SPEAKER 0: Gravação do dia três de maio de mil novecentos e seten> () e dois. Bom, então eu eu queria que você falasse para a gente hoje. SPEAKER 1: Hoje, por exemplo, () você notou () especialmente alguma coisa em relação a ao ao tempo? SPEAKER 0: Eu estava reclamando hoje mesmo para a Helena disso. A mudança brusca de temperatura. ### () A gente sai () olha o meu exemplo. Eu vim de lãzinha desse jeito, morri de calor na hora do almoço. Eu saí daqui, embaixo do maior sol, um calor terrível, né? E... Mas não adiantava querer trocar de roupa, porque chega a essa hora e começa a esfriar tudo outra vez, né? Não tem jeito, o tempo em São Paulo é mesmo terrível. Aí no caso, você acha, por exemplo, assim em relação às suas filhas, que ãh nessa época elas teriam mais problemas assim de saúde? Não, em rela> Eu tenho uma delas que agora eu já não tem, mas que teve. Ela tinha problemas com de bronquite e isso, uma mudança bruta de temperatura, geralmente causava problemas. () Mas atualmente elas ela já superou e normalmente nenhuma nem outra tem apresentado problemas. Elas pa> Isso eu não acho engraçado. () Mesmo as pessoas que se constroem casa hoje em dia, acho que ninguém tem essa preocupação de fazer um serviço Assim, de acordo com () Porque, afinal, você tem que ter os dois dentro de casa ### ### () E esse negócio já está mudando há muito tempo, né? O tempo já mudou há muito tempo. Aqui o pessoal parece que num percebe. () Cada vez mais. Me parece que os períodos de frio se prolongam cada vez mais. Porque, anteriormente, ocorriam períodos curto> com com intervalos grande de calor, né? () A gente nota isso por causa da roupa, né? ### ### () O ano passado, eu fico contando, assim, os dias de frio, porque eu não gosto nada do frio. E o ano passado, eu me lembro que era pleno verão, e tava um frio danado. ### ### Você () sente, por exemplo, assim, alguma parte do corpo que fica mais fria, não? Não, normalmente eu tenho pés frios e  Nariz () nari> () gelada. Sinto muito os o nos pés no frio, aonde eu sin> ### E você nã não usa nada na mão, assim, para proteger de frio? () assim. Não. Nas mãos eu não costumo usar. Eu já notei uma vez que quando eu estava fora, com um frio muito intenso, morrendo de frio, Eu botei luvas e eu notei então que melhorou consideravelmente o frio () Mas é uma coisa que eu não faço atualmente. Eu acho que a gente não faz mais, a gente não convive mais () () Eu acho que a gente já saiu do... Meu marido, não. Meu marido bota luva. () Principalmente quando é para dirigir, porque aí ele sente que... Parece que dá assim mesmo um enrijecimento maior () Pois é, isso que eu ia perguntar se você não sentia. () No pé você sente isso? Eu sinto nos pés. Aham. E agora você acha, por exemplo, () férias, você acha nesse tempo de frio você gostaria, por exemplo, de ter férias? Não. Eu ainda prefiro ter as férias no verão, porque férias é coisa boa, né? (riso) Então deixa eu aproveitar quando eu gos> Mas assim aproveitar um clima de montanha, coisa assim, você nu nunca pensou nisso, quer dizer, de fazer suas férias coincidirem, justamente com o auge do frio, não? Só se fosse para ir para um lugar, assim, bem especial, que eu não conhecesse ainda, onde eu pudesse ver neve, que eu não conheço, acho que deve ser uma coisa bacana. Então, aí sim, eu pensaria em aproveitar o frio. Mas fora disso, não. Alguma coisa parecido com ne> SPEAKER 1: Você já teve alguma experiência? () Principalmente em zona rural, assim, quando há frio, não? SPEAKER 0: () Eu estive... Eu estive no sul. () Em julho, em época de frio. Lá nós pegamos frio bravo, assim, mas... Não vi geada, nunca, não. ### Eu tenho vontade de ver, porque dizem que é muito bonito, né? Eu saía de madrugadinha, assim, louca, para ver se pegava um dia. De noite, então, estava céu limpo, assim, estrelado, todo mundo na expectativa de ver se dava uma geadinha. () Nunca vi, não. () é uma é uma beleza () ### Nós estávamos () num lugar, assim, bem descampado. Dizem que é uma () SPEAKER 1: E e nunca você nunca pegou neve nessa temporada da Argentina, não? SPEAKER 0: Não. Aliás, em Buenos Aires não costuma () Em localidades bem próximas de Buenos Aires, sim, neva. Mas lá, não. Lá o frio é terrí> ### É um frio... () Eu não diria que fosse úmido, não. É seco.  Aliás, lá a região toda é muito seca. Uhum. Não, estou dizendo bobagem. É muito úmida, mas, já não, ãh nevar, nunca nevou. Pelo menos o pessoal de lá me disse que nunca nevou. E, geadas, ali na cidade eu também não vi. É úmida por causa do rio, né? Eles ficam ali do lado do () ### Até um pessoal de lá me () atenção. Que a umidade geral de lá é de noventa e oito porcento assim, normalmente. Umidade ultra grande, não é? SPEAKER 1: Maior que a daqui, de São Paulo? SPEAKER 0: É muito maior. ### Lá, eles estão bem do lado do rio. ### E dá, assim, para você perceber a diferença, assim, dessa umidade com o frio, e não? Não, eu não diria que percebi qualquer coisa, não. Eles é que chamam muita atenção para isso Fica tudo horrível, o cabelo fica empapado, essas coisas todas. Mas eu nunca percebi nada com relação () () não deve ser tão diferente assim, não. Lá tem uma coisa muito ruim, que () muito, é incineração. () Que os prédios normalmente fazem, os prédio de apartamento. Então isso contamina tudo. ### A incineração do lixo é no próprio prédio, terrível. Eles não fazem coleta e cada prédio tem um incinerador de lixo. Além do mais, cada prédio tem o seu sistema de calefação, que geralmente é feito com, sei lá, um óleo grosso, um negócio desse ti> Então aquilo já produz uma fumaceira danada. Mas a fumaça do incinerador, a gente anda um meia hora na rua com uma blusa branca, quando se volta para casa está tudo preto ### É, mas que coisa essa história de () de não coleta de lixo () na zona central não existe. E esse é um... eu tenho a impressão de que é um processo utilizado há muito tempo lá, () porque os prédios lá são su> ### () tem proteção contra () todos assim () repartições públicas, no caso, você teve alguma experiência, ou não? Todos usam. Quando não são próprios do prédio, Eles têm estes que eh os aquecedores portáteis. Sim. Que são o acaso elétrico. E e eles eles aparecem assim, () por exemplo, num apartamento, eles são visíveis ou não? São embutidos? Não, a maior parte deles é visível. Ou estão essas caixas assim do lado de fora da parede, que não sei como é que se chama. ### E que faz parte de toda a calefação. Ou então são mais ou menos como os nossos, que a gente usa aqui, mas são maiores. Chove muito lá em () Eu tenho a impressão que não chove demais, demais não. O período que eu peguei lá foi de frio, mas um frio tão grande, eu fiquei dez meses. praticamente os dez meses foram de inverno nessa  Estava cansada já de frio, eu que tenho uma raiva de frio. Eu () eu cheguei em março. Março. Meados de março. Estava um tempo gostosinho. Como como junho aqui, por exemplo. () fresquinha, mas que dá para a gente ficar bem. Logo depois começou a esfriar, esfriar, esfriar, esfriar, esfriar e quando eu vim embora, ainda estava aqui. Estava começando a querer esquentar. SPEAKER 1: () que as ondas de calor também em Buenos Aires são horríveis. SPEAKER 0: Verão, depois disso, é terrível. Eles têm uma mudança muito brusca de temperatura. () No inverno e para o verão. SPEAKER 1: Você não acha () com calor, que o trabalho, por exemplo, no caso, não sei o seu, se rende menos? Se você sente isso ou não? SPEAKER 0: Eu não sinto. Normalmente, eu tenho justamente tido essa opinião de muitas pesso> Mas eu acho para mim não me faz diferença, eu acho que eu eu () bem no verão, me dou bem com o clima, com a temperatura, lógico, e acho que rende igual o meu trabalho. Por exemplo, assim, logo depois do almoço, você não acha que () há uma certa relutância? ### Né? () A pessoa fica assim mais indisposta, não sei, mais cansada. Eu acho ainda acho que não. Eu ainda acho que não tenho problema, não, com relação a isso. ### Aham () dias de maior calor, né? Eu... O que acontece comigo é eu tenho uma diminuição da vontade, () aspecto psicológico, né? (riso) Porque dá uma vontadinha danada da gente sair, né? ### ### Pois é, mas eu acho que, foi isso que eu perguntei, se você não sentia e que isso diminuía o rendimento. Porque, não sei, parece que a pe as pessoas se arrastam um pouco mais com o calor, você não acha? Eu vejo isso também, isso eu vejo normalmente  As minhas filhas, a () ela detesta o calor, ela adora o frio. Ela diz que calor para ela é só com uma piscina. É o único jeito que ela vê calor. Então ela quer frio, frio, frio a semana inteira, menos de sábado e domingo. (riso) (riso) Ela pode ir no clube. O resto ela quer frio, que é aí que ela se sente bem. A gente nota, inclusive, que as crianças percebem, né? Essa () é importância do clima... aham... na atividade física, né? Você gosta de chuva? ### ### ### ### ### SPEAKER 1: ### ### Eu não () ### SPEAKER 0: Eu não () ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### Quando fi> ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### Realmente ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### Bom, com relação a esses períodos longos daquelas () mas com Mas com tempestade, aquelas chuvas bruscas, eu tenho medo. Então, não gosto (riso) de chuva de jeito () ### ### ### SPEAKER 1: As manifestações () da chuva forte, assim. Ãh, essas () SPEAKER 0: ### Aí eu fico assustada. Me assusta, sim. O que que te assusta mais? () Eu acho que me assusta tudo. () Aquele volume todo de água. () do céu, o trovão, o relâmpago, isso tudo me assusta. Não sei se você teve essa experiência, mas Eu eu tinha um tal pavor desse tipo de de de de tem de tempestade. () a coisa () tinha que esconder dos filhos para não tentar transmi> Foi a mesma coisa que eu tive que fazer. Fiz demais, mas não adiantava ### ### As duas estão medrosas com chuva e tal. Mas os meus já estão grandes, agora estão na fase de ficar () () onde ja se viu? Eh... SPEAKER 1: E precisam proteger a pobre que tem medo e tal. SPEAKER 0: Vai chegar aí também, é é muito mais () Domingo mesmo nós estivemos em Mairiporã. E estava um dia muito agradável, não? O céu azul, estava uma beleza. Depois, na volta, Tinha uma parte do céu assim, estava toda escura, né? E a parte de lá que estava toda clarinha. E elas queriam () saber se a gente ia fazer... (riso) se o caminho da gente era assim para alcançar a parte clara do () E o Mauro dizia, mas é para lá? Olha, lá é onde o sol tá se pondo, () por isso que está claro. Lá não, () parte escura, por isso que está desse jeito. E elas, ãh claro que elas () perfeitamente que não era aquilo, né? que a noite não começava assim, nesse jeito, por pedaços, né? Mas elas têm medo danado, as duas, de chuva. SPEAKER 1: E no caso, assim, você tem alguma experiência, por exemplo, de de noite inteira, de de de passar a noite em claro, fora de casa, por exemplo, assim, de observar essa... () você você já está falando, assim, do começo da noite. SPEAKER 0: E o desenrolar de> Bom, eu nunca fiz isso. Eu tenho muita vontade de fazer, mas nunca fiz, porque eu sou uma sonolenta terrível, morro de sono também. Mas, () quando a gente sai, que eu vou para a praia principalmente, o desenrolar todo da noite eu não vejo, mas eu costumo ver o amanhecer. Eu gosto muito de ver o nascer do sol e tenho feito isso mais ou menos frequentemen> Eu acho uma beleza. Tanto o nascer do sol, como o pôr do sol. Eu acho maravilhoso. Colorido, lin> () uma coisa de louco. E assim, a noite, em relação ao outro astro, você ãh e e ao mar, você já associou as duas coisas, assim, de ver? ### () é uma beleza () né? O reflexo da lua no mar é uma coisa linda. Nós tínhamos uma casa em na Praia  E lá é um lugar totalmente deserto, né? ### Era um () uma localizaçãozinha assim, um lugarejo bem bem pequenininho, estava iniciando, sem iluminação nenhuma. Quando nós fomos para lá, e não tinha nem luz elétrica. Então, fora era breu, mas que coisa linda ver o céu daquele je> milhares de estrelas, que aqui a gente não consegue ver () em lugares assim de de muita claridade. Uhum Incrível, uma beleza. A lua, em época de lua cheia, nossa senhora, é uma coisa. Um luar, mas que fazia uma claridade imensa, que parecia () dia. A gente podia andar normalmente, calmamente, pela praia, que se enxergava tu> E em relação a Lua aí, você acredi> Tem () nessa fase, porque o (riso) o jornal do Brasil diz que a coisa não é para brincar. () vocês dão risada, mas não é para brincar. Que realmente há alguma coisa científica, assim, em relação ao comportamento das pessoas. Você acredita nesse troço? Influência () Lua? É. Quem está muito nessa é a minha filha, que agora... (riso)Outro dia ela foi lá na folinha, e viu que era lua crescente. Então, ela voltou com a tesoura, () vamos cortar as pontas do cabelo () Tive que cortar toda (), as pontas do cabelo, que era para o cabelo crescer. Realmente, né? Diz que está havendo () uma tendência muito grande de se acreditar nisso, né? Influências das fases da... () (riso) No comportamento das pessoas. Mas, assim, em relação a a certos aspectos, né? Crescimento de cabelo, e não sei mais SPEAKER 1: da lua ou alguma fase que, nesse caso, seria, vamos dizer, negativa? SPEAKER 0: Eu acho que a lua é minguante, que o pessoal diz que não é muito boa, né? Com relação ao corte de cabelo, que eu conheço, é... Aham... A lua é minguante e que é positivo com as crescentes. SPEAKER 1: E essa grandona que acabou de de aparecer? SPEAKER 0: ### ### SPEAKER 1: Porque dizem que, ãh () no artigo que eu li, que a criminalidade aumenta na lua cheia. Você acha? (risos) Então, eu agora, inclusive, uso isso como argumento para certas coisas. () ah, é! SPEAKER 0: () fazendo inferências. Você vê que o pessoal sai para a rua porque gosta de olhar a lua. (riso) Daí, começa (riso) a acontecer mais coisa.  SPEAKER 1: Na Argentina, durante o tempo, () assim você não teve nenhuma experiência com chuva muito forte? SPEAKER 0: Na Argentina, não. Francamente, eu estou querendo lembrar. Eu lembro de chuvinhas, () períodos horrorosos, de frio e chuvisqueiro. mas chuvada, não me lembro. SPEAKER 1: E essa chuvinha que, afinal de contas, é tão decantada por Mário de Andrade como a tradicional de São Paulo, você acha que ela ainda existe ou ela já desapareceu? SPEAKER 0: Olha, eu, para mim, eu acho que não existe mais, não. Francamente, desde que eu comecei a me dar conta desta, deste, eu já nem sei mais dizer o que que é, se é realmente alguma coisa que existiu ou se já era alguma um aspecto poético muito visto por Mário de Andrade. Eu comecei a ver se realmente existia isso e nun nunca vi, não. Eu vi no inverno alguns períodos muito feios, assim, envolvidos por uma... por um chuvisco terrível, né? Esse chuvisco teria um nome, assim, no caso... Uma garoazinha, né? Essa garoa (riso) chata, né? (riso) SPEAKER 1: A gente não sabe como se proteger dela, né? ### SPEAKER 0: ### Mas eu não eu acho, tenho a impressão que está diminuindo muito, não é? No inverno acontece alguns períodos, né? É, dizem que no ou ou era, como você disse, imaginação de poeta, ou a coisa mudou, porque parece que... Eu tenho me preocupado, assim, em verificar se isso era verdadeiro, porque parecia tão romântico, né? Aquela garoa bonitinha e tudo. Mas não Uma coisa que eu gosto muito é (tosse) neblina. ### ### ### A neblina eu acho muito bacana. Eu acho bonito, bonito. Vocês já estiveram em em Campos do Jordão? Nesses períodos que tem aquela... é alto, né? Então, () fica praticamente encoberto por nuvens. Que coisa bá> SPEAKER 1: () Eu acho uma beleza também. Aqui, nessa região de Santo Amaro, assim em Julho, há muita, né? SPEAKER 0: Também, assim... () Eh, eu tenho experiência de ter saído de madrugada, assim, de casa de amigo e não poder guiar, assim () estrada é horrível, né? () O contorno, né? Da estrada, eu já fiz isso também. Mas e eu vi lá durante o dia. Então era claro e a gente podia andar, mas se enxergava, assim, () a uma distância muito curta. Mas a densidade era tão grande, de umidade, que ela se acumulava nas pontas das folhas e pingava, assim, feito chuva bárbaro Mas aí é neblinas ainda? () SPEAKER 1: Eles () chamam neblina ainda? () Mesmo assim sobrecarregada? () umidade? SPEAKER 0: Não. Eu nem sei. SPEAKER 1: Assim, a pessoa comum fala que é neblina, não? A () que fica na ### Não, e e esse tipo que você descreveu assim, esse tipo de temperatura ou ou esse tipo de atmosfera, Olha, () sei te... Você não tem essa experiência de que Como () como eles chamariam essa experiência? SPEAKER 0: Não faço ideia. Pelo menos não me () agora. SPEAKER 1: Porque às vezes se faz alguma diferença, né, entre neblina. SPEAKER 0: E eu não faço diferença nenhuma. Para mim é tudo a mesma coisa. A () você está () faz diferença entre uma coisa e outra? Não. Francamente, eu não sei, não () SPEAKER 1: Eu eu fico pensando que a alternativa é de vocabulário só, porque eu não não consigo fazer. Por isso que eu pensei, como você descreveu uma coisa para mim diferente agora, quer dizer que há umidade sobrecarregada, isso talvez isso pudesse ser além de neblina. Uhum. SPEAKER 0: Mas () eu também não saberia dizer. Eu também vejo como uma possibilidade de uma mudança de vocabulário assim Não sei, não sei o que se> Talvez tenha, porque a gente ouve uhum comumente os dois termos. E, muitas vezes, bom, para mim, me parece sinônimo, porque eu nunca procurei... sei... ir mais profundamente assim. SPEAKER 1: Agora, () aqui em São Paulo, você nunca sabe o tempo que faz esse negócio, mas ãh você se baseia em algum, vamos dizer, alguma informação para saber que roupa você vai botar no dia seguinte? (riso) SPEAKER 0: Parece que, ultimamente, está havendo um progresso muito grande do serviço de meteorologia, né? Porque a gente já pode acreditar nele. () ### Por onde você tem informação? ### Geralmente pelo jornal. Aham. SPEAKER 1: Você não não vê isso na televisão, quer dizer... Tem alguém na televisão () SPEAKER 0: () a gente vê muito pouco, sabe? Mas eu tive notícias de que tem um senhor, parece que... que se chama o homem do tempo, né? (riso) que... Que faz, que fez alguma coisa assim, () que faz um programa sobre () né? Mas eu num SPEAKER 1: Não vi, não. Você viu o que as nossas crianças estão estudando em relação a isso? A parte de ciências aí, de estudos do tempo? De... ### Pesquisa nessa área aí, um monte de coisa, satélites, aquela coisa toda. SPEAKER 0: Ah, certo. Eu vi alguma coisa assim. Eu tenho a impressão de que agora a gente vai ter cada vez mais, né, condições de prever com antecedência o clima. SPEAKER 1: É porque antes a gente fazia o contrário, né? Dizia que ia fazer isso, a gente () bom... É, o contrário. (riso) SPEAKER 0: ### Tem até piadinha sobre isso, né? Aquelas... (riso) os passeios do... do serviço meteorológico, né? (riso) Todo mundo embaixo de uma árvore, o maior piquenique, () tempestade, terrí> SPEAKER 1: () Agora, há uma infalível, é você olhar o que está fazendo, o clima que está fazendo em Buenos Aires, e saber que daqui quatro dias o mesmo faz em São Paulo. Quase infalível. O meu critério é esse. ### Tem o frio no Rio Grande do Sul, como é que chama essa () frios que acontecem Esses de repente, assim, que aparece. SPEAKER 0: Isso que sobe para cá, assim, ()  São umas ondas de frio, que eles chamam, ondas de frio, ondas de calor,  SPEAKER 1: Muitas vezes estão no Rio Grande do Sul, dizem que vêm vindo para São Paulo, né? Depois... Às vezes o mar se encarrega SPEAKER 0: Às vezes acontece de mudar, né, o curso delas, ou então, ãh sei lá, encontram outras ondas no meio do caminho, () SPEAKER 1: () assim a sua preferência em relação ao () Você gosta como? () Quer dizer, um dia como hoje, assim, que descabela a gente? ### SPEAKER 0: ### () Não gosto de vento, acho muito ruim. Eu prefiro eh uma brisa agradável, né? De acordo com o lugar. Se a gente está numa praia, é bem refrescante, bem gosto> () então no campo também. Mas ventania, não. Mas uma brisa, sim. Uma brisa suave e agra> Você já passou por uma experiência de um vento muito forte assim, não? Só... Experiência minha, não. A gente tem notícia de vendavais terríveis que acontecem por aí. Aliás, eu não presenciei, mas passei por um lugar onde tinham acontecido, aliás, coisas bastante sérias em decorrência de um vendaval que tinha aconteci> telhados, todos desfeitos, e essas placas enormes de propaganda caídas. Mas participar, nunca participei, graças a Deus. (riso) Morro de medo. SPEAKER 1: No seu caso, Vera, como é que você divide o seu dia normal assim, se não é () da gente saber o que que você faz durante o dia? Você já tem mais ou menos uma divisão para ele? Eu queria que você descrevesse os períodos e tudo. Como é que você divide o seu tempo durante o dia? SPEAKER 0: Certo. Eu tenho dias variáveis, porque tem dias que eu, nos quais eu tenho um tipo de atividade e outros que eu tenho outra. Mas descrevendo um tipo de dia, por exemplo, como o de hoje. Eu me acordo cedo, mais ou menos por volta das seis e meia. Então tem todo um período preparatório, aonde eu tenho que ter os meus cuidados e os cuidados das minhas filhas tam> () Elas também se preparam cedo para a escola, depois o café da manhã, depois nós saímos todos juntos, eu deixo as crianças na escola e venho direto para cá. Aqui eu entro às oito horas, e fico normalmente até meio-dia, um pouquinho mais às vezes. Daí eu vou direto para a escola das crianças, onde eu vou apanhá-las, vou para a casa, almoço e volto para cá de novo. Aí eu fico normalmente até às cinco horas, novamente. () E depois disso? () Depois eu vou para casa, aí dou um andamentozinho no jantar, Eu vejo as obrigações das crianças, se estão em ordem, se elas cumpriram tudo adequadamente. Depois nós jantamos. Aí a gente tem um período antes de deitar, onde a gente faz qualquer coisinha assim. Eh Mas em relação a uma atividade com as crianças, a gente conversa com elas, faz uma brincadeirinha, um joguinho, () coisa assim. Todos juntos, nós. É, eu, meu marido e as criança. e depois vamos deitar. SPEAKER 1: Agora, durante o ano assim, vocês ãh fazem uma pausa, no no caso assim, de de de de das férias das criança. SPEAKER 0: Vocês também param essa esse ritmo de trabalho, não? ### Nós eh já fizemos isso, já procuramos organizar o nosso a nossa vida de trabalho para poder usar, pelo menos, as férias no período Nas férias, um período mais longo com as crianças, que a gente, nós, tanto eu como nós trabalhamos, e com isso a gente se ressente um pouco da companhia delas, elas da nossa. Então, nós combinamos que o nosso período de férias coincida com o período de férias escolares maior das crianças. () Nós saímos em janeiro, geral> SPEAKER 1: Agora ãh, você assim você sente a divisão do ano em duas partes, não? Significa para você alguma coisa diferente os seis primeiros meses dos seis últimos, não? SPEAKER 0: Não. Praticamente a gente fica tão envolvida no trabalho que eu não noto diferença entre o primeiro semestre e o segundo semestre, mas a gente começa a sentir a carga do segundo semestre quando vai chegando no fim do ano. Isso sim. Então, no () do ano, a gente já vai sentindo né a difere as diferençazinhas que vão acontecendo de cansaço sobrecarga do ano inteiro, né? Você acha que, na verdade, a gente pode sentir diferença SPEAKER 1: de mais de duas estações em São Paulo, por exemplo, assim, não digo num dia só, porque aí você vai me dizer, pode, é claro, hoje, por exemplo. Mas você acha que a gente pode até, em relação às crianças, dizer, olha, nós estamos numa determinada época do ano. Você acha que é possível dizer isso? () demonstrar, por exemplo, que setembro é é é uma outra época? SPEAKER 0: Eu acho que acontece da gente ter aspectos num mesmo dia que são muito característicos de algumas estações, não é? Por exemplo, a gente... Agora, agora deixa eu pensar para ver se a gente está no inverno. (risos) () ### A gente tem características do inverno, tem características de verão, (riso) tem características as mais diferentes, não é? SPEAKER 1: Mas além de inverno e verão, que afinal de contas são () as duas intermediárias, você acha que a gente tem também? SPEAKER 0: o outono? Eu acho que sim, por em virtude, principalmente, bom, vamos considerar como característica do do do outono com relação ao clima, um clima mais ameno, uma temperatura mais mais suave e certas características assim mais visíveis, que são, as crianças notam muito, né, que é a queda das folhas das árvores, né, Então, isso eu acho que é possível, inclusive, da gente encontrar procurando, porque ah a nossa a nossa o nosso tipo eh tipo de clima ãh permite, eu acho que, as mais variadas modificações, inclusive em relação à à vegetação, porque não existe aquela mudança drástica, como acontece como acontece em outros lugares, né? Que ou é inverno e não tem Nada, a folhagem está toda morta, ou é verão e está tudo florido, lindo, ou é outono e as flores estão caindo, ou é primavera, né? Primavera é que é onde as flores estão bonitas, verão é () SPEAKER 1: Mas () sabe por que que eu perguntei isso para você? () Eu olhei a paineira na minha rua e disse, puxa vida, mas Os () estão derrubando as folhas e minha filha diz, mas que ignorância, outono. (risos) SPEAKER 0: As flores (riso) as flores têm que estar caindo. (risos) () As crianças notam muito. SPEAKER 1: ### É gozado, né? Porque Eu eu () me dou conta dessas coisa Para mim, por exemplo, hoje, para mim, é um dia de inverno. () para mim também  Essa folha caindo, é molecada que jogou pedra. Então, que negócio () Estão destruindo a árvo> ### Agora, em relação, assim, do clima com a saúde, você acha que tem uma interferência? SPEAKER 0: Bom, eu acho que sim. Eu acho que o inverno predispõe a certas moléstias brônquicas, né? E pelo resfriamento, eu tenho a impressão de que há um maior, há sim, um aumento de de moléstias desse tipo. Agora, eu ouvi dizer também que o verão também traz bastante alterações, não é? Aham. Problemas mais de vírus, coisas desse tipo, que eu acho que pelo clima tem maior possibilidade de propagação, sim. SPEAKER 1: Você assim, por exemplo, em relação às suas filhas, como é que foi, () desculpe entrar nessa área, mas também para nós é importante, a gente só pode falar com mulher, o parto. Que tipo de parto você teve? SPEAKER 0: Foi normal. O meu parto foi sem problemas a termo. Parto natural. Muito bom das duas crianças. SPEAKER 1: Você acha? () Há muita discussão hoje em dia se se realmente a mulher deve ter o filho naturalmente ou não. O que que você acha disso? SPEAKER 0: Aí tem dois aspectos a considerar. ### A mulher, eu acho que seria muito mais conveniente que não fosse natural, porque eu acho que é um padecimento inútil. Isso podia ser feito de uma outra maneira, idolor, eu não sei. Não sei se se se utilizando técnicas diferentes, como a cesariana alguma coisa assim, ou se desenvolvendo um pouco mais técnicas já existentes, ou possibilidades já existentes de anestesias, Mas que ao mesmo tempo não tivesse a interferência que tem, né? As atuais. Que geralmente trazem problemas, né? Você teve algum assim problema durante a gravidez, não? Não. Minha gestação foi normal. Não tive problema nenhum. Passo muito bem. Não tenho problemas de enjoo, nada disso. Que ótimo. SPEAKER 1: Isso é muito bom e é bom sinal que pode ter bastan> SPEAKER 0: ### SPEAKER 1: ### () A gente, quando as pessoas falam dessas coisas boas que acontecem quando tem filho, a gente olha mas, né? O Brasil () tal, e coisa de aí, () melhorar o seu o seu nível de densidade. (riso) Me diga uma coisa, mas assim, em relação A a a doença, você falou que problema de bronquite, como é que () superou isso em relação a sua menina? Veio naturalmente ou você usou? SPEAKER 0: O meu pediatra dizia que isso era uma coisa que ia acontecer normalmente com a idade. ### Não, não tinha nada. Ele achava que é uma coisa que ocorre normalmente em crianças pequenas. Normalmente, não. Mas... que é muito comum acontecer em crianças pequenas, porque ela tem teve num foi asma, bronquite. Com menos de um ano foi quando apareceu bronquite dela. E ele acha> Ele sempre disse que com o crescimento ela ia superar esse problema. Acontece que o negócio vinha aco acontecendo frequentemente, e eh nós tentávamos de tudo, inclusive ela tomava doses grandes de antibiótico, Não adiantava nada. Um resfriadinho, aparecia de novo bronquite. Aparecia de novo bronquite. Nós, então, eu fiz um uma tentativa. Usei um remédio de ervas e foi aí que ela se curou. ### ### () é uma É um remedinho muito simples, um xaropinho, que não tem contraindicação nenhuma, não tem problema nenhum. E inclusive não tem gosto ruim, porque esses remédios comumente tem um gosto bastante desagradável. As crianças aceitam bem. E se toma uma colherinha de chá num cálice de água três vezes por dia. Mas como é que você descobriu isso? Foi uma indicação que me fizeram e eu experimentei, né? Porque eu já tinha experimentado tanta coisa. E você achou que isso é que resolveu? Ai, francamente, eu acho que foi isso, sim. Porque foi uma mudança muito brusca, muito repentina. Em virtu só pode ter sido em virtude da medicação. Você usava alguma coisa assim para ela, para pôr no nariz? Não. Inalações nós fazíamos. Às vezes ela tinha ela tinha períodos tão grandes, tinha uns acessos assim tão fortes, que a gente precisava ir para o pronto-socorro. () Fazer inalação mesmo. Recursos domésticos não resolviam? Poderiam resolver a longo prazo, mas isso causa, assim, um transtorno grande para a criança, né? Aham Uma inalação dá resultados mais rapidamente. Então a gente preferia levá-la e ela fazia um período não muito longo de inalação e melhorava bem. SPEAKER 1: E pingar alguma coisa no nariz, isso não não resolvia nada? SPEAKER 0: ### Esses remédios, assim, de... que se usam que se usam para a dilatação. Nasal, não. Ela não  Nós não usávamos SPEAKER 1: E essa medicina que se vale das ervas, como é que ela é chamada? SPEAKER 0: Existe... Eu não sei. Normalmente se chama... Homeopatia. () ### ### ### ### ### SPEAKER 1: ### ### SPEAKER 0: Não, tem de várias formas, né? ### SPEAKER 1: () mas tem outras que () ### ### SPEAKER 0: ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### SPEAKER 1: ### ### ### ### ### ### ### ### SPEAKER 0: ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### ### SPEAKER 1: ### ### ### ### ### SPEAKER 0: ### ### ### ### ### ### ### ### SPEAKER 1: ### ### ### ### SPEAKER 0: ### ### ### ###