Inquérito SP_D2_345

SPEAKER 1: : Olha, Paula, ãh na sua viagem para o Estados Unidos, que tipos de transportes vocês utilizaram? Hum

SPEAKER 0: : Nós ficamos quarenta dias fora e fizemos dezesseis voos de avião. Então, de avião foi o predominante. Os outros meios foram ônibus, carro, alugamos carro lá. E em Miami, nós que foi o fim da viagem, nós fizemos um cruzeiro marítimo até as Bahamas. Então, foi um navio Flávia cê. Foi uma delícia, só que o pessoal tem uma raiva louca de brasileiro, né? Porque no no navio eram três dias. Fomos até, percorrendo aquelas ilhas ali até Bahamas e. Então, tinham vários campeonatos e jogos, tudo entre brasileiros e americanos. E nós competimos. E a nossa excursão era uma excursão de dentistas, não temos nada com dentistas, mas eram amigos nossos que iam e fomos juntos. E então, dois do lado dos homens foi da ganhou um da nossa excursão, aquele um jogo de que vai feito no convés, não lembro o nome agora, um tipo de malha que se que joga no convés, e de pingue-pongue eu que ganhei, das americanas. ão disseram que ia ter uma festona para entregar prêmio e tudo, e como era brasileiro, não teve nada. Aí no último dia do navio, nós esperamos até o último dia de viagem e não tinham e não tinham feito nada né para entregar prêmio. Aí fomos reclamar, eles deram muito escondidinho, um cinzeiro para o para o brasileiro que ganhou e para mim uma medalha de ouro bem bonita. mas diz que quando é americano, que ganha, que eles fazem uma festa, que eles gostam de agradar os  gringos. (riso) Então, esse navio foi uma delícia. Só e E navio italiano, então, era uma comida assim, fartíssima, bom para só para ilustrar, meu marido engordou cinco quilos em três dias. (riso)

SPEAKER 3: : (riso) Toda hora ele chamava para costurar as roupas.

SPEAKER 0: : E mas foi uma de E os dias muito bonitos também, o pessoal todo amigo. E então, isso foi muito gostoso, isso em Mia mi. Depois, quando nós viemos no México, outro meio de transporte que nós usamos lá em Acapulco foi o jipe. Nós alugamos um jipe, então foi uma delícia. A gente alugava e o jipe tinha tanta folga na direção que você precisava virar umas vinte vezes antes de dele virar mesmo. E alugamos eu e o meu marido alugamos com outro com dois rapazes da nossa excursão. E nós brincavamos que nós dois éramos da turma do tempo. Onde tinha alguma coisa, nós estávamos, né? E E aproveitamos muito. Acapulco eu achei lindo, acho que eu voltaria com muito prazer lá, né? E lá em Acapulco usei um outro meio de transporte, que foi o paraquedas, o parachutes. (riso) Aquele paraquedas, né, que é puxado por lancha. Então, o nosso grupo tava todo mundo com medo de ir, os homens brincavam. Você não vai, Paula, faça favor. Se você for, nós temos que ir, né? Eu vou, se vocês não quiserem ir, vocês não vou. E achei uma delícia, você sobrevoa. Como é que ele é preso? Eh São duas correias que passam assim embaixo do braço e na perna. Só então, você fica sustentada por dois pares de correia e um cabo que de aço que liga na lancha. Aí, a lancha começa a correr, o pessoal dá um impulso, você sai correndo também, e aí ele começa a levantar voo e você sobrevoa, sobrevoei o Pacífico todo, assim, é uma delícia. Você vê aqueles prédios lá embaixo, tudo pequenininho, né? E depois, para descer, a lancha vai se aproximando da praia e e a gente cai na areia. () () foi. Aí meu marido foi também depois, fui primeiro. Mas é uma delícia, que dá uma sensação de liberdade, que você você não está preso a nada, só uma correinha, assim, né? Lá naquela altura você enxerga tudo pequenininho assim lá embaixo, e aquele mar lindo, você vê tudo passando, lancha, navio, dá uma sensação assim de liberdade, de é uma delícia aquele ventinho assim batendo, (riso) um trânsito desimpedido lá em cima porque não tinha ninguém né (riso), não tinha perigo de nada. E então, perguntaram se eu não tinha medo, você não teve medo de cair de. Nenhum momento me passou pela cabeça que pudesse acontecer alguma coisa. Muita gente não foi. Inclusive, homens tiveram medo  de ir. Mas foi uma delícia. Depois, o que mais que nós... Outro meio de transporte. Acho que foram esses. Meio de transporte foram esses só. Pegamos neve no Canadá. Estava muito bonito aquela... uma cachoeira,  né né? (), com neve assim em volta.

SPEAKER 1: : Estava começando. E na neve, vocês utilizaram algum equipamento especial?

SPEAKER 0: : Não. Em Canadá nós ficamos dois dias só. Para mim, o ponto alto assim no Canadá foi. Lá foi a Niagara Falls. Mas um um restaurante da Torre, não sei se você conhece lá, É um restaurante que tem uma torre assim altíssima, e que a gente sobe de elevador, e e depois o restaurante é lá em cima. Então, o restaurante, vo ele roda, ele é rotativo. Ro tativo acho que é, né? Rotativo. Ele vai girando, e mas é tão devagarzinho que a gente não percebe. Então, as mesas são... Ele é redondo, não é? E todo de vidro. E você tem a impressão que você... Você não tem a impressão de que ele está rodando. Então, nós pusemos as bolsas, eu e uma amiga, na nossa mesa, do lado tinha um balcão em embaixo da janela. Pusemos a bolsa daqui a pouco a nossa bolsa tinha sumido. Aí, achamos que alguém tinha pego e tudo, e não era, era a mesa nossa que estava rodando. Então, nossa bolsa estava longe, tinha ficado no balcão que era fixo, a pista central do restaurante que roda. Então, a pista roda e você tem ah um ângulo de todos, de toda a catarata. Um ângulo da de todos os lados da catarata. Você vê a catarata em todos os ângulos. É muito lindo. Ele é no meio, assim. Bem no alto e no meio da catarata. Então, você enxerga por todos os ângulos. E à noite, ela é iluminada com com cores. Então, é muito, muito lindo mesmo. Depois, eu gostei muito de São Francisco. Acho que fo i o lugar que eu gostei mais. Aca pulco e São Francisco São Fran foram, acho que, os pontos altos. São Francisco, sim, adorei, né? Achei lindo mesmo. Ah, Andei de helicóptero lá. (riso) () Mais um meio de transpor São Francisco? Não sei Gostei do povo, gostei da cidade, aquele Fisherman Wharf, que é uh o bairro dos pescadores, né? Então é lindo. Aí tomamos um helicóptero, sobrevoamos ah Alcatraz, não é, a prisão de Alcatraz, agora parece que é hotel tal. Naquele tempo não era. E Se quer o gás... Então sobrevoamos de helicóptero, Alcatraz, São Francisco todo, aquela Bahia linda. E depois ia ter uma festa naquele aquele edifício que tem o elevador de vidro do lado de fora né. Não lembro o nome do edifício. E a gente estava assim, não desarrumada, mas de calça comprida, não estava preparada para a festa. Era uma recepção para os dentistas. Mas eu ti nha muita vontade de conhecer aquele edifício. E... Então resolvemos ir sem convite mesmo para tentar entrar. Aí quando nós entramos assim, estava no meio de uma recepção, achamos que era aquela, que era a dos dentistas e tudo, no fim vieram pedir para assinar um caderno, era uma festa de casamento, tinha que assinar uma lista, nós estávamos maiores penetras numa festa de casamento, todo mundo chique, eu em calça comprida, meu marido de camisa esporte,  né? Tinham andado de helicóptero, aquele tudo descabelado, aquela ventania. E depois fomos na festa do dos na fraternização dos dentistas e... Entramos, eles pediram convite, então eu falei que eu estava com eles, mas os eles eram meu marido e meu tio, que não tinham convite também né (riso). Entramos. E foi uma festa muito bonita, aquele elevador é lindo, né? Você vai enxergando assim, tudo assim. Achei uma beleza. São Francisco eu gostei muito, gostei muito do povo de lá. Washington nós vimos muito pouco, foi um dia só. Também bonito, mas num num num sentido assim nada especial. Foi muito rápido, não deu para ter um contato. Os prédios muito bonitos, né? Las Vegas também, uma cidade completamente diferente. Maquininha de jogo, tudo que é lugar. Você vê aquele deserto imenso, a gente vai vendo do avião, de repente aparece aquela cidade assim no meio do deserto. E aquelas capelinhas em tu tudo que é lugar, Nós entramos numa capelinha. Capelinhas, você sabe, né? Que lá fazem divórcios, que é a cidade que tem mais divórcios e casamentos, Las Vegas, né? Então, o pessoal resolve, assim, casar de madrugada, então as capelinhas estão abertas dias e noites. Resolve? Dia e noite. Resolve que vai casar de madrugada, então as capelinhas estão abertas. É um tipo de capela, mas não tem nada com cerimônia religiosa, é uma ce rimônia civil só. Então, nós estávamos vendo lá na capelinha, eu e meu marido. Entramos com uma curiosidade para conhecer, era muito bonitinho e tu Chegou o sei lá o que era oficial de justiça, não sei o que era, lá da Capelinha. Então Ele perguntou se nós queríamos nos casar. Aí meu marido disse não, nós já fomos casados há onze anos né. () onze anos. Falou, é? Mas com a mesma? (riso) Então para ele foi uma surpresa. Com a mesma? Onze  anos? E lá lá é  coisa rara né. Jogamos, perdemos, ganhamos. No fim, ficou na mesma. Vimos um show muito bonito lá, era o o Lido de Paris, que estava  lá. O que mais? Depois, Disneylandia, Disney Disney World, Los Angeles,  né? Depois fomos Cabo Kennedy. Foi uma experiência muito válida. Quarenta dias bem aproveitados.

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : Para Argentina fomos nós, eu e meu marido e minha irmã e meu cunhado. Nós passamos dez dias lá e fomos de avião daqui, primeiro para Uruguai. Descemos Montevidéu, ficamos uns dois dias, conhecemos a cidade, tudo por lá. E depois nós pegamos um navio que faz a travessia do de Montevidéu até Buenos Aires. Esse navio faz a travessia à noite e a gente compra ah o bilhete para travessia lá na cidade. Então nós compramos no próprio hotel, do gerente do hotel. E daí o navio saía seis horas da tarde. Às cinco horas nós já estávamos lá dentro. Daí fomos ver a cabine que nós tínhamos comprado, a melhor que tinha. Chegamos lá, não era a melhor que tinha. O homem tinha enganado a gente. E daí não podia sair mais para reclamar. ão, nós pagamos a melhor que tinha, mas não era a pior, mas era, vamos dizer assim, uma de tipo médio. E E que era bem ruinzinha, mas não tinha jeito mais. Então, tinha que ficar naquela mesmo. Então, o navio saiu às seis horas, é uma saída bonita e tal. E depois, à noite, no navio tinha festa, um conjunto tocando, boate, aquele negócio. Daí, nós fomos dormir. No dia seguinte, cedinho, ele começa a chegar em Buenos Aires. Meu cunhado foi o único que viu a a chegada lá, disse que foi maravilhosa, porque estava um dia muito bonito. O navio foi chegando bem cedinho, com o sol nascendo, mas nós não nós mesmos, os outros não vimos porque estávamos dormindo. Então, o navio chegou, daí nós já chegamos em Buenos Aires com aquele medo de ser passado para trás, né? Porque daí nós já tínhamos uma experiência da cabine. Então, ficamos lá na fila e vinha aquele chofer de táxi, pedindo para gente. Ah, nós levamos vocês no hotel, e mas nós com aquele medo. Ai Será que leva? Será que o preço é esse mesmo? Mas depois o táxi abaixou até a metade o preço e nós fomos naquele medo. Daí E pegamos um hotel muito bom e ficamos dez dias em Buenos Aires. Esses dez dias nós aproveitamos para Fazer uns passeios pela cidade, pegamos algumas excursões. Uma delas, nós fomos até Olivos, conhecer o palácio da... que era a Isabelita, que estava lá, e conhecer a... o corpo da Evita, que estava embalsamado. Então, a gente entra no palácio, é tudo... tem um jardim enorme, muito bonito, bem cuidado e tal. E os guardas em todo lugar, assim escondido atrás de árvore. A gen te via tudo com metralhadora. () Então, a gente entra e primeiro revista. As mulheres numa sala, os homens na outra. Tiram máquina fotográfica, não pode. Fica lá retida. E daí a gente vai até onde está a Evita. Chega lá, é um lugar redondo. o corpo dela fica mais baixo que uh que a altura do chão, então a gente olha de cima e vê ela lá embaixo. E é interessante da gente observar o povo lá, que eles até hoje choram de ver a Evita lá morta tantos anos depois né. Choram como se ela tivesse morrido naquela hora. Rezam, cho Então, isso foi uma coisa interessante. Depois, outro dia, nós fomos na Cidade das Crianças, que também é meia bem afastada da cidade, nós fomos de ônibus, e lá eh não tem nada assim interessante, não é? Quer dizer, é bem assim num lugar afastado, aquela cidade com casinha, igreja, tudo muito bem feito, tudo, mas... Não tem significado nenhum, porque as crianças, para chegarem lá, não não dá jeito, porque é bem longe. Então, quer dizer, a gente acha que não é uma coisa muito bem aproveitada. Eles devem ter gasto um dinheirão, mas que ficou lá para, vamos dizer, domingo, alguém assim ir lá ver. Porque eu acho que os próprios argentinos não vão muito lá, não. Porque é muito afastado. Depois, nós fizemos o quê? Deixa eu ver. Fizemos compras, aproveitar lá o preço. Mais ah nós fizemos um passeio na aquele bairro dos italianos na Argentina, a Boca, que está muito assim conhecido, explorado. Eu acho que agora ele já não está assim tão autêntico como era, deve está mais... está muito assim para exploração de turista mesmo. Então a gente vê que aqueles shows deles, aquelas... O que eles tão fazendo lá já não não deve ser como era, então acho que eles fazem aquilo já só para... Ficou assim um chamariz de turista, eles fazem um showzinho, fazem umas palhaçadas, e tem o jantar e tudo. Dali nós fomos para uma boate, que tem um show de tango, foi um show muito bonito e. Depois de lá nós fizemos aqueles passeios pela cidade, pegamos um ônibus de turismo mesmo, aqueles ônibus de dois andares. Então, foi um passeio bom porque tinha a guia explicando tudo, os bairros da Argentina, aquele praça não é praça jardim Palermo, que é muito bonito também. E o que mais? Bom, isso que nós vimos lá, nós ficamos dez dias, foi não foi muito tempo, mas deu para ver bastante coisa. Voltamos de avião também, direto, daí direto de Buenos Aires para São Paulo. () () viagem de avião assim. Viagem de avião? Bom, a viagem de avião, quando nós fomos de São Paulo para lá, Eles revistaram muito bem, inclusive olharam minha frasqueira e tiraram um vidrinho de acetona que eu nem sabia, não podia levar. Então, lá na Argentina, eu tinha comprado um pano de parede feito pelos índios e ele tinha um... era preso por uma lança de madeira, uma lança de índio mesmo. Então, eu fiquei preocupadíssima porque eu achei que eles não iam... podiam me pegar a lança e não deixar passar no aeroporto de lá. Então, eu em eu pus a vim com a lança na mão, assim meio escondida, tudo misturado com guarda-chuva para não dar aquela impressão de lança mesmo. Então, viemos. Quando chegou no aeroporto, eu estava com aquele medo na hora de passar. Chegou lá o avião. Chegou, eles não revistaram ninguém, nada, bolsa, nada. Direto. No aeroporto, entrando no avião. Então, até nós achamos esquisito. Pu xa, se alguém aqui, algum terrorista quiser... Vier entrar com arma aqui e ninguém percebe, porque não viram nada mesmo entrando direto. Bom, daí a viagem de avião. A viagem de avião, é aquele negócio tem... Teve almoço, não sei se o horário teve, acho que foi. Teve almoço muito gostoso Foi uma viagem que estava todo mundo comentando de, todos os passageiros comentando os preços das compras, o que comprou, o que não comprou. Minha irmã encontrou uma amiga no avião que não via há muito tempo, desde o primário, sa bia? Não  vi. Acho que chama Célia também. Encontraram no avião, ela com os filhos, essa amiga dela. Então vieram conversando, ela disse que vai sempre para lá fazer compra. Ela vai com os filhos, ela já estava acostumada. Então, nós fizemos essa viagem e estávamos loucas para chegar aqui, para ver as crianças que tinham ficado. Então, chegamos e... Estava todo mundo no aeroporto e acabou a viagem. (riso) ()

SPEAKER 1: : ### Assim o avião

SPEAKER 2: : Não. Não. Única coisa que eu fui no avião  foi  no banheiro.

SPEAKER 1: : Só. Não vi mais nada. Você acha que o banhe ah o banheiro do avião deveria ser um pouquinho maior? Ou você acha que

SPEAKER 2: : É, eu acho que é suficiente. Acho que não podia ser  muito maior eh. Acho que ah o tamanho estava bom. Deixa eu ver o que mais que eu poderia contar.

SPEAKER 1: : ferença entre a seria a de primeira classe e a de da classe que vocês compraram? Vocês chegaram a visitar?

SPEAKER 2: : A classe, ãh não, nós não chegamos a visitar, mas sabíamos que a que a cabine melhor que nós tínhamos comprado Era a cabine com banheiro privativo. E nós, acho que nós vimos, sim, uma janelinha, nós vimos a cabine melhor. Era, assim, maior e as instalações melhores. E a que nós ficamos eram duas cabines com um banheiro no meio. E era pequenininha e bem, assim... Bem assim, feia, sabe? Não sei, a gente esperava, né? Bom, uma viagem de navio vai ser bacana, uma um negócio assim... Então, nós achamos que devia ser uma coisa bonita, então nós ficamos decepcionados quando vimos o o que nós tínhamos comprado, que não era, né? Então, nós fomos conversar com o... Não sei se era o comandante, eu acho que era o comandante. Como nós tínhamos chegado um pouco cedo para o navio partir, então ele estava lá no convés olhando lá. Então, ele disse que os argentinos têm muita raiva dos uruguaios, porque eles são de passar perna mesmo. Então, que eles vão para Argentina e ficam lá, não trabalham, sabe? Então eles, os argentinos não gostam deles. Acham que eles são muito muito espertalhões. Ele falou, ah, isso é comum aqui. Agora não tem jeito de vocês saírem mais, né? Então, nós nos conforma

SPEAKER 1: : mos ali. Paula, como que era a cabine ()?

SPEAKER 0: : Cabine? Cabine era comum. Eram dois... Era o beliche, eh armário e banheiro privativo. Mas pequenininho. Não era... E não era com janela que dava para para fora, não. Era interno só. Mas era bem apertadinho. Ãh bem quando Quando abria a porta do armário, o outro tinha que sair do quarto para abrir. Agora, quando nós fomos... A Argentina também, ah fomos de navio aí era bem maior. O navio, uh a cabine era bem maior. Mas esse navio da das Bahamas, ele era muito bonito, inclusive ele tinha uma piscina com o fundo de vidro, para você ficar vendo as pessoas. E depois com vários visores na parede, nesse fundo, sabe, de acrílico, de vidro, não sei o que é. Então tinham várias rodelas assim para você ver as pessoas que estavam mergulhando, o que como nada , Muito bonito. F estas lindas. Boate. Ceia. Jogos, né? E a cabine. Agora eu gosto muito de viajar de trem.

SPEAKER 2: : Isso eu vou sempre para o Rio. Ah, nós viajamos de trem ().

SPEAKER 0: : Meu marido, ele tem que sempre ir ao Rio de Janeiro. E quase sempre que ele vai, quando dá assim, eu vou junto e aí nós preferimos ir de trem. Que aí tomamos a cabine aqui à noite, dormindo. Nós experimentamos ir no húngaro uma vez, mas não gostamos. Ele () muito, acho que a bitola é muito estreita, né? Então, ele balança muito, embora seja mais rápido. Ent ão, nós achamos uma delícia de cabine. E A cabine de um trem é equipara equipara a ser uma cabine de navio, né? Mesma coisa. E ah e E nós nos damos muito bem, dormimos a noite inteira. Tem gente que não dorme, precisa tomar remédio. Eu acho uma delícia aquele embalo do trem, assim, você acorda lá no rio já. Eu acho mais gostoso do que de carro ou de avião, também ficaria mais caro, porque ele tem a dele paga, mas eu não. Então, nós vamos muito de trem.

SPEAKER 1: : E o serviço do trem ele é? Tam

SPEAKER 0: : bém muito bom. Esse na noturno, fica tem aquele restaurante, então vai todo mundo para lá, não é? e fica tomando um aperitivo, qualquer coisa e conversando. Então, o que eu acho interessante que, como são poucas as mesas para um número de pessoas, sentam pessoas diferentes na mesma mesa né. E aqui eu acho que cria assim um clima de de solidariedade entre to dos. Estão todos ali com o mesmo fim, que é de chegar ao Rio de Janeiro, e estabelece um diálogo. Nós já fizemos uma porção de conhecimento assim com pessoas agradáveis nessas via Porque vem, senta na mesa, e você senta em frente a uma pessoa que você nunca viu, você fica olhando, assim depois você começa a conversar mesmo, né? Fica uma situação estranha, mas depois é agradável. Eu acho o serviço muito bom. Gostamos muito. Agora Húngaro é, a refeição já já é esse serviço, tipo... Esse fechado, já vem o prato fechado, não lembro o nome agora. Como é que chama? Não sei o nome daquilo, já vem aquele prato fechado né com alumínio, a gente escolhe o tipo de refeição e serve na cadeira mesmo. Então se, não, serve na cadeira. Eles servem. É como avião. Puxa uma mesinha e serve na cadeira. Então, eu já não gosto tanto. Eu acho que é mais gostoso você levantar e ir ao ao salão, no vagão-restaurante. De avião eu gosto muito, mas no trem eu prefiro ir de noturno. A gente fica conversando até uma hora da manhã, assim, depois já vai dormir e amanhã é assim no Rio.

SPEAKER 1: : E avião? Você chegou ir até () assim?

SPEAKER 0: : Avião? ### Não. Não, não chegamos. Nós viajamos em aviões grandes lá para os Estados Unidos, inclusive aqueles que tinham cinema dentro, bar, música estereofônica todos, né? Quem quiser se punha o fone no ouvido.

SPEAKER 1: : Serviço sempre muito bom. E sua viagem de trem () Argentina? Não, ela

SPEAKER 2: : Não, de trem foi pequenininha. Foi só da Argentina até Olivos. Quando ela falou do trem que eu me lembrei. Por isso que eu falei, mas não tinha nada de especial, não. O que eu fiz? Quando é isso, eu tinha cinco anos. Eu fiz de trem da Argentina até o Chile pelos Andes. Apesar de eu ter cinco anos só, eu me lembro até hoje, porque foi assim uma viagem bem bonita. Assim porque vai pelo meio do da neve. Então foi bonito isso. Mas essa vez foi só uma... Nem nem pode se dizer viagem, porque era um foi de trem,

SPEAKER 1: :  apesar de ser curtinho. E aqui no Brasil, que tipo de transpor

SPEAKER 2: : Ai, para viagem eu vou sempre de carro, meu marido adora ir de automóvel, ele gosta de guiar, então ele acha que que ele não cansa, então ele sempre prefere ir de automóvel, mesmo que seja mais longe, assim a gente vai sempre. Ah Mas nunca viajou de moto? () Só É, de moto só foi para Santos. Eu não. (riso) Só ele. Nós fomos para Bahia, que mais longe assim, de carro, né? Para Salvador. E ele quer ir agora... Ele disse que quando as crianças crescerem a gente vai fazer uma viagem bem grande de carro. Daí... Não sei, talvez logo a gente vá até Paraguai, Uruguai, de automóvel me smo. Ai, para Para Bahia eu achei péssima, achei muito cansativa a viagem. Eu achei muito longe. Eu não tinha ideia assim de distância, nunca viajei tanto de automóvel. Então, logo que nós casamos, nós fomos para Bahia, eu não tinha ideia assim de distância. Eu  achava que não era tão longe. Depois, quando começou a viagem, eu achei que nunca mais eu ia chegar, porque andava, andava, não chegava. Faltava um monte ain E a estrada assim, tem uns lugares bem ruins, a gente não vê nada, aquela aquele povo muito pobre. Agora, Salvador eu achei uma beleza, gostei demais. E A estrada não, achei muito ruim. Agora, quando a gente volta, daí que a gente vê, quando está chegando na Dutra, a gente vê a diferença que é que a gente sai daquela estrada estreitinha, que não vê a noite, não vê nem luz nenhuma, tem pedaços de terra, tudo. Quando eu fui? Agora não sei, deve estar asfaltado. Ent ão está, né? Quando a gente chega na Dutra, eu achei que parecia uma... parecia que eu estava num outro país até, porque tudo asfaltado, iluminado, parecia uma outra coisa.

SPEAKER 0: : Não achei estreito.

SPEAKER 2: : Não? Ai, quando eu fui eu achei estrei

SPEAKER 0: : Uns lugares difíceis. Eu achei perigosa porque tem muito anima l assim na estrada né e é uma estrada que não tem muito movimento, então a gente (). Agora dizem lá que a noite não po é muito perigoso de viajar.

SPEAKER 2: : Uma vez nós estávamos querendo ir até uma cidade mais perto para dormir, a noite já era umas dez, onze horas da noite. Nós paramos num posto de gasolina, E o dono do posto não deixou a gente continuar de jeito nenhum. Ele falou, vocês não podem ir, porque essa hora, ele dizia lá que os choferes de caminhão, eles tomam bolinha porque para não dormir, porque eles querem que a viagem renda bastante. Então, eles vêm e passam na contramão, vêm do jeito que vêm. Então ele convenceu a gente, vocês não podem ir de jeito nenhum. Então nós dormimos nessa cidade mesmo do posto lá, arrumamos um hotel e nós ficamos lá. Porque ele disse que é muito perigoso. Que mais?

SPEAKER 0: : Eu terminei transportes, esqueci de falar. Eu  sei. (riso) Uma baleeira. Nós, nós acampamos muito. Então agora, último feriado aí. Não, foi no carnaval. Nós fomos acampar numa ilha. numa ilha, fazer um camping selvagem, com mais duas famílias, entre Paraty e Angra dos Reis, numa praia que chama Tarituba. E a ilha chama Peladinha. Ela chama Peladinha porque pegado a uh a ela é a Peladona, que é conhecida. (riso) E então, o nosso único meio de comunicação com a civilização era essa baleeira. Os carros ficaram na praia, depois tinha um pescador que era conhecido, e que fez o transporte todo de tudo né, porque era uma mão de obra para acampar assim num lugar deserto, tem que levar bastante coisa. Inclusive, um amigo nosso com a tampa de () não não podia ir de (), teve que comprar barraca. Então, levamos tudo. E todo dia de manhã, ia o o dono da baleeira, levava leite, pão e gelo. Porque na ilha tinha água, água de mina. E aí, nós saíamos com a baleeira, alto mar, passávamos o dia assim, em alto mar, fazendo caça submarina, que eu nunca tinha feito. Achei lindo e as crianças adoraram também. Fiz questão que até o o pequeno de oito anos. fosse para o fundo do mar para ver. Achei uma coisa tão linda que quando eu desci não queria nem subir mais. (riso) Tão lindo que era. () Muito peixe. É uma experiência assim super interessante porque você come aquilo que pesca, você vive assim completamente de acordo com com a natureza, né? Nós levamos, sim, nós alguma coisa, sim, preparada. Por exemplo, o macarrão, né? O macarrão, pacote, o molho, pronto. À noite a gente fazia assim, mas durante o dia, no almoço, era sempre das das pescarias. Peixe na brasa ou moqueca de peixe, sabe? Fazer um caldeirão. Eram quatro barracas, vinte e duas pessoas. E as idades variavam de três anos. Os filhos variavam de três a dezoito anos. Depois, três casais. Então, foi uma experiência muito interessan . E o engraçado é que num lugar assim, onde não há nenhum meio de comunicação, como televisão, telefone et cetera e tal né, qualquer meio de comunicação, as pessoas se tornam muito mais comunicativas. Então, há uma comunicação assim entre todos hum você vai, e as refeições eram comunitárias. Né? Você vai, você ajuda o outro, quando você vê, você está ajudando o outro. Coisa que aqui No na cidade, você nem lembra de telefonar para alguém se está precisando de alguma coisa. Não fica realmente num lugar assim fica realmente um espírito, acho que comunitário, assim que que é uma experiência muito válida. E a baleeira, o seu João, que era o dono da baleeira, foi muito útil. Tinha tinha a parte coberta e a parte descoberta. Ah Alguns iam sentados em cima, no telhado, outros no no convés, não sei se pode chamar de convés, porque não é tão grande no convés, e dentro tinham os bancos e lugar para ir guardando os peixes e tudo. Então passamos cinco dias, né? Não era a remo não, né? Não, com motor. Motor. E na ilha tinha uma barquinha com remo. Tivesse alguma emergência, não sei quantas horas nós levaríamos para chegar, né? Porque de com o motor do continente nessa ilha era meia hora, com a com a baleeira. Mas era longe. Mas foi uma experiência tão válida, foi lindo. E ninguém pensou em perigo, e por fim não aconteceu nada mesmo. Queríamos ficar mais. Íamos ficar só as mulheres. Os maridos vinham para trabalhar e eu tinha combinado com a minha amiga que nós íamos ficar com as crianças. Porque tem um caseiro que mora na ilha. Essa ilha tem um dono, é do Rio de Janeiro. E nós pedimos licença para acampar. E o caseiro tem a mulher, o caseiro ()... Aí nós resolvemos ficar. Combinamos uh combinamos com o dono da baleeira de vim buscar os maridos e... e depois trazer as coisas para gente todos os dias. Nós vamos ficar dois dias sozinhas, depois os maridos voltavam outra vez. Quando chegou a noite, nós olhávamos assim para ilha, aquela escuridão. (riso) Minha amiga falou, você já pensou amanhã, nós duas sozinhas aqui, né? Então é melhor nem pensar, senão nós não ficamos, né? (riso) Aí a Daí eu olhava assim, fui passear na praia com meu marido, olhava, aquela escuridã Aí a minha amiga disse assim, ainda se tivesse chave na porta, mas a barraca só com zíper né. (riso) Aí o caseiro, que era motivo de garantia, passou para o lado oposto. Começou a ser um motivo de perigo para nó s. Nós achamos preferível que nem tivesse aquele caseiro lá. () () história, no dia seguinte, cinco horas da manhã, estava todo mundo pronto para vir embora. Nós pretendemos voltar, porque foi um lugar... É uma coisa que eu acho que vale a pena. Todo mundo devia passar por isso.

SPEAKER 2: : Eu não gosto muito de andar não. (riso) Quem gosta é meu marido. Eu gosto quando é assim de dia e que está um dia bonito. Daí eu acho gostoso, mas para sair à noite eu não gosto. Eu acho muito frio e... Não, essa época está certo, é frio. Mas mesmo no calor, eu acho que venta muito, a gente não enxerga nada, eu vou atrás. ele na minha frente, então eu tenho que olhar só para o lado, né? E ainda mais andar no meio dos carros, eu não gosto não, eu acho que... eu fico com medo, principalmente quando para o trânsito no sinal, e então vai passando no meio de um, no meio de outro, eu acho horrível isso. Mas ele gosta, então ele ele usa mais assim para... Ah ele usa vai trabalhar, ele acha que é muito fácil para ir para cidade, porque ele trabalha na... Rua Palmeiras, e às vezes ele tem que ir para o no Fórum, que é no centro da cidade. Então, ele dizia que indo de carro demorava, perdia um tempão. E a pé era longinho para ir a pé. Então, de moto ele vai num minuto, para na porta, não tem problema de estacionamento, pode parar na porta mesmo, então ele vai, resolve, já volta. Então, sob esse aspecto é mesmo... Quer dizer, tem facilidade mesmo para andar no trânsito e tu Agora para passear eu prefiro de carro mesmo, eu acho mais seguro e me sinto melhor.

SPEAKER 1: : Você dirige? Dirijo. E você já trocou alguma vez um pneu?

SPEAKER 2: : Não, (riso) nunca troquei não. Quando aconteceu eu já chamei o automóvel clube, quando me aconteceu então alguém, eu pedi para alguém trocar. Quer dizer, saber eu sei, o negócio é... precisa fazer força ()

SPEAKER 1: : Dá. E você gosta do tipo de automóvel que você tem? G

SPEAKER 2: : os

SPEAKER 1: : to. Você acrescentaria assim algum detalhe dentro, por exemplo?

SPEAKER 2: : Carro? Carro. N ão, nós temos uma Brasília, eu acho que que está bom. Eu não sou de muito exigente em matéria de carro, acho que andando está bom. Não precisa ser muito requintado, né? Então, eu acho que não tem. Não pôria nada. () segurança? Tem Tem bastante segurança. A única coisa no carro que não tinha, que eu achava que fazia falta, meu marido pôs, que era uma... Quem senta na frente, como eu, não tem, assim, lugar para segurar. Tem o lugar para segurar no painel, mas fica longe do banco. Então, para segurar, tem que ir lá para frente, pegar. Então, a gente fica sem encostar, fica meio sem segurança. Então, ele pôs um... Um negócio para segurar do lado da porta, em ci . ma. Mas para segurar para que? Para Por exemplo, se está.. Quando a gente vai para São Sebastião, tem aquela estrada de curva. Geralmente, eu estou com criança no colo. A gente vai muito para São Sebastião. Então, para segurar. Se eu vou lá para frente, fica assim, né? Porque eles encostam aqui. E E segurando do lado, em cima da porta. Então, fica encostado e fica bem firme. Então, não tem problema de curva, nada. Então, isso é a única coisa que eu me lembro que precisava e e já está. E

SPEAKER 1: : E o que mais? Você já teve algum acidente assim? De carro? Não. De carro? (estalo) E você, qual?

SPEAKER 2: : ### Quer dizer, eu já dei trombada, né, mas pouca coisa. (riso) Como é que foi? Como é que foi? () Ah, foi aqui subindo a Cardoso de Almeida, tava um dia assim de... chuviscando e estavam fazendo concerto na rua, então estava cheio de lama. Então, eu subi, quando chegou bem na parte de cima da rua, começa aquela descida e justamente ali estava aquele barro e com a chuva fez um pouco de lama. Ent ão, quando eu cheguei em cima e desci, os carros estavam quase parados  ali. Então, eu tive que brecar na hora para não bater no da frente. E o carro não brecou por causa dessa lama, ele então derrapou e eu bati no da frente. Uma coisa pequena, mas ah era uma mulher que estava no carro da frente, ela ficou muito brava, saiu disse que eu tinha dado uma batida, que ela tinha torcido o pescoço, não sei o que. Mas, depois ficou tudo bem. Foi só uma  a

SPEAKER 1: : massada ali. Só. Paula, você deve ter notado uma diferença grande entre as estradas ro de rodagem da Amé

SPEAKER 0: : É, as freeway s? É.

SPEAKER 1: : Muito. (), né? É.

SPEAKER 0: : Depois uma uma velocidade que você desenvolve sem... sem perigo, né?

SPEAKER 1: : Praticamente, porque...  E você, acrescentaria alguma coisa no seu carro? ()

SPEAKER 0: : Não. Eu tenho uma Brasília, também. Meu marido tem um Opala. E... Então, eu dirijo tanto um como o outro. À s vezes, nós trocamos. Não O que a único defeito da Brasília que eu acho é o porta o bagageiro atrás muito alto. Então, se você vai pôr bagagem a mais, acho que podia ser mais mais baixo, como a a Variant né. E Criança não dá para ficar. As crianças, se elas querem deitar ali, também não dá. É muito rasinho. Para pôr pacote, qualquer pacote que você põe já tira visibilidade atrás. Pacote de supermercado, pode ser, já cobre a visibilidade. Então eu acho ele assim, não é não cabe muita bagagem nele. Então se pudesse aumentar o porta-malas, seria a única coisa. (riso) Mas como geralmente viajamos com Opala, Opala tem um porta-malas muito grande, né? Como é Mas o carro muito gostoso, eu acho uma delícia. Dirigir é levinho, vira fácil de dirigir,

SPEAKER 1: :  econômico. E para noite, tem bo

SPEAKER 0: : A Brasília tem. O Opala não tem não tem muito boa visibilidade. Quando chove, principalmente no Opala, não sei o que que é o siste o O para-brisa, não sei se é o sistema do... Se é () embaça é, nem, nós temos o desembaçador, mas não adianta. O limpador de para-brisa também já foi trocado e não resolveu o problema. Fica... Não sei se é posição do vidro, se pode ser isso, não sei o que que é, mas fica uma visibilidade horrível. A Brasília não tem esse problema, não.

SPEAKER 1: : O Opala tem. Escuta () muita bicicleta em estradas (). Ah,

SPEAKER 0: : Eu adoro. (riso) Eu adoro andar de bicicleta. Eu ando muito. Ando com as crianças. Inclusive, essa semana eles pediram, eu fiz uma surpresa e fui buscá-las. A escola é aqui, dois quarteirões, né? Então, eu fui buscá-las de bicicleta no colégio e foi a glória lá para os colegas né. (riso) Trouxe no bagageiro, trouxe uma. Falei, a que sair primeiro, para dizer que não tem proteção, que ela saem no mesmo horário, mas sempre uma classe sai antes. Então, coincidiu de ser a mais velha. Aí Esnobei né, andei, fui até padaria, até o açougue, com ela no bagageiro, e todo mundo achando lindo. A mãe dela está de bicicleta, indo buscar ela de bicicleta. Aí, no dia seguinte, a outra. Mãe, você vai buscar, vai buscar. Eu estava tão ocupada, falei, não, acho que primeiro lugar está ela, né? Aí, eu cheguei lá para buscar, fui com o meu menino, e ela não tinha sa ído. Aí, perguntei para uma das menininhas que eu conheço lá. A Lígia já saiu, eu vim buscá-la. Disse, eu sei que você veio buscar, porque todo mundo sabe aqui no colégio. (riso) Ela contou para todo mundo então. O cara ficou feliz. Então, nós andamos muito. Eu sempre ando à tarde. Tardezinha, assim, eu ando com eles. Minha bicicleta por aqui. Aqui nas Perdizes não tem muito. Tem muita ladeira. É até meio difícil de lugar para andar. Mas nós andamos por aí.

SPEAKER 1: : Tem uma bicicleta aí, eu não sei se é a sua. ()

SPEAKER 0: : Branca, grandona. Essa é a minha.

SPEAKER 1: : Não, ela tem...  Caloi. ()

SPEAKER 0: : De marcha? ### Não. Eu não quis comprar de marcha, porque eu quero justamente para fazer exercício. Eu gosto de andar, achei que eu devia fazer exercí Agora, outro dia, eu estava meio arrependida por causa das ladeiras aqui, das Perdizes, porque chega numa ladeirona, você não consegue subir mesmo. Você tem que descer e empurrar, não é? Mas Depois, a não ser que todo, como ãh anda sempre a família unida, de bicicleta, a não ser que todos estivessem de marcha, porque daí ãh eu ir lá para frente de marcha e o resto ficar atrás empurrando não teria graça. Mas essa é muito boa, porque tem pneu balão, então é gostosa. E quando eu vou para praia com as crianças, eu não tiro o meu carro nem um dia. Eu Eu chego de carro, ponho o carro na garagem e pego no dia que eu vim embora, só de bicicleta. Vão no supermercado, já cada um põe uma caixinha atrás da sua. Supermercado, missa, tudo de bicicleta. Aproveito que não dá para andar aqui, né? E andamos muito a pé também, meio transporte do pé.

SPEAKER 2: : Andei quando tinha, né? Andava de bonde quando ia para cidade fazer alguma compra eh com a minha mãe assim. Daí a gente vinha de bonde, subia a Cardoso de Almeida. Eu achava gostoso andar de bonde. Passava pela São João, depois subia aqui a Cardoso. Mas... acabou, né? Não tem nada.

SPEAKER 0: : E que mai s? Ainda tem bonde em alguma cidade? Será  que ainda tem bonde? Santos (). Ainda tem?

SPEAKER 1: : em? Acho que tinha. Tinha um.

SPEAKER 2: : Sabe onde eu andei de bonde, que eu achei gostoso? Foi lá no Rio, na Morro de Santa Tereza. Hum () Ainda tem, mas estão querendo tirar, né? Lá é gostoso. É. Achei bonito lá.

SPEAKER 1: : Sabe onde eu tive a () São Francisco? Agora, né? Este estive, mas os motorneiros estavam em greve. Hum, você não

SPEAKER 0: :  andou no bon dinho? Estava de greve. Quando nós tivemo s lá foi até en graçado, porque o bondinho chega no fim e faz a a volta na mesma rua, né? Então, todo mundo desce e ajuda o homem a virar o bondinho, né? Eh E a turma de brasileiros que estava lá, na hora que parou o bondinho, todo mundo () correu para pegar o primeiro lugar, né? Para sentar logo. Para sentar logo. Todos os brasileiros sentados. E o pessoal tudo do lado de fora, aí mandou descer todo (riso) mun do. (riso) A gente está acostumado aqui que vai cinema, abre uma porta e é aquele estouro de boiada, né? Sai todo mundo correndo. Todo mundo correndo, sentou no bondinho, o bondinho não saía, não saía. Aí, o homem mandou todo mundo descer, todo mundo ajuda a virar o bondinho. Como é que chama aquele bondinho? Cable ca ble car. E outro meio de transporte são aquelas cadeirinhas também, em Campos do Jordão. () Teleférico. Tele férico. Acho que nós esgotamos os meios de transporte. Existe ma is algum? Não (riso) () Patin? Ãh? Patin? Patins? Aqui as crianças andam muito, eu não. () Patin? Patinete? Patinete é uma coisa que existia antigamente, depois acabou. E a minha mais velha ficou louca por um patinete. Não existia mais para comprar. Aí eu fui num bicicleteiro conhecido e ele montou um patinete com peças antigas. Aí pegou a moda. Veio meus sobrinhos que moram no interior, vieram para cá, ficaram loucos pelos patinetes. Porque eles andam de patinete. () tem, sabia? Tem aquele do velotrol, de plástico, bem pequenininho, mas maiorzinho assim não tem. Só mandando fazer. Então eles andam de patinete na ladeira, apostam corrida.

SPEAKER 2: : ina, lembrei de você, cheia de peça de patinete e um patinete montado na porta, aqui na Rua Tupi. Então, eu falei para o papai, ele falou, ah, é? Onde que é? () mais perto. Na Rua Tupi, logo você sai... Não, na Tupi não, na Alameda Barros. Saindo da Rua Tupi, sobe a Alameda Barros, à esquerda. E outro me

SPEAKER 0: : io de transporte, cavalo.

SPEAKER 1: : Eu gosto Eu não tenho muita oportunidade, mas gosto muito. (riso) E o skate? Ah é, o skate ()  Só a

SPEAKER 0: : A minha maior. Ah Eu acho muito perigoso. Não tem segurança. Aqui em São Paulo é difícil, né?

SPEAKER 1: : E sobre os meios de transporte aqui eh em São São Paulo, a prefeitura assim oferece, por exemplo, os ônibus, né?

SPEAKER 0: : Eu sou ruim para falar isso porque eu só ando de carro. (riso) E eu tenho uma pena quando eu passo um ponto de ônibus e vejo aquele pessoal todo assim e falo que... que injustiça social, né? (riso) Gente com dois carros pessoa... Agora, quem está... eu não andei de metrô ainda, mas quem está se utilizando do metrô está muito satisfeito, né? Com essa integração ônibus-metrô. Meu pai, que anda todo dia quase, e outras pessoas que eu conheço, estão muito satisfeitos. Eu não andei ainda não posso dizer nada. () É. A gente conhece de outros lugares e não conhece o nosso, não é?

SPEAKER 1: : E sobre a cidade São Paulo, o que que vocês acham?() Hum é. Ah, eu acho que tem os prós e os contras.

SPEAKER 0: : Às vezes dá dá uma aflição de morar aqui porque é tudo corrido e tu Mas a gente se a gente pensar em sair não quer, né? Eu não gostaria de morar fora. Então, o que nós fazemos é o seguinte, nós saímos todo fim de semana. Passamos a semana aqui e fim de semana nós saímos. Eu acho... Tem muitas vantagens ser uma cidade grande, principalmente para você você ter mais liberdade de no seu modo de ser, você agir como como você gosta de agir, que no interior é impossível, você vive muito em função dos outros, mas tem todos os os inconvenientes de de, por ser uma cidade grande, de de trânsito difícil, de mais dificuldade para comunicação, de não ter tempo para nada praticamente, sempre correndo, e isso influi também nas pessoas. O modo da cidade influi no modo das pessoas. Pessoal agressivo, mais agressivo já. Um olha para o outro achando que vai... que está querendo alguma coisa, vai tirar alguma vantagem ou quer chegar primeiro. Medo de assalto. É, eu acho uma cidade, assim, agressiva, mas eu gosto muito e não gostaria de mudar daqui.

SPEAKER 2: : É, eu também não sei se eu mudaria daqui não. Não sei, interior eu acho que eu... Você já morou né? Eu Eu morei em interior já, fiquei sete meses em Pinda. Mas co mas esses sete meses foi assim, como eu tinha acabado de casar, então toda sexta-feira eu já vinha para cá de volta. Então eu pegava só os dias de semana lá e fim de semana, assim que todo mundo vai passear tudo então eu nunca estava lá então eu não posso dizer assim como seria morar mesmo lá que eu ficava mais de segunda a sexta lá e agora a cidade São Paulo eu acho que ela eu acho que assim matéria de de divertimento de passeio ela não tem assim mui ela não dá muita chance de passeio acho que não para quem Eu acho que tem assim, parte de cinema, teatro, agora coisa assim, mais ligada à natureza, eu acho que não tem aqui. Eu digo assim, parte de natureza, não tem aqui. Tem

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 2: : Né, que chama, aquele parque do Morumbi, está tão... Ah, esse parque do Morumbi, eu fui outro domingo lá, um domingo, acho que uns quatro domingos atrás, eu fui um domingo de manhã, não, não era domingo, Foi um feriado, quarta-feira. Eu fui com as crianças e o meu marido de manhã. Eu achei lindo o parque, assim, quer dizer, embaixo não tem nada, é um lago e um playground para criança. E tem umas pessoas também fazendo cooper, que passam correndo. Eu acho que é o pessoal que mora ali per to. Bicicleta eu não vi muito, porque é morro, né? Deve ser meio difícil, bicicleta. Tem orquestra, sinfônica? () É, todo domingo, às onze horas, ãh tem um ou um cantor ou vai um que toca violão. Uma minha amiga foi num domingo e disse que estava o João Bosco tocando violão. Agora, como eu fui, era um feriado, quarta-feira, não tinha ninguém, eu não vi. Agora, então, eu acho que isso já é uma uma melhora, já é um ponto que eles estão procurando melhorar. Pela conscientização, né? É Porque aqui já é uma cidade, assim, que não tem... Quer dizer, não é como o Rio, que já é favorecido pela natureza. Aqu i não é. Então, tem que procurar melhorar. Eu acho que já está procurando.

SPEAKER 1: : As áreas de lazer, por exemplo, nos Estados Unidos, como é que você viu

SPEAKER 0: : O que chamou mais atenção mesmo foi a ah a disciplina do povo né, a ordem. Você não vê nenhuma sujeirinha no chão, que aqui, infelizmente, todo lugar que você vai é pipoca, cachorro quente, aquela sujeirada. Né? Então, deu uma inveja assim da da ci da cultura daquele povo. Que você vai num lugar... Não, tirando Nova Iorque, que era, que estava sujo. (riso) Mas os outros lugares, principalmente assim no México, que beleza, Você vai naqueles jardins imensos, enormes, você não vê um papelzinho no chão. E eles motivam, inclusive, para não jogarem as crianças. Por exemplo, as as cestas de lixo não são cestas de lixo comuns assim. São com formato de bicho né, de de bonecos. Então, a boca do bicho é aberta. Sa be? A boca que uh é o lugar de pôr o lixo e tem uma porção de de dizeres assim ãh fazendo com que a pessoa tenha vontade de pôr né. Motivando a a pessoa a jogar o lixo ali. São uns dísticos assim que eles colocam, mas de uma maneira muito interessante. Ninguém tem vontade de jogar papel no chão. Pois é. É até gostoso você chegar e pôr naquele lugar. Se a criança, inclusive, gosta né de ficar colocando. E... Nós tiramos até vários slides, assim pessoal, indo até o la a lata a lata de lixo. A gente chama não é lata de lixo, o recipiente de lixo, por isso que é todo colorido. Um lugar bonito que atrai. E aquela limpeza.

SPEAKER 2: : zer que aqui, agora, eles vão fazer uma campanha né, principalmente para as crianças. Então, eu acho que... Para tentar ensinar... Porque você vê, puseram lá na lá na

SPEAKER 0: : Praia Grande Começaram a fazer essa campanha, punham cesta de lixo e tudo. Ninguém jogava do lado da lata de lixo, mas ninguém jogava dentro do lixo. Quer di zer, é a educação do povo mesmo. Isso aí tem que começar de das crianças e sei lá quantas gerações vão levar para para conseguir, né? Agora, lá nos Estados Unidos, tem multa. Se joga papel no chão não é, se você está no carro, você joga, tem multa altíssima. Aqui não sei nem como é que eles iriam controlar se fizesse uma multa dessa. Mas eu acho que aqui em São Paulo eles estão acordando, sim, para o problema. Mesmo no Ibirapuera, não é? Que estão tem essa pista de bicicleta, de patinação. Aqui no Pacaembu, ouvia dizer que iam ouvi dizer que iam fazer também, que ia ser outro outro cen E nós vamos muito para represa lá agora, Piranga, que é onde nós estamos construindo. E lá tem aquele jardim do Burle Marx também, que eu passo, nunca entrei.

SPEAKER 3: : Onde que é?

SPEAKER 0: : No caminho. Que eu vejo que é bem popular, assim, muito bonito. Tem muita gente jogando futebol, diz que é muito bonito lá dentro. Meu marido já entrou com as crianças e eu não fui. Mas também é coisa nova. Acho que estão mesmo acordando para o problema e eu acho que...

SPEAKER 1: : que vai melhorando aos poucos, tem que ir aos poucos. E a parte cultural ()? Você acha que São Paulo oferece ()?

SPEAKER 2: : Eu acho que oferece, eu acho que oferece muita coisa, só que a gente não sei, pelo menos para mim, às vezes a gente tem tanta coisa que a gente acaba não não vendo muito. A gente vê notícia, vai ter isso, vai ter aquilo, e mas, no fim, quando a gente vê, já passou, ah passou,  já fechou o negócio, já acabou e e não não teve oportunidade de ver. Mas eu acho que aqui tem muita parte cultural, sim. Em exposição, em salão, em coisa assim desse tipo, Museu... Que mais? Os monumentos, que que você acha? Os monumentos de São Paulo históricos. Os monumentos históricos, eu acho que que tem tem... Agora, eu ouvi no jornal que o monumento lá do Ipiranga está completamente abandonado. Não sei se você viu que eles roubaram até uma parte do monumento, que está completamente abandona Agora, eu não sei se o povo aqui, ou sei lá, os paulistas vão muito. Eu acho que vão né lá no Museu do Ipiranga. Eu não sei se vão muito. Eu acho que eu, pelo menos, fui uma vez só. Uhum. Fui para conhecer e nunca mais voltei. Mas eu acho que é é bonito da gente voltar de vez em quando e ver. Se bem que eu acho que nem todo mun do vai s empre, Acho que eu fui em criança. Eu também. Não, eu fui quando eu estava no normal, uma vez só. As cri

SPEAKER 0: : anças vão com o colé Mas eu ouvi dizer que tiraram muita coisa daí do Museu do Ipiranga e levaram para o Rio. ### Ah, é? Ficaram muito desfalcados. Hum. ### ### ### Muitas peças e coisas que esta vam ali. Acho que está meio... Como você falou meio abandonado, acho que está mesmo. Também nesse sentido. Desfalcado. entos históricos eu não conheço assim muito, eu não não me interesso muito por essa. É, eu também. Por essa parte. Ah Eu vejo assim, acho bonito, mas para dar uma opinião () sobre monumentos históricos, não saberia dar.

SPEAKER 1: : E o comércio? Da cidade de São Paulo. O que vocês acham? Comércio?

SPEAKER 0: : () Ah O comércio eu acho muito bom. Eu acho muito variado e preço acessível. É no rmal, né? Mas  depende de on

SPEAKER 2: : de você vai. Eu acho concentrado também. Tem umas regiões de sapato, por exemplo, a Rua do Arocha agora está inteirinha de sapato, né? Ah é? Estou precisando.

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 2: : De repente começou a aparecer, assim, acho que uns dois anos para cá, só tem loja de sapato. É, e tinha

SPEAKER 0: : Uma na cidade, que era a Quintino Bocaiuva, acho que ta

SPEAKER 1: : mbém era só sapato. A cidade agora está com isso aí, então parece que está... Está saindo.

SPEAKER 0: : Está saindo tudo  do centro, né?

SPEAKER 2: : E que é. Então, a rua do Arouche está com sapato. Aqui também, na rua Diana, só tem sapato. É. Então concen eu acho que tem concentra umas coisas em determinados bairros. Núcleos. ()

SPEAKER 0: : O shopping Iguatemi, por exemplo, eu acho uma  beleza, mas eu acho caríssimo. Nun ca compro nada lá.

SPEAKER 2: : É, é um tipo, acho acho que, de preço, assim, que... Equipara com a rua Augusta, eu acho. Shopp

SPEAKER 0: : ing Iguatemi, mais ou menos, né? É. É, e abrange um mercado mais sofisticado tam

SPEAKER 1: : bém, né? Ali tem um... Vocês fazem compras aonde? De ro

SPEAKER 2: : upa, assim, né? Ah, eu faço vari ado. Às vezes, compro aqui perto, na Rua Cardoso, se eu acho alguma coisa que eu goste.

SPEAKER 0: : Eu uso muito a (). A () eu acho que ela era muito careira e depois ela popularizou. ### Eu acho. Ela já foi careira uma época que eu não comprava nada lá. Agora eu compro muito. Inclusive tem cartão de crédito lá não é. Então facilita. E Mas eu compro mui E tem a Eletroradiobraz aqui perto, que vai fechar, coitada, né? Vai fechar? Vai. Pão de açúcar comprou. Ah. Então, está... Tem umas coisas... Eles estão acabando as sessões. Até hoje, meu marido brincou, chega de ajudar a Eletroradiobraz porque o que eu já comprei de disco. (riso) (riso) Eles estão vendendo... Eles vão acabar com a sessão de discos, né? Então, os estereofônicos, nove cruzeiros. Fechados e... em plástico e tudo, né? Fitas também, nove cruzeiros, fitas gra vadas. Então, o que eu já comprei de disco, hoje no almoço, eu cheguei mais com... Um álbum com quatro longplay estereofônicos, dezenove cruzeiros. Um álbum, né? Ele falou, chega de ajudar a Eletro. Entã Eu compro, assim, há pouco tempo ele... Ele tem mania de comprar e estocar as coisas. Eles acabaram com a sessão de perfumar ia. Então, eu também comprei coisas, assim, de de toalete, de perfume, para eu dar de presente e tu Eu compro muito na Eletroradiobraz, inclusive o supermercado de lá, que eu uso também. E roupa eu compro na (). E para falar a verda é no Cardoso também que eu comprei no  boutique dele. Faz tempo que eu não compro roupa. Eu também. Eu estive na Argentina, então eu trouxe muita coisa de Né? No inverno eu acho que eu não vou precisar de nada.

SPEAKER 1: : E esse estilo de vendas, Você entra e quase não tem vende dor. É. Você gosta desse tipo?

SPEAKER 0: : Ah, eu prefiro. Eu detesto andar com gente atrás de mim. Eu prefiro. Eh Ontem eu fui lá com a minha menina, até para comprar um macacão para ela, e também escolhi umas coisas para eu experimentar, e tudo entramos nós duas no vestiário, falei com a moça que fica na porta do vestiário, ela falou, quem que é atendendo? Falei, eu mesma. Aí, quando eu saio, a primeira vendedora que aparece ganha comissão, porque eles ganham por comissão, né? Falo, quer que tire a no tinha? Falei tira a notinha para mim, porque eu prefiro eu chegar nas gôndolas, ficar procurando, do que ficar atrás de mim. E se eu entro numa loja, fica uma pessoa andando atrás, vai para um lugar, vai atrás, vai para o outro, vai atrás e eu já saio. Eu não gosto. Então, eu prefiro... Como o restaurante também, que eles... Esse restaurante muito granfinos, que fica um garçom o tempo inteiro do lado da mesa. Você usou uma manteiga, ele só põe outra no lugar, você pega um pedacinho de pão, põe outro no lugar, eu acho que tira tanta liberdade da gente, que eu não gosto. Eu prefiro () Não ter assim um atendimento tão perfeito. Por isso que lá nos Estados Unidos é é uma delícia você fazer compra, né? Você entra naqueles supermercados e e tem de

SPEAKER 1: :  tudo. E Vera você aproveita assim dessas vendas especia

SPEAKER 2: : Não é muito não. Eu não sou de comprar muito assim, de comprar pensando em o que eu vá usar depois. Se eu acho alguma coisa que eu esteja precisando, esteja na venda especial, eu acho ótimo, daí eu compro. Agora é difícil eu comprar e para guardar, deixar em casa, ou então para dar de presente. Eu já experimentei fazer isso, mas... Não conse

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 2: : Para mim não dá certo. Chega na época eu pego o presente, eu olho e falo, ah, mas eu acho que não vai, não vai... Para essa pessoa não vai bem isso aqui. Daí eu acabo comprando outro. Ent ão, no fim eu fico com aqueles lá parados, com o que eu comprei para dar, não dou para ninguém, fica lá. Então, para mim acho que não resolve. Então, eu compro quando eu estou preci

SPEAKER 1: : sando só. Qual a forma de pagamento que normalmente você Que eu

SPEAKER 2: :  uso? Que você usa? Ah Eu sempre pago à vista. Na () nós temos também cartão de crédito, mas eu nunca usei. Eu nem o meu marido, nós achamos que... Ele tem o cartão de crédito, eu não sei se é porque insistiram lá, como é que não sei como que é isso. Não sei Eu sei que ele tem o cartão de crédito, mas nós falamos, e agora com esse negócio aqui nós vamos acabar comprando um monte de coisa e gastando mais dinheiro do que do que precisa. En tão, nunca usei. Geralmente é à vista

SPEAKER 0: : Eu tinha credit card, meu marido resolveu cortar. (riso) É isso que é. Fiquei só com o da (). Eu não acho que o da () É. Para mim o maior perigo são essas vendas promocionai

SPEAKER 1: : s. Sim, você acredita nela. É. Eu adoro. (riso) E vocês têm, assim, ãh todo tipo de comércio aqui em volta? Aqui? ###

SPEAKER 2: : Sapato que não tem muito por a ah tem. Tem. Mas tem mas não é Não é dessas coisas. Sapato não tem muito não. Mas roupa tem. Supermercado, né? Roupa, casa de esportes.

SPEAKER 0: : Casa de esportes, tem. Tem () submarinos aqui perto também. É. Tem duas casas de esporte agora. É. Restaurante, tem tu ### Tem o Super Bom que foi inaugurado né há pouco tempo, que é completo também. Eu acho que Perdizes é bem favorecido, tanto de comércio como condução. A localização de aqui do bairro é muito boa, né? Que é O transporte também é fácil. É passagem de Lapa, Pompeia, é  fácil de ir para a cida

SPEAKER 1: : de. Eu acho um () muito bom até aqui. E parte assim de verduras, frutas, você () abastece sua ca

SPEAKER 0: : Geralmente vou à feira. Certo. E () Agora, não sei, eu fui no Pacaembu outro dia, e diz que terminaram as feiras cobertas, eu não estou a par, foi um ferente que falou. Então, quase todos os dias tem aqui no estádio. Acho que um dia por semana só que não tem.

SPEAKER 2: : Eu ouvi no jornal hoje que fizeram uma senhora aí da acho que de Pinheiros, fez um abaixo-assinado com todas as donas de casa lá daquela região, pedindo para voltar a feira coberta, você viu? Não vi. Porque tinha a feira coberta lá na perto da Doutor Arnaldo e foi fechado. Então, elas estão pedindo que não tem mais nenhum lugar para comprar fruta, verdura, então, foram levar na Prefeitura pedindo para voltar a feira coberta.

SPEAKER 0: : Eu acho feira uma diferença de preço enorme de supermercado, de quitanda, né? Eu acho que vale a pena, inclusive, eu acho gostoso ir à feira. Aí eu não gosto, acho horrível. Eu gosto, já conheço todas os as pessoas ali da feira, tem uma porção de amigos na feira, outro dia até uma pizza eu tive que comer lá, porque o (riso) o barraqueiro, que é meu amigo, vem comer comigo, foi minha mulher que fez, se não comer eu fico ofendido. Eu já não queria comer né, (riso) tive que sentar e comer com ele a pizza, porque senão ele ia ficar ofendido. Então eu acho gostoso isso, assim você ter já o o pessoal conhecido,  E acho gostoso, acho bonito. Você vê aquele monte de verdura, fruta assim fresqui nha. É muito mais barato. Eu nunca com pro no supermercado, é muito raro. Esse setor assim de sa .

SPEAKER 1: : úde, você acha que São Paulo oferece bastante serviço?

SPEAKER 2: : Eu acho que oferece bastante serviço ãh para uma classe mais favorecida, assim, monetariamente. Porque eu acho que ah o pessoal mais mais baixo, assim, quer dizer, que não tem tantas condições, que eles têm que usar o i ene pê esse, eu acho que é muito ruim. Porque o i ene pê esse é... Não é que o negócio está em fila e a gente sabe de tanto caso de gente que ficou lá na fila e morreu na fila até, porque até atender o médico não deu tempo. Então, eu acho que essa... Para quem pode, tem. esse pessoal mais humilde, eu acho que eles sofrem muito. Porque meu marido trabalha assim com com... como é que se diz? Vigilante bancário. Trabalha numa firma que tem guarda de segurança. Então, ele sempre conta que chegam os guardas lá e eles tinham atendimento, assim, com a convênio. Porque eles deixaram o i ene pê esse e passaram para um convênio para melhorar. Porque o ene pê o i ene pê esse não estava dando mais, porque os guardas chegavam lá com o filho doente, então não podia entrar na fila, não não dava, a criança estava passando mal, então iam pedir dinheiro para levar em outro médico. Então, não estava no fim, eles tinham que dar dinheiro para ir para o médico e e o ene pê esse ficava de lado. Então, eles passaram para um convênio particular apra ver se melhorava esse ponto. Se bem que não melhora muito, porque o atendimento desse convênio é, assim, tudo meio longe. Uhum. Então, e geralmente esses guardas, eles moram em lugar muito longe. Então, até chegar lá no outro, quer dizer, já é uma coisa também difícil de distância, de... Com criança doente, transporte, né? Tem que ir de ônibu

SPEAKER 1: : s e tudo. E o setor hospitalar, Paula?

SPEAKER 0: : O setor hospitalar, eu... Trabalhei o passado inteiro em hospitais, né? Eu acho que tem... Eu trabalhei num num hospital, que não () não não vou citar o nome, mas eu fiquei muito desiludida. E Então, eu vi assim a diferença, por exemplo, do atendimento que os médicos e e pessoal do do hospital, do centro cirúrgico, eles davam para doentes que pagavam e doentes que eram do i ene pê esse. Então, a diferença do atendimento. Então, isso revolta muito. Inclusive, cesariana, por exemplo, chegava uma moça e para ter neném e precisava ser cesária, o médico perguntava, é particular ou i ene pê esse? Porque se era particular, ele fazia o corte na horizontal de maneira que não aparecesse depois e pudesse usar um biquíni e tudo. E que dá muito mais trabalho o corte horizontal. E se dizia i ene pê esse, ele não tinha dúvidas. Mestia Metia o bisturi na vertical não tinha importância, né? Depois, várias vezes também, várias vezes também eu vi um um médico, assim, dar o nome, que que o médico tinha se proposto a operar, ele esperava o doente dormir e deixava o assistente no lugar, né? Então (riso) Um assistente, até uma vez foi engraçado, porque um um que chegou lá, ele dizia, eu não quero dormir, ele ia ser operado de varizes, porque uma vez que eu fui operado, fizeram tanta barbeiragem que eu estou achando que não foi o mé Ele dizia, não, pode ficar sossegado, que é o médico que você escolheu, esse ia pagar, que vai te operar. E daqui a pouco chegou o médico, falou baixinho para o anestesista, mas eu vi porque eu que ia ajudar, né? Eu ia instrumentar. Ele disse assim, o que que você faz que o cara não dorme, está mais acordado do que eu? (riso) Aí ele falou, ele não quer dormir. Ele disse que quer ver quem vai operar. Bom, viraram, mexeram e fizeram o cara dormir e o o o dono mesmo da da operação, o cirurgião mesmo, não ficou. Então, eu acho que, assim, no hospital, falei para você entrar numa cirurgia, você tem que saber muito bem onde você vai cair, quem é o... (riso) se é de olho aberto, e você saber muito bem aonde você vai cair, inclusive em parte de higiene, nesse hospital eu achei que deixou muito a desejar. Onde eu tra balho. Agora já conheci outros, que eu achei formidáveis, como, por exemplo, Santa Catarina, eu trabalhei lá e adorei, tanto a equipe médica, como hospital, como atendimento, achei um hospital assim que a gente pode se entregar de olhos fechados. E E a hospital, há esse esse problema de superpopulação, quer dizer, a o doente principalmente na classe menos favorecida, se ele não tem, se ele está por i ene pê esse e tudo, ele não não pode ficar mais, não pode ficar o o tempo que ele precisaria ficar no hospital. Ele fica um pouquinho e vai embora, né? vai acabar a curar em casa e nunca cura direito. Ent ão, é uma coisa muito difícil para resolver e não sei como é que vão resolver isso. I ene pê esse realmente eu acho que não funciona muito. De um modo geral, ah eu acho que uh os médicos que eu conheci, e os hospitais que eu trabalhei, tirando esse que eu falei, eles são muito humanos e eles têm uma dedicação. E o que e o que eu achei também interessante, Quem nunca trabalhou assim nesse setor acha que é um ambiente carregado, pesado, e não é. Eles são alegres, são não posso dizer que seja um ambiente agradável, mas (riso) dentro do quadro é. Dentro do do serviço, eles procuram fazer assim um ambiente agradável e atendem bem as pessoas. Agora, nesse hospital, fiquei assim meio revoltada realmente com o modo de atendimento, inclusive, modo de ate de atender as as pessoas, e falta de respeito sabe.

SPEAKER 1: : Eu acho que há que há de tudo né. Escuta () última pergunta. Vocês que moraram sempre aqui em Perdizes, ãh quais as modificações que o bairro sofreu nesse últimos vinte anos aqui. Nossa! () apanhado geral só.  Bom, eu

SPEAKER 0: : Eu peguei aqui nas Perdizes, Aqui o o do lado do Pacaembu, mato completo né. Eu saía com meu irmão para fazer excursões assim. Aí no Pa caembu. Quer dizer que isso aqui era era mato. Aqui, nesse núcleo que nós estamos, não. Mas ali do lado do Pacaembu era era mato de você subir morro, descer morro, fazer piquenique, fazer excursão. Era aventura andar por lá. E agora tem essas mansões lindas que já já foi já foram residências e agora estão se tornando coisa de comércio ou outras entidades do gênero né. Então, eu acho que uh foram modificações muito rápidas. Agora, aqui nas Perdizes, a nossa rua, como eu já disse para você, eu acho que é uma rua privilegiada, mas o bairro em geral sofreu uma modificação muito grande. Ele é. Muito comércio e tudo, não tinha nada, tinha não tinha nem uma loja. Né? Então, comércios, edifícios, vários colé, ()

SPEAKER 2: : Vários colégios. ()

SPEAKER 0: : Muitos colégios. Quer dizer É o progresso, é assim mesmo, mas.

SPEAKER 1: : Tem as vantagens e as desvantagens né. Eu acho que a prefeitura acordou tarde para () zoneamento, nova lei de zoneamento

SPEAKER 0: : Se ela acordou tarde? Perdeu, eu acho que sim. Devia Faltou planejamento anterior mesmo.