SPEAKER 3: Como é que o senhor nos pergunte como é que o senhor divide o seu dia desde desde cedo o tempo todo. SPEAKER 1: Pois não. SPEAKER 2: Eu divido o meu dia... Bom, como eu divido o meu dia? Eu depois que acordo, faço uma primeira refeição da manhã, faço minha toalete, Dou uma olhada nos jornais e... vou para a minha biblioteca. Eu, no momento, estou de férias no meu serviço clínico. Eu tirei umas férias longas por certos motivos e não estou, no momento, trabalhando na clínica. Ao tempo em que eu estava trabalhando na clínica, Eu, logo a seguir, ia atender alguns clientes pela manhã até a hora do almoço. Depois almoçava e, ao tempo em que eu ainda estava trabalhando na universidade, eu estou aposentado há cerca de dois anos, eu ia para a universidade, lá para a cidade universitária. Mais tarde, por volta das cinco horas da tarde, eu voltava para casa ãh e ficava atendendo novamente os meus clientes, porque eu tenho um consultório aqui, e ficava atendendo novamente os meus clientes até mais ou menos oito horas da noite. Aí jantava e frequentemente saia à noite para uma visita ou para algum divertimento. Ãh Mais recentemente Eu estou com um pouco mais de lazer porque aposentei-me na universidade e porque estou com o meu consultório provisoriamente suspenso. Espero voltar a trabalhar em breve. De modo que, logo que pela manhã eu estou livre da... das mi da minha primeira refeição, da minha toalete, eu vou para a minha biblioteca e passo quase que o dia todo na biblioteca. Saio, às vezes, depois do almoço para tratar de algum negócio na cidade, mas passo quase que o dia todo na biblioteca estudando ou escrevendo. À noite eu recebo alguns amigos ou saio para visitar algum amigos. Ãh ãh Muito frequentemente eu recebo aqui colegas ou estudantes da universidade, estudantes de pós-graduação, que vêm aqui trocar ideias comigo, vêm aqui consultar algum livro, vêm aqui pedir minha opinião sobre qualquer trabalho, qualquer estudo que estão fazendo, ou discutir assuntos científicos de minha predileção. Algumas vezes saio à noite para ir a uma sociedade científica, ãh habitualmente a sociedade de psicanálise, que é o campo de trabalho que eu estou especializado, para assistir uma sessão científica, distribuição de trabalho, SPEAKER 3: E depois que o senhor volta dessas visitas? SPEAKER 1: Vou dormir. (risos) SPEAKER 3: Mas o senhor podia dizer, assim, as horas para gente? Mais ou menos a hora em que o senhor ãh faz a primeira refeição, a hora que almoça... A primeira a primeira refeição, geralmente, faço às nove horas. SPEAKER 2: Almoço, geralmente, a uma hora. Faço um pequeno... um pequeno lanche às cinco horas. E janto geralmente às oito da noite. SPEAKER 3: E ãh o senhor acha que o tempo passa rapidamente ou não? Lentamente? Como é que o senhor acha que passa o seu dia? Vai muito depressa? Acaba muito depressa? SPEAKER 1: Eu acho que anda muito depressa. SPEAKER 0: ### SPEAKER 2: E, geralmente, eu fico muito absorvido na leitura. Eu... Ãh fico um pouco hipnotizado. Gosto muito de ler. É o meu divertimento predileto. Eu prefiro um bom livro a uma sessão de cinema ou uma sessão de televisão ou a qualquer outro divertimento. SPEAKER 1: De modo que a leitura... SPEAKER 2: absorve muita gente. Talvez por isso o tempo passa. SPEAKER 3: Bom, o senhor ainda consegue visitar os amigos da sociedade tão movimentada, por isso ainda consegue fazer visitas aos amigos? SPEAKER 2: Bom, eu tenho uma certa dificuldade em andar à noite por aí, porque... Com o trânsito que há, com as dificuldades de estacionamento, etcétera., fica sempre um pouco difícil criar automóvel, encontrar o lugar para estacionar. É é É meio trabalhoso, mas eu vou. SPEAKER 3: É tão bom, né? É É uma das boas coisas é fazer a visita aos amigos. É  E, professor () , nós queríamos que o senhor nos dissesse, Ah como é que o senhor divide uma hora? hora ah aquela subdivi> SPEAKER 0: (risos) SPEAKER 2: Naturalmente, é uma grande dificuldade da gente dizer coisas elementares. Exatamen> SPEAKER 0: Eh eh olha ### SPEAKER 2: SPEAKER 1: E os móveis também são em estilo colonial? Ah SPEAKER 2: Alguns. Ah al> Alguns. como, por exemplo, aquela mesa que está ali. E e outros E alguns outros, cadeira, algumas cadeiras, mas não, embora sejam peças antigas, não não não houve aqui a preocupação de estilo, um estilo determinado. Estou vendo aqui SPEAKER 3: E ah o senhor pode nos descrever a a porta da entrada e também as janelas, como elas são? SPEAKER 2: É um pouco difícil descrever porta e ja e ja nela, porque a melhor maneira de descrever porta e janela é chamar de porta e de janela. (risos) Então, deixa eu fazer um esforço. SPEAKER 3: (risos) Não, mas essa janela, por exemplo... É quadrada. SPEAKER 2: Não, retangular. É É uma janela retangular, ela não não... é é é de um vidro que não... É é um vidro fixo. É Não se abre. Enquanto tem aquela ali, é uma janela com com os com vidros de correr e de embutir Perfeito. Ah. Aquela outra. E E as portas são portas. As portas são portas. SPEAKER 3: Eh. Essa parte de madeira em volta da porta, assim como é que o senhor chama? SPEAKER 2: Não sei se é portal, se é moldura. Num Num não sei. Ah a> sei. É uma madeira clara né, é SPEAKER 2: ### SPEAKER 1: sei. SPEAKER 3: Professor (), você poderia nos falar de outro a outro assunto também, porque esse não está interessando muito. (rosos) o senhor poderia  falar de ãh a respeito de jornais? Qual é ãh, se o senhor gosta de ler, o que é que o senhor lê no jornal? O que lê primeiro? O que ãh que o que chama a atenção do senhor no jornal? Sim, de um modo geral, tudo que o senhor vê no jor> SPEAKER 2: Eu não tenho nenhuma preferência por essa notícia ou aquela. Eu leio jornal geralmente do co folheando do começo ao fim e me detendo naquilo que me chama mais atenção. Sejam notícias de política internacional, sejam notícias de acontecimentos locais, ou de esportes, ou qualquer coisa assim. Mas geralmente eu me detenho mais na leitura de certos artigos eh sobre qualquer assunto cultural e nos noticiários sobre arte, sobre literatura, ete> SPEAKER 3: E há algum caderno especial do jornal que fale sobre arte, sobre literatura? SPEAKER 2: Sim, eu gosto muito de uma coisa que, infelizmente, parece que está terminando, que são os suplementos literários dos jornais. Parece que estão agora a. SPEAKER 3: Acabando há algum jornal que ainda tenha? SPEAKER 2: Tem, o Estado de São Paulo ainda tem. SPEAKER 3: Os artigos do senhor saem publicados nesse suplemento? É uh é SPEAKER 2: Eu publiquei há meses atrás um artigo sobre este mesmo assunto da conferência que eu fiz há dois ou três dias. lá na universidade, onde nós nos encontramos. E SPEAKER 3: E quando o senhor abre o jornal, assim, se tem muita pressa de... o que... como é que o senhor lê o jornal? SPEAKER 2: Ah, eu dou uma olhada rápida. Dou uma olhada rápida e é procuro... Aquela apreender rapidamente a... a... o conteúdo. SPEAKER 3: Aquela parte de cima, onde está... O cabeçalho? É. E depois... Aonde vem a? SPEAKER 2: Nós chamamos de manchete, né? Manchete. SPEAKER 3: E depois, a notícia mesmo, como é que o senhor chama? SPEAKER 2: Não sei. (Risos) O título e o texto, num é? É e Eu eu leio com muita rapidez. E Eu não... Eu sempre... li livros inteiros em poucas horas. Até que, ultimamente, eu entrei para um desses cursos de leitura dinâmica. Mas e eu não sei até onde eu aproveitei deste curso, porque me deram exercício para fazer em casa, E eu não tinha tempo. Eu fui um mau aluno. Eu não tinha tempo para fazer aqueles exercícios. E Então, eu tendo sido um mau aluno, eu não posso saber até onde eu poderia ter aproveitado se eu tivesse cumprido todas as regras do professor. E E, portanto eu num, portanto não me parece que eu tive eu tivesse é aprendido muito. Mas como eu já lia com uma certa rapidez, é seria difícil mesmo ter uma medida exata da utilidade do curso. Ãh Mas eu creio que eu creio que aproveitei sim, porque justamente, ãh agora voltando ao assunto que nós estávamos falando, justamente nesta questão de leitura de jornal, eu tenho a impressão que de lá para cá eu eu Eu leio os jornais da manhã mais rapidamente. É Ãh acaba depressa a leitura de jornais. Tenho a impressão. SPEAKER 3: E, normalmente, como vêm dispostas as notícias? As SPEAKER 2: Ah, mas isso depende de cada jornal. SPEAKER 3: Sim. ### SPEAKER 2: política, nacional, internacional, elas vêm normalmente... Bom, os jornais, hoje em dia, eles, geralmente, na na primeira página, põem assim uma uma quase que síntese dã do noticiário, um resumo, e dizendo embaixo, veja a página tal. E De modo que quase que o conteúdo todo do jornal, em matéria de noticiário, já está na primeira página. Quando a gente não tem tempo de ver a notícia propriamente dita, a gente já tem uma ideia olhando olhando a primeira página. SPEAKER 3: E as opiniões do próprio jornal são são feitas é... Como chama assim a pessoa que escreve em nome do jornal? Que dá as opiniões do próprio SPEAKER 2: Isto eu não sei. Eu não sei. Eu não não sei como é. se é redator, comentarista, eu não sei. Eu não sei como é que na linguagem jornalística chamam, não. Devia SPEAKER 3: E a pessoa que é encarregada da das notícias e que seleciona o que vai ser posto no jornal? SPEAKER 2: Eu não sei se é redator secretário. Eu não eu sou um pouco ignorante em matéria de administração da de jornais. SPEAKER 1: SPEAKER 3: Os jornais têm outros tipos de suplemento? SPEAKER 2: Sim, os jornais têm suplementos de turismo, suplementos femininos, suplementos agrícolas e suplementos infantis, com histórias em quadrinhos, etcétera. SPEAKER 3: O jornal é sempre eh é sempre o diário ou algo pode ser de outra maneira? Se ele não for diário, como ele pode ser? SPEAKER 2: Pode ser semanal, pode ser mensal. SPEAKER 3: E as revistas? Também SPEAKER 2: Está falando sobre essas revistas comuns? Ou revistas científicas? SPEAKER 3: Qualquer uma. SPEAKER 2: Porque eu assino muitas revistas científicas. Geralmente saem de três em três meses. Quatro por ano. As outras geralmente são semanais, essas revistas que a gente compra aqui nas bancas de jornais. SPEAKER 3: Esse período de três em três meses, o senhor dá algum nome especial para ele? Um período que dura três meses? SPEAKER 1: Não. SPEAKER 3: E um período de seis meses? SPEAKER 2: Semestral. SPEAKER 3: É. E e no jornal há mais alguma coisa que se possa procurar? Uma pessoa que quer procurar um emprego, ela pode procurar? SPEAKER 2: há () anúncios. E anúncios de empregados que se oferecem, anúncios de imóveis, anúncios de ah objetos diver diversos à venda, de oferecimento de empregos. SPEAKER 1: E quanto ao telefone como meio de comunicação? SPEAKER 2: O que é que tem o telefone? SPEAKER 1: Como funciona? (risos) SPEAKER 2: Felizmente, ah felizmente aqui em casa estão funcionando muito bem. Tanto tanto é em ca da minha casa quanto do consultório. Estão funcionando muito bem. É SPEAKER 3: É, e funcionam sempre bem? Aqui em São Paulo as vezes. SPEAKER 2: Ultimamente tem funcionado, os meus tem.(risos) SPEAKER 3: Mas quando eles não estão funcionando bem, o que pode acontecer com eles? Quando eles não estão assim SPEAKER 2: A gente não pode falar neles e nem nem receber mensagens. SPEAKER 3: Algum, às vezes, ele pode só receber e assim ou não? É a a SPEAKER 2: Às vezes, é. Às vezes, eles permitem só falar daqui para fora, mas não recebem ligação. SPEAKER 3: E quando o senhor quer fazer uma chamada para outra cidade, o que é que tem que fazer? Uma chamada SPEAKER 2: uma ligação interurbana. SPEAKER 3: O senhor que () que fazer alguma coisa a mais, como é que o senhor faz para conseguir uma ligação ()? Bom SPEAKER 2: ultimamente há esse sistema de ligação direta. Quase sempre eu falo para as cidades que permitem isso, como por exemplo Rio de Janeiro. Então a gente faz a ligação direta. SPEAKER 3: E antes, quando não havia essa ligação direta, o que era necessário fazer? Aí SPEAKER 2: preciso chamar a telefonista do serviço interurbano e dizer o que a gente queria. SPEAKER 3: Quando o senhor atende o telefone na sua casa, como é que o senhor diz? O que o senhor diz? SPEAKER 2: Eu vou dizendo logo o número. Ou digo pronto. SPEAKER 3: E quando o senhor liga para uma pessoa e a pessoa atende, o que o senhor diz? SPEAKER 2: Bom, se se a pessoa é a pessoa esperada ou... Eu... Se eu tenho alguma dúvida, eu pergunto onde de onde fala. Se eh eu vejo que a ligação está certa, eu sinto que a ligação está certa, eu digo logo que quero, desejo falar com fulano e tal. SPEAKER 1: E quanto ao correio? O senhor utiliza muito o correio? SPEAKER 2: Utilizo, eu recebo muita, muita correspondência, principalmente do estrangeiro. Eu tenho assinatura de revistas científicas e... Eu recebo diariamente e acontece o seguinte, os médicos recebem uma correspondência muito volumosa porque há muitas revistas médicas que são enviadas aos médicos em geral e também ah uma correspondência de propaganda da indústria farmacêu> de modo que, em geral, a correspondência que os médicos recebem é muito grande. SPEAKER 3: Hoje em dia não manda mais aqueles matabolões, né? Não tinha Quando eu era pequeno eu gostava tanto daquilo, tinha um amigo médico que dava aqueles anúncios, né, de  Remédios, tinha matabolão embaixo, né? É SPEAKER 2: A gente recebe re revistas, as revistas médicas, ãh publicações, folhetos, ou mesmo revistas publicadas pelos diversos laboratórios, ou cartas com a apresentação de algum novo medicamento, ou chamando a atenção, fazendo a propaganda de algum medicamento. SPEAKER 3: Como é distribuída a correspondência aqui no bairro? SPEAKER 2: Vem o carteiro trazer, trazer diariamente. SPEAKER 3: E quando o senhor tem que enviar uma carta, como é que o senhor faz? SPEAKER 2: Eu ponho no correio. (risos) Mas até chegar o correio... Eu eu peço para minha secretária levar para cidade. SPEAKER 1: Levar o quê? ()  Levar a carta. SPEAKER 3: Como é que o senhor faz? SPEAKER 2: Escreve, depois... Escrevo, ponho no envelope. SPEAKER 3: (risos) O que mais? Na frente, escreve o quê? Na frente do envelope? SPEAKER 2: