Inquérito SP_DID_123

SPEAKER 1: : ### Dois. Bom, então, se você pudesse falar para nós um pouco sobre o jornal, assim, como você entra em contato com a notícia do mundo, por exemplo?

SPEAKER 3: : Bom, uh com relação ao jornal, eu eu assino os dois jornais de São Paulo que são, pelo menos a meu ver, são os mais completos. É o Estado, mais por causa da parte técnica, vamos dizer, que me interessa como profissional, e também A parte informativa, que é a estrutura dele, eu acho que é bem interessante. E, em segundo lugar, a Folha. Porque a Folha tem outro tipo de encarar. Inclusive, as as próp os próprios as próprias ocorrências, ainda que sejam nacionais ou não. Então, Uh o Estado só, ou o Estadão, como a gente chama, ele tem um tipo de comportamento que, às vezes, pode, se não se tiver uma outra forma de comparar, pode viar um pouco, talvez, a compreensão do fato. Então, eu entro em contato com essas notícias, normalmente, eh através desses dois jornais. E como é que eles chegam até você? Uh o Es uh A Folha, ela é entregue na minha casa. Agora, o Estado? Não, o Estado vem aqui para faculdade. Então, eu recebo aí no departamento. Inclusive, depois ele fica por aí mesmo, porque a gente vê o que interessa tal, e deixa aí. Agora, o que vai para minha casa mesmo é a Folha. Como é que você lê o jornal? () Uh ah uh o que O que chega na minha casa de manhã, eu inicialmente eu dou uma olhada mais rápida. Apenas, assim, os os títulos para ver depois o que eu deveria olhar com mais calma. Ent ão, ãh de manhã cedo sempre é um pouco mais corrido, tem que levar as crianças para escola, aquele negócio. Depois eu é que eu pego esse jornal, ou aqui também, ou a Folha né, ou lá na hora que eu volto para o almo ço. Então eu vejo com calma, mas essencialmente é a parte que eu tenho mais interesse. Quer dizer, a parte de noticiário internacional e a parte que a Folha tem muito boa, pelo menos em alguns dias, é a parte específica de economia. Principalmente algumas coisas de agricultura, que é mais ou menos o campo que nós estamos ligados aqui por causa das pesquisas do Instituto. Ãh. E o noticiário de um modo geral. Agora o Estado também. O Es tado com eh... Já não faço assim porque como eu venho para cá e recebo ele aqui, então eu tenho mais tempo de ver com calma né. No caso. Relativa calma, não é tanto.

SPEAKER 1: : No caso no Estado, você vê o que primeiro? Bom,

SPEAKER 3: :  eu vejo em primeiro lugar a parte internacional, né? Que é Eu acho que no do ponto de vista informativo o Estado é muito bom. Quer di zer, é como eu disse, é precisa você ter um pouquinho de... cuidado porque ele ele é um pouco, ele força um pouco a opinião dele com relação aos fatos, mas como informação ele é muito bom. Então a gente vê, eu vejo primeiro a parte de noticiário internacional e e algumas coisas, às vezes aquele item de notas de informações, et cetera. Depois vou folheando e também me prendo um pouco na na parte técnica né, ou seja, na parte que trata do problema de economia, et cetera.

SPEAKER 2: : E essa olhada, essa primeira olhada que você dá, você olha o que, então?

SPEAKER 3: : o cabeçalho, vamos dizer, uh as manchetes, vamos dizer, né?

SPEAKER 2: : E aquela partezinha escrita com letra maior, que ainda não é a notícia?

SPEAKER 3: : Algumas vezes. Mas vai depender do cabeçalho, né? Quer dizer, se, por exemplo, o o que está realmente destacado me despertar um interesse imediato, então eu leio o que está ali, porque geralmente aquilo depois é remetido para uma outra folha interna, então essa parte eu deixo para depois. A menos que eu fique em casa, num domingo aí não há problema, está certo? Dá tempo de ver, então... Eu vejo praticamente o jornal inteiro.

SPEAKER 2: : E quem é que escreve essas partes específicas que nem a de economia?

SPEAKER 3: : Bom, ah no no na Folha, ãh muitas vezes não, uh quando é um artigo propriamente, ele é assinado, está certo? Então, eu não lembro assim nomes, mas na parte do Comércio Exterior tem esse Vanini, que faz uma análise, que para nós aqui é importante, porque ela atualiza. Porque mesmo a bibliografia que nós usamos aqui na escola, ou mesmo na profissão, ela não está atualizada no dia a dia, está certo? Ela pode trazer dados até setenta e um, Então, a aquele tipo de informação que o jornal dá, ajuda muito na profissão. Pelo menos na minha, como um professor aqui, e nas funções externas aí, de assessoria  e et cetera. Porque às vezes você precisa estar com o dado na cabeça de ontem, entende? Mas é lógico que não se guarda isso, mas você vendo, você sabe onde poderá encontrar alguma informação praticamente do dia anterior. Agora, ãh isso são quase informações mesmo, não são artigos propriamente. Agora, existem na Folha alguns, ãh na parte da agricultura, alguns artigos escritos por pessoal técnico da Secretaria de Agricultura ou do Instituto de Economia Agrícola, mas eh eh eh existem. Às vezes os uh os artigos são, não digo assinados, mas aparece o nome da pessoa né, mas eu não lembro exata

SPEAKER 2: : Quando é opinião do jornal, que o artigo não é assinado, como chama essa parte do jornal? Tem no Estado assim, grande, () O artigo de fundo, você diz? É, ãh mas, não que tem É, artigo de fundo e também quando... ele às vezes não é assinado, ou é assinado e essa parte que tem o... opinião () do jornal mesmo, a respeito dos assuntos. Bom, eu realmente o

SPEAKER 3: : Nome eu vejo ãh a parte do jornal. (tosse) Você diria, uh eu sei, existe um nome para isso, mas eu não estou lembrando.

SPEAKER 1: : Como é que se dispõem as notícias, assim, no no jornal, por assun

SPEAKER 2: : O que que vem na primeira página geralmente assim? Então, no

SPEAKER 3: : Nesses jornais, pelo menos, eles destacam as coisas importantes na na folha de frente né. Geralmente, hoje, por exemplo, vinha uma coisa muito importante para o pessoal, que é o aumento do funcionalismo. (riso) Mas eh problemas relativos a trânsito, tudo que eu acho que seja realmente importante, assim, atual e que que que mexa com a com a estrutura da cidade, geralmente eles destacam na primeira folha. O Estado ainda coloca também muita coisa de, vamos dizer assim, em termos de notícias internacionais. Vietnã, problema de de Nixon agora há pouco tempo na eleição dos Estados Unidos, et cetera. Então, essa primeira folha realmente serve para você ter uma ideia do que depois você pretende ler. Agora, a parte técnica não é destacada de início. Geralmente, o que eles destacam, o que a gente sente, é é puramente a notícia, Por exemplo, hoje fala nesse negócio do aumento e depois remete para uma folha interna onde tem lá um detalhe maior. O problema do trânsito, de ter fechado aquelas ruas ontem na cidade, certo? Também reme Agora, alguma coisa específica, a não ser que seja muito importante, ou seja, pronunciamento do Presidente da República ou do Ministro da Fazenda, que é... Então eles destacam também, embora seja técnico, mas fora disso a gente tem que procurar dentro, né? Mas eh quem manuseia o jornal sempre sabe exatamente onde é que deve estar alguma coisa específica daquele assunto. E depois, além dessas partes, quando você quer... Bom, depois eu vejo a parte de de... Na Folha existe a parte de esportes também, a parte nos dias normais, né? Num dia da semana tem a parte de turismo, acho que na na Folha é na sexta-feira, em que eu realmente, às vezes, eu me detenho um pouco em alguns itens, eh principalmente relativos a turismo nacional interno. que eu ainda já viajei bastante, então às vezes eu comparo algumas coisas que eu vi e e e assimilei com com a notícia que eles estão dando a até, às vezes até em termos de promoção de algum lugar.

SPEAKER 2: : Geralmente são São bem feitas,  né? () O que que você acha?

SPEAKER 3: : Algumas eu... Bom, no com relação ao exterior eu não tenho ideia, mas com relação a ao Brasil, algumas informações que eu tenha visto de lugares que eu já tinha estado, realmente são, a menos que tenha mudado, mas com relação ao que eu vi, são perfeitas.

SPEAKER 1: : No caso esse nesse caderno de turismo aí, ou essas reportagens que se fazem do de viagens, et cetera, o que que auxilia para você entrar em contato com essas... como é que você pode saber se... Ah eu acho que aí o que auxilia é uh no sentido de de contato é você ter uma

SPEAKER 3: : Porque ãh o que acontece é isso, no na nos artigos quase que promocionais, vamos dizer, de a de algum lugar para você viajar, pelo menos o que eu tenho notado é que não se relacionam esses artigos com alguma companhia de turismo, certo? Eles fazem lá, visite a Disneylândia, por exemplo, então tem lá uma descrição como é que é, et Mas ali não está relacionado com alguma firma. Então, não eu não entendo aquilo como uma promoção de uma firma, mas sim como como uma promoção da da área lá para visita.

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 3: : O chamativo, assim, uma coisa que... Ãh é lógico que eles colocam o que o que pode ser... atrativo para a pessoa, certo? Visualmente, assim. Não, mas não é ãh mas você diz fotografias tal. É, em alguns existe, mas não é sempre, não. Existem lugares, por exemplo, que eu já vi aí de de... assim com um uma descrição puramente das coisas. Quer dizer, a pessoa deve imaginar pela descrição o quadro. Mas tem, existem casos em que é acompanhado de fotografia, lógico.

SPEAKER 2: : Então, para ser feita uma reportagem desse tipo, quem é que vai? Ah é uma pessoa do jornal que vai? ver os lugares para ver como é que é e tal. Bom, isso é um re

SPEAKER 3: : pórter. (riso) Não, um repórter, no caso, deve eh eu acho que nesse caso, aliás, isso eu queria discutir com o rapaz aqui que é do Estado também, é um hum é um repórter, mas é um sujeito com uma especialização diferente daquele que faz noticiário de um modo geral né. Porque ele precisa ter, segundo essa informação, ele precisa ter um pouco assim de percepção ãh realmente das condições, por exemplo, no caso dele analisar algum hotel ou restaurante, essas coisas, ele precisa ter condições consideradas ideais, porque senão ele pode dar uma opinião que não é a opinião que seria média, ent ende? Então, é um repórter, mas já é já um sujeito com uma especialização um pouco maior nessa parte do turismo.

SPEAKER 2: : E esses outros repórteres que ãh uh procuram outro tipo de notícia, notícia popular?

SPEAKER 3: : ### Então se ele escrever a forma que o sujeito matou o outro é muito simples, está certo? E eles, inclusive, floreiam bastante isso.

SPEAKER 1: : Essa parte de turismo que você falou, no caso, na Folha, né, viria num dia especial de semana, né? Agora, as partes que se aparecem todos os dias, por exemplo, além do noticiário internacional, que viria a primeira na primeira página, depois nas outras páginas, certo? Que outras partes podemos encontrar, por exemplo, na Folha?

SPEAKER 3: : Bom, existe essa parte de notícias econômicas, certo? Que é um caderno hum ou de algumas folhas. A parte de esportes Nem sempre, porque no no () no domingo ela tem a parte de arte ou de uma parte científica, uh que é aquele José Reis que escreve. Tem folha feminina, tem quadrinhos, historinha em quadrinhos, et cetera. Num num num No nos dias normais da semana, ãh um dia tem o turismo, mas nos outros é praticamente isso. Ãh as notícias internacionais, a parte técnica, a parte esportiva que é destacada, geralmen alguma coisa científica, mas aí já não é um caderno, quase, é um artigo desse rapaz, desse Zé Reis, o professor Zé Reis, ou outros. E é aquela parte que é informativa com relação ao teatro, cinema, que isso é constante, né? Então, normalmente, ih embora, eu não queira dizer que se vá sempre a um jogo de futebol, ou se vá ao cinema ou ao teatro todo dia, eu, pelo menos, vejo sempre essas coisas.

SPEAKER 1: : No caso de um jornal, ela é destacada da outra parte, mas...

SPEAKER 2: : Essa parte de cinema também. É. () destacada. Ela vem colocada em em que posição?

SPEAKER 3: : Geralmente a última folha de algum caderno né. É? Geral mente o último, né? Mas não é às vezes É, noventa por cento é do último, mas  às vezes não é do último. E quando a gente está sem emprego? E quer ###

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 3: : É muito pouco uh essa parte de anúncios, inclusive imobiliários e e de emprego. Realmente pouco, com relação a outros jornais. Ag ora, o Estado, não. O Estado, na quinta-feira e no domingo, praticamente todo o miolo é notici é é propaganda ou negócio de emprego, está certo? Anúncio de emprego.

SPEAKER 2: : E, geralmente, só as capas, vamos dizer, que são... Você podia dizer para gente como se apresenta o jornal, aquela parte de cima. não a parte da notícia, mas o lugar onde tem o nome tal, como é que é aquilo ali, aquela parte de cima?

SPEAKER 3: : ### O título, o nome do jornal, geralmente, logo abaixo, data, dia da semana, ãh em alguns casos vem o preço, vem no nome de alguns diretores responsáveis, e depois inicia o... já pode anunciar.

SPEAKER 1: : No caso, a escrita seria sempre a mesma. Não,

SPEAKER 3: : Mais destacada, né? () A forma de de de impressão é diferente. As letras são destacadas uh (). O nome do tipo das letras, eu não sei. (riso) Se é negrito, ou qualquer coisa assim, né? Mas. Uh...

SPEAKER 2: : E o pessoal que trabalha no jornal? Você conhece algum? Vocês que trabalham na Consultoria da Fazenda devem ter contato sempre com esse (). É, ma

SPEAKER 3: : s nós temos contato com assessoria de imprensa só. Que é o repórter.

SPEAKER 2: : ### Quem é que organiza? O que vai sair, o que não vai sair?

SPEAKER 3: : A disposição... Bom, a ideia, eu não sei exatamente assim. Nós não temos contato direto com o jornal lá dentro, mas deve existir uma entrada de notícias, uma uma uma certa seleção dessas notícias, está certo? Deve existir o redator que controla, inclusive, texto, et cetera. E depois libera aquilo que vai ser impresso. Resumidamente, é assim. Agora, detalhadamente, não sei. Lá na Secretaria, por exemplo, o assessor de imprensa recebe todo notici notu no noticiário derivado das ações diárias da se do gabinete do secretário. Dali ele seleciona uma parte que é para o jornal civil, vamos dizer, quer dizer, Folha e tal, e outra que vai para o Diário Oficial. Então o tipo de redação (). O Diário Oficial é reproduzido exatamente todos os decretos e ou portarias ou que for que tenham sido assinadas lá. E Às vezes, um decreto Por exemplo, o governador resolveu criar uma verba xis para o Vale do Ribeira, certo? Então sai, no Diário Oficial, sai o decreto. No jornal, sai aquilo em termos de notícia corrente que está realmente no decreto, mas não em forma de artigo primeiro, artigo segundo, (). Então esse assessor, ele faz isso. Daí ele remete para os mais... para os para os jornais mais importantes. Praticamente para todos, mas isso aí vamos dizer Estado, Folha, ãh Diário de São Paulo... Sai a mesma notí Bom, hum não não nem deveria sair, mas às vezes, por isso que eu digo, há alguma triagem interna que modifica, inclusive há, às vezes, deformações totais no texto, entende? Que não são originadas lá. O próprio redator lá, ou por erro, ou às vezes pode ser até displicência, sei lá, modifica.

SPEAKER 2: : E as notícias internacionais, como é que chegam até o jornal? Bom,

SPEAKER 3: : No caso da Folha e do Estado, elas chegam através dessas associações de informação, () telex, teletipo, et cetera. E são, tra ãh normalmente, se vem em língua estrangeira traduzido, é transformado em notícias e e colocado na na respectiva posição dentro do jornal. Ah

SPEAKER 1: : Digamos, por exemplo, que uma pessoa não tivesse tempo de ler todos os dias o jornal, então ela mas ela quisesse entrar em contato com as notícias, et cetera. Existe alguma ah algum tipo, assim, de algum meio, dela entrar em contato com essa notícia, mas não, por exemplo, todo dia, se ela não pu não puder, por exemplo, comprar todo dia o jor nal. Como é que ela faz?

SPEAKER 3: : Ela pode pedir um jornal emprestado.

SPEAKER 1: : ### ### tem, eh existem.

SPEAKER 3: : Aqui no Butantã, por exemplo, existe o Jornal do Bairro, que ele chama.

SPEAKER 2: : ### ###

SPEAKER 3: : É, ele parece que é uma vez por semana. Eles distribuem em casa, inclusive gratuitamente. Eles devem viver na base da pro da propaganda, só. Mas o que acontece é que, às vezes, eu pego esse jornal, que eles jogam lá no jardim, eu pego e fico olhando. Eles reproduzem, praticamente, notícias que já estavam em o em outros dias. Ãh... Por exemplo, na Folha ou no Estado. () Às vezes, com alguma modificação. () Entende? Então Hum, eu eu noto isso, que eles ãh pegam essas notícias de de outros jornais e reproduzem, às vezes, integralmente, às vezes, partes dela. Então, seria uma forma ãh. Vamos supor que a pessoa não pudesse comprar por falta de recurso. Então, se ele tivesse, pelo menos, num desses bairros onde existe o tal jornal do bairro, ele receberia isso, que é quase como um hum como uma condensação do que saiu em outros jornais. Mas, não supra integralmente, certo? Eles fazem e destacam o que mais interessa, evidentemente, é o bairro. Então, toda notícia da cidade, que sai em todos os jornais, eles, pelo menos, me parece que eles selecionam do bairro aquilo que saiu e reproduzem de n que é de interesse ali, daquele pessoal, daquela área pequena né.

SPEAKER 2: : Se você quer ir a restaurante, assim, também há indicações?

SPEAKER 3: : Há indicações, mas eu praticamente não não... a não ser fora do São Paulo. Se você vai viajar, às vezes eu pego o jornal para saber, no Rio, ou em Curitiba, () Belo Horizonte, mas ãh aqui não, praticamente nunca. () Eu só me uh me utilizo daquela parte de informação assim, vamos dizer turística, interna, para cinema e tea E restaurante pela experiência que a gente tem aqui. É, às vezes é ruim né? () E e

SPEAKER 1: : E essas outras publicações que a gente encontra em pessoa que vende hum em que lugar onde se vende revista, por exemplo, não sendo jornal? Que outras que tipos que outros tipos de publicações que a gente podia encontrar que não seriam jornal? Pode ser revista. Ãh... No caso, o que que tem uma revista de diferente no aspecto em relação ao jornal?

SPEAKER 3: : Ãh revista é uma impressão mais luxuosa, né? Princípio, mas o no o no o (tosse) o noticiário, dependendo do tipo da revista, tem aquelas puramente, sei lá, vamos dizer assim, distrativas, puramente para você ler assim, como lazer. Essa ###

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 3: : E tem essas mais técnicas, visão, exame, mundo econômico, et ce tera. Então, e Aquelas, vamos dizer assim, que eu chamei mais de lazer, elas trazem notícias, mas não tipicamente como jornal. Elas mais destacam alguma coisa que possa ter um um trabalho mais longo do que no jornal né. Porque Eles não dão notícias praticamente. Eles trazem algum texto sobre alguma coisa. Agora, aquelas que são mais técnicas, às vezes elas destacam alguma pesquisa, alguma coisa que já foi notícia de jornal, mas notícia resumida.

SPEAKER 2: : E essas de criança? Você chamaria de outra maneira, () uh esse tipo de revista?

SPEAKER 3: : Chamaria de revista infantil. E... Mas é de quadrinho, já disse.

SPEAKER 1: : ### () E no caso, assim, essas ãh revistas que saírem ou saírem da mesma forma que o jornal, por exemplo, todo dia?

SPEAKER 3: : Não, são semanais, né? Uh... Algumas até são... Essas mais... Tem algumas técnicas que são uh eh... São um período maior do que o dia-a-dia. Agora, não sei exatamen Por exemplo, essas de lazer são semanais, não é? Cruzeiro, manchete. Geralmente elas saem com três semanas de antecedência com relação à data, mas são semanais. (riso)

SPEAKER 1: : E no caso das revistas assim que você chama de lazer, a gente encontraria os mesmos tipos de de noticiário do jornal? ###

SPEAKER 3: : Pode haver alguma coincidência, em alguns casos. Desde que a notícia permita que seja colocada em forma daquele tipo de artigo que eles fazem, com fotografia colorida, et cetera. Por cento da revista é isso. É Lógico que elas têm algumas partes que são puramente de notícia também, entende? Mas aí é mais relacionado com problemas, às vezes, de política ou colunas sociais, sei lá, coisas desse

SPEAKER 1: :  tipo. () E o que que a gente podia, em algum caso, então, encontrar dentro de uma revista dessa? Além dessa parte mais informativa, a gente pode encontrar o que outra... Existem outras partes determinadas na revista ou não?

SPEAKER 3: : Nessa de lazer, eu acho que é puramente informativa e algumas coisinhas, assim, de tipo político social, mas não tinha nada mais... Reportagens ãh coloridas, de certas vezes até muito bem feitas, muito bonitas, mas... Fora isso eh, se você quiser alguma notícia mesmo do dia-a-dia, acho que o jornal é que tem que dar. Ou, se for alguma coisa técnica, alguma dessas revistas técnicas né. Tem diversas por aí.

SPEAKER 1: : E as revistas, assim, também seriam encontradas da mesma... apesar de elas mandarem também em casa, ou...?

SPEAKER 3: : Se a pessoa assinar, acredito que eles mandem, né? Por exemplo, aqui a faculdade eh, o departamento assina a visão. Ela Eles mandam para cá para cada um dos professores, eles mandam um exemplar. () Agora, as outras, cruzeiro, manchete, se a pessoa as assinar, de acho que deve receber, né? Eu, particularmente, não assino. Então, quando compra, compra em banca de jornal.

SPEAKER 2: : Acho que de jornal (riso) já se falou bastante, não é ()? Eh ah

SPEAKER 1: : Se você quisesse passar, nós podemos passar agora a falar um pouquinho sobre como você poderia, no caso, mandar alguma coisa que você quer dizer para um amigo, uma notícia qualquer que aconteceu na sua vida, o que que você como é que você poderia chegar, ou como poderia chegar essa notícia para o seu amigo?

SPEAKER 3: : Bom, existe diversas maneiras. A mais comum é você mandar uma carta pelo correio. Ãh. Hoje em dia ainda pode-se usar uh a entrega rápida, tem um negócio assim, parece que chama, um sistema de entrega rápida, e existe agora os guichês ãh volantes aí deles. Outro dia até tinha um aí dentro do campus universitário. Aí voc ê escreve uma carta, põe num envelope, sela, põe no correio, faz (riso) o que precisar e manda. Agora, pode mandar pelo rádio, pode mandar pelo telex, pode mandar pelo... Dessas formas até por.

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 3: : Bom, quando ela chega, ela acontece é o seguinte, a pessoa se você puser registra Essa carta devia ser entregue à pessoa mediante (). Mas isso, eh embora deva devesse ser o sistema mais rápido, tem muita () que demora mais. Porque normalmente no interior, por exemplo, pelo menos a informação que a gente têm é que quando você manda registrada, eles não vão entregar para a pessoa. Eles telefonam ou mandam alguém avisar para pessoa ir lá no correio que tem uma carta registrada para ela. Então a pessoa vai lá, assina o recibo e tira. Então isso demora mais que se puser. S e a pessoa puder ir imediatamente ou estiver na cidade, alguma coisa, Ela realmente recebe logo. Mas se não tiver, eles também não se preocupam muito em entregar. Essa é a informação que se tem. Não sei se ainda está assim. É, eu acho que sim Então, é é preferível pôr comum. Quer dizer, e eu vou contar o que aconteceu. Eu estive há pouco tempo no Rio Grande do Sul, num trabalho aqui da escola. E depois num domingo lá, num dia, sábado, domingo, eu fiz fui até Gramado, que é uma cidade ali próximo. Tem lá um artesanato de móvel muito boni Então, eu eu comprei uma uma uma um sofá e uma cadeira de... Não, não é vime é. É de madeira mesmo, mas é muito bonito. E aqui no São Paulo eu estava procurando um negócio assim que tivesse predominância de madeira e não existia só. Aqui é tudo quase estufado tal. E eu acho que não é muito funcional. Pa para mim, como tenho criança pequena, eu queria que a estrutura fosse praticamente só o assento mesmo e não fosse de madeira. E lá eu ache i. Então, eu mandei. () Pois eu num na hora não resolvi. Vim para São Paulo, ãh uh vim () por aqui se tinha alguma coisa, não tinha, resolvi pedir para fazer lá. Então, tinha que escrever para ele. E eu escrevi uma carta registrada. dizendo que eu estava interessado, como é que eu teria que fazer? Demorou um quase um mês para eles me responderem. E na resposta, eles me disseram o seguinte, olha não mande registrada porque a carta, às vezes, fica em Porto Alegre um tempão antes de ser distribuída para cá. E quando vem para cá, vem para o para a agência do Correio, uma cidade pequena, um sujeito avisa que tem uma carta para ir buscar e atra Então, na na outra vez, quando eu já realmente encomendei oficialmente e tive que mandar, inclusive, um cheque de de sinal, eu mandei a carta ãh chamada simples ou comum e sem nenhum registro e chegou lá em questão de quatro, cinco dias. Ou seja, já é muito mas (riso) mais rápido do que é registrada.

SPEAKER 1: : E aqui em São Paulo, como é que se faz, por exemplo, para o para o correio para entregar uma carta? Ou como é que uh a gente recebe, por exemplo, uma carta em

SPEAKER 3: : Eh se a carta vem de fora do estado de... Eu não sei se... Eu nunca recebi car... Dependendo da área onde você mora, que há entrega, eles vão lhe entregar a carta em casa, certo? Inclusive a registrada. Mas em algumas áreas, por exemplo, nas Perdizes, até pouco tempo atrás, a minha mãe mora morou ali, eles não entregavam a carta registrada. Eles telefonavam e a pessoa teria que ir lá na Lapa, que é a regional, assinar o recibo e tirar a carta. Agora, as cartas comuns, uh o carteiro... ### Então a carta re que chegava registrada atrapalhava a vida da gente aqui. De vez em quando telefonava aqui eh no correio, a senhora tem uma carta aqui do Rio, registrada. Para a senhora vim buscar e assinar o recibo. Num É lá perto do mercado da La pa. Quer dizer, quem morava aqui, ali na Cardoso de Almeida, não é longe, mas é complicado. Para ir tem que tomar duas conduções, por exemplo. Então a pessoa ia deixando. A carta registrada talvez estivesse vindo por causa da urgência e ia demorar mais porque a pessoa tinha não tinha nem jeito de ir lá.

SPEAKER 2: : E uma notícia rápida que você precisa mandar assim de ()? Telegrama.

SPEAKER 3: : Aí você manda um telegrama, ou nacional via Correio telégrafo também, ou esses essas organizações internacionais, o Western ali, (), um negócio assim.

SPEAKER 2: : Em que uh em que situações? familiares, normalmente você manda um telegrama? Olha,

SPEAKER 3: : Eu só eu só uso o telegrama quando eu estou viajando qualquer coisa, quero dar alguma notícia que está tudo em ordem ou que não está em ordem, então eu mando um telegrama mas. Geralmente, no caso, quando há, eu mando pelo... não pelo correio, provavelmente, porque o correio também não é muito rápido não. No interior do estado, hoje, em dia ainda, em alguns lugares, uh se você quiser passar um telegrama, você tem... vem normalmente pela pela estrada de ferro, está certo? Quer dizer, eles passam... Em alguns lugares, eh uh ah o sistema de comunicação é via, a própria comunicação () da ferrovia. Então de mora. Agora, lógico, que isso em cidades pequenas e cidades maiores já deve ter um sistema direto. Mas não tem o Western, essas coisas, não tem. Então, sempre é mais lento. Mas é mais rápido que se for mandar uma carta, lógico. Aqui na capital, eu uso telegrama para felicitações, casamento, ou para telegrama de pêsames, ou de alguma coisa qualquer, cumprimento de alguma forma. Então, você usa o o urbano, né, que eles chamam.

SPEAKER 2: : () Como é que você fa z? O que que você tem que fazer para mandar um telegrama?

SPEAKER 3: : Você enche a a papeleta, geralmente ãh escreve de forma simples né, quer dizer, truncada, não é necessária de das conexões, das conjunções, et cetera. E paga por palavra, incluindo o cabeçalho, o nome. Você entrega para uma daquelas velhas, horrível. (riso) Ela conta. Mesmo ãh dependendo do lugar que você vá mandar ou do nome da pessoa, se você quiser botar o nome inteiro, mesmo que você mande um telegrama com uma palavra só, você paga o preço do nome e do endereço.(riso)

SPEAKER 2: : E além desses meios de comunicação, você não usa outro?

SPEAKER 3: : Telefone. (riso) Mas aí, esse agora até que tem melhorado. Se bem que aqui nesse bairro, de vez em quando, ele para. Principalmente quando chove. (riso) Não sei porquê, mas... E eu eu... Aqui tem um pessoal aqui da faculdade atualmente, que está na direção da Telefônica, e eu já me informei sobre isso. E parece brincadeira, mas é por causa do problema de água mesmo no fio. Que c oisa, né?

SPEAKER 0: : O pessoal brinca aí.

SPEAKER 3: : Não, entrou água no fio, o telefone não não funciona. Mas entra água mesmo. (riso) E e e eles me explicaram que existe hum um... um bicho que come, né o? Uma espécie de uma broca...  (tosse) que come... Aquela proteção. E quando chove, não bem não é bem água, mas passa a umidade

SPEAKER 1: :  e para né. E como é que você faz para usar o telefone, no caso?

SPEAKER 3: : Ãh tira do gancho, disca (riso), espera tocar, atende a pessoa e você fala.

SPEAKER 2: : Fa la o quê? Primeira coisa que você fala quando você atende o telefone?

SPEAKER 3: : Quando eu atendo na minha ca sa? É bom, isso é uma coisa que a gente nota. Aqui em São Paulo, a gente diz pronto. Eu, pelo menos, digo pron Mas no Rio, isso inclusive eu sinto que eu ajo das duas formas, conforme eu estou aqui ou conforme eu estou lá. No Rio, a gente diz, quem atende diz alô. ### Normalmente é bem mais utilizado aqui. O pronto acho que é por causa da influência do italiano. Então, aqui toca o telefone, depois diz pronto. Agora, quando você disca, aqui, a gente diz da onde falam, né? É. E no Rio, não. No Rio você diz quem fala. Porque aqui eu tenho a impressão que o que a pessoa se preocupa mais com o número, realmente. Então, diz Da da onde fala? Então, a pessoa do lado de lá diz, é dois, oito, qualquer coisa. E no Rio, não. No Rio, a pessoa pergunta quem fala. Então, porque ela já... Eh isso uma vez eu até discuti com um rapaz, esse problema. Eu tenho a impressão que no Rio, ou... Aliás, é no no praticamente no resto do Brasil é quem fala. Só São Paulo é que é da onde fala. Então, eu ãh eu tenho a impressão que a pessoa, no Rio, quando disca, ela tem certeza que discou certo. (riso) Eh ela quer saber quem atendeu. Então, a pessoa pode dizer é o Paulo, ou é o João. Aqui 

SPEAKER 0: : E aqui não.

SPEAKER 3: : Aqui você diz da onde fala. Pode notar isso. (riso) Tem certeza que discou errado, né? (riso) É,  () Não, você você nunca sabe se ligou cer Então, e a pessoa dá um número, aí é que você chama quem quer né. Mas eh, isso aí eu eu noto bastante. É pronto no atendimento. E da onde fala, ou da onde estão falando. no Rio é completamente diferente, é quem fala e alô. Alô da ãh ãh Aqui o pronto é acho que é a influência italiana. Ah, deve ser. E lá talvez seja portuguesa ou americana.

SPEAKER 2: : Os portugueses falam, está lá, (riso) está lá. ### Não, lá em Portugal, quando ele quando eles ãh eles ligam para alguma casa. Isso é engraçado, né?

SPEAKER 3: : Mas isso não tem muito sentido, n

SPEAKER 2: : Não tem, mas é isso que eles dizem. () E

SPEAKER 3: : E quando aten

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : Está aqui. (riso) Deve ser. E no caso assim, às vezes a gente tentar chamar por telefone e não conseguir. Existe algum sinal assim? Existe o sinal de ocupado, né?

SPEAKER 3: : Agora, se for uma ligação para fora, hoje em dia é fácil, em alguns lugares tem um sistema de discagem direta. com cada cidade, com o seu código. Se voc ê liga praticamente, a pessoa que atende realmente não sabe se é onde, da onde é que está falando o outro. Aqui nós temos muito contato com o Rio, com () da Fundação Getúlio Vargas, geralmente você telefona, a pessoa fala, você está aqui ou está em São Paulo? Porque é perfeito.

SPEAKER 2: : É uma beleza né.

SPEAKER 3: : Mas isso é uma coisa recente. Antes você tinha que pedir para a telefonista dar o número, só para a telefonista atender, às vezes levava cinco minutos, depois ela fazia a ligação e dizia, olha tem tantas horas de espera. Os troncos estão ocupados. ### A parte, eu acho que a parte de comunicação, eh de uns cinco, seis anos para cá, melhorou muito. Não só de telefonia, mas a parte mesmo de satélites e televisão, et cetera.

SPEAKER 1: : Parece que você gosta vocês estava falando que gosta de viajar, né? Go Então, você deve gostar de paisagem também. (riso) A gente poderia falar um pouquinho sobre, assim, as paisagens mesmo que você entrou em contato, o tipo de terreno que você viu, o que o que te agrada, por exemplo, mais? Ah, eu

SPEAKER 3: : Eu acho que, numa viagem, desde que ela seja por terra né, porque eu gosto de viajar de automóvel, por causa justamente disso. Quer dizer, a gente viaja de avião, quando é necessário, por causa do tempo, ou se vai a serviço, tem que ir e voltar. Mas em férias, normalmente, eu viajo de automóvel. Tem muita gente que não gosta. Você gosta de via Eu gosto muito (). Eu já fui daqui a Pernambuco de automóvel. (riso) Praticamente em dois, três dias. Só dormi dois dias na estrada. Eu gosto. Agora... Eu gosto por causa disso, porque na viagem de automóvel você sente. Eu sou desse tipo que, se eu vejo uma coisa que eu acho bonita, eu paro, eu olho, vou tirar fotografia. Então as paisagens, eu qualquer tipo de paisagem eu gosto. Por exemplo, se eu estou viajando no litoral, eu acho muito... Quer dizer, não é que eu tenha preferência, eu acho que as duas coisas são bonitas. Diferencio () uma viagem que você tem paisagem só de serra e campo, e a viagem que você tem a paisagem do lito ral. Por exemplo, quando você vai para o sul, existem realmente as duas opções. Você pode ir pelo litoral, de Curitiba para baixo, pode ir pelo litoral, e depois pode voltar pelo que eles chamam de planal to. Então você tem a paisagem do litoral, que são as praias todas, de desde Santa Catarina até o Rio Grande do Sul.

SPEAKER 2: : E an antes de você chegar na praia, como é esse caminho? Você sai daqui de São Paulo e descreve para gente, até chegar na na praia no.

SPEAKER 3: : Bom, ah depende da, bom, o caminho normal, você sai daqui, vai a Curitiba. Tem que passar por Curitiba e. ### Como é que é? D aqui a Curitiba? Bom, Curitiba é um pouco mais alto que São Paulo, está certo? Então você tem, daqui quando você sai, desce um pouco a serra do Vale do Ribeira aí, para para atravessar o rio, depois sobe outra vez, ãh a quase novecentos metros mais ou menos, que é a altura de Curitiba, com relação a São Paulo, e aí vai uma região que é um planalto, c erto? Quer dizer, então você tem uma serra Quando sai de São Paulo, sobe-se um pouco, depois desce para atravessar o rio Ribeira, que é no nível quase do mar no vale. Depois sobe de novo para chegar a Curitiba. Lógico que é uma subida lenta, mas tem que subir de novo a um nível de novecentos metros. Mas daí, se vai, se quiser ir para o litoral, teria que virar para... Se não quiser ir a nenhuma praia do Paraná dizer, vamos supor numa viagem que a pessoa está indo para o sul me smo. Então ele já começa o litoral de de do Paraná, uh mas praticamente... na fronteira com Santa Catarina. Então, você já entraria praticamente em Santa Catarina. Aí desce, passa por Joinville, então já vai para o litoral eh. A primeira praia é cam Camboriú. Aliás, é Itajaí, né? Mas Itajaí, as as praias de Itajaí, usada uh frequentadas pela pelos turistas, é Camboriú e outras cabeçudas.

SPEAKER 2: : Mas, olha, quando você vai daqui para Curitiba, como é ãh essa o terre Essa parte ali, aquela parte perigosa, né? Essa viagem () perigosa né a viagem? A estrada é uma

SPEAKER 3: : Estrada estreita, né? Tem muito trânsito de caminhão, então a pessoa tem que ter cuidado, mas... A estrada em si não é perigosa uh. O perigo se aparece se o sujeito utilizar o automóvel numa velocidade além da do segurança normal. E por que

SPEAKER 2: : ### Você falou serra, né? Mas ela é sempre do mesmo da mesma

SPEAKER 3: : Não, varia. Ela tem escarpas, né? Você tem que passa por diversas serras, eh vamos dizer assim, secundárias, mas que constituem o conjunto. Deve ser um dos ramos da Serra do Mar que alcança aqui a outra que vem do... Quer dizer, quando se sai de Curitiba para para Camboriú, atravessando Santa Catarina, a a serra que se tem que descer é um pedaço da Serra do Mar.

SPEAKER 2: : E como é a vegetação aí nessa...

SPEAKER 3: : Então, aqui no Vale, até a fron até que a ãh... O problema é o seguinte, ah as duas capitais, São Paulo e Curitiba, ãh a maior distância, realmente, é percorrida em São Paulo, está certo? Então Logo depois da fronteira com o Paraná, ãh uma hora e pouco depois, no máximo duas horas, você está em Curitiba. Então, muda completamente ah a vegetação, porque você já passa para o para o Planalto aí, Paranaense, não sei como é o nome geograficamente, em que a altitude sendo maior aí muda completamente o clima, então muda a vegetação. A área que você começa a encontrar aqueles pinheiros, et cetera. Enquanto que até aqui de São Paulo, até mais ou menos ao ao lado da serra, aí é vegetação normal. Mata de serra, mas não não se destaca assim um tipo de árvore que seja diferente de realmente num grande número, como é o Pinheiro né. Depois, num certo momento, você começa. À medida que vai chegando próximo de Curitiba, você nota a existência, em termos predominantes, do Pinheiro.

SPEAKER 2: : Você falou aí do do Vale do Ribeira, né? Você podia descrever para nós como é como é essa região?

SPEAKER 3: : Bom, aí eu não conheço inteira a região. Alguns eu tive alguns contatos lá por causa do trabalho nosso lá na Secretaria, com relação ao Vale, né? Mas, assim, do ponto de vista geológico, é uma área de terra, segundo a opinião dos técnicos aí, relativamente pobres. Ela só teria condição de cultivo para alguns tipos, como é o realmente o que ocorre lá. Quer dizer, banana, algumas frutas e e madeira, mas alguns tipos de de árvores que poderiam ser usadas depois como madeira. Agora, do ponto de vista econômico, eh a função dessa produção é uma área pobre, num num nível de... Alô? Oi. () . ### tem um nível de renda baixo.

SPEAKER 2: : Mas e a parte mesmo do rio, como é a? ### Descreve para a gente a o lugar onde tem o rio e como é o como é que? A paisagem?

SPEAKER 3: : ### () No vale, propriamente, é plano, está certo? E é a predominância de a de... Já na uh como é a área mais fértil, por causa do próprio rio que enche, quando ele enche, ele de é mais ou menos funciona num esquema muito... ãh em proporções pequenas, mas como se fosse lá no Rio Nilo sabe. Quando ele enche, aquela propriedades que ele tem adubam a te Então a área fértil realmente é a próxima ao rio porque todas as inundações ele ele fertiliza a terra. Mas o problema é que aqui o... o comportamento do rio não é controlado ainda. Então o agricultor usa aquela terra porque é a mais fértil, mas ele nunca sabe que no dia seguinte pode haver uma inundação e destruir tudo. Ãh. Então a gente nota na beira do rio uma paisagem já não quase... não é natural, é uma paisagem de cul de áreas cultivadas. T em bananeira e e palmito que tem alguma coisa. E às vezes ãh a gente nota quando a estrada passa no alto, você vê algumas propriedades que devem ser puramente de... Hortaliças e frutas, além de banana, porque tem outras frutas. E o ri

SPEAKER 2: : o é pequeno? É o Ribeira? É o Ribeira? Não eh

SPEAKER 3: : Rio o o rio chama ribeira, mas não é um ribeirão, (riso)  É um rio. Mas não é grande também, deve ter quanto uns duzentos metros de altura.

SPEAKER 1: : E no caso, continuando, daí de Curitiba para lá, por exemplo, pelo campo mesmo, sem ser estrada

SPEAKER 3: : ### Não é pampa, né, porque é no alto, mas é a área de campo em que você vê capim mesmo, rasteiro, uma ou outra árvore. especialmente na área de de Entre Lages, que é Santa Catarina, já quase na fronteira, e Vacaria, que já é Rio Grande do Sul, você nota plena, claramente, que é uma zona de própria mesmo para criação de gado, porque não é plana, quer dizer, é levemente ondulada e não tem árvores quase, é qua é quase que campo

SPEAKER 2: :  mesmo. Olha, uma pergunta meio boba, você poderia descrever o rio para nós, todas as partes de um rio? Os lados, o lugar onde ele corre e tal? Os nomes di sso? É, não, se  lembrar. Uma pessoa vai pescar ela fica sentada assim aonde. Nas mar

SPEAKER 0: : Numa das margens, pelo menos. (riso) Bom, 

SPEAKER 3: : ### Se você se quer se referir à margem esquerda ou à margem direita, depende da posição que você está com relação à corrente. Geralmente, no sentido que a corrente... Se você ficar de frente para o sentido que a corrente corre, Então, realmente, a margem direita é aquela que corresponde ao seu lado direito. A margem esquerda é o lado esquerdo. Onde ele corre é chamado de leito.

SPEAKER 2: : E... E de acordo com o tamanho, se e se ele tem mais água... Ah, bom. Chama-se tudo de rio?

SPEAKER 3: : Não, depende, né? Depois de um certo ponto, é rio. Inclusive o Amazonas, é rio. Agora, abaixo de um certo limite também é ribeirão, riacho, Córrego. Há deter

SPEAKER 1: : minados rios que que servem para passar navio e tal? Se faz uma distinção entre esses rios?

SPEAKER 3: : Sim, você pode dizer que o rio é navegável quando ele tem profundidade suficiente para passar alguma forma de navegação. Agora, se é um rio grande, realmente, pode passar até um navio, caso do Amazonas, São Francisco e outros. Em outros casos, um simples barco, ()

SPEAKER 2: : E o fundo do rio po ãh po é sempre da mesma ma neira? Tem sempre o mesmo fundo o rio? Olha (riso) eu Esses rios aí do Vale do Paraíba? O fundo é areia. É Mas aí no Vale do Paraíba  não. () Qual é a diferença do Vale do Rio Paraíba? É o leito é ###

SPEAKER 3: : (riso) Não precisa descer. (riso) Não, mas é areia, é cascalho. Noventa por cento dos rios devem ser assim. Agora, o do caso do Vale do Paraíba, o rio Paraíba, você diz? () Para eu, inclusive lá em Caçapava o rio passa dentro da cidade. O que a gente nota é que ele tem, lá no caso, uma profundidade pequena com relação a um rio navegável. Então ele pode ser utilizado só por barcos peque Tem muita pedra, (tosse) mas o o fundo mesmo não sei deve ser areia e cascalho.

SPEAKER 2: : Acho que no Paraíba é mais cascalho, né? Cascalho (). Mais pedra do que areia.

SPEAKER 3: : Você fez geografia lá na filosofia?

SPEAKER 2: : Eu  não. (riso) Está conhecendo? Não,  eu não. É que eu alguém me falou outro dia sobre isso, quando (), quando fui para A gente passa assim uma região mais alta, vê o rio lá embaixo, né? É,  mas ali não é o Paraíba, não. Ali é o Paraíba.

SPEAKER 3: : Ali é os que formam o Paraíba, é o Paraibuna e o Paraitinga. Ih (riso). O Paraíba começa e... O Paraíba, quando você vai para Caraguatatuba, você passa ao lado do Paraibuna, depois tem um outro () que é o Paraitinga, eles dois se juntam e formam o Paraíba. Agora, tem um pedaço, porque eles eles correm para o mar, eles se juntam, os dois, né? Formam o Paraíba e depois o Paraíba reverte, volta, passa por todo o vale, e vai desaguar lá no Espírito Santo. Agora, eu não sei realmente se você está, porque tem um trecho que talvez dê para ver o Paraíba mesmo, mas a maior parte que a gente viaja, tem um trecho que você vai para Caraguatatuba, que você viaja do lado de um rio. Exata

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 3: : Aquele é cheio de pedra mesmo, né? É todo cheio de de... não é cascalho, provavelmente, são pedras mesmo, muita... que é cachoeirinha, essas coisas. É. Porque o Paraíba, propriamente, ele é ca ele é um rio de, como é que eles chamam aí, de planície, sei lá quer dizer uh uh a velocidade da corrente é bem pequena, a não ser lá perto de Cruzeiro, ou tem uma cidade no Vale que chama Cachoeira Paulista está certo, é realmente onde ele estreita e aumenta a velocidade, mas normalmente ele é bem lento, bem suave a corren

SPEAKER 2: : E esse lugar onde o o rio encontra o mar? Joga () no mar. Hoje é o dia (riso) Como é que você ch ama? Fossa. Fossa. ()

SPEAKER 1: : () E existe alguma diferença, por exemplo?

SPEAKER 3: : Embocadura, né às vezes chamam? Ah

SPEAKER 1: : Entre a corrente propriamente e esse lugar, existe alguma diferença, assim, no aspecto visual ()? Mas que lugar na na Entre a foz, no caso, e o e a corrente em si? Não

SPEAKER 3: : Depende do... da velocidade da água né. No caso do Paraíba, por exemplo, eu s eu conheço o lugar onde ele desemboca no mar. Usa esse termo desemboca () eh. () Lá Barra de São João, que chama, no no estado do Rio. Quase no Espírito Santo. Ali você não nota muita diferença, não há impacto da água dele com a água do mar. A não ser na hora de subir a maré tal, que deve haver uma pequena Mas é que a veloci, como ele corre já lá no nível no do mar, muito bas... Antes de chegar no mar, ele já está no nível do mar. Então a velocidade da água é pequena. Então eu, pelo menos quando eu vi, não não dá para você notar exatamente hum nada do como lá no Amazonas, de Pororoca, essas  coisas. Quer dizer, a água entra suave no

SPEAKER 2: :  mar e. ### Depois tem uma cidade lá. Você che gou a? Registro. () Depois não, a a outra. que fica... Na beira do mar?

SPEAKER 3: : É. Tem Iguape, né?

SPEAKER 2: : Foi lá?

SPEAKER 3: : Não, eu não fui lá, fui lá não. A estrada não passa por ali. Quem vai para o sul não precisa ir lá, não. É. É Iguape e Cananeia, que tem a ilha e ãh e onde eles dizem... Porque o nome do rio inclusive é Ribeira de Iguape, né? Por causa da... Deve ser por causa da cidade.

SPEAKER 2: : A cidade eh fica em a na ilha,

SPEAKER 3: : A cidade de Iguape. Não () Não, acho que não. Iguape, Cananeia.

SPEAKER 2: : Ah,

SPEAKER 3: : Iguape acho que é continente. Você atravessa a balsa e vai para a ilha e tem... Não sei se... Cananeia também é continente, né?

SPEAKER 2: : ### () Quando eu estava na escola, () aquela ilha lá embaixo. Não é Cananeia, né?

SPEAKER 3: : É ilha? Acho que é ilha, sim. É, porque tem uma... Tem um... Inclusive, praias na ilha que o pessoal vai precisa tomar uma balsa para ir. Agora não sei exatamente. Não lembro assim.

SPEAKER 0: : ###