Inquérito SP_DID_031

SPEAKER 0: : Bom, Maria Lilian então, você poderia, por favor (), para a gente, ãh falar, como é que você poderia se comunicar com uma pessoa, sua amiga, aham assim, através de da  escrita? Se você quisesse contar alguma coisa para ela, como é que você faria?

SPEAKER 1: : Bom, va vamos fazer um caso mais geral. Então vamos supor que a gente vá ãh que eu tenho que contar um fato para uma pessoa, ou de qualquer maneira, ou escrito ou oralmente, de qualquer maneira, então. () Bom, então acho que a maneira escrita mais fácil seria a carta. faria uma carta comum, mais simples possível né, depois endereçaria para a pessoa, agora existe um novo código de endereçamento postal, né nem sei como é que funciona, não sei se sabe, não sei como é que funciona, sei que existe, mas não sei como é que funciona, então depois endereçaria para a pessoa e esperaria a resposta da pessoa, por carta, normalmente. Agora, ãh acho que há outros meios mais fáceis, mais modernos né, como o telefone, por exemplo, mais rápido da resposta, tenho a impressão que a resposta é mais i mais imedia que a gente quer. Então você telefona para a pessoa, a pessoa atende o telefone, você já fica sabendo o que você quer sem a demora da carta, porque o correio hoje em dia cada vez está ficando pior, né? Eles dizem que não, mas é. (riso) Eh, depois, o que mais? Mais um outro método, o telegrama. Poderia Bom, aí já o telegrama, eu acho que a gente só mandaria um telegrama se fosse um caso urgente ou se a gente tivesse uma um um recado importante de uma viagem, Vamos supor, uma chegada de um avião, que você quisesse comunicar o horário, ou então qualquer coisa assim, para a pessoa te te apanhar no aeroporto, qualquer coisa assim né então aí. Nesse caso, eu utilizaria o telegrama comum. Agora

SPEAKER 0: : Eu não sei como é que faz, por exemplo, para chegar a carta até a pessoa que eu que É, para chegar a pessoa que você quer (). Você disse que mandaria a carta e ende endereçaria a carta para para você. Bom,

SPEAKER 1: :  você está () Bom, eu tenho que me dirigir a uma empresa, a uma um posto de correio, claro né, em São Paulo. ### Ah, você é obrigado a comprar uma estampilha, um selo comum, sela a carta, depois lá entrega, eles carimbam (riso), te dão um comprovante se você quiser uma carta registrada ou não, né, e depois desse comprovante você, a carta segue pelo próprio correio. Uhum.

SPEAKER 0: : E aí, como é que a pessoa recebe a carta?

SPEAKER 1: : Bom, aí, dois tipos, dependendo do local onde a pessoa mora, né, se a pessoa mora num local, como até bem pouco tempo atrás era o nosso bairro, isso quer dizer que não o correio não não tinha distribuição, periférica, então a gente, ãh você é obrigado a ir ao correio procurar sua correspondência né. Então você vai até o correio, ãh diz nome ou endereço seu, e a pessoa diz, não, tem essas e essas. Ou não, ao contrário, quando há uma entrega, a pessoa mora mais próximo do centro, ou mesmo uma cidade menor que haja, então essa distribuição, a pessoa recebe automaticamente na sua residência, no escritório, onde quer que a carta () esteja endereçada. Deve ser um carteiro ou alguém, alguém que trabalhe no Correio, não sei, né?

SPEAKER 0: : Certo? Você por exemplo saberia dizer che ga a tua casa ()?

SPEAKER 1: : Não, aqui em é aqui em casa até bem pouco tempo atrás não chegava. Agora eles estão fazendo uma distribuição semanal, só.

SPEAKER 0: : E como é que vem o carteiro?

SPEAKER 1: : É um carteiro, um um rapaz comum, é isso que você quer saber? A pé até é comum, eh ele deve trazer toda a correspondência, ele tem uma pilha grande, já colocada por ordem de rua e por ordem ãh numérica, então ele já vai passando pelas ruas, já conhecendo mais ou menos onde certa rua acaba, começa a outra, então ele já vai, para não perder muito tempo acompanhando tudo, mas vem a pé, que é perto do Correio, a agência do Correio é aqui, quer dizer que ele não tem muito...

SPEAKER 0: : E se eu quisesse, por exemplo, que a carta chegasse mais rapidamente há algum tipo especi

SPEAKER 1: : Eu tenho a impressão que há uma carta expressa, né? Mas mais cara, de taxa mais cara, que tenho a impressão que eh eh ela sai no próprio dia em que você registra. Tenho a impressão, mas não tenho certeza como é que funciona, 

SPEAKER 0: :  não. E se a carta for para o estrangeiro, você tem que pagar alguma coisa mais além do selo?

SPEAKER 1: : Ah carta para o estrangeiro tem peso né, porque elas vão pelo avião, e dependendo do do peso, então você paga já o peso além do selo comum né. Inclusive, se quiser mandar, você pode mandar qualquer encomenda, qualquer pacote por aviões, mas naturalmente é caríssimo, porque a própria carta custava... um cruzeiro, dois cruzeiros, um cruzeiro e trinta, um cruzeiro e quarenta centavos, dependendo da taxa, né? Agora, o pacote, por exemplo, se quiser mandar um ele pê, vamos supor que você queira mandar um ele pê para a Europa, de samba, qualquer coisa semelhante, se quiser mandar, você tem primeiro que embalar o ele pê. Se você mandar do jeito que vai, ele vai no avião e ele vai na carga do avião, então jogam para qualquer lado, aí quebra tudo, né? Então, () você tem que obrigada a embalar. Em geral, a gente embala em isopor, que o isopor é leve e não é resistente ao choque. Então, você embala no isopor. Nisso, você perde. Tamanho, porque o pacote do isopor é grande, já fica um pacote grande. E peso né, porque me muito embora o isopor seja leve, pesa. E aí, então, já fica um pacote grande e você é obrigado a pagar. Tenho impressão que seria esse o jeito.

SPEAKER 0: : Por telefone, você falou que também poderia usar o telefone, né?

SPEAKER 1: : Como é que ()? Bom, eu tenho a impressão que o telefone é o método mais simples, né? De qualquer comunicação, hoje em dia ãh. Especialmente agora, com essa discagem direta, fica muito mais simples. Agora, então, como é que eu faço para falar com uma pessoa, vamos supor, da capital? Eh... Essa é a mais difícil. (riso) Se você quiser, por exemplo, falar com alguém dessa linha dois dois qualquer coisa, dois dois zero dois oito meia, é um inferno, você disca ele pega sempre um número que não é aquele que você estava querendo. Bom, De qualquer maneira, então você vai discar para para alguém da capital, você disca, tira o o telefone, tira o inte o gancho do interruptor, né? Disca o número que você deseja, a pessoa atende do outro lado quando é a pessoa. Agora, se você quiser fazer uma ligação interurbana, então dois tipos de ligação. A ligação direta, discagem direta à distância, que tem os siglas né, os números todos. Você já disse que, então, antes do número pedido, o número da cidade, o código da cidade, e depois a discagem ãh ou a discagem através da telefonista. Então, você chama a telefonista, espera que ela te atenda, ela te fornece uma linha e você, então, liga direto para a pessoa.

SPEAKER 0: : É, você falou que aqui na capital é mais difícil, né? Por que? Quais são as dificul ###

SPEAKER 1: : Eu tenho... Bom, sei lá, a gente não conhece companhia telefônica, não tem noção de como é que trabalha aquilo. De qualquer maneira, dá a impressão de que há uma uma aglomeração de ligações todas ao mesmo tempo. No horário comercial, por exemplo, São Paulo, Todo mundo quer falar com todo mundo. Então fica aquela loucura de mui muita gente usando os troncos ao mesmo tempo. Tenho a impressão que é isso que se passa. Mas aí você não consegue. Então você não consegue a ligação que você quer. Ago ra acontece também que essas linhas novas, que foram são as linhas antigas da três um, elas foram remodeladas e ainda não estão funcionando muito bem. Então o que acontece? Acontece que você liga. O a sigla inicial, dois dois zero, digamos, ele já pega outra coisa. A pró a própria ligação automática, eu acho que não está bem feita. Você liga  dois oito meia, qualquer qualquer linha que tenha esse dois na frente, você liga dois oito meia e depois o número. Então, automaticamente, já não dá o número que você quer. Eu tenho a impressão que é a ainda alguma falha de de ligação, além dessa falha de carga excessiva nos  troncos. Tenho a impressão.

SPEAKER 0: : Então, isso seria para o telefone e o telegra

SPEAKER 1: : ma? Como eu já tinha como eu já  tinha te dito antes, né? Se você quiser mandar um telegrama, como é que você faz? Bom, aí o telegrama você é obrigado a se dirigir ou ao Correio Central ou a alguma outra agência, já há agências, eu já nem sei se existem mais, a i tê tê, a... como é que chama aquela outra que é ali na rua... na acho que é na José Bonifácio, não, não é, não. É aqui perto é a Rua Sete Abril. Primeira Travessa, Paralela, Vila Ipiranga. Se chama aquela rua. É, a Western. Achei (riso) então você vai a i tê tê tenho a impressão que fechou. E a Western n é? Então você chega eles te dão um formulário e te explicam como é que funciona o telegrama. Porque o telegrama já é um pouco diferente eh. Até um certo número de palavras, sete se eu não me engano, você tem uma uma taxa. Se você depois passar de sete e vai até um certo número, ainda é outro preço. Depois então eles começam a contar por pa por palavra e aí já fica mais caro. Então você escreve o mais resumidamente possível. Então se você conseguir encaixar o seu recado dentro daquelas sete palavras, Bom para você porque fica dentro do pe do preço padrão. Se não, você é obrigada, depois eles contam, por palavra. Então você tenta resumir o mais que você pode, vamos supor. Então você tem um um recado de uma pessoa que vai chegar num voo ãh e você precisa que vá pre precisa que a pessoa vá te apanhar no aeroporto. O que que você faz? Então você diz... Se você for explicar, eu chego, hora tal, acontece que os voos, por exemplo, nunca vêm na hora marcada. Então é mais interessante você dizer, chego, voo tal, companhia tal. Por exemplo, voo quatroc aeroporto, então a pessoa já fica sabendo o que quer que vá buscar e o voo é aquele, então entra em comunicação com a () e fica sabendo a hora exata que chega ou não, né? Então o interessante do telegrama é isso, é você resumir o máximo que você pode, do que você vai dizer, e eles te dão o formulário, você preenche, eles corrigem o seu formulário, porque muitas vezes a gente põe coisas que não necessita, vírgula, ponto e... ou qualquer coisa, qualquer expressão a mais que eles acham desnecessária para você quer fortalecer, porque a gente escrevendo escreve sempre. Então eles tiram, por exemplo, se você puser beijos e abraços, eles cancelam um dos dois, porque acham desnecessário os dois, né? Automaticamente um já inclui o outro. Então essas coisas eles corrigem, aí te dão, você vê se está bom. E e depois embaixo ainda vem também um código, que é o ah o seu nome, o seu endereço ãh e o a sua zona postal, et cetera, no telegrama.

SPEAKER 0: : Bom, e um outro meio de comunicação, aí não mais para gente comunicar o fato, mas para gente saber os fatos que acontecem seria o.

SPEAKER 1: : Sim, a própria imprensa. Então né então a imprensa escrita e a imprensa falada, certo? Então vamos separar em duas partes que fica mais fácil de falar. Então, começando a falar pela imprensa falada né, pela imprensa escrita que é mais fácil, ãh os jornais, as revistas, ãh mais alguma Bom, vamos além dos jornais diários, os sema os os semi os semanários, os alguns outros que são mensais, alguns quinzenais, et cetera. Bom, em suma, jornais e revistas né. Os jornais diários aqui em São Paulo, nós temos uma porção, um número grande de jornais funcionando, eh de várias linhas, e eu acho até bom que a gente, se a gente tem tempo né, lê três, quatro ao mesmo tempo para poder ter uma ideia global da notícia, porque é claro que cada pessoa transmite, comunica aquilo que lhe atinge. Então, uma notícia de um atropelamento, ãh se é escrita por um por um jornalista, ela vem de um jeito. Por outro, ela vem do outro. Então, é bom, seria bom se a gente tivesse tempo, né? Tivesse tempo de ler, vamos dizer, cinco, seis jornais para tirar a média e chegar à conclusão do que realmente aconteceu, né? Isso seria o ideal. Então... São Paulo tem várias várias cadeias né de jornais, vamos dizer assim, várias linhas, cada um de um estilo. Depois dos jornais, as revistas. Essas revistas, então, a maioria, semanais. Revistas, então, sobre arte, sobre cinema, sobre televisão, sobre o que mais? As revistas mesmo, de Pato Donald, Tio Patinhas, quadrinhos em geral. () Existem também os quadrinhos, que eu também leio aqueles quadrinhos... Como é que chama? Foto novela, né? Algumas são quinzenais também e as mensais, manchete, cruzeiro. Então essas já são mais informativas. Tem a Veja, que é semanal muito boa também, essa também é informativa (). Então essa seria a imprensa escrita. Ah... Agora a imprensa falada é a parte da imprensa pelo rádio e pela televisão. Essa parte então comunica. A mesma coisa, a pessoa transmite simplesmente as notícias que são escritas na imprensa, mas então pelo rádio, pela televisão, através dos locutores. O que mais a gente pode dizer?

SPEAKER 0: : Você você falou em jornais, revistas, você deu alguns tipos de revista. Haveria também alguns tipos específicos de jornais ou  ou não? Por exemplo, no jornal a gente pode encontrar o quê? Não não

SPEAKER 1: : Exi stem tipos e tipos de jornais ãh. Há um jornal, vamos supor, mais sério, digamos assim, um jornal que mais objetivo, ele encara a notícia com mais objetividade e dá a notícia. É claro que dentro da linha do próprio jornal, mas ele então tem um pouco de tudo, como você mesmo falou. Ele tem a sua sessão policial, tem a sua sessão de esporte, tem a sua sessão de de arte, tem a sua sessão de de crítica, sua sessão de política. Ele tem, então, todas as ãh... Se você ele se você for observar um jornal desse tipo, você vai encontrar todas as sessões funcionando. Agora, há certos tipos de jornais jornais que se ãh dedicam a uma uma sessão, simplesmente. Então, os jornais que se dedicam mais à parte de esportes, os jornais mais à parte de crimes, à parte policial. Ah há jornais ãh só de arte, por exemplo. Vamos diz er. Então, aí, se você tivesse interessado no assunto, particularmente, né? E se, nesses jornais que vo

SPEAKER 0: : cê encontra um pouco de tudo, haveria, assim, uma ordem determinada ou não? Ah

SPEAKER 1: : Ah, sim. Ah Não, e e é o jornal...  () seria esse () Bom, em geral, o jornal vem com a primeira capa de manchetes. Então, são os assuntos explosivos do dia, os assu os assuntos notícias, os assuntos novidade. Então, o que aconteceu no mundo não é de mais importante é o que vem em manchete. Nessa primeira página, a gente quase nunca encontra um artigo completo. Sempre vem manchete com alguma explicação a respeito da manchete e depois o artigo é inserido num outro num outro caderno, numa outra folha. Depois vem política, a política internacional. nas páginas seguintes, duas, três páginas dependendo da quantidade, aí com assuntos de correspondentes estrangeiros ou mesmo do dos próprios, dos ah a editorial do jornal também, a parte do jornal pela qual o jornal se responsabiliza, comentário sobre algum fato em geral, depois a política nacional, depois há uma parte de economia em que se conta de bolsa e e ações, mercado de capitais. Depois há uma parte de esportes, em geral, futebol, notícias a respeito. Depois há uma parte mais leve de artes, de notícias do cinema, notícias a vida social da cidade. E uma parte, assim, de divertimento, onde você encontra os quadrinhos, (riso) você encontra palavras cruzadas, você encontra uma espécie, outra espécie de qualquer

SPEAKER 0: : () Ãh... Eu não sei se você tem conhecimento, aí eu estou lhe perguntando né, de como funciona o jornal na fabricação. Você saberia

SPEAKER 1: : Eu tenho alguma noção. Vamos ver, eu vou falando e você vai me corrigindo. Vamos ver até onde eu sei. Bom, a a notícia é coligida pelo repórter né. Repórter de rua ou mesmo qualquer outro tipo de repórter. Então o repórter ãh leva a notícia para o jornal. Aí, essa notícia, uh em geral, não é o repórter que faz a reportagem. Ele simplesmente ãh colige o dado e leva. Essa, então, é entregue para o redator. E o redator é que coloca em ordem, vamos supor, de uma ordem mais mais de notícia aquilo que ele trouxe. Então, a notícia é re redigida, então, na redação. Depois, há o redator-chefe, que algumas vezes faz a correção, algumas vezes não faz a correção, deixa por isso mesmo. Então, os redatores todos encaminham para a parte de revisão. Então é uma parte um pessoal especializado só em corrigir o que os outros escreveram. Então corrigir acentos, corrigir colocação de adjetivos, colocação de nomes em ordem certa e mesmo também, ãh agora não sei como é que se como é que é o termo técnico que eles usam quando você coloca numa numa página, a paginação né que eles chamam. Eu tenho a impressão que é paginação, que eles colocam, porque as palavras têm que terminar todas no mesmo lugar, é paginação, o nome daquilo, né? Então, há pesso o pessoal da paginação, então, eles arrumam. Depois disso tudo, então, vai para a parte a parte da impressão. Então, passa para as má para a pessoa que passa da notícia para para o papel especializado, depois do papel especializado para o linotipo, e o linotipo, então, imprime a quantidade que eles desejam já.

SPEAKER 0: : Não sei se eu tomei. Está certo... e quando a gente Você falou que a notícia  é coligida né pelo re pelo repórter né na rua. Certo. E o repórter, em geral, pode ser acompanhado por uma outra pessoa, por exemplo, se querem mostrar a notícia, assim para a pessoa como é que, para quem vai ler o jornal. Como assim? Só, não só ler, por exemplo,

SPEAKER 1: : Ah, as fotos, é isso que você está dizendo? Claro, não, eh eu esqueci desse fato. Ah eles inserem aqui, ali, algumas fotos tiradas, em geral, na cena, ou então, radiofotos que são mandadas do exterior pelas agências internacionais. Então, a radiofoto já é um tipo de fotografia diferente que vem pelo rádio, vem por ondas de rádio, e quando chega, então, ela eh ela nós temos aqui um aparelho emissor que, então, trans transforma novamente aquela onda de rádio em foto. Então ela é lá, emitida como de foto para rádio. Chega aqui, ela é recebida então e passa de de rádio para foto. Então são as radiofotos, que em geral não ficam muito boas n é? Ficam meio meio opacas, meio apagadas, meio borradas. Não ficam muito boa. Mas () Tinha me esquecido de fato, você tem razão, as fotos. Né tem muitas fotos, por sinal. Na Especialmente na parte social, é muito comum encontrar casamentos e outras coisas.

SPEAKER 0: : Bom, eu acho que assim, nessa área, acho que já já está muito bom. Você fa ou sobre a Europa, né? Você foi como  para a Europa? Ãh... De  avião. De avião. É (). Então, eu gostaria que, se fosse possível, você  falasse como é que foi a sua viagem de avião. Mas aí também, quer dizer, desde a sua saída daqui, que que se encon ###

SPEAKER 1: : Você vai querer saber.

SPEAKER 0: : () (riso) () Não. Não, eu posso contar também, que não tem nada de muito excepcional. () (riso) Então, ãh

SPEAKER 1: : Bom, o problema, é vamos ver, é uma viagem, então nós nós fomos para a Europa em junho, fim de junho, para passar julho inteiro lá. E foi um problema desagradável, porque nós saímos daqui muito frio, Então, no aeroporto, a gente estava com roupa quente, inclusive de chapéu na cabeça, que era é moda na época e. E depois quando, assim que o que o avião levantou, porque nós fomos de São Paulo para o Rio, de ponte aérea, aí depois do Rio, apanhamos o Boeing no Rio para ir para Lisboa, via Lisboa. Então, já quando chegou no Rio de Janeiro, já começou a sobrar roupa, quer dizer. Então que quando chegou em Lisboa, sobrou mais ainda, que cada vez mais quente né. Bom, Então, ãh o aeroporto, como é que como seria o funcionamento do aeroporto em si, vamos dizer. Depois da você compra a passagem, a passagem não é necessariamente comprada no aeroporto, como de fato não foi comprada no aeroporto. Nós já tínhamos a passagem anteriormente né. Depois um outro, a dor de cabeça danada para passaporte. Depois que você tem, então, os documentos necessários, a passagem, o seu passaporte, a vacina que você é obrigado a tomar no próprio aeroporto, vacina, vacinação de saída e de entrada. Eles fazem sempre isso, né? Né Então você chega ao aeroporto no dia do embarque. Então, nesse dia você se dirige ao balcão da companhia que você vai viajar e entrega a eles toda a sua documentação, ou seja, o seu passaporte, esse certificado de vacina e a sua passagem. Então, eles eh carimbam a sua passagem, depois você põe as suas malas, as malas que você levou, eles pesam as suas malas, porque você só pode levar vinte quilos, então eles pesam. Se você tem excesso de peso ou menos, eles carimbam quanto peso você tem. As malas já ficam no balcão e vão automaticamente por uma esteira rolante dessa esteira para para um carrinho de dos carregadores. Os carregadores é que levam para dentro do do da ba do bagageiro do avião. Quer dizer, a gente já não vê mais as malas. Você fica só com a sua bagagem de mão, que em geral é a sua bagagem mais pesada, porque essa não é pesada no aeroporto. (riso) Então é onde a gente põe os chumbinhos né, como a gente diz. Tudo que for pesado você põe na bagagem de mão que fica melhor. Bom, então você fica só com a sua bagagem de mão, com o passaporte e com a passagem já carimbada e fica no saguão do aeroporto aguardando a chamada. Aí eles chamam a voo, pelo número do voo, voo setecentos e noventa e dois, Varig, Tápios, qual for a companhia, então dirige-se ao embarque pelo portão quatro, portão cinco, você então entra por um portão. Na época que eu fui ainda não existia, agora existe uma uma fiscalização, que eles estão eh revistando pessoa por pessoa, bagagem de mão e a pessoa, para ver se a pessoa tem qualquer arma, qualquer explosivo para evitar os sequestros, então você passa por um funil, digamos assim, onde há alguém da polícia, polícia feminina e polícia comum, Você passa, eles te revistam, depois você entra, passa por uma por um portão central, que ainda é um corredor, no fim desse corredor tem o a grade final. Depois dessa grade você já tá dentro da pista. Então, ah já agora eu soube que há uma inovação em aeroporto de Congonhas, que não havia naquela época, você vai a pé, pelo pela pista mesmo, até o avião, sobe pela escada no avião. Nós fomos num avião comum de ponte aérea até o Rio, porque o Boeing, como não pode descer aqui em São Paulo, a gente teria que apanhar ou em Viracopos ou no Rio. Então, era mais fácil para gente vir a Congonhas, de Congonhas já pega ponte aérea para o Rio, do Rio direto para a Europa. Agora aqui fizeram uma inovação no aeroporto. Puseram um ônibus, coisa que eu acho profundamente antiestética. Em todo caso, eles acham bom. Puseram um ônibus para você ser conduzido desse último portão, dessa última grade que eu disse, até o avião. Então, eles encostam e você se dá o trabalho de subir no ônibus para descer dois metros depois. Mas, de qualquer maneira, acharam que era assim né. Em algumas vezes, de fato, os aviões pousam muito longe. Então, talvez seja necessário. Eu não sei. () Depois, no Rio, Quando o avião da ponte aérea pousa, você já é isolado da maioria dos passageiros. Esse avião de ponte aérea é um avião especial, não é um avião comum. E você é isolado em uma sala especial, onde você já não sofre mais nenhuma revista, nem coisa nenhuma. Você fica simplesmente aguardando que os outros passageiros do Boeing, que são do Rio, entrem, façam o mesmo sistema que você fez aqui em São Paulo, e depois, quando eles estiverem prontos, então é dada a ordem de subida no no Boeing, e a gente já sobe outra vez pelo mesmo sistema, passa por uma escadaria, desce essa escadaria por um portão, portão, uma grade final, depois então direto dentro do Boeing.

SPEAKER 0: : E o avião dentro? Que quais são as pessoas que estão vendo? Ah

SPEAKER 1: : Bom, o avião dentro é horrível. () Embora todo mundo ache por aí que viajar de avião é uma delícia, ele é uma a única vantagem que há é o tempo. que você fica simplesmente nove horas dentro do avião e sai do Rio e chega a Lisboa. Então isso é ótimo para quem tem pressa de ver as coisas e de, que se for for viajar de navio você leva doze dias. Pode ser que seja muito divertido você ficar a bordo brincando e tal, mas eh chega no quarto dia você já não tem mais o que fazer né. Então é a única vantagem, porque o Boeing é muito mal construído, ele é um avião estranho. Ele  foi feito, não sei como, mas com três Três poltronas, uma do lado da outra. Acontece que como não havia espaço para que aquelas poltronas fossem grandes, eles fizeram três poltronas pequenas. Bom, começa aí o problema. Então, você senta. Nós estávamos em duas pessoas, então já senta com você uma terceira pessoa estranha, que já não é muito agradável. Bom, aí ãh você senta no avião, a pessoa senta ao seu lado, que você não sabe quem é, e eles pedem para que você aperte o cinto de segurança, vai ser dada, então a ordem do avião levantar, a torre dá ordem o avião levanta. Bom, então nesse instante você está preso até aí não há muito problema porque você é obrigado a ficar com o banco na posição vertical e preso. Então aí não há muito problema ainda. Um outro problema desagradável no avião é que você não pode colocar essa bagagem de mão, famosa bagagem de mão na Então você tem é obrigado a colocar e não pode deixar no corredor, porque o corredor é estreito de passagem. Então você é obrigado a deixar sobre os seus pés. Conclusão, você não tem onde pôr os pés, porque fica aquela mala, que em geral é grande, que de mão ela não é. Então fica aquela mala bem no meio das suas pernas e você não tem onde se mexer. Até aí ainda não é muito grave, enquanto o avião está levantando vai tudo bem. Quando o avião levanta, de fato, então eles dão a ordem para que você solte o cinto de segurança e aí você pode mexer com o en com o encosto do. da poltrona que é reclinável. Então, você reclina. Então, como você reclina, o da sua frente também reclina. E quando ele reclina, o encosto dele vem parar em cima de você. Então, o pouco espaço que você tinha ainda fica diminuído. Até aí, tem nada. Bom, aí o avião levanta, eles servem logo. Ele levanta, em geral, muito tarde da noite. Levanta onze, meia-noite, bem tarde. Então eles servem uma refeição ligeira para o pessoal e depois já anunciam que já está na hora de dormir, quem quiser fazer mais alguma coisa, passear. E nessa hora começa o a tragédia do Boeing, porque a gente em três ãh numa fila do avião. Se a pessoa da ponta, isso quer dizer a minha esquerda, eu estou sentada, vamos supor, na poltrona central, então há uma poltrona à minha direita e uma em minha esquerda. Se a poltro Mas a pessoa da minha esquerda resolve se levantar para passear pelo avião, primeiro ela começa tendo que empurrar a pessoa que está na frente, porque o encosto está muito derrubado, está em cima. Então ela empurra a pessoa da frente. Ela tem que passar por cima de você. Então, automaticamente, ela empurra a pessoa da frente, empurra os outros três da frente. Passa por cima dos seus pés, por cima dos pés do outro e vai. Bom, aí então os que estão na frente, que acordaram quando a poltrona foi empurrada para frente, (riso) empurram novamente o encosto para trás, se acomodam outra vez. Aí aquele passageiro que levantou para passear volta, então outra vez o processo inverso, ele empurra outra vez as pessoas, (riso) acorda todo mundo outra vez e senta outra vez. E nisso a gente fica, né? Depois, uma coisa interessante que eu achei no avião, no voo do avião, é a mudança de horário. Uma coisa que a gente sente muito, mudança de horário, que são três horas daqui a Lisboa, três horas de fuso horário, e a gente sente essa mudança, porque ãh a gente vai, vamos supor, às onze horas, o voo sai às onze horas, e deveria chegar lá, onze horas mais nove né, deveria chegar lá às oito horas da manhã, e a gente chega às cinco horas da manhã, então chega, o dia está começando a clarear, e o corpo sente falta daquelas três horas de sono, então essa é uma... mas eh em em geral é uma viagem divertida, viagem de a de avião.

SPEAKER 0: : O pessoal de dentro do avião, o pessoal que trabalha?

SPEAKER 1: : O pessoal que trabalha, a tripulação, né? Dependendo do tipo do avião, a tripulação é diferente. Quando você viaja num voo caseiro, como eles chamam, que são esses voos internos, você tem só, ãh quando muito, dois comissários de bordo. Então são uma espécie de garçons que te servem comida, ãh te emprestam um jornal, uma revista ou qualquer coisa assim. Há o comandante, que é quem dirige o avião, um um copiloto, que trabalha junto com ele, e de fa quando o avião é grande, eles são os dois comandantes. Algumas vezes, não. Quando o avião é pequeno, é só o comandante, o outro já é não é tão graduado. Depois, há um radiotelegrafista, que transmite e recebe as ordens da torre do avião. Ãh acho que só ãh o radiotelegrafista, o comandante, o copiloto e os comissários de bordo. Acho que só, não? Sim, os comissários em geral, comissária e comissário né. Agora, dependendo do tamanho do avião, o número de comissários é maior. Por exemplo, os Boeings que são duas classes, tem classe A. primeira classe e a classe B, classe turista. Então, na primeira classe, aquela classe, sim, já é muito gostosa. Primeiro que são só duas poltronas, realmente poltronas e não micro poltronas, para você sentar, e elas são, além de reclináveis, giratórias. Então, é uma delícia, sabe? É. É, mas a primeira classe não é assim para qualquer um. (riso) A gente não vai nela não, só para olhar, né? Então, essa primeira classe tem, em geral, uma comissária especializada que trabalha só na primeira classe. E na segunda classe, três ou quatro. No No avião que eu viajei, Eram dois rapazes e uma moça. Então, dois comissários de uma comissária né. Serviam, faziam... In inclusive, uma hora eles passaram com um bar, servindo aperitivos. Muito engraçadinho, o bar, as garrafas todas encaixavam nos lugares devidos. Era muito engraçadinho. Tinha gelo, muito bonitinho, bonitinho mesmo o bar.

SPEAKER 0: : Mas é divertido. E Isso, quando o avião vem e lá, você teve a oportunidade, na Europa, de viajar com

SPEAKER 1: : Não, não, nós fizemos... ãh quando você compra passagem de avião, você pode comprar dois tipos de passagem, ou você compra só a passagem daqui, lá, seria então, ãh como eles dizem, São Paulo, Lisboa, Lisboa, São Paulo, fechada, né? Então aí você, chegando na Europa, é obrigado a andar de qualquer outro meio de né de transporte. Nós não, nós compramos a viagem São Paulo-Lisboa em aberto, que eles chamam. Então você pode, dentro de um certo circuito, usar as capitais que você quiser e u usar em avião mesmo. dessa passagem é um pouco mais cara, mas compensa. Porque nós estivemos vendo os preços, a Europa tem um sistema de trens muito bom. Mas o problema é o seguinte, você pode comprar aqui o que eles chamam Europass. Eles te vendem um passe, que custava na época, se eu não me engano, cento e trinta dólares. Você compra o passe e é uma espécie de passe escolar. Você pode andar com aquele passe durante um mês em qualquer trem de qualquer país da Europa. Vale para qualquer coisa. Acontece que eh lá não é tudo tão perto quanto parece. Por exemplo, Lisboa, Madri, se você for viajar de trem, você leva vinte horas viajando. Ent ende? Então você Ãh se você for viajar de noite, você chega na ci na outra cidade, supor Madri, no dia seguinte, você está arrasado de cansado, porque vinte horas numa viagem de trem, por melhor que seja o trem, e esse trem que faz ligação Lisboa-Madri não é tido com muito bom. Então, já que havia esse precedente de ter que viajar de avião, depois me parece que a viagem em Madrid, Paris, também é grande assim. Então, como havia esse problema, nós já incluímos o circuito total de avião. Então, nós viajamos sempre de aviões. Agora Tipos de aviões diferentes, porque já lá dentro, voos domésticos, como eles chamam, muito embora sejam internacionais também, porque são entre nações lá né, mas são voos domésticos. Então, a gente viaja de (). outros tipos de aviões menores, até mais confortáveis do que o Boeing, por incrível que pareça, mais gostosos ãh. Depois, uma coisa interessante, o serviço de bordo, que, como eu disse né, ele serve um lanche. Então, dependendo da companhia em que você viaja, o lanche é diferente, certo? Então, nós tivemos a oportunidade, como a gente, ah nosso voo era em aberto, a gente marcava a passagem para o dia que a gente quisesse. Então, supor, a gente diz, bom, vou ficar dez dias em Paris, no décimo dia eu quero ir para a cidade tal. Então, ãh nesse dia só tem uma companhia, os () que viajam nesse dia, então eu vou pela (). ### Então, ãh nesse dia só tem uma companhia, os () que viajam nesse dia, então eu vou pela (). Quer dizer, que eu não era escolha da gente dizer, eu quero viajar pela (), não. Era o dia que a gente queria, então calhava de ser (), então a gente viajava pela (). Então assim, foi bom porque a gente experimentou o serviço de bordo de várias várias companhias. ### O serviço de bordo da () é muito bom também, eles servem refrescos diferentes, queijos diferentes. Já o serviço da Air France, que é famoso no mundo todo, já não é a grande coisa. Mas é Então, foi bom que deu para a gente analisar assim vários tipos.

SPEAKER 0: : Quer dizer que você não teve a oportunidade então de viajar de trem lá na Europa? Ãh

SPEAKER 1: : Não. Muito embora eu conheça alguma coisa. Eu conheço uma porção de gente que que andou por lá, de trem. Por isso é que eu já não me arrisquei. Né, (riso) mas, em todo caso, o que que eu poderia te contar? Por exemplo, então, os trens europeus ãh são, em geral, muito bons né. O famoso trem uh italiano dizem que é uma maravilha. Muito embora eu não conheça. Dizem que é uma maravilha. Funciona muito bem. Dizem que são de luxo. As cabines são muito gostosa. Agora, existe um outro trem da França, desse já se fala muito mal, ele tem uma um a sessão de primeira classe, então, onde você encontra leitos, ãh cabines com dois leitos e cabines com quatro leitos. Depois, há uma sessão também de primeira classe de poltronas, para as pessoas viajarem sentadas. Depois, há uma uma sessão de segunda classe também de poltronas, só que poltronas inferiores, então, onde umas são estofadas, as outras não são, assim. onde lá há mais espaço, aqui há menos espaço. Assim, essas diferenças Depois há uma sessão, que é uma espécie de um corredor, digamos assim, de turistas. E eles, então, encaixam leitos naquele corredor de um lado e do outro. Então são seis leitos por ãh compartimento, vamos dizer assim. Três de um lado, três do outro. E eles vendem esses leitos isoladamente. Então Isso quer dizer que você vai dormir e não sabe nem com quem, porque são três pessoas num andar, três no outro, e vendidas assim, homens, mulheres, crianças, indiscriminadamente. Quer dizer que não há, certo?  E... Isso tem um nome na França? Ai, não estou conseguindo lembrar agora, mas tem um  nome. Não consigo lembrar o nome, mas há um nome técnico para essa sessão especial. Depois há também tipos de trens diferentes, a Litorine né, que é um trem especial, ele é simplesmente um vagão. um vagão-locomotivo, aí ele sozinho se locomove, e então é muito mais cômodo, porque ele é maior, mais amplo, mais moderno, mais bem construído. Então, isso eu digo porque conheço aqui de São Paulo, não conheço de lá. De lá, então, de parte de trem, de lá, eu não conheço quase nada.

SPEAKER 0: : Lá, ãh qualquer ãh sem ser a litorina, haveria, assim, diferença de vagão e locomot iva? Quer dizer, uma parte seria vagão e outra locomotiva? Ah

SPEAKER 1: :  sim, o trem comum tem a parte Né na parte central, tem... É isso que eu estou dizendo. Então ele tem eh... Quando eu eu quis dividir em classes, cada classe é um vagão isolado. Então, além além da locomotiva, essas classes vêm isoladas. Qual seria a diferença entre a locomotiva e o vagão? Bom,  a locomotiva é a parte motriz. do trem. Então é a parte que puxa, a parte que faz força onde se localiza então as máquinas, toda a parte de ãh combustível, o pessoal técnico que trabalha no trem não é. Depois já os vagões não, ainda existem também. Agora a ordem de colocação dos vagões me parece que também é importante. Parece que os vagões que ficam na parte traseira do trem jogam mais com o efeito das curvas do trem. Então essas essas classes inferiores ficam atrás. Então me parece que vem o a locomotiva, da locomotiva ãh tem o carro-restaurante, se eu não me engano, então você vai almoçar, jantar, onde eles preparam as refeições, depois vem primeira classe, ãh primeira classe especial, que seriam os leitos, depois primeira segunda classe simples, segunda classe turista, depois esses leitos diferentes. Ora, já a litorina não tem esse problema, porque já é só um vagão que se auto-locomove, quer dizer, sozinho não tem dois tipos de... C

SPEAKER 0: : erto? E esse pessoal que trabalha dentro do trem, também é algum nome especial ou você conhece hum

SPEAKER 1: : Ah, sim. Não sei bem como é que funciona. Eu sei que existe ãh o chefe do trem, que é o que faz toda... Esse chefe de trem, pelo que me parece, que eu conhe hum conheço muito pouco o trem, em todo caso, uma noção assim, me parece que o chefe de trem é o que fica circulando no trem para verificar ãh essas ligações entre os vagões, porque os vagões são ligados uns aos outros por uma espécie de uma ponte. Então as portas dessas pontes eh convém que fiquem fechadas né, porque senão entra muito frio ou é capaz de até alguém cair ou qualquer coisa. Então esse chefe de trem é o que fica passeando, ci circulando e verificando a ordem, verificando se as pessoas estão dormindo, se alguém precisa de alguma coisa. No vagão-restaurante funcionam, além do cozinheiro, os garçons. E lá na frente da locomotiva, não sei te dizer quem é que funciona, quem é que não, eu nunca entrei num numa parte central.

SPEAKER 0: : Como é que o trem an Como é que é mesmo? O mesmo sistema do ônibus, por exemplo, seria a mesma coisa? Eh

SPEAKER 1: : Bom, fisicamente seria assim, né? É um sistema de motor, uma máquina com um motor puxando, certo? Uma força eletromotriz que puxa. Sobre rodas normais? Não, não, não. É tudo diferente. Então, assim, se você quer saber, bom, ele tem um motor diferente dos outros também, né? Ãh Alguns a diesel, alguns elétricos, os mais comuns, né? Depois o trem é... sobre trilhos, certo, ele funciona sobre trilhos, com as rodas então especializadas para os trilhos. E, dependendo então do tamanho do trem, a gente encontra bitolas diferentes, quer dizer, a distância entre as rodas do trem maior ou menor. Então, a bitola maior, os trilhos têm que ser mais largos, a bitro mais largos eu digo mais distantes, não largos entre si, em si mesmo né

SPEAKER 0: : Agora, fazendo um paralelo, então eu sei que você tem carro, né? Você () Você já chegou a andar de ônibus? Já

SPEAKER 1: :  bastante. (riso) També

SPEAKER 0: : m. Então, eh a gente fez curso em cidade universitária, então... Então, eu gostaria que você fizesse assim, um um... Descrevesse ou fizesse um apanhado geral, como que é o ônibus. Por exemplo, se andar aqui dentro da cidade de São Paulo. Quer dizer que não é, eu sei que não é muito feliz ()? (riso)

SPEAKER 1: : Comparação meio estranha, em todo caso, vamos  lá. ### Teoricamente, eles não tem nada de diferente um do outro. Mas assim por... Certo? Dentro. É, vamos supor então, teoricamente, quer dizer, na parte mecânica, eles não não tem nada que a gente possa diferenciar. Isso quer dizer, cada um deles tem um motor, Obviamente o motor do ônibus, como tem que carregar muito mais peso, então tem mais potência. O motor do automóvel tem menos potência, isso quer dizer mais força do motor. Eles todos têm um sistema de câmbio, de diferencial, isso que é um sistema que transmite a força do motor para os para as rodas que giram, certo? E uma direção. () Então, teoricamente, os dois funcionam da mesma maneira. Então, só que as diferenças. O  ônibus é maior, já que ele se destina a um transporte coletivo de muitas pessoas né. E ele tem, então, algumas diferenças. Uh Ultimamente, eles estão fazendo uns ônibus onde se faz uma cabine isolando o motorista, para evitar que a barulheira do ônibus atrapalhe quem está dirigindo. Chega só a barulheira do trânsito. (riso) Eh Uh o motorista já fica isolado. Então vamos tentar descrever um ônibus, vamos ver. Seria a parte cen da frente, à esquerda, a gente vê o motorista sentado e em geral isolado com uma cabine de vidro. Depois, à direita do motorista, há uma parte central do motor do ônibus que vem ainda para cima da parte da lataria que se vê. Então ali tem câmbio e tem mais umas outras partes de motor. Alguns ônibus ainda tem mais à direita, na ponta direita do ônibus, alguns bancos isolados, dois bancos individuais, em geral. Alguns tem, outros não. Depois a gente encontra uma série de bancos de duas dois lugares, duas em duas pessoas. Depois, há uma divisão entre as pessoas que já pagaram, as pessoas que ainda não pagaram, ah uma pessoa sentada, o cobrador, a borboleta por onde as pessoas passam, pagam, e a parte traseira do ônibus,  funciona mais ou menos da mesma maneira, só que então onde seria o fim do ônibus, a parte final do ônibus, um banco completo, um banco total, um banco de pa de parede a parede do ônibus, certo? Então, duas portas, a porta de entrada, que você entra pela traseira, atravessa a borboleta e desce pela po

SPEAKER 0: : Você falou de trânsito, né? Hum. Que que qual seria a característica assim do trânsito assim numa cidade grande? Como é que você () () Característica principal? Bagunça. É  Não, falasse, o que o que que você po de encontrar, não existe, né, trânsito? (riso) O trân sito não eh De fato, eh está

SPEAKER 1: :  tudo tão parado que não (riso)  não há trânsito, tem razão, ah mas. O que que você quer saber sobre o trânsito?

SPEAKER 0: : Como é que é o trânsito () cidade gran de? O que que você pode encontrar?

SPEAKER 1: : Cada cidade eh ca eh cada cidade tem um departamento especializado para trânsito, seria um departamento... encarregado de organizar o trânsito. Então, vamos ver o que que a gente chama de organizar esse trânsito. Organizar o trânsito seria fazer um estudo do escoamento do trânsito. Então, as zonas mais procuradas, as zonas menos procuradas, ruas muito procuradas, ruas não procuradas e assim por diante. Então, ãh quem trabalha no departamento de trânsito devia fazer, a priori, uma espécie de uma enquete ou mesmo observação né para ver ãh que ruas são as mais necessitadas, as que não são, e depois traçar um esquema de fluxo para esse trânsito todo. Então, esse seria o trabalho inicial de uma planta da cidade de São Paulo, dizer estas, estas e estas avenidas, estas e aquelas ruas são as importantes, são as mais solicitadas nas horas do rush. Rush, então, seria a hora mais importante, né ma mais confusa. Depois disso feito, então, eles organizam o fluxo num sentido e no outro. Para que essas avenidas, que algumas vezes são estreitas e não comportam ãh dois dois duas mãos de movimento, uma mão de ida, uma mão de volta, então eles organizam ruas paralelas que desemboquem próximas, então uma delas vai num sentido norte-sul, digamos, e a outra vem no sentido sul-norte. Então assim, há corrente de trânsito para um lado, há corrente para o outro e não atrapalha. Outra coisa que eles deveriam fazer, que ãh maneira geral não fazem, seria proibir o estacionamento nesse tipo de rua. Porque a rua já é em si estreita, já é uma rua muito demandada. Além de tudo, carros estacionados dos dois lados, o que diminui consideravelmente. Né um automóvel deve ter uns dois metros mais ou menos de largura, digamos assim, dois e dois, já se tira quatro leito de leito carroçado. Quer dizer, é muito muita Quatro metros de leito carroçado é muito para se tirar do trânsito. ainda os cruzamentos importantes, então eles estudam quais os os cruzamentos, quais os mais importantes e sinalizam então esses cruzamentos, dando preferência para uma uma via, depois para outra via, isso mais ou menos devia ser outra coisa que não é feita, devia ser cronometrada para que você não fique, por exemplo, parando sistematicamente em toda a esquina. Então se os sinais fossem cronometrados, então você poderia parar ou passar ou parar de uma vez. Certo. O que mais?

SPEAKER 0: : Há alguém especial que cuida do trânsito, por exemplo?

SPEAKER 1: : Sim, além disso tudo, depois disso tudo colocado, então, ah eles colocam placas que indicam aquilo que eles estão querendo, certo? Isso quer dizer, não vire à esquerda aqui, não vire à direita ali, essa rua é mão só para a direita, essa rua mão só para a esquerda, ãh você não pode estacionar aqui, aqui tem direito a estacionar por meia hora, e há então várias, uma série de placas ãh que representam, são símbolos representando ah o que eles querem que você faça ou que deixe de fazer. E, é claro, tem que haver uma fiscalização, porque simplesmente colocar uma placa dizendo, estacione aqui, não resolve nada né. Então, há uma equipe de guardas especializados que (riso) trabalham então no trânsito, ãh verificando, fiscalizando, multando quando preciso, quando a pessoa infringe a lei, eles multam, quando não. Certo?