Inquérito SP_D2_325

SPEAKER 0: : Dona Laura, gostaríamos de saber sua opinião a respeito da cidade de São Paulo. Eu diria, sem mais, que é a cidade que mais amo, porque aqui nasci e aqui vivi. Contudo, tenho uma certa tristeza de ver que, paralelamente ao progresso que aqui se manifesta de uma maneira impressionante, há muitas faixas que estão carentes de tudo, mesmo em relação ao ensino. Verifico com pesar que o falar do paulista está muito errado, que o ensino da linguagem está muito descurado. Não sendo professora universitária, convivo com universitários e verifico, lamentavelmente, erros grosseiros no linguajar. Ouvindo no carnaval uma irradiação de escola de samba do Rio de Janeiro, verifiquei que o locutor tinha uma facilidade de expressão grande, coisa que não encontramos em São Paulo com frequência. Ouço rádio como distração. e me impressiono com os erros que estão aí a serem inculcados em todas as crianças e pessoas. Exemplificando. Outro dia, uma locutora de rádio repetia frequentemente, eu peguei e disse, eu peguei e fiz. E assim, ela dizendo, não tinha pegado nada. Era um erro comum que está se generalizando. Isso, um aspecto apenas que sem preparação nenhuma me ocorreu. Outros poderiam ser focalizados.

SPEAKER 1: : Falando a respeito de São Paulo, eu diria que essa megalópole, que é a nossa capital, realmente está se tornando de difícil local para se viver. Eu que tive a oportunidade de morar um ano em Lisboa, bem certo, já faz quatorze anos que lá estive, tive a oportunidade de viver num ambiente ideal. Era uma cidade provinciana no tipo de vida que oferecia aos seus moradores. Calma, muito contato social entre as pessoas, mas, por outro lado, era uma cidade culturalmente muitíssimo mais rica que São Paulo, porque junto da França, há duas horas da França, por via aérea. Junto da Inglaterra, tão próxima também. Enfim, junto da cultura europeia, Lisboa oferece aos seus moradores, e àqueles que têm a felicidade de morar lá um ano como eu, um tipo de vida cultural riquíssimo. Conferências, cursos, exposições, enfim, cinema, representações teatrais, todos os recursos de que dispõe uma grande nação, uma grande capital para oferecer culturalmente aos seus habitantes, Lisboa, sendo provinciana no aspecto de vida, no tipo de vida que oferece aos seus habitantes, é, entretanto, riquíssima do ponto de vista cultural. Eu tive a oportunidade de ir em Lisboa contactar com alunos egressos de universidade e outros egressos de escolas do magistério primário, que correspondem ao nosso segundo grau ah de ensino aqui no Brasil. Com relação aos universitários, eu fiquei espantada no setor da área de filosofia, porque meu marido, que estava lá convidado para dar um curso na Universidade de Lisboa, de História da Filosofia, levou para lá uma um método de ensino que era desconhecido em Lisboa na universidade e que era o estudo monográfico. Então, foi um sucesso enorme esta técnica adotada por um professor brasileiro numa universidade portuguesa e eu pude verificar o progresso que os alunos foram fazendo e a e a maneira com pela qual eles depois se saíam nas provas demonstrando uma possibilidade, um potencial enorme de aprendizado de ah através do uso de línguas estrangeiras, como, por exemplo, o francês, que é dominado na em Portugal pela maioria dos alunos. Então, justamente em filosofia, em que a bibliografia básica praticamente em francesa a língua em língua francesa, os alunos egressos da faculdade de filosofia apresentam assim um domínio de uma literatura bastante rica num setor como da filosofia. E no segundo grau a coisa ainda se torna mais impressionante, porque sendo eu professora de segundo grau aqui em São Paulo também, Eu verifiquei o desnível nosso, infelizmente, em relação ao linguajar ãh comparando com o aluno de segundo grau lisboeta. Apresentam uma uma forma de se expressar muito elegante, uma correção gramatical a toda prova. É realmente um linguajar escorreito. o que entre nós, infelizmente, não ocorre. Então, ãh comparando assim São Paulo, esta grande capital, com Lisboa, que nessa época, que foi sessenta e, sessenta a sessenta e um, eu consideraria, sim, uma Campinas no tipo de cidade com que se apresentaram, eu sinto que as nossas possibilidades são enormes. Eu não quero de forma nenhuma diminuir o valor do brasileiro e, maiormente, do paulista. Mas, culturalmente, há há um desnível, há uma defasagem realmente em relação do brasileiro, em relação ao estrangeiro, na parte do linguajar, que eu acho mais importante. Do ponto de vista de beleza, de estética da cidade, aí também vem um ponto de vista muito pessoal não é? É uma É uma impressão bastante pessoal, porque há os aqueles que apreciam a arquitetura moderna, há os que gostam mais da arte clássica, da arte acadêmica propriamente dito. E desse ponto de vista também, infelizmente, eu considero, dentro do meu modo de gostar das coisas, eu considero a Europa, os países que pude visitar, assim como os locais onde mais impressões de esteticismo puro a gente tem, seja nas grandes catedrais góticas, seja naquelas belíssimas obras de da antiguidade ãh que se vê, antiguidade clássica neo a clássica greco-romana e Então, é realmente uma impressão bastante grande do ponto de vista da estética da cidade. É claro, São Paulo sobe para o alto, sobe realmente, não é? E a a cresce para o alto, eu queria dizer. Enquanto que ah as cidades europeias, se seja Lisboa ou, maiormente, Paris, Espanha, a gen a parte estética é bastante interessante. Com relação ainda a compara comparando ainda cidades, ou do ponto de vista de do ensino, de considerações de ordens assim culturais, eu acho que um brasileiro, um paulista, na Europa, por exemplo, na Universidade de Cambridge, tem uma das maiores oportunidades de verificar a excelência do ambiente, a enormidade daquele campus da Universidade de Cambridge, aqueles lindos edifícios que são oferecidos aos estudantes e, junto a eles, aquele canal, aqueles canteiros muito bem plantados, gramados, imensos, verdejantes, e os estudantes a passear, a estudar sobre a grama, gostosamente, numa linda paisagem medieval. De modo que, para um gosto ah semelhante ao meu, São Paulo é uma cidade que, embora seja minha e da qual eu gosto muito, ãh não pode ser comparável do ponto de vista artístico, estético, arquitetônico, com cidades europeias ou outros outras ãh metrópoles ###

SPEAKER 0: : Ouvindo as considerações feitas, eu teria a dizer que São Paulo é uma criança. E não se pode também esperar tanto quanto de uma cidade adulta. Caminhamos para bem, fora de dúvida não é. Deficiências estão havendo. Isso é o que precisaríamos corrigir. Penso que, como encaramos de princípio o falar do paulistano, eu pensaria que um dos Grandes responsáveis por isto é o fato do ingresso na universidade, do vestibular não ter um exame da língua. Porque eu me impressiono, já fiz referência a isso, com o fato de universitários não saberem português. Tem raciocínio, São especializados na área em que estudaram, mas quando se trata de uma redação, não sabem escrever regra geral. Pensando em outros problemas da cidade, eu diria que, normalmente, Somos inclinados a encontrar os defeitos de uma coisa. E que deveríamos sempre verificar as qualidades positivas. Então, São Paulo, olhado sob o ponto de vista positivo, de trabalho, de construção da cidade, é fabuloso. A cidade é fabulosa. Mas a procura da cidade por elementos de outros estados mais pobres, o crescimento vertiginoso está provocando um mal-estar nos habitantes. A periferia, por exemplo, está mais ou menos abandonada. Trabalhando no setor de assistência social, eu tenho muito contato com a pobreza. E quando ouço falar que no norte existe miséria, no nordeste está um horror, eu penso, mas será que é pior? do que o que temos em São Paulo. Estive em agosto do ano passado no sertão do Brasil. Atravessei o rio Araguaia. Disseram-me que era uma calamidade a pobreza. Eu procurei viver com olhos de realidade. E cheguei a achar que em São Paulo, a pobreza é maior. Lá em São Félix do Araguaia, onde estive, existe pobreza. Mas é é uma pobreza relativa ao lugar calmo. As mulheres não trabalham fora. Então, as casas são limpas. As panelas da cozinha são areadas. Enquanto que aqui na periferia, a mãe sai, as crianças ficam pela rua, a sujeira graça dentro da casa, a desordem é tremenda. Coisa que não ocorre lá no sertão. Então, penso que São Paulo, embora tenha um progresso fabuloso, seja impressionante o trabalho realizado, sei dar valor aos governantes, sinto o quanto eles devem sofrer com a incompreensão do povo, que vê os defeitos e não sabe medir as dificuldades. Mesmo assim, não sei se perdi um pouquinho o pensamento, Eu tenho pena de ver o quanto São Paulo é carente ainda de progresso.

SPEAKER 1: : Ainda sobre São Paulo e tomando então o meu campo de trabalho, a minha área específica de ação, Eu diria que na parte relativa ao ensino de segundo grau, especificamente ao ensi ao curso de formação de professores a nível de segundo grau, que é o meu campo de batalha, efetivamente, eu tenho a impressão de que São Paulo, ãh implementando a Lei cinquenta e seis noventa e dois de setenta e um, que é a Lei de Direitos e Bases da Educação Nacional. São Paulo, eu dizia, implementando esta lei, está avançando a passos largos para um grande progresso no campo educacional. O que se verifica já é uma exigência cada vez maior de currículos bem estruturados, de formação pedagógica ãh fundamentada em infraestruturas bem pensadas e planejadas. Então, o que se vai fazer no segundo grau hoje é pensar na formação cada vez mais aperfeiçoada, cada vez mais aprimorada dos seus professorandos, com efeito esta ideia de profissionalização do ensino de segundo grau é um grande passo dado na educação brasileira. E seria, então, um aspecto muito positivo que a falar, ãh de São a dizer de São Paulo com relação, por exemplo, a Portugal, que eu já bastante elogiei. Mas, no momento, o ensino paulista está muito além das possibilidades do ensino que é oferecido em Lisboa. Trabalhando em equipe de equivalência de cursos de estrangeiros com relação aos estudos brasileiros, eu verifico que o quadro curricular cumprido por um aluno português, seja em Angola, seja em Lisboa, seja em Bragança portuguesa, esse currículo, esse quadro curricular, É bastante pobre em relação àquele que as escolas paulistas estão oferecendo. E estão oferecendo e estão especializando seus professores nas áreas necessárias para poder desenvolver nos alu nos mestres os conhecimentos desejáveis para que eles possam realmente se habilitar para o magistério da primeira a quarta série do primeiro grau. Com relação às da às séries quinta a oitava do primeiro grau, estas séries já estão afetas aos professores de terceiro grau. Quer dizer, os professores licenciados pelas faculdades de filosofia, pelas faculdades de educação ou pelas faculdades específicas das matérias que vão lecionar, esses professores têm formação adrede pensada, planejada para que executem um curso realmente a altura das necessidades da da educação em São Paulo. São Paulo, como disse ãh a minha irmã, é, de fato, uma cidade criança em relação a Roma, se pode comparar. Mas, quando eu me referi a à diferenças entre São Paulo e cidade europeia, Evidentemente, eu deixei de colocar um problema que seria esta infraestrutura de milênios de anos e um background de cul de experiências que nós, infelizmente, não temos. Mas, a pouco e pouco, nós estamos vendo em São Paulo como está evoluindo, por exemplo, a parte ãh artística, grandes atores de teatro, de televisão, de ci de cinema. Eu diria menos de cinema. Eu acho que o teatro tem progredido muito mais entre nós do que o cinema. Uma opinião pessoal, evidentemente. E então, no teatro, nós temos tido excelentes peças que já demonstram um progresso cultural E além e o que mais me impressiona no teatro é a frequência ao teatro, é a clientela que vai ao teatro, que constituída, em grande maioria, por estudantes, por gente jovem, por esta mocidade ávida de um aperfeiçoamento e de beleza estética em qualquer sentido. Concertos, esses concertos que há no Teatro Municipal, ãh que são eh eh que são eh oferecidos pela Prefeitura de São Paulo ou pela Secretaria de turi de Cultura do Estado de São Paulo, estes concertos também são frequentadíssimos. Mas a gen e a gente verifica, então, a avidez do povo por se desenvolver também culturamen culturalmente. A televisão, que é um meio de difusão o mais rico possível, audiovisual. Então, esta a televisão nossa, embora não ofereça programas ãh de valor cultural positivo, entretanto meio a televisão entretanto, é um meio eficacíssimo de levar a cultura às camadas mais pobres da população então o o Numa favela, a gente verifica existe televisão. Pode não não existir comida, mas haverá sempre uma televisão, pelo menos numa das casas da favela. E os vizinhos assistem com os televizinhos chamados não é? Então, ah a televisão difunde de uma forma tremenda a cultura em São Paulo, nesta capital que é realmente a que cresce mais no mundo. Mas o que me impressiona realmente é que ah a criança paulista está voltada também para problemas culturais que são oferecidos não diretamente a ela, não com endereço à criança, mas são oferecidos ao adulto. E esta parte me impressiona muito, porque na Europa eu pude ver, por exemplo, na Bélgica, programas de televisão educativos, programas educativos totalmente e somente endereçados às crianças e Então, são programas culturais, não são programas de escola, de pedagógicos. São programas de cultura. São apresentados na televisão durante um horário do dia e a criança belga recebe aquilo gostosamente e aprende muito ouvindo este meio de comunicação excelente como é a televisão. ### que também difunde um programa, às vezes, mais de nível mais cultural do que propriamente de de mera divulgação de notícias. De qualquer forma, encerrando essas considerações, eu diria que São Paulo, a nossa cidade, a cidade onde nascemos, onde vivemos quase sempre, é realmente uma capital que tem renome na Europa. O Lisboeta respeita muito o Paulista e o francês também conhece o Paulista. A Faculdade de Filosofia da USP foi um campo de experiência da França. Então, na sessão de Filosofia, no Departamento de Filosofia da USP, nós tínhamos excelentes professores da França que vieram fazer um campo de estudos e de ãh verificação das possibilidades do brasileiro diante dos estudos mais elevados. De modo que São Paulo é realmente uma capital que tem renome mundial e que, embora criança, ela não tem as possibilidades de uma capital europeia porque aquilo, a infraestrutura realmente da cidade está fundamentada está traçada, foi edificada mesmo, tendo em vista um tipo de cidade, que é a cidade moderna, e não aquela cidade antiga ãh, clássica, semelhante às que eu já citei agora há pouco.

SPEAKER 0: : Gosto de ler jornal. Talvez, pela minha idade, eu já esteja comprovando uma afirmação feita anteriormente, que os moços leem livros e os mais velhos leem jornais. Isto eu compreendo e justifico da seguinte maneira. A pessoa mais velha já tem o seu cérebro mais cansado. e o jornal oferecendo variedades, cansa menos. Então, satisfaz um pouco ao espírito. E se a pessoa tiver gosto pela leitura, ela vai provo ah procurar se aprofundar depois em alguma outra coisa, mesmo referente à leitura que fez nos jornais. Mas então, leio o jornal diariamente. Interesso-me por tudo. Muito principalmente assuntos relativos à educação, à religião. Gosto de arte, embora não tenha estudos especializados e me aprofundado. E, com isso, entre o o trabalho, a leitura, algum lazer, a vida vai correndo. Voltando ao assunto sobre São Paulo, eu penso que não poderia dizer, deixar de dizer o que me impressiona no momento. São Paulo, diziam há pouco, É a cidade que mais cresce no mundo. São Paulo é uma espiral. São Paulo produz milhares de automóveis por dia. Mas, infelizmente, a cidade está ficando desumana. A cidade está ficando para o carro e não para o homem. E o homem é o principal objeto de uma cidade. Não é possível todos os serviços públicos ficarem à mercê desse objeto carro. É preciso que se tome uma nova orientação. Não há vez para pedestres, não há mais lugares para se andar, porque o carro não deixa. São milhares e milhares postos fora das fábricas. Naturalmente, muitos para o resto do Brasil, para as cidades do estado, mas muitos para a capital e Vemos aqui na Avenida Paulista, onde moramos, Há dois ou três anos alargaram a Avenida Paulista. Tiraram uma parte das nossas frentes das casas. Agora não chega mais. É preciso furar o chão. É preciso fazer avenida subterrânea. É preciso fazer metrô. Mas na Liberdade, o Jabaquara, onde corre o metrô, não se anda também. O trânsito ( ) de tal maneira desprotegido que o pedestre já não tem mais possibilidade. O pedestre é a pessoa humana. Penso que o único jeito seria transportar a capital para uma cidade do interior. Plano já existente Mas no momento penso que engavetado. O rio estava de tal maneira congestionado que foi aliviado com a construção de Brasília. São Paulo está nos últimos estertores. Aqui já não se está vivendo plenamente. O ar que respiramos não tem oxigênio. Pode ter tudo resultado de combustão. mas não o necessário para que se viva plenamente. ### É cimento, pavimentação e pavimentação. Pode andar, andar e andar. ### Agora a Secretaria de Esportes da Prefeitura está querendo fazer umas ruas de lazer, A prefeitura está cuidando de alguns jardins. Mas quando eu penso, por exemplo, nesse Parque Siqueira Campos, na Avenida Paulista, que hoje é uma beleza ainda, eu faço esta consideração. Como é possível esses homens que adquiriram uma técnica admirável, A arquitetura que, o homem que chegou até a lua, ele está desprezando elementos naturais necessários à vida. Ele despreza a árvore, a qualidade do ar, a alimentação. Em São Paulo, compra-se alimentação em supermercado. A alface é velha, a maçã é velha, não se sente mais aquele perfume do alimento fresco. Como vamos continuar assim? 

SPEAKER 1: : A respeito de jornais, parece-me que em São Paulo dois jornais, dois matutinos, aliás, um também é vespertino, se destacam dentre os demais. Então, a Folha da Manhã, a Folha de São Paulo, e o o Estadão, o Estado de São Paulo, que a tarde é o Jornal da Tarde. Eu leio apenas a Folha de São Paulo, por razão de ser ah de ter a assinatura do mesmo. Mas, ao ler, ### Esse meio de difusão tão interessante que é a imprensa posta a serviço de uma população imensa como a de São Paulo. Eu verifico que a maior parte das pessoas, na verdade, vê as manchetes. E, com efeito, com a vida corrida de uma capital do gabarito de São Paulo, a o tempo é exíguo mesmo para a gente ler as notícias a fundo. Com respeito a artigos de fundo ou a editoriais de jornal, a a diferença de nível, a diferença de gabarito mesmo entre os os autores desses editoriais. Por exemplo, na parte de educação no estado de São Paulo. Me referindo apenas a dois professores. O professor Laerte Ramos de Carvalho, que infelizmente já faleceu e que fazia o artigo de fundo no estado a respeito de educação. Editorial do estado sobre problemas educacionais. E hoje em dia, o professor Roque Spencer de Barros, que está no lugar do professor Laerte, Os artigos desses dois intelectuais são artigos substanciosos, que a apresentam realmente matéria para estudo. Paralelamente a isto, caminhando para um jornal de nível paralelo ao do Estado de São Paulo, que é a Folha de São Paulo folha. Realmente agora eu não sei se é Folha de São Paulo ou Folha da Manhã, o nome acho que é Folha de São Paulo. Eu verifico, por exemplo, que um jornalista bastante conhecido em São Paulo, Tavares de Miranda, é, para mim, absolutamente desnivelado. Porque o o do que ele se ocupa, aquilo de que ele se ocupa no jornal, realmente interessa à sociedade, ãh a uma elite de São Paulo que porque ele põe ali as as fotografias, enfim, resume a vida social de um grupo privilegiado socioeconomicamente falando, da capital de São Paulo. Mas o nível das suas ãh das suas impressões a respeito dos problemas, eu acho realmente muito fraco. Paralelamente, do ponto de vista de arte, estético ou melhor, eu diria, do ponto de vista de comunicações críticas a respeito do campo de comunicações, há na Folha de São Paulo uma o a crítica de programas de televisão e de teatro que é a conhecida escritora Helena Silveira. Helena Silveira também é uma pessoa bastante conhecida, muito lida, Não é possível comparar o os seus artigos, a substância, o conteúdo dos seus artigos com aqueles artigos que são publicados no Estado de São Paulo pelos professores já referidos ou outros do mesmo quilate. Paralelamente a isso, entretanto, há um Tavares de Miranda e uma Helena da Silveira que fazem comentários sobre novelas, que fazem comentários São assistidas por todos, em geral, e até e eu também assisto a a certas novelas eu também assisto relativa Paralelamente à Tavares de Miranda e Helena Silveira, há, entretanto, na própria Folha, um setor que é excelente, muito, muito bom a respeito da parte de educação em São Paulo. Então, eu não sei realmente a quem cabe essa parte, na Folha de São Paulo, realmente até gostaria de ser esclarecida um dia a respeito, porque é é pessoa bastante conhecedora do problema da educação e faz comentários muito bons a parte desses A parte desses dois jornais, que ah estão sempre às mãos nossas, há outros jornais que são jornais de classe. Por exemplo, o Jornal do Professor, que é um jornal eh do Centro Professorado Paulista e que ah defende sempre os direitos dos professores, não se esquecendo também dos deveres que a eles com que a eles compete. Mas o Jornal do Professor é assim, um jornal que tende a crescer culturalmente falando. É um jornal que está se avolumando no sentido de apresentar cada vez mais conteúdos de valor a respeito especificamente da educação. Há outras outros jornais ãh, outros meios de comunicação aí pela imprensa que são também bastante lidos, mas que, pelo seu sensacionalismo, e manchetes enormes, escandalosas, não não me atraem, realmente não tenho nenhuma vontade de lê-los ah. A imprensa é excelente meio de difusão de conhecimentos, seria uma fonte realmente de educação do povo, mas também é uma fonte de sensacionalismo barato. De modo que isto é um mal internacional. Eu me lembro, em Amsterdã, como a a gente verifica nas ruas aqueles aquelas séries de folhas de jornais colocadas na parede para atrair o público e que nada mais eram  Páginas e páginas de erotismo e de ah sensacionalismo bastante barato. Isso na Holanda, um país bastante adiantado, e então na Inglaterra é a mesma coisa, em Londres é a mesma coisa, de modo que São Paulo, como filhote ainda em crescimento, também tem, apresenta esse problema de imprensa. Relativamente à imprensa ãh, eu gosto também, de comentários de livros que são feitos muitas vezes por ãh ou pelo próprio autor, na Folha. Eu estou me referindo à Folha. Outras vezes, comentados por terceiros. Então, num desses dias, agora, da semana passada, a Folha publicou um comentário a respeito de um livro de Lygia Fagundes Telles, que é escritora nossa, e que estás ah está sendo vendida muito. Está tendo uma grande vendagem nesses últimos tempos, uma tiragem enorme ãh da edição de o ba o Antes do Baile Verde. Este livro, que está sendo muito comentado, de autoria desta paulista. Eu até adquiri outro dia pelo Círculo do Livro, mas eu não tive oportunidade de ler. Eu tive, entretanto, já fui verificar que no teatro da tevê dois, já foi um dos contos que fazem parte deste livro ãh, um dos contos foi posto em novela, foi levado à televisão e justamente foi, por mim e por outras pessoas, muito apreciado. De modo que o jornal, inclusive, nos põe a par de, como meio excelente de difusão de cultura, de notícias, de de comentários, de ordem geral, eles nos põem também a par dos programas de teatro, de cinema, E a gente, assim, fica bastante atualizada. E ãh há sempre uma verdadeira reciclagem da do paulista no sentido de se pôr atualizado nos diversos campos que constituem a vida social numa grande capital como São Paulo.

SPEAKER 2: : Qual o papel do Rádio?

SPEAKER 0: : O rádio divulga muitas informações, não é? Serve de lazer e E como elemento de instrução, penso que está mais ou menos a zero. A não ser assim uma frequência modulada, que apresenta uma música erudita, uma música clássica. Em geral, no rádio, às vezes a gente sente que está perdendo tempo.

Inf :elizmente, porque seria um elemento de divulgação de cultura também. Raros, eu acho que são os programas que podem satisfazer relativamente a este ponto. Tenho assistido, por curiosidade, uns programas de uma ra da Rádio Mulher. ### Penso que poderiam ter uma programação mais elevada, gradativamente mais elevada, levando o povo a se interessar por determinados assuntos que não são focalizados em nenhuma das dos números da programação.

SPEAKER 1: : Eu pouco ouço rádio, realmente, porque, por mais por falta de tempo, eu ouço televisão, ouço e vejo televisão ãh, ouço discos, ouço fitas gravadas, que meu filho grava, e também, como tenho uma atividade muito grande Como eu me me dedico também ao estudo de piano, eu então, nos tempos mais va no tempo mais vago para mim, eu vou para o piano e fico duas, três horas a tocar. Prefiro isso realmente a ouvir rádio. E isso se explica por uma razão simples e pura, é que realmente eu não tolero os programas de rádio, a não ser a frequência mola modulada. Porque os anúncios, a quantidade de anúncios É uma coisa tremenda em relação ao quanto de ãh beleza é apresentado no ao ao tocar em um disco, seja clássico, seja música popular. De modo que, então, o rádio eu acho que precisa ser ouvido talvez em horas a que eu não me dedico para ouvir, que seriam justamente na nas horas mais cedo da manhã, Eu tenho ouvido referências a ótimos programas nessa hora da manhã, mas nessa hora eu durmo, então eu não vejo. E então, não ouço. E então, também em horas mais altas da noite, também não ouço muito rádio a É um excelente meio de difusão. E, embora pareça um pouco pedante e pareça um pouco, assim ãh ãh, antipatriótico, dizer, mas eu vou me referir novamente à Europa, porque do ponto de vista de meio de difusão cultural, em Portugal, em Lisboa, existe a rádio de difusão cultural portuguesa, que funciona junto às escolas. E então, durante o período de aula das escolas de primeiro grau, as crianças ouvem programas dedicados especialmente a elas, Mas não são programas infantis, são programas de música erudita, a par das músicas folclóricas e as músicas populares portuguesas ou de outros países. Eu me lembro de ouvir uma vez um programa de músicas escocesas. Então, era uma verda foi uma verda um verdadeiro ãh concerto de músicas ao som de sanfonas escocesas. Uma maravilha de programa. E, paralelamente a isso, eram passados slides para que as crianças se ilustrassem, então, ouvindo e vendo. Com relação, portanto, ao rádio aqui no em São Paulo, eu acho que ele é bastante deficitário do ponto de vista cultural.

SPEAKER 0: : Eu gosto do comércio quando viajo, quando faço turismo. Detesto o comércio na minha terra. Então, eu diria que ele é bastante desenvolvido, que aqui nós temos coisas muito boas, mas que ele não me atrai propriamente. Para mim, comércio aqui, É o apenas o mais necessário. Quando eu viajo, estou disposta para o que der e vier e então Eu gosto de entrar numa loja, ver todas as curiosidades, adquirir coisas diferentes. Mas não é o o que mais aprecio em São Paulo.

SPEAKER 1: : Falar em comércio para mim É um ponto fraco meu né, porque realmente eu adoro fazer compras. Então, quando eu me vejo numa Rua Augusta ou na Rua Pamplona, que está sendo uma similar da Augusta, um ponto menor, ou mesmo na Teodoro Sampaio, que está caminhando também grandemente para se tornar uma via de... de apresentação de modelos e de de comércio altamente credenciado. Quando eu me vejo, então, numa dessas ruas, eu sou feliz, sou muito feliz. Nem que seja só para ver de ver vitrines. E acontece que ah vendo vitrines, naturalmente, a gente acaba comprando alguma coisa. Então, o comércio ah exerce uma grande influência sobre a mulher, eu penso. A mulher em geral se vê realmente atraída pelo comércio. Aqui, me referindo a Laurinha, ela é realmente... o é um fato curioso ocorre com ela. Porque aqui em São Paulo ela não entra numa loja de modas para comprar alguma coisa, a não ser aquilo que seja absolutamente necessário. Ela se abstém disso. Na Europa, ela é uma outra pessoa. Então, ela é ávida. Ela é ávida de comprar, mas de comprar e de exercer realmente o comércio. Naquelas boutiques maravilhosas que Florença, por exemplo, oferece. Ou então, numa nas feiras populares de Florença, mesmo que são as feiras ( ), por exemplo. Então, Laurinha é uma outra pessoa. E eu me refiro a Laurinha especificamente porque Para mim, não é novidade gostar de comprar em Florença, em Londres, em Portugal, em Lisboa ou em Paris. Mas porque realmente gosto disso. Agora, o que a co o comércio atrai? Muitíssimo. Quando é bem apresentado através de boutiques ah ah muito bem montadas, Por exemplo, como as boutiques da Rue de La Paix em Paris, onde a gente vê os maiores, os melhores relógios do mundo apresentados de uma forma elegantíssima. Ou então nos grandes magasins, seja da de próprio Paris ou de Londres. A gente acha realmente que ah é gostosíssimo constatar a riqueza do comércio local. Mas com o comércio em São Paulo, eu acho que já está bastante enriquecido. Na Rua Augusta nós temos coisas que se encontram na Argentina ah. Não é preciso ir à Argentina para adquirir o que lá existe, nós temos aqui na Rua Augusta eee o comércio, esse seria um comércio de luxo. Agora existe o comércio médio, existe o comércio mais popular, mas todos eles atraindo grande número de paulistas que, à tarde, se dedicam a esse métier aí de ir fazer compras, de ir passear, fazer um footing na Rua Augusta para verificar o que ela apresenta como o mais de mais atualizado no setor de modas, no setor da música, das gravações. Essas lojas, essas boutiques, ãh o Hi-Fi, por exemplo, onde se apresentam as últimas gravações e assim por diante. De modo que comércio e mulher Eu acho que são duas coisas que se intercomunicam muito bem. O atendimento comercial em São Paulo, sobre isso eu acho o seguinte, quando se vai a um uma loja do gabarito da Cias, que seria de classe média, não atendendo uma classe média, eu não acredito que atenda a classe socioeconômico ah mais rica de São Paulo. Não, é para a classe média. A Cias, por exemplo, que é um magasin que tem muita coisa, que apresenta uma variedade enorme de artigos, é é muito mal aparelhada para receber aqueles que vão fazer compras nas suas lojas. A gente fica andando de um lado para outro e não aparecem vendedores a não ser quando a gente ousa pegar um artigo, levantá-lo e perguntar quem é que vende isto aqui? Então vem o vendedor. A mesma coisa ocorre no MAP e talvez em outras lojas similares desse nível de de Nível me refiro ao tamanho de lojas, que são realmente magasins não é, que abrangem grandes tipos de artigos. Evidentemente, quando se ven para uma boutique de luxo, na Rua Augusta, por exemplo, então o atendimento é perfeito. Eu me lembro uma tarde, eu passei numa galeria aí da Rua Augusta, e vendo uma vitrine de coisas de artigos florentinos, artesanatos florentinos, eu parei uns dois segundos para ver alguma coisa que eu estava pela qual eu estava interessada, e imediatamente veio uma senhora de dentro da loja, me fez entrar na loja e me mostrou tudo o que havia na loja. Então, há uma uma receptividade enorme e a gente acaba comprando, porque elas fazem a coisa de tal forma, doiram tanta pílula, que a gente acaba realmente adquirindo aquilo que às vezes a gente passaria sem comprar. Se não tivesse tido o acolhimento que teve nessa loja. De modo que nessas, em boutiques do do nível da da que há na Rua Augusta, e a mesma coisa na Rua Teodoro Sampaio, que pertence ao bairro de Pinheiros, e na Rua Pamplona, que está ficando excelente o comércio da rua, nessas boutiques o atendimento é muito bom. Eu acho ah nivelado aos das grandes lojas europeias. e da Argentina também, porque nas boutiques argentinas, nas lojas argentinas, o atendimento ao brasileiro é muito bom, pelo menos pela minha experiência e pela experiência que eu tive pessoalmente. De modo que eu acho que o comércio de São Paulo cresce assustadoramente em quantidade de lojas, de boutiques, de shoppings que aparecem e... cresce também na qualidade, porque apresenta artigos muito bons, apesar de que agora nós vamos ter uma verdadeira retração na parte de artigos estrangeiros, dada a medida tomada pelo governo federal relativamente à importação de artigos estrangeiros. uma retração realmente, talvez nós nem possamos mais adquirir artigos que não são nossos aqui em São Paulo, ou adquiri-los a um preço tão alto que nem compensa ãh. Seria melhor até viajar e ir à Argentina e comprar os artigos em Buenos Aires.

SPEAKER 2: : De modo que, com relação ao comércio paulista, acho que nós estamos de parabéns.

SPEAKER 0: : A casa é abastecida em compras no supermer em  E relativamente a atendimento, eu acho que esse tipo de comércio está bastante desagradável, porque não há funcionários para servir, não há funcionários quase de entrega, e é o que vai acarretando uma dificuldade de vida. Tempo escasso da dona de casa, por causa de trabalhos não só domésticos, profissionais, necessidade de abastecimento da casa e falta de comodidade, porque tudo é difícil.

SPEAKER 1: : Com relação ao abastecimento da minha casa, eu faço em três fontes, supermercados, um próximo de minha casa, que é o Pão de Açúcar. Cooperativa de Consumo, São Paulo, que é uma cooperativa do de professores do Mackenzie, e meu marido foi diretor da faculdade do Mackenzie, então ele era sócio da cooperativa. E na feira. Então são os três fontes nas quais eu abasteço a minha casa. A cooperativa é a maneira realmente mais fácil de se comprar Porque basta tocar o telefone e fazer fazer seu pedido e eles entregam em casa nos dias marcados previamente. Para o meu bairro, por exemplo, Sumaré, o dia aprazado é quarta-feira. Então, a compra na cooperativa é bastante simplificada e tem a vantagem também de ser bastante minimizado o preço do material que aí é vendido. É mais barato o que eu compro na cooperativa do que o que eu compro nas feiras. Evidentemente, não posso comprar tudo na no supermercado porque a parte de legumes, frutas e verduras na feira é muito melhor. Muito mais fresco o o alimento que se compra. Então, essa parte de frutas, de verduras, de legumes fica ãh E a parte assim extra que o que falta durante uma semana. Então, isto fica para o supermercado, que é assim a um quarteirão de casa. Na verdade, eu não vou a nenhuma dessas fontes. Então, quem faz o pedido pelo telefone sou eu realmente. Então, eu passo uma lista do que eu desejo para o mês, faço uma compra mensal. E o meu desgaste é não fazer a lista e não pedir ao telefone. Agora, a feira vai a minha empregada com a lista também que eu faço. Ou ela acre a que ela acrescenta alguma coisa que desejar. E a do e ao supermercado, eventualmente, eu também vou. Quando eu vou, eu sinto realmente uma deficiência enorme na maneira de atender no supermercado. com relação à à escolha do material, que isso é individual, é a vontade do freguês, então a gente pega o o que se deseja e se coloca no carrinho e pronto. Mas eu me refiro à maneira da de embalarem o material comprado e à própria cobrança nas caixas, porque é difícil o controle da pessoa que está comprando, da dona de casa, por exemplo, daquela da marcação que fazem na caixa registradora, porque os erros são comuns. Eu já pude fazer constatação, constatar isso realmente numa registradora perto de casa, em que eu estava comprando dezoito Guaranás e ela marcou vinte e qua desesperadamente olhando para o Guaraná, para o que ela retirava e para o que ela marcava eee Então, acho muito deficitário o atendimento na caixa e o e a parte de empacotamento, de embalagem do material que a gente compra. Poucos meninos atendendo, dificuldade imensa realmente de se pedir ou para que ponham em caixas aquilo que se compra, eles querem pôr em saco... ### Então, para se obter uma caixa, é aquela espera demorada e e muito desagradável. Com relação ao abastecimento de casa, eu acho que São Paulo oferece possibilidades muito grandes e uma variedade de de opções, de modo que a gente pode realmente escolher aquela que lhe convém mais.

SPEAKER 0: : O aspecto da cidade, relativamente à higiene, é clamoroso. As calçadas são rebentadas, tem buraco, tem lixo, tem tudo o que se quiser, menos um plano limpo, agradável para se andar. Nos lugares onde há comércio, é lamentável. Há um tipo de comércio de frangos ah assados e tenho observado a calçada em frente. Ela é negra, oleaginosa. O óleo que eu uso no azeite, provavelmente, para assar o frango, provavelmente, corre pela calçada. A calçada é suja, carente de tudo. Não obstante, estou vendo agora varredores, mulheres com vassouras, com carrinhos, Então, dizem que a esperança é a última coisa que morre. Esperemos que São Paulo venha a ser uma cidade limpa.

SPEAKER 1: : Com relação à limpeza de São Paulo, eu acho realmente lamentável o que a gente vê, de modo geral, em determinados bairros. Não falando dos bairros que são os mais ricos de São Paulo, das famílias mais abastadas, em que evidentemente o trato é maior, há varredores de rua. Eu tenho verificado isso no Jardim Paulista. Há varredores de rua, quase que eu tenho amigas no Jardim Paulista, em cujas ruas os varredores vão diariamente varrer. Eu moro no Sumaré e realmente eles passam lá uma vez por mês. Quando chega o Natal, então nessa época eles varrem diariamente durante uns vinte dias para perceberem depois uma gorjeta, um Natal ah do da dos moradores da rua. De modo que bairros residenciais, propriamente residenciais, eu acredito que são mais limpos do que os bairros estritamente comerciais. Quando a gente passa, por exemplo, em frente a um açougue, na casa de carnes, A gente fica espantada a respeito ah relativamente a ao que a gente vê quando vão lavar o açougue. Aquela água que sai do açougue vem impregnada de um odor de carne realmente desagradável. E então ah a calçada fica também encardida. deixa de ser, de apresentar aquele aspecto agradável de uma cidade que deve, que deveria ser limpa limpa a cidade São Paulo é uma cidade limpa. Eu vejo essa placa e uma porção de ônibus em opção de lugares. Mas, na verdade, a é grande o problema. Aliado a esse problema mundial. Porque ãh sei de uma pessoa que na Suécia, Foi atravessar um jardim e estava fumando. Então, pegou o maço de cigarro amassa acabado ãh que tinha o último cigarro que ele tinha acabado de fumar, amassou o maço de cigarro e jogou no chão. Um guarda veio atrás dele, fê-lo pegar a a caixa de cigarros e pagar a multa, que não sei exatamente quanto era, mas era alguma coisa que realmente fazia com que o pedestre parasse, tivesse que pensar outra vez de jogar para jogar um pedacinho de papel que fosse na rua. Então, há uma preocupação, em geral, no no nas grandes cidades, com a limpeza das ci da das ruas, pelo aspecto que mal que pode apresentar um turista. Um turista fica muitíssimo mal impressionado quando entra numa rua mal apresentada realmente. Mas a limpeza tende, parece em São Paulo, a melhorar. Pelo menos há um início de preocupação nesse sentido, exatamente com essas varredoras. Geralmente, mulheres, eu estou vendo muitas mulheres varrendo ruas em São Paulo. Então, isto realmente é um elemento positivo a falar da preocupação da administração pública de São Paulo, relativamente à limpeza pública.