Inquérito SP_D2_352

SPEAKER 3: : a minha conta, toda uma () De vez quando ela me deixa... Ah, não, aliás acho que não adianta assinar só, porque tem que bater uma parte ali, ãh e depois tem que reconhecer firma, () só o modelo.

SPEAKER 0: : Ele vai ser seu procurador?

SPEAKER 3: : É, ele vai ser meu procurador cada vez que eu saio fora. Vou voltar a ser procurador dela. Do país, ele fica como meu procurador.

SPEAKER 0: : Ele sendo seu procurador, ele vai poder fazer o quê?

SPEAKER 3: : Bom, é ne nesse caso específico é para o Banco do Estado de São Paulo, de modo que ele vai poder movimentar a minha conta no banco, assinar cheques, tirar talões de cheque, enfim, lidar com todo o meu dinheiro ().

SPEAKER 2: : E fazer aplicações. () Fazer aplicações. () No banco? O que, aliás, é muito  importante para uma pessoa que se ausenta do país. Aham. () Então, ela ela já está habituada a direitos, a deixar, a meu caso, fazer aplicações. As aplicaç

SPEAKER 3: : Não são grandes aplicações, porque não são grandes (riso) somas, mas enfim... É, fora as aplicações e movimentação da conta bancária, ele ele poderia fazer mais o quê? Eu não sei, Ari. Eu acho que é só isso, né? Ãh ãh Não no caso específico do banco, uhum é só mexer com... com a minha conta lá, totalmente. Mas Eu acho que aplicações ãh você poderia fazer por uma outra procuração, que eu vou deixar né, uma procuração geral, mas não com a procuração do banco. ()

SPEAKER 2: : Posso eu posso fazer aplicações ih em seu nome. Acho que nada... No próprio banco? Impede que o procurador, ãh uma vez dispondo do dinheiro, tendo em mãos as importâncias que ele vai manipular, ele possa aplicar em nome dela.

SPEAKER 3: : Aplicaria o dinheiro da ()? (riso) Eh, ainda não sei

SPEAKER 2: : Exatamente, mas ãh creio que caderneta de poupança. Será uma das aplicações, () de câmbio. Possivelmente aquisição de algum imóvel. Oh

SPEAKER 3: : Isso porque eu vendi uma casa há pouco tempo, senão eu não teria dinheiro nenhum para aplicar. A conta, geralmente, lá no banco, a minha pelo menos, vai a zero quase no fim do mês. (riso) E como é que você vendeu a sua casa? Como é que eu vendi? É. Você vendeu... De condições, () à vista. Aham. E tinha que tem que aplicar algum dinheiro aí, porque senão eu gasto todo agora na Europa.

SPEAKER 2: : Aqui eu devo assinar várias vezes? Ãh ###

SPEAKER 3: : Marcou. Onde ele marcou? Duas vezes, então. () bater

SPEAKER 2: : Porque nós fomos bater aquela outra e eu preciso reconhecer firma ainda. É, eu espero que a gente estando aqui não esqueça de assinar nenhuma das das vias né. Depois trunca aí o... Eu tenho a impressão que a assinatura neste documento deve ser sua.

SPEAKER 3: : Não, isso aqui é só O segredo é para o cheque especial, né? É É para poder renovar o cheque especial.

SPEAKER 2: : Assinar, você é o outorgante e eu sou o outorgado. É (riso) ()

SPEAKER 3: : Mas você põe como outorgado aí e já deixa de dar os seus dados, porque isso que eu isso que eu não ()

SPEAKER 2: : Devo preencher ali uma série de dados né, bom, isso eu tratarei depois. Mas quanto às aplicações, acho que nós poderíamos eh discutir um pouco esse problema. Né? Você vai ficar três meses e meio fora e isso é mais do que suficiente. para ãh para certas aplicações,  geralmente a noventa dia s, a sessenta dias, as mais comuns né. Uhum. Então ãh, a algumas decisões devem ser

SPEAKER 3: :  tomadas por você mesma. É, mas ah eu já apliquei agora, no principalmente em bônus do Estado, e acho que rendeu muito pouco, então não vale a pena fazer a mesma coisa. () Acho que é mais interessante aplicar hoje em dia em

SPEAKER 2: : E, por outro lado, é bom você também levar em conta o problema das cadernetas de poupança. Você tem dinheiro em caderneta de poupança, né? Tenho. Vai deixar aí ãh... Há prazos que deverão vencer proximamente. E eu teria que tomar decisões se reaplicarei ou não em cadernetas de poupança.

SPEAKER 3: : Ah, bom e caderneta de poupança eu não estou deixando procuração para você, de modo que é um é num outro lugar, na na Então, não vai poder mexer.

SPEAKER 2: : Ah, não é no banco do estado? Não. Não é no banco do estado. Bom, é ah Ãh, mas, em todo caso, você deve tomar uma decisão, porque consta que o rendimento das caderne ### de poupanç a deverá diminuir. Ah é? Proximamente, né? Bom, eu aconselho diversificar as aplicações. Não sou especialista, não sou ãh muito versado em finanças, mas me parece que é o bom senso aconselhar diversificar as aplicações.

SPEAKER 3: : Mas você outro dia mesmo estava dizendo que em banco não valia a pena?

SPEAKER 2: : Bom, o banco aplicar e em... Depositar em banco não vale a pena. Falei isso. Falou () Aplicar também. O banco não paga juros. (riso) Ãh e, no entanto, ele ele cobra juros de você, quando você toma dinheiro emprestado ãh. Por isso, eu estava aconselhando a você que não fizesse ah ah não fizesse depó

SPEAKER 3: : Nunca fiz uma aplicação no banco. ### Meses duzen tos duzentos mil cruze iros rendeu três mil cruzeiros ãh. Mil

SPEAKER 2: : Não não sei no que foi.  Tem  bônus do estado. Bônus. Mas há modalidades  diferentes de utilizações. Você pode ãh aplicar a prazo fixo, por exemplo.

SPEAKER 3: : Sessenta  dias. É, põe prazo fixo de quatro

SPEAKER 2: :  meses. E essas taxas também estão variando com muita frequência, né? Falou que é é bom você indicar, pelo menos e em linhas gerais, quais as ãh as aplicações da sua pre

SPEAKER 3: : ferência. É, (). Por falar em bancos, você já soube que, ah que foi, aliás, até a Marisa que me contou, que os bancos todos agora estão ah financiando esses doze mil cruzeiros para ir para o exterior,  () dando cinco () dando cinco O banco financia e você não vê mais depois do cinco também, né? Quer dizer, seria justamente a desvalorização ãh. (tosse) Mas uh qual é a vantagem, afinal, do banco? Porque, bom, ele teria o dinheiro agora para aplicar, né?

SPEAKER 2: : O banco sempre leva vantagem. () (riso) Qual é qual a vantagem?

SPEAKER 3: : Bom, porque você ba ãh dá doze mil para... Deposita doze mil para tirar dali um ano ah. Na realidade, como coisa com o governo, você acaba não vendo mais a cara do dinheiro também, né? Então, acho que é mais vantagem dar o cinco já para o banco, do que perder doze. (riso)

SPEAKER 2: : Eu não conheço ãh não vi nada a respeito dessa  dessa aplicaç

SPEAKER 3: : ão. Isso diz que é é meio sigiloso lá na (). É? Foi a Marisa que me contou que tem to tudo quanto é banco está fa

SPEAKER 2: : () ãh e explica direito?

SPEAKER 3: : Não, você diz que... você deposita cinco no banco, para nunca mais ver, quer dizer, dá cinco para o banco. Hum. E o banco paga os doze. Financia os doze para você ir para o exterior.

SPEAKER 2: : É, então, talvez seja bom o negócio. () Da desvalorização atual da da moeda, né? E das dificuldades para depois... Para depois reaver. Conseguir a a restituição do dos doze mil. Então ãh vai ser uma boa forma. Mas isso não é declarado

SPEAKER 3: : Ontem mesmo perguntei no Banco do Estado. Eles disseram não ()

SPEAKER 2: : É o jeitinho brasileiro, né? É. (riso) ()  Dá Dá um jeito de  usar. () É capaz mesmo de de haver esse tipo de e de surgir brevemente esse tipo de () negociação né. () primeiro

SPEAKER 3: : Eu, felizmente, me livrei disso, porque O que é tudo pronto para uma viagem para o exterior ()? Não  nesse caso eu estava com o passagem tirada e visto no passaporte, dinheiro tirado também, (tosse) já trocado.

SPEAKER 0: : Quando (). Como é que você tirou esse dinheiro? De que maneira esse dinheiro veio para

SPEAKER 3: : Ah, sim, isso se troca no Banco do Brasil, né? Eh () dólares você tem direito quando sai para o exterior. Uhum. Ah Agora, no momento que você tirar, teria que depositar uh os doze mil cruzeiros,  né? Bom, no meu caso, eu poderia, como vou para um congresso, eu me isentaria disso, mas até conseguir, ninguém sabe até hoje direito () O MEC manda para a reitoria, a reitoria não sabe o que fazer e tudo, de modo que... () ningué Não, mas eles dão, mas ()... A parte não ofic

SPEAKER 2: : ial eh não se pode () né.  ()? () me lembro, né? (riso) Não, mas eles ###

SPEAKER 3: : ### A gente tem direito a trezentos dólares por mês ainda. Eu mesma vou fazer uma remessa. Não, eu já fui logo que eu perguntei para o Banco do Estado. Eu, antes de sair, já vou fazer uma remessa para mim mesmo, pelo mês de ju nho. Depois você vai me fazer uma remessa para o mês de julho, para o mês de ago Vier a ser alterado... Não, provavelmente isso não... () Isso não modificou, quer dizer, uma vez saindo, ficando no exterior...  Tem certeza que

SPEAKER 2: : () Eu conversei ontem com a com a pessoa que... Ess a essa Não não falou em () de

SPEAKER 3: : (). Não, ontem eu conversei no Banco do Estado, inclusive eu tenho direito até de mai a mais mil dólares que ainda não eu ainda não providenciei, mas pelo fato de ir para Congresso eu vou ter direito, () posso requerer no Banco Central mais mil dólares para levar.

SPEAKER 2: : Quando você voltar, será que... () autorização para mandar... (), isso é que é o problema.

SPEAKER 3: : (riso) Esse esses mil dólares iniciais, você tirou todo em dinheiro? Não Em dinheiro eles não dão ma is. To do entrada no cheque.  Só dão en trada no  cheque agora. Nem cem dólares? Não, nada. Só () cheque.

SPEAKER 2: : Ao chegar ao país, ãh oficialmente ele deve passar por uma certa dificuldade. Ah sim, é. ### Malda de () Então ãh de deve carregar a sua própria mala e ir até para para o hotel. (riso) Consequências, não é? Gorjeta para, gorjeta

SPEAKER 3: : Dá em cruzeiro (riso) E como é Que você usa o travel Bom, o próprio cheque eu tenho que assinar aqui, primeiro, quando, na hora que recebo, né? Aham. Eu assino, se não me engano, embaixo, né? Isso eu já não lembro mais, se é embaixo ou em cima? E na hora que que troco, eu assino outra vez. Inclusive, eu estou levando também o do meu filho, como ele é menor, e eu que terei que assinar tudo lá para ele. E aí vai vai ser um problema, realmente. Não, não vai ser problema. Eu tenho que trocar tudo lá, porque depois ele vai ficar sozinho e eu sigo para...

SPEAKER 2: : Ou ele fica sozinho, volta para o Brasil, de modo que eu terei terei que assinar tudo, trocar tudo na na chegada. A parte delae. () Essa exigência de assinatura, no momento. É, mas alguns exi gem, né? () A maioria e

SPEAKER 3: : xige que você você assine no momento. Não, é que fazem

SPEAKER 2: :  todas as as espécies de negó Em cheque com compram-se eh itens (tosse), () ãh descon e paga-se ao ao vendedor que depois deverá descontar () cheque de alguma instituição. Então a instituição nem entra em contato com ()

SPEAKER 3: : O que é interessante, que é uma coisa que eu nunca entendi, que havia... Ãh na na França, por exemplo, entre certas e certas compras, você ti nha redução se se se pagasse () che que. Eh em perfumes, por exemplo, eles eles da eu não entendo o porquê, isso eu não sei. É porque ãh há

SPEAKER 2: : um dinheiro um ãh um certo desconto na no no recolhimento de impostos (). Eh Então, ãh se o estrangeiro que está lá eh vai adquirir meios para levar para o seu país, eh esses meios são assimilados ao de exportação. ### Você se beneficia dessa vantagem, esse de sconto que eles dão ãh para os produtos de exportação. São os impostos que impostos que re caem sobre os produtos de exportação. In

SPEAKER 3: : centiva a exportação. Certo, por que ah dão preferência ao travel check, eh em em lugar da da moeda mesmo, da

SPEAKER 2: : Porque o travel check é o documento oficial da da transação. Então ele fica vinculado à transação ãh com o número do seu passaporte, com uh o seu nome. Hum. Coisa que o dinheiro não não tem, né? () Não tem esse tipo de (). Então Ãh o travel check é Um é um papel mais garantido so O comerciante vai mostrar ah ao descontar o travel check, que aquele  dinheiro ele teve do realmente de turista. É uma maneira de De com provar melhor ah

SPEAKER 3: : () É desconhecia. É, na França não tem () diferente. Sobretudo em () eu. Eh mas eh em

SPEAKER 2: : Realmente perfume é o forte deles para exportação e ()... É, para esse tipo de de de agente (). Acho que pesa bastan te. Talvez não Seja o mais forte. () pouco, mas... Artigos de Vestuário tenho a impressão de que pesam mais do que

SPEAKER 3: : Bom, como vocês dois já viajaram para o exterior, devem ter bastante prática de comércio exterior, né? Não viaja como, muito como turista () (riso) de mo do e não se tem muito dinheiro, a gente aproveita o dinheiro para para viajar justamente, de modo eu não posso dizer que tenha muita prática no comércio exterior não. Tem tem talvez uh um pouco de

SPEAKER 2: : De prática em compra do exterior, né? Comprar Alguma coisa. Mas não em fazer co comércio, não em participar da... das transações comerciais que eu também () Ãh eu () nos dois casos, ah as nossas viagens para o exterior foram feitas hum por outros inte

SPEAKER 3: : resses né. Livro, sim, a gente compra muito. Aham. É quando Aproveita para para comprar  coisas. É mais fácil para para enviar também, né? A gente envia diretamente pelo Correio, quer dizer que então não pesa na bagagem. ãh e naturalmente, presente para para os filhos, para os amigos, para os parentes próximos. () na primeira vez que eu viajei todo mundo pedia para, depois fez um tempo () depois parei () agora é Na última hora, compra-se alguma coi sinha só, mas não  se perde mais tempo. Se não tem que... Ãh

SPEAKER 2: : Ãh nenhum negócio tenho feito. Ãh eu tenho participado propriamente de comércio exterior. Naturalmente, informações sobre o comércio exterior, leitura, no dia a dia, ()  tema, eh é do conhecimento, pelo menos no meu (), me interesso por esse problema. Como hum? Como é? Como () Não sei como digo isso (riso). Nas suas grandes linhas, ainda é é bem marcado bem () no que diz respeito ah a exportações pela pela presença de... bruto né, matérias-primas, produtos semi-elaborados. Eh ainda é marcado pela presença de produtos Agrícolas, o café, o algodão, hoje em dia a soja. Cacau também. Cacau. () É. E uma Série de de outros produtos, oleaginosas, por exemplo, () depois pela presença de matérias- primas minerais, muito minério  de ferro. Brasil exporta bastante minério de ferro. Agora, a exportação de carros também para a América Latina? () Bom, ãh, no que diz respeito a pro dutos industriais, ele está registrando, de ano para ano, uma melhora, mas ainda ainda o Brasil não é um exportador marcadamente de produtos in () diversificando a a falta de exportações. E ãh itens de automóveis, por exemplo, é um desses que contribui muito para diversificar a  pauta industrial. Porque depois do automóvel, as peças ou os vários ãh componentes do do automóvel e, como neles, outros, aí diversificam-se ainda a falta de exportações com outros produtos que passam a participar quase que infalivelmente da das exportações ligadas a esses primeiros produtos. Por exemplo, ãh, produtos Elétricos, artigos elétricos, exportam-se ah exportam-se materiais elétricos como o automóvel, peças de substituição, peças de subscrição também, ãh quando os carros são exportados, mas depois ãh os produtores desses artigos acabam exportando ãh outros artigos elétricos que estão e que não estão exatamente na pauta de exportação do automóvel ou dos ou das peças

SPEAKER 3: :  para o automóvel. O senhor chegou a ver

SPEAKER 2: : Na América Latina, sim. Uhum. País da América Latina, sim. Na Europa, hum () te ve. Eh algum a lguns produtos exóticos e no no período, por exemplo, que seguiu a última guerra mundial, uhum eu morei lá há algum tempo nesse período né, então havia alguns produtos brasileiros que apareciam, o cigarro. Cigarros brasileiros, por exemplo. Encontrava assim comumente na França? Ah, encontrava () esquina s () não? E Paris, né Esquinas de Marseille e Roma. Eu até comecei

SPEAKER 3: : ###

SPEAKER 2: : Aquele tempo era cigarro Astoria. Um maço a mais É mandavam do Bras il para o para o... Gostava ### Ãh ih ãh pode-se encontrar alguma coisa, mas ãh não é  fácil. Hoje em dia, tudo (). Ah, eu vi um navio carregado de

SPEAKER 3: :  Volkswagen em Ushuaia, quando estive na Terra do Fogo. Ãh estava pa parou estava parado ao no ao lado do nosso navio.

SPEAKER 2: : Bom, eu vi muito Volkswagen na Europa, mas não posso () assim. (riso) Bom, eu estava chegando em Ushuaia... (riso) Não, aí era era alemão, po

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : Olá. Não participou. ()

SPEAKER 3: : () Houve um () perdi o fio. Nós estávamos falando sobre o comércio sobre aliás sobre exportação. Sim, sim mas ãh você que estava falando () eh ãh a sua... É, eu estava dizendo, falando de... Encontrei um navio cheio de de carros Volkswagen da em Ushuaia.

SPEAKER 2: : Ãh na América Latina, ãh você encontra, ho hoje em dia, uma uma participação muito visível da indústria brasileira. Ãh, o Paraguai, por exemplo. Até entre as índias paraguaias, né, entre por exemplo ãh bro ches Pentes Ãh aquele s como é que se chama aqueles pentes

SPEAKER 3: : (riso) Tem algum nome especi

SPEAKER 2: : al? (riso) Eu acho que tem  um nome especial sim ãh não. A finalidade dele não é pentear, mas é enfei

SPEAKER 3: : tar. Fivela para ca belo. (riso) Ele tem um nome.

SPEAKER 2: : Não, não é fivela  de pressão. Fivela... Ah, aquele com o pentinho, não sei. () Deve ter um nome especial, ãh e E inclusive Eu soube que A obra de Deus tem aqui, a (), que tem uma linha de fabricação para as índias paraguaianas eh. É uma porção de ãh de apetrechos de pequenos objetos em em plástico, que vão enfeitar ãh uh as roupas, sapatos das das das mulheres paraguaianas. ()

SPEAKER 3: : Por falar em sapato, nós () uma indústria de sapato que está exportando muito, né também? Ãh bom eu

SPEAKER 2: : Não vi no exterior ainda, mas ãh a quantidade que... É, a o a oferecer sapato brasileiro, eu não conheço Provavelmente nos Estados Unidos eles já estão eh provavelmente eles já estão nos Estados Unidos ãh oferec endo ãh sapatos brasileiros (). Na Europa, Eu nunca vi na Europa nenhuma vitrine com artigo brasilei

SPEAKER 3: : ros. Aliás, é pena, porque os sapatos brasileiros são muito melhores do que os sapatos europeus. Mesmo que eu () os sapatos italianos. Os nossos são muito melhores. (riso) E há algo em que nós estamos fabricamos bem é sapato. Eh ãh o Br

SPEAKER 2: : asil ainda não entrou numa fase assim agressiva de de comércio. tar-se a criação de estabelecimen tos vendendo os produtos brasileiros. Só que nesse caso O senhor já tomou café brasileiro no exterior? Ah, sim, café brasileiro, eh bem lembrado, café brasileiro sim, esse é () café de São Paulo. Ah é? Café de São Pa ulo se Encontra Eh  Mas () Encontra

SPEAKER 1: : ### No comércio propriamente

SPEAKER 2: : Não Propaganda Ãh e etiquetas eh eh e nós dizemos que é de café de São Paulo, café brasileiro, e café ou café de São Paulo, isso sim. Mas eh eu também eh eu acho que isso foi muito mais mais verdadeiro no período imediata mente depois da da última guerra. Atualmente não é não é Alguns ãh alguns cafés na Itália ãh anunciam café brasileiro, porque ãh o brasileiro ou colombiano aham ãh estão () uh uh prestígio né prestígio () paladar e. Então, eu já vi ãh várias etiquetas, cartazes, () () café como café brasileiro. Mas é exceção. Mas bem lembrado porque eh tinha esquecido quase que o óbvio. Eh

SPEAKER 1: : Ãh como o pa

SPEAKER 2: : ladar, como aceitação é é é muito boa na Europa. Eh eles, eh em geral, sabem distinguir entre uh o café () arábico né, que () robusta. ### () Todos de casa, os os os homens, os estudantes, né, conversando com eles, ãh o o café brasileiro é muito valorizado lá, né? É muito cotado. ladar, né? Ãh O bom café é o café brasileiro. Eu, dessa vez, ãh

SPEAKER 3: : Vi vi o contrário, dizendo que era o colombiano.

SPEAKER 2: : O colom o colombiano e o brasilei

SPEAKER 3: : ro são frequentemente confundidos. Não, o colombiano é muito melhor. (riso) É ver () Bom, ãh já

SPEAKER 2: : Já já lidou com especialistas. Eu estou eu estou do falando do () do comum.

SPEAKER 3: : Agora, eles não gostam muito do sabor do café feito à nossa maneira. No Canadá eu ia tomar um café horroroso. Um dia Mo peguei lá na na casa do Brasil, em Montreal, um quilo de café que me deram lá. Fui fazer a minha moda, saiu delicioso, mas ninguém gostou. (riso) Eles põem... Bom, no Canadá eu nem sei o que eles põem. mente eu sinceramente, eu não sei. () Na França é chicória que eles põem, né? Uhum. E Então fica horrível, porque fica amargo mesmo. E fazem no Canadá eles deixam ãh a maneira... Ah, sim! Como é que eu não sei? Sei Sim! Eles misturam no pó do café sal, na hora de fazer. Uma colherinha de sal para dar o bom sabor. (riso) Exatamente o contrário do que nós fazemos, né? Porque nós, quando torramos, pomos açúcar. Café em pó? É, café É, o café em pó. Na hora de passar, por passo numa cafeteira elétrica que fica conectada lá o dia inteirinho. Quer dizer que a Primeira pessoa que que levanta faz o café e a última que que vai dormir (riso) desliga lá. Então o dia inteirinho o café fica lá em semi-ebulição. Aham. E e lá em cima, assim, na na cafeteira eles põem um pouquinho, onde a gente põe pó, põe um pouco de sal. Uma colherzinha de sal. Até uma canadense lá, estava me dizendo que era o grande segredo do café bom, era pôr o sal. Eles usam açúcar no café ou não? Usam. Mas Eles usam muito mais ãh ãh... Bom, eles usam o café muito mais forte do que nós, né? Você sabe como é que Hum mais café do que leite, né? Nós, como quando tomamos com leite. Enquanto que o cafezinho mesmo assim, eles tomam... Lá no Canadá, pelo menos, tomavam muito pouco.

SPEAKER 2: : () Obrigada. E e

SPEAKER 3: : Aí, e o açúcar? O comércio exterior, Açúcar brasileiro tem colocação?

SPEAKER 2: : Tem, hoje é um grande produto () () , né? Ãh () algodão, soja, talvez tenha um (). Aham () ### Mas mas ãh não se vê, em lugar  nenhum na na Europa, qualquer anúncio, qualquer  indício de que esteja sendo consumido açúcar brasileiro. Uhum. Mas que o açúcar que

SPEAKER 3: : ### ### ### ### ### ### Na faculdade. Está bom? ###

SPEAKER 2: : Não ### Percebe, aí não Não há uma propa ###

SPEAKER 3: : ###

SPEAKER 2: : Eu acho que a doça Um pouco menos. Açúcar de cana. Pelo menos Ah o açúcar de fabricação, você não acha também? O de beterraba? O de beterra ba adoça menos do? É, acho que sim.

SPEAKER 3: : Adoça menos sim. Mas ah Não dá para ver muito a diferença,

SPEAKER 2: :  né? Até porque mesmo o açúcar de cana, dependendo da da fabricação e sobretudo da refinação, eh ele ele pode ter maior ou menor concentra

SPEAKER 3: : ção. Você já viu a beterraba de açúcar, Já. Pare é completamente diferente da nossa beterraba, né? Parece uma batata doce. Ela pare é parece um nabo,  mas parece um nabo grandão,  branco. Não é bran co, eu não estou lembrando. É, não

SPEAKER 2: :  tem nada de parecido com a beterraba. A beterraba (). É é a beterra ba açucareira. () outra coisa. Agora o gosto, eu não Eu não  cheguei a provar o gosto da. 

SPEAKER 3: : Não sei se se come. Será que se come? Porque lá, na França, eles fazem a distinção, eles tem as duas. Eh a beterraba e beterraba de açúcar. São duas

SPEAKER 2: :  diferentes. Eu tenho a impressão que se come (). Eu sei que ela é muito parecida, pelo menos é assimilada, pelo que eu conheço, () né a nossa batata doce, tem o gosto da batata doce. Eh

SPEAKER 3: : Ela () de um nabo,

SPEAKER 2: : () natural. E (). Eles têm as duas né, te m a vermelha

SPEAKER 3: :  também. Eles têm igualzinha à nossa. Te m. E quais são os grandes produtores do açúcar de beterraba? ### ###

SPEAKER 2: : Europa. Alemanha. Tem a Rússia. A França. Estados Unidos. Ah

SPEAKER 3: : Ãh Canadá.

SPEAKER 2: : Na Europa. ### É, né?

SPEAKER 3: : Já que estamos falando em açúcar, vocês conhecem o açúcar da... ()? Já ouviram falar? O maple  sugar? Não. Não.

SPEAKER 2: : Bordo. Bordo, é bordo em português. É uma árvore, a seiva do árvore.

SPEAKER 3: : Árvore linda, a árvore nacional do Canadá. Aliás, está na bandeira canadense, a folha. E eh é uma toda uma indústria baseada nisso aí é natural, mas quer dizer, é ti é tirado como se tira látex da borracha. E eles cristalizam, inclusive na neve, depois. () Há todo um folclore, unido a a  isso no Canadá. A festa () Como é que chama? Ãh bom, em francês é... É () É () em inglês inglês é maple... E em por

SPEAKER 2: : () E há hábitos ãh () tradi o uso do açúcar do bordo do bordo. Ele é usado aqui. E medicinalmente, né? Eh... Será que é usado aqui? É. Eu nunca vi. Há remédios  que Indicam, inclusive, ãh adocicante açúcar açúcar de bordo. O Canadá é o único produtor mesmo, né?

SPEAKER 3: : E Existe um pouco nos Estados Unidos, mas eles não Não industrializam. É muito enjoativo, por sinal, eles usam mais em açúco de açúcar de confeitaria, né  mais em doces mesmo. Sobretudo uma panqueca que eles fazem lá, então faz uma calda. Às vezes

SPEAKER 2: : Conservam hoje em boa parte por tradição, inclusive fazem festa.

SPEAKER 3: : É, uma festa, a festa interessantíssima, festa é bo a. Eles ãh começam sempre, quer dizer, quem quem tem assim... Bom, nem nem há plantações, provavelmente, quem tem florestas de bordo que que explora isso. Então, convida os amigos e aí eh convida os amigos para irem lá. E a A pri o primeiro açúcar que tiram, então, a primeira seiva que tiram, (tosse) eles começam a... fazem as bolas.

SPEAKER 2: : ### Da do lápis da seringueira, né? E eles então

SPEAKER 3: : Com pequenas canequinhas que () recolher a seiva da. Como é que eu poderia dizer que eles de eles deixam... Não é propriamente... Ficar ficar mais endurecido, mas na na neve. () Põem em cima da neve mesmo, diretamente. e formam bolas depois com aquilo. Aí começam a passar um na cara do ou tro. (riso) Depois a primeira que sai, eu sei que eles escondem, quem achar tem uma prenda. Depois vai a festa o dia inteirinho, assim, a primeira uh a pri a primeira retirada mesmo do açúcar. O dia inteirinho com os familiares, com os amigos e demais eles fazem festa na floresta. É na prima vera. É, eh ma s ainda com com neve no

SPEAKER 1: :  chão. É. Quer dizer que é uma árvore idêntica.

SPEAKER 3: : tural lá. E é É, existe em todo o Canadá, é uma árvore linda, e  é por

SPEAKER 2: : ### Floresta temperada. Na Europa também existe. No outono ela   vai ficando, ela vai ficando. Ela existiu mais na ãh no no Canadá e e provavelmente existia também em maior ãh quantidade. E os franceses e canadenses sempre foram os que mantinham essa tradição da do uh da conservação do bordo né,

SPEAKER 3: : É, mas a gente encontra em todo o Canadá a árvore. Encontra inclusive Arborizando alguma cidade. Em Montreal, por exe

SPEAKER 2: : ### bolo nacional do Ca

SPEAKER 3: : nadá. Uhum. É aquela bandeira do Canadá. () No Brasil, nós temos alguma coisa parecida, assim, com com planta endêmica em extinção, e que é Temos ainda seringueira.

SPEAKER 2: : Aham. Seringueira e uma sé rie de outras ãh plantas ãh produtoras de lá. Ãh ()

SPEAKER 1: : ### Toda também no Nordeste

SPEAKER 3: : Mangabeira. Manga beira é uma delas () É.

SPEAKER 2: : Está bem amea ameaçado. Agora ãh o O que eu estava pensando, se teríamos eh ah alguma seiva açucarada. Eu acho que nunca ouvi falar. () Uma seiva produtora de açúcar.

SPEAKER 3: : Porque me parece que existe Há ãh há uns dez anos atrás, parece, foi publicado um decreto ãh regularizando o consumo do palmito, o corte do palmito, que é uma uma planta () Isso na área de Iguape e não havia plantação nenhuma, mas o palmito ### Fica depois da palmeira, cai cai no chão, então forma aquele filhotinho todos até em volta,

SPEAKER 2: : Eu vi isso lá na na área de Iguape. Mas isso não não consegue manter a espécie, porque a as próprias florestas estão sendo destruídas, o próprio ambiente em que cresce a a fau está em fase de extinção. Eles tinham Eles falam eles falam que só com plantação mesmo ãh... Mas lá não  plantavam, por mim iam buscar cada vez mais longe. Mas é mas é um problema extremamente difícil de ãh ser () ser () né porque ãh o palmito é uma planta que tem um período de crescimento muito demorado, para entrar em produção vai precisar de algumas dezenas de anos né, mas () esquecem que eu não conheço aquele assunto. Então não há financiamento Financiamento possível. Só empresas estatais poderiam pensar nisso, mas as próprias empresas estatais pensam em lucro né, lucro imediato, e falam que eh é muito difícil. Eu tenho um amigo que comprou uma área ### Barra de () Barra de (),  mas é barra de () aqui do ### () Ele eh preten Ele pretendeu fazer lá grande uma grandes plantações de palmito né. Mas Ah acabou fazendo algumas. Isso já faz bem uns quinze a nos. Hum. Não sei exatamente o resultado, mas sei que ele já tem umas () lá relativamente grandes, () no conjunto, na realidade é quase nada né. Eh e E não obteve financiamento nenhum. E nem e nem Financia rendimentos a a prazos superiores à à rotina () nossa de um ano, dois

SPEAKER 0: : Voltamos ao comércio exterior ou? Não, estamos falando do mesmo assunto só que () vegetais, agora () no campo dos minerais. Bom, ãh... Extração. A depredação. (riso) Extração () Ãh eu creio que uh o Bras

SPEAKER 2: : Esse projeto, o RADAM, por exemplo, está está investigando o subsolo () Solo superficial também, não não é ãh não não é pesquisa pesquisa em profundidade, não é prospecção né. Eh e estava revelando aí no vas áreas, mas eu acho que muitos desses minérios são considerados estratégi não não se tem conhecimento da dos resultados dessa dessas pesquisas, por exemplo, dos minerais atômicos né. () acontecia () Por exemplo, por que o Brasil fez esse convênio com a Alemanha e está ãh em vias de fazer novos convênios com com outras outras potências em know-how atô O que o Brasil pode oferecer em troca? Só pode oferecer minérios () Aliás, ah a base desses acordos é fornecimento de minerais atômicos a as indústrias desses países né, em troca de know-how e da instalação de centrais atômicas. Ãh mas Quem é que sabe sobre o os minerais atômicos brasileiros? Até agora o que foi revelado é muito pouco. () tal Mas isso não pode servir de base de forma alguma a acordo do tipo do do que foi feito com a De forma que ãh quais são realmente as possibilidades brasileiras em matéria de eh de minerais, minerais atômicos e de outros também considerados estratégicos. Você não sabe bem o que que que é considerado estratégico.

SPEAKER 0: : O petróleo.

SPEAKER 2: : O petróleo, eu acredito que o Brasil tem possibilidades extraordinárias com relação ao petróleo. Ãh nós temos algumas baci as sedimentares imensas, a ma a Amazônia, Rio do Prata () e ah até hoje a prospecção De petróleo ne nessas áreas foi muito limitada e ninguém pode pode prever até agora () do que foi feito, quais são as reservas existentes. E () na plataforma continental aí com com novas regulaç Também até hoje não se sabe exatamente o que são eh essas re servas. () O () da garota, agora esse de namorado, né? Que é o mais recente. Certo. Ãh de vez de quando você pegou aí de grandes possibilidades, daqui a pouco ela parece () e pequenas, a gente não sabe o que está atrás disso né. ()  No atual sistema de informações ao público no no Brasil, e não é só no Brasil, eh esse problema está sendo, hoje em dia, eh encoberto camuflado né em várias partes do mundo. () Não se pode dar nenhuma resposta precisa, mas eu acredito em grandes po A orla da bacia amazônica, por exemplo, que está em contato com ah alguns dobramentos da de dos Andes né () dobramento dos Andes, é uma área que merece ser pesquisada. Que tem teoricamente possibilidades Extraordinárias de de de reservas de petróleo. Essas reservas são exploradas, por exe A própria Venezuela tem ãh bacias de tipo semelhante ao às que ocorrem aqui no Brasil. E ãh eu acho que realmente Há uma há uma possibilidade muito grande de de ocorrência de petróleo ne nessas áreas. Agora a Petro bras está concentrando a pesquisa atualmente mais na plataforma E a razão disso é que, até agora, a exploração do petróleo no Brasil provém da do litoral ou da plataforma continental. E, Embora os postos não sejam de rendimento muito grande, é o que existe até até o momento né eh. E, por outro lado, a exploração nessa área é muito mais ba A extração do do petróleo está ãh está ligada, no caso, ao à localização do do mercado consumidor e também das refinarias né que estão, até hoje, localizadas, na sua grande maioria, no litoral ou próximo ticipação brasileira em prospecções no exterior, o senhor tem? Bom, ãh, eu eu conheço a título dos jorn ais Noticiaram há poucos dias, sobre a as () da da Petrobras né, especialmente pela Brastech, que teve resultados positivos ãh há pouco tempo, por esses dias mesmo, numa jazida na Argélia, né Mas ãh também eu acho que o grande  público ignora. Elas são realmente as () e até que ponto isso poderá contribuir para o abastecimento de petróleo no Brasil né. Eu creio que não não é problema de abastecimento de petróleo no Brasil. Será problema mais de lucro dessa dessa do da comercialização que não será necessária para o Brasil. Isso não vai tornar mais barato, conforme chega ao Brasil, mas eh de deverá render lucros para a empresa que participar da exploração né. Se é uma empresa brasileira se é uma empresa é é ligada à Petrobras, então deve resultar em lucros. que vão ser () para a área federal né, recursos do do Governo Federal. Nesse sentido, posi ãh é é posi tiva a participação. Será positiva se se efetivarem  mesmo as as descobertas, as os indícios né, pela ().

SPEAKER 3: : Eu gostaria de voltar um pouquinho à viagem da Maria Cecília. Para a França (tosse) eu vou com passagem. Que eu tirei mi nhas férias. Eu tiro mi nhas férias também no exterior e o congresso mesmo em Moscou começa no dia vin te e dois de julho. Uhum. Então Como eu vou ãh primeiro passar lá um uns dias na ver um pouco a Grécia, as ilhas gregas, como turismo mesmo. É ir () E depoi s eu volto outra vez à Fran ça, para, de lá, partir. Aliás, e Moscou só de passagem também porque nós começamos com um simpósio. Cada nós escolhemos o o simpósio, cada um escolheu o simpósio que interessava mais. O meu é hum ãh sobre im o impacto da da cidade no campo e vai ser vai se reunir () Então, eu vou primeiro para o simpósio, depois de lá nós nos reunimos todos em Moscou e depois a gente vai fazer uma viagem para (). Aí ãh Aí é uma excurs Nós só somos aqui da faculdade, só quatro, só os () que vão, porque o pessoal aí anda meio atemorizado. E e todos nós () nós nos reunire mos ãh no congresso, depois na parte mesmo de a parte formal do congresso em Moscou, e depois na na ex cursão. Cada um dos quatro vai para um lugar diferente para simpósio.

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 3: : ### ### Grécia, depois o franco francês, o rublo, ãh na na Rússia, por sinal que até interessaria, eu vou entrar na Rússia com pouquíssimo dinheiro, porque a gente paga passagem já, paga toda todo o deslocamento na Rússia, a gente paga aqui ãh. Tem que pagar, inclusive, para tirar o vis to do passaporte, tem que eu tive que... provar todo o meu deslocamento lá, dia a dia, os hotéis que eu estaria, mas só depois que eles dão o visto. Então, veio de lá, o aprovado, quer dizer, foi mandado um Telex, dizendo todo o roteiro e veio aprovado, aí que foi para Brasília para para me darem o visto. En tão, eu já pago meia pensão, quer dizer, pago café da manhã, hotel, café da manhã e a a uma refeição. Quer dizer que o rublo. E como você, na hora de entrar, troca em rublos o dinheiro que você leva e na volta não pode destrocar, então eu vou entrar com o mínimo possível imaginável, porque diz que não há muito para comprar também, não pretendo comprar nada, para comer, para outra refeição e u uma ou outra coisa que a gente possa fazer lá, sei lá o o que vai ser nos permitido fazer fora do Congresso, das atividades do Congresso, mas digamos para num concerto, para ir a um balé, qualquer coisa, então eu pretendo entrar com uns trezentos dólares só, Eh para não não ficar depois com os rublos, que eu não sei a a dificuldade que eu vou ter depois para trocar isso, né? Eu deixo o dinheiro na França e e bom pretendo abrir uma conta já num banco francês, deixar o dinheiro  lá. Bom, eu tenho amigos, muitos amigos na França, eu também posso deixar com um deles e e entrar com o mínimo po Só para não morrer de fome. Bom, então como tem uma refeição por dia, suponho que não vou morrer de fome de qualquer

SPEAKER 2: : Você já pagou a ta

SPEAKER 3: : Eu tenho que pagar aqui na hora de sair, porque ele não quer ele não quer ()... Tem que pagar em cruzeiros ou Em cruzeiros, em cruzeiros. Eu vou pagar em cruzeiros, quer dizer, eh mas na base do dólar oficial. Para isso nós temos o direito do dólar oficial,  né? Porque eu estou inscrita já há muito tempo, mas () que essa parte ele faz na base do dólar do () oficial. Mas ah a questão é que diz ele que só depois que a gente embarca é que ele pode mandar o dinheiro para lá. Então, eh ele só quer que eu pague na véspera de embarcar. E o sistema bancário no no exterior é diferente do nosso? Sistema bancário, então está aí uma coisa difícil de eu res ponder. (riso)

SPEAKER 2: : Banco é a mesma coisa. O lucro é o melhor é o sistema de explorar uh Próximo (riso). Agora, ah a

SPEAKER 1: : Facilidade... () com o dinheiro dele mesmo. Só muda a língua.

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 3: : Ãh por exemplo, eu ãh posso me referir ao Canadá. A facilidade assim de você tirar dinheiro de banco, pagar em cheque e tudo mais, é muito maior do que aqui, né? Você, inclusive, no ban ãh rece eu lá no Canadá, às vezes, eu recebia a ordem de pagamento por um lugar, por um banco. Ia ao outro que estava mais próximo, o banco me pagava. Quer  dizer, não havia problema nenhum, né? Na França já é já é a mesma a burocra cia daqui, né? Acho que em matéria de banco é a mes ma coisa. É a mesma buro

SPEAKER 0: : cracia,

SPEAKER 3: : Como é que é aqui? (riso) Ou em que ãh referência o que a ()? Burocracia () Bom (riso). Ah

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 3: : Eu bom, eu não posso dizer como é que é aqui, propriamente, é o que eu ouço falar mais. Eu não tive esse tipo de dificuldade. Mas, na França, sempre eu tive eh. Cada vez que recebia lá em Bordeaux um pagamento, uma ordem de pagamento aqui do Brasil, (tosse) e, então, eu tinha que, me mandava, o banco primeiro mandava um formulário enorme para responder de quem que vinha esse dinheiro, o que que eu ia fazer com ele, isso, aquilo. Fim da... Só depois que eu respondia e que eu que eu podia ir lá retirar o dinheiro. E eu acho que aqui a burocracia é mais ou menos a mesma, né? Demora, se não () pedir dinheiro emprestado, por exemplo, a gente tem que preencher as formalidades todas, e ãh como é a parte de ãh... Ficha cadastral. Ficha cadastral e como é que tem que ãh como é que chama o fiador os () as toda a documentação que que exigem, né? Enquanto que, no não sei nos Estados Unidos, () nos Estados Uni  só tive de passagem. Mas no Canadá, isso tudo era muito fácil. Também se você, por acaso, enganasse, e aí você tinha que se reaver depois com a sua responsabilidade, né? Mas ãh era simplíssimo todo o serviço bancário lá.

SPEAKER 0: : E como que é mexer com o banco assim, normalmente?

SPEAKER 3: : Eu não posso re, eu mesma, pessoalmente, não posso reclamar muito, porque nós aqui recebemos pelo... Eu só lido com um banco, praticamente com um. Tenho uma outra conta, num banco também muito bom, um banco holandês, mas eu praticamente eu lido com o Banco do Estado de São Paulo com uma determinada agência, a agência do Iguate mi. Nós recebemos já por aí na faculdade e. Aliás, essa agência acho que foi criada mais em função mesmo da USP, não foi? Quando eh porque quando ela foi criada, já passou imediatamente, nós passamos imediatamente a receber por aí. Quer dizer, o pessoal que frequenta é mais o pessoal da USP mesmo e. Então, a... () Hoje em dia (). Hoje em dia já não é tanto, né? Mas no começo ela vi eh vivia mais em função do pessoal da USP. Entã o, a gente já conhece todo mundo lá, tudo então as coisas são muito facilitadas, realmente. E eu posso contar até um caso ãh para para ver como também me facili taram. Mas isso porque conhecem a gen te. () Já. Confiança. Já nem olham mais porque as coisas (). Ficha cadastral é velha. É. Quando eu vou tirar, hum eu conheço todos os caixas, então quando eu vou tirar um cheque, ele nem vai o

SPEAKER 0: : lhar na minha conta. Se eu tenho, se não

SPEAKER 3: :  tenho. Às vezes até eu brinco, falo para ele. ###

SPEAKER 0: : Como é? Você sabe lá se eu tenho fundo?

SPEAKER 3: : Não, tem confiança. Plena. Agora posso contar um fato. Justamente que eu fiquei na Inglaterra sem dinheiro. E na... Há dois anos e meio quando eu viajei para... Fiz uma viagem para para França () e. E depois fui a Inglaterra. E eu cheguei lá certa de que o meu cartão de cheque especial valesse no exterior também. Aliás, tinham me informado aqui no Banco do Estado que valia. Inclusive, minha família ãh foi lá informar, porque sabiam que eu ia chegar com dinheiro Então, ah eles disseram que valia, que não havia problema. Bom, eu cheguei lá não valia. Dizer, eu não podia tirar com o meu cartão. Esse cheque especial não podia tirar o dinheiro em Londres. Então, ãh cheguei completamente sem dinheiro mesmo. Basta dizer que eu tinha doze libras, o hotel que eu fui custava onze por dia, de modo que (riso) Eu só tive o dinheiro para para pegar o metrô e ir lá resolver o caso no Banco do Estado E, como não não não me descontaram né o cheque, então eu tive que telefonar para o Brasil. E, aliás, o tema também do telefônico lá foi uma verdadeira maravilha, porque, começar que eu não tinha nem o número do telefônico do banco, eles lá no banco também não sabiam, então, os telefonistas lá acabaram descobrindo tu do. Inclusive me fizeram uma liga uma ligação, caiu no Rio, outra em Brasília, mas assim mesmo, (riso) depois eu (riso) eu consegui falar. E foi, quando, a hora que eu falei no Banco do Estado, Mas, imediatamente, eles me mandaram por Telex. No dia seguinte, eu estava recebendo () o dinheiro. Quer dizer, aqui falei com o gerente do Banco do Estado e daqui da Iguatemí, que eles nem têm essa parte eh de câmbio mesmo né, eles imediatamente tomaram as providências ah na agência central e e mandaram. () Dia. Eu falei com ele lá pelas quatro da tarde. Dia seguinte, de manhã, o banco de lá estava me chamando para me De modo que eu não posso reclamar muito, pessoalmente não posso reclamar muito, por causa de justamente dessa ãh do fato de de conhecerem muito a gente lá. Né? Mas eu sei que que as coisas não são tão fáceis. ()

SPEAKER 2: : ções que a gente enfrenta e com os bancos são () toda () de dificuldades E lidam com o com o dinheiro da gente né ãh. Ah os bancos, quando a gente toma qualquer empréstimo do banco, está tomando empréstimo dos representantes, que somos nós mesmos e aí eh criam-se. E dificuldades de toda so E quando eles aplicam o o nosso dinheiro, ãh as instituições financeiras, de uma forma geral, fazem de forma a nos prejudicar de toda de toda forma de toda sorte. Ãh por exemplo esse Essas aplicações de cento e cinquenta e sete instituições, você cações de cento e cinquenta e sete são uma decepção (). Porque depois de uma Série de anos, o o dinheiro até queimou -se. (riso) Quando se retira... () contrário, né?  Você já ti rou alguma vez? Agora eu re eu retirei Agora há pouco tempo. Aquele aquele papel que está ali é de retirado de algum deles. Depois

SPEAKER 3: : Depois de quanto Tempo pode ret irar, eu nem

SPEAKER 2: : Eu nem estou sabendo disso. Agora Há uma () () nova. Isso. Ãh até Setenta e quatro. Até setenta e um, pode-se retirar tudo. Aliás, pode retirar tudo, né? Ãh agora, a partir de setenta e um, até setenta e quatro, ãh pode-se retir ### mais vinte por cento, portanto nove Quatro anos depois, e é possível retirar (). Agora, a partir de setenta e quatro, ent ão é uma um novo sistema. Só pode retirar cinquenta por cento dentro de cinco anos e os outros cinquenta por cento seis anos depois. Que horror. O senhor retirar esse dinheiro, o senhor precisa apresentar algum motivo ou o senhor retira assim... Não, vencido o prazo, assina-se uma carta que eles já tem lá um formulário apropriado. Mas não é uma (), né? Pois É, é uma (). Eu Eu retirei ainda há poucos dias, e em vários bancos, e não só essas aplicações, como... como outras, e e... carteiras, como () Fundos mútuos, () e todos eles ba ixaram. O Banco de Boston, por exemplo, onde eu havia feito uma série dessas pequenas aplicações eh de fundo mútuo e () tudo, eu retirei há poucos dias, ãh porque cada vez estava mais baixo. Agora houve uma ligeira Ascensão, mas o o nível, o padrão eh continuou muito ba Eu comprei um sítio há uns quinze dias atrás, então eu fiz uma coleta geral uma coleta geral (riso) de todos os recursos para para jogar lá na () né? Parecido com as a

SPEAKER 1: : ções, né? Da bolsa. Pare

SPEAKER 3: : cido com as ações na bolsa ãh. Entrei bem lá. () bem na baixa (riso)

SPEAKER 1: : (riso) Não, não há o o controle

SPEAKER 2: : Então, ah eles jogam com o dinheiro do da clientela, livremente, e até mesmo os resultados mais decepcionan

SPEAKER 3: : Só apresenta dificuldades, mas eles procuram colocar algumas facilidades na mão do cliente também, né? Para atrair, né? Para atrair, lógico, mas o senhor. Geralmente fictícios. Fictícios. É, eh veja por exemplo.

SPEAKER 2: : Uh porque Está fazendo esse... () Mas mas vai Verificar como é que é. Mas eu não tenho nem o décimo terceiro. Como é que vamos ter ()? Vai verificar como é que é o décimo quarto salário. E eh eles, mediante a apresentação da da declaração de rendas e e naturalmente da aplicação do que foi exigido lá da no no () cento e cinquenta e sete né, e, desde isso, eles liberam Mas, para fazer isso, é preciso fazer ficha cadastral e haver um avalista. (riso) Então, é... é... Fictícia a vantagem, é um empréstimo comum. () Como que está garantido pelo () Da declaração que postulou, né? Vai

SPEAKER 3: : ###

SPEAKER 1: : Ser avali

SPEAKER 3: : Avalista é necessário também preencher uma série. Ficha

SPEAKER 2: : Cadastral. Ficha cadastral e (). O que eles exigem na? Bom, que te nha rendimentos, que tenha propriedades. () Não, pode eventualmen te não ser proprietário. Um jovem que começou a a vida recentemente, mas que ganha bem diante do () rendimento dele ele pode ser um avalista () e eh () Naturalmente ele começou há muito pouco tempo a atividade dele. E ele chegou em uma posição que está muito bem colocada. () bastante elevado para ()

SPEAKER 3: : Quanto que um professor aposentado na USP (riso). Que já chegou um ca

SPEAKER 2: : tedrático. Mas não tem mas não tem patri mônio ainda. (riso) Ma mas ãh mas ele pode ser avalista, o ban co pode aceitar como avalista dentro de um certo limite. Eles têm certos padrões. E tem você por trás, né?

SPEAKER 3: : Ãh? Tem você por trás dele, por isso. Não.

SPEAKER 2: : Como avalista não tem ninguém por trá ### ### Não, como avalista, quer dizer, se ele assinar um (), ele não assinou nada, mas mas ele pode ser aceito como ah, pode ter uma ficha cadastral aprovada dentro de um certo nível (). Padrão () estabe Cada um de nós, cada um eh do cliente do do banco, entra dentro de uma categoria lá, pode eh atualizar títulos até uma certa import ância, sim eh e não mais do que aquilo né eh. E isso em função da do que ele possui, dos bens patrimoni Mas, sobretudo, a ficha patrimonial, a ficha cadastral ãh está baseada em bens patrimoniais. E ele comprando

SPEAKER 3: : () Ele assina o papel agora. Bom, de compra

SPEAKER 2: : De () Mas a í não não é uma operação bancária. () É e den tro dessa transação ele aparece como? Como comprador. Uhum. E Como... um dos ãh dos compromissários né ele aparece como compromi ssário e comprador. E tem uma entrada, naturalmente, e já já entra do próprio patrimônio dele né, começa a fazer No momento, essa esse patrimônio é representado pela parcela do sítio que ele comprou () como entrada né, () com a parte () por ele mesmo. Agora eh ele Só, ãh só terá mesmo esse () de () ao patrimônio quando () uma escritura () () né? Por enquanto é uma escritura de compromisso, apenas. Eh e ele assumiu o compromisso de pagar promissórias né, mas ele não foi avalista. Ele é ele é o O signa signatário de uma de um compromisso que ele assumiu com o particular. Uhum. Se dependesse de um banco, já eh  ele precisaria de um avalista. Como eu também precisaria de um avalista para () embora eu tenha Ãh o banco exigi Exigiria avalista também.

SPEAKER 3: :  Em relação ao senhor,  ele é só

SPEAKER 2: : cio. Seu sócio. É, é sócio. Coparticipante  da coisa. Aham. Cinquenta por cento.

SPEAKER 0: : Falando de do filho dele, né, que é engenheiro, que optou ser professor, né, você disse que o filho dele tem suas vantagens, né, já ganhou uma frente dele, (), né? () Não digo na frente, mas ali perto (riso). Então Uh, em termos de profissões, por exemplo, quais vocês acham que dariam maior lucro,

SPEAKER 2: : ### É, esse meu filho () tem grandes possibilidades porque é engenheiro de produção, está ligado à à parte financ Acho que, em matéria de profissão, as de de nível superior ligadas a atividades financeiras são das que têm as maiores ãh possibilidades e abrem melhores perspectivas né. Mas () isso Uh também coloca esse problema, se coloca também em outras  bases. do meu ponto de vista, que podem ser melhores do que as que têm base financeira apenas. Uhum. Por exemplo, eu considero a profissão universitária, as profissões universitárias e eh carreira universitária, especialmente, como excelentes, embora o nível financeiro não seja o melhor. Uhum. Eu eu nunca me queixei, não me queixo da da carreira que fiz na universidade. Então evidentemente, é mais  Mas ela não não me dece pcio

SPEAKER 3: : nou, não me custou. () dá mais () dá mais satisfação. Exato e portanto, eh eu

SPEAKER 2: :  acho que há pontos de  vista diversos que podem ser colocados (). O meu não é financeiro só né? Dentro dessa perspectiva, desse ponto de vista que o senhor abordou agora, Maria Cecilia esco escolheria

SPEAKER 3: : são? Eu estou muito satisfeita também com a minha, porque e eu acho que eh dá dá para você se sentir a realização pessoal também. Aham. Então, i isso para mim é muito importante. Tanto que eu, por exemplo, pretendo, dentro de uns cinco anos e meio, eu estarei aposentada, quero me aposentar realmente para trabalhar em pós-graduação. Só sem ganhar nada mais do que () (riso), aí posso trabalhar em pós-graduação, porque eh justamente eu acho que é uma realiza maravilhosa, pessoal. Sobretudo em pós-graduação. Porque hoje em dia, depois que comecei a trabalhar em pós-graduação, ãh realmente a graduação, para mim, não me interessa muito. Então, eu gostaria de poder trabalhar sem  nenhum obje tivo financeiro. Quer dizer, como poderei fazer isso quando estiver aposentada. Porque enquanto não estiver aposentada, eu não posso escolher a pós-graduação para trabalhar. Eu tenho que trabalhar na pós-graduação também, mas eh ela me absorve me absorveria todo Pós-graduação. E é um trabalho comum. Sou geógrafa, né? Eh Eh e tenho que orientar o trabalho do de cada aluno. Então Então, trabalho também no campo,  com a pesquisa no campo, que eu faço com eles, mas agora faço muito de uma de uma for for Porque ele é toda a carga da graduação,  né? No dia que eu não precisar mais da graduação, então eu posso me dedicar a muito mais, sair  muito mais com os alunos do campo. Que eu gosto demais  da pesquisa. Eu gosto muito da parte didá tica também, né? Ah precisa uma complementar a outra, né? Eu sempre faço uma pergunta, quando eu abordo temas, assim, como profissões, () eu gosto de fazer uma perguntinha, assim, só para

SPEAKER 0: :  distrair um pouco. Queria saber, a gente, quando criança, eu tive essa experiência, eu ()

SPEAKER 3: : tem tendências a falar, eu vou ser isso, eu vou ser aquilo, por simpati a, por questões assim afetivas em relação a uma outra pessoa. Então, eu já encontrei um monte de gente que falou assim, ah se eu fosse () aquilo que eu que eu tinha como coisa que eu gostava, como meta, quando eu tinha doze anos, eu estava numa fase assim toda apaixonada por uma determinada matéria, uma determinada pessoa, inclusive, que me dá uma uma certa direção na naquilo que a gente quer ser. Você Tiveram (), acho que os dois. (riso) Eu, por exemplo, queria ser engenheira. Engenharia química. Cheguei até para fazer o colégio científico em função disso. Até fiz no colégio Bandeirantes, que já havia uma separação. Foi no início do Bandeirantes. Quer dizer no início com a turma lá do doutor Aguiar, que ah quando () panamericano né. Então ah foi no te mpo nos tempos áureos do Bandeiran E, ho hoje em dia, suponho que aquilo tenha decaído bastante. E De modo que havia separação entre engenharia, medicina e. Eu fazia científico para engenharia e engenharia química. E cheguei até a dar aula de particulares de matemática naquela época para poder pagar o meu cursinho. Fiz um cursinho para engenharia, né porque minha família não queria que eu fizesse. Então Numa época em que mulher não fazia De modo que, então, eu tive que sustentar o meu cursinho particular. Meu cursinho particular não, cursinho um cursinho preparatório lá para a Politécnica, né, do (). E eu fiz, durante uh o terceiro científico, eu fiz o ano todo, eu fiz o cursinho também para Engenharia. Depois, na última hora, houve um ah houve um problema aí de família, minha mãe não queria de jeito nenhum, e eu acabei não fazendo. Acabei fazendo Geografia. E o Ary ia fazer Medicina, se não me engano. É.

SPEAKER 2: : Eu tive problemas com relação a faculdade de medicina, que não me deixaram entrar. Ãh Eu havia feito curso secundário em escola normal. A faculdade de filosofia foi uma opção possível, né? E a medicina não admitia ãh outros diplomas de força de secundária, senão o de de co légio, né? Então ãh eu não pude fazer, porque eu cheguei a me preparar () medicina, cheguei a fazer inscrição condicional, e foi... ãh não foi aceita. Mas ãh mas também não posso dizer que eu tivesse uma vocação muito marcada para para a medicina. () A intenção, como foi anteriormente a de ser de de trem né aham, ãh tratorista, mas o o moleque, o menino, tem (riso) dessas dessas preferências porque (). () traduz em eh cópia ãh. O exemplo né do Dos mais velhos, do dos que estão próximos, o próprio meio em que estava menino. Naturalmente, tive todas  as (). Eu sou perfeitamente normal. Tive todas essas preferências, essas () Mas houve um certo período em que eu eu realmente quis fazer medici na. Depois eu acabei indo para a para a geografia, depois de tentar um exame na química, né? () Eu eu não cheguei a fa zer. Cheguei a fazer inscrição, mas eu não queria fazer aquilo. Queria fazer Eh inscrição junto com a Jandira, Jandira

SPEAKER 3: :  minha irmã mais velha. E é da primeira turma da faculdade. Ary é da segunda, né? É. Você é da segunda turma da nossa faculdade. É

SPEAKER 2: : Ela ela Fez química realmente. Ela deseja va fazer química. Me fez fazer o exame () junto com ela. Fa zer inscrição. Eu desisti no nos primeiros () era química, () vestibular né. E desisti, quer dizer Naquele momento não estava muito fixada ainda a área. E acho que isso é É é é o mais comum. A a fixação mesmo vem depois em função de uma série de de circunstâncias, de acontecimen do a própria pessoa, () a própria () E a

SPEAKER 3: : Às vezes, é depois mesmo que a gente já está fazendo. Eu, por exemplo, quando não me deixaram fazer engenharia, eu deixei que escolhesse por mim. (riso) Inclusive, o Ary não quis influir em nada e foi o Odilon Nogueira Matos, que era o secretário da faculdade nesse tempo, que a acabou resolvendo que eu fazia geogra fia. Eu estava entre ciências sociais e geografia e história. Acabei fazendo e, nos primeiros anos, eu absolutamente me encontrei lá Foi só depois que comecei a sair

SPEAKER 2: :  em excursões, sobretudo na na Associação de (). Nos primeiros anos da faculdade, você () nos primeiros anos da geografia,  ãh a gente não só não se encontrava, como como acabávamos se perdendo acabava se perdendo no ãh no... e faz-se o problema da língua né. Por exemplo, eu entrei para a geografia e história naquele tempo e a quase totalidade dos professores era de línguas estrangeiras, ãh principalmente france

SPEAKER 3: : sa. Na química, na época da Jandira, era alemão, né? Não

SPEAKER 2: : Os uh Uh, na quími ca nunca foi  em alemão. As au las nunca ###

SPEAKER 3: : Só falava em português. Quer dizer, a Jandira teve que aprender alemão, né.

SPEAKER 2: : Sim, mas eles, eh eh por serem alemães uh e aqui não haver campo para para dar curso em alemão, eh eles falaram, trataram de falar português ou espanhol né, ou falavam alguma coisa de espanhol e passaram a dar aula. português ou em espanhol. Mas No nosso caso, não. Geografia e história. A maioria das aulas era dada em francês.

SPEAKER 3: : Aliás, eu peguei i sso. Diz que eu não peguei, eu também peguei. E eu tive vários professores, inclusive tive o professor Leonardo, por exemplo, que dava história, história moderna. E que não se entendia nada. Eu passei dois meses sem entender o que ele falava, porque ele já, como francês, ele tinha uma pronúncia miserável também. Ele era ãh da Provence, né? E eu Não me lembro direito de que que área ele era, mas o francês dele já era um francês muito difícil de entender. Então, dois meses que eu passei sem entender nada do que o homem ###

SPEAKER 2: : ### Também.... Eh numa. () dando o curso em francês. Assim, meio aéreo né sem saber direito o que estava sendo dado (riso). Eu tive um cur E, no começo, nos primeiros tempos, do Shaw, do Paul Vanorden Shaw, que era professor de História Americana, ele dava em inglês. Mais inglês do que castelhano, o português Nunca nunca chegou a falar. Na mate

SPEAKER 3: : mática ele dava em italiano. Ma temática, a turma ãh ãh as primeiras ### Eu tive o... como é que era o nome dele, aquele alemão que teve aí? Você você já era professor na  faculdade. Como é que era o nome dele, aquele lá de ()? Ele dava aula em alemão, a Tereza () traduzia (). Traduzia para a gente. (riso) En enquanto ele dava. O como é o (), O (), aquele de (), teve um ano aí. Só para terminar assim o nosso bate-papo, vocês são nove irmãos?

SPEAKER 1: : Agora nove, nós éra

SPEAKER 3: : mos dez. Eram dez. Eh quais as profissões, então, que cada um Bom, nós temos quatro que foram formados pela pela nossa faculdade, né? Quer dizer, quatro. Você, a Jandira. A Jandira é química e é mais velha do que ele. () () procurar? Aliás, lembro que ela está embarca no dia vinte e oito para a Europa também. (riso) E Jandira é química, o Ary geógrafo, depois Marina, que é fez matemática, e eu que fiz ãh geografia também, Depois, ah e tenho uma das minhas irmãs começou a fazer pedagogia lá largou no terceiro ano, a Irene. E, depois, o Mário, que foi para a Aeronáutica. Ãh A Dedeia, () professora de Educação Física né, mas não não exerce a profissão. Ah Não, Dedeia exerceu. Exe Dedeia exerce é aposentada. As duas exerc ceram. A Cici não.  Exerceram. A Ci ci. Bom, a Cici um pouco, mas assim, parque infantil, tudo esporadicamente. Ela nunca... Não, ela foi professora de Educação Física e depois... No ginásio, não. Foi e

SPEAKER 2: : E não em ginásios oficiais. ###

SPEAKER 3: : E depois, quem mais? Ah o Hélio esse que morreu era engenheiro, formado pelo ITA. É o mai o mais novo de todos. Estela, minha irmã, é  bibliotecária. E, mas nunca exerceu um pouco  tempo. Depois que se casou, largou também. Acho que só. () Que existem mais ()Foram os dez, né? É, acho que já foram os dez. Quer dizer, quatro

SPEAKER 2: : () pela for mado pela faculdade. As irmã das irmãs, algumas ãh hoje são do lar, né? Aham. () domésticas. Ah mesmo as as que tiveram curso superior, né?

SPEAKER 3: : Jandira, ela é uma das primeiras doutoras, aliás, mulher acho que é a primeira doutora da faculdade, né? É. E Em química também, aqui no parece que no Brasil ela foi a primeira doutora em química. Ah e ela depois largou também, largou, depois que se casou, porque ãh ela queria muito ter filhos e e perdeu os dois primeiros, mas e a profissão é uma profissão muito absorvente, de modo que não daria para e para cuidar de filhos, mas teve depois dois filhos. Depois, quando eles estavam já estavam crescidos, ela resolveu ser livreira. E hoje di em dia está está indo muito bem como livreira. Ela tem duas livrarias né, duas livrarias e duas papelarias também. Lá em Moema ela tem uma livraria e mais uma papelaria, não é isso? Que eu nem conheço Lá. () qualquer coisa assim (). E e aqui na Joa Joaquim Floriano ela tem uma livraria e uma papelaria. () E está indo muito bem na (riso) nisso. Ela é sócia do marido ou é dela? Não Não, é dela é dela. O marido é químico também. Ele é diretor da da Cerâmica Porto Ferreira. Foi foi eh Da uh da São Caetano. Se aposentou e agora está na Porto Ferreira. E ele é formado na mesma turma dela. Ele é italiano. () se formou aqui. Ele já veio com dezessete  anos para o Brasil, né? Já tinha dezessete anos fez o curso secundário na Itália, quase todo. Terminou no Dante Alighieri aqui, depois foi foi da primeira turma da faculdade. () Aliás havia muito italiano nessa turma deles. Eh os alunos, a maioria era italiano de origem, pelo menos, italiana. A Jandira, até uma vez, ãh foram fazer uma entrevista com ela também, uma turma de acho que de colégio, fazer entrevista sobre profissão, sobre a profissão de quími ca. Então, ela disse que, para do ponto de vista ãh econômico, que como química ela se rea se realizou mais, e quer dizer, como química, ela ãh do ponto de vista econômico, não valia a pena, que era melhor ser livreira (riso). (riso) O negócio é  combinar as duas né. Ah. Livreira e química. E talvez Ela, aliás, como o marido é químico, ela sempre ajudou muito o marido. Continuou sempre mesmo depois de ter largado a profissão. Ela foi professora Dezessete anos na faculdade, na nossa faculdade. Assistente do doutor Hoffman, que era o braço direito dele até.  () Ele ele não se ###

SPEAKER 2: : Também estava estava numa situação econômica

SPEAKER 3: : Mas foi mais, porque Jandira era muito dedicada mesmo né. E então não dava, porque a parte de laboratório, a parte prática, ele tinha que passar o dia inteiro lá. () Então não era possível conciliar as duas coisas ãh. Ou seria uma professora relapsa, ou seria uma mãe relapsa. En tão ela optou por ser uma boa mãe e largou a profissão. Até poder re uh, agora que os filhos são grandes, voltar outra vez. Então... O seu filho já está numa fase de escolher pro Meu filho, bom, ele fala em várias (tosse) eh. Eu acho que ele tem profissão para vagabundo. (riso) É vocação, quer dizer, não profis são. Mas é ele  ele fala mais em ser escritor, em todo caso. Quando ele fala alguma coisa mais seriamente, ()

SPEAKER 2: : Mas esse problema de vocação ãh do dos filhos, do dos jovens, eh nã não pode ser levado muito a sério, não. () É? Mesmo quando eles falam numa ãh numa vocação ãh definida, não pode ser levado muito a sério. Eu vejo co m aqui com os meus ãh ne nenhum deles ãh definiu vocação, ãh pelo menos, com relação a às profissões que atualmente exercem, os campos em que estão, ãh senão depois de de estar no curso superior, de estar ou estar ou mesmo depois de entrar no curso superior ainda houve vacilações. Eu acho que esse esse problema não pode ser levado assim ãh mui muito a sério (). E alguns deles fizeram testes vocacionais várias vezes. Ahãm. Ãh todos os meus filhos fizeram o colégio Santa Cruz. () É e ãh O (tosse) Santa Cruz ãh sempre deu muita atenção a esse problema vocacional, mas não correspondeu absolutamente a a realidade.

SPEAKER 1: : Bom, os dois são

SPEAKER 2: : São engenhe iros, né?  Esse e o e o número três. Aham. A menina... Não, a menina (riso) ()

SPEAKER 1: : Vai ser mãe  esses dias. (riso) () E

SPEAKER 2: : (riso) Que nos nos vai fazer avós, a mim e a minha esposa daqui uns dias. Pela primeira vez. Pela primeira ve z. Aham. Ãh e () A que entrou cono comi Elas ela Elas formam em arquitetura esse ano. Aham. E o número qua Isso ãh Mas o número quatro, ele está fazendo geografia atualmente. Depois de ter pensado

SPEAKER 3: : Em tudo, né? É, depois de ter

SPEAKER 2: : (riso) De ter feito teatro, ter feito... (tosse) Fotografia. Fotografia. E e eu ainda não estou muito seguro de que ah há uma fixação em relação à geografia e. Ele está ainda procurando o caminho dele. Mas está fazendo geogra Uma grande surpresa minha, porque eu não não não procurei intervir (). E nem seria

SPEAKER 3: : Recomendável, né? (riso) Nem Nem recomendaria, porque até hoje a profissão nem foi reconhecida, e não até no secundário está muito difícil.

SPEAKER 2: : Eu acho que um um curso superior para um rapaz que andou vacilando, que andou, inclusive durante um certo perío menos ãh frustrado ãh com tudo né, ele passou por uma crise. Eu eu acho que ter um curso superior é é uma vantagem e deve e deve ser () qualquer curso superior a não fazer nada, não ah ãh ou a procurar... () diploma. Mas não é só isso, eu acho que hoje em dia ãh uh quem tem um curso superior está muito melhor armado para enfrentar aí o mercado de trabalho. E mesmo que não venha se colocar, no caso dele, eh em geografia, no campo da geografia, eu acho que ele es estará melhor armado, tendo feito um curso de geografia da de () de nível tanto, eu apoio inteiramente, não influir para, quer dizer, não influir não não fiz, nenhum trabalho ãh pessoal e direto, para que ele fo sse para a geografia. E nada

SPEAKER 3: :  dizia, né? Até o último momento que ele fosse foi só na época na época que ele. Mas mas

SPEAKER 2: : Mas dou todo o apoio a a ao ao fato de estar fazendo geografia, de estar fazendo um curso superior, ãh mesmo porque eu acho que se ele vo fazer comunicações, fazer ãh fotografia ãh. Sei que tiveram o o curso superior, tiveram a formação. em geografia, eh ele estará muito melhor preparado para fazer a fotografi a, para fazer o próprio teatro. Ele terá um nível cultural bem mais alto do que o que ele adquiriria a partir dessas atividades sem sem se haver preparado né. Tentando assim especificar o ãh o campo da geografia, você vai dar um curso de geografia, a gente

SPEAKER 3: : tado, hoje em dia, porque basicamente era para ser professor secundário. Certo. Ãh Como não há mais concurso para professor secundário, então realmente é uma corada hoje em dia mesmo porque... Lá é a geografia como matéria, é matéria, distinta para o ensino secundário. Não, e demais () Mas há muito professor também né, quer dizer, mesmo que houvesse ainda, já ah o mercado de trabalho está muito restrito aí. E até hoje nós não tivemos a nossa profissão ainda. regulamentada. De modo, os sociólogos () para falar nisso, de de de geógrafa ainda não. E De modo que nós poderíamos ser muito usados, amplamente usados e com grande proveito na em planejamento e não somos.

SPEAKER 2: : ### Muito restrito ainda para geógrafos. Ãh () ciais né ligadas a planejamento. Há muito geógrafo hoje já trabalhando. Mas é ainda ### ###

SPEAKER 3: : Ter um certo background já num Eles não chamam qualquer um. Quer dizer, para quem se forma, está se formando, é muito difícil conseguir né. Você vê depois de já ser um geógrafo Uh ãh ter um certo... Ãh seja um pouco conceituado, já conhecido e tudo mais, que são chamados. Dificilmente