SPEAKER 0: Bom, Maria Lilian então, você poderia, por favor (), para a gente, ãh falar, como é que você poderia se comunicar com uma pessoa, sua amiga, aham assim, através de da  escrita? Se você quisesse contar alguma coisa para ela, como é que você faria? SPEAKER 1: Bom, va vamos fazer um caso mais geral. Então vamos supor que a gente vá ãh que eu tenho que contar um fato para uma pessoa, ou de qualquer maneira, ou escrito ou oralmente, de qualquer maneira, então. () Bom, então acho que a maneira escrita mais fácil seria a carta. faria uma carta comum, mais simples possível né, depois endereçaria para a pessoa, agora existe um novo código de endereçamento postal, né nem sei como é que funciona, não sei se sabe, não sei como é que funciona, sei que existe, mas não sei como é que funciona, então depois endereçaria para a pessoa e esperaria a resposta da pessoa, por carta, normalmente. Agora, ãh acho que há outros meios mais fáceis, mais modernos né, como o telefone, por exemplo, mais rápido da resposta, tenho a impressão que a resposta é mais i mais imedia> que a gente quer. Então você telefona para a pessoa, a pessoa atende o telefone, você já fica sabendo o que você quer sem a demora da carta, porque o correio hoje em dia cada vez está ficando pior, né? Eles dizem que não, mas é. (riso) Eh, depois, o que mais? Mais um outro método, o telegrama. Poderia Bom, aí já o telegrama, eu acho que a gente só mandaria um telegrama se fosse um caso urgente ou se a gente tivesse uma um um recado importante de uma viagem, Vamos supor, uma chegada de um avião, que você quisesse comunicar o horário, ou então qualquer coisa assim, para a pessoa te te apanhar no aeroporto, qualquer coisa assim né então aí. Nesse caso, eu utilizaria o telegrama comum. Agora SPEAKER 0: Eu não sei como é que faz, por exemplo, para chegar a carta até a pessoa que eu que> É, para chegar a pessoa que você quer (). Você disse que mandaria a carta e ende endereçaria a carta para para você. Bom, SPEAKER 1:  você está () Bom, eu tenho que me dirigir a uma empresa, a uma um posto de correio, claro né, em São Paulo. ### Ah, você é obrigado a comprar uma estampilha, um selo comum, sela a carta, depois lá entrega, eles carimbam (riso), te dão um comprovante se você quiser uma carta registrada ou não, né, e depois desse comprovante você, a carta segue pelo próprio correio. Uhum. SPEAKER 0: E aí, como é que a pessoa recebe a carta? SPEAKER 1: Bom, aí, dois tipos, dependendo do local onde a pessoa mora, né, se a pessoa mora num local, como até bem pouco tempo atrás era o nosso bairro, isso quer dizer que não o correio não não tinha distribuição, periférica, então a gente, ãh você é obrigado a ir ao correio procurar sua correspondência né. Então você vai até o correio, ãh diz nome ou endereço seu, e a pessoa diz, não, tem essas e essas. Ou não, ao contrário, quando há uma entrega, a pessoa mora mais próximo do centro, ou mesmo uma cidade menor que haja, então essa distribuição, a pessoa recebe automaticamente na sua residência, no escritório, onde quer que a carta () esteja endereçada. Deve ser um carteiro ou alguém, alguém que trabalhe no Correio, não sei, né? SPEAKER 0: Certo? Você por exemplo saberia dizer che> SPEAKER 1: Eu tenho a impressão que há uma carta expressa, né? Mas mais cara, de taxa mais cara, que tenho a impressão que eh eh ela sai no próprio dia em que você registra. Tenho a impressão, mas não tenho certeza como é que funciona,  SPEAKER 0:  não. E se a carta for para o estrangeiro, você tem que pagar alguma coisa mais além do selo? SPEAKER 1: Ah carta para o estrangeiro tem peso né, porque elas vão pelo avião, e dependendo do do peso, então você paga já o peso além do selo comum né. Inclusive, se quiser mandar, você pode mandar qualquer encomenda, qualquer pacote por aviões, mas naturalmente é caríssimo, porque a própria carta custava... um cruzeiro, dois cruzeiros, um cruzeiro e trinta, um cruzeiro e quarenta centavos, dependendo da taxa, né? Agora, o pacote, por exemplo, se quiser mandar um ele pê, vamos supor que você queira mandar um ele pê para a Europa, de samba, qualquer coisa semelhante, se quiser mandar, você tem primeiro que embalar o ele pê. Se você mandar do jeito que vai, ele vai no avião e ele vai na carga do avião, então jogam para qualquer lado, aí quebra tudo, né? Então, () você tem que obrigada a embalar. Em geral, a gente embala em isopor, que o isopor é leve e não é resistente ao choque. Então, você embala no isopor. Nisso, você perde. Tamanho, porque o pacote do isopor é grande, já fica um pacote grande. E peso né, porque me muito embora o isopor seja leve, pesa. E aí, então, já fica um pacote grande e você é obrigado a pagar. Tenho impressão que seria esse o jeito. SPEAKER 0: Por telefone, você falou que também poderia usar o telefone, né? SPEAKER 1: Como é que ()? Bom, eu tenho a impressão que o telefone é o método mais simples, né? De qualquer comunicação, hoje em dia ãh. Especialmente agora, com essa discagem direta, fica muito mais simples. Agora, então, como é que eu faço para falar com uma pessoa, vamos supor, da capital? Eh... Essa é a mais difícil. (riso) Se você quiser, por exemplo, falar com alguém dessa linha dois dois qualquer coisa, dois dois zero dois oito meia, é um inferno, você disca ele pega sempre um número que não é aquele que você estava querendo. Bom, De qualquer maneira, então você vai discar para para alguém da capital, você disca, tira o o telefone, tira o inte o gancho do interruptor, né? Disca o número que você deseja, a pessoa atende do outro lado quando é a pessoa. Agora, se você quiser fazer uma ligação interurbana, então dois tipos de ligação. A ligação direta, discagem direta à distância, que tem os siglas né, os números todos. Você já disse que, então, antes do número pedido, o número da cidade, o código da cidade, e depois a discagem ãh ou a discagem através da telefonista. Então, você chama a telefonista, espera que ela te atenda, ela te fornece uma linha e você, então, liga direto para a pessoa. SPEAKER 0: É, você falou que aqui na capital é mais difícil, né? Por que? Quais são as dificul> ### SPEAKER 1: Eu tenho... Bom, sei lá, a gente não conhece companhia telefônica, não tem noção de como é que trabalha aquilo. De qualquer maneira, dá a impressão de que há uma uma aglomeração de ligações todas ao mesmo tempo. No horário comercial, por exemplo, São Paulo, Todo mundo quer falar com todo mundo. Então fica aquela loucura de mui muita gente usando os troncos ao mesmo tempo. Tenho a impressão que é isso que se passa. Mas aí você não consegue. Então você não consegue a ligação que você quer. Ago> SPEAKER 1: <é? Então você chega eles te dão um formulário e te explicam como é que funciona o telegrama. Porque o telegrama já é um pouco diferente eh. Até um certo número de palavras, sete se eu não me engano, você tem uma uma taxa. Se você depois passar de sete e vai até um certo número, ainda é outro preço. Depois então eles começam a contar por pa por palavra e aí já fica mais caro. Então você escreve o mais resumidamente possível. Então se você conseguir encaixar o seu recado dentro daquelas sete palavras, Bom para você porque fica dentro do pe do preço padrão. Se não, você é obrigada, depois eles contam, por palavra. Então você tenta resumir o mais que você pode, vamos supor. Então você tem um um recado de uma pessoa que vai chegar num voo ãh e você precisa que vá pre precisa que a pessoa vá te apanhar no aeroporto. O que que você faz? Então você diz... Se você for explicar, eu chego, hora tal, acontece que os voos, por exemplo, nunca vêm na hora marcada. Então é mais interessante você dizer, chego, voo tal, companhia tal. Por exemplo, voo quatroc> aeroporto, então a pessoa já fica sabendo o que quer que vá buscar e o voo é aquele, então entra em comunicação com a () e fica sabendo a hora exata que chega ou não, né? Então o interessante do telegrama é isso, é você resumir o máximo que você pode, do que você vai dizer, e eles te dão o formulário, você preenche, eles corrigem o seu formulário, porque muitas vezes a gente põe coisas que não necessita, vírgula, ponto e... ou qualquer coisa, qualquer expressão a mais que eles acham desnecessária para você quer fortalecer, porque a gente escrevendo escreve sempre. Então eles tiram, por exemplo, se você puser beijos e abraços, eles cancelam um dos dois, porque acham desnecessário os dois, né? Automaticamente um já inclui o outro. Então essas coisas eles corrigem, aí te dão, você vê se está bom. E e depois embaixo ainda vem também um código, que é o ah o seu nome, o seu endereço ãh e o a sua zona postal, et cetera, no telegrama. SPEAKER 0: Bom, e um outro meio de comunicação, aí não mais para gente comunicar o fato, mas para gente saber os fatos que acontecem seria o. SPEAKER 1: Sim, a própria imprensa. Então né então a imprensa escrita e a imprensa falada, certo? Então vamos separar em duas partes que fica mais fácil de falar. Então, começando a falar pela imprensa falada né, pela imprensa escrita que é mais fácil, ãh os jornais, as revistas, ãh mais alguma Bom, vamos além dos jornais diários, os sema os os semi os semanários, os alguns outros que são mensais, alguns quinzenais, et cetera. Bom, em suma, jornais e revistas né. Os jornais diários aqui em São Paulo, nós temos uma porção, um número grande de jornais funcionando, eh de várias linhas, e eu acho até bom que a gente, se a gente tem tempo né, lê três, quatro ao mesmo tempo para poder ter uma ideia global da notícia, porque é claro que cada pessoa transmite, comunica aquilo que lhe atinge. Então, uma notícia de um atropelamento, ãh se é escrita por um por um jornalista, ela vem de um jeito. Por outro, ela vem do outro. Então, é bom, seria bom se a gente tivesse tempo, né? Tivesse tempo de ler, vamos dizer, cinco, seis jornais para tirar a média e chegar à conclusão do que realmente aconteceu, né? Isso seria o ideal. Então... São Paulo tem várias várias cadeias né de jornais, vamos dizer assim, várias linhas, cada um de um estilo. Depois dos jornais, as revistas. Essas revistas, então, a maioria, semanais. Revistas, então, sobre arte, sobre cinema, sobre televisão, sobre o que mais? As revistas mesmo, de Pato Donald, Tio Patinhas, quadrinhos em geral. () Existem também os quadrinhos, que eu também leio aqueles quadrinhos... Como é que chama? Foto> SPEAKER 0: <é? Ficam meio meio opacas, meio apagadas, meio borradas. Não ficam muito boa. Mas () Tinha me esquecido de fato, você tem razão, as fotos. Né tem muitas fotos, por sinal. Na Especialmente na parte social, é muito comum encontrar casamentos e outras coisas. SPEAKER 0: Bom, eu acho que assim, nessa área, acho que já já está muito bom. Você fa> ### SPEAKER 1: Você vai querer saber. SPEAKER 0: () (riso) () Não. Não, eu posso contar também, que não tem nada de muito excepcional. () (riso) Então, ãh SPEAKER 1: Bom, o problema, é vamos ver, é uma viagem, então nós nós fomos para a Europa em junho, fim de junho, para passar julho inteiro lá. E foi um problema desagradável, porque nós saímos daqui muito frio, Então, no aeroporto, a gente estava com roupa quente, inclusive de chapéu na cabeça, que era é moda na época e. E depois quando, assim que o que o avião levantou, porque nós fomos de São Paulo para o Rio, de ponte aérea, aí depois do Rio, apanhamos o Boeing no Rio para ir para Lisboa, via Lisboa. Então, já quando chegou no Rio de Janeiro, já começou a sobrar roupa, quer dizer. Então que quando chegou em Lisboa, sobrou mais ainda, que cada vez mais quente né. Bom, Então, ãh o aeroporto, como é que como seria o funcionamento do aeroporto em si, vamos dizer. Depois da você compra a passagem, a passagem não é necessariamente comprada no aeroporto, como de fato não foi comprada no aeroporto. Nós já tínhamos a passagem anteriormente né. Depois um outro, a dor de cabeça danada para passaporte. Depois que você tem, então, os documentos necessários, a passagem, o seu passaporte, a vacina que você é obrigado a tomar no próprio aeroporto, vacina, vacinação de saída e de entrada. Eles fazem sempre isso, né? Né Então você chega ao aeroporto no dia do embarque. Então, nesse dia você se dirige ao balcão da companhia que você vai viajar e entrega a eles toda a sua documentação, ou seja, o seu passaporte, esse certificado de vacina e a sua passagem. Então, eles eh carimbam a sua passagem, depois você põe as suas malas, as malas que você levou, eles pesam as suas malas, porque você só pode levar vinte quilos, então eles pesam. Se você tem excesso de peso ou menos, eles carimbam quanto peso você tem. As malas já ficam no balcão e vão automaticamente por uma esteira rolante dessa esteira para para um carrinho de dos carregadores. Os carregadores é que levam para dentro do do da ba do bagageiro do avião. Quer dizer, a gente já não vê mais as malas. Você fica só com a sua bagagem de mão, que em geral é a sua bagagem mais pesada, porque essa não é pesada no aeroporto. (riso) Então é onde a gente põe os chumbinhos né, como a gente diz. Tudo que for pesado você põe na bagagem de mão que fica melhor. Bom, então você fica só com a sua bagagem de mão, com o passaporte e com a passagem já carimbada e fica no saguão do aeroporto aguardando a chamada. Aí eles chamam a voo, pelo número do voo, voo setecentos e noventa e dois, Varig, Tápios, qual for a companhia, então dirige-se ao embarque pelo portão quatro, portão cinco, você então entra por um portão. Na época que eu fui ainda não existia, agora existe uma uma fiscalização, que eles estão eh revistando pessoa por pessoa, bagagem de mão e a pessoa, para ver se a pessoa tem qualquer arma, qualquer explosivo para evitar os sequestros, então você passa por um funil, digamos assim, onde há alguém da polícia, polícia feminina e polícia comum, Você passa, eles te revistam, depois você entra, passa por uma por um portão central, que ainda é um corredor, no fim desse corredor tem o a grade final. Depois dessa grade você já tá dentro da pista. Então, ah já agora eu soube que há uma inovação em aeroporto de Congonhas, que não havia naquela época, você vai a pé, pelo pela pista mesmo, até o avião, sobe pela escada no avião. Nós fomos num avião comum de ponte aérea até o Rio, porque o Boeing, como não pode descer aqui em São Paulo, a gente teria que apanhar ou em Viracopos ou no Rio. Então, era mais fácil para gente vir a Congonhas, de Congonhas já pega ponte aérea para o Rio, do Rio direto para a Europa. Agora aqui fizeram uma inovação no aeroporto. Puseram um ônibus, coisa que eu acho profundamente antiestética. Em todo caso, eles acham bom. Puseram um ônibus para você ser conduzido desse último portão, dessa última grade que eu disse, até o avião. Então, eles encostam e você se dá o trabalho de subir no ônibus para descer dois metros depois. Mas, de qualquer maneira, acharam que era assim né. Em algumas vezes, de fato, os aviões pousam muito longe. Então, talvez seja necessário. Eu não sei. () Depois, no Rio, Quando o avião da ponte aérea pousa, você já é isolado da maioria dos passageiros. Esse avião de ponte aérea é um avião especial, não é um avião comum. E você é isolado em uma sala especial, onde você já não sofre mais nenhuma revista, nem coisa nenhuma. Você fica simplesmente aguardando que os outros passageiros do Boeing, que são do Rio, entrem, façam o mesmo sistema que você fez aqui em São Paulo, e depois, quando eles estiverem prontos, então é dada a ordem de subida no no Boeing, e a gente já sobe outra vez pelo mesmo sistema, passa por uma escadaria, desce essa escadaria por um portão, portão, uma grade final, depois então direto dentro do Boeing. SPEAKER 0: E o avião dentro? Que quais são as pessoas que estão vendo? Ah SPEAKER 1: Bom, o avião dentro é horrível. () Embora todo mundo ache por aí que viajar de avião é uma delícia, ele é uma a única vantagem que há é o tempo. que você fica simplesmente nove horas dentro do avião e sai do Rio e chega a Lisboa. Então isso é ótimo para quem tem pressa de ver as coisas e de, que se for for viajar de navio você leva doze dias. Pode ser que seja muito divertido você ficar a bordo brincando e tal, mas eh chega no quarto dia você já não tem mais o que fazer né. Então é a única vantagem, porque o Boeing é muito mal construído, ele é um avião estranho. Ele  foi feito, não sei como, mas com três Três poltronas, uma do lado da outra. Acontece que como não havia espaço para que aquelas poltronas fossem grandes, eles fizeram três poltronas pequenas. Bom, começa aí o problema. Então, você senta. Nós estávamos em duas pessoas, então já senta com você uma terceira pessoa estranha, que já não é muito agradável. Bom, aí ãh você senta no avião, a pessoa senta ao seu lado, que você não sabe quem é, e eles pedem para que você aperte o cinto de segurança, vai ser dada, então a ordem do avião levantar, a torre dá ordem o avião levanta. Bom, então nesse instante você está preso até aí não há muito problema porque você é obrigado a ficar com o banco na posição vertical e preso. Então aí não há muito problema ainda. Um outro problema desagradável no avião é que você não pode colocar essa bagagem de mão, famosa bagagem de mão na Então você tem é obrigado a colocar e não pode deixar no corredor, porque o corredor é estreito de passagem. Então você é obrigado a deixar sobre os seus pés. Conclusão, você não tem onde pôr os pés, porque fica aquela mala, que em geral é grande, que de mão ela não é. Então fica aquela mala bem no meio das suas pernas e você não tem onde se mexer. Até aí ainda não é muito grave, enquanto o avião está levantando vai tudo bem. Quando o avião levanta, de fato, então eles dão a ordem para que você solte o cinto de segurança e aí você pode mexer com o en com o encosto do. da poltrona que é reclinável. Então, você reclina. Então, como você reclina, o da sua frente também reclina. E quando ele reclina, o encosto dele vem parar em cima de você. Então, o pouco espaço que você tinha ainda fica diminuído. Até aí, tem nada. Bom, aí o avião levanta, eles servem logo. Ele levanta, em geral, muito tarde da noite. Levanta onze, meia-noite, bem tarde. Então eles servem uma refeição ligeira para o pessoal e depois já anunciam que já está na hora de dormir, quem quiser fazer mais alguma coisa, passear. E nessa hora começa o a tragédia do Boeing, porque a gente em três ãh numa fila do avião. Se a pessoa da ponta, isso quer dizer a minha esquerda, eu estou sentada, vamos supor, na poltrona central, então há uma poltrona à minha direita e uma em minha esquerda. Se a poltro> Mas a pessoa da minha esquerda resolve se levantar para passear pelo avião, primeiro ela começa tendo que empurrar a pessoa que está na frente, porque o encosto está muito derrubado, está em cima. Então ela empurra a pessoa da frente. Ela tem que passar por cima de você. Então, automaticamente, ela empurra a pessoa da frente, empurra os outros três da frente. Passa por cima dos seus pés, por cima dos pés do outro e vai. Bom, aí então os que estão na frente, que acordaram quando a poltrona foi empurrada para frente, (riso) empurram novamente o encosto para trás, se acomodam outra vez. Aí aquele passageiro que levantou para passear volta, então outra vez o processo inverso, ele empurra outra vez as pessoas, (riso) acorda todo mundo outra vez e senta outra vez. E nisso a gente fica, né? Depois, uma coisa interessante que eu achei no avião, no voo do avião, é a mudança de horário. Uma coisa que a gente sente muito, mudança de horário, que são três horas daqui a Lisboa, três horas de fuso horário, e a gente sente essa mudança, porque ãh a gente vai, vamos supor, às onze horas, o voo sai às onze horas, e deveria chegar lá, onze horas mais nove né, deveria chegar lá às oito horas da manhã, e a gente chega às cinco horas da manhã, então chega, o dia está começando a clarear, e o corpo sente falta daquelas três horas de sono, então essa é uma... mas eh em em geral é uma viagem divertida, viagem de a de avião. SPEAKER 0: O pessoal de dentro do avião, o pessoal que trabalha? SPEAKER 1: O pessoal que trabalha, a tripulação, né? Dependendo do tipo do avião, a tripulação é diferente. Quando você viaja num voo caseiro, como eles chamam, que são esses voos internos, você tem só, ãh quando muito, dois comissários de bordo. Então são uma espécie de garçons que te servem comida, ãh te emprestam um jornal, uma revista ou qualquer coisa assim. Há o comandante, que é quem dirige o avião, um um copiloto, que trabalha junto com ele, e de fa quando o avião é grande, eles são os dois comandantes. Algumas vezes, não. Quando o avião é pequeno, é só o comandante, o outro já é não é tão graduado. Depois, há um radiotelegrafista, que transmite e recebe as ordens da torre do avião. Ãh acho que só ãh o radiotelegrafista, o comandante, o copiloto e os comissários de bordo. Acho que só, não? Sim, os comissários em geral, comissária e comissário né. Agora, dependendo do tamanho do avião, o número de comissários é maior. Por exemplo, os Boeings que são duas classes, tem classe A. primeira classe e a classe B, classe turista. Então, na primeira classe, aquela classe, sim, já é muito gostosa. Primeiro que são só duas poltronas, realmente poltronas e não micro poltronas, para você sentar, e elas são, além de reclináveis, giratórias. Então, é uma delícia, sabe? É. É, mas a primeira classe não é assim para qualquer um. (riso) A gente não vai nela não, só para olhar, né? Então, essa primeira classe tem, em geral, uma comissária especializada que trabalha só na primeira classe. E na segunda classe, três ou quatro. No No avião que eu viajei, Eram dois rapazes e uma moça. Então, dois comissários de uma comissária né. Serviam, faziam... In inclusive, uma hora eles passaram com um bar, servindo aperitivos. Muito engraçadinho, o bar, as garrafas todas encaixavam nos lugares devidos. Era muito engraçadinho. Tinha gelo, muito bonitinho, bonitinho mesmo o bar. SPEAKER 0: Mas é divertido. E Isso, quando o avião vem e lá, você teve a oportunidade, na Europa, de viajar com SPEAKER 1: Não, não, nós fizemos... ãh quando você compra passagem de avião, você pode comprar dois tipos de passagem, ou você compra só a passagem daqui, lá, seria então, ãh como eles dizem, São Paulo, Lisboa, Lisboa, São Paulo, fechada, né? Então aí você, chegando na Europa, é obrigado a andar de qualquer outro meio de né de transporte. Nós não, nós compramos a viagem São Paulo-Lisboa em aberto, que eles chamam. Então você pode, dentro de um certo circuito, usar as capitais que você quiser e u usar em avião mesmo. dessa passagem é um pouco mais cara, mas compensa. Porque nós estivemos vendo os preços, a Europa tem um sistema de trens muito bom. Mas o problema é o seguinte, você pode comprar aqui o que eles chamam Europass. Eles te vendem um passe, que custava na época, se eu não me engano, cento e trinta dólares. Você compra o passe e é uma espécie de passe escolar. Você pode andar com aquele passe durante um mês em qualquer trem de qualquer país da Europa. Vale para qualquer coisa. Acontece que eh lá não é tudo tão perto quanto parece. Por exemplo, Lisboa, Madri, se você for viajar de trem, você leva vinte horas viajando. Ent> SPEAKER 0: Como é que é mesmo? O mesmo sistema do ônibus, por exemplo, seria a mesma coisa? Eh SPEAKER 1: Bom, fisicamente seria assim, né? É um sistema de motor, uma máquina com um motor puxando, certo? Uma força eletromotriz que puxa. Sobre rodas normais? Não, não, não. É tudo diferente. Então, assim, se você quer saber, bom, ele tem um motor diferente dos outros também, né? Ãh Alguns a diesel, alguns elétricos, os mais comuns, né? Depois o trem é... sobre trilhos, certo, ele funciona sobre trilhos, com as rodas então especializadas para os trilhos. E, dependendo então do tamanho do trem, a gente encontra bitolas diferentes, quer dizer, a distância entre as rodas do trem maior ou menor. Então, a bitola maior, os trilhos têm que ser mais largos, a bitro mais largos eu digo mais distantes, não largos entre si, em si mesmo né SPEAKER 0: Agora, fazendo um paralelo, então eu sei que você tem carro, né? Você () Você já chegou a andar de ônibus? Já SPEAKER 1:  bastante. (riso) També> SPEAKER 0: SPEAKER 0: Você falou de trânsito, né? Hum. Que que qual seria a característica assim do trânsito assim numa cidade grande? Como é que você () () Característica principal? Bagunça. É  Não, falasse, o que o que que você po>