Inquérito SP_DID_110

SPEAKER 1: : Gravação do dia dezesseis de dez mil Novecentos e setenta e dois. Ah, gostaria que você contasse, por exemplo, algum viagem que o senhor fez, em que meio de transporte, como foi a viagem? Alguma que tenha mais recordação

SPEAKER 0: : Bom, eu eu quase não tive a oportunidade de sair muito de São Paulo. Nem do Brasil, especialmente, nunca saí do Brasil. Quase todas as pequenas viagens simples foram ser ao redor de São Paulo Tiveram várias interessantes, poderia citar por várias estradas ou para o Rio de Janeiro. Ultimamente não tenho ido e não conheço o novo Rio de Janeiro, mas então tenho ido assim aproximamente esses lados de Santos, Guarujá, talvez Bragança Paulista, o início de Minas Gerais, o começo de Minas. Ido também ao lado da do Vale do Paraíba em maior quantidade, também o interior aqui na parte mais da be erre cento e dezesseis, antiga be erre dois que iria para o sul do Brasil, assim para o Para Essas daí são as que eu teria ido mais.

SPEAKER 1: : E quando vai em viagem, que tipo de transporte usou? De automóvel?

SPEAKER 0: : Normalmente, quando eu vou a passeio, eu vou de automóvel. Eu não indo a passeio, indo profissionalmente, eu tenho a preferência de ir de ônibus. De ônibus sempre facilita no sentido de descanso físico, viu? Então seria essa vantagem.

SPEAKER 1: : E  de e poderia dizer assim, qual é o seu automóvel? Ou contar alguma coisa sobre ele? Ou fazer uma descrição dele? Como é que ele é?

SPEAKER 0: : Bom, eu tenho mais de um automóvel, então talvez isso aqui traria um pouco mais de dificuldade. Bem, meus automóveis são de tamanho grande. Todos de tamanho grande, e sendo assim, então são mais, digamos, confortáveis. Apesar de um ser mais antigo,  É um Chevrolet americano mais antigo. Esse daí, apesar de ser ãh pelo número de anos, já tem dezoito anos de uso, mas é bem mais confortável do que um carro pequeno, mais veloz, mais estável. Inclusive tem acessórios que são reputados hoje, inclusive modernos, eles têm.

SPEAKER 1: : Quer dizer não... Que tipo de acessórios?

SPEAKER 0: : Por exemplo, rádio com botões automáticos de mudanças de estações. Outros aparelhos é muito simples. A antena que levanta pela pressão a vácuo, inclusive o limpador de para-brisa a vácuo, é coisa que atualmente é considerado moderno. Mas o carro há dezoito anos atrás, o Chevrolet cinquenta e quatro, já tem esses acessórios. Então ele apresenta uma série de vantagens digamos assim, que não dá condições, normalmente, para uma cidade atual. Mas para quem já está acostumado a usá-lo, então, gosta dele porque ele apresenta. Continua apresentando as mesmas vantagens de um carro moderno de tipo médio. Tipo médio, eu digo de tipo médio de preço. Não do tamanho. O tamanho ãh seria maior  O tamanho dele. Não?

SPEAKER 1: : ### () E qual é as diferenças básicas assim em em relação aos outros carros?

SPEAKER 0: : Pode, quer dizer, eu tenho um Galaxy. Então, um Galaxy é um carro considerado assim, mais moderno ãh, talvez mais confortável, apresentaria, digamos, vantagem de maior número de pessoas nele, porque ele é bem mais largo. Um Galaxy é um dos carros americanos ãh, dos tipos americanos, que é mais largo. Então, cabem seis pessoas mais folgadas do que o Chevrolet, não?  Então, teria esta vantagem em relação ao Chevrolet, talvez o motor é mais possante. Acredito que não apresente outras vantagens, a não ser também éh pneus que são sem câmara, então eles nunca estouram praticamente né, estouram entre aspas. e mais fácil a manutenção dele, a conservação dele é mais fácil do Galaxy do que do Chevrolet.  Porque o Galaxy é um carro nacional e como carro nacional ele apresenta as vantagens. Qualquer ãh defeito que surge no carro ele é consertado imediatamente com a maior facilidade em qualquer lugar.  E um carro importado americano já não encontra essas facilidades. Qualquer peça, qualquer acessório, qualquer necessidade que se tenha para corrigir nele, então sempre há maior dificuldade. São determinadas casas especializadas que têm essa parte de acessórios e de peças.

SPEAKER 1: : O Chevrolet assim é diferente dos carros menores assim da ()

SPEAKER 0: : É, ele é diferente. Ele é diferente porque, normalmente, os carros de origem americana, como é também o nosso Galaxy, o Ford, eles apresentam, normalmente, uma marcha de ré e três marchas para frente. Ao passo que, digamos, os carros pequenos, eles apresentam, em geral, uma marcha a ré e quatro ou cinco marchas para frente. Apresentam também um motor. Normalmente, os carros pequenos, seja de Volkswagen, Corcel, normalmente são de quarenta, cinquenta aga pe. O Ford tem cento e noventa e quatro, se não me engano, aga pe O Chevrolet, no caso que você me perguntou, tem cento e e trinta e cinco aga pe. Então, são carros bem mais possantes.  Normalmente, a primeira dos carros americanos são, não são muito violentas, são mais lerdas, por causa do peso do carro. ao passo que os carros pequenos, eles sendo mais leves, a primeira, ela apresenta possibilidade de velocidade maior na saída. Quer dizer assim, com o passar do alcance da velocidade, depois de andar a trinta, quarenta, cinquenta quilômetros por hora, então ele podem adquirir uma velocidade muito maior do que os carros pequenos. Apresentam maior estabilidade, especialmente nas curvas, possibilidade de transporte de maior número de pessoas, que não é o caso, mas sempre em linhas gerais, apresenta essa vantagem.

SPEAKER 1: : E, assim, no exterior, ele também apresenta a diferença de de carros () Então, estabelecendo um paralelo, certo? () Descrever por nós, para nós, por dentro né. Aí nós queríamos saber por fora.

SPEAKER 0: : É mais o aspecto, né? Por causa que os carros todos apresentam sempre as mesmas vantagens, como o meio de transporte. Você é transportado com um carro pequeno, um Volkswagen, um Fiat, mesmo um Fiat pequeno, como esses que parece que vão fabricar agora aqui no Brasil, ou um carro grande, um Galaxy, ou mesmo um carro super grande, que seria um Cadillac ou um Oldsmobile americano, ou mesmo um Mercedes-Benz desses tamanhos grandes, tem vários tamanhos, A única coisa mais é a estética dele do que propriamente como meio de transporte, porque tanto um como outro transportam a pessoa ao mesmo local. Então, talvez, mais conforto, mais comodidade e maior número de pessoas. Tenho mais essas as apresentações do tipo básico, não entre 

SPEAKER 1: : Um ou outro. Agora eu vou voltar um pouquinho Do, da mecânica. E na parte da mecânica, tem a, por exemplo alguma coisa assim totalmente diferente?

SPEAKER 0: : Os carros grandes normalmente apresentam oh digamos assim, em relação a certos carros pequenos, como o Volkswagen, apresentam um motor na frente, quando o Volkswagen tem o motor traseiro. Então, sendo o motor na frente, a fim de poder virar, digamos assim, girar as rodas de trás, então tem uma peça comprida que vai do motor, do câmbio, até as rodas traseiras, que é o diferencial E os carros pequenos que tem os motores atrás, fazendo paralelo com o Volkswagen, Ele não apresenta esse diferencial, a não ser parece muito diminuto. Esse é um diferencial de poucos centímetros. E de um carro grande é de um metro e tanto, dois metros em geral de comprimento. Há uma diferença muito grande no compri

SPEAKER 1: : E quais os outros aspectos assim que por exemplo comportam o motor do. () mais dif

SPEAKER 0: : erente? Eu Eu tenho a impressão que são totalmente iguais. Quer dizer. Eu não entendo bem dessa parte mecânica de motores, mas eu tenho a impressão que basicamente todos os motores, a explosão, a gasolina e a óleo-diesel, eles têm ah os mesmos componentes. Então seriam as bielas, os pistões, toda essa parte, o mancal traseiro, mancal diantre dianteiro, ãh digamos assim eixo comando de válvulas, toda essa parte são iguais em todos os motores. mas tenho a impressão que são todos iguais, que de todos que eu vi até hoje apresentam mais ou menos basicamente as mesmas peças, ou em tamanhos maiores ou menores, ou alguns em maior quantidade, outros em menores quantidades, como é o caso dos cilindros dos automóveis, dos motores, dos automóveis melhor dizendo, tem motores com oito cilindros, com seis cilindros, com quatro cilindros, com dois cilindros, Entendeu e havia anteriormente carros americanos com doze cilindros como era o Lincoln. Atualmente a maioria dos carros são todos de seis cilindros, oito cilindros ou  dificilmente encontrar com outros tipos de cilindros, que é o que vem a dar cilindrada. É ah. É o número de vezes que o cilindro desce e sobe dentro do motor para formar a pressão dentro para poder o carro andar. Daí, na maioria dos carros está escrito quantas cilindradas tem e essa é a velocidade que pode adquirir mais rapidamente 

SPEAKER 1: : Quanto ao aos acessórios que há, por exemplo,

SPEAKER 0: : Olha, tem acessórios, hoje em dia, no nos meus carros, são acessórios comuns que todos os carros têm. Hoje em dia, acessórios interessantes que nós vemos em carros americanos ou europeus são mais essas partes que não é novidade. Vidros elétricos, os bancos elétricos que se reclinam para frente, para trás, para cima, para baixo. Não sei se já tiveram oportunidade de ver antenas elétricas, limpadores de parabrisa elétricos, rádios com frequência modulada, inclusive ãh tapes no Isso se vê muito. O que mais nós poderíamos ver de mais moderno? Ãh Talvez para-choques que já não são mais cromados e sim são opacos para não ofu ofuscar as as luzes que vêm em sentido contrário, não ofuscar. () eletrônicos que apagam a luz alta de outros carros que vêm em sentido contrário. espelhos também que sofrem ãh oscilações, espelhos retrovisores que sofrem oscilações de acordo com os carros que vêm também no sentido contrário. Então parece mais ou menos essas daí as principais novidades que eu tenho notado no automóvel.

SPEAKER 1: : E você poderia nos descrever o painel, assim, do seu carro, do Chevrolet?

SPEAKER 0: : Bom, o Chevrolet, ele apresenta no painel, ele tem, digamos, Na parte dos marcadores, tem marcador de gasolina, marcador de óleo, marcador de pressão, tem marcador de temperatura, tem marcador da bateria, para saber o a amperagem da bateria, se o dínamo está ou não funcionando. Tem depois a parte referente a rádio, acendedor de cigarro, Botões de ventiladores de ar. Tem dois botões de ventiladores de ar, um para o lado esquerdo e outro para o lado direito do carro. Luz alta e baixa. É pós eh Possibilidade num botão de aumentar ou diminuir a intensidade da luz dentro e fora do carro. Botão de limpador de para-brisa e também de enxaguar o para-brisa com água. Botão para levantar a antena a vácuo. Vamos ver o que teria mais? No para no No painel.

SPEAKER 1: : Para para marcar a velocidade? Tem

SPEAKER 0: : Veloc Sim tem Velocímetro. Velocímetro, no caso, Chevrolet é em milhas, não em quilômetros. Tem relógio de horas, elétrico. Inclusive, porta luva, também... Ãhm Eu não fumo e, às vezes, me falta a memória. Onde coloca, me falta a palavra. O cinzeiro, onde coloca a cinza, eu estava olhando e não vinha a palavra. Certo e Espelho, retrovisor, no caso do Chevrolet, o espelho e o retrovisor é no painel e não como normalmente é em cima do vidro do de para-brisa do carro. O Ford ocupa... tem todos esses mesmos Ford Galaxy no painel, tem todos esses equipamentos mesmos. A única diferença mais acentuada seria o espelho retrovisor, que não é embaixo no painel, e sim acima do para-brisa, como todos os carros normalmente têm.

SPEAKER 1: : Sim, e eu queria saber assim, quando o senhor entra dentro do carro Quais são as atitudes, né, para por em movimento?

SPEAKER 0: : Normalmente, colocar a chave no n na fechadura para destravar a direção, em seguida, uma outra chave na partida. Então, liga uma chave, a partida, e no outro desliga, digamos assim, destrava o volante. Dá a partida. Engata a primeira

SPEAKER 1: : E como é que a gente faz para para engatar a primeira?

SPEAKER 0: : Em um carro grande, normalmente tipo assim de origem americana, a primeira ela vem para baixo, então a alavanca junto do volante desce, junto do volante desce, a segunda é para cima, a terceira para baixo também e a ré para cima. Forma ej exatamente um x Sendo que a parte debaixo do xis seria a primeira e a terceira. A parte de cima do xis seria A ré e a segu

SPEAKER 1: : unda. O senhor falou por exemplo () Há quantas () viagens, por exemplo?

SPEAKER 0: : Eu tenho a a impressão que as viagens de ônibus são mais gostosas do que de carro. Uma razão é que eu tenho sono fácil. Eu adormeço, inclusive, dirigindo automóvel. Então, para mim, é conveniente dirigir, não dirigir o automóvel para evitar o sono e ir no ônibus que, inclusive, eu vou podendo descansando, não só fisicamente, como as vezes eu durmo também né  Quando não se está dormindo, vai se vendo a paisagem, se aprecia melhor a paisagem. ou se faz amizade com os vizinhos num ônibus de banco, então há a possibilidade de troca de ideias que no automóvel Dirigindo não há condições para isso. Torna mais difícil falar com as pessoas que estão juntos no automóvel, que prestando se atenção em dirigir na estrada, então dificulta E no ônibus tem essa facilidade de poder travar amizade com o vizinho de banco, conversar com a pessoa, trocar assuntos variados e não prestar atenção no que está ocorrendo para o motorista.

SPEAKER 1: : O senhor já viajou de trem?

SPEAKER 0: : Já, viajei bastante de trem, muitas vezes de trem, especialmente pela Companhia Paulista. de Estrada de Ferro, agora é Fepasa, não é mais Companhia Paulista de Estrada de Ferro. No tempo em que a Companhia Paulista de Estrada de Ferro era considerada muito boa, eu não sei atualmente porque já há anos não viajo, tinha uns trens de aço Se eu não me falha a memória, tinha os trens Estrela ou Cometa, os dois ao mesmo tempo, eram os trens cuja primeira classe, ou ca categoria de luxo que tinha também, era todo em veludo com o ateliê, os bancos, eu não sei se existe ainda isso, () fazer vários anos atrás, banheiros excepcionais, inclusive restaurantes muito bons, os trem magníficos andavam em relativamente alta velocidade, cem, cento e vinte, creio eu ou talvez até mais, e não se sentia movimento nenhum, a não ser aquele de pouco em pouco toc toc, que é justamente aonde os trilhos tinham a solda, e ao passar a roda por cima dos trilhos, dava aquela batida na solda, no espaço vazio que haveria entre os trilhos que se ligavam. Fora disso, o trem é bem mais gostoso do que o ônibus, inclusive, porque há condições de se levantar, andar dentro do trem. É um verdadeiro passeio que se faz, não só no trem, como dentro do trem. Aproveita-se não só a paisagem, como as pessoas com quem se trava a amizade, como também a possibilidade de se andar dentro do trem, inclusive ir ao restaurante, ir ao salão de leitura desses trens que tinham a Companhia Paulista de Estrada de Ferro, mas luxuosos. Trens mais simples, não nunca tive a oportunidade de usar.

SPEAKER 1: : E qual qual era o processo pelo qual andava esse trem?

SPEAKER 0: : Os trens da Companhia Paulista de ferro que eu usei eram quase todos elétricos. Tinha também ãh uns a óleo diesel. Agora, os que funcionavam, não sei se a lenha ou a carvão, eu não cheguei a usar. Não cheguei a não Creio que tenha muita quantidade, mas não os conheci  nunca andei nele.

SPEAKER 1: : E qual a diferença que há, por exemplo, no trem de hoje e naqueles trens né ()?

SPEAKER 0: : Não tenho viajado há vários anos de trem. A última vez que eu viajei de trem foi para Santos. Eu fui para Santos de trem, que foi uma viagem assim, com várias pessoas amigas, que eu queria mostrar como era o trem que descia a serra e como subia a serra, que é um dos dos lugares que no Brasil, talvez tenha poucos desse tipo, que o trem que desce é amarrado a um cabo de aço, ao trem que sobe no alto da serra, indo para Santos, e o trem que desce puxa o que sobe né  E o que sobe ao mesmo tempo breca o que desce, por causa que a inclinação é muito grande e para evitar que o que desça corra em alta velocidade e o que sob suba. Vá muito lento, então um é amarrado ao outro e um vai puxando o outro. Não sei se já tiveram oportunidade de ir. Vale a pena conhecer só nesse sentido, porque a viagem é muito cansativa para Santos de trem e demorada. Eu tenho a impressão que a última vez que eu fui vai ter demorado perto de duas horas, duas horas e pouco, fui eu Quer dizer, de automóvel numa hora se vai bem, pela vida Anchieta né  É bem mais conveniente. Mesmo de ônibus deve ser hora, hora e pouco né 

SPEAKER 1: : E de avião? Nunca viajou?

SPEAKER 0: : Não, nunca viajei de avião. Medo, prevenção? ### Falta de oportunidade, talvez viu  Não teria medo não? Não, isso não. Gostaria até, se tivesse oportunidade, viajaria sem sem receio algum, com maior facilidade.

SPEAKER 1: : E vocês poderia nos contar, mesmo sem ter viajado, alguma coisa sobre a mecânica de avião ou qualquer coisa assim?

SPEAKER 0: : Eu tenho a impressão, sem conhecer, que os motores de aviões funcionam da mesma maneira que o motor de automóvel. Isso os motores ãh em geral, a não ser os motores a jato. Eu não sei o funcionamento exato. Dá a impressão que o motor a jato ele funciona com a entrada do ar, com a deslocação do ar que o motor ãh de avião a jato funciona. Tenho a impressão que esse seria o sistema conforme vai entrando o ar pela frente, pelos pela pelos motores, então vai formando uma pressão e o motor ele desliza de deixa o avião deslizar. Ar né.Tenho a impressão que é esse o funcionamento assim, em forma prim muito primitiva. Não teria condições de dar explicação melhor por que não conheço mesmo.

SPEAKER 1: : E não teria nenhum incidente, assim,  sei lá, futurístico para contar para gente de o a respeito de... ou de um uma um acidente de automóvel, qualquer coisa assim, quebrada, ou mesmo uma viagem de ônibus, qualquer coisa desse tipo?

SPEAKER 0: : mais pitoresca, talvez... Recentemente me ocorreu, nós voltávamos do Guarujá, com várias pessoas, eu vinha dirigindo, e nós ficamos não viemos pela Piaçagüera, viemos do Guarujá, pela Balsa, atravessando a Balsa, via Santos, e foi difícil chegar até a Balsa, talvez demoremos uma hora e meia, duas horas, e posteriormente, ao chegar na via Anchieta, já era tarde da noite, dez, onze horas da noite, Ao chegar na Via Ancheta havia no alto da serra um desastre. Nós paramos e logo depois que paramos não havia condições de ultrapassar o desastre e ficamos parados pelo menos na Via Ancheta umas duas horas. Após o o desastre ter sido removido os automóveis pelos policiais do trânsito, Nós íamos embora, mas me deu muito sono, eu não tinha condições mais de dirigir. Talvez fosse aí mais pitoresco, porque as pessoas que vinham junto comigo vinham rezando até em voz alta para poder conseguir chegar em São Paulo. E várias pessoas sabiam dirigir automóvel, mas ninguém... Queria dirigir. Eu vinha dirigindo e vinha entrando e saindo na estrada normalmente e adormecendo. Quando chegamos em São Paulo, uma esposa de um amigo meu que vinha com a gente, ela disse assim, eu rezei tanto que eu estou até transpirando, olha como eu estou molhada E fora disso, dificilmente me ocorreu algum outro caso mais pitoresco assim em estrada. Nunca me ocorreu um acidente, nunca me ocorreu desastre, nunca fiquei na estrada. Talvez uma ou duas... Nunca tive problema com automóvel. Talvez uma ou duas vezes éh furaram os pneus do carro. Fora disso, nunca tive maior aborrecimento com automóvel.

SPEAKER 1: : E o senhor poderia me ensinar assim, como é que se faz para trocar o pneu de um automóvel? Porque eu até hoje não sei.

SPEAKER 0: : ### Tem uma situação mais fácil do que trocar pneu, de automóvel. Então, seria normalmente, seria levantar o pneu com o macaco hidráulico le ou macaco mecânico, levantá-lo, desemparafusar os parafusos que prendem o a roda ao carro e ah tirar e por outro pneu que está de estepe no porta-malas. Agora tem um jeito mais fácil, que eu já uso há vários anos.  Tem um extintor de incêndio no carro. Quando o pneu está furado, você enche o pneu com extintor de incêndio e vai até o borracheiro. Fica mais prático, viu? Pratico, não se suja, não perde tempo. E eles trocam e você já f já fica com o pneu consertado. Se não, depois de você ter trocado. Ao ir ao borracheiro, você precisa trocar e repor. no carro, então é muito mais demorado. E se emporcalha todo, se suja toda a mão, roupa, tudo. E dessa maneira eu acho que é mais prático ter um extintor de inc de incêndio no carro, extintor ãh a gás. não de espuma, enche o pneu quando está furado, porque o automóvel normalmente andando, o pneu ele vai subindo e descendo em qualquer lugar que seja, vai tendo aquela vibração, e aquela vibração mantém o pneu cheio, desde que não seja estourado o pneu, ou seja, não esteja estragado totalmente, seje fura furo comum.

SPEAKER 1: : (), próxima vez já posso acertar e trocar.

SPEAKER 0: : Eu acho melhor se você tiver que trocar, é a melhor solução. Tem um extintor de incêndio, ele tem um bico próprio na ponta do extintor de incêndio, você emparafusa na peça onde enche o pneu, e lá você completa a calibragem que você quer. Enche bem o pneu vai andando. Quando estiver andando, ele não abaixa. Ele vai mantendo mais ou menos aquela pressão que ele tem.

SPEAKER 1: : Algum outro problema assim, com a mecânica e tudo?

SPEAKER 0: : Nunca tive. Nunca tive problema com automóvel a não ser coisa simples, troca de vela, de platinado, ãh digamos assim, regulagem do motor, troca de... de lonas, do breque, quando começa a ficar gasto. Normalmente, quando os breques do das rodas eles gastam as lonas, o carro começa a assobiar Então, muitas vezes, nós notamos uma pessoa que breca o carro e o carro assobia É porque as lonas estão gastas e está ficando sem breque. Então, precisa trocar as lonas. São coisas assim como corriqueiras que, com o andar () do carro, ele vai gastando normalmente.

SPEAKER 1: : E se isso acontece, vamos supor, numa estrada o que que faz?

SPEAKER 0: : Mas se acontecer numa estrada, terá que andar mesmo com ou sem breque, inclusive se estourar uma borracha do breque, porque nós não teríamos, sendo leigos no assunto, nós não teríamos condições de substituir. Só numa oficina,  precisaria desmontar várias peças do carro, e só numa oficina haveria condições. Então você teria que andar com o carro assim mesmo, com muita cautela, andar devagar para evitar que ocorresse algum acidente. Há condições de andar normalmente com o carro? Normalmente. Inclusive quando você tiver que brecar, você ao invés de pisar no pedal até o fim, você tenta bombar para ver se vem um pouco de breque, especialmente quando falta óleo, ou estoura alguma borracha, ou estraga as lonas do carro, normalmente se você Pisa várias vezes seguidas, é o que se chama de bombar o pedal do breque. Ele volta um pouco. Agora, se não houver condições assim, então você pode brecar o carro mudando para uma marcha mais curta. Se você está andando em terceira, você () a segunda, o próprio motor breca o carro. Depois passa para uma terc uma primeira, breca mais. Quer dizer que, então, aí você terá condições, estando numa primeira, de puxar o breque de mão, que o breque de mão é independente do breque do pedal do pé.

SPEAKER 1: : E quando o problema for, vamos supor a vela ou o platinado?

SPEAKER 0: : Bom, esse é mais fácil, esse há condições simples, qualquer pessoa pode. Se for alguma vela que esteja suja, então é fácil desemparafusar a vela, limpar e recolocar. O platinado também, caso que o platinado é formado por duas platinas. mesmo que elas vão se vibrando uma na outra e vão dando contato e passa toda a corrente elétrica. Hm ocorre delas ficarem ou queimadas ou sujas. Então há a possibilidade de, com uma pequena estopa em álcool ou em gasolina ou coisa parecida, tirar o platinado com uma chave de fenda, limpar essas platinas para que a corrente continue passando. Ou então lixar  seria o certo ter uma lixa mesmo de unha. Ela pode sair lixando os platinados com uma lixa de unha podendo o carro continuar andando normalmente. Isso é muito comum para ver 

SPEAKER 1: : Quais problemas, por exemplo, que um trem poderia ter? Assim ()

SPEAKER 0: : Eu tenho a impressão que o trem é mais difícil dar problemas. Eu tenho a impressão que o automóvel dá mais problemas do que o trem ou do que o avião, inclusive. Eu tenho a impressão que o trem ele dá muito poucos problemas. Normalmente funciona a eletricidade, então poderia faltar eletricidade e o trem ter que parar. O que poderia ocorrer em maior escala seria um desastre no trem. Fora do desastre, acho que dificilmente ocorrem reparações, porque as rodas sendo de aço, Numa liga especial, dificilmente quebram Se quebrar, tem as lat as da frente e as de trás, que dão um equilíbrio no trem, porque são várias rodas. Então ele nunca afundaria naquele trecho. Ele ficaria sem uma roda. Mas dificilmente se vê falar em quebrar uma roda de trem. Ele continuaria normalmente andando. Poderia ter um desarranjo, digamos, nas máquinas do trem, mas parece que são de muito fácil conserto todos os motores ou máquinas que funcionam a eletricidade. Haja visto anteriormente os bondes em São Paulo que dificilmente se via um bonde estragado. ou mesmo os trens, dificilmente os trens elétricos. Se o motor, ãh digamos assim, do trem for a óleo-diesel, que eu não sei se existe ainda a óleo-diesel, ou a carvão, ou a lenha, mas que é mais simples ainda né o conserto, quer dizer perderia a pressão, então eles não teriam condições, muitas vezes, de determinadas rampas subirem conforme o peso que eles carregariam, coisa que não ocorre no de eletricidade.

SPEAKER 1: : Nessas viagens que o senhor fez de trem, você poderia contar para a gente como é que é assim, dês desde o começo, como é que a gente faz, onde a gente tem que ir para tomar o o trem, como é que é?

SPEAKER 0: : É indo à estação rodoviária comprando a passagem né, desde esse início né, comprando a passagem no horário e para o destino desejado. escolher o tipo de classe que quer usar no trem, que normalmente tem três ou quatro classes, eu não sei exatamente. Deve ter primeira, segunda, terceira e deve ter uma um tipo luxo. Ou também um outro quinto, um tipo turista, né? Deve ter. Comprar naquela categoria que deseja. E depois esperar para a gente subir... Subir no trem na hora que o trem chega na no ponto inicial.

SPEAKER 1: : Existe um um nome para isso? Né onde a gente () Na plataforma de embarque, seria?

SPEAKER 0: : Na plataforma de embarque das estações de trem.

SPEAKER 1: : E o controle de de passageiros, como é que é feito?

SPEAKER 0: : Ao entrar no trem, normalmente, tem o funcionário do trem.  que controla quem entra com a passagem. Agora, depois que o trem andou determinada distância, passa uma espécie de um picotador, que vai picotando as passagens, porque como as passa o trem ele tem várias paradas, Então, cada vez que o trem pára, em seguida passa o picotador para ver se quem está com a passagem ainda tem direito a andar mais, ou se já venceu. Então, aí o picotador, que é ao mesmo tempo () de cobrador, e cobra a diferença Pelo menos era assim quando E eu não sei se agora tem trens diretos de um local ao outro. Creio que em lugares pequenos, de pequenas distâncias, deva ter, como assim São Paulo-Santos, deva ter trens sem paradas intermediárias. () Tem Muitos funcionários, o maquinista, ajudantes de maquinista, o garçom no restaurante, o copeiro, inclusive os fachineiros do trem, os vigilantes, os guardas que funcionam no trem, além desses bilheteiros, picotadores ou cobradores.

SPEAKER 1: : O o senhor poderia assim contar para a gente o processo, como faz para brecar um trem? O senhor conhece isso ou não?

SPEAKER 0: : Eu tenho a impressão que a o trem ele vai brecando, diminuindo a velocidade. Conforme vai diminuindo a velocidade, ele vai sendo brecado. por causa que ele obedece a justamente um impulso em sentido contrário. O A máquina vai funcionando em determinada velocidade que se deseja dar a ela. No instante que se diminui a velocidade do trem é por causa que vai se diminuindo na máquina a velocidade que se deseja dar. Ele vai obedecendo a velocidade que se deseja, para mais ou para menos. Não há um impulso que o solta em definitivo, porque senão ele perderia condições de controle. Não é que nem o automóvel, que se nós estivermos em determinada velocidade e soltarmos a alavanca do câmbio, então o carro fica livre, ele anda livremente, com o trem não ocorre isso da As máquinas ela elas freiam ou aumentam a velocidade de acordo com o que se deseja dar.

SPEAKER 1: : E e esse processo ãh é diferente do automóvel, por exemplo? 

SPEAKER 0: : Eu tenho a impressão que não. Eu tenho a impressão que se nós deixássemos ãh o automóvel sempre com uma marcha engatada, ele deve diminuiria a velocidade automaticamente. é que o que ocorre muitas vezes conosco é que quando nós vamos brecar, pelo menos no meu sistema de uso, quando nós vamos brecar, parar o carro em algum lugar, nós em geral pisamos no pedal da frição e soltamos totalmente o motor. Então o carro corre livremente com o câmbio, com as marchas do câmbio desligadas. Depois nós vamos no outro pedal brecando aos poucos. Se nós não fizéssemos isso, nós simplesmente pisássemos no breque ou não pisássemos no breque e teríamos uma distância suficientemente grande. Ao ponto quereríamos parar e nós deixássemos a marcha engatada do carro, do motor, do automóvel, ele iria brecando normalmente. Isso ocorre nas máquinas dos trens. Elas nunca s, conseguem ficar livres, nunca libertam a máquina da velocidade que deseja. Não há um modo livre dele correr o trem. Então, vai se brecando pela diminuição, pela redução da velocidade.

SPEAKER 1: : E como é que é composto um trem? Como é a estrutura dele assim?

SPEAKER 0: : Normalmente a máquina fica na frente, mas nem sempre. Muitas vezes a máquina fica ou no meio ou no fim. Não sei se já tem notado isso daí. Muitas vezes tem mais de uma máquina. Pegue uma uma na frente, às vezes outra no meio e uma terceira no fim. Não é o usual, mas nota-se em determinadas composições que a máquina não está sempre na frente. Muitas vezes está até atrás.

SPEAKER 1: : E além da máquina?

SPEAKER 0: : Teria, então, outros carros, como o carro bagageiro, o carro restaurante, todos os ah os carros que levam passageiros normalmente com banheiros próprios e tem os vários tipos de carros que transportam passageiros ou então transportam mercadorias. Então são os vagões que transportam as mercadorias e sofrem, às vezes, tipos diferentes. Os que transportam passageiros dependem mais do, digamos assim, da parte de luxo, comodidade e conforto que apresentam, seje de terceira, de segunda, de primeira, de luxo, turista. aqueles vagões que transportam mercadorias, muitas vezes transportam gado e são totalmente fechados. Se transportam automóveis, então, em geral, são totalmente abertos. Se transportam outras mercadorias perecíveis, é o caso de s terem vagões para transportar essas mercadorias como carne e peixe. regulados, com tipo geladeira né  m me me falta agora a expressão de como teriam esses ar ou ar-condicionado ou ar-refrigerado para manter determinada ãh determinada temperatura para conservar o alimento que estariam transportando.

SPEAKER 1: : E e como é que afeta a ligação?

SPEAKER 0: : Eles são ligados um ao outro com peças ãh de encaixe. De encaixe emparafusadas com correntes de segurança. Uma um vagão ao outro.

SPEAKER 1: : Existe um nome especial para isso ou não?

SPEAKER 0: : Talvez exista, não não teria condições de responder se existiria algum nome especial nesses encaixes que prenderiam um vagão ao outro seguidamente.

SPEAKER 1: : E quanto a à máquina, ãh como é que ela é assim hm Ãh. O senhor poderia descrever assim, de como ela é composta?

SPEAKER 0: : Se fosse máquina elétrica, ah oh se fosse a primeira composição formada com uma máquina elétrica, então seria simples, um é um vagão menor, de trans digamos assim, de trans de transporte de pessoas, talvez uma metade do tamanho de um dele, ou uma terça parte, no qual é sempre fechado, tenho visto sempre assim os elétricos, não conheço, deve ter outros tipos. Se fosse a lenha ou a carvão, não sei se é carvão mesmo que usa, o carvão coque que é normalmente usado nesses tipos de trens. Então, além do vagão onde fica o maquinista, logo em seguida tem uma carreta para transportar a lenha e o carvão coque.

SPEAKER 1: : Você falou aí, por exemplo, na no carro bagageiro. geiro. É o único modo de você pegar a bagagem?

SPEAKER 0: : Não é permitido levar bagagem, inclusive, conforme a quantidade da bagagem, o tamanho das malas, levar no próprio carro de passageiros. Tem, inclusive, uns compartimentos para esse fim. Do mesmo jeito que tem os carros dormitórios, onde se pode dormir, que também tem umas separações para colocar a bagagem. Agora, quando a bagagem é de um tamanho muito grande, é colocada nos carros bagageiros devidamente numerados, etiquetados com o nome do possuidor dela.

SPEAKER 1: : E esse mesmo sistema, por exemplo, seria adotado em avião?

SPEAKER 0: : Eu penso que o avião também deve ser para malas pequenas, mas para objetos e valores o passageiro pode transportar consigo. Agora, com referência a partes mais pesadas, roupas e malas maiores, é transportada num compartimento do avião próprio para isso?

SPEAKER 1: : Sim, ainda não viajou de avião, mas você saberia dizer como é o o pessoal que trabalha no dentro de um avião, quais são o que eles fazem.

SPEAKER 0: : O avião já tem um enorme número de pessoas né que funcionam como É o comandante do avião que dirige o ajudante de coman