SPEAKER 2: ### A gente procura até motivo para fazer festa, né? Mas, em termos, assim, de não sei  teatro, você não costuma ir também, né? Eu gosto muito de teatro. ### A gente procura... Quando tem uma peça boa... Não gosto muito de teatro moderno. Gosto mais se é. Ou então... Assim, moderno, eu digo... Esse tipo de peça que estão fazendo agora, como esse... ãh Ensaio... O que fizeram sobre o corpo humano? Anatomia. Anatomia. Não gosto de, Não gosto desse tipo de teatro. Eu gosto mais de teatro que a Fernanda Montenegro faz, Maria Della Costa... Entende esse esse teatro mais assim, mas eu prefiro cinema Gosto mais de cinema. Não filme assim... Éh é um filme que que realmente entretenha, entende? Não bobagem, entende? Só ir para o cinema, por ir, entende? Também não vou só se for um filme muito bom. Qualquer filme assim, não não gosto de ir Gosto de cinema não para ver qualquer coisa, entende? Para ver realmente um filme bom. Mas outra coisa que tem, que aqui tem falta, em São Paulo, que eu acho, é a parte exemplo o teatro municipal quase não é usado. Não trazem óperas e coisas assim, uma coisa mais clássica. Não, então quando trazem é difícil você conseguir entrar. É e depois a Além de ser um nível... É, eles vendem realmente quase todos. Ballet, coisa assim, é muito bacana, mas é difícil, né? É, porque aqui o Brasil não tem grupo para... para fazer uma coisa dessa. Exato, então vem de fora É tão bom que é difícil você conseguir uma entrada, ou então é caríssimo. É caro, no fim, o pessoal... e depois nem tá... todo mundo não tá acostumado a isso, né? Porque poder aquisitivo, da maioria que vai em cinema, cinema é uma coisa barata, todo mundo, qualquer um pode ir. Não, está caro também cinema, não é tão barato como era antigamente. centro é mais barato, então qualquer um pode ir. Agora, quando aparece um negócio no teatro, nos palcos, quando é alguma coisa que vem de fora, pessoal não vai. Ah é caríssimo não é qualquer um que pode ir Então, desabitua. Então, você ouve uma ópera, uma coisa assim, numa estação... Eu gosto de ópera. ...de cultura e você nem reconhece, porque você não tá habituado a ouvir. Então, não gosta. Acaba não gostando por não... Porque nunca foi, né? Porque não tá habituado. Ou em casa. Às vezes, aqui em casa, a gente ouve. Põe um disco de ópera, alguma coisa para ouvir. Bom, aí depende da cultura de cada um. É. Também (vozes sobrepostas) Mesmo na escola. Na escola, eles não... Não tem parte, assim, de... Então, mas o povo também tem que adquirir a cultura da experiência. Se ele nunca vê, ele nunca vai gostar. Uma coisa que ele nunca viu ou que ele vê apenas amostras, ele não pode gostar. SPEAKER 1: Tem que estar habituado. SPEAKER 0: Televisão também eu gosto de ver filme. Não Gosto de ver filme, televisão. Alguns é Novela. Eu nem assisto uma novela ou outra tele> Ou eu sento Toda noite? Assisto sempre. Toda no> Mas ela tem ouvido musical, a Márcia tem E ela tem ouvido musical. É, apesar disso. É  Ela entende. ### Se eu fizesse um erro, eu não estava percebendo. Não tenho nenhum ouvido musical. Para instrumentos,  né para tocar um ins> Então eu tento assistir, melhor nem tentar mais nenhum. Tem que ter, eu acho que um pouco de ritmo, um pouco... Eu não tenho nada  É difícil de, assim para você acompanhar uma música... Ah, eu acho que é dom. Dom é. Ah tem tem pessoas que têm dom para escrever, outras para música, não é? Você tem para quê, Lúcia? (Risos) nada Pensa bem (risos) ### ### Não sei eu gosto de pintura, sempre desenhei, e eu quero também fazer um  Não só pintura, mas você fazia aquele crayon Então, eu gosto. Eu quero fazer desenho. Sobre isso. Eu gosto. É uma coisa que eu acho que eu tenho jeito. É um jeito meu Eu faço essas coisas assim em casa, de cozinhar. Eu gosto de entrar na cozinha ou fazer tricô, crochê, na máquina, na mão. Esse negócio eu faço. Na máquina é uma coisa que ela não não dá para nada. Costurar para mim é uma higiene mental, eu sento na máquina e esqueço todo o resto. Quando eu posso, eu gosto demais Uma coisa que eu faço com esqueço assim de tudo, que eu noto que às vezes tá cansada, você faz, você esquece tudo, é ginástica. Lembra que você fazia ioga? Ah, é muito bom, ioga é excelente. Você faz... É ótimo. Você fica concentrada naquilo que você tá fazendo. Não Não, na faculdade que eu tenho feito duas vezes por semana, né uma hora. Em casa quando eu faço () ou coisa parecida, mas distrai É uma hora que você não pensa em nada. É bem relaxante. Eu gosto de ginástica, mas eu gosto mais em esporte Eu gostaria de praticar um esporte, pelo menos. Qualquer esporte? Não. Eu gostaria de aprender tênis,  Natação. É o que eu mais gosto. É tênis né Não. Aí desci, se cai na água, morre afogado. ### Não? (risos) Ele tem medo da água. SPEAKER 2: Ele tem medo da água. ### Não gosta não. E como é que ele faz quando vai para praia SPEAKER 0: Ah, ele entra, ele entra. Ele entra, né? Mas... (risos) se for mais ()  aí ele não sai (risos) praticou esporte. Isso que a gente queria dar pras crianças a oportunidade de fazerem  E tem que começar, muito bom que eles façam né Qualquer um, começar desde pequeno E andar a cavalo? Eu andei, sabe andar a cavalo? Não foi nem ver cavalo, não sei. E de bicicleta? Não sei, ele diz que sabe andar de bicicleta. quero ver, né? (risos) O Rogério ele não, não... Ah, mas o Rogério pratica esp> Ele jogava polo Atleta, né? A outra coisa que também é gostosa que f é correr. Éh. Quando eu corria no no clube inclusive, é gostoso também. É claro que você sai () né (risos) Mas é gostoso. Também você fica bem atenta e não... Não fica pensando em outra coisa. Andar a pé também é gostoso. É é ótimo ótimo. Ah, isso eu ando bastante a pé. em campos é gostoso andar talvez seja isso André não pratica esporte, mas ele anda muito. Não só fora, mas na fábrica. Ele anda o dia inteiro ### ### Boa carne. ### SPEAKER 1: () sem dinheiro da passagem É isso é mau No outro dia foi até () direta  SPEAKER 0: ### SPEAKER 2: E hobbies da família? A família tem algum hobby ou já teve Hobby? Hobby Alguma coleção? SPEAKER 0: Não. Hobby em si, não né Nenhuma cole> <ção. A não ser a mamãe, que é fanática por tricô  e e crochê. Isso já é mais que robby, é vício. É, nem nem vício. SPEAKER 2: Além de hobby, que tem que nem algum vício, ninguém. SPEAKER 0: Ah, o Vald hm o Valdírio pode ser considerado família, certo? O hobbie dele é trenzinho. Passarinho. Ele tem passarinho na casa do fundo, né? Que seria o quarto de empregada. Não, não é quarto de empregada, é um quartozinho Então, o quarto todinho é uma mesa enorme com trenzinhos, com trenzinho alemão. Mas ele está mon, vem as pé as máquinas e ele prepara.  Monta. Mas ele entende. Tudo, pinta (vozes sobrepostas) Além de ele gostar, ele entende daquilo Eu acho. Ele entende disso de passarinho, de bicho. É o tio Alfredo também gosta de passarinho, de plantas. A chuchula, né, também.  Ah, se for hobby de família, então, tem muitos, né? É, então. Ah, e aquele hobby de um de um  Família do meu pai, por exemplo, nenhum tinha () profissão Todos eles tinham hobby Aquele hobby era guarda-chuveiro (vozes sobrepostas) é isso que eu ia falar  Gostava de consertar guarda-chuva, o hobby dele era consertar Ah o hobby dele era pintor. Foi pintor, éh (vozes sobrepostas)  fazia nascida e desamor Ele era pintor, (vozes sobrepostas) Um consertava guardar chuva, outro pintava. SPEAKER 1: Acho que viviam de brisa porque não SPEAKER 0: Ninguém trabalhava. É  É, todos tinham hobby e Faziam o que gostavam, né? Ninguém nunca viveu sem fazer realmente o que gostava. Da família do meu pai, todos faziam o que eles gos, realmente gostavam. o que o vovô fazia Jogar, ele jogava. A é jogava assim por passatempo né Não era vício. Era, como prazer né O que que ele jogava? Eu achava Ele jogava... Como era o nome do jogo. É um que tinha que bater o o dedinho na mesa, não era? Tinha um dedo que batia na mesa. Como é que era o nome do jogo? Eu não me lembro. Meu pai deve se lembrar Gostava de beber vinho, adorava cartas, né? Era ca> Não, não sei, está na ponta da língua, não me lembro o nome. Bom, e o vovô Nicola gostava de... De música, adorava música, adorava dançar, fazer festas, reunir todo mundo. Ah, () se fantasiar, ele adorava se fantasiar. Ah, é, no carnaval em Santos, todo mundo... Ãh Teve um um ano que os homens se vestiram tudo de mulher, depois todo mundo entrou na água. Não, o mais legal da nossa família é nos natais, antigamente, porque o meu avô era vivo. Ah, descreve como é que era a festa de natal. Reunia toda a família, entende? Lá era no te no quintal né É, era forrada, (vozes sobrepostas) fazia um toldo Cavalete. é Uma mesa imensa. Todas as quantidades incrível de comida, crianças. Então sempre tinha uma pessoa que fazia papel de Papai Noel. As crianças não sabiam Teve um ano que veio o Papai Noel veio de cavalo. Chegou pela rua de cava> Um quarteirão antes, tocando o sininho aí. Aí todas as crianças. É, faz A ah quarteirão inteira sabia papai noel estava chegando Aquelas festas imensas. Todo ano tinha. Até o vovô morrer. É depois que ele morreu acabou aí começou a fazer de família né... É uma é uma pessoa que (vozes sobrepostas) faz aquela tradição. Se ela morre, é difícil continuar, não é? Nunca é a mesma coisa. Porque aí nós começamos a fazer, cada ano numa (vozes sobrepostas) o espírito era ele que tinha o espírito e a e a motivação. Depois, é lógico que a família também vai aumentando. Não dá mais para reunir para reunir todo mundo, né? Porque além da da família dele, tinha os irmãos dele, a família dos irmãos dele, das irmãs. Então a festa ficava muito grande mesmo. E tinha a noite e o almoço, tudo dia seguinte, é era a noite de vinte e quatro e o almoço de vinte e cinco Agora nem... Antes fazia assim, um ano em cada em casa de um filho, agora nem isso. É, mas agora também é legal, porque a família é muito grande, então só a nossa já dá para fazer um Natal bem grande, bem alegre, porque tem muita gente, né? Tem o Rogério, as crianças, o Adair, então a festa nem nem daria mesmo para fazer como antigamente, né? E agora como vocês fazem? Assim, tá? Ah geralmente é sempre aqui, na casa da minha mãe. Vem todo mundo (vozes sobrepostas), faz a festa grande, né? E ainda também, a gente... Uma pessoa se veste de Papai Noel, não é? Pras crianças. É muito legal. Esse ano veio um Papai Noel vestido apesar Todo ano. Ou alguém se veste ou vem o papai noel SPEAKER 2: Eu já sei tudo, mas pode falar mais. SPEAKER 0: Esse tema já esgotou Vamos pegar outro tema? Tem mais coisas. Podia variar né SPEAKER 1: É e lugares públicos de reunião. Vocês às vezes vão SPEAKER 0: Lugares públicos em que sentido? Ibirapuera? Que programação que eles estão fazendo? Andar a pé, andar SPEAKER 2: Se for reunir uma amiga, uma colega, uma prima num lugar na cidade. A e marcar  SPEAKER 0: encontro assim? Normalmente Não, não é difícil, lugares públicos  (vozes sobrepostas) Praticamente não. Não. Não, é geralmente na casa de alguém. Se tiver um chá um... isso Como ontem, tive um chá de cozinha, um negócio, então é sempre... Você combina e vai na casa de alguém, não num lugar público assim É. Ou se combina, a gente combina... Você encontra com a pessoa na casa dela, ou na sua casa, e aí sai. Mas é sempre um, (vozes sobrepostas) com as antigas colegas de faculdade, mas é sempre uma casa de alguém. Nunca tem lugar assim. Depois acabaram os lugares, aqui em São Paulo, para você comer... (vozes sobrepostas) Tomar um chá, para você sair, ver um desfile, um negócio assim Agora é difícil. Não tem onde você vai. Não tem mais salão de  E também acho que quase ninguém tem uma tarde toda para se perder, assim, tomando um chazinho. SPEAKER 2: Conversando. Agora cada um tem um  SPEAKER 0: Família. Um tem que cuidar de filho outro tem que trabalhar Não, mas mesmo assim, é mais gostoso a gente se reunir na casa de uma amiga e ficar conversando, né? Tem mais liberdade. Reuni. Sempre que a gente pode, a gente se encontra, fica conversando. Um monte de bobagem, a tarde inteira. É legal, isso distrai, né? Não pode ficar o tempo todo em casa também, que... Sei lá, não... Cansa muito, né? É muito cansativo. SPEAKER 1: Como é que é o seu dia, doutor? SPEAKER 2: Descreve para nós o seu dia. SPEAKER 0: Meu dia é uma parada. Nunca os dois (risos) dias são iguais. Ah, as crianças acordam cedo E Depende, né? Geralmente... De manhã eu passo É difícil eu sair, né. Tem muita coisa para fazer em casa. Arrumar tudo. Ver o almoço. Uma série de coisas. a Agora de tarde eu saio. ### Então, dá para sair. A Juliana é muito boaz> Visitar porque. É, não tem muito interesse em conhecer o Norte, não. Enfim, pelo menos uma vez. Mas um mês é muito. Ah, ficar um mês inteirinho fora? Éh me melhor ir para ()  Fazer uma economia e ir para fora. É, ir para fora. Ir para a Europa. Eu gostaria de conhecer os Estados Unidos. Os Estados Unidos ou para Argentina. Porque a gente conhece Buenos Aires, mas e o resto da Argentina? Que é muito bonito, né? Tem muitas coisas para ver. Dá para um mês. Nossa, dá para visitar muita coisa. Aquelas ilhas, assim, Taiti... É, para passar um mês inteiro fora, tem que ser para fora do Brasil, porque dentro aqui não dá para ficar um mês num lugar. A não ser para você ficar descansando, mas eu não gosto de ficar num lugar descansando. SPEAKER 1: Você gosta de fazenda SPEAKER 0: Gosto. Mas também é aí que tá, você vai para uma fazenda ficar um mês, você nem tem muita companhia, né? Para se entret> SPEAKER 0: (Vozes sobrepostas) Eu preferia morar é em São Paulo mesmo, agora eu adoro a minha cidade. Gosto daqui e eu não gostaria de morar em outro lugar. Se fosse para sair da capital, seria outra cidade, mas no interior de São Paulo. Nada de Rio. Não  Não, não outro estado. (Vozes sobrepostas) Não  Nenhum outro estado. Em São Paulo mesmo. Não, talvez alguma cidade em Minas eu i> <ém Não, eu não gosto. Esses jogos todos miudinhos, sete e meio Eu não gosto, Eu gosto de buraco mesmo. Ah, porque você usa muito mais a imaginação. Esses outros jogos... Não, miudinho também. Você tem que guardar as cartas que... Miudinho não é aquele que você não pode fazer aqueles jogos, ficar esperando aquela carta vim para depois montar aquele jogo ah É o ba ãh buraco é mais bacana, mais in> (vozes sobrepostas) troca mais rápido, não é? () ah o miudinho é rápido também. Mas, não sei, é meio bobo. Todo mundo sabe jogar, fica aquele monte de gente. É mais um jogo assim, mais coletivo, entendeu? Todo mundo pode jogar, então... Sendo que o buraco o ideal é qua> É. Passar (vozes sobrepostas) de quatro já não tem graça. É mais interessante, eu acho. Você fica torcendo muito mais para ganhar. Quando você joga buraco, fica um miudinho, assim, né? E aí todo mundo joga, não tem muita graça. Não, não é que eu seja fanática, eu gosto. É, quando você tá num lugar que todo mundo vai jogar (vozes sobrepostas)... É. Você vai para um, você vai para campos de jordão, para um lugar assim. SPEAKER 2: sempre ganhava de mim. SPEAKER 0: Ah, é. Bom, buraco ()... Eu também, eu tenho mais sorte do que, na verdade, eu sei jogar ### É mais a sorte do que (vozes sobrepostas) técnica, de jogo mesmo, né? Que, cara, plantem essa, essa, essa, aquela coisa. Tem gente isso isso, que já passou isto gente que () mesmo, joga Eu não, não sou de () (vozes sobrepostas) Eu não gosto de jogo de azar, assim, roleta, essas coisas, eu não gosto. Bom, mas (vozes sobrepostas) é um jogo de azar, não deixa de ser. Não, eu já joguei roleta, assim, com amigos. Tem aquela roletinha pequenininha, a gente joga com da> ### (vozes sobrepostas) Porque a roleta tinha uma inclinação. É a role> (vozes sobrepostas) era viciada. Era lógico, que ele sempre ganhou, o tempo todo, né? Ele foi o único que descobriu, aí perdeu a graça Eu gostaria de jogar é boliche, nunca joguei. Nossa, ah não diga Né. Eu não acho graça, boliche. Ah Ah, pelo menos para você conhecer. Jogar uma vez por mês, eu  E esses jogos modernos, tipo war... Ah, eu gosto quando tem muita gente pra jogar, pra você fazer parceiros acho interessante (vozes sobrepostas)E ter paciência, né? Porque demora esses jogos. É. É o jogo que demora mais. Não é todo dia que você tá apta. Mas também é jogo de azar. ### Xadrez. Xadrez não é jogo de azar, né? Ah, não sei jogar xadrez.  Gostaria de aprender. Gostaria de aprender a jogar xadrez. Isso é muito acadêmico. Eu não sei, mas eu gostaria de aprender. Inclusive () SPEAKER 2: ### ()  a última festa que teve aqui. SPEAKER 0: Aqui foi o meu aniversário. SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: O pessoal que veio foi... (vozes sobrepostas) ah fora família. Colega da faculdade? SPEAKER 2: Não, é, veio família, a Dudu, a Adair, minhas tias, primos, o Zide. Depois veio o pessoal da faculdade, colegas de trabalho, só. SPEAKER 0: Tinha algum colega de trabalho  eu não Tinha três. Ah, não conhecia. Tinha três. Tinha um japonês. Tinha. Ah, eu me lembro do japonês, que você falou eu não Tinha um grego. E aquele que fez anos também, que a gente cantou parabéns lá da faculd> lá que ficou todo sem gra> É. Era da faculdade? né e Ele é namorado da Bia, lá da faculdade. Bom, esse foi o pessoal que veio. Mas você quer saber o que teve. É teve? ### SPEAKER 1: É, teve ()... Que horas terminou? SPEAKER 0: Terminou tarde? Eu fui dormir duas horas. Comer Eu não tinha marcado umas oito E meia (vozes sobrepostas) Mas ficaram só conversando. Eu gostava mais das festas antigamente, que a gente dançava o tempo todo. É, eu gosto de festa que a gente pode dançar. Eu gosto. Não gosto só de festa de conversar, eu gosto mais de festa pode que a gente pode Dançar. Depende do pessoal que tá. O pessoal que tava aí, se você pu pusesse música e... Quer dizer, tinha música, mas se você... Ah, porque era pouca gente. Festa para dançar (vozes sobrepostas)... É, se você chama todo mundo para dançar, ninguém dança. É, tem que ser festa que vai muitas pessoas e não só assim, casaiszinhos. Tem quem vai dançar e fica sem graça. Entende Mas eu prefiro festa que vai muita gente, que a gente pode dançar, conhecer (vozes sobrepostas)... Outra coisa, hoje em dia o pessoal fica com vergonha de dançar, porque... Ih, não,  não sei dançar tango. e eu não sei dançar,  não sei o que, tudo história. (vozes sobrepostas) Tudo caipira né Porque o pessoal agora... (vozes sobrepostas) tudo índio é (vozes sobrepostas) Acha que o bonito é não dançar. Você só vai na boate dançar por que não dança nada, fica lá... (vozes sobrepostas) Ah, não tem graça nenhuma. Não tem. Antigamente as festas vinha uma porção de gente, não tinha nada desses casaizinhos, a gente dançava o tempo inteiro. Ninguém estava sentado, só sentava quando não aguentava mais dançar. Mesmo um festa de quinze anos... Ah, a gente se divertia, (vozes sobrepostas) não tem mais... Mas era tão legal, a gente se divertia tanto. SPEAKER 2: Suas primas não tiveram festas de quinze anos? SPEAKER 0: Tiveram, todos tiveram festas quinze anos Ah, era sempre assim, então. Tinha muita gente. Ah. Não era só pares, assim, entende? Então você podia dançar com muitas pessoas. (vozes sobrepostas) Você se divertia muito mais. Conversava, dançava. Naquela idade, ninguém tinha namorado também. Então... Ah, era muito mais legal que agora, viu? Pena que eles não fazem... Ninguém mais faz festa para dançar. Então, sou obrigada a ir Esses jantares dançantes. (vozes sobrepostas)  É, mas para ir para ir para dançar nesses lugares assim também não tem graça. Você dança sozinho ou com quem você vai, né? Ah, e ficar dançando a noite inteira com a mesma pessoa também é muito chato, eu acho. Ah não, não tem graça nenhuma. A única. Você vai dançar com várias pessoas diferentes, ué E se você seja casado, que graça tem dançar assim o tempo inteiro com o seu Marido. A única festa que eu ainda vou... (vozes sobrepostas) A gente já conhece, já sabe como é que dança. é bom variar, né? Dançar com outras pessoas, assim. Assim aí a gente se anima muito mais, assim, para conversar, se diverte. Anima, eu digo, no sentido de... Diver> Fica dançando sempre com a mesma pessoa, não engraça ninguém. E nada, ele tem uma prima dele que adora dançar. Ah, a não ser quando você tá afim de conquistar alguém, aí sim. Tem que dançar com a mesma pessoa. Tem que, Mas você já não tem mais que conquistar ninguém, então...  (vozes sobrepostas) () Não, eu nem sei não. ### Uma vez foi gozado, quando nós fomos para para a Argentina, de formatura de quarta série ginasial, né? Nós fomos de navio, acho que eu te contei. E Sem () oficiais, né? Que à noite vão lá para o bar, uma coisa que fica todo mundo olhando, os oficiais, né? as meninas . (vozes sobrepostas) A gente tinha o quê? Quinze anos? Dezesseis anos, né? Aí, está lá tal, e veio um todo de branco, eles põem, uns uniformes bonitos e tal, né. Então ele fez me tirar para dançar, né, altão grande, eu dezesseis anos, eu era uma baixinha. (risos) Aí, dançamos, mas foi chegando no meio da música, assim, né, e ele falava em francês, o navio era francês, né, ele falava em francês, eu me vira me virava o que eu sabia, metade inglês, metade francês, aí ele perguntou quantos anos eu tinha, né. Aí, quando eu falei, ele quer acabar a música, ele me largou. e su> Até a mamãe falou a Ana, já ensinou a Ana A Ana fala, né? E o a o Adair falou, senhorita quer dançar? (risos) Não, o primeiro ele não mandou um outro cara dançar? Não, primeiro foi... É, foi o primeiro foi um amigo dele que foi dançar comigo. Foi num baile de formatura da Politécnica. Onde o... (Vozes sobrepostas) O namorado da Cristina, o Roberto Canella. O Roberto Canella se formou. Eu fui por causa da Márcia, que ela queria ir no baile, ela (vozes sobrepostas) conhecia todo mundo. E ela já estava começando a namorar o Rogério. Ela começou a namorar o Rogério aquele dia. É, nesse baile E eu também, conheci o Adair nesse baile Ele nunca tinha visto, veio me tirar para dançar e a gente ficou se conhecendo. Depois ele ficou te esperando no banco? Não, aí depois ele me telefonou e a gente começou a sair, conhe conhecer, passear. Aí depois de dez meses a gente estava casados. Não fiquei noiva, não. () Não, também não tinha que esperar, né? Ela deve ser mais velha do que eu. Não tinha que ficar fazendo feira, né? Foi em março. É, março que eu conheci ele. Ele e eu casei em janeiro, não fazia um  ainda. Março de sessenta e nove A Márcia que sabe o dia, eu não sei, eu não guardo data nenhuma desses. A Márcia faz aniversário de namoro, aniversário de conhecimento, (risos) aniversário de casamento. (risos) Foi de noite. Eu não sei nem dia assim Eu sei que foi em março. A Márcia que sabe bem disso. Então, aí em setembro ele veio falar com o meu pai e depois... Veio o pai dele também. ### (vozes sobrepostas) Tinha que ter um apoio assim, maior. Né  Ele pediu () há mais de seis anos (). (risos) Todo mundo ficou dando risada. (vozes sobrepostas) Até hoje () gosta de O Rogério também estava, não estava? Estava ### É ele viu foi para o terraço, foi para o quarto, tal Acabou o jantar, em vez de escovar o d> ### E o que você vai ficar fazendo sozinha a vida, sua vida  Toda. Deve ser uma cha> SPEAKER 2: bom, tem que começar pela base. SPEAKER 0: Para solucionar esse problema, não tem lugar... (vozes sobrepostas) Mas poderiam aproveitar essa criançada toda aí que fica na rua pedindo esmola? É, mas é muito difícil porque não tem local, eles não têm... Não é só local. ãh onde (vozes sobrepostas)  Conhece a criançada que? Trabalha em supermer> Ah, bastante cachorro, animal, assim. Eu gosto. Bastante cachorro. Cavalo ### Animais em geral.  clima? e o clima? Clima.. (risos) Ameno com pouca  Pouca instabilidade. (risos) Não (vozes sobrepostas) poderia ter temperatura amena  frio Neve assim um pouco de neve. Ah sim podia ter neve Mas também, e não esse calorão, quarenta graus, cinquen> Então, temperatura amena (risos) (vozes sobrepostas) Ninguém Aquele calorzinho gostoso. (risos) E os maravilhosos. O cachorro, () SPEAKER 2: de vez em quando um pouquinho de frio, é gostoso. SPEAKER 0: Uma lareira. nã então, uma cidade que tivesse todos os climas, né? Com a família você escolhia. É, conforme o tempo você regulava ali no botãozinho. Com chuva Chuva, neve, sol. Conforme o seu es> Mas não tão assim moderno, tão ao ponto de... Então você vai comer, então você come essa pílula, essa, essa... Ah, não aí essas cidades modernas (vozes sobrepostas), utópicas, isso aí... Melhor você fazer a comida. Ah, não. Vai terminar tudo com o prazer de comer e beber. Que é uma das coisas mais gosto> coisas melhores da vida, né? SPEAKER 1: Talvez seja assim no futuro, né? SPEAKER 0: Não vai ter graça nenhuma, né? Eu não gosto muito de pensar no futuro, eu detesto ficar pensando nessas cidades espaciais, planetárias. Como nesses filmes que de espaçonaves... (vozes sobrepostas) Ah, eu odeio, muito avançados, assim, espaçonaves Uma coisa... Máquinas, é horrível, horrível. Robôs... Eu podia voltar à Idade Média, fora de brincadeira. Não é mais gente, né? É, não é gente. É mais máquina. É mais máquina. Não, nesse caso, eu acho que eu preferia acho que eu preferia que a humanidade voltasse e regredisse. Bom, tá ótimo, já deu conta. SPEAKER 2: Já fez sua colaboração ao