SPEAKER 0: Travação do dia 9 de dezembro de 1972. () Bom, então você estava falando da lasanha, nós queríamos saber como é que você faz essa lasanha? SPEAKER 1: Bom, há quatro anos atrás que eu fiz um curso de cozinha com Dona Nivalda. Aliás, é uma professora que está muito aqui em moda, além tem Dona Regina que dá os pratos de banquete, mas Dona Nivalda costuma, assim, normalmente dar o trivial. para quem nunca aprendeu cozinha, não tem ideia do que seja, e com o passar do tempo, depois de um ano ou dois, ela começa a dar os pratos mais complicados. Mas um que eu mais gostei, que eu sempre fiz, que é mais comentado entre minhas amigas, é justamente uma lasanha, que pode ser ou lasanha verde ou lasanha A lasanha verde, ela nos ensina a fazer desde a massa e e diz, se você quiser fazer a lasanha verde, você pode misturar o espinafre, como todo mundo já sabe. Então você faz a massa em casa, ou com espinafre ou sem espinafre, faz ela, corta ela em tiras, põe para cozinhar, deixa à parte. E depois você prepara os recheios, são três ou quatro recheios. É, por exemplo, você pode comprar uma ricota inteira, você amassa ela com um garfo, você põe creme de leite, salsinha, uma pitadinha de sal. Depois você faz um um molho muito gostoso de picadinho com tomate. Você frita a carne com cebola, depois aos poucos você vai adicionando um pouquinho de massa de tomate, depois o tomate. sem pele, faz aquele molho bem grosso, bem gostoso e deixa a parte também. Depois você cozinha ovos e você pode passar naquele cortador de ovos em vamos dizer assim em fatias e põe a parte. Bota azeitona descaroçada e () e pode comprar mozzarela também, uma inteira, passar no ralador de queijo mais grosso e põe à parte. Tudo isso você deixa nos pratinhos à partes e começa a montar a lasanha. Primeiramente você põe o molho à bolonhesa, no picadinho. Depois você pode pôr hum umas tiras da lasanha num pirex. Tudo isso num pirex refratário que vai ao forno depois. Põe até cobrir aquela camada, depois você põe aquele creme de ricota amassado com creme de leite, você põe a mussarela que está toda ela esfareladinha, põe queijo ralado parmesão, põe as fatias de ovos, põe uh o azeitona e novamente o picadinho. Depois você põe outra camada de massa. Você novamente põe a massa, tudo isso em camadas, uma cobrindo a outra e sobreposta a outra. Começa tudo de novo, botando o molho à bolonhesa, você põe a ricota, você põe a muçarela, põe uh os as fatias de ovos, queijo ralado, azeitona e por fim, quantas camadas para encher esse pirex e finalmente você vai ter que terminar com um picadinho, porque senão ela resseca quando for ao forno. Vai ao forno mais ou menos uns trinta minutos, você pode inclusive se você tiver vontade ou justamente quando é um um domingo, para você não se a se afobar na hora do almoço, você deixa preparada no sábado e só vai levar ao forno por trinta minutos no domingo na hora do almoço. SPEAKER 0: Você falou da da massa, como é que você SPEAKER 1: A massa () é normalmente com trigo, ovos, amassados e quando for o caso da lasanha verde que você vai botar o espinafre espremido. Só isso, não tem nada assim especial e alguma coisa assim diferente. E Se você quiser, se você não quiser ter muito trabalho em sua casa, ou as vezes quando você vai fazer um almoço, normalmente você tem que pensar na sobremesa, então você pode comprar pronta hoje em dia, assim, é tão baratinho assim, Um quilo dá para umas quatro ou cinco camadas do pirex. Não tem problema nenhum. Mas se você for mais habilidosa, gostar de fazer tudo pro em casa, bem feitinho, tendo mais tempo, com calma, porque você pode já, inclusive, deixar montada, pronta na geladeira, só vai ao forno na hora do al> SPEAKER 0: ###  de lasanha também, no começo, não disse? () É e e normalmente assim, como é que é a refeição? Na minha casa? SPEAKER 1: Aham. Nós, Aqui em casa, gostamos muito de variar os pratos. Não comemos só o que o brasileiro normalmente come, que é a base, o feijão arroz. Não é que dizem que é só no norte ou ou só no sul. A base, eu creio eu, que os brasileiros comem mesmo é feijão, arroz, o bife, o pedacinho da carne, e pouca verdura, não há quase um um brasileiro legítimo realmente que goste muito de verdura. Mas nós aqui em casa temos assim, vamos dizer, hum principalmente eu acho que o paulistano mesmo, não sei, que vai sempre ao restaurante ou está sempre em contato muito com as outras raças, eu acho que aprende a comer tudo quanto é tipo de comida. Nós aqui, Comemos desde a comida chinesa, fazemos inclusive em casa, comida chinesa, russa. A chinesa nós sempre fazemos sukiyaki, que é uma delícia. Ah eh () Sukiyaki é o prato assim mais chique, japonês, não chinês, japonês. Comida chinesa é um pouco diferente. Essa é a única comida assim japonesa que se possa comer, porque normalmente é tudo cru. É o peixe cru, mas ãh só com shoyu, que é o molho que vai, que é um molho de soja. Só, natural. A chinesa é mais temperada, é mais saborosa. Mas esse sukiyaki é uma delícia. Você compra broto de bambu lá no mercado onde há, por exemplo, quitanda de japonês. Você compra aquele broto de bambu que já fica assim... de molho, que é para ele amaciar, porque ele é muito duro, né? Você traz para casa isso traz ac acelga japonesa, é um tipo de um repolho grande. Você compra bastante cebola branca, carne em tiras, ãh cebolinha verde, mas não a parte do das folhas, né? Mais a raiz, a parte branquinha ali, você corta e o resto você inutiliza. O que que pode dizer mais? Você pode pôr tudo quanto é tipo de verdura, mas normalmente a gente põe isso, broto de bambu, ah a couve-flor, as florzinhas, os buquezinhos, você desmancha ela inteirinha. Você pode pôr a verdura que quiser, mas mas assim o o tradicional mesmo é isso, é acelga, cebola das duas espécie, A carne, a carne não é frita nem nada, é cozida, é tudo cozido no molho do shoyu. Então você vai pondo o que é mais duro em primeiro lugar, depois por último a cebola para ficar trincando, pode pôr cenoura, a couve-flor, a acelga e só. Se quiser adicionar alguma coisa, peixe, frango, essas coisas, mas isso é mais do que a tua vontade. E cozinha e tudo Tudo cozido, tudo junto, colocando o que é duro. em primeiro lugar e forma a verdura, solta a água, um caldo. Então esse vai ser o caldo do prato inteiro com o shoyu sem sal nem nada, porque o shoyu já é meio assim salgadinho, já tem nada de gordura, nada de óleo, nada. É um prato para quem faz regime, é muito bom e é saudável, é forte. Porque não é um tipo da... mesmo quem é mais pessoas idosas, assim, que tem colesterol alto, precisa comer muita cebola, não pode comer gordura, nada com manteiga, nada assim, precisa comer carne, porque é proteína, né? Afinal, precisa se alimentar com alguma coisa que sustente. Eu acho um um prato assim muito bom, E fica assim muito de interessante, né? Para uma visita que for a sua casa, inclusive. Você pode oferecer que fica bem gostoso, porque quem gosta de verdura e carne cozida, não tem problema, vai gostar do prato. E de () De resto, ah a gente faz sempre... Não é bem russa, ela é mais eh húngara. Eh... Chama-se o... Como é que é o nome, meu Deus do céu? É com batata, pode-se comer com nhoque ou batata. Tem um tipo de um creme de estrogonofe, mas não é bem estrogonofe. Vai mais é páprica pimentão. Chama-se ãh... Como é que é o nome? Agora eu não estou me recordando. Ãh... Outro  dia mesmo eu falei nesse prato, que é uma delícia. Os russos comem muito isso com batata. Os húngaros, é porque ali pertinho, país perto, Eles têm influência também dali, né? Então, eles comem também esse prato, chama-se... Agora eu não me recordo, mas daqui a pouquinho eu vou falar de outros pratos e já, já eu digo para vocês como é que é o nome desse prato. Agora, tem comida árabe. Nós comemos muita comida árabe na minha casa, porque meus avós são árabes, então... A gente come o quibe, o tradicional quibe. Tem o tabule, que é uma salada com trigo, com verduras picadinha. Tem alguns assim Porque tem uns pratos mais chiques, que é de beirute, e os da montanha, que é o mais simples. Lá na montanha, eles comem muito carneiro e cabrito. Lá não há carne de vaca. Eles comem muito os órgãos do cabrito, rechado de arroz e grão de bico. Aliás, o bucho, não sei se vocês conhecem, eles pegam, limpam direitinho, recheiam de carne, de carne não, de arroz e grão de bico e costuram com uma linha para ele ficar redondinho e cozinha na água. Apenas isso. Com sal, só. O  único tempero que tem. Pode  pôr um pouquinho de óleo, de gordura assim, mas a uh gordura deles lá é a gordura do próprio carneiro, sabe? Eu  acho assim muito extravagante, um gosto assim muito especial. Não é para qualquer pessoa. que goste, mas o quibe, a esfirra, ãh o tabule, os enroladinhos de folhas de uva, de repolho, sempre com carne e arroz, abobrinha, berinjela, tudo isso nós, eu creio que que até o paulistano já aderiu e gosta e está acostumado, né? De vez em quando, porque eu acho que é uma comida muito forte, precisa ter um estômago preparado para comer todos os dias, para quem é muito... Gourmet mesmo, que é guloso, que daí gosta mais desses pratos. Agora, outros pratos que podem ser assim, bom, sempre você faz, ah tem um peixe árabe que é com molho de gergelim, com Taratur chama-se, com cebolado, sempre vai muita cebola nos pratos árabes. É bem gostoso, mas também é forte. Todos os pratos árabes são bastante fortes. Precisa assim uma pessoa que seja bem gordinha, bem gulosa para gostar muito. Tem Quem é magro, normalmente não tem muito apetite, não gosta muito dos pratos. O que que eu queria te dizer daquele prato? Não estou  recordando. SPEAKER 0: É o... () Agora me diz  uma coisa. Você escolhe isso todo dia? É isso normalmente? Não. SPEAKER 1: Todo dia a minha mãe, olha, faz... nove anos de casada e ela praticamente, eu disse a ela até para editar até o as receitas a aprovadas por ela, ela faz um caderno onde tem uma cozinha internacional. Venho dizer porque você pode imaginar algum país e ela te diz uma comida típica. Até um frango havaiano, assim ela faz com abacaxi, um um molho, meio rosado, assim, muito gostoso. Todos os pratos assim, e doces, que ela ouve falar das suas amigas, comentando, pela prática dela, ela já lendo a receita, ela sabe o que que é gostoso ou não e experimenta. Sempre tem novidades na minha casa. Desde frutos do mar, nós comemos muito rã, ãh lula, Coisas assim, ãh shell é um tipo de um molusco quase ninguém conhece, entendeu? Ela faz macaronada com molhos disso aí. Ela faz bastante camarão. E tudo que você pode imaginar, da parte de aves, da parte de carnes, nós comemos de tudo. Aqui na minha casa não há algo que você possa dizer, eu não gosto disso, eu não como assim, eu não experimento isso. Até uma vez, na fábrica do meu pai, deu uma porção de formigas, mas é a formiga saúva, não sei se vocês conhecem, uma formiga enorme, chamada de tanajura também, que o nortista conhece muito. E ah o chofer do caminhão do meu pai, disse que é um era uma delícia essa essa... uma parte só do corpo dessa formiga com farofa, que seria como se fosse o torresminho da faro> e tinha que trazer para casa viva. A minha mãe foi até a fábrica, pediu a ele que apanhasse uma porção delas, colocou num sa num envelopinho e trouxe vivas para casa e tentou fazer a tal da farofa, explicou como pediu explicações de como que se que era para se fazer o prato. Chegou aqui, ela torrou as formiguinhas, formiguinhas grandes, em tamanho gigante, justamente a uh a parte do que ele ensinou ela, torrou e estalava até na frigideira, depois colocou a farinha, cebola, um pouquinho de gordura e fez a tal da farofa com tanajura que se come muito no Norte. No Norte acho que eles utilizam muito assim de insetos e coisas que a natureza oferece, porque lá não há muita comida, a falta de higiene alimentícia, então eles inventam Uma porção de novidade estranha, né? Então chegou aqui, ela fez o prato, colocou até cebolinha verde, eu me lembro direitinho, então não falou a ninguém o que era. Chegou aqui e falou um prato novo, quem vai experimentar, quem não vai experimentar, e ninguém tinha coragem, porque ela está sempre inventando novidade. Ela comeu em primeiro lugar, achou gostoso. Depois todo mundo falou, ah, não, vamos experimentar. Comemos e experimentamos. E gostamos. E até eu achei que é um gosto assim de torresminho mesmo, como se fosse a gordurinha tivesse frita e você comesse e gostasse. Eu achei normal, achei muito gostosa. Mas só falando em que é formiga, em tanajura, você já acha estranho. Dizem que a formiga é muito bom para vista. Então, se é bom para vista, acho que eu tenho vista boa, porque até isso eu já comi, né? Que mais? Ah Ah, de estranho aqui na minha casa. SPEAKER 0: Não, normalmente assim... É, e como é que é ah ah assim a sequência de comida? Como é ()? Pois é, isso SPEAKER 1: () o diário. Uhum. De manhã, é um quando nós né íamos à escola, tem de filho aqui em casa só tem eu, que é menorzinha, e meu irmão mais velho. Nós íamos à escola, éramos obrigadas a tomar gemada de manhã. Mas não era assim, era uma caneca de chopes, Cheia de gemada, com um pouquinho de... uma pitadinha de café para disfarçar, mas não dava para disfarçar, porque tinha gosto de ovo  mesmo. Quer dizer que você ia para a aula bem alimentada, com pedaço de pão, obrigatoriamente. Meu pai, não. Papai já toma um café mais leve, é o normal. O café com leite, o pão, uma torradinha, geleia. Normalmente, a gente traz sempre melados de Santa Catarina, que é uma delícia, sempre tem geleias e melados de lá, aqui no nosso café da manhã. Mamãe faz regime um café preto com um pedacinho de queijo branco. Vontade ela tem de comer bastante, mas pelo regime ela já toma conta um pouquinho da sua do seu apetite. Depois, enquanto meu irmão não era casado, estava aqui em casa, ele é muito exigente. Então o almoço era justamente desses macarrões, dessas tortas, desses suflês, dessas carnes, cada dia diferente, nada repetido. Na À noite era um outro almoço, bem dizer, porque normalmente o brasileiro faz um lanche, à noite ou come. acrescenta o que sobrou do jantar, faz mais algum sanduichinho, uma sopa, resolve. Porque é o certo não comer muito. Mas com a nossa influência árabe, ah nós normalmente comemos bastante. Não é não é o normal aqui do paulistano, mas aqui em casa há dois almoços. Um Um na hora, ao meio-dia, e o outro às sete e meia da noite. Completamente variado, diferente. Todos os dias, a dona da casa, a minha mãe, a tarefa dela é planejar sempre uma refeição ãh gostosa, de boa aparência, e, se possível, cada vez experimentando um prato diferente. Agora, depois, há dois anos que meu irmão se casou, e nós, como sobrou os menos exigentes aqui na casa, Nós, normalmente, viramos paulistano. Comemos arroz feijão na hora do almoço, sempre com um bife, um ovo. E a verdura, aqui, é indispensável. Tanto cru como uma uma salada, quanto como a cozida para se comer, o jilózinho, uma couvezinha para você comer com o seu feijão arroz. E a farofa é sempre gostosa. SPEAKER 0: Que tipos de verdura mais SPEAKER 1: Verdura, aliás, quando eu ajudo a minha mãe, vou à feira, você olha na banca de verduras, você vê tudo quanto é tipo de verde, você com nós compramos tudo. Enchemos cinco sacolas, nos perguntam às vezes se minha casa é hotel. Uma vez um táxi nos perguntou isso, porque é bem variado. É É couve, é repolho, é brócoli> Para a salada assim crua é alface, dois tipos de alface, da crespa, da no comum, até a romana também. Nós gostamos muito da chicória, gostamos... Dependendo da época né, porque tem época que não há alface, há mais assim legumes né e verduras mais resistentes, o repolho, como tem todo o ano inteiro. Mas nós trazemos de tudo quanto é tipo de verdura que você encontre na feira, Todos os dias, quanto mais se faz salada, mais nós comemos. E os legumes são cozidos, () que nós comemos cozidos. Abobrinha, sempre refogadinha. Ah, nós o que é estranho aqui é a folha da beterraba. Quando minha mãe compra beterraba, ela guarda a folha. Então ela faz, assim, folha de beterraba refogadinha. Ela faz também folha de, eu não sei se vocês já ouviram falar, em rúcula. Rúcula é uma verdura que nasce a esmo. Ninguém planta. Ela nasce assim bem sempre pertinho das outras verduras. E nós gostamos muito. É um gosto meio esquisito, meio amargo não é. Minha mãe faz refogada e comemos em salada também. Aliás, ela faz essa salada muito interessante. É alho e óleo. Ela lava a verdura muito bem, lavadinha, que normalmente ela é suja, porque ela não é tratada, não é plantada. bem lavadinha e corta ela em tirinhas, assim como se fosse uma couve picada e e. E e ela põe ah pica o alho e o óleo e põe para fritar um pouquinho e depois tempera como se fosse normalmente uma salada e. E é com azeite, sal e vinagre. E  é muito gostosa essa salada frita, sabe? Eu  acho que assim de... Vamos ver o que que poderia dizer para vocês assim mais de comida. Eu adoro falar sobre comida porque eu gosto de cozinhar, sabe? Pratos diferentes. Não só eu fui à aula para saber o como se cozinhar, porque eu já sabia mais ou menos. Era mais assim para saber lidar com as carnes, você aprende a cortar, tudo quanto é tipo de carne, o nome das carnes. peixe, você aprende a limpar o preixe, ãh os moluscos, todos os tipos de frutos do mar. Mas para isso, tem mais do que para você saber fazer um menu. Para quando você convidar seus amigos em sua casa, você já sabe mais ou menos o que você vai oferecer. Agora na parte de doce, eu não não sei se vocês já repararam, eu não falo muito sobre doce porque eu não go> muito de comer doce. Aprecio aqueles doces enfeitados, maravilhosos, com chantilly, aqueles bolos trabalhados, mas não faço porque eu não gosto e não tenho prazer. Mas na minha casa se faz também doce. Não muito porque a gente sempre está cuidando do regime e o problema de engordar é sério. Então a gente faz um mousse, como todo mundo conhece, mas o que eu mais aprecio e gosto é justamente é as compotas de frutas naturais. Nós fazemos compota de manga, compota de, vamos dizer, ah batata roxa, não sei se você conhece. Aliás, essa compota fica até perfumada, de tão gostosa que é. Mamão, mamão verde, a gente corta em tirinhas e faz um tipo de um caracol e passa numa agulha e linha, faz um colar dele, com esses caracóizinhos, que são as contas desse colar, e fa e prepara uma calda e joga dentro da calda. Fica uma compota meio verde, transparente, brilhante, maravilhosa e deliciosa. De mamão verde a gente faz isso, porque o outro quebra muito. O outro você faz aquele tipo de compota picadinha, comum mesmo. Principalmente quando o mamão está amadurecendo demais, você já inventa de fazer uma uma compota. Ou en> Pois é, você vê.  banana você não pode servir num numa num dia de, vamos dizer assim, num jantar mais, mais assim, formal, ou mesmo que seja informal, um domingo, no dia da reunião da família, você não vai oferecer bana> Que é uma fruta deliciosa. Eu normalmente durante a semana, no nosso almoço em casa, se tem cereja de um lado e banana nanica do outro, eu creio que a banana nanica é mais acei> E faz muito bem a saúde, não é? Então você vai servir o quê? O pêssego ou um melã> Tanto que nós temos uns melões aqui, nacionais, que não deixa desejar de maneira nenhuma os argentinos, nem os espanhóis, porque eu acho que o nosso melão de Itu, aquele da casca amarela e pequenininho, é cheiroso e muito saboroso. O Uva, você vai oferecer, não precisa ser uva estrangeira, uva itália, você pode colocar, mas mesmo as nossas uvas, eu acho que num jantar fica muito bonita e enfeita o prato das frutas, não é? você pode oferecer manga nunca. Quer dizer, manga é uma fruta gostosa, mas você come, vamos dizer, no seu almoço, durante a semana, quando não tem ninguém de estranho, porque normalmente você se lambuza mesmo, né? E é gostoso comer assim. Se você não come a manga assim, porque mamãe sempre pede para ser servido, ela cortada em fatias num prato para você comer com garfo e faca. Mas realmente, eu confesso, que nós comemos quando ela obriga, mas bem que é gostoso na próxima manga você comer ela inteira e ir mordendo os pedacinhos, né? Melancia, você pode porque você serve ela meio cortadinha. É fruta nossa e é o tipo da fruta que todo mundo está acostumado mesmo e realmente gosta, né? Eu Eu acho que, bom, você o que você encontrar de fruta ou ameixa ou nêspera, ### Gente, eu acho que, não sei, o mousse de chocolate com chantilly é a coisa assim mais aceitável, principalmente quando está calor, você pode servir ela geladinha. Mas o inverno é mais um bolo, né? Uma torta diferente ou um um um... Você monta algum... algum... prato assim de doce que não que não você não queira pôr pão de ló, você põe assim como se fosse um biscoito, biscoito, alguma fruta, alguma calda, alguma geleia, e chantilly em cima. Um pavê, que nós chamamos, né? Qualquer tipo de pavê, qualquer coisa que você goste, você pode montar e colocando na geladeira, formando um bolo, é uma delícia. Mas no verão eu acho que o mousse, assim, pratos gelados ou gelatina, gelatinas, assim, exóticas, não é? Coloridas. Eu acho que fica muito bem. O quindim. Quindim é um doce que você encontra em todos os doceiros aqui em São Paulo, que não é uma pessoa que ao lado de outro doce que você sempre escolhe uma bomba de chocolate ou um Napoleão, um folhado, você sempre acaba comendo um quindim. Mesmo os nossos doces, assim, corriqueiros, doces de coco, eu acho que fica muito bonito E você pode muito bem oferecer, num vamos dizer, um dia de feijoada, por exemplo, que você convide seus amigos para um almoço típico brasileiro. Então é a feijoada. Quando você faz a feijoada, primeiro você sempre prepara a batidinha de limão, ou de coco, ou de maracujá. Depois você faz o feijão, o arroz, as carnes SPEAKER 0:  de porco. O que o que que você costuma pôr dentro da SPEAKER 1: Justamente isso. Aqui em casa nós costumamos, quando cozinhamos o feijão, colocar o rabo de porco, a orelha de porco, o couro do porco, que é () linguiças, paio, carne seca, todos os tipos assim de carne que possam engrossar o caldo do feijão. () Tem gente que bo que põe cará. Não sei se você sabe, o cará engrossa o caldo do feijão, só para dar gosto. Porque depois você você serve as carnes, não é? E o feijão, um lado o arroz do outro, mas o cará nun> Sempre tem alguém que está em dificuldades na hora do jantar. Então, sempre () po pode ser que a pessoa vá precisar de um palito. E há uns paliteiros assim, muito bonitinhos, com forma de bichinhos, ou mesmo de flores altas, que são um enfeite. Então, caso assim, apesar de não se usar, sempre possa ser que na hora do jantar você queira usar, você pode colocar o paliteiro. E, de resto, assim como tudo bem arrumadinho, igualzinho justamente à dona da casa, eu acho que é muito importante não esquecer de quantas pessoas vão vir ao jantar e botar os pratos certos, as cadeiras certas, para que na na última  hora não acrescen> SPEAKER 0: SPEAKER 1: Pois é, quando tem bastante gente, normalmente eu acho que não se deve convidar, assim, é raro o caso de vim trinta, quarenta pessoas, mas no Natal ou, vamos dizer assim, uma comemoração mais importante em que a família toda deva comparecer, então eu acho o ideal é o sistema americano em que você põe o pa a mesa à parte com os pratos que você fez e na mesa principal só vão os pratos, os talheres, Para que cada um se sirva do que bem desejar ou ajuda também a dona da casa, não é? Ela não vai se preocupar com ninguém e cada um coma... Porque também, normalmente, é difícil num jantar, quando vem bastante pessoas, todos chegarem na hora que você marca. Sempre tem alguém que se atrasa, não é? Esse sistema de ah ãh jantar americano eu acho ideal. Porque vão comendo. Não tem aquela cerimônia de esperar todo mundo sentar ao mesmo tempo. Vão comendo e a pessoa vai chegando, vai se servindo, vai chegando, vai se servindo. Cada um repete o quanto deseja. E acho que e fica muito mais informal, porque cada um vai conversar num num cantinho em que está a pessoa que interessa bater o papo. Porque quando você distribui na mesa, tem que tomar muito cuidado, não é? E às vezes você vo> colocam por descuido, assim, pessoas que não se entrosam, não consigam manter uma conversa. Então, já fica meio chato. A>