Inquérito SP_DID_151

SPEAKER 0: : do trabalho do agiota através de obrigação de registro. Então, hoje em dia, as promissórias têm uma obrigação de registro, a necessidade das promissórias serem registradas. Isso traz ao agiota, sim, um um fato de, um um fator de desconfiança. A hora que ele vai emprestar dinheiro, ele nunca sentiu controle nenhum, ele vai começar a sentir o controle porque ele sabe que as notas promissórias, a partir de certa de certo mo mento passaram a serem controladas pelo governo. E... E realmente isso aí gerou dentro do do do do grupo dos agiotas inúmeros no Brasil, especialmente no interior do Brasil, onde o agiota muitas vezes substituía até o a figura do banco. O agiota retrocedeu na sua atuação. E fora isso, o próprio governo combateu diretamente, através até da própria Polícia Federal, andou perseguindo agiotas. Muito bem. Então aquela figura do agiota, que era aquele homem que emprestava dinheiro e hoje emprestava cem Amanhã ah o chefe devolveu cem, mas estava devendo mais cem. Depois ele não estava devendo mais cem, ele estava devendo duzentos, porque ele cobrava juros sobre juros. Depois o indivíduo não conseguia pagar no mês, e no outro mês ele estava devendo aquilo mais os juros sobre aquilo. né? Então, passado um tempo, o indivíduo não estava devendo mais os duzentos, estava devendo mil. Essa figura parece que não acabou, mas parece que diminuiu bastante nos meios econômicos brasileiros. Agora, voltando ao bê-ene-agá, o governo combateu o agiota. Mas, infelizmente, quando criou os planos do bê-ene-agá, e especialmente os planos de aquisição de casa própria, que visa exatamente atingir uma camada social de de de de nível médio, nível mais baixo, o governo esqueceu-se que não deveria ser agiota. E, através do bê-ene-a gá bê-ene-a gá, passou a exercer uma figura como se fosse um verdadeiro agiota. Então o que acontece e o que aconteceu foi que se vendeu milhares e milhares de moradias, especialmente para a classe trabalhadora e realmente no momento no momento de com () no momento da devolução do financiamento, quase sempre a longuíssimo prazo, sempre um prazo de quinze Se chegou à realidade, se chegou à realidade, que o elemento que hoje podia pagar a prestação de duzentos cruzeiros ou de trezentos cruzeiros, mas que devido ao problema chamado de correção monetária, seis meses depois, um ano, dois anos depois, tendo esta prestação se elevado a quinhentos, seiscentos cruzeiros, inexplicavelmente já não tinha mais condições de pagar. Então, o que pode aco, o que pode, o que realmente aconteceu é que muita gente adquiriu casa própria através de plano do dê-ene-agá e depois de pagar um ano, vamos dar um exemplo, uma casa que estava custando vinte mil cruzeiros, depois de um ano que o sujeito passou pagando, ele, depois de um ano, estava devendo os vinte mil cruzeiros, ou talvez mais do que os vinte mil cruzeiros, por causa da aplicação da correção monetária em cima deste financiamento. Então, ãh eh é realmente um fato social muito importante, quer dizer, o governo tenta cobrir, o governo tenta cobrir essa deficiência nacional, que é a deficiência da moradia, com mui muito mérito, quer dizer, isso aí realmente é um dos fatos mais importantes da Revolução de sessenta e quatro, é essa essa vontade do governo de dar casa para todo mundo. Mas de outra forma, esqueceu que a correção monetária aplicada da maneira que está estava sendo aplicada, essa correção monetária trazia consequências drásticas para uh uh uh o elemento que recebia o financiamento. E... Porque o elemento não () não vive só da moradia, ele necessita do salário dele para inúmeras outras coisas, isso é evidente. E a realidade demonstrou que os planos feitos de financiamento com aplicação de correção monetária eram eram eram eram re irreais e não estavam à altura da capacidade econômica do povo brasileiro. Agora, uh, o governo parece que sentiu essa realidade e ultimamente tem estudado uma série de de medidas a fim de melhorar essa situação da devolução do financiamento. Cheg chegou-se perfeitamente à realidade que a aplicação do a aplicação do do do da correção monetária eh trazia consequências drásticas. Essas consequências num não se chegou num num num num num não é somente dito, não é não somente consta do papel. Se essa, essas consequências eh representam realmente uma realidade. Realidade, por exemplo, de vocês encontrarem vilas de casas vendidas pelo bê-ene-agá. Eu, por exemplo, estive há pouco tempo em Goiânia, capital do estado de Goiás, onde o bê-ene-agá vendeu uma uma vila de casas, mais ou menos de umas oitocentas casas, numa vila de casas. Todas as casas foram vendidas pelo plano inicial de fornecimento de dinheiro, havia muita facilidade. Elas foram vendidas com com muita rapidez. Mas passado dois anos, a realidade apareceu naquela vila de casas, porque quando eu estive lá o ano passado, quarenta por cento das casas estavam abandonadas, totalmente abandonadas, porque os moradores não tendo condições de pagar as prestações exigidas pelo bê-ene-agá, uma vez que incidiu uma violenta correção monetária sobre as prestações mensais, os moradores simplesmente abandonaram aquelas casas para que não sofressem uma ação de de reintegração de posse, porque o bê-ene-agá, não pagando, ele se reintegra novamente na posse. Agora, o governo sentiu essa realidade, que é a realidade de de de abandono de casa, quer dizer, não é aban, não é a realidade de não pagamento, e no e notando que que inúmeras, inúmeras, talvez, não digo a maioria da das casas vendidas pelo bê-ene-agá apresentavam um atraso nas prestações, parece que nesses últimos dois anos ou um ano para trás, começou a fazer um estudo visando melhorar essa situação. Então uma das ideias que chegaram à con, chegaram à conclusão e que... Ãh, correção monetária não não não era um fator bom para se aplicar sobre as prestações. Então,  () uh outros critérios estão sendo adotados, por exemplo, através de de do próprio salário do indivíduo, conforme o salário aumenta, aumenta a prestação, ou conforme os índices do salário mínimo, havendo uma oscilação do salário mínimo, haveria, digamos, uma oscilação do da da prestação, quer dizer, trazendo mais a realidade, trazendo mais à realidade, ah o problema do pagamento da devolução do financiamento. ### Há um erro muito grande por parte do governo. Lança um plano nacional, um plano de extensão nacional para a venda de casas e não pensam na maneira de devolução dessa importância. Como é que vai ser esse financiamento devolvido? Talvez não seja bem isso. O governo realmente, quando lançou o plano do bê-ene-agá da de aquisição de venda de de para casa popular, casa para o povo, pensou em tudo. Existe também, por parte do próprio povo, existe por parte do próprio povo, em muitos casos, e talvez na grande maioria dos casos, ãh, culpa no momento da aquisição da casa própria. Porque o bê-ene-agá, ou as entidades ligadas ao bê-ene-agá, ou à Caixa Econômica Federal, ou à Caixa Econômica Estadual, quando fornecem numerário para a aquisição de uma casa,  essas entidades fornecem esse numerário, levando-se em consideração, uh, levando-se em consideração a renda familiar do indivíduo. Muito bem. Se o indivíduo recebe xis, ele poderá receber financiamento xis, que ele poderá comprar a casa ípsilo Então, o que acontece, na maioria dos casos, é que o elemento, na hora de adquirir a casa própria, ele não querendo se contentar com uma casa de dois quartos, sala, cozinha, mas ele está querendo uma casa de três quartos, duas salas, uma cozinha, um banheiro e uma garagem, ele, no momento, ele, no momento de procurar os agentes do bê-ene-agá, ou os agentes ligados aos bancos autorizados, ou às agências autorizadas do bê-ene-agá ou da Caixa Econômica, ele declara uma renda fictícia. Então, em vez de ele declarar, então, em vez de ele declarar que ele recebe, que ele recebe, ãh, um milhão por mês, mil cruzeiros por mês oh ou setecentos por mês, ele junta a renda familiar dele, a renda familiar da mulher dele, a renda familiar do filho dele, aumenta a famosa chamada renda familiar e, com isso, ele obtém um financiamento acima das possibilidades econômicas No momento é muito bonito porque ele muda para uma casa maravilhosa, quer dizer, ele nunca pensou em ter uma casa da maneira que ele teve, então ele ca adquire uma casa muito boa, mas o que acontece é o seguinte, que nas pri, nos primeiros meses, logo nos primeiros meses, ele vai conse, ele vai começar a sentir o problema, onde é que ele vai se envolver. Porque ele tem a renda familiar dele, mas muitas vezes a mulher não tem aquela renda que eles declararam, ou o filho abandona a casa, vai, casa, ou vai morar em outro lugar, não tem, não dá mais aquela renda, ou então não quer contribuir para, mensalmente, para juntar a renda para eles pagarem o bê-ene-agá, ou então a entidade que financiou, e o que vai acontecer é exatamente que aquilo que num num no momento parecia uma maravilha de aquisição vai se tornar um tormento que é o não, a não, o não pagamento das prestações e a, e o ameaço do bê-ene-agá de retomar a casa. Então, realmente, o governo quando quando fez o plano, plano magnífico, talvez dentro da América Latina um dos planos mais bem estruturados () se tem notícia. Tanto assim que diversos países, especialmente na América Latina, têm procurado o bê-ene-agá e têm copiado os planos do bê-ene-agá. Quer dizer, um mérito especial. A par disso, tem o problema do governo que devia ter estudado melhor a maneira de retomar o dinheiro. Mas também, então, temos de que deixar bem claro que o elemento que toma o financiamento muitas vezes também é culpado. Dá um passo mais longo e não consegue alcançar. E é exatamente o problema que que acontece depois perdendo a casa com a retomada da por parte do bê-ene-agá ou da da entidade que forneceu o nume rário.

SPEAKER 1: : nume rário. E no caso, assim, de empréstimo, por exemplo, para a compra de um carro, a quem isso se dirigiria?

SPEAKER 0: : Para aquisição de carro eu iria procurar um um banco. O banco, através de seus, dos seus setores de financiamento, que hoje são comuníssimos. Todos os bancos de grande movimento do país possuem setores de financiamento. Hoje, para a aquisição de um carro é a coisa mais fácil que existe, coisa que talvez há cinco anos atrás não existia no Brasil. Tanto assim que há cinco anos atrás surgiu uma novidade dentro do setor econômico brasileiro, quer dizer, uma Algo que não existia no mundo, que apareceu aqui no Brasil, mas vai chamar de consórcio. Depois demonstrou ser um, a verdadeira bomba. Levou muita gente a perder dinheiro grande. E muita gente a ganhar muito dinheiro também. Especialmente os donos dos consórcios. Porque no Brasil a venda de carro inicialmente era feita para pessoas que tinham condições econômicas suficientes. Era na época que não havia indústria automobilística brasileira. O Brasil trazia o carro de fora. O carro custava muito caro. Então só tinha, ou só poderia ter realmente um carro quem tivesse condições econômicas. Ou então quem necessitasse do carro para trabalhar. O chafé de praça, o dono de um caminhão. Então eles tinham o carro porque eles trabalhavam com o carro. O carro não era considerado um... Era considerado, além de locomoção,  era um, era um era,  era um produto mais ou menos de luxo. Isso porque o carro era trazido de fora e isso acontece talvez em todos os países que o carro vem de fora. Então o carro é caro e o carro é produto de luxo. Mas com o advento da da indústria automobilística brasileira, realmente a produção de veículos aumentou de forma astronômica. Então precisou começar primeiro, tirar o conceito que existia dentro do, dentro da mentalidade do povo brasileiro, que carro era só para alguns. Então precisou passar esse conceito, esse conceito precisou ser para que o carro era O carro podia ser usado eh tanto para a dona de casa para fazer compras no supermercado, como para um advogado que vem para a cidade, como para uma família que no fim de semana vai para a para o Guarujá, que vai para uma fazenda. Então o carro, precisava primeiro esse conceito. Esse conceito parece que pegou com muita facilidade. Mas continua havendo o problema seguinte, o carro produzido no Brasil é caro. Muito caro. Levando-se em consideração países de produção automobilística mais ou menos grande, que é o caso, por exemplo, do Japão, que é o caso da Alemanha, que é o caso dos Estados Unidos especialmente, o carro brasileiro é um carro muito caro. Muito, muito caro. Então se incutiu na cabeça do povo brasileiro que o carro podia ser para todos. Mas todo mundo queria então adquirir um carro, mas chegou uma, chegaram a, todo todos chegaram a uma conclusão que não havia condições para adquirir um carro. Inicialmente, os próprios revendedores, as próprias agências financiavam a curto prazo, o que também não solucionava o problema. Várias outras medidas foram tomadas, a indústria automobilística passando por diversas crises e crises violentas, como a crise de mil novecentos e sessenta e quatro. Eu assisti a essa, essa crise porque eu era advogado da CINCA do Brasil, a fábrica de automóveis. E passou por uma crise violentíssima, inclusive ah ah a fábrica Volkswagen, a fábrica, a fábrica da CINCA, onde eu era advogado, nessa ocasião deram férias coletivas a todos os empregados, porque o automóvel era fabricado e ficava no parque, não era vendido. Porque o povo queria comprar o automóvel, mas não tinha condições de comprar o automóvel. A partir de mil e novecentos e sessenta e seis diversas pessoas, isso aliás é muito muito comum entre entre entre brasileiros, é criar ideias, ideias que não existem em parte nenhuma do mundo. Ouviram falar em consórcio, existia, a palavra consórcio existe para outras finalidades, mas criaram um consórcio para automóveis. Então um grupo de pessoas se reuniam, todo mundo jogava o dinheiro numa caixinha, então todo mês dava aquele dinheiro que todo mundo jogava na caixinha, dava exatamente a importância de um automóvel ou de dois automóveis, então faziam um sorteio, quem saía sorteado levava o automóvel. Era uma medida, e isso aí, e o consórcio foi o início do do do do do do do do do aspecto de... Então voltando a ao ponto onde nós tínhamos parado, com referência É, um grupo de pessoas, em determinado momento, achou que realmente a maneira exata de sair do automóvel estava parada no pátio. O automóvel tinha que rodar, ele foi feito para rodar. Então, uma maneira foi o consórcio. Realmente assim, ah nos primeiros anos, o consórcio surtiu um efeito extraordinário, um efeito nacional. Milhares de brasileiros adquiriram o carro através do consórcio. Até eu, que era advogado de uma indústria automobilística, entrei num con sórcio. Todos adquiriam o carro, o carro saiu do pátio e os males do consórcio apareceram dois ou três anos depois. Porque os primeiros que adquiriam o carro estavam satisfeitos. Mas muitas vezes era um grupo de duzentas, trezentas, quinhentas ou mil pessoas. Então o que ficava por último não ficava satisfeito de ficar pagando o carro para todo mundo e receber o carro depois de três anos, ou depois de quatro Mas o consórcio teve o teve o que teve o uh ah a parte positiva, que foi, digamos, o fator de tirar o carro do pátio, de demonstrar à grande maioria do povo brasileiro, lógico, de numa classe média, que ele poderia ter carro. Muitos que já tinham carro, adquiriram dois carros. Então, ãh, comprou um carro para ele, um carro para a mulher dele. Então, o carro passou a ser um objeto de necessidade, não era mais de  Os males do consórcio apareceram, centenas de consórcios fecharam. Hoje, pouquíssimos consórcios existem. O povo não acredita mais em consórcio. Mas a indústria au automobilística brasileira, que tem dirigentes fabulosos, eles, naquela ocasião que eles notaram o decréscimo da do consórcio dentro da economia brasileira, dentro da venda do carro, souberam nesse momento substituir o consórcio pelo financiamento. Muito bem. Trataram com as entidades bancárias, trataram com as entidades financeiras, as entidades financeiras descobriram uma realidade que já podiam ter descoberto há muito tempo antes, que vendendo À prazo longo, que são os prazos comuns, são os prazos de vinte e quatro, trinta ou trinta e seis meses, cobrando juros que que oscilam de dois, eles teriam um lucro espetacular e a, fora isso, eles teriam uma garantia que representa o próprio carro. Quer dizer, o carro é um carro que tem um número, ele é numerado no motor, ele é numerado no chassis, ele tem uma placa, ele tem um dono com domicílio, quer dizer, a entidade financeira fornece a importância e fica com a garantia do próprio carro. Quer dizer, o indivíduo deixou de pagar, eles recuperam o próprio carro. o carro no num prazo de vinte meses ou de dez meses ou de trinta meses ele sofre um, realmente, uma desvalorização mas essa desvalorização não não não se chega a uma não não se não chega ah ah ah a tirar o valor do veículo então o financiamento ele sempre está garantido pelo próprio veículo ih e o que acontece então é o seguinte não posso dar números exatos. Mas aí eu chego a uma conclusão que mais ou menos setenta por cento dos carros que giram no Brasil são carros financiados. Então vocês estão vendo muita gente passear de Galaxy ou de Dodge Dart. Muito bacana, muito bonito. E o carro não está pago, o carro está financiado. Setenta por cento, se não for mais. E tem mais uma coisa, e um fator muito importante. Que muita gente que tem dinheiro Muita gente que tem dinheiro, e dinheiro grande, na hora de adquirir um carro próprio, procura o financiamento. Porque é muito mais interessante o elemento continuar com o dinheiro dele no bolso e pagar o carro à prestação com a maior comodidade, sem ninguém ficar sabendo que ele ele paga o carro à prestação, do que desembolsar um capital grande que ele poderá aplicar em outras coisas. Então ele tem um capital grande, ele vai conseguir o financiamento com muito maior facilida de Então o que está acontecendo é que o financiamento passou ah ah a ser utilizado não somente pelas pessoas que não possuem dinheiro. Porque a ideia primeira do financiamento é financiar para aqueles que não possuem o numerário suficiente para a aquisição do veículo. Mas o que acontece é que na maioria da do dos carros, especialmente nos carros grandes que são financiados, o elemento possui dinheiro e ele quer continuar com o dinheiro dele no bolso. Então ele pega mais esse dinheiro porque as facilidades são tão grandes que ele consegue isso. Então, se eu fosse procurar adquirir um carro, mesmo que tivesse dinheiro, mesmo que tivesse dinheiro, eu iria procurar, eu iria procurar uh, um plano de financiamento. Qualquer banco. As próprias agências especializadas de venda de veículo possuem possuem agentes das financeiras, e já está tudo ligado, tudo pronto para que se adquira um carro através de financiamento. Então eu, com dinheiro ou sem dinheiro em mãos, se fosse adquirir um carro hoje, iria através de um financiamento.

SPEAKER 1: : O movimento do banco, no caso, só se restringe ah a  empréstimo? A pessoa ou uma pessoa, por exemplo, pode se utilizar do banco para qualquer outra coisa? Não.

SPEAKER 0: : Num serviço de um banco eu tenho um monte de de utilidade. O banco representa dentro da estrutura econômica do país o que há de mais importante. Realmente evoluiu muito. Hoje o banco tem uma importância capital. O banco havia, talvez, antes de mil novecentos e sessenta e quatro, porque a gente quando fala em Brasil fala antes de sessenta e quatro e depois de sessenta e quatro. ### Não havia muito, não havia por parte do povo, muito crédito ao banco. No banco havia entidades bancárias, casas bancárias, cooperativas bancárias. Uma série de de de de de entidades que que eram mais agiotas, que se cobriam com o nome de banco. Hoje não, Hoje Os bancos no Brasil realmente possuem características próprias de força, de grandeza. Diminuíram os bancos, pequenos bancos. Aconteceu um um um um um um um fator muito importante dentro da dessa estrutura toda que foi a fusão dos grandes bancos. É uma coisa que está acontecendo e de quatro ou cinco anos para cá grandes bancos se fundiram e isso trouxe uma importância muito grande para para uh as pessoas ligadas aos bancos, porque os bancos pude, quando eles puderam com isso prestar maiores serviços, como também para a própria economia e também para o controle, porque () os bancos são controlados pelo Banco Central. Então ficou muito mais fácil esses bancos se fundem, se tornarem grandes entidades financeiras. e através dessas en dessas entidades financeiras são prestadas centenas de milhares de serviços porque é prestados ao povo, ao governo, ah ah a todos que procuram. O banco, que à primeira vista e talvez no conceito popular é simplesmente onde se guarda dinheiro e onde se leva um cheque lá para sacar, realmente talvez essa seja a atividade a atividade de menor importância do banco. Talvez, não sei, eu não num num num não entendo de de atividade bancária, mas como leigo e como leitor de jornal, certo, a gente talvez acaba chegando a uma conclusão que a menor atividade de um banco, e a de menor importância, é exatamente aquela que o povo acha que é a principal e única atividade do banco, que é colocar o dinheiro e depois o sujeito dá um cheque e vai lá retirar. Não. A atividade principal do banco é pegar aquele dinheiro que se joga lá dentro e aplicar em um número de coisas, como financiamento de carros, financiamento de carro, porque o banco transfere essas verbas para as financeiras, certo? E hoje em dia, no Brasil, se fala com muita frequência de financeiras. As financeiras trabalham com o dinheiro do banco. Esses bancos, eles participam com esse dinheiro no no no no em todo o trabalho de importação e exportação, que hoje o Brasil está atravessando uma fase espetacular, especialmente na fase de exportação. Então, financiam a indústria para que a indústria possa produzir, para que ela possa exportar. E, após isso, o banco hoje presta um número de outros serviços. inclusive serviços até de ordem familiar, paga a conta do telefone, paga a conta da luz, paga ãh uma série de outras outras contas e outras outras outras obrigações do cidadão. O próprio imposto de renda, hoje, o imposto de renda chegou à conclusão, é até um fato muito interessante ou seja, da importância do banco. O imposto de renda chegou à conclusão que eles não tinham condições sozinhos de distribuir aqueles formulários, receber os formulários e mandar para um, mandar para outro. Então o que aconteceu? Se serve da rede bancária. Quer dizer, a importância da rede bancária é tão grande que o próprio Imposto de Renda, que é o governo, chegou à conclusão, olha, o único meio de se chegar ao povo, ou de se chegar ao contribuinte do Imposto de Renda com maior facilidade é procurar os  bancos. Porque o banco está em todo lugar. O gerente do, o gerente dos dos bancos, o gerente do banco de uma cidade, Ele está, ele está mais ou menos na mesma categoria do delegado, do juiz, do promotor e gerente do banco. Pessoas conhecidas. Então, o imposto de renda chegou à conclusão da importância de um banco. Falou, ah, vam os vam os deixar que o banco distribua, que receba, que faça. Então, o que acontece? O imposto de renda é um mecanismo que estrutura tudo, mas quem distribui, quem mantém contato com o povo na matéria do imposto de renda é o banco. Recolhimento de impostos prediais da prefeit ura, serviços de toda ordem de cobranças feitos através dos bancos. Então o banco tem dentro da da estrutura econômica nacional a importância primeira. Depois, em sessenta e quatro, se deu o valor exato que deveria ser dado ao banco. Primeiro, o () Tirando os pequenos bancos, os que os que eram agiotas, esses bancos deixaram de existir, não puderam aguentar o peso. Segundo, fiscalizando, porque hoje existe uma entidade fabulosa do governo federal que chama-se Banco Central, que toma conta, como se deve, de todos os bancos. E... E terceiro, com a fusão dos bancos. Então isso deu ao povo assim uma ideia de de grandeza, quer dizer, o sujeito já tinha no banco dele uma confiança muito grande. Mas gostava muito também do banco do vizinho, porque acharam que o banco do vizinho era muito grande. Um belo dia juntou o banco dele que ele jogava o dinheirinho dele lá, mas com o banco do vizinho. Ele falou, ah acho que esse banco é um colosso. O que realmente tem acontecido? Os ban cos ban cos estão se unindo, estão se tornando poucos bancos, facilitando o serviço do governo de fiscalização. O Banco Central está tendo muita facilidade em poder fiscalizar esse esse esse o movimento bancário nacional. E os bancos, e os bancos estão representando um papel dentro da evolução nacional de grande 

SPEAKER 1: : Uma pessoa que queira depositar seu dinheiro num banco, como deve fazer?

SPEAKER 0: : Bom, para depositar é... Os bancos, ãh, todos eles têm um um formulário próprio, procura-se o banco, preenche-se um formulário, esse formulário é preenchido, com a importância, ou em dinheiro ou em cheques que você vai depositar, se apresenta no no caixa recebedor e ele recebe a importância, quer dizer, eh parece que existe um para cada banco um formulário próprio, não é? Mas de uma forma geral é a maneira maneira igual em todos os bancos de receber dinheiro. Eu utilizei, eu utilizei de um de um de um de um, é uma maneira de... Que é muito usada em viagem, que é o travel check. Isso aí... Já vem há muito tempo e eu, na na ocasião em que eu trabalhei, em que eu viajei, Eu usei uh o Travel Check e além e além disso procurei através da das casas de câmbio dos países onde eu passei de trocar o dinheiro nacional, porque eu já tinha levado também alguma coisa já trocada, em dinheiro nacional trocado em dólar, especialmente em dólar. Então, quando eu não usava o Travel Check, eu procurava as casas de câmbio e trocava em moeda do dos países. Essa foi a maneira exata, talvez seja a maneira mais usada até hoje, a maneira costumeira.