SPEAKER 0:  exemplo, o trabalho de de bibliotecária, razão de levar a fazer biblioteconomia. SPEAKER 1: Ah, sim, porque a na o início da profissão foi muito difícil, e para lecionar nos ginásios, há há vinte anos atrás era muito precário, não tinha lugar suficiente, era tudo ou interior, que eu cheguei a fazer um concurso, para ir para o interior, fui ãh fui designada lá para as Águas de São Pedro. E aquilo era muito longe. E> SPEAKER 0: ### ### Isso. Biblioteconomia é um tanto novo aqui no Brasil, não é? É> SPEAKER 1: ### A Biblioteconomia começou a ser ensinada em trinta e oito, trinta e nove mais ou menos. Mas as primeiras turmas eram pequenas, não ha havia prestígio nenhum também e não não não era considerada oficialmente. S> A maioria dos empregos são oficiais mesmo, e a maioria éh, agora no interior é que é mais dificuldade, porque tem lugares, não não no estado de São Paulo, mas nos outros estados Norte, Nordeste, não tem nem escola, nem nada. Então, é como vai como dá, né? A> SPEAKER 0: a éh principalmente a parte de... Tem partes de base de responsabilidade e outras de rotina. Então, dependendo disso, da formação, da da experiência e tal, então a gente divide o serviço. E E tem a compra do livro, a seleção de acordo com o nível da biblioteca. Se é nível superior, se é médio, se é primário, então a compra, a doação, a permuta, não é? Então o livro é recebido na biblioteca. Depois tem a catalogação e classificação, organização de fichários, na precisa sempre manter um controle muito bom da do que existe, depois a parte de atendimento ao usuário, que é a parte principal. E é o que se está dando ênfase mais ultimamente, porque o bibliotecário pensava só em catalogar e classificar e achava que aquilo era já estava terminado. quando a verdadeira função dele é atender o usuário. O> e a utilização de outros materiais que não são livros, revistas. Então tem a parte de materiais bibliográficos, livro, revista, folheto, e a parte de materiais que não são livro. Então tem o disco, tem a fita gravada, microfilme, microfichas, uma série de outros materiais que exigem, então, uma organização muito maior, quer dizer, um gasto, um conhecimento e uma organizaç> E é preciso procurar, e a parte agressiva da biblioteconomia que é procurar aquele que necessita, o e o especialista. Eu sei que o senhor, por exemplo, se interessa por linguística e eu recebo bastante livro. Então, eu tenho que avisar, eu tenho que éh que escrever, que avisar, dia que chegou isso e analisar () (). Entende? S> Claro que nessa evoluzã nessa e> naturalmente em todos os ramos, em em uns mais acentuados e em outros menos. Então, éh nós gostaríamos que a senhora nos mostrasse, assim, a a posição, a as razões, vamos dizer, básicas dessas diferenças. SPEAKER 1: É bom, éh a diferença é exatamente essa. A por a que a> E às vezes, a pessoa tem tudo isso e não sabe como usar. E a é a maior dificuldade é justamente fazer a com que as bloqueadas antigas mudem a mentalidade (fala rindo) SPEAKER 0: Certo. E> Alguém que vai procurar uma coisa com dificuldade e tal, chega lá, a gente tem o material e não atendemos Porque o universitário, em geral, já sabe, não é> <é? A o os as fontes os meios e tal, e esses es> Porque a senhora teria, vamos dizer assim, um um panorama do do Brasil com respeito a a grandes bibliotecas assim em todos os estados? Éh n> SPEAKER 1: ela imensa. I> Lá na biblioteca central, nós temos uma um elemento que é muito importante para todo mundo, da USP e de fora, que é o catálogo coletivo de livros e de perió> Não sei se o senhor já teve a oportunidade de consultar. Não, ainda não fiz. Foi é> Então nós temos as fichas de todas as bibliotecas da USP e de outra Fora da USP, que e tenham esse nível superior, não é? Faculdades de medicina, até laboratórios contribuem, entende? Co que possam ter interesse científico de pesquisa. N> <é? É o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação. E> Observa-se nas escolas, principalmente numa numa faixa de idade, talvez dos quinze anos para baixo, uma preguiça tremenda para ler. A senhora teria alguma opinião, assim, no assunto? SPEAKER 1: Olha, eu pouco lido com isso, viu? E Eu eu não não tenho experiência nesse campo porque eu só vejo as minhas filhas e elas lêem pouco. (fala rindo) Tanto história em qua>  Eu, por exemplo, trago livros, compro () coleções juvenis, romântico, obras célebres adaptadas para criança, para jovens. Elas só leem livro quando o professor manda. Hi> E a a pequenininha que gosta de revista em quadrinhos. A do meio que é louca, por Tudo que ela pega, ela lê. () Livro, revista, o que tiver. Quando acaba, televisão. E o m> SPEAKER 0: ### O senhor leciona português? Leci> SPEAKER 1: SPEAKER 1: SPEAKER 0: E principalmente, naturalmente tive estive apenas um mês lá. M> SPEAKER 1: E, ó, escreveu uma poesia lá um dia, não sei, viu (fala rindo), porque a gente dava tema, não era nada assim que ele tivesse pronto, por exemplo, foi feito na hora. E> ### Ele nem aparecia na aula, sabia regra, não sabia gramática, não sabia nada, mas ele pegava e escrevia. (risos) SPEAKER 0: A senhora lecionou quantos anos? SPEAKER 1: Ah eu lecionei pouco, porque no começo da minha carreira uns dois, três me é Português, né? Dois, três meses e larguei. D> SPEAKER 1: <É, mas a própria atividade é que não não vai  muito bem comigo, sabe? Eu não sei se eu sou uma pessoa... Eu sou um pouco parcial, sabe? É a é> <É uma... (fala rindo) Eu sempre falei é uma qualidade ou um defeito meu. E> Mas eu não saí de lá por causa dos aluno n> E aí o problema foi mais moral mesmo, que é propriamente () me falou. Quer dize> Eu (fala rindo) não tive sorte mesmo para o magistério porque quando eu estava lecionando uma matéria que eu gostava, eu não pude ficar por isso SPEAKER 0: Sem dúvi> ### Mas o o papel da família, das facilidade que se encontram agora. Gostaria que a que a senhora observasse, porque antes parece que a as mulheres não trabalhavam muito. E> Não sei se se o papel da mãe no lar... Queria que a senhora, já que tem uma longa experiência () da da vida, nos nos falasse alguma coisa, um exemplo a respeito, alguma opinião sua sobre esse aspecto. A> Dentro do lar a o lar para a escola. SPEAKER 1: Ah, eu... Tem, também, v> ### (fala rindo) Fico perplexa até com a minha fa> há trinta, quarenta anos atrás, assim como o comportamento hoje seria até prejudicial. S> SPEAKER 0: Não toleram. O que a> SPEAKER 0: SPEAKER 1: ### Eles que levam a gente para frente. Coisas que eu mesma deixaria passar, ou em casa, ou fora, com outras pessoas, são elas mesmas que fi> Porque, então, ela também fica marginalizada e não tem condição de diálogo com os filhos. S> SPEAKER 0: A própria educação, né, dos filhos. ### Fica quadrado, se já é, né? E> Acontece no mundo aí SPEAKER 0: Certo. A> <ças. A e todos ele eram agressivos. Não tinha um particular. A> Nós temos um exemplo lá na biblioteca, uma moça que não se adaptou lá, não entrosa e tal. No entanto, ela foi designada para um projeto lá em na Amazônia, na Reban. Faz seis meses que ela está fora. Mas a> SPEAKER 0: Certo. E> Assim, do progresso que a senhora vê aqui no Brasil, de um país subdesenvolvido, sem fase de desenvolvimento, como como a senhora vê, como a senhora olha o futuro do Brasil, ou mesmo o presente? () Já tendo uma vivência, assim, naturalmente de um passado, já. SPEAKER 1: Ah, eu vejo um futuro muito grande para o Brasil. É o> SPEAKER 0: SPEAKER 1: E a Argentina, que era mais civilizada, mas está tomada, assim, politicamente, toda desorganizada e tal. Chile também foi vítima dessa comunismo, né? U> () e daqui, quer dizer, eu sei que indo para o Norte eu já estive, na Bahia, já estive em Pernambuco também, há vinte anos atrás. Fiquei assustada com a miséria, assustada, porque quem quem daqui em São Paulo nem imagina que possa existir tanta miséria. E> SPEAKER 0: SPEAKER 0: SPEAKER 0: SPEAKER 1: SPEAKER 0: Eu queria só a senhora falasse um pouquinho sobre a televisão nossa. Qual a sua opinião, assim, sobre a televisã> SPEAKER 1: Mas antigamente eu assistia programas que tinham até meia-noite, uma hora, ficava presa, com debates. Mas parece que eles estão dando agora mais novela, uns musicais muito ruins, é Chacrinha, Silvio Santos. Isso aí é é uma rotina chata, né? Desagra> SPEAKER 0: SPEAKER 1: <É, mas para é são bem () (fala rindo) subdesenvolvimento  SPEAKER 0: Exatamente, esse aspecto (risos), inclusive, que se a senhora assistisse, inclusive, () SPEAKER 1: que às vezes as crianças, assim, eu vejo Silvio Santos, mais a parte de concurso, mais aquela coisa, Chacrinha, que o Silvio Santos, ou o Flávio Cavalcante um pouquinho melhor, mas no fim é a mesma coisa, um pouco mais elevado, né? Mais artista, shows bons, como ali antiga> SPEAKER 0: <(risos). Cer> Trabalhar mais ou ou viver melhor. Quer dizer, no que eles acham que é viver melhor éh (fala rindo) (), né? (risos) Sem dúvida. (fala rindo) Porque tudo depende de interpretação Né? É certa. E> Eu estou vendo a, por exemplo, a geração nova da da minha filha, e ela tem um um sentido muito mais mais grupal, assim, do que eu. Eu sou muito retraída. E> SPEAKER 0: SPEAKER 1: Mas eu gosto daqui. A> SPEAKER 0: SPEAKER 1: SPEAKER 0: SPEAKER 1: E agora eu, como eu trabalho aqui perto mesmo, quer dizer, aqui é longe para para muita gente, não é, e, para muitas coisas, mas como eu trabalho aqui, é a re é mais perto do meu serviço de onde do que de onde eu morava. E eu acho bom. Minhas crianças estão em colégios pertos também, então a gente leva. S> SPEAKER 0: SPEAKER 1: Ah, eu leio as notícias, le Bom, eu leio as manchetes, leio um pouco de política, mas muito pouco porque eu não me interesso muito por política nacional, não, viu? Eu acho uma fofoca muito grande, viu? (risos) E eu leio funcionalismo. Ãh Também a parte de art de artes, teatro, cinema. A> Ãh livros novos e também por causa do da minha atividade para a par, não é? Certo. E a parte policial, né? (fala rindo) Os desastres, os assassinatos, tudo que vem a gente lê. Só a parte internacional eu leio aqui o geral, né? O> <É a ataque, né? A> ### () a Veja. O Cruzeiro eu não leio Não gosto também. Não leio essas. Go> de perder tempo. A gente já (fala rindo) já tem tão pouco tempo, né? E> <É a senhora falou que não vai a teatro, parece-me? É> SPEAKER 1: <É, eu adorava teatro, não é? S> SPEAKER 1: ### A senhora é não gosta do tipo de teatro que está, do que está sendo feito, está sendo feito, né? É É isso. É> <É, sem dúvida, que eu e Teatro é um veículo, inclusive, de cultura, né? () SPEAKER 1: Eu gostava bastante do teatro. Eu não perdia peça lá do cê dê pê, aquele daquele tempo os o>   ### SPEAKER 0: Está muito bem. Bem agrad> <ço, porque agente poder participar de um projeto desse, né? É muito interessante. E  eu gostaria de