campismo tem tomado um vulto bastante grande, e isso eu já posso dizer de experiência própria, em áreas de campismo que há pouco tempo eram utilizadas em sua meia capacidade e hoje elas já são bastante insuficientes para o número de acampantes que vão a essas áreas. O> <Ou em barracas, ou em trailers, alugando casas no estilo do campo, elas já se se tornam áreas bastante insuficientes para o número daqueles que gostam de fugir ao reboliço da cidade para respirar um pouco de ar natural junto à natureza.

SPEAKER 0: Isso naturalmente, professor ( ), vale dizer que também com o desenvolvimento da das técnicas e a cidade que se torna um de cada dia mais difícil de se viver na cidade, gostaria que o senhor emitisse a sua opiniã opinião sobre a cidade de São Paulo.

SPEAKER 2: A cidade de São Paulo, naturalmente, cresceu muito. E cresceu de forma a se tornar inconveniente à tranquilidade. Naturalmente que é uma cidade que chama muito ãh o povo para habitar nela, em virtude das facilidades, a técnica e Enfim, a tudo que se o que encontramos em uma grande cidade como esta não se encontra muito fácil em outra cidade do Brasil. Quanto ao mais, apenas a tranquilidade e o ar puro nós perdemos, mas aqui está uma sociedade que precisa da nossa ajuda.

SPEAKER 0: Você poderia comparar, por exemplo, São Paulo a, quem sabe, alguma> pacatas cidades de Minas ou do Nordeste, ou talvez mesmo as boas capitais que já conhecemos, o estilo de vida, e assim fizesse um ligeiro apanhado para nós.

SPEAKER 2: Bom, o Rio de Janeiro apresenta características diferentes. O povo em si é diferente, um povo que trabalha, um povo que luta, porém um povo que sabe se alegrar. Esta é uma virtude do povo. Dizer que o carioca não trabalha, como alguns de que forma dizem, não sei. Mas eu não concordo. Eu acho que o povo carioca, por exemplo, é muito laborioso. Trabalha. Trabalha muito e> <E também ele sabe se distrair. A distração é gratuita. Ele tem as praias, tem os parques e jardins da cidade e> <E eles não deixam de frequentar esses lugares sempre que há uma oportunidade. Mas cumprem as suas obrigações. E o Rio de Janeiro conta com um dos maiores parques industriais da América do Sul também. S> <Se não me engano, ele vem em seguida de São Paulo. E para ter um parque industrial, precisa ter um homem que trabalha. E quando morei lá, eu pude observar muitos trabalhadores que vinham de distâncias de uma e duas horas, saindo quatro, cinco horas da manhã de casa, para ir alcançar o seu trabalho às sete horas e às quatro horas voltar, sair do seu trabalho e chegar à noite em casa. E> <Estão trabalhando, estão fazendo a cidade crescer. É lógico que São Paulo tem um característico diferente, é uma corrida éh muito maior para a subsistência. Belo Horizonte, onde morei, é uma cidade que apresenta uns característicos mais pacatos, também uma cidade que, durante o tempo em que lá vivi, três anos, pude observar o desenvolvimento e como ela modificou-se naqueles três anos. E j> <Já assim a primeira vista nas ruas, o movimento cresceu muito naqueles três anos. O> <Os faróis de sinalização nos cruzamentos que não eram congestionados ao chegar lá, dois anos após, já encontravam conges éh filas e trezentos e quatrocentos metros quando o farol fechava. Isso significa que a cidade está crescendo, o povo está progredindo, está adquirindo as suas máquinas, está procurando aumentar a sua tecnologia. Porém, ainda está bastante longe de São Paulo, neste corre-corre, nesta vida agitada. E> <Ela ainda tem as características de uma cidade conveniente para se morar, onde se pode trabalhar e viver.

SPEAKER 0: E o povo, em termos de de povo, o senhor acho que andou pelo Nordeste também, vê há uma ba uma diferença grande entre o Sul e Nor e Nordeste ou Centro-Oeste? ( )

SPEAKER 2: Bom, éh é óbvio que o nordestino é mais pacato do que o paulistano. É> É um povo que vai mais devagar, não tem tanta pressa. Quando se descontrola emocionalmente, ele é bastante afoito e apressado. Porém, não tem esse desejo de um progresso tão vertiginoso quanto tem o paulistano. O sulista, principalmente o de São Paulo, parece que corre muito atrás do seu progresso material. Naturalmente é um estímulo que a sociedade mesmo faz, e o comércio estimula, No norte, a gente já vê um pouquinho mais de acomodação, embora existam a os elementos diferentes. E> Isso, creio que já é uma decorrência do próprio clima. O indivíduo num lugar bastante quente não tem a disposição que nós temos aqui num dia frio como está hoje, por exemplo.

SPEAKER 0: O senhor morou numa cidade do do interior, cidades pequenas também, talvez? Podia falar alguma coisa sobre a cidade.

SPEAKER 2: Não, a cidade onde morei do interior apenas foi Petrópolis. Lá eu morei no colégio, que ficava distante, vinte e dois quilômetros do centro da cidade, portanto numa zona praticamente rural. E> <E quanto às minhas atividades, já no início desta entrevista nós falamos sobre ela. É> Petrópolis uma cidade que caracteriza-se por ser uma cidade de turistas, uma simpática cidade, muito bonita, limpa, onde várias atividades industriais são desenvolvidas. É uma cidade onde o povo anda sempre agasalhado. E poder-se-ia dizer que, em certos aspectos, uma miniaturazinha de São Paulo. Muita influência estrangeira, germânica, por excelência. E> É onde eles desenvolvem muito a indústria têxtil e malharia. É muito desenvolvida ( )> Há fábricas com milhares de empregados éh desenvolvendo a indústria têxtil.

SPEAKER 0: Professor ( ), já estamos chegando à final, mas gostaria que que o senhor desse nos já omitisse talvez, uma opinião assim, generalizando. O> Nós vemos o Brasil em um ritmo de crescimento e vemos também a educação ganha uma afeição diferente. Como o senhor vê, em que sentido positivo ou até certo ponto negativo essa grande massa tendo oportunidade na educação? É>

SPEAKER 2: <É o que o brasileiro esperava. É o que nós esperávamos como brasileiros. E é isso que nós desejávamos e é por isso que lutamos. O Brasil, ele evoluiu bastante. N> Não só no sentido de estudo, como no sentido tecnológico, econômico, social. O> <O Brasil deu deu um grande pulo para a frente. Nós esperávamos por isso. E> <E o Brasil está alcançando aquilo que os brasileiros esperavam e aquilo pelo que nós lutamos.

SPEAKER 0: Ainda, professor ( ), eu gostaria que o senhor detalhasse um pouquinho mais. Como o senhor vê, por exemplo, uma mudança um de sem antecedente no que diz respeito à nossas escolas. Podemos citar como exemplo as escolas do Estado, em que há uma correria enorme, em que não há condições adequadas para ensinar, então é educação em massa. E> <E também o grande número de de faculdades formando pessoas especialmente de filosofia, O senhor emitisse uma opinião, vamos dizer assim, uma crítica, vamos dizer assim, nesse sentido.

SPEAKER 2: O Brasil precisa de professores. Eu acho que não é demais as faculdades de filosofia. O Brasil está precisando de escolas, de mais escolas, de mais professores, porque ainda temos muita gente que não tem acesso às escolas. De> <De forma que hajam mais professores, hajam mais universitários, mesmo que no futuro não venham exercer suas atividades dentro daquilo que eles se prepararam, pelo menos éh ele se torna um indivíduo de uma maior visão para ser mais útil à sociedade. Portanto, hajam mais escolas, hajam mais faculdades, e para que hajam mais indivíduos esclarecidos. De uma forma ou outra, essa escoliza escolarização, essa experiência escolar, lhe trará algum benefício na sua atuação na sociedade.

SPEAKER 0: Agradecemos, professor. ( ) a sua participação no projeto e então nós encerramos essa entrevista.