SPEAKER 0: ### SPEAKER 1: mil novecentos e setenta e dois. ( ) Bom, então, nós gostaríamos de saber, por exemplo, se o senhor tem alguma preferência para escolher o local de férias, o local físico, eu quero dizer. SPEAKER 2: Tenho sim. Eu gosto muito de montanhas. E explica-se. Eu trabalho em praia. Quer dizer, Durante três anos eu estou diretamente em contato com o mar, com os problemas do mar. e problemas correlatos e sei exatamente também dos problemas que se cliam que se criam nas épocas de afluxo de temporadas, digamos. ### Tenho uma preferência por um lugar chamado São Lourenço. Ah, si> Gosto demais de lá mesmo. Vou também frequentemente a Águas de São Pedro. Estive lá em Lindóia quer dizer Dou preferência mesmo a montanha. Preferência, ( ) por sinal, acompanhado por minha esposa e por meu filho também. SPEAKER 1: Então me diga, como é São Lourenço que a gente não conhece, assim, em termos geográficos? SPEAKER 2: É uma cidade montanhosa. ### ### Especificamente montanhosa e e cortada por um rio chamado uh Rio Verde. Certo. ### Não, não, não é não, é azul. Mas o que se pode dizer de São Lourenço é que é a cidade do Brasil, das que eu conheço, que efetivamente mais explora o turismo. S> <ão Lourenço vive por uma figura, a figura do turista. ( ) Então, desde o momento que a gente chega ali, a gente é tratado mesmo a pão-de-ló. Então, eles tudo, tudo, tudo é para os turistas. Tanto que eu tenho conheço diversos moradores de lá e eles se queixam amargamente, porque para os moradores não existe nada. Então, se tem que asfaltar uma rua, vão escolher uma rua que o turista passe. Tem que fazer qualquer coisa, festa popular é para turista. Quer dizer, ( ) Então, é a cidade de exploração do turismo. mesmo de todas que eu conheço do Brasil. SPEAKER 1: Mas, afinal, é uma maneira inteligente de ah explorar uma cidade SPEAKER 2: ### Haja vista que é a cidade mais frequentada por turistas cariocas, por ser exatamente a estância hidromineral mais próxima do Rio de Janeiro. SPEAKER 1: Mas aí, no caso, por que a preferência a São Lourenço, além da da proximidade? Por exemplo, se o senhor prefere São Lourenço, qual o o que o leva a essa preferência? SPEAKER 2: Bom, primeiro lugar, A gente cria um ambiente. De tanto frequentar um lugar, a gente começa a criar um ambiente favorável. Então começa a fazer amizades, fica sempre no mesmo hotel, tem os mesmos conhecimentos, frequenta exatamente os mesmos lugares. Tem ( ) São Lourenço é lindo mesmo, sabe? Eu não não estou aqui fazendo propaganda ainda porque eu sou ( ). Não, ótimo, mas eu gostaria de saber, assim ah... Tem um parque das águas muito bonito, quer dizer, é uma cidade que tem ocupação para a gente durante oito, dez, quinze dias, que a gente queira passar as férias lá, a gente tem o que fazer, não? Em São Lourenço não se morre de tédio, não. SPEAKER 1: não diga? Mas em termos, assim, de paisagem, o que é que o senhor vê em São Lourenço, além dessa dessa área montanhosa? ### SPEAKER 2: É um parque fechado, tem um lago natural muito grande mesmo. Olha, eu não sei calcular quilometragem nem tamanho de área, mas tem bosque. Quer dizer, é é um lugar onde ao mesmo tempo existem as belezas na na naturais e ah as as belezas evide efetivamente criadas pelo homem. Então, essa união perfeita criou um parque maravilhoso sob todos os pontos de vista mesmo. em que a gente pode encontrar repouso, diversões, jogos, os mais variados. Á> Então, eh eh uh a influência é muito pessoal mesmo. Depende do espírito de cada um, certo? Então eu acho que as pessoas de trinta anos para cima gostam demais. E os que têm filho pequeno também, porque para criança pequena tem de tudo que se possa imaginar lá. Sim. Certo? Pode soltar as> SPEAKER 1: Pode soltar à vontade, não há perigo nenhum, não. Mas ah o senhor notou, por exemplo, assim, no ajardinamento. Existe assim um cuidado especial com a estação, por exemplo. Se> <é? O senhor repara nisso? SPEAKER 2: A gente repara na beleza das flores agoras, em nome, quando está florescendo... Não, o senhor não sabe, né? Não sei. ### ### SPEAKER 1: ah em São Lourenço, por exemplo, há cidades aqui que são especializadas, por exemplo, assim, pelo clima, em determinado tipo de flor, por exemplo? ( ) SPEAKER 2: ### Pelo que se observa, toda variedade de flor ( ) ah Todas me> não há nenhuma especial, ou pelo menos que desse para notar ou que tivesse chamado a atenção. Se> SPEAKER 1: ### E nesse bosque que o senhor falou, ah ah eh o bosque é natural? É natural. E E é e é constituído essencialmente de quê? De que tipo de v de vegetação? Eucaliptos. É? É si> E é agradável? SPEAKER 2: Bem agradável, mesmo que como todo eucalipto embaixo, a temperatura é amena, sossegada, é muito limpo, que a gente pode sentar lá embaixo sossegado, não tem perigo nenhum. Evidentemente, há muitos guardas e tal, é muito fiscalizado esse parque, muito fiscalizado mesmo, mas para quem vai ( ) para descansar mesmo, é muito gostoso. SPEAKER 1: E aí, ne ne nesse setor, por exemplo, de de eh eh de paisagem, o senhor disse que as pessoas pescam, mas pescam neste rio mesmo que o senhor falou? SPEAKER 2: ### Neste rio mesmo e no lago também. Ah, no lago ### ### SPEAKER 1: ### SPEAKER 2: ### Quer dizer que se pode pescar no próprio... Pode pescar no próprio lago e eles fazem questã> Pelo que se soube, há criação mesmo de tilápias, carpas, quer dizer, peixes de fácil reprodução, evidentemente, para atrair o pessoal para a pescaria. Ih SPEAKER 1: E as pessoas que moram lá e que pescam, o que que destino dão, assim, à sua conquista? SPEAKER 2: Eu não, olha, eu não vi nenhum morador de lá não pescar, não. Não não SPEAKER 1: ### SPEAKER 2: Os que vêm em temporada mesmo, é, que passam. SPEAKER 1: Que aproveitam ### ( ) O senhor não go> SPEAKER 2: Gosto. Gosto muito, mas lá não. Não deu tempo não, porque quem vai com uma criança de dois anos, vendendo saúde, (fala enquanto ri) não dá tempo de pensar em nada, nã> Está fiscalizando. Dizer que vai para para (risos) Dizer que vai para descansar não é verdade. Não dá, porque a gente tem que correr, mas a gente aproveita. SPEAKER 1: Ah, claro. Mas aí no caso, o senhor tem alguma experiência de pescaria, pelo menos anterior a ao casamento? SPEAKER 2: Tenho, tenho si> SPEAKER 1: Conte como é que ### ### O senhor morou em vá Piracicaba ### SPEAKER 2: Mas ah o que eu ah hum mais assim, que me marcou na lembrança, eu uh meus avós moraram durante muito tempo em São Vicente. Eu passei dez anos seguido as férias em São Vicente. Em julho e dezembro, julho e dezembro, a gente ia frequentemente para lá. Então a gente ia pescar com meu avô. E a experiência que eu tenho, até é curioso notar, Meu avô era um se senhor de idade, efetivamente. Então, ( ) era o que nós chamávamos a pes a pesca científica. Então, ele comprava um certo tipo de peixe que tem que servir como isca e deixava ficar um certo tempo. Ou poderia ser mesmo, ficava com cheiro horroroso, porque ele acha que atraía e tal. A gente então ia pescar com na mão mesmo, quer dizer com a linhada na mã> pegava aquelas baratinhas que dão em pedra, e no fim pescava mais do que ele, quer dizer, meu avô ficava mesmo. (risos) SPEAKER 1: (risos) Era a negação do óbvio. ### SPEAKER 2: É, não era comprovada efetivamente. Pelo menos os peixes não queriam nada com as iscas dele. SPEAKER 1: E dá para pescar assim em São Vicente? Nossa SPEAKER 2: Naquelas pedras do caminho da Ponte Peixe dá. Dá? Pelo menos no nosso tempo dava. Agora não, sempre tem ah muita poluição por lá, né? Mas o que que se pescava? Garoupas... Dava para pescar... Dá, pescar garoupa, peixes pequenos assim. Hum da> SPEAKER 1: SPEAKER 2: Agora, como é que eles fazem para pegar, não sei. Aham. Eu sei que eles pegam sempre na via Anchieta estão estão sempre à venda. Aham. SPEAKER 1: Esses são caranguejos mesmo. E e o senhor, por exemplo, tem alguma predileção por um tipo de peixe para comer, por exemplo, não? ### SPEAKER 2: Pescada. ### SPEAKER 1: ### Tem aí tem uma tradição de alimentação de peixe, afinal de contas, a gente passa férias em praia. SPEAKER 2: E quem trabalha em praia também. É, não é? Não, e SPEAKER 1: Depois não é. O senhor vai para a praia, senhor vai comer o quê? ### Não tem sentido ficar comendo carne na praia, né? Não tem... Agora, eh assim em São Lourenço, voltando para lá outra vez, o senhor vê que eu vou insistir em Minas Gerais porque eu gostei da ideia. Quando eu pego alguém que fala de Minas Gerais, eu não desgrudo tão cedo. Existe assim um parque de com com animais para a criança ver? Não, não, não existe, não. Nada disso? ### E o contato da criança com o animal? Como é que é feito? Quer dizer, ele não vê nenhum animal? SPEAKER 2: Ah, vê sim. Que tipo? Há cavalos de aluguel, há charretes puxada por bodes. Depois há um hotel, fazenda do Ramon, é um um ou dois quilômetros distante da cidade, e lá a criação está solta. Então a gente chega perto de gado mesmo. Ah, eu vou contar até uma experiência m> ### ### SPEAKER 1: não não não sabe. E ele não se interessou pela cria, assim, para saber como é que chamava, não? viu nenhum nenhuma cria de de de mão? SPEAKER 2: Não, ele viu, bezerrinho, mas a hora que soube que chamava bezerrinho ficou satisfeito. SPEAKER 1: ah boi e pronto? Pronto. E aí, em relação ao cavalo, ele viu alguma cria, não? ( ) Não, não vi> Tinha um determinado nome? SPEAKER 2: Não viu, ele viu só os pôneis, então ele falou, ah papai, cavalinho pequeno. Falei, é cavalinho pequeno, chama pônei. ### Já se contentou com a explicação, certo? SPEAKER 1: Resposta objetiva, criança se contenta quando não é, né? SPEAKER 2: Principalmente nessa idade. SPEAKER 1: Não diga. E, além disso, quer dizer, uh uh a criança vê outro tipo de animal, quer dizer, nessa fazenda, eles criam mais alguma coisa? SPEAKER 2: Patos. Aliás, eu esqueci de dizer, no parque é uma criaç grande criação de patos e marrecos mesmo. E uma das diversões das crianças no local é levar pão. e dar para os patos, então os patos chegam bem perto, pipoca e tal. Então eles têm aquele contato. ( ) Mas e evidentemente não sabe distinguir de um pato, um marreco num cisne, porque é tudo a mesma coisa, todo ( ) quase está na água e tal. SPEAKER 1: os três lá. Exi> SPEAKER 2: SPEAKER 2: É, ele tem um problema, por enquanto, de ser filho único. Então a gente já nota este problema. Não tem crianças da mesma idade, nas proximidades, que possam brincar com ele. Então, ele tem certos certos problema Tanto que o médico nos aconselhou que ah nós arrumássemos mais um. Vamos ver. SPEAKER 1: Eh eh isso é importante porque é a pessoa não só se sente ( ) o alvo da atenção geral, mas também deixa de de ter linguagem de adul> ### ### ### Com quem fala ( ) todo di> (risos) Agora, me diga uma coisa. Aí no caso ah da sua experiência de criança, havia algum animal que o agradasse mais do que o outro? O> SPEAKER 2: ### ### SPEAKER 1: E, por exemplo, não não in não in não interessava a a a a a cria do animal? ( ) Porque a criança se identifica mais, porque é pequenininha. SPEAKER 2: certo, eu gostava. C> Então, ele ingressa no pé e forma canais brancos. Por isso que é chamado geográficos. Como rios, assim, digamos, acidentes geográficos. Então, e só... eh não tem jeito mesmo. Só com quelene, gelando, gelando, gelando, até que ele morra mesmo. Depois, então, desaparece naturalmente. SPEAKER 1: ### Vai andando diariamente, né? Um pouco, não muito, lógico, a veloci é um bicho pe pequeno. Mas a veloci vai andando. SPEAKER 1: Tem profundidade, não? Não SPEAKER 2: ### Ah isso por isso que o tratamento com... quelene dá resultado, porque f ele fica quase a a flor SPEAKER 0: da pele. Ah sim. E na pele, na a pele fica igual, assim, não dá para a gente perceber? SPEAKER 2: Percebe os canais brancos. ( ) Assim, se tivesse andando... Ela fica bem... Fica, sim, bem marcado. SPEAKER 1: E geralmente é no pé? É onde a pessoa SPEAKER 2: É, geralmente no pé. Quando a pessoa pisa sem cuidado, ele ingressa na pele. Uhum. SPEAKER 1: E o senhor nunca cultivou o bicho do pé? que menino, às vezes, cultivava, né, para não deixar tirar. N> <ão, tira, etc cetera. Depoi> SPEAKER 2: ### tinha que tirar, tirava e pronto. SPEAKER 1: E quando o bicho do pé fica muito grande, como é que se chamava? Eu não lembro. Você que está com alguma coisa no pé, assim que que já era grandão e tudo. ( ) Ná isso aqui não é mais bicho. É o quê? ### Não lembro, não. Não, porque às vezes a pe ah ah Eu me lembro assim, na família, de ter gente que dizia, não, eu não tenho nada no pé. E quando ia ver, já tinha um bem forma> ### SPEAKER 1: Precisa, então, uma pequena cirurgia? Uma pequena cirurgi> SPEAKER 2: SPEAKER 2: Talvez por isso mesmo. SPEAKER 0: Fisicamente, você não vê nenhuma diferença fundamental? SPEAKER 2: Não, não. Fisicamente eu não vejo nenhuma. Praia, sempre praia. Para quem não gosta... Aham. Mas o senhor gosta de praia, não? Não agora eu não gosto muito, não. Tanto que eu vou há três anos para Mongaguá, acho que fui uma vez só na praia. É assim. Minha esposa às vezes vai, passa fim de semana, mas eu não vou, não. Aham. Procuro sempre os compromissos, não gosto mesmo. SPEAKER 1: ### SPEAKER 2: Acabou a fase de praia, agora estamos na fase de montanha. SPEAKER 1: ( ) Além de de de São Lourenço, o senhor falou que conhece São Pedro. Conheço. Qual a diferença que o senhor vê de São Pedro e São Lourenço? Infeli> ### SPEAKER 2: Bom, São Lourenço é uma cidade montanhosa, situada na quase no topo da Serra da Mantiqueira. São Lourenço, ah São Pedro fica numa baixada, no vale do rio Piracicaba, uma cidade toda plana, com poucas montanhas. As montanhas que tem são de pequeníssima altitude mesmo. Uhum. A diferença principal de paisagem é essa. SPEAKER 1: E o senhor acha mais agradável São Lourenço... Ah SPEAKER 2: bem mais agradável é São Lourenço. ( ) SPEAKER 1: ### Em qualquer época do ano assim, eh a temperatura deve ser bem amena, não? É SPEAKER 2: bem amena, cer> Se faz calor, O que acontece ali são as, como acontece nos climas de montanha, são as grandes variações de temperatura. À noite se, em geral, esfria. E de dia faz calor mesmo. Aham Bastante calor. SPEAKER 1: Mas assim em termos de vamos dizer de aproveitamento de temporada, ah e tudo o senhor o senhor recomendaria o qu> SPEAKER 2: Bom, aí é uma questão de gosto pessoal. Eu podendo, enquanto puderem, enquanto ah a pessoa não não enjoar, eu vou continuando ir para São Lourenço me> ### Prefiro São Lourenço. Eu estive em São Pedro, como falei, morava em Piracicaba e ia frequentemente a São Pedro, quer dizer passei muito tempo l> E passei minha lua de mel em Águas de São Pedro também, mas não gosto, não gostei muito muito de lá porque não não tem atrativo nenhum. Fora a piscina, o bosque, o balneário, não tem nada, nada mais para se ver. Cidade ( ) mal conservada, eh não tem atrações assim mesmo. Não tem um cinema, não tem nada. Uhum e SPEAKER 1: agora me diga uma coisa, em termos de de de vegetação, o o senhor disse que tem um jardim na sua casa, que que o senhor planta SPEAKER 2: Bom, eu tenho uma figueira. Aham. Essa é grande, já vem de tempos. Ih Normalmente eu planto eh coisas de horta. que quem cuida é minha esposa mesmo, então é cebolinha, feijão. Mas no fim, pouco vai para a frente que eu O garoto chega, acha bonito, quer ver a raiz, e arranca e pronto. ih (risos) A gente vai fazer o quê? (fala enquanto ri) SPEAKER 1: ### Pela experiência dele, ele quer ver no fim. Mas dá para ter uma horta então então seu quin> SPEAKER 2: ### SPEAKER 1: E assim, em termos de de de de de ornamentação, assim, em termos de de vegetação ornamental, você tem alguma coi> Não, não tenho nada. Nada, nada. E além da figueira? ### SPEAKER 2: Não, não, só a figueira. Ah SPEAKER 1: E ela produz bem, não? SPEAKER 2: Produz, ano passado deu bastante figos, esse ano já está brotando bem mesmo, nós estamos com perspectivas. SPEAKER 1: ### SPEAKER 2: SPEAKER 1: ### ### Não, não, não. SPEAKER 2: ### ### ### ### ### SPEAKER 1: ### Mas, ah ah assim no caso, Se o senhor tivesse que plantar, vamos dizer, o senhor tivesse uma área maior, que tipo de árvore frutífera o senhor gostaria de ter em casa? Abacate. SPEAKER 2: Ah, é? Eu gosto muito de abacate mesmo e é uma cultura relativamente fácil, certo? Hum ( ) assim abacate, laranjeira, que também não envolve grandes, grandes cuidados técnicos. Embora a laranjeira esteja aparecendo atualmente algumas pragas, mas nessas árvores, SPEAKER 1: Mas o senhor escolheria, e e no caso de uma árvore orna ornamental que desse flor, por exemplo? Ah roseira SPEAKER 2: É? SPEAKER 1: ### ### assim. O senhor não não tem não não tem roseira em casa? SPEAKER 2: Não, não tenho. Mas na ah na casa da minha mãe nós tínhamos justamen> Temos um jardim bem grande e ali nós plantamos mimo. Fizemos uma cerca viva de mimos, certo? SPEAKER 1: Por que mimo ( ) ### Porque depende muito ca qua eh eh da flor. Como é que é a flor? SPEAKER 2: Ela é cor de rosa, certo? Normalmente constituída de quatro pétalas, digamos assim, de tamanho grande. Uh uh o nome técnico, se não me engano, é pistilo no meio, certo? SPEAKER 1: Ela dá de várias cores diferentes ou só dá essa cor? SPEAKER 2: pelo que eu sei, dá de várias cores diferentes. SPEAKER 1: Porque, engraçado, esse é o tipo de flor que forma a cerca viva, não é? Isso. E cada pessoa tem um nome diferente. Então a gente precisa saber como é a flor para poder identificar depois. Porque eu, por exemplo, não daria esse nome que o senhor dá. Nã> ### Não, eu só pernóstica ( ). Bom, depois eu conto para o senhor como é que eu chamo essa flor. (risos) Todo mundo caçoa, né? Mas aí é pernosticismo mesmo. Em Minas eu acho que chama beijo. SPEAKER 2: é, minha esposa também fala beijo. (risos) Ah, é. SPEAKER 1: ### ### E essa é uma delas. SPEAKER 2: Agora... A senhora falou num ponto interessante. De lugar para lugar, há denominações diferentes. Pois é, quando o senhor falou Minas, ( ) bom eu ah logo pensei... Em São Lourenço, ah eles usam expressões, não me ocorre nenhuma agora, que em São Paulo ### SPEAKER 1: Certo, eles falam certas coisas que em São Paulo... É, e às vezes, quando por exemplo, o senhor fala o nome de uma árvore, o nome de uma flor... Se a gente não pergunta como é, depois eu não sei identificar, né? O senhor Agora, você sabe o que que é mimo, né, mas antes eu não sabia. E eu fiquei assim quase certa de que o senhor estava falando dessa mesma, que em Minas se chama beijo. SPEAKER 2: E que eu chamaria... A senhora me falou agora, me ocorreu que minha esposa viu uma ocasião e falou, ah, isso é beijo em Minas, ora ( ) é para mim mesmo. (risos) SPEAKER 1: E depois, beijo, tem outro tipo de flor também que chama beijo, uma me uma menorzinha. Mas assim, em experiência ah de fazenda, o senhor tem alguma experiência de agricultura? Não, nenhuma. Nenhuma nenhuma? SPEAKER 2: ### O senhor já colheu algodão. Já. ### SPEAKER 1: ### SPEAKER 2: Não, não. Meu avô nunca fez isso em escala comercial, só para uso uh interno, para uso dele mesmo. SPEAKER 2: SPEAKER 2: SPEAKER 2: Porque em mi em Minas ( ) tem um tipo SPEAKER 2: ( ) Bom, ah as árvores vinham cada uma de um lado assim e cercavam. ( ) ficava um lugar bonito mesmo, que era sombreado e tal. Ah, sim. SPEAKER 1: Não era em fileira? SPEAKER 2: Não, não era em fileira. Aham. Era pouca coisa mesmo, o quê? Uns duzentos tre> SPEAKER 1: E se aproveitava para fazer alguma coisa, além de se comer? ### SPEAKER 2: É de outras coisas assim, minha avó gostava muito de fazer ( ), de laranja, de laranja azeda, que eu me lembre assim, de abacaxi. ### ### Aquele sistema da antigo e tal, muito embora minha avó fosse italiana, minha avó materna, ela herdou muito Talvez por estar em contato com esses hábitos brasileiros. Então gostava de fazer muito esses doces em compotas, que são muito consumidos mesmo, os tradicionais, que hoje não se encontra mais, infelizmente. SPEAKER 1: É uma maravilha ainda, não é? Quer dizer Eu acho que eh eh eh são insubstituíveis. E assim, além da da de de desses desses doces ah vamos dizer de frutas, o senhor tem alguma experiência de doce caseiro, ah feito SPEAKER 2: tenho mais, assim que eu me lembre, mais nenhuma ( ) Eu gosto muito de doce, certo? Mas experiência assim, não tenho nenhuma. Aham e mas SPEAKER 1: Na sua experi voltando na sua experiência assim de fazenda, ah o o o terreno ali, eh eh tinha alguma modificação essencial ou ou não? SPEAKER 2: Tinha sim, porque a casa de sede da fazenda se situava num lugar muito alto, muito bonito, aliás, de onde aliás se vislumbrava toda a paisagem das proximidades e até a cidade de Itu e Salto, que eram a dezoito quilômetros mais ou m>