SPEAKER 1: Olha, Paula, ãh na sua viagem para o Estados Unidos, que tipos de transportes vocês utilizaram? Hum SPEAKER 0: Nós ficamos quarenta dias fora e fizemos dezesseis voos de avião. Então, de avião foi o predominante. Os outros meios foram ônibus, carro, alugamos carro lá. E em Miami, nós que foi o fim da viagem, nós fizemos um cruzeiro marítimo até as Bahamas. Então, foi um navio Flávia cê. Foi uma delícia, só que o pessoal tem uma raiva louca de brasileiro, né? Porque no no navio eram três dias. Fomos até, percorrendo aquelas ilhas ali até Bahamas e. Então, tinham vários campeonatos e jogos, tudo entre brasileiros e americanos. E nós competimos. E a nossa excursão era uma excursão de dentistas, não temos nada com dentistas, mas eram amigos nossos que iam e fomos juntos. E então, dois do lado dos homens foi da ganhou um da nossa excursão, aquele um jogo de que vai feito no convés, não lembro o nome agora, um tipo de malha que se que joga no convés, e de pingue-pongue eu que ganhei, das americanas. <ão disseram que ia ter uma festona para entregar prêmio e tudo, e como era brasileiro, não teve nada. Aí no último dia do navio, nós esperamos até o último dia de viagem e não tinham e não tinham feito nada né para entregar prêmio. Aí fomos reclamar, eles deram muito escondidinho, um cinzeiro para o para o brasileiro que ganhou e para mim uma medalha de ouro bem bonita. mas diz que quando é americano, que ganha, que eles fazem uma festa, que eles gostam de agradar os  gringos. (riso) Então, esse navio foi uma delícia. Só e E navio italiano, então, era uma comida assim, fartíssima, bom para só para ilustrar, meu marido engordou cinco quilos em três dias. (riso) SPEAKER 3: (riso) Toda hora ele chamava para costurar as roupas. SPEAKER 0: E mas foi uma de> E os dias muito bonitos também, o pessoal todo amigo. E então, isso foi muito gostoso, isso em Mia> São Francisco? Não sei Gostei do povo, gostei da cidade, aquele Fisherman Wharf, que é uh o bairro dos pescadores, né? Então é lindo. Aí tomamos um helicóptero, sobrevoamos ah Alcatraz, não é, a prisão de Alcatraz, agora parece que é hotel tal. Naquele tempo não era. E Se quer o gás... Então sobrevoamos de helicóptero, Alcatraz, São Francisco todo, aquela Bahia linda. E depois ia ter uma festa naquele aquele edifício que tem o elevador de vidro do lado de fora né. Não lembro o nome do edifício. E a gente estava assim, não desarrumada, mas de calça comprida, não estava preparada para a festa. Era uma recepção para os dentistas. Mas eu ti> Chegou o sei lá o que era oficial de justiça, não sei o que era, lá da Capelinha. Então Ele perguntou se nós queríamos nos casar. Aí meu marido disse não, nós já fomos casados há onze anos né. () onze anos. Falou, é? Mas com a mesma? (riso) Então para ele foi uma surpresa. Com a mesma? Onze  anos? E lá lá é  coisa rara né. Jogamos, perdemos, ganhamos. No fim, ficou na mesma. Vimos um show muito bonito lá, era o o Lido de Paris, que estava  lá. O que mais? Depois, Disneylandia, Disney Disney World, Los Angeles,  né? Depois fomos Cabo Kennedy. Foi uma experiência muito válida. Quarenta dias bem aproveitados. SPEAKER 1: ### SPEAKER 2: Para Argentina fomos nós, eu e meu marido e minha irmã e meu cunhado. Nós passamos dez dias lá e fomos de avião daqui, primeiro para Uruguai. Descemos Montevidéu, ficamos uns dois dias, conhecemos a cidade, tudo por lá. E depois nós pegamos um navio que faz a travessia do de Montevidéu até Buenos Aires. Esse navio faz a travessia à noite e a gente compra ah o bilhete para travessia lá na cidade. Então nós compramos no próprio hotel, do gerente do hotel. E daí o navio saía seis horas da tarde. Às cinco horas nós já estávamos lá dentro. Daí fomos ver a cabine que nós tínhamos comprado, a melhor que tinha. Chegamos lá, não era a melhor que tinha. O homem tinha enganado a gente. E daí não podia sair mais para reclamar. <ão, nós pagamos a melhor que tinha, mas não era a pior, mas era, vamos dizer assim, uma de tipo médio. E E que era bem ruinzinha, mas não tinha jeito mais. Então, tinha que ficar naquela mesmo. Então, o navio saiu às seis horas, é uma saída bonita e tal. E depois, à noite, no navio tinha festa, um conjunto tocando, boate, aquele negócio. Daí, nós fomos dormir. No dia seguinte, cedinho, ele começa a chegar em Buenos Aires. Meu cunhado foi o único que viu a a chegada lá, disse que foi maravilhosa, porque estava um dia muito bonito. O navio foi chegando bem cedinho, com o sol nascendo, mas nós não nós mesmos, os outros não vimos porque estávamos dormindo. Então, o navio chegou, daí nós já chegamos em Buenos Aires com aquele medo de ser passado para trás, né? Porque daí nós já tínhamos uma experiência da cabine. Então, ficamos lá na fila e vinha aquele chofer de táxi, pedindo para gente. Ah, nós levamos vocês no hotel, e mas nós com aquele medo. Ai Será que leva? Será que o preço é esse mesmo? Mas depois o táxi abaixou até a metade o preço e nós fomos naquele medo. Daí E pegamos um hotel muito bom e ficamos dez dias em Buenos Aires. Esses dez dias nós aproveitamos para Fazer uns passeios pela cidade, pegamos algumas excursões. Uma delas, nós fomos até Olivos, conhecer o palácio da... que era a Isabelita, que estava lá, e conhecer a... o corpo da Evita, que estava embalsamado. Então, a gente entra no palácio, é tudo... tem um jardim enorme, muito bonito, bem cuidado e tal. E os guardas em todo lugar, assim escondido atrás de árvore. A gen> Então, isso foi uma coisa interessante. Depois, outro dia, nós fomos na Cidade das Crianças, que também é meia bem afastada da cidade, nós fomos de ônibus, e lá eh não tem nada assim interessante, não é? Quer dizer, é bem assim num lugar afastado, aquela cidade com casinha, igreja, tudo muito bem feito, tudo, mas... Não tem significado nenhum, porque as crianças, para chegarem lá, não não dá jeito, porque é bem longe. Então, quer dizer, a gente acha que não é uma coisa muito bem aproveitada. Eles devem ter gasto um dinheirão, mas que ficou lá para, vamos dizer, domingo, alguém assim ir lá ver. Porque eu acho que os próprios argentinos não vão muito lá, não. Porque é muito afastado. Depois, nós fizemos o quê? Deixa eu ver. Fizemos compras, aproveitar lá o preço. Mais ah nós fizemos um passeio na aquele bairro dos italianos na Argentina, a Boca, que está muito assim conhecido, explorado. Eu acho que agora ele já não está assim tão autêntico como era, deve está mais... está muito assim para exploração de turista mesmo. Então a gente vê que aqueles shows deles, aquelas... O que eles tão fazendo lá já não não deve ser como era, então acho que eles fazem aquilo já só para... Ficou assim um chamariz de turista, eles fazem um showzinho, fazem umas palhaçadas, e tem o jantar e tudo. Dali nós fomos para uma boate, que tem um show de tango, foi um show muito bonito e. Depois de lá nós fizemos aqueles passeios pela cidade, pegamos um ônibus de turismo mesmo, aqueles ônibus de dois andares. Então, foi um passeio bom porque tinha a guia explicando tudo, os bairros da Argentina, aquele praça não é praça jardim Palermo, que é muito bonito também. E o que mais? Bom, isso que nós vimos lá, nós ficamos dez dias, foi não foi muito tempo, mas deu para ver bastante coisa. Voltamos de avião também, direto, daí direto de Buenos Aires para São Paulo. () () viagem de avião assim. Viagem de avião? Bom, a viagem de avião, quando nós fomos de São Paulo para lá, Eles revistaram muito bem, inclusive olharam minha frasqueira e tiraram um vidrinho de acetona que eu nem sabia, não podia levar. Então, lá na Argentina, eu tinha comprado um pano de parede feito pelos índios e ele tinha um... era preso por uma lança de madeira, uma lança de índio mesmo. Então, eu fiquei preocupadíssima porque eu achei que eles não iam... podiam me pegar a lança e não deixar passar no aeroporto de lá. Então, eu em eu pus a vim com a lança na mão, assim meio escondida, tudo misturado com guarda-chuva para não dar aquela impressão de lança mesmo. Então, viemos. Quando chegou no aeroporto, eu estava com aquele medo na hora de passar. Chegou lá o avião. Chegou, eles não revistaram ninguém, nada, bolsa, nada. Direto. No aeroporto, entrando no avião. Então, até nós achamos esquisito. Pu> SPEAKER 1: , Muito bonito. F> <ão, nós achamos uma delícia de cabine. E A cabine de um trem é equipara equipara a ser uma cabine de navio, né? Mesma coisa. E ah e E nós nos damos muito bem, dormimos a noite inteira. Tem gente que não dorme, precisa tomar remédio. Eu acho uma delícia aquele embalo do trem, assim, você acorda lá no rio já. Eu acho mais gostoso do que de carro ou de avião, também ficaria mais caro, porque ele tem a dele paga, mas eu não. Então, nós vamos muito de trem. SPEAKER 1: E o serviço do trem ele é? Tam> SPEAKER 0: Porque vem, senta na mesa, e você senta em frente a uma pessoa que você nunca viu, você fica olhando, assim depois você começa a conversar mesmo, né? Fica uma situação estranha, mas depois é agradável. Eu acho o serviço muito bom. Gostamos muito. Agora Húngaro é, a refeição já já é esse serviço, tipo... Esse fechado, já vem o prato fechado, não lembro o nome agora. Como é que chama? Não sei o nome daquilo, já vem aquele prato fechado né com alumínio, a gente escolhe o tipo de refeição e serve na cadeira mesmo. Então se, não, serve na cadeira. Eles servem. É como avião. Puxa uma mesinha e serve na cadeira. Então, eu já não gosto tanto. Eu acho que é mais gostoso você levantar e ir ao ao salão, no vagão-restaurante. De avião eu gosto muito, mas no trem eu prefiro ir de noturno. A gente fica conversando até uma hora da manhã, assim, depois já vai dormir e amanhã é assim no Rio. SPEAKER 1: E avião? Você chegou ir até () assim? SPEAKER 0: Avião? ### Não. Não, não chegamos. Nós viajamos em aviões grandes lá para os Estados Unidos, inclusive aqueles que tinham cinema dentro, bar, música estereofônica todos, né? Quem quiser se punha o fone no ouvido. SPEAKER 1: Serviço sempre muito bom. E sua viagem de trem () Argentina? Não, ela SPEAKER 2: Não, de trem foi pequenininha. Foi só da Argentina até Olivos. Quando ela falou do trem que eu me lembrei. Por isso que eu falei, mas não tinha nada de especial, não. O que eu fiz? Quando é isso, eu tinha cinco anos. Eu fiz de trem da Argentina até o Chile pelos Andes. Apesar de eu ter cinco anos só, eu me lembro até hoje, porque foi assim uma viagem bem bonita. Assim porque vai pelo meio do da neve. Então foi bonito isso. Mas essa vez foi só uma... Nem nem pode se dizer viagem, porque era um foi de trem, SPEAKER 1:  apesar de ser curtinho. E aqui no Brasil, que tipo de transpor> SPEAKER 2: Ai, para viagem eu vou sempre de carro, meu marido adora ir de automóvel, ele gosta de guiar, então ele acha que que ele não cansa, então ele sempre prefere ir de automóvel, mesmo que seja mais longe, assim a gente vai sempre. Ah Mas nunca viajou de moto? () Só É, de moto só foi para Santos. Eu não. (riso) Só ele. Nós fomos para Bahia, que mais longe assim, de carro, né? Para Salvador. E ele quer ir agora... Ele disse que quando as crianças crescerem a gente vai fazer uma viagem bem grande de carro. Daí... Não sei, talvez logo a gente vá até Paraguai, Uruguai, de automóvel me> E a estrada assim, tem uns lugares bem ruins, a gente não vê nada, aquela aquele povo muito pobre. Agora, Salvador eu achei uma beleza, gostei demais. E A estrada não, achei muito ruim. Agora, quando a gente volta, daí que a gente vê, quando está chegando na Dutra, a gente vê a diferença que é que a gente sai daquela estrada estreitinha, que não vê a noite, não vê nem luz nenhuma, tem pedaços de terra, tudo. Quando eu fui? Agora não sei, deve estar asfaltado. Ent> <ão está, né? Quando a gente chega na Dutra, eu achei que parecia uma... parecia que eu estava num outro país até, porque tudo asfaltado, iluminado, parecia uma outra coisa. SPEAKER 0: Não achei estreito. SPEAKER 2: Não? Ai, quando eu fui eu achei estrei> SPEAKER 0: Uns lugares difíceis. Eu achei perigosa porque tem muito anima> . E o engraçado é que num lugar assim, onde não há nenhum meio de comunicação, como televisão, telefone et cetera e tal né, qualquer meio de comunicação, as pessoas se tornam muito mais comunicativas. Então, há uma comunicação assim entre todos hum você vai, e as refeições eram comunitárias. Né? Você vai, você ajuda o outro, quando você vê, você está ajudando o outro. Coisa que aqui No na cidade, você nem lembra de telefonar para alguém se está precisando de alguma coisa. Não fica realmente num lugar assim fica realmente um espírito, acho que comunitário, assim que que é uma experiência muito válida. E a baleeira, o seu João, que era o dono da baleeira, foi muito útil. Tinha tinha a parte coberta e a parte descoberta. Ah Alguns iam sentados em cima, no telhado, outros no no convés, não sei se pode chamar de convés, porque não é tão grande no convés, e dentro tinham os bancos e lugar para ir guardando os peixes e tudo. Então passamos cinco dias, né? Não era a remo não, né? Não, com motor. Motor. E na ilha tinha uma barquinha com remo. Tivesse alguma emergência, não sei quantas horas nós levaríamos para chegar, né? Porque de com o motor do continente nessa ilha era meia hora, com a com a baleeira. Mas era longe. Mas foi uma experiência tão válida, foi lindo. E ninguém pensou em perigo, e por fim não aconteceu nada mesmo. Queríamos ficar mais. Íamos ficar só as mulheres. Os maridos vinham para trabalhar e eu tinha combinado com a minha amiga que nós íamos ficar com as crianças. Porque tem um caseiro que mora na ilha. Essa ilha tem um dono, é do Rio de Janeiro. E nós pedimos licença para acampar. E o caseiro tem a mulher, o caseiro ()... Aí nós resolvemos ficar. Combinamos uh combinamos com o dono da baleeira de vim buscar os maridos e... e depois trazer as coisas para gente todos os dias. Nós vamos ficar dois dias sozinhas, depois os maridos voltavam outra vez. Quando chegou a noite, nós olhávamos assim para ilha, aquela escuridão. (riso) Minha amiga falou, você já pensou amanhã, nós duas sozinhas aqui, né? Então é melhor nem pensar, senão nós não ficamos, né? (riso) Aí a Daí eu olhava assim, fui passear na praia com meu marido, olhava, aquela escuridã> Aí a minha amiga disse assim, ainda se tivesse chave na porta, mas a barraca só com zíper né. (riso) Aí o caseiro, que era motivo de garantia, passou para o lado oposto. Começou a ser um motivo de perigo para nó> Agora para passear eu prefiro de carro mesmo, eu acho mais seguro e me sinto melhor. SPEAKER 1: Você dirige? Dirijo. E você já trocou alguma vez um pneu? SPEAKER 2: Não, (riso) nunca troquei não. Quando aconteceu eu já chamei o automóvel clube, quando me aconteceu então alguém, eu pedi para alguém trocar. Quer dizer, saber eu sei, o negócio é... precisa fazer força () SPEAKER 1: Dá. E você gosta do tipo de automóvel que você tem? G> SPEAKER 2: SPEAKER 1: <ão, nós temos uma Brasília, eu acho que que está bom. Eu não sou de muito exigente em matéria de carro, acho que andando está bom. Não precisa ser muito requintado, né? Então, eu acho que não tem. Não pôria nada. () segurança? Tem Tem bastante segurança. A única coisa no carro que não tinha, que eu achava que fazia falta, meu marido pôs, que era uma... Quem senta na frente, como eu, não tem, assim, lugar para segurar. Tem o lugar para segurar no painel, mas fica longe do banco. Então, para segurar, tem que ir lá para frente, pegar. Então, a gente fica sem encostar, fica meio sem segurança. Então, ele pôs um... Um negócio para segurar do lado da porta, em ci>. <ão, quando eu cheguei em cima e desci, os carros estavam quase parados  ali. Então, eu tive que brecar na hora para não bater no da frente. E o carro não brecou por causa dessa lama, ele então derrapou e eu bati no da frente. Uma coisa pequena, mas ah era uma mulher que estava no carro da frente, ela ficou muito brava, saiu disse que eu tinha dado uma batida, que ela tinha torcido o pescoço, não sei o que. Mas, depois ficou tudo bem. Foi só uma  a> SPEAKER 1: SPEAKER 0: É, as freeway> SPEAKER 0: A Brasília tem. O Opala não tem não tem muito boa visibilidade. Quando chove, principalmente no Opala, não sei o que que é o siste o O para-brisa, não sei se é o sistema do... Se é () embaça é, nem, nós temos o desembaçador, mas não adianta. O limpador de para-brisa também já foi trocado e não resolveu o problema. Fica... Não sei se é posição do vidro, se pode ser isso, não sei o que que é, mas fica uma visibilidade horrível. A Brasília não tem esse problema, não. SPEAKER 1: O Opala tem. Escuta () muita bicicleta em estradas (). Ah, SPEAKER 0: Eu adoro. (riso) Eu adoro andar de bicicleta. Eu ando muito. Ando com as crianças. Inclusive, essa semana eles pediram, eu fiz uma surpresa e fui buscá-las. A escola é aqui, dois quarteirões, né? Então, eu fui buscá-las de bicicleta no colégio e foi a glória lá para os colegas né. (riso) Trouxe no bagageiro, trouxe uma. Falei, a que sair primeiro, para dizer que não tem proteção, que ela saem no mesmo horário, mas sempre uma classe sai antes. Então, coincidiu de ser a mais velha. Aí Esnobei né, andei, fui até padaria, até o açougue, com ela no bagageiro, e todo mundo achando lindo. A mãe dela está de bicicleta, indo buscar ela de bicicleta. Aí, no dia seguinte, a outra. Mãe, você vai buscar, vai buscar. Eu estava tão ocupada, falei, não, acho que primeiro lugar está ela, né? Aí, eu cheguei lá para buscar, fui com o meu menino, e ela não tinha sa> <ído. Aí, perguntei para uma das menininhas que eu conheço lá. A Lígia já saiu, eu vim buscá-la. Disse, eu sei que você veio buscar, porque todo mundo sabe aqui no colégio. (riso) Ela contou para todo mundo então. O cara ficou feliz. Então, nós andamos muito. Eu sempre ando à tarde. Tardezinha, assim, eu ando com eles. Minha bicicleta por aqui. Aqui nas Perdizes não tem muito. Tem muita ladeira. É até meio difícil de lugar para andar. Mas nós andamos por aí. SPEAKER 1: Tem uma bicicleta aí, eu não sei se é a sua. () SPEAKER 0: Branca, grandona. Essa é a minha. SPEAKER 1: Não, ela tem...  Caloi. () SPEAKER 0: De marcha? ### Não. Eu não quis comprar de marcha, porque eu quero justamente para fazer exercício. Eu gosto de andar, achei que eu devia fazer exercí> Agora, outro dia, eu estava meio arrependida por causa das ladeiras aqui, das Perdizes, porque chega numa ladeirona, você não consegue subir mesmo. Você tem que descer e empurrar, não é? Mas Depois, a não ser que todo, como ãh anda sempre a família unida, de bicicleta, a não ser que todos estivessem de marcha, porque daí ãh eu ir lá para frente de marcha e o resto ficar atrás empurrando não teria graça. Mas essa é muito boa, porque tem pneu balão, então é gostosa. E quando eu vou para praia com as crianças, eu não tiro o meu carro nem um dia. Eu Eu chego de carro, ponho o carro na garagem e pego no dia que eu vim embora, só de bicicleta. Vão no supermercado, já cada um põe uma caixinha atrás da sua. Supermercado, missa, tudo de bicicleta. Aproveito que não dá para andar aqui, né? E andamos muito a pé também, meio transporte do pé. SPEAKER 2: Andei quando tinha, né? Andava de bonde quando ia para cidade fazer alguma compra eh com a minha mãe assim. Daí a gente vinha de bonde, subia a Cardoso de Almeida. Eu achava gostoso andar de bonde. Passava pela São João, depois subia aqui a Cardoso. Mas... acabou, né? Não tem nada. SPEAKER 0: E que mai> SPEAKER 0: Mas a gente se a gente pensar em sair não quer, né? Eu não gostaria de morar fora. Então, o que nós fazemos é o seguinte, nós saímos todo fim de semana. Passamos a semana aqui e fim de semana nós saímos. Eu acho... Tem muitas vantagens ser uma cidade grande, principalmente para você você ter mais liberdade de no seu modo de ser, você agir como como você gosta de agir, que no interior é impossível, você vive muito em função dos outros, mas tem todos os os inconvenientes de de, por ser uma cidade grande, de de trânsito difícil, de mais dificuldade para comunicação, de não ter tempo para nada praticamente, sempre correndo, e isso influi também nas pessoas. O modo da cidade influi no modo das pessoas. Pessoal agressivo, mais agressivo já. Um olha para o outro achando que vai... que está querendo alguma coisa, vai tirar alguma vantagem ou quer chegar primeiro. Medo de assalto. É, eu acho uma cidade, assim, agressiva, mas eu gosto muito e não gostaria de mudar daqui. SPEAKER 2: É, eu também não sei se eu mudaria daqui não. Não sei, interior eu acho que eu... Você já morou né? Eu Eu morei em interior já, fiquei sete meses em Pinda. Mas co mas esses sete meses foi assim, como eu tinha acabado de casar, então toda sexta-feira eu já vinha para cá de volta. Então eu pegava só os dias de semana lá e fim de semana, assim que todo mundo vai passear tudo então eu nunca estava lá então eu não posso dizer assim como seria morar mesmo lá que eu ficava mais de segunda a sexta lá e agora a cidade São Paulo eu acho que ela eu acho que assim matéria de de divertimento de passeio ela não tem assim mui ela não dá muita chance de passeio acho que não para quem Eu acho que tem assim, parte de cinema, teatro, agora coisa assim, mais ligada à natureza, eu acho que não tem aqui. Eu digo assim, parte de natureza, não tem aqui. Tem SPEAKER 0: ### SPEAKER 2: Né, que chama, aquele parque do Morumbi, está tão... Ah, esse parque do Morumbi, eu fui outro domingo lá, um domingo, acho que uns quatro domingos atrás, eu fui um domingo de manhã, não, não era domingo, Foi um feriado, quarta-feira. Eu fui com as crianças e o meu marido de manhã. Eu achei lindo o parque, assim, quer dizer, embaixo não tem nada, é um lago e um playground para criança. E tem umas pessoas também fazendo cooper, que passam correndo. Eu acho que é o pessoal que mora ali per> E nós vamos muito para represa lá agora, Piranga, que é onde nós estamos construindo. E lá tem aquele jardim do Burle Marx também, que eu passo, nunca entrei. SPEAKER 3: Onde que é? SPEAKER 0: No caminho. Que eu vejo que é bem popular, assim, muito bonito. Tem muita gente jogando futebol, diz que é muito bonito lá dentro. Meu marido já entrou com as crianças e eu não fui. Mas também é coisa nova. Acho que estão mesmo acordando para o problema e eu acho que... SPEAKER 1: que vai melhorando aos poucos, tem que ir aos poucos. E a parte cultural ()? Você acha que São Paulo oferece ()? SPEAKER 2: Eu acho que oferece, eu acho que oferece muita coisa, só que a gente não sei, pelo menos para mim, às vezes a gente tem tanta coisa que a gente acaba não não vendo muito. A gente vê notícia, vai ter isso, vai ter aquilo, e mas, no fim, quando a gente vê, já passou, ah passou,  já fechou o negócio, já acabou e e não não teve oportunidade de ver. Mas eu acho que aqui tem muita parte cultural, sim. Em exposição, em salão, em coisa assim desse tipo, Museu... Que mais? Os monumentos, que que você acha? Os monumentos de São Paulo históricos. Os monumentos históricos, eu acho que que tem tem... Agora, eu ouvi no jornal que o monumento lá do Ipiranga está completamente abandonado. Não sei se você viu que eles roubaram até uma parte do monumento, que está completamente abandona> Agora, eu não sei se o povo aqui, ou sei lá, os paulistas vão muito. Eu acho que vão né lá no Museu do Ipiranga. Eu não sei se vão muito. Eu acho que eu, pelo menos, fui uma vez só. Uhum. Fui para conhecer e nunca mais voltei. Mas eu acho que é é bonito da gente voltar de vez em quando e ver. Se bem que eu acho que nem todo mun> SPEAKER 0: Mas eu ouvi dizer que tiraram muita coisa daí do Museu do Ipiranga e levaram para o Rio. ### Ah, é? Ficaram muito desfalcados. Hum. ### ### ### Muitas peças e coisas que esta> SPEAKER 2: SPEAKER 1: SPEAKER 0: SPEAKER 1: SPEAKER 2: E tem a Eletroradiobraz aqui perto, que vai fechar, coitada, né? Vai fechar? Vai. Pão de açúcar comprou. Ah. Então, está... Tem umas coisas... Eles estão acabando as sessões. Até hoje, meu marido brincou, chega de ajudar a Eletroradiobraz porque o que eu já comprei de disco. (riso) (riso) Eles estão vendendo... Eles vão acabar com a sessão de discos, né? Então, os estereofônicos, nove cruzeiros. Fechados e... em plástico e tudo, né? Fitas também, nove cruzeiros, fitas gra> Eu compro, assim, há pouco tempo ele... Ele tem mania de comprar e estocar as coisas. Eles acabaram com a sessão de perfumar> Eu compro muito na Eletroradiobraz, inclusive o supermercado de lá, que eu uso também. E roupa eu compro na (). E para falar a verda é no Cardoso também que eu comprei no  boutique dele. Faz tempo que eu não compro roupa. Eu também. Eu estive na Argentina, então eu trouxe muita coisa de Né? No inverno eu acho que eu não vou precisar de nada. SPEAKER 1: E esse estilo de vendas, Você entra e quase não tem vende> dor. É. Você gosta desse tipo? SPEAKER 0: Ah, eu prefiro. Eu detesto andar com gente atrás de mim. Eu prefiro. Eh Ontem eu fui lá com a minha menina, até para comprar um macacão para ela, e também escolhi umas coisas para eu experimentar, e tudo entramos nós duas no vestiário, falei com a moça que fica na porta do vestiário, ela falou, quem que é atendendo? Falei, eu mesma. Aí, quando eu saio, a primeira vendedora que aparece ganha comissão, porque eles ganham por comissão, né? Falo, quer que tire a no> SPEAKER 2: Não é muito não. Eu não sou de comprar muito assim, de comprar pensando em o que eu vá usar depois. Se eu acho alguma coisa que eu esteja precisando, esteja na venda especial, eu acho ótimo, daí eu compro. Agora é difícil eu comprar e para guardar, deixar em casa, ou então para dar de presente. Eu já experimentei fazer isso, mas... Não conse> SPEAKER 0: ### SPEAKER 2: Para mim não dá certo. Chega na época eu pego o presente, eu olho e falo, ah, mas eu acho que não vai, não vai... Para essa pessoa não vai bem isso aqui. Daí eu acabo comprando outro. Ent> <ão, no fim eu fico com aqueles lá parados, com o que eu comprei para dar, não dou para ninguém, fica lá. Então, para mim acho que não resolve. Então, eu compro quando eu estou preci> SPEAKER 1: SPEAKER 1: ### Tem o Super Bom que foi inaugurado né há pouco tempo, que é completo também. Eu acho que Perdizes é bem favorecido, tanto de comércio como condução. A localização de aqui do bairro é muito boa, né? Que é O transporte também é fácil. É passagem de Lapa, Pompeia, é  fácil de ir para a cida> SPEAKER 1: SPEAKER 0: Geralmente vou à feira. Certo. E () Agora, não sei, eu fui no Pacaembu outro dia, e diz que terminaram as feiras cobertas, eu não estou a par, foi um ferente que falou. Então, quase todos os dias tem aqui no estádio. Acho que um dia por semana só que não tem. SPEAKER 2: Eu ouvi no jornal hoje que fizeram uma senhora aí da acho que de Pinheiros, fez um abaixo-assinado com todas as donas de casa lá daquela região, pedindo para voltar a feira coberta, você viu? Não vi. Porque tinha a feira coberta lá na perto da Doutor Arnaldo e foi fechado. Então, elas estão pedindo que não tem mais nenhum lugar para comprar fruta, verdura, então, foram levar na Prefeitura pedindo para voltar a feira coberta. SPEAKER 0: Eu acho feira uma diferença de preço enorme de supermercado, de quitanda, né? Eu acho que vale a pena, inclusive, eu acho gostoso ir à feira. Aí eu não gosto, acho horrível. Eu gosto, já conheço todas os as pessoas ali da feira, tem uma porção de amigos na feira, outro dia até uma pizza eu tive que comer lá, porque o (riso) o barraqueiro, que é meu amigo, vem comer comigo, foi minha mulher que fez, se não comer eu fico ofendido. Eu já não queria comer né, (riso) tive que sentar e comer com ele a pizza, porque senão ele ia ficar ofendido. Então eu acho gostoso isso, assim você ter já o o pessoal conhecido,  E acho gostoso, acho bonito. Você vê aquele monte de verdura, fruta assim fresqui> . SPEAKER 1: <úde, você acha que São Paulo oferece bastante serviço? SPEAKER 2: Eu acho que oferece bastante serviço ãh para uma classe mais favorecida, assim, monetariamente. Porque eu acho que ah o pessoal mais mais baixo, assim, quer dizer, que não tem tantas condições, que eles têm que usar o i ene pê esse, eu acho que é muito ruim. Porque o i ene pê esse é... Não é que o negócio está em fila e a gente sabe de tanto caso de gente que ficou lá na fila e morreu na fila até, porque até atender o médico não deu tempo. Então, eu acho que essa... Para quem pode, tem. esse pessoal mais humilde, eu acho que eles sofrem muito. Porque meu marido trabalha assim com com... como é que se diz? Vigilante bancário. Trabalha numa firma que tem guarda de segurança. Então, ele sempre conta que chegam os guardas lá e eles tinham atendimento, assim, com a convênio. Porque eles deixaram o i ene pê esse e passaram para um convênio para melhorar. Porque o ene pê o i ene pê esse não estava dando mais, porque os guardas chegavam lá com o filho doente, então não podia entrar na fila, não não dava, a criança estava passando mal, então iam pedir dinheiro para levar em outro médico. Então, não estava no fim, eles tinham que dar dinheiro para ir para o médico e e o ene pê esse ficava de lado. Então, eles passaram para um convênio particular apra ver se melhorava esse ponto. Se bem que não melhora muito, porque o atendimento desse convênio é, assim, tudo meio longe. Uhum. Então, e geralmente esses guardas, eles moram em lugar muito longe. Então, até chegar lá no outro, quer dizer, já é uma coisa também difícil de distância, de... Com criança doente, transporte, né? Tem que ir de ônibu> SPEAKER 1: Ele dizia, não, pode ficar sossegado, que é o médico que você escolheu, esse ia pagar, que vai te operar. E daqui a pouco chegou o médico, falou baixinho para o anestesista, mas eu vi porque eu que ia ajudar, né? Eu ia instrumentar. Ele disse assim, o que que você faz que o cara não dorme, está mais acordado do que eu? (riso) Aí ele falou, ele não quer dormir. Ele disse que quer ver quem vai operar. Bom, viraram, mexeram e fizeram o cara dormir e o o o dono mesmo da da operação, o cirurgião mesmo, não ficou. Então, eu acho que, assim, no hospital, falei para você entrar numa cirurgia, você tem que saber muito bem onde você vai cair, quem é o... (riso) se é de olho aberto, e você saber muito bem aonde você vai cair, inclusive em parte de higiene, nesse hospital eu achei que deixou muito a desejar. Onde eu tra> <ão, é uma coisa muito difícil para resolver e não sei como é que vão resolver isso. I ene pê esse realmente eu acho que não funciona muito. De um modo geral, ah eu acho que uh os médicos que eu conheci, e os hospitais que eu trabalhei, tirando esse que eu falei, eles são muito humanos e eles têm uma dedicação. E o que e o que eu achei também interessante, Quem nunca trabalhou assim nesse setor acha que é um ambiente carregado, pesado, e não é. Eles são alegres, são não posso dizer que seja um ambiente agradável, mas (riso) dentro do quadro é. Dentro do do serviço, eles procuram fazer assim um ambiente agradável e atendem bem as pessoas. Agora, nesse hospital, fiquei assim meio revoltada realmente com o modo de atendimento, inclusive, modo de ate de atender as as pessoas, e falta de respeito sabe. SPEAKER 1: Eu acho que há que há de tudo né. Escuta () última pergunta. Vocês que moraram sempre aqui em Perdizes, ãh quais as modificações que o bairro sofreu nesse últimos vinte anos aqui. Nossa! () apanhado geral só.  Bom, eu SPEAKER 0: Eu peguei aqui nas Perdizes, Aqui o o do lado do Pacaembu, mato completo né. Eu saía com meu irmão para fazer excursões assim. Aí no Pa>