Inquérito SP_DID_085

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 1: : mil novecentos e setenta e dois. ( ) Bom, então, nós gostaríamos de saber, por exemplo, se o senhor tem alguma preferência para escolher o local de férias, o local físico, eu quero dizer.

SPEAKER 2: : Tenho sim. Eu gosto muito de montanhas. E explica-se. Eu trabalho em praia. Quer dizer, Durante três anos eu estou diretamente em contato com o mar, com os problemas do mar. e problemas correlatos e sei exatamente também dos problemas que se cliam que se criam nas épocas de afluxo de temporadas, digamos. ### Tenho uma preferência por um lugar chamado São Lourenço. Ah, si Gosto demais de lá mesmo. Vou também frequentemente a Águas de São Pedro. Estive lá em Lindóia quer dizer Dou preferência mesmo a montanha. Preferência, ( ) por sinal, acompanhado por minha esposa e por meu filho também.

SPEAKER 1: : Então me diga, como é São Lourenço que a gente não conhece, assim, em termos geográficos?

SPEAKER 2: : É uma cidade montanhosa. ### ### Especificamente montanhosa e e cortada por um rio chamado uh Rio Verde. Certo. ### Não, não, não é não, é azul. Mas o que se pode dizer de São Lourenço é que é a cidade do Brasil, das que eu conheço, que efetivamente mais explora o turismo. S ão Lourenço vive por uma figura, a figura do turista. ( ) Então, desde o momento que a gente chega ali, a gente é tratado mesmo a pão-de-ló. Então, eles tudo, tudo, tudo é para os turistas. Tanto que eu tenho conheço diversos moradores de lá e eles se queixam amargamente, porque para os moradores não existe nada. Então, se tem que asfaltar uma rua, vão escolher uma rua que o turista passe. Tem que fazer qualquer coisa, festa popular é para turista. Quer dizer, ( ) Então, é a cidade de exploração do turismo. mesmo de todas que eu conheço do Brasil.

SPEAKER 1: : Mas, afinal, é uma maneira inteligente de ah explorar uma cidade

SPEAKER 2: : ### Haja vista que é a cidade mais frequentada por turistas cariocas, por ser exatamente a estância hidromineral mais próxima do Rio de Janeiro.

SPEAKER 1: : Mas aí, no caso, por que a preferência a São Lourenço, além da da proximidade? Por exemplo, se o senhor prefere São Lourenço, qual o o que o leva a essa preferência?

SPEAKER 2: : Bom, primeiro lugar, A gente cria um ambiente. De tanto frequentar um lugar, a gente começa a criar um ambiente favorável. Então começa a fazer amizades, fica sempre no mesmo hotel, tem os mesmos conhecimentos, frequenta exatamente os mesmos lugares. Tem ( ) São Lourenço é lindo mesmo, sabe? Eu não não estou aqui fazendo propaganda ainda porque eu sou ( ). Não, ótimo, mas eu gostaria de saber, assim ah... Tem um parque das águas muito bonito, quer dizer, é uma cidade que tem ocupação para a gente durante oito, dez, quinze dias, que a gente queira passar as férias lá, a gente tem o que fazer, não? Em São Lourenço não se morre de tédio, não.

SPEAKER 1: : não diga? Mas em termos, assim, de paisagem, o que é que o senhor vê em São Lourenço, além dessa dessa área montanhosa? ###

SPEAKER 2: : É um parque fechado, tem um lago natural muito grande mesmo. Olha, eu não sei calcular quilometragem nem tamanho de área, mas tem bosque. Quer dizer, é é um lugar onde ao mesmo tempo existem as belezas na na naturais e ah as as belezas evide efetivamente criadas pelo homem. Então, essa união perfeita criou um parque maravilhoso sob todos os pontos de vista mesmo. em que a gente pode encontrar repouso, diversões, jogos, os mais variados. Á gua, né? A s fontes estão ali. Quem Passeios de barco, pescaria. Então, são são coisas muito variadas num num mesmo local e que agradam a todos os tipos de pessoas. Tanto as mais idosas, mais jovens, os que gostam de jogar boliche, como os que gostam de sentar num bosque e ler, né? Aham.

SPEAKER 1: : Nesse caso, a interferência do homem na paisagem, como é que foi?

SPEAKER 2: : Bom, efetivamente houve. ajardinamento, o arruamento, o lago é artifici o lago é artificial, as fontes todas estão situadas de uma forma em que, digamos, as menos... as que a água não tenha um gosto, não sejam mais médicas ou terapêuticas, melhor dizendo, estão mais próximas da entrada. Quer dizer, Então o pessoal procura aquelas mesmas, vai começar por água ferruginosa, que todo mundo sabe que é ruim, aliás, tem gosto ruim e tal. Quer dizer, então, tudo isso a gente observa mesmo que houve a necessidade de exploração do turismo mesmo.

SPEAKER 1: : E no caso assim, uh a pessoa chegando, ela sofre esse impacto da beleza do lugar? ( ) De que maneira?

SPEAKER 2: : Bom, aí é uma questão... depende de cada um, porque eu já ouvi ali pessoas dizerem... isso foi de cariocas. Eu tenho uma certa prevenção com carioca, vocês me desculpem. (risos) Mas carioca ( ), ah, mas que coisa chata, quero ir embora depois de amanhã. E ele Não sentem, eu eu, muito embora seja paulistano, eu fui criado no interior, vivi muito tempo em Rio Claro, Piracicaba, quer dizer, e adoro o interior mesmo, quer dizer, pre quero voltar para lá se Deus quiser. É por sinal como juiz de direito, há de chegar esse dia, né? Então, quer dizer, mas Então a gente gosta daquilo porque a gente está no ambiente, ambiente da gente, aquilo que a gente ouviu, aquelas conversas simples, aquelas histórias simples e tal, aquelas reuniões familiares. Mas o pessoal não, acho que tem que ser, se não tem praia, não. Não ser Então, eh eh uh a influência é muito pessoal mesmo. Depende do espírito de cada um, certo? Então eu acho que as pessoas de trinta anos para cima gostam demais. E os que têm filho pequeno também, porque para criança pequena tem de tudo que se possa imaginar lá. Sim. Certo? Pode soltar as

SPEAKER 1: : Pode soltar à vontade, não há perigo nenhum, não. Mas ah o senhor notou, por exemplo, assim, no ajardinamento. Existe assim um cuidado especial com a estação, por exemplo. Se nhor já notou diferença de... Não sei se o senhor repara nessas coisas, porque há homens que não reparam, e eu faço o teste com o meu marido, que ele não sabe o nome de flor nenhuma, né? Então é provocação sempre de como é que chama aquela flor, só para ele dizer que não sabe, então eu fico muito, não é, exaltada, porque eu vou dizer que aquilo chama isso. Às vezes nem é nada, porque eu também não sei, n é? O senhor repara nisso?

SPEAKER 2: : A gente repara na beleza das flores agoras, em nome, quando está florescendo... Não, o senhor não sabe, né? Não sei. ### ###

SPEAKER 1: : ah em São Lourenço, por exemplo, há cidades aqui que são especializadas, por exemplo, assim, pelo clima, em determinado tipo de flor, por exemplo? ( )

SPEAKER 2: : ### Pelo que se observa, toda variedade de flor ( ) ah Todas me não há nenhuma especial, ou pelo menos que desse para notar ou que tivesse chamado a atenção. Se

SPEAKER 1: : ### E nesse bosque que o senhor falou, ah ah eh o bosque é natural? É natural. E E é e é constituído essencialmente de quê? De que tipo de v de vegetação? Eucaliptos. É? É si E é agradável?

SPEAKER 2: : Bem agradável, mesmo que como todo eucalipto embaixo, a temperatura é amena, sossegada, é muito limpo, que a gente pode sentar lá embaixo sossegado, não tem perigo nenhum. Evidentemente, há muitos guardas e tal, é muito fiscalizado esse parque, muito fiscalizado mesmo, mas para quem vai ( ) para descansar mesmo, é muito gostoso.

SPEAKER 1: : E aí, ne ne nesse setor, por exemplo, de de eh eh de paisagem, o senhor disse que as pessoas pescam, mas pescam neste rio mesmo que o senhor falou?

SPEAKER 2: : ### Neste rio mesmo e no lago também. Ah, no lago ### ###

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : ### Quer dizer que se pode pescar no próprio... Pode pescar no próprio lago e eles fazem questã Pelo que se soube, há criação mesmo de tilápias, carpas, quer dizer, peixes de fácil reprodução, evidentemente, para atrair o pessoal para a pescaria. Ih

SPEAKER 1: : E as pessoas que moram lá e que pescam, o que que destino dão, assim, à sua conquista?

SPEAKER 2: : Eu não, olha, eu não vi nenhum morador de lá não pescar, não. Não não

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : Os que vêm em temporada mesmo, é, que passam.

SPEAKER 1: : Que aproveitam ### ( ) O senhor não go

SPEAKER 2: : Gosto. Gosto muito, mas lá não. Não deu tempo não, porque quem vai com uma criança de dois anos, vendendo saúde, (fala enquanto ri) não dá tempo de pensar em nada, nã Está fiscalizando. Dizer que vai para para (risos) Dizer que vai para descansar não é verdade. Não dá, porque a gente tem que correr, mas a gente aproveita.

SPEAKER 1: : Ah, claro. Mas aí no caso, o senhor tem alguma experiência de pescaria, pelo menos anterior a ao casamento?

SPEAKER 2: : Tenho, tenho si

SPEAKER 1: : Conte como é que ### ### O senhor morou em vá Piracicaba ###

SPEAKER 2: : Mas ah o que eu ah hum mais assim, que me marcou na lembrança, eu uh meus avós moraram durante muito tempo em São Vicente. Eu passei dez anos seguido as férias em São Vicente. Em julho e dezembro, julho e dezembro, a gente ia frequentemente para lá. Então a gente ia pescar com meu avô. E a experiência que eu tenho, até é curioso notar, Meu avô era um se senhor de idade, efetivamente. Então, ( ) era o que nós chamávamos a pes a pesca científica. Então, ele comprava um certo tipo de peixe que tem que servir como isca e deixava ficar um certo tempo. Ou poderia ser mesmo, ficava com cheiro horroroso, porque ele acha que atraía e tal. A gente então ia pescar com na mão mesmo, quer dizer com a linhada na mã pegava aquelas baratinhas que dão em pedra, e no fim pescava mais do que ele, quer dizer, meu avô ficava mesmo. (risos)

SPEAKER 1: : (risos) Era a negação do óbvio. ###

SPEAKER 2: : É, não era comprovada efetivamente. Pelo menos os peixes não queriam nada com as iscas dele.

SPEAKER 1: : E dá para pescar assim em São Vicente? Nossa

SPEAKER 2: : Naquelas pedras do caminho da Ponte Peixe dá. Dá? Pelo menos no nosso tempo dava. Agora não, sempre tem ah muita poluição por lá, né? Mas o que que se pescava? Garoupas... Dava para pescar... Dá, pescar garoupa, peixes pequenos assim. Hum da

SPEAKER 1: : va... Mas mesmo com linha, assim, mas outra ou outra experiência de pesca além do com de linha assim, o senhor não não não fez?

SPEAKER 2: : Não, não, de vara de vara de pescar que eu lembro. Não, não, eu ia às vezes no rio Tietê ou no rio Piracicaba, mas eram experiências esporádicas assim, não era frequente, frequentemente, não dava muito tempo.

SPEAKER 1: : O senhor não tem, assim, a famosa história de pescador para contar, não? Não, não, não tenho. (risos) (risos) que todo pescador tem uma façanha ###

SPEAKER 2: : ### Nunca cheguei a esse ponto

SPEAKER 1: : Não, porque o senhor está falando modestamente. ###

SPEAKER 2: : Eu sei, mas é um de um ou dois quilos, quer dizer, não é desses assim. Nunca chegamos a pescar peixe grande.

SPEAKER 1: : E ah e pescar coisa assim, que menino gosta muito, o senhor disse que passava férias, pescar outro tipo que não seja peixe, de ani animal do mar, assim? Siri. ###

SPEAKER 2: : É, a gente lev leva a isca, uma carne quer dizer fresca, e joga no meio das pedras e o siri pega mesmo e a gente traz passa uma rede chamada samburá por baixo e pega. Eu não gosto de siri não, mas há quem goste, né? ( ) que é uma carne saborosa mesmo. Casquinha de siri

SPEAKER 1: : É tão bom ih ih dá ih E desse caso dá para pegar muito com a mesma isca, não? Dá sim. ( ) Mas como é que desgruda o siri dali?

SPEAKER 2: : Bom, a gente passa a rede por baixo, sacode um pouco, ele desgruda, né?

SPEAKER 1: : Ah, porque eu pensei que ele eh ele se defendesse assim... Não, não, tem que tomar muito cuidado, é lógico.

SPEAKER 2: : Tomando esses cuidados principalmente com a rede, com o samburá

SPEAKER 1: : Não há perigo nenhum... Porque o baiano distingue muito, né, essas espécies. O siri, para o senhor, é grande ou pequeno?

SPEAKER 2: : Ah siri é pequeno e tem a casca azulada. Uhum. ( ) eh O camarão é maior. Mas camarão não... Aliás, hum desculpe, caranguejo, retifico. Sim sim O caranguejo é maior, mas não dá, pelo menos no litoral de Santos não dá caranguejo, caranguejo mesmo. Isso que eles vendem na via Anchieta, esse preto, esse é caranguejo. ### Às vezes a carne não é tão boa como a do siri. Uhum. Inclusive casquinha que eles fazem é de siri mesmo. Uhum. Eu

SPEAKER 1: : E o caranguejo dá aonde? uh eh Esse que se que se vê em Santos. Quer dizer, não é como o senhor diz, não é não se pescaria no meio das pedras esse caranguejo? Não, não, não. E

SPEAKER 2: : sses são maiores. Eu não sei especificamente dizer aonde dá. Eu Talvez em regiões lodosas, mas eu não sei direito, não. Porque parece, eu não afirmo, que eles cavam buracos no no lodo e vivem debaixo do lo Agora, como é que eles fazem para pegar, não sei. Aham. Eu sei que eles pegam sempre na via Anchieta estão estão sempre à venda. Aham.

SPEAKER 1: : Esses são caranguejos mesmo. E e o senhor, por exemplo, tem alguma predileção por um tipo de peixe para comer, por exemplo, não? ###

SPEAKER 2: : Pescada. ###

SPEAKER 1: : ### Tem aí tem uma tradição de alimentação de peixe, afinal de contas, a gente passa férias em praia.

SPEAKER 2: : E quem trabalha em praia também. É, não é? Não, e

SPEAKER 1: : Depois não é. O senhor vai para a praia, senhor vai comer o quê? ### Não tem sentido ficar comendo carne na praia, né? Não tem... Agora, eh assim em São Lourenço, voltando para lá outra vez, o senhor vê que eu vou insistir em Minas Gerais porque eu gostei da ideia. Quando eu pego alguém que fala de Minas Gerais, eu não desgrudo tão cedo. Existe assim um parque de com com animais para a criança ver? Não, não, não existe, não. Nada disso? ### E o contato da criança com o animal? Como é que é feito? Quer dizer, ele não vê nenhum animal?

SPEAKER 2: : Ah, vê sim. Que tipo? Há cavalos de aluguel, há charretes puxada por bodes. Depois há um hotel, fazenda do Ramon, é um um ou dois quilômetros distante da cidade, e lá a criação está solta. Então a gente chega perto de gado mesmo. Ah, eu vou contar até uma experiência m eu filho não sabia distinguir uma um boi de um cavalo. Tanto que quando ele viu um cavalo, ele falou, oh papai, olha o boi. Então, levei perto, mostrei o que é um o que é outro, quer dizer para ele memorizar bem. E penso que o problema dele, apesar de ele ter só dois anos, seja problema de grande número de pessoas da cidade mesmo. Cla ### ###

SPEAKER 1: : não não não sabe. E ele não se interessou pela cria, assim, para saber como é que chamava, não? viu nenhum nenhuma cria de de de mão?

SPEAKER 2: : Não, ele viu, bezerrinho, mas a hora que soube que chamava bezerrinho ficou satisfeito.

SPEAKER 1: : ah boi e pronto? Pronto. E aí, em relação ao cavalo, ele viu alguma cria, não? ( ) Não, não vi Tinha um determinado nome?

SPEAKER 2: : Não viu, ele viu só os pôneis, então ele falou, ah papai, cavalinho pequeno. Falei, é cavalinho pequeno, chama pônei. ### Já se contentou com a explicação, certo?

SPEAKER 1: : Resposta objetiva, criança se contenta quando não é, né?

SPEAKER 2: : Principalmente nessa idade.

SPEAKER 1: : Não diga. E, além disso, quer dizer, uh uh a criança vê outro tipo de animal, quer dizer, nessa fazenda, eles criam mais alguma coisa?

SPEAKER 2: : Patos. Aliás, eu esqueci de dizer, no parque é uma criaç grande criação de patos e marrecos mesmo. E uma das diversões das crianças no local é levar pão. e dar para os patos, então os patos chegam bem perto, pipoca e tal. Então eles têm aquele contato. ( ) Mas e evidentemente não sabe distinguir de um pato, um marreco num cisne, porque é tudo a mesma coisa, todo ( ) quase está na água e tal.

SPEAKER 1: : os três lá. Exi

SPEAKER 2: : ste os três mesmo. Aham. Certo? ( ) ás, eh no parque também existe uma ilha, afinal tem o sugestivo nome de Ilha dos Amores, em que há criações, há diversas espécies de pássaro mesmo, em estado de semiliberdade. Ah ( ) Então há tucanos, colibris e uma série de outros pássaros assim, araras, em estado quase natural mesmo, muito bonito.

SPEAKER 1: : Mas e como é que o se o senhor disse que ih é assim, ah ah em semiliberdade, como é que se mantém a coisa?

SPEAKER 2: : Bom, eles ficam lá dentro, quer dizer, os animais que têm mais perigo de voar, digamos assim, vivem num num cercado, mas é um cercado amplo mesmo, muito grande, com telas, inclusive cercado por cima. Então a gente entra ali, praticamente entra no dentro do viveiro. Ah É uma beleza mesmo.

SPEAKER 1: : E o reação do seu filho quando viu pela primeira vez?

SPEAKER 2: : Ele ficou assustado. Efetivamente ficou assustado. epois ele gostou mais da arara. (risos) O que mais chamou a atenção foi a Arara.

SPEAKER 1: : Mas ah ele ele explicou por quê? ou foi pela beleza? ou ou

SPEAKER 2: : Eu acho que foi pelo fato dela falar, né, arara arara o tempo todo. Então ele achou interessante ver um pássaro falando, digamos assim, uh s emitindo um som diferente dos outros.

SPEAKER 1: : isso é interessante, ( ) quem sabe se eh o problema é realmente comunicação. ### É engraçado saber, eh eh eh eh nessa faixa de idade do seu filho, assim, as observações, as reações da criança são importantíssimas diante dos conhecimentos novos, né? ( )

SPEAKER 2: : É, e e eu procuro mesmo observar, guardar muito, quer dizer, notar todas as reações dele diante dos fatos mais diversos. Eu não sei se... Devo contar isso. Mas, numa ocasião, na televisão, eu não gosto muito de que ele assista certos programas. Mas, às vezes, numa novela, por acaso, a gente não pode impedir tudo. Apareceu um revólver, mas ele ficou assustado. Nunca pensei que meu filho tivesse tanto medo de revólver. E ainda hoje ele tem. Que ótimo, ( ) Eu evito. Inclusive certos filmes e tal. Que ótimo. Isso é muito Foi uma reação que eu achei estranha mesmo. Hum Na prática, ele nunca tinha visto um revólver na vida. Ele não gosta de briga também. Quando aparece briga, ele não ti não gosta de assistir.

SPEAKER 1: : Ai, seu ( ) encontrou um pacifista. ###

SPEAKER 2: : mas pacifista sobre certos aspectos. Porque, por exemplo, de todos os brinquedos dele, não nenhum dos carros, dos inúmeros que ele tem, ele não nenhum mais tem roda. A primeira coisa que ele faz quando ele acha um carro é tirar a roda. E outra coisa, é louco para brincar com água. Tanto que nós tivemos que construir uma pequena piscininha no fundo do quintal, Então ele adora, quer dizer, brincar, eh (risos) botar os brinquedos na água, cheio de carrinho. Então é que eu tenho a impressão que por isso que ele tira a roda, porque fica mais parecido com lancha. (risos)

SPEAKER 1: : ótimo isso, né? pelo menos carrega uma ( ) vidade mais positiva, né? É, ce

SPEAKER 2: : É, ele tem um problema, por enquanto, de ser filho único. Então a gente já nota este problema. Não tem crianças da mesma idade, nas proximidades, que possam brincar com ele. Então, ele tem certos certos problema Tanto que o médico nos aconselhou que ah nós arrumássemos mais um. Vamos ver.

SPEAKER 1: : Eh eh isso é importante porque é a pessoa não só se sente ( ) o alvo da atenção geral, mas também deixa de de ter linguagem de adul ### ### ### Com quem fala ( ) todo di (risos) Agora, me diga uma coisa. Aí no caso ah da sua experiência de criança, havia algum animal que o agradasse mais do que o outro? O

SPEAKER 2: : lha, eu quando criança, hum criança mesmo, eu fui uma das crianças mais medrosas do mundo, quer dizer, eu tinha medo, pelo que os meus pais me contam, eu tinha medo de galinha. Meu avô nessa ocasião tinha sítio, em Itu, mas eu tinha medo de galinha, tinha medo de pato, tinha medo de cavalo. Tinha medo de cachorro. Interessante. Não tenho vergonha de dizer não. Eu ainda ho ah eu nunca fui mordido por cachorro, mas hoje eu até tenho medo de cachorro. E sinceramente, podendo atravessar a rua para não cruzar com cachorro, eu evito mesmo. Que bom encontrar

SPEAKER 1: : ### Tenho mesmo, sabe? Mas ( ) ###

SPEAKER 2: : ### ### Sempre nunca, nunca mesmo. de sempre viver em fazenda, em interior, nunca tive. Problema nenhum com animal que pudesse ter marcado, mesmo ou que pudesse me traumatizar, digamos a ### ###

SPEAKER 1: : E, por exemplo, não não in não in não interessava a a a a a cria do animal? ( ) Porque a criança se identifica mais, porque é pequenininha.

SPEAKER 2: : certo, eu gostava. C erto, gostava dos pintainhos e tal, brincava. Que era Ah a fazenda era mais de criação de galinhas mesmo, então gostava, tinha procurava ter cuidados especiais. Certo, ah efetivamente foi isso. Aham Cachorrinhos também. Cachorrinho pequeno eu não tinha medo, mas depois de um certo tamanho.

SPEAKER 1: : E e além disso, com outro tipo de animal, assim, mais chegado à casa, por exemplo?

SPEAKER 2: : Não lembro de ter tido nenhuma identificação.

SPEAKER 1: : E nenhuma implicância, por exemplo, com determinado tipo de animal?

SPEAKER 2: : Não, nunca tive, não. A não ser cachorro, efetivamente. É.

SPEAKER 1: : Mas assim, o o o o inimigo do cachorro, pelo menos hã das historinhas, o senhor não tem nenhuma experiência assim negativa de Do gato?

SPEAKER 2: : É. Não, eu nunca gostei muito de gato também, não mas é um um bicho diferente.

SPEAKER 1: : Não faz bem, não faz mal e pronto. Uhum. Agora, no caso, assim, por exemplo, não sei uh uh como é que o senhor resolve, ah senhor ( ) no lugar onde o senhor mora, tem muito inseto ou não?

SPEAKER 2: : Tem sim. ( ) Não muito não, mas tem. Chega De vez em quando aparece algum inseto caseiro. Que tipo? Mo scas, por exemplo. Parados. É pouco, porque recentemente nós fizemos eh dedetização, mas antes aparecia, sim.

SPEAKER 1: : Uhum, e o o senhor resolveu assim, com dedetização?

SPEAKER 2: : Resolvi com dedetização a gente mata. Bem, Eu não tenho medo de inseto nenhum. (fala enquanto ri) (risos) Não, porque às vezes chateiam, né? É

SPEAKER 1: : ### ### Tenho nos fundos. com com bichos assim. ### Não tem nada no no jardim que cause, ah por exemplo, preocupação em relação à criança? Não, não

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 1: : Não. É muito limpo e tal. Nada que possa picar e tudo? ###

SPEAKER 2: : Pelo menos que te eu tenha visto até agora, não.

SPEAKER 1: : Não. E ah ah assim o problema, não sei se o senhor senhor já teve isso, mas às vezes quando começa a crescer uma árvore, et cetera, de repente a gente vê que as folhas começam a ficar atacadinhas por algum al algum bichinho que, pelo menos para mim, causava repugnância, porque tem pelos assim e tal. O senhor não tem essa experiência?

SPEAKER 2: : Não, não tenho essa experiência. A experiência que eu tive nesse sentido, que me lembro, foi no sítio do meu avô, que ele tinha um algodoal, e estava bonito, quase em fase de colheita mesmo, e apareceram uns insetos, eh eu não sei direito o nome, ( ) algo como rosadi, aliás, chama rosadinha mesmo. É um que ataca as folhas e prejudicaria a colheita. Então, nessa ocasião, meu avô chamou todo mundo válido e desválido da fazenda, né? Então, nós fomos ah ajudar a colheita e pegamos com a mão mesmo esse inseto, não, que é o único jeito de tirar. Da forma que eles se alojam, passar inseticida poderia prejudicar a rama do algodão. Então, nós pegamos com a mão mesmo, de uma certa forma que não havia perigo. Aliás ( ) O inseto não não faz mal nenhum ao homem. Ah, sim. Não, não. É nocivo só à planta.

SPEAKER 1: : ( ) Estou pensando num que quando passa na pele a pele fica toda assim, ah avermelhada. Hum eh Um tipo de lagarta, né? É É, mas o se o senhor chamaria lagarta, na infância a gente chama outro nome, não chama? ( )

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 1: : ( ) Porque às vezes ah não sobe nessa árvore, porque nessa árvore tem essa coisa. ( )

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : Não, não lembro, não. Nós subimos muito em árvores. Devemos ter recebido essa advertência, mas eu não lembro, não. Nós tínhamos eh meu avô só mandava tomar muito cuidado era com abelha, porque ele tinha algumas colmeias, então não chegar perto das colmeias, que ah as abelhas atacariam mesmo. ###

SPEAKER 1: : E nunca atacou mesmo

SPEAKER 2: : não? Não, nunca atacou. Uma ferroada ou outra, eh de vespa de vez em quando a gente levava. Lógico, mas isso é coisa de quem vive em sítio, né?

SPEAKER 1: : E assim, ah de andar descalço em em sítio? O senhor nun ( )

SPEAKER 2: : Ah, eu peguei bicho de pé. É? Cheguei a pegar berne também, carrapato. Ah Naquele tempo não, dez, vinte anos atrás, digamos, não tinha os recursos que há hoje, certo? dê dê tê estava começando naquela época. Então, né, a gente pegava mesmo. E os métodos de cura, que eu me lembro, alguns eram até primários mesmo, por exemplo, botar fumo na sola do pé para atrair o bich o, quer dizer, evidentemente, depois tinha que ir para a cida para a farmácia. e tal, e a senhora falou, eu me lembro também, de praia teve uma outra experiência, de geográfico. Eu peguei o geográfico, uma ocasião, no pé. É um bicho que entra no no pé, quer dizer ele eh se cria nas fezes de cachorro, por isso que é a proibição de cachorro ir na prai Então, ele ingressa no pé e forma canais brancos. Por isso que é chamado geográficos. Como rios, assim, digamos, acidentes geográficos. Então, e só... eh não tem jeito mesmo. Só com quelene, gelando, gelando, gelando, até que ele morra mesmo. Depois, então, desaparece naturalmente.

SPEAKER 1: : ### bia que era proibido o cão, mas eu pensei que fosse por algum... ele en entrando na água, tivesse algum problema de transmissão. ( )

SPEAKER 2: : doença de pele é sarna por exemplo? Não, não. ###

SPEAKER 1: : ### engraçado, Eu não sabia que ( ) andando descalço na praia... E como é que se percebe que tem coisa?

SPEAKER 2: : Coça.

SPEAKER 1: : Ah, é?

SPEAKER 2: : Coça, muito mesmo.

SPEAKER 1: : E e logo, logo forma o canal?

SPEAKER 2: : Logo forma. Ele vai anda Vai andando diariamente, né? Um pouco, não muito, lógico, a veloci é um bicho pe pequeno. Mas a veloci vai andando.

SPEAKER 1: : Tem profundidade, não? Não

SPEAKER 2: : ### Ah isso por isso que o tratamento com... quelene dá resultado, porque f ele fica quase a a flor

SPEAKER 0: : da pele. Ah sim. E na pele, na a pele fica igual, assim, não dá para a gente perceber?

SPEAKER 2: : Percebe os canais brancos. ( ) Assim, se tivesse andando... Ela fica bem... Fica, sim, bem marcado.

SPEAKER 1: : E geralmente é no pé? É onde a pessoa

SPEAKER 2: : É, geralmente no pé. Quando a pessoa pisa sem cuidado, ele ingressa na pele. Uhum.

SPEAKER 1: : E o senhor nunca cultivou o bicho do pé? que menino, às vezes, cultivava, né, para não deixar tirar. N ão, tira, etc cetera. Depoi

SPEAKER 2: : ### tinha que tirar, tirava e pronto.

SPEAKER 1: : E quando o bicho do pé fica muito grande, como é que se chamava? Eu não lembro. Você que está com alguma coisa no pé, assim que que já era grandão e tudo. ( ) Ná isso aqui não é mais bicho. É o quê? ### Não lembro, não. Não, porque às vezes a pe ah ah Eu me lembro assim, na família, de ter gente que dizia, não, eu não tenho nada no pé. E quando ia ver, já tinha um bem forma do lá. E como é que se pega berne?

SPEAKER 2: : É uma mosca, né, que pousa no boi e pousa na gente e transmite, e deposita ovos. Aham. Na cabeça. Normalmente na cabeça. É. Ih Esse é muito perigoso mesmo.

SPEAKER 1: : Mas por quê? Eh eh penetra no Penetra, sim.

SPEAKER 0: : Ah, é, é? É

SPEAKER 1: : ### E com com rapidez não?

SPEAKER 2: : Com rapidez.

SPEAKER 1: : Como é que a pessoa percebe que está... que que tem alguma... Porque enche.

SPEAKER 0: : Cabeça enche e começa a doer, né? Aham.

SPEAKER 2: : ### ( ) eu tive que fazer abrir e tirar o bi ###

SPEAKER 1: : Precisa, então, uma pequena cirurgia? Uma pequena cirurgi a, sim. Não diga? Eu nunca pensei assim que deve em relação à pessoa, mas ao animal só. Eh uh uh eh os an

SPEAKER 2: : imais não há necessidade de cirurgia porque é tratado com inseticida. Uhum. Diz que o animal pode suportar certas doses de inseticida que o homem não pode por exemplo na cabeça. Claro. Então, para o homem, há necessidade disso.

SPEAKER 1: : ( ) eh na sua experiência de praia, qual é a praia que o senhor a cha mais bonita, por exemplo? O senhor recomendaria para a gente visitar? Do li

SPEAKER 2: : toral paulista?

SPEAKER 1: : De qualquer outro. Qu e o senhor acha assim de experiência de praia?

SPEAKER 2: : Eu não posso, eu sou suspeito, porque evidentemente eu sou obrigado a recomendar Mongaguá, porque é a cidade que eu trabalho, né? Ah, mas o Mas é a praia que eu conheço mais bonita. Não não Agora, francamente falando, é a praia de Itararé. É? De Eu conheço as praias do Rio, de Paranaguá, e de todo o litoral paulista, ( ) o litoral sul. E a que eu recomendo mesmo a mais bonita a praia de Itararé. Por que que o senhor acha? Mas ah

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : ### frequência, o ambiente, o mar ali é calmo, cer Talvez por isso mesmo.

SPEAKER 0: : Fisicamente, você não vê nenhuma diferença fundamental?

SPEAKER 2: : Não, não. Fisicamente eu não vejo nenhuma. Praia, sempre praia. Para quem não gosta... Aham. Mas o senhor gosta de praia, não? Não agora eu não gosto muito, não. Tanto que eu vou há três anos para Mongaguá, acho que fui uma vez só na praia. É assim. Minha esposa às vezes vai, passa fim de semana, mas eu não vou, não. Aham. Procuro sempre os compromissos, não gosto mesmo.

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : Acabou a fase de praia, agora estamos na fase de montanha.

SPEAKER 1: : ( ) Além de de de São Lourenço, o senhor falou que conhece São Pedro. Conheço. Qual a diferença que o senhor vê de São Pedro e São Lourenço?

Inf :eli ###

SPEAKER 2: : Bom, São Lourenço é uma cidade montanhosa, situada na quase no topo da Serra da Mantiqueira. São Lourenço, ah São Pedro fica numa baixada, no vale do rio Piracicaba, uma cidade toda plana, com poucas montanhas. As montanhas que tem são de pequeníssima altitude mesmo. Uhum. A diferença principal de paisagem é essa.

SPEAKER 1: : E o senhor acha mais agradável São Lourenço... Ah

SPEAKER 2: : bem mais agradável é São Lourenço. ( )

SPEAKER 1: : ### Em qualquer época do ano assim, eh a temperatura deve ser bem amena, não? É

SPEAKER 2: : bem amena, cer Se faz calor, O que acontece ali são as, como acontece nos climas de montanha, são as grandes variações de temperatura. À noite se, em geral, esfria. E de dia faz calor mesmo. Aham Bastante calor.

SPEAKER 1: : Mas assim em termos de vamos dizer de aproveitamento de temporada, ah e tudo o senhor o senhor recomendaria o qu

SPEAKER 2: : Bom, aí é uma questão de gosto pessoal. Eu podendo, enquanto puderem, enquanto ah a pessoa não não enjoar, eu vou continuando ir para São Lourenço me ### Prefiro São Lourenço. Eu estive em São Pedro, como falei, morava em Piracicaba e ia frequentemente a São Pedro, quer dizer passei muito tempo l E passei minha lua de mel em Águas de São Pedro também, mas não gosto, não gostei muito muito de lá porque não não tem atrativo nenhum. Fora a piscina, o bosque, o balneário, não tem nada, nada mais para se ver. Cidade ( ) mal conservada, eh não tem atrações assim mesmo. Não tem um cinema, não tem nada. Uhum e

SPEAKER 1: : agora me diga uma coisa, em termos de de de vegetação, o o senhor disse que tem um jardim na sua casa, que que o senhor planta

SPEAKER 2: : Bom, eu tenho uma figueira. Aham. Essa é grande, já vem de tempos. Ih Normalmente eu planto eh coisas de horta. que quem cuida é minha esposa mesmo, então é cebolinha, feijão. Mas no fim, pouco vai para a frente que eu O garoto chega, acha bonito, quer ver a raiz, e arranca e pronto. ih (risos) A gente vai fazer o quê? (fala enquanto ri)

SPEAKER 1: : ### Pela experiência dele, ele quer ver no fim. Mas dá para ter uma horta então então seu quin

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : E assim, em termos de de de de de ornamentação, assim, em termos de de vegetação ornamental, você tem alguma coi Não, não tenho nada. Nada, nada. E além da figueira? ###

SPEAKER 2: : Não, não, só a figueira. Ah

SPEAKER 1: : E ela produz bem, não?

SPEAKER 2: : Produz, ano passado deu bastante figos, esse ano já está brotando bem mesmo, nós estamos com perspectivas.

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : uido, cuido, sim. (risos) Como é que o Adubo. Ah é? É. Ah Quando há necessidade, a gente passa cal no tronco, corta certos galhos que estão vão restar improdutivos. ### Eu não sei bem por que, mas acho que é para não subir um inseto.

SPEAKER 1: : O senhor sabe o que tipo de inseto que que que se impede?

SPEAKER 2: : Não sei. (risos) Nós estamos falando muito de de agricultura eu não entendo muito bem di

SPEAKER 1: : ### ### Não, não, não.

SPEAKER 2: : ### ### ### ### ###

SPEAKER 1: : ### Mas, ah ah assim no caso, Se o senhor tivesse que plantar, vamos dizer, o senhor tivesse uma área maior, que tipo de árvore frutífera o senhor gostaria de ter em casa? Abacate.

SPEAKER 2: : Ah, é? Eu gosto muito de abacate mesmo e é uma cultura relativamente fácil, certo? Hum ( ) assim abacate, laranjeira, que também não envolve grandes, grandes cuidados técnicos. Embora a laranjeira esteja aparecendo atualmente algumas pragas, mas nessas árvores,

SPEAKER 1: : Mas o senhor escolheria, e e no caso de uma árvore orna ornamental que desse flor, por exemplo? Ah roseira

SPEAKER 2: : É?

SPEAKER 1: : ### ### assim. O senhor não não tem não não tem roseira em casa?

SPEAKER 2: : Não, não tenho. Mas na ah na casa da minha mãe nós tínhamos justamen Temos um jardim bem grande e ali nós plantamos mimo. Fizemos uma cerca viva de mimos, certo?

SPEAKER 1: : Por que mimo ( ) ### Porque depende muito ca qua eh eh da flor. Como é que é a flor?

SPEAKER 2: : Ela é cor de rosa, certo? Normalmente constituída de quatro pétalas, digamos assim, de tamanho grande. Uh uh o nome técnico, se não me engano, é pistilo no meio, certo?

SPEAKER 1: : Ela dá de várias cores diferentes ou só dá essa cor?

SPEAKER 2: : pelo que eu sei, dá de várias cores diferentes.

SPEAKER 1: : Porque, engraçado, esse é o tipo de flor que forma a cerca viva, não é? Isso. E cada pessoa tem um nome diferente. Então a gente precisa saber como é a flor para poder identificar depois. Porque eu, por exemplo, não daria esse nome que o senhor dá. Nã ### Não, eu só pernóstica ( ). Bom, depois eu conto para o senhor como é que eu chamo essa flor. (risos) Todo mundo caçoa, né? Mas aí é pernosticismo mesmo. Em Minas eu acho que chama beijo.

SPEAKER 2: : é, minha esposa também fala beijo. (risos) Ah, é.

SPEAKER 1: : ### ### E essa é uma delas.

SPEAKER 2: : Agora... A senhora falou num ponto interessante. De lugar para lugar, há denominações diferentes. Pois é, quando o senhor falou Minas, ( ) bom eu ah logo pensei... Em São Lourenço, ah eles usam expressões, não me ocorre nenhuma agora, que em São Paulo ###

SPEAKER 1: : Certo, eles falam certas coisas que em São Paulo... É, e às vezes, quando por exemplo, o senhor fala o nome de uma árvore, o nome de uma flor... Se a gente não pergunta como é, depois eu não sei identificar, né? O senhor Agora, você sabe o que que é mimo, né, mas antes eu não sabia. E eu fiquei assim quase certa de que o senhor estava falando dessa mesma, que em Minas se chama beijo.

SPEAKER 2: : E que eu chamaria... A senhora me falou agora, me ocorreu que minha esposa viu uma ocasião e falou, ah, isso é beijo em Minas, ora ( ) é para mim mesmo. (risos)

SPEAKER 1: : E depois, beijo, tem outro tipo de flor também que chama beijo, uma me uma menorzinha. Mas assim, em experiência ah de fazenda, o senhor tem alguma experiência de agricultura? Não, nenhuma. Nenhuma nenhuma?

SPEAKER 2: : ### O senhor já colheu algodão. Já. ###

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : Não, não. Meu avô nunca fez isso em escala comercial, só para uso uh interno, para uso dele mesmo. ava nada para o para o consumo mesmo da família? Sim, feijão, que mais? Soja

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : ### É, foi um dos primeiros em Itu que começaram a plantar soja. Rami. Não diga? Essa fibra vegetal também.

SPEAKER 1: : Mas aí era para a industrialização, no caso? C

SPEAKER 2: : erto, mas não em grande, grande escala. ### numa fábrica perto, e levava a produção dele, mas com amigos, vizinhos, com pais, com o pessoal do interior, então era só para isso mesmo ( ) para distração.

SPEAKER 1: : E o feijão? O senhor o senhor viu todo assim, vamos dizer, ah todo o tratamento dado ao feijão?

SPEAKER 2: : Não, não vi, não. ( )

SPEAKER 1: : on onde é que se põe o feijão depois que colhe? Tem um lugar especial? T

SPEAKER 2: : em mas eu não me lembro, não.

SPEAKER 1: : Ele tem que secar, não? Uh uh Ou já se colhe e já pode ensacar?

SPEAKER 2: : Depois que as vagens estiverem secas, eu acho que já pode ensacar, sim. Ih ih

SPEAKER 1: : E nenhuma experiência, assim, com com outra outro tipo de de de de plantação, além de feijão? O que se come todo dia junto com o feijão?

SPEAKER 2: : Arroz.

SPEAKER 1: : Ele não plantava lá?

SPEAKER 2: : Não, não. a rroz não dava ali, não Não havia local em várzea. Muito embora houvesse uma grande margem do Rio Tietê, Mas não havia possibilidade, a irrigação iria ficar muito cara. E para o consumo dele seria antieconômico, era mais fácil comprar na cidade mesmo. Aliás, ali não é região ( ) de produção de arroz. Uhum. É.

SPEAKER 1: : Por isso que eu perguntei se ele tinha tido alguma experiência, porque às vezes a pessoa tenta modificar a natureza do solo.

SPEAKER 2: : ### Nesse aspecto não tentou mesmo.

SPEAKER 1: : E o que dava mais assim em relação nessa região em relação à experiência do seu avô, assim em termos de produtividade?

SPEAKER 2: : Algodão, milho, feijão e frutas no geral. Uhum. Abacaxi, muito abacaxi mesmo. Meu avô chegou a plantar muito abacaxi. Foi nesse tempo que a fábrica Cica se instalou em Jundiaí, então levava toda a produção de abacaxi da região.

SPEAKER 1: : ( ) E absorvia?

SPEAKER 2: : Absorvia mesmo, não não havia problema. ( )

SPEAKER 1: : ( ) E o solo é bom? No abaca não há muita diferença, quer dizer, não se exige um tipo especial de solo? ### Que tipo de solo que é, o senhor sabe?

SPEAKER 2: : Não sei não, mas se não me engano é argiloso, mas eu não esse eu não

SPEAKER 1: : Não, porque eu tenho a impressão que... ah eh eh Porque, o senhor vê, Nordeste tem boa produção de ( ) E eu fico pensando... Minas tem boa produção. Então, eu fico pensando se... ah deve ser, lógico, o terreno propício, mas eu também não sabia que tipo de terreno que é. É. Se não me engano, é argiloso Aham. E aí, para o algodão, por exemplo, tem necessidade de se botar alguma coisa no terreno? Ah Tem, sim. O que que se põ

SPEAKER 2: : foro, é pê agá ( ) fósforo, hidrogênio, é um composto de fósforo, hidrogênio. ### Mas isso é muito... eh essa maté eh matéria muito técnica.

SPEAKER 1: : Sei, mas mas qual a intenção, por exemplo, do agricultor quando ele põe isso no solo? É para para fazer o quê?

SPEAKER 2: : Bom, efetivamente fertilizar e melhorar a produção, certo? Porque uh com os sistemas de correção de solos hoje, das casas de agricultura e tal, a gente consegue milagres em solos mesmo. A senhora lembrou bem o problema do Nordeste. O Nordeste produz coisas melão. Na margem do São Francisco, coisas que há dez anos atrás se diriam impraticáveis, mas hoje se produz melão. Pois é. Da melhor qualidade.

SPEAKER 1: : ### A gente está consumindo melão aí na feira ah do Vale, né? É.

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : São melhores até, né, do que os próprios espanhóis. E aí, no caso, por exemplo, de alguma espécie de uma fruta estranha na fazenda, seu avô não tinha, não?

SPEAKER 2: : Ele, há um certo tempo, plantou uva também. Que tipo de uva? Eu não Não era uva Itália, era uva comum, rosada.

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : Dava, dava sim. Ele fez uma avenida toda, uma parreira de uma avenida toda.

SPEAKER 1: : Com parreiras e tal. Mas parreira de que ti Porque em mi em Minas ( ) tem um tipo

SPEAKER 2: : ( ) Bom, ah as árvores vinham cada uma de um lado assim e cercavam. ( ) ficava um lugar bonito mesmo, que era sombreado e tal. Ah, sim.

SPEAKER 1: : Não era em fileira?

SPEAKER 2: : Não, não era em fileira. Aham. Era pouca coisa mesmo, o quê? Uns duzentos tre

SPEAKER 1: : E se aproveitava para fazer alguma coisa, além de se comer? ###

SPEAKER 2: : É de outras coisas assim, minha avó gostava muito de fazer ( ), de laranja, de laranja azeda, que eu me lembre assim, de abacaxi. ### ### Aquele sistema da antigo e tal, muito embora minha avó fosse italiana, minha avó materna, ela herdou muito Talvez por estar em contato com esses hábitos brasileiros. Então gostava de fazer muito esses doces em compotas, que são muito consumidos mesmo, os tradicionais, que hoje não se encontra mais, infelizmente.

SPEAKER 1: : É uma maravilha ainda, não é? Quer dizer Eu acho que eh eh eh são insubstituíveis. E assim, além da da de de desses desses doces ah vamos dizer de frutas, o senhor tem alguma experiência de doce caseiro, ah feito

SPEAKER 2: : tenho mais, assim que eu me lembre, mais nenhuma ( ) Eu gosto muito de doce, certo? Mas experiência assim, não tenho nenhuma. Aham e mas

SPEAKER 1: : Na sua experi voltando na sua experiência assim de fazenda, ah o o o terreno ali, eh eh tinha alguma modificação essencial ou ou não?

SPEAKER 2: : Tinha sim, porque a casa de sede da fazenda se situava num lugar muito alto, muito bonito, aliás, de onde aliás se vislumbrava toda a paisagem das proximidades e até a cidade de Itu e Salto, que eram a dezoito quilômetros mais ou m enos. Então era um lugar bem alto. E depois, então, o terreno todo era em em declive, terminando na margem do rio Tietê. Efetivamente, certas coisas têm que se esclarecer bem, porque já fazem quinze anos que se passaram esses fatos. E não tem a lembrança, como dos fatos da praia, por exemplo, que são. Estão mais acesos, digamos, mas ( )