SPEAKER 3: ### SPEAKER 2: de mil novecentos e setenta e dois. Silvio, você poderia então falar para nós assim ah o que que a gente pode encontrar assim dentro das operações bancárias, se você quiser colocar dinheiro, por exemplo, no banco, o que que você poderia fazer ou o que SPEAKER 1: teria que fazer? Eh, primeiramente, teria que abrir uma conta no banco e e chegar até... ( ) Primeiro, escolher o banco de preferência, que seria indicado por uma pessoa ou pela publicidade. Ao chegar ao banco, procurar-se-ia um um escriturário e se pediria para abrir uma conta. ( ) imediatamente traria umas fichas de preenchimento, onde, principalmente hoje, seria necessário seria seria necessário o preenchimento de toda a vida pregressa da pessoa, por imposição de imposto de renda, com os números do sic e referências de outros bancos e a apresentação de duas pessoas. Se o cliente é muito importante e traz muito dinheiro, provavelmente ele seria apresentado ao gerente. Se for um cliente normal, ele apenas estaria ligado a este funcionário secundário do banco. Aprovada a ficha do cliente bancário, do futuro cliente, então seria Seja requisitado já que aquele declinasse, ele desejaria fazer um depósito em cheque ou em dinheiro, depósito inicial. Então ele registraria as firmas usuais no cartão de ficha, no cartão de assinatura e faria o primeiro depósito. E dependendo desse depósito, se for um depósito acredito acima de cem cruzeiros, já pode ter retirar o seu o talão de cheque imediatamente. Caso contrário, o talão de cheque será entregado à por> E o talão de cheque, o primeiro talão de cheque é sempre entregue provisório, nunca tem o nome do indivíduo registrado atrás, às vezes pode estar registrado à máquina. O segundo, terceiro talão já vem com aquela plaquinha, aquela chanfra que individualiza o cliente bancário. E a partir daí, o cliente já do banco pode movinar movimentar sua conta com depósito e saque. E cada vez que ele vai depositar, preenche a ficha de depósito. Quando vai sacar, dirige-se... Alguns bancos pode se dirigir diretamente ao caixa. SPEAKER 0: Outros bancos precisa passar primeiro pelo visto de outros empregados. SPEAKER 1: E assim que ele trabalha normalmente com o banco. ( ) ( ) o senhor sabe dizer como é que o banco, por exemplo, aprova ou pode aprovar uma ficha? Exi> SPEAKER 1: Mas, basicamente, vai muito do conhecimento, do conceito que a pessoa tem numa cidade e da apresentação que lhe é feita. Se a pessoa já é velha moradora da cidade e no bairro, o gerente não vai nem perguntar a alguém mais e procurar outras informações. Caso contrário, ele vai procurar indagar no nas informações comerciais, nas agências especializadas, quem é a pessoa que está se dirigindo ao banco. Isso acontece em grandes cidades. Em cidades pequenas, é muito difícil e o o gerente está ávido em em depósitos. Então, a primeira pessoa que passa na rua, ele agarra e abre a conta. (risos) Escuta, se uma pessoa assim, ela não tem noção, não não fez lá a a a relação depósito-retirada e não tem noção do que que ela tem no banco, que que ela como é que ela vai fazer então para ela saber o que te> Então essa pessoa vai se dirigir ao balcão e vai pedir o extrato da conta. Alguns bancos têm o extrato de semanal, os bancos mais organizados. Os b> Os bancos mais simples apenas mostram a ficha de movimento diário dela com o saque e depósito. Aí ela terá um mapa de de toda a movimentação de dinheiro que foi feito na conta dela. Sem contar o serviço de correio que manda periodicamente para a residência, o escritório do cliente, a relação, o seu extrato, que geralmente chega atrasado e nunca está... ah nunca é, nunca é útil. Ah O mais útil é sempre dirigir-se ao banco e pedir o extrato do dia, né? SPEAKER 2: Eles vêm para depositar, e se eu quisesse por exemplo fazer um empréstimo? Ha> ( ) Não, não há necessidade. Não há necessidade. A> Então, eh vamos supor que a gente tenha um seguro de automóvel e quando vamos fazer a apólice se do seguro, o corretor vai dizer que aquilo está totalmente coberto e qualquer arranhãozinho que a gente tenha no carro será coberto. Bom, vamos supor que roubou-se o rádio do seu automóvel, então você chega à companhia de seguros e depois de preencher umas oito formas e aguardar três dias e depois de ser entrevistado por umas dez pesso> eles vão talvez chegar à conclusão que você mesmo tirou seu rádio e não vão pagar nada. Aí você vai entrar em juízo e depois de uns dez anos talvez você receba o preço do seu rádio sem a correção monetária e daria para comprar um rádio de pilha, provavelmente. Em em tese são como funcionam as companhias de seguro no Brasil. A maior vergonha atualmente do que se pode dizer do atual governo é que ainda não mexeu nas companhias de segu> E assim a companhia de seguro ela ah, elas podem fazer seguro de qualquer coisa ou você acha que ah Qualquer coisa, né? O seguro vai desde o seguro dos óculos, que estou vendo aqui na minha frente, até o seguro de uma grande companhia como a Volkswagen, ou um um navio. E o prazo assim é limitado de acordo com... De acordo com as possibilidades, o seguro faz qualquer negócio. Desde meses a anos e... SPEAKER 0: desde segurar apenas ah determinadas partes de um objeto a assegurar total, seguro total pode ser de qualquer tipo. SPEAKER 3: E o banco como esqueleto, como departamento, você poderia dizer alguma coisa? Eu não se> SPEAKER 1: ( ) um especialista em em organização bancária, mas, de qualquer forma, os bancos geralmente funcionam com uma agência central que tem o nome de matriz, Esta matriz eh tem o o fulcro da administração. SPEAKER 0: Esta administração centralizada, aonde geralmente ficam uh os presidentes e os diretores. SPEAKER 1: E dessa dessa administração centralizada partem as gerências regionais, as gerências eh locais, para o que eles chamam de agências e filiais. SPEAKER 0: Geralmente, o banco denomina suas filiais sempre de agências. SPEAKER 1: Então, da matriz, que apenas os os que são apenas os escritórios, vai ser as agências que podem ser, inclusive, no mesmo prédio da agência matriz, que atende o povo, até as agências no Brasil inteiro. ( ) Era era isso? A gente ouve falar muito em bol> SPEAKER 3: <ão ações nominais, em nome da pessoa que compra, ações ao portador, em nome de quem as detém. E essas ações podem ser vendidas em bolsa. Digo podem porque há muitas sociedades de anônimas em que as as as as as ações pertencem a um determinado número de pessoas, um número restri> SPEAKER 0: O requisito básico é de que a sociedade anônima tenha no mínimo sete sócios. SPEAKER 1: Daí nós podemos ser proprietários de um bar na esquina que tenha sete sócios, temos apenas ah sete ações. Ou p> SPEAKER 0: após preencherem determinados requisitos, são eh levadas à Bolsa. SPEAKER 1: E na Bolsa tem umas cotações diárias no pregão que variam. E aí a gente vê todo esse esse euforia da Bolsa, o aumento, a a diminuição da cotação, e é como se fosse um jogo. E tanto para a para a empresa como para o investidor particular, é um bom negócio porque é um capital. E E, geralmente, As ações que estão em bolsa, e que geralmente o público não entende, são apenas quarenta e nove por cento no máximo do capital da da sociedade anônima, porque pelo menos cinquenta e um por cento das ações ficam presas à administração, para evitar de que alguém, que teoricamente poderia comprar mais de cinquenta e um por cento das ações em bolsa, com direito a voto, e assumir a liderança da da empresa. Isso nunca acontece. As ações que são vendidas em bolsa são sempre minoria do capital social, né, do capital da empresa. Nunca poderia um um comprador de ações as ter alguma ascendência administrativa sobre a companhia. A companhia funciona em razão dos investidores, mas totalmente desligada dela. O investidor, o acionista, em tese, teria algum direito de fiscalização, mas muito reduzido. Ele apenas vê na ação e tem na ação como um sistema de investimento. Às vezes ele nem sabe o que que a empresa, que ele é acionista, que ele é proprietário de uma parte, faz. Ele apenas vê naquilo um sistema de lucro, de empregar dinheiro. SPEAKER 3: E a tal da pessoa pode chegar e comprar assim? SPEAKER 1: ( ) através de corretores, apenas tem acesso à bolsa de valores os corretores oficiais. Então, quando alguém quiser ad adquirir ou vender suas suas ações, tem que se dirigir a uma dessas firmas corretoras, que tem um corretor especializado, que poderá adentrar ao peg ao pregão e ir lá fazer as ofertas, comprar e vender as ações, tá? Ih ah ah ah SPEAKER 3: E suponha que eu não queira vender abaixo de um preço. Eu dou A ação ( ) estava sendo cotada a um e vinte e eu quero vender a um e vinte e c> SPEAKER 1: Bom, o nosso dinheiro dividido pelo sistema decimal, como quase todo o mundo, a Inglaterra também está aderindo. Sistema do papel fiduciário, o nosso dinheiro não tem correspondente ouro eh no Banco do Brasil, apenas um um um papel de curso obrigatório. O Cruzeiro Novo que em sessenta e e quatro apareceu, que que ele resolveu tirar os zeros, que nós tínhamos muitos zeros devido à inflação, foi a mesma coisa que a a rede a redução de uh de de mil para um, quando a França fez de cem para um também no governo de De Gaulle. Então temos o tivemos o cruzeiro novo, o nosso cruzeiro atual, e as nossas notas divididas em moedas de cinco, dez cinquenta, cem e no futuro já estão programando a nota de mil cruzeiros. Essa é a divisão básica. SPEAKER 3: E a gente que para carregar assim um papel moeda assim, como é que normalmente a gente faz? Como é que uma pessoa poderia fazer? SPEAKER 1: Bom, geralmente lá você não porta não porta notas ou uma carteira e hoje em dia procura-se levar o mínimo possível de dinheiro porque o dinheiro aos poucos vai se tornando desnecessário. Com os cartões de crédito e os cheques quase não há dinhe não há necessidade de se levar dinheiro no bolso, não é? Então a sociedade do futuro vai prescindir totalmente do dinheiro da maneira como nós conhecemos. O dinheiro vai ser assim uma apenas uma fórmula ideal de troca. Porque se eu tomar um ônibus eu vou ter um um carnê que eu adquiri eh num banco para andar de ônibus durante um mê> Quando eu for almoçar no restaurante, eu pago com um cartão de crédito. Eu quando eu for comprar alguma coisa, ou eu pago com um cheque, ou então eu tenho uma conta corrente que do no no vendedor que vai lá irá descontar diretamente de meu banco. Então, tendemos no futuro para que o dinheiro se extinga como como moeda e seja apenas mais uma uma peça de museu. E nós ficaremos com com apenas o ah o nome Cruzeiro, para significar quanto nós temos e quanto nós ganhamos. E, principalmente nas grandes cidades, nós já sentimos isso, em que cada vez menos nós precisamos utilizar do dinheiro, papel palpável, aquela notinha que a gente tão tanto conhece, tanto gosta, né? (risos) ( ) quanto aos tipos de pagamento feito através de cheque, quais os tipos de cheque? Os cheques são emitidos... Os cheques são padronizados (pigarro) pelo Banco Central e os dizeres são sempre os mes> eh então a gente pode emitir o cheque a uma determinada pessoa, ou o po ou o portador deixar em branco, ou esc ou então escrever ao portador, o que é plenamente possível. Ninguém quase mais faz isso. Então se o cheque estiver em nome de determinada pessoa, só essa determinada pessoa pode receber, a não ser que ele assine a ( ) e a não ser que essa determinada pessoa assine atrás, endossando e autorizando a quem estiver na posse do cheque receber. Ou então ele pode autorizar que uma determinada pessoa receba esse cheque. Então pague-se esse cheque a fulano e assina. Então está endossando para que essa pessoa receba. O cheque ao portador ou em branco é apenas uma ordem de pagamento a quem detiver o cheque. Basta depositar na na conta do banco ou chegar ao banco e receber o dinheiro. Se fizermos... Os cheques têm certas particularidades na vida comercial são muito comu> e que, às vezes, ah assim quando cai em mãos de pessoas que não estão acostumadas, estranham. Quando houver dois riscos transversais no cheque, esse cheque só pode ser depositado numa outra conta bancária, então se chama o cheque cruzado. Um cheque tanto nominal como ao portador, se a gente receber e tiver duas dois riscos paralelos transversais no cheque, esse cheque só pode ir para ou para a nossa conta ou para a conta de alguém. E se dentro dessas listas transversais estiver escrito o nome de um banco, esse cheque só pode ser depositado naquele banco. Então, se a gente receber um cheque daquele, tem que abrir uma conta naquele banco só para poder depositar. ( ) poderia dizer alguma coisa sobre tipo de cheque que dá tanto problema? O cheque que dá problema é o cheque sem fundo. E o cheque sem fundo dá problema em todo o Brasil. E o governo procura coibir de todas as formas e dar a maior garantia possível ao che> um cheque sem fundo, dá margem a um pedido de falência se for o emitente for um comerciante, dá margem a um processo de crime eh por estelionato, dá margem a uma ação de cobrança executiva e o governo procura cercar de todas as garantias, mas infelizmente nunca foi bem sucedido e por mais por maiores medidas que tome, Os passadores de cheques sem fundo sempre acham uma maneira de continuar passando. Já diminuiu bastante. O cheque já está bem mais moralizado. Mas se nós formos ver essas empresas que trabalham diretamente com consumidores, o número de cheques sem fundo é impressionan> Há, há o cheque comprado. Esse cheque Mas a maioria deles segue sempre os mesmos es esquemas dos cheques normais que nós acabamos de fa> SPEAKER 3: SPEAKER 3: SPEAKER 1: Como é que que a gente vai fazer no cinema? Existe cinema? SPEAKER 3: O que que a gente vai fazer lá? Como é que a gente faz para entrar? (risos) SPEAKER 1: Bom, no cinema, principalmente em São Paulo, depois a gente conseguir estacionar o carro. (risos) Geralmente a gente chega correndo à bilheteria, encontra aquela fila enorme, se for uma sexta ou um sábado, onde já chega com achando que o filme vai ser uma porcaria, porque depois de sofrer t> Nada vai poder melhorar aquele aspecto, né? Então se o filme for alguma coisinha boa, já serve que pelo menos são duas horas que a gente fica sentado. Então a gente chega ali à bilheteria, depois fica na fila uma meia hora, e fica torcendo para conseguir um lugar que não seja na primeira fila. Paga-se hoje ah mais de dez cruzeiros para um cinema, estudante paga meia. E os cinemas de São Paulo oferecem o conforto que se pode desejar uma cidade gran> cadeiras muito boas, ar-condicionado, que às vezes não funciona, e telas grandes e um bom sistema de som. As grandes cidades do Brasil todas são dotadas de bons cinemas. E os filmes, noventa por cento são filmes estrangeiros, os filmes nacionais são exibidos sempre quando ah uh o proprietário do cinema quer limpar o cinema, porque assim ele não tem ninguém, então poderá limpar o o cinema com tranquilidade. E (pigarro) o o cinema está sempre procurando inovar, e os nossos cinemas também. A nossas ah salas exibidoras procuram sempre dar o maior conforto possível e oferecer alguma coisa a mais para o espectador, para que ele se sinta atraído para o cinema ou eu me lembro na época em que os cinemas apresentavam orquestras antes do dos espetáculos, conjuntos, ou então o cinema procurava pôr um barzinho na entrada, Isso tudo foi superado. E então eles acabaram se convencendo que quem vai ao cinema vai para assistir o filme. (riso) Ih por incrível que pareça, não é? Então eles procuram dar o conforto ao espectador dentro da sala, dando uma cadeira mais confortável e aumentando uh o ambiente. Ou fazer o ambiente requintado como se fosse uma sala de visita no cinema. Os cinemas de São Paulo têm isso, os cinemas do Rio demoraram para adotar aos poucos foram adotando, e as grandes capitais do Brasil tem sempre alguns cinemas de classe, onde a gente se sente bem e se sente em um momento de relaxamento dentro do fi do cinema. SPEAKER 2: Você falou que existe uma porcentagem de filme nacional, uma porcentagem de filme estrangeiro, né? Que tipo de filme que são passados? Qual é... Qual é uh o tema? SPEAKER 1: ( ) Vai muito de época. Os filmes que vêm dos Estados Unidos e agora da Itália sempre batem na perna do do fa> os filmes de dramas sociais, os dramas amorosos, os dramas da cidade, os dramas de guerra. E é sempre um assim, uma uma onda. Sempre que aparece um filme muito bom de determinada facção, se é um filme ah de ficção científica muito bom e que marca marque época, imediatamente vem logo uma uma rede enorme de ficção científica que procura aproveitar a onda daquele fil> Se aparece um filme aí como Love Story, onde as menininhas saem chorando e com olhos vermelhos e os rapazes saem com raiva, uh então os os filmes seguintes estão sempre procurando ah aproveitar aquela maré, o que acontece sempre com o ciclo do cinema. Cinema vive de ciclos. Então teve o ciclo do pastelão, o ciclo do cinema seriado, e hoje nós vivemos o ciclo O moderno cinema técnico americano e o cinema de ar> SPEAKER 3: Bom, aí a gente tem que ou esperar um lanterninha, que geralmente não ajuda nada, ou geralmente a luz do do filme é suficiente para a gente achar um lugar, não é? A época do lanterninha também já passou hoje, acho que eles nem usam mais lanterna, nem me lembro de ter visto ultimamente muitas lanterninhas no cinema. SPEAKER 2: Qual será assim SPEAKER 1: Quer dizer, eu tenho visto muitos lanterninhas, mas poucas lanterninhas. SPEAKER 2: Qual é assim o motivo da preferência do do do povo em relação ao cinema e deixar de lado o teatro se o teatro também é um... SPEAKER 1: Basicamente porque o nosso teatro vive do da classe social do nosso país. Nós não temos ainda, ou não estamos preparados culturalmente para receber o teatro. En> Então ficamos no círculo vicioso. Enquanto o cinema oferece ar condicionado, poltrona, que a gente pode recostar e, se não gostar do filme, pode dormir sossegado como se estivesse em casa. O teatro utiliza-se de velhas garagens, de porões, porque não tem meios de progredir. E é obrigado a apresentar peças de nível baixo. O artista é um artista que não frequenta uma escola de artes dramática, ah é um artista que luta com dificuldade. É um artista que não se compreende, é um artista que não consegue ele mesmo se valorizar, então o teatro fica marginalizado a um grupo pequeno, por causa disso. E dentro desse círculo vicioso, o teatro nunca consegue sair da onde está. Então nós continuamos a não ter nenhum teatro apresentável em São Paulo, alguns no Rio de Janeiro, e vive de uma peça ou outra que faça um pouco mais de sucesso. já que passou a fase das apelações em que o teatro não conseguiu nada, onde o palavrão já saiu de cena, onde os nus não conseguem mais vender. Então o cinema, porque é muito mais prático e é uma é uma arte totalmente generalizada e comercializada, é muito mais fácil de penetrar. A gente pode imaginar essas cidades do nosso interior que não têm a mínima possibilidade de ter um teatro. E quando tiver o teatro uma vez por por por ano lá é dia de festa. Então, qualquer filme que vai lá e lá muda de filme todo dia, é sempre uma novidade. Então, o cinema leva a cultura para aquele povo. Pode ser que a cultura não seja válida. Pode ser que não seja a melhor cultura. Mas, de qualquer maneira, vamos ter que utilizar os meios que temos. E o cinema é o veículo mais rápido de cultura. O teatro fica para a elite, a elite que entende, ou pelo menos, que diz entender de teatro, né? SPEAKER 3: Você falando em artista, em teatro, então, quais seriam esses elementos que trabalham junto com o artista para montar uma peça? Bom o SPEAKER 1: o contrarregra, uh que é o quebra-galho do teatro, que arruma tudo quanto precisa de som, de de efeitos. O diretor, o figurinista, poucos... teatros de São Paulo. Poucos teatros nossos podem ter o luxo de ter um figurinis> Geralmente, é algum prático faz isso. U> SPEAKER 2: Aos musicais atuais, quando apareceu o Hair, imediatamente veio uma onda enorme de de peças no mesmo sentido. Eh E e hoje o teatro está se universalizando uma peça levada em Nova Iorque e Londres está sendo ao mesmo tempo levada na América do Sul, na África, em todos os países. Então o Hair veio Calcutá e veio Jesus Cristo e todas as peças no mesmo sentido e e com o mesmo sentido de prote> SPEAKER 2: Então, o teatro vive de ondas. E sempre que possível, em uma peça, procure encabeçá-lo. SPEAKER 1: Sempre uma peça-chave, uma peça-primeira. E sempre, o mais variado possível, dentro das limitações que o que o teatro pode ter, não é? Em todos os os setores do drama, sociais e e desde o teatro infantil, que serve de um meio de de educação. SPEAKER 2: né? E com respeito assim à televisão, que é um outro meio de comunicação, né, como é que a gente pode... SPEAKER 1: A televisão ( ) a televisão é um cinema dentro de casa e que ( ) ser um um meio de comunicação muito mais eficiente do que atualmente é. Então, basta se virar o botãozinho do aparelho para que tenha-se dentro de casa as notícias do mundo, as fotografias do que ac acabou de acontecer na outra parte do mundo, mas ao mesmo tem> pode ligar a televisão e ter que aguentar se a gente tiver sem sono um sujeito que é semianalfabeto e que, no entanto eh, faz o maior sucesso possível, porque ele se dirige a um país também que é semianalfabeto e quem procura realizar alguma coisa é obrigado a a ficar... a ter sono, né, porque a televisão no Brasil atualmente só serve como um veículo de sono, porque nós não temos nenhum programa que culturalmente a gente possa indicar a alguém. E não temos um programa que possa servir de ( ) Então a televisão como veículo de comunicação no Brasil é zero. SPEAKER 2: Co como é que a gente pode? Quais são os passos que a gente deveria ( )? SPEAKER 1: a gente tem o vídeo. Principalmente eu que não entendo nada, só vejo o que está por fora, né? SPEAKER 2: ### SPEAKER 1: () vídeo, os botõezinhos que a gente mexe quando fica nervoso, que fica tudo embaralhado lá. e o o alto-falante, e agora a televisão colorida que vai vai ter bo> SPEAKER 2: E esses programas, por incrível que parece, esses programas de rádio são mais elevados que os programas de televisão. E a penetração do rádio no Brasil é en> SPEAKER 1: