SPEAKER 0: do trabalho do agiota através de obrigação de registro. Então, hoje em dia, as promissórias têm uma obrigação de registro, a necessidade das promissórias serem registradas. Isso traz ao agiota, sim, um um fato de, um um fator de desconfiança. A hora que ele vai emprestar dinheiro, ele nunca sentiu controle nenhum, ele vai começar a sentir o controle porque ele sabe que as notas promissórias, a partir de certa de certo mogá, passou a exercer uma figura como se fosse um verdadeiro agiota. Então o que acontece e o que aconteceu foi que se vendeu milhares e milhares de moradias, especialmente para a classe trabalhadora e realmente no momento no momento de com () no momento da devolução do financiamento, quase sempre a longuíssimo prazo, sempre um prazo de quinze Se chegou à realidade, se chegou à realidade, que o elemento que hoje podia pagar a prestação de duzentos cruzeiros ou de trezentos cruzeiros, mas que devido ao problema chamado de correção monetária, seis meses depois, um ano, dois anos depois, tendo esta prestação se elevado a quinhentos, seiscentos cruzeiros, inexplicavelmente já não tinha mais condições de pagar. Então, o que pode aco, o que pode, o que realmente aconteceu é que muita gente adquiriu casa própria através de plano do dê-ene-agá e depois de pagar um ano, vamos dar um exemplo, uma casa que estava custando vinte mil cruzeiros, depois de um ano que o sujeito passou pagando, ele, depois de um ano, estava devendo os vinte mil cruzeiros, ou talvez mais do que os vinte mil cruzeiros, por causa da aplicação da correção monetária em cima deste financiamento. Então, ãh eh é realmente um fato social muito importante, quer dizer, o governo tenta cobrir, o governo tenta cobrir essa deficiência nacional, que é a deficiência da moradia, com mui muito mérito, quer dizer, isso aí realmente é um dos fatos mais importantes da Revolução de sessenta e quatro, é essa essa vontade do governo de dar casa para todo mundo. Mas de outra forma, esqueceu que a correção monetária aplicada da maneira que está estava sendo aplicada, essa correção monetária trazia consequências drásticas para uh uh uh o elemento que recebia o financiamento. E... Porque o elemento não () não vive só da moradia, ele necessita do salário dele para inúmeras outras coisas, isso é evidente. E a realidade demonstrou que os planos feitos de financiamento com aplicação de correção monetária eram eram eram eram re irreais e não estavam à altura da capacidade econômica do povo brasileiro. Agora, uh, o governo parece que sentiu essa realidade e ultimamente tem estudado uma série de de medidas a fim de melhorar essa situação da devolução do financiamento. Cheg chegou-se perfeitamente à realidade que a aplicação do a aplicação do do do da correção monetária eh trazia consequências drásticas. Essas consequências num não se chegou num num num num num não é somente dito, não é não somente consta do papel. Se essa, essas consequências eh representam realmente uma realidade. Realidade, por exemplo, de vocês encontrarem vilas de casas vendidas pelo bê-ene-agá. Eu, por exemplo, estive há pouco tempo em Goiânia, capital do estado de Goiás, onde o bê-ene-agá vendeu uma uma vila de casas, mais ou menos de umas oitocentas casas, numa vila de casas. Todas as casas foram vendidas pelo plano inicial de fornecimento de dinheiro, havia muita facilidade. Elas foram vendidas com com muita rapidez. Mas passado dois anos, a realidade apareceu naquela vila de casas, porque quando eu estive lá o ano passado, quarenta por cento das casas estavam abandonadas, totalmente abandonadas, porque os moradores não tendo condições de pagar as prestações exigidas pelo bê-ene-agá, uma vez que incidiu uma violenta correção monetária sobre as prestações mensais, os moradores simplesmente abandonaram aquelas casas para que não sofressem uma ação de de reintegração de posse, porque o bê-ene-agá, não pagando, ele se reintegra novamente na posse. Agora, o governo sentiu essa realidade, que é a realidade de de de abandono de casa, quer dizer, não é aban, não é a realidade de não pagamento, e no e notando que que inúmeras, inúmeras, talvez, não digo a maioria da das casas vendidas pelo bê-ene-agá apresentavam um atraso nas prestações, parece que nesses últimos dois anos ou um ano para trás, começou a fazer um estudo visando melhorar essa situação. Então uma das ideias que chegaram à con, chegaram à conclusão e que... Ãh, correção monetária não não não era um fator bom para se aplicar sobre as prestações. Então,  () uh outros critérios estão sendo adotados, por exemplo, através de de do próprio salário do indivíduo, conforme o salário aumenta, aumenta a prestação, ou conforme os índices do salário mínimo, havendo uma oscilação do salário mínimo, haveria, digamos, uma oscilação do da da prestação, quer dizer, trazendo mais a realidade, trazendo mais à realidade, ah o problema do pagamento da devolução do financiamento. ### Há um erro muito grande por parte do governo. Lança um plano nacional, um plano de extensão nacional para a venda de casas e não pensam na maneira de devolução dessa importância. Como é que vai ser esse financiamento devolvido? Talvez não seja bem isso. O governo realmente, quando lançou o plano do bê-ene-agá da de aquisição de venda de de para casa popular, casa para o povo, pensou em tudo. Existe também, por parte do próprio povo, existe por parte do próprio povo, em muitos casos, e talvez na grande maioria dos casos, ãh, culpa no momento da aquisição da casa própria. Porque o bê-ene-agá, ou as entidades ligadas ao bê-ene-agá, ou à Caixa Econômica Federal, ou à Caixa Econômica Estadual, quando fornecem numerário para a aquisição de uma casa,  essas entidades fornecem esse numerário, levando-se em consideração, uh, levando-se em consideração a renda familiar do indivíduo. Muito bem. Se o indivíduo recebe xis, ele poderá receber financiamento xis, que ele poderá comprar a casa ípsilo Então, o que acontece, na maioria dos casos, é que o elemento, na hora de adquirir a casa própria, ele não querendo se contentar com uma casa de dois quartos, sala, cozinha, mas ele está querendo uma casa de três quartos, duas salas, uma cozinha, um banheiro e uma garagem, ele, no momento, ele, no momento de procurar os agentes do bê-ene-agá, ou os agentes ligados aos bancos autorizados, ou às agências autorizadas do bê-ene-agá ou da Caixa Econômica, ele declara uma renda fictícia. Então, em vez de ele declarar, então, em vez de ele declarar que ele recebe, que ele recebe, ãh, um milhão por mês, mil cruzeiros por mês oh ou setecentos por mês, ele junta a renda familiar dele, a renda familiar da mulher dele, a renda familiar do filho dele, aumenta a famosa chamada renda familiar e, com isso, ele obtém um financiamento acima das possibilidades econômicas No momento é muito bonito porque ele muda para uma casa maravilhosa, quer dizer, ele nunca pensou em ter uma casa da maneira que ele teve, então ele ca adquire uma casa muito boa, mas o que acontece é o seguinte, que nas pri, nos primeiros meses, logo nos primeiros meses, ele vai conse, ele vai começar a sentir o problema, onde é que ele vai se envolver. Porque ele tem a renda familiar dele, mas muitas vezes a mulher não tem aquela renda que eles declararam, ou o filho abandona a casa, vai, casa, ou vai morar em outro lugar, não tem, não dá mais aquela renda, ou então não quer contribuir para, mensalmente, para juntar a renda para eles pagarem o bê-ene-agá, ou então a entidade que financiou, e o que vai acontecer é exatamente que aquilo que num num no momento parecia uma maravilha de aquisição vai se tornar um tormento que é o não, a não, o não pagamento das prestações e a, e o ameaço do bê-ene-agá de retomar a casa. Então, realmente, o governo quando quando fez o plano, plano magnífico, talvez dentro da América Latina um dos planos mais bem estruturados () se tem notícia. Tanto assim que diversos países, especialmente na América Latina, têm procurado o bê-ene-agá e têm copiado os planos do bê-ene-agá. Quer dizer, um mérito especial. A par disso, tem o problema do governo que devia ter estudado melhor a maneira de retomar o dinheiro. Mas também, então, temos de que deixar bem claro que o elemento que toma o financiamento muitas vezes também é culpado. Dá um passo mais longo e não consegue alcançar. E é exatamente o problema que que acontece depois perdendo a casa com a retomada da por parte do bê-ene-agá ou da da entidade que forneceu o numerário. E no caso, assim, de empréstimo, por exemplo, para a compra de um carro, a quem isso se dirigiria? SPEAKER 0: Para aquisição de carro eu iria procurar um um banco. O banco, através de seus, dos seus setores de financiamento, que hoje são comuníssimos. Todos os bancos de grande movimento do país possuem setores de financiamento. Hoje, para a aquisição de um carro é a coisa mais fácil que existe, coisa que talvez há cinco anos atrás não existia no Brasil. Tanto assim que há cinco anos atrás surgiu uma novidade dentro do setor econômico brasileiro, quer dizer, uma Algo que não existia no mundo, que apareceu aqui no Brasil, mas vai chamar de consórcio. Depois demonstrou ser um, a verdadeira bomba. Levou muita gente a perder dinheiro grande. E muita gente a ganhar muito dinheiro também. Especialmente os donos dos consórcios. Porque no Brasil a venda de carro inicialmente era feita para pessoas que tinham condições econômicas suficientes. Era na época que não havia indústria automobilística brasileira. O Brasil trazia o carro de fora. O carro custava muito caro. Então só tinha, ou só poderia ter realmente um carro quem tivesse condições econômicas. Ou então quem necessitasse do carro para trabalhar. O chafé de praça, o dono de um caminhão. Então eles tinham o carro porque eles trabalhavam com o carro. O carro não era considerado um... Era considerado, além de locomoção,  era um, era um era,  era um produto mais ou menos de luxo. Isso porque o carro era trazido de fora e isso acontece talvez em todos os países que o carro vem de fora. Então o carro é caro e o carro é produto de luxo. Mas com o advento da da indústria automobilística brasileira, realmente a produção de veículos aumentou de forma astronômica. Então precisou começar primeiro, tirar o conceito que existia dentro do, dentro da mentalidade do povo brasileiro, que carro era só para alguns. Então precisou passar esse conceito, esse conceito precisou ser para que o carro era O carro podia ser usado eh tanto para a dona de casa para fazer compras no supermercado, como para um advogado que vem para a cidade, como para uma família que no fim de semana vai para a para o Guarujá, que vai para uma fazenda. Então o carro, precisava primeiro esse conceito. Esse conceito parece que pegou com muita facilidade. Mas continua havendo o problema seguinte, o carro produzido no Brasil é caro. Muito caro. Levando-se em consideração países de produção automobilística mais ou menos grande, que é o caso, por exemplo, do Japão, que é o caso da Alemanha, que é o caso dos Estados Unidos especialmente, o carro brasileiro é um carro muito caro. Muito, muito caro. Então se incutiu na cabeça do povo brasileiro que o carro podia ser para todos. Mas todo mundo queria então adquirir um carro, mas chegou uma, chegaram a, todo todos chegaram a uma conclusão que não havia condições para adquirir um carro. Inicialmente, os próprios revendedores, as próprias agências financiavam a curto prazo, o que também não solucionava o problema. Várias outras medidas foram tomadas, a indústria automobilística passando por diversas crises e crises violentas, como a crise de mil novecentos e sessenta e quatro. Eu assisti a essa, essa crise porque eu era advogado da CINCA do Brasil, a fábrica de automóveis. E passou por uma crise violentíssima, inclusive ah ah a fábrica Volkswagen, a fábrica, a fábrica da CINCA, onde eu era advogado, nessa ocasião deram férias coletivas a todos os empregados, porque o automóvel era fabricado e ficava no parque, não era vendido. Porque o povo queria comprar o automóvel, mas não tinha condições de comprar o automóvel. A partir de mil e novecentos e sessenta e seis diversas pessoas, isso aliás é muito muito comum entre entre entre brasileiros, é criar ideias, ideias que não existem em parte nenhuma do mundo. Ouviram falar em consórcio, existia, a palavra consórcio existe para outras finalidades, mas criaram um consórcio para automóveis. Então um grupo de pessoas se reuniam, todo mundo jogava o dinheiro numa caixinha, então todo mês dava aquele dinheiro que todo mundo jogava na caixinha, dava exatamente a importância de um automóvel ou de dois automóveis, então faziam um sorteio, quem saía sorteado levava o automóvel. Era uma medida, e isso aí, e o consórcio foi o início do do do do do do do do do aspecto de... Então voltando a ao ponto onde nós tínhamos parado, com referência É, um grupo de pessoas, em determinado momento, achou que realmente a maneira exata de sair do automóvel estava parada no pátio. O automóvel tinha que rodar, ele foi feito para rodar. Então, uma maneira foi o consórcio. Realmente assim, ah nos primeiros anos, o consórcio surtiu um efeito extraordinário, um efeito nacional. Milhares de brasileiros adquiriram o carro através do consórcio. Até eu, que era advogado de uma indústria automobilística, entrei num conos deixar que o banco distribua, que receba, que faça. Então, o que acontece? O imposto de renda é um mecanismo que estrutura tudo, mas quem distribui, quem mantém contato com o povo na matéria do imposto de renda é o banco. Recolhimento de impostos prediais da prefeitcos ban>cos estão se unindo, estão se tornando poucos bancos, facilitando o serviço do governo de fiscalização. O Banco Central está tendo muita facilidade em poder fiscalizar esse esse esse o movimento bancário nacional. E os bancos, e os bancos estão representando um papel dentro da evolução nacional de grande  SPEAKER 1: Uma pessoa que queira depositar seu dinheiro num banco, como deve fazer? SPEAKER 0: Bom, para depositar é... Os bancos, ãh, todos eles têm um um formulário próprio, procura-se o banco, preenche-se um formulário, esse formulário é preenchido, com a importância, ou em dinheiro ou em cheques que você vai depositar, se apresenta no no caixa recebedor e ele recebe a importância, quer dizer, eh parece que existe um para cada banco um formulário próprio, não é? Mas de uma forma geral é a maneira maneira igual em todos os bancos de receber dinheiro. Eu utilizei, eu utilizei de um de um de um de um, é uma maneira de... Que é muito usada em viagem, que é o travel check. Isso aí... Já vem há muito tempo e eu, na na ocasião em que eu trabalhei, em que eu viajei, Eu usei uh o Travel Check e além e além disso procurei através da das casas de câmbio dos países onde eu passei de trocar o dinheiro nacional, porque eu já tinha levado também alguma coisa já trocada, em dinheiro nacional trocado em dólar, especialmente em dólar. Então, quando eu não usava o Travel Check, eu procurava as casas de câmbio e trocava em moeda do dos países. Essa foi a maneira exata, talvez seja a maneira mais usada até hoje, a maneira costumeira.