Inquérito SP_D2_323

SPEAKER 2: : Vocês que fizeram é o colégio junto ã juntas na época da escola normal, é vocês iam para a escola é em roupas é normais ou tinham alguma roupa especial para ir para a escola? Ou mesmo antes de ir para a escola normal havia alguma vestimenta especial para para ser usada?

SPEAKER 1: : Uniforme né Sempre nós tivemos uniforme malhados, () acostumar depois entra no ginásio () deixa duas  ### ###

SPEAKER 2: : Como é que era o aventalzinho?

SPEAKER 1: : Era o aventalzinho, naquele tempo era diferente, era quadriculadinho, de branco e azul, uma coisa assim. em cima de um vestido () Depois, no no primário... No primário, não adiantou. Tinha o mensal bege. É, com debrume. E com a letra da gente. As letras da gente, é. Conforme a classe era o a cor da letra, né? É. As iniciais Depois, na no fundamental, era o uniforme grená, cor grená, com blusa branca. E, no normal, era com mari m Até o fim né. Depois no, já no curso univ versitário já não tinha mais. É a vontade. Quer dizer à vontade é relativo

SPEAKER 2: : E como é que eram essas roupas, não  uniforme né. Você já ia para A universidade com. Como é que se vestia na é

SPEAKER 1: : Vestidos, taieiros não era nada de coisa ### é, saia e blusa É, sapato de saltinho, de salto alto, meia. eia. E o cumprimento variava, né? É. Ficou uma época que foi bem cumprido, depois encurtou muito. Mas sempre me girou em torno do joelho. Cobrindo o joelho. As ()ções eram  Abaixo do joelho, mas muito negativas.

SPEAKER 2: : E calça comprida, na época eles usado

SPEAKER 1: : Não, ali não. Calça comprida começou mais ou menos, acho que depois da guerra. Calça comprida não, a gente não usava. Eu us usava calça comprida quando eu ia para a fazenda do meu do meu padrinho para montar a cavalo, assim, mesmo daquele estilo culote, que eu usava com bota. Aí eu não usava porque eu não ia para a fazenda, então 

SPEAKER 2: : enta que você usava hum quando ia para a fazenda, como é que era?

SPEAKER 1: : Não, quando ia não, levava não, porque ia para a fazenda de vestido (risos) é  É lá que usava, né? Lá que usava, na hora de montar a cavalo, é. É uma blusa e uma e uma calça, assim, estilo culote, assim, a gente punha bota, né? Para montar a cavalo e Então era o máximo que a gente que se permitia, né, em questão de De calça comprida. Bom, calça assim não se via mesmo () para mulher né  Não, nunca foi visto. Realmente não me lembro de ter visto nessa época né  Foi depois da guerra que apareceu. Primeiro a gente  Que levava para a praia, quando ia para a praia levava calça comprida, né? Depois para lugares frios também, Campos do Jordão, assim, a gente levava () Tudo generalizado como é hoje, não  Um pouco () Depois da guerra. Como que e Roupa era () blusa, vestido, não há muita variação porque agora com essa moda nostalgia a gente vê que muita coisa voltou  A grande revolução na moda foi depois da Primeira Guerra, né? Que até então as mulheres usavam saia até os pés. depois da primeira guerra, que passaram a usar saia curta, até bem curta na na ocasião () Depois disso, o comprimento subia, descia, mas sempre até o joelho. Mas a grande revolução mesmo foi depois da primeira guerra, que nós éramos crianças (risos). Não vimos bem (rindo). istante. Pelo menos eu não me lembro de ter visto minha mãe nun ca de saia comprida. Quando () ### Meu pai era () rei. E as crianças, nessa é

SPEAKER 2: : ouquinho mais triste. Os, os menino

SPEAKER 1: : Havia diferença e, e no () Ninguém tinha () essas calças grosseira assim, calça comprida não Meu irmão usava calça curta, até ãh uma certa idade, quando chegava doze, treze anos, aí punha calça comprida, mas era ah feita roupa de homem já. éh terni

SPEAKER 2: : inho é terninho de homem. E eles usavam a acessórios com as roupas ou. Não era tudo mais discreto né

SPEAKER 1: : Era camisa, calça,  Não, não, era bem diferente do que os meninos usam ho

SPEAKER 0: : oje. Quer dizer era mais era

SPEAKER 1: : mais () mas mais sobra Não havia essa varieda de né. E sóbria, as camisas também. Mesmo para meninos, assim, entre azul, cinza branco, marrom. É, os homens estavam muito com uma uma limitação muito grande, ### de cor de jeans E de chapéu, chapéu, como que era. Chapéu de feltro, ainda se vêem alguns por aí mas de aba pequena () tem uns de aba um pouco maior, mas era chapéu de feltro comprado pronto () chapelaria Tinha uma fita de bulbulhão à volta da copa. Variavam, o oh tamanho da aba variava. ora era maior, ora era menor conforme a moda  Também se eles permitiam um pouco de varia

SPEAKER 2: : ção. Eu acho, acho que me parece existe um outro acessório que eles usavam nessa época, fora chapéu. É colete, colete.

SPEAKER 1: : É, o que se chamava terno, o vestimento do homem se chamava terno, porque eram tres peças Calça paletó e colete, né? Todos da mesma fazenda. Porque (), de tropical, de ()

SPEAKER 2: : prender a calça, por exemplo?

SPEAKER 1: : Ah, tinha também o suspensório, né, que eles usavam. Ou então cinta. Muitos já tinham dispensado o suspensório, né? Usavam cinta do corpo, similar Mas havia gente que usava suspensório e cinta também. E havia gente que usava liga, homem que usava Ah, é. Eles também eram () De prender, né? Como é que é o nome? Liga. Um elástico que prendia assim e segurava a meia para não cair. Porque naquele tempo as meias não eram assim tão... como é que chama finas, assim. É, elas caíam. Então a gente dizia que a meia tinha a boca que abria e caía, sabe? O que a gente usava era m éh muito deselegante. Depois que cruzava a perna, aparecia aquela liga... E o material dessas ligas, qual era? Geral era () ou algodão tega Eu acho que estava mais ()

SPEAKER 0: : um pouco, né?

SPEAKER 1: : Eu me lembro de umas ligas pretas, meu pai  É,  é isso mesmo Mas não nailon foi mu

SPEAKER 2: : existiu nailon veio depois da segunda guerra também. E como acessórios para tempos diferentes, ãh tempo firme, tempo chuvo

SPEAKER 1: : Para homens ou.  Para homens homens, as mulheres. Bom, capa impermeável, isso eu me lembro desde criança, porque existe guarda-chuva também. Mas eles usavam muito mais sobretudo do que hoje. Lembra? De homens, de sobretudo, naquele tempo. Hoje a gente não vê mais, não É, sobretudo, que era um casaco de lã, Pesado né e mais comprido Bem de inverno.

SPEAKER 0: : Lá na Europa acho que ainda se vê Veio na Europa no Uruguai argentina não fez isso

SPEAKER 1: : aqui já não se vê mais com isso. Mas era um agasalho bem pesado, Mas capa interminável, os homens e mulheres usavam. () qual modelo tinham uma capa impermeável, que um amigo nosso tinha trazido de Alemanha, não era novidade aqui, só que era mais bonita, tinha vindo de lá, mas aqui já havia também.

SPEAKER 2: : E as éh em festa, por exemplo, casamento, Há toda uma tradição de vestimentas para casamento. Como é que era nessa época?

SPEAKER 1: : Eu acho que era mais ou menos como hoje. Sempre que tinha casamento, com uma roupa melhor, mais mais bonita, de melhor qualidade, mais chique, por assim dizer. Mas, eu acho que hoje também, é eu tenho visto ultimamente mais uns anos atrás, uns quatro, cinco anos, que os casamentos, ãh o vestuário de casamento era muito variado. Agora não, parece que há mais uniformidade, todo mundo vai de longo, principalmente sendo a noite Então, eu acho que isso tá oscilando muito. Naquela época, sempre se usou para casamento uma roupa mais cerimoniosa, pelo menos. Mas longo, não. né não Longo era só para baile. Mas o vestido. Baile não havia sem vestido comprido é. Chamava vestido comprido Mas nós () fomos de vestido comprido.  os homens iam de smoking. Como que é o smoking? Olha eu

SPEAKER 2: : É um paletó preto, né?

SPEAKER 1: : Uma calça preta e uma  Uma gola virada de cetim, uma uma tira também de cetim na calça. Uma eu uso e usavam gravata especial né e camisa especial. Atualmente, parece que hoje o smoking com gravata borboleta e camisa comum naquele tempo era diferente. Mas era gravata borboleta também, não era? Ah é plas() Só para o pla... Para que essas coisas () Para casamento, né? Para o noivo. Para o noivo. Noivo era... É, especial. Nós, no geral, se o casamento era de matrimônio é ir de fraque, durante o dia né. Se o casamento for () durante o dia a cerimônia é ir de frque Ah ainda gosta ainda gosta E se fosse a noite, de casaco mas isso era muito raro, casamento a noite não, era muito raro O fraque é um paletó que tem uma, tipo uma cauda atrás, aberta mais comprida ele é curto na frente, tem uma parte comprida atrás, preto De lã mais grossa. mais grossa. E a ah calça é listradinha, de preta e branco, formavam um conjunto cinzento

SPEAKER 2: : Essas peças de casamento eram dadas  Nessa época? Digo, entre os trinta e cinquenta, mais ou menos.

SPEAKER 1: : Eu acho que o mais caro () da família, e da casa da noiva, principalmente. Mas já havia alguns lugares, né, para receber. um Não me lembro muito também, mas eu acho que havia um ou outro, mas a maioria estava em casa tanto que tanto essa que era mais restrita, que uma casa não comportava tanta gente. não se convidava todo mundo para a festa as festas eram mais restritas, por causa do lugar né, que não comportava. Em relação a hoje. as festas são aonde? Hoje as festas no geral elas são num fervo lá própria igreja quando há lugar né, no salão no salão da igreja No salão,  eu acho que essa  questão de festividades de casamento não mudou muito, mudou lugar mudou isso mudou música () mas isso é uma coisa que vem vindo que eu me lembro também quando eu assisti acho que em mil novecentos e dezenove tinha quatro anos, houve uma festa em casa da noiva com ()  Você se lembra? Lembro. É Deve ter o retrato de casamento dos dois.

SPEAKER 2: : Bele

SPEAKER 1: : za (rindo). Me lembro da mesa, tinha uma mesa muito comprida, cheia de gente à volta. A noiva muito bonita () Realmente, era muito bonita, e Mas, eh, () uma cauda também, o vestido era de cauda. Isso também era um detalhe até ali ### Somente o que não há mais, né? () de moda, mas e se a moda vai e vem. Isso... Uma coisa muito relativa é moda, né? () e a gente pensa que uma coisa acaba para sempre de repente ela volta (risos).

SPEAKER 2: : Entre as coisas que, eh, foram, voltaram ou estão voltando outra vez, na nossa moda atual, o que é que que pode se dizer foi e agora voltou? ()

SPEAKER 1: : Cabelo curto mais curto, né? É... já tá vo, já tá voltando um pouco, né? Ca... Para a mulher, né? (Riso) Para homem. É Diz que que diz que tá voltando também, mas em eh tá sendo difí () é () diz que num, te, eh, que não usa mais aquele cabelão comprido... Éh, não, eh... Maioria que a gente vê na rua ainda continua, né? Com cabelo com... A barba dos homens, por exemplo, isso é uma coisa que a gente via Retratos dos homens antigos, dos avós, do do século passado, pelo menos, agora barba comprida tá aparecendo agora, n Uns dez anos atrás, ou quinze, né? Isso também

SPEAKER 2: : parece que dava um ar assim de seriedade. É, de mais idade, né?

SPEAKER 1: : ### Meu avô tinha barba, tinha um ar patriarcal, assim, sabe? Depois também, eu nunca mais vi ninguém com barba. Agora, () ultimamente esses rapazes que a gente chama, de rapazes mais novos realmente Ah eh, faziam a barba todos os dias, ou algum ou outro tinha  bigode, mas um bigode pequeno. E o cabelo? Cabelo bem curto. cortado, rente. Alguns até chegavam ao exagero ### Mas era cabelo bem curto. E também preso num é... passavam... Como é que era, ()? () Ah... É. Como é que chama? não foi barato para passar para prender. Gumex, uma coisa assim. Bom isso era um que anunciavam, não era o nome do produto. Mas, em geral, era uma coisa... É, feito feito brilhantina, né? É É, acho que acho que era brilhantina para prender o cabelo para ele não voar. () o penteado () o mundo Quando peh apareceu o cabelo cortado, que foi também depois da Primeira Guerra, aí que as primeiros mulheres cortaram o cabelo, foi na década de vinte, no começo, Aí começaram a cort Primeiro, usavam preso, né? Corte, cabelo grande, todo preso. Hum ()guém andava de cabelo solto. Mas, quando eram crianças, às vezes, andavam de cacho () Mocinhas já prendiam o cabelo. Era um dos as eu me lembro, das minhas tias contarem, um pouco eu vi, e... Então, prendiam, prendiam o ca Cabelo, ficavam mocinhas prendiam o cabelo. Depois da da da Primeira Guerra, é que as primeiras mulheres começaram a cortar o cabelo. Então cortavam o que chamava corte à la garçonne, que era como homem, né? Garçon, garçonne, em francês, cortavam assim. Depois, eh, aí foi que começou a variar mais curto, mais comprido, mas muito tempo tempo foi cabelo bem curto, não é tão Quando eu estava eu usava... Usava cabelo bem curto. Você vê ãh fotografias ge da gente na escola, naquele tempo  ### todo mundo já estava. Todo mundo ninguém ia um monte de pessoa normal também as professoras todo mundo de cabelo curto. Houve uma época em que a mulher usava qualquer acessório na cabeça, enfeite, qualquer cosia assim  eu acho que somos () né Não, meninas usavam laço na cabeça

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 1: : laço de fita laço de fita na cabeça uns laços grandes ou () E o tecido da Tinha organdi né eu me lembro tem um vestido de ca éh de casamento era daquele transparente ### () é Era seda e algodão é ### ### ### depois naylon muito menos Era seda e algodão é né ### era vestido de  festa era () ou só podia é de festa é só podia ser seda né e o os cortes alguns ultimamente voltaram a  aí a gente vê um out Era seda

SPEAKER 2: :  parecem usar o bigode de vários e estilos durante toda () tempo. Tinha nome especial para o tipo de corte de bigode ou corte de barba

SPEAKER 1: : me lembro de falarem em bigode simples era um que era caído assim só mas acho outros outros cortes outros tipos eu não lembro como é. Chamavam de bigodinho né  godinho é Era pequeno, o bigode Agora, bigode bem grande eu num antes da da outra guerra também, né? Eu era () A grande mudança em matéria de moda, de vestuário e de de aparência foi () a Primeira Guerra. Depois da Primeira O resto foi por um ir e vir e ()... e à praia, como que ia à praia () praia (risos) Eram maiôs inteiriços, né? A Alguns até tinham o ombrinho assim, né? é. É, uma cava... É. Um uma ca um ombrinho com cava, assim, e depois saídas compridas, ou então calça comprida com coletinho por cima do maiô.

SPEAKER 2: : isso... E a estamparia?

SPEAKER 1: : Não, para lá não havia muitas...  Variedade () Numa faixa de variação mu ito pequena. Agora () () é  nem grava As gravatas, que eram a única coisa colorida que eles usavam, também eram discretas, né? De listras, ou de bolinha Mais discreto. Agora, estamparias eh de roupas femini () era variada, aí () questão de moda e linhas Num num foi muito diferente do que é hoje () eu acho que já vi, não de de... Já vi menino de u de uma roupa que quando eu co começou a fazer, quer dizer, eu que tive conhecimento, eu devia ter uns cinco, seis anos, Porque se () comprar uma lã escocesa para fazer o ves tido fez () no caso de gola branca tudo, cosia mais maravilhosa que eu achei naquela época (risos) é 

SPEAKER 2: : Ah as festas de casamento, voltando ao assunto da festa de casamento, eles faziam, hoje se faz buffet e tal, então já tem toda aquela preparação que que se faz dentro de uma festa né mas quando eram dadas

SPEAKER 1: : olha o meu casamento foi em dezemb bro de quarenta e três Foi em casa, porque a casa era grande e tudo, mas foi servido serviço de fora. de um buffe Naquele tempo já usava. Agora, eu me lembro de um casamento de uma prima, que casou acho que uns oito, dez anos antes de mim, e que foi tudo feito em casa e doces encomendados fora, não sei em que a cidade do interior aí, e vieram trazer hm e centenas de milhares de de quantidade de doces diferentes e tudo, encomendados fora, em doceiras e tudo. E a pessoa da família também fazia assim. Ficava ativo lá vários dias, isso eu me lembro. ### ação de agora será que tem ### acho que não. ah é esses docinhos miúdos né doces brasileiros pequenos

SPEAKER 0: : Queijo de ovos, e essas coisas que... 

SPEAKER 1: : acho que não existe quase () é, acho que aí não houve muita mudança. Mas já se usava

SPEAKER 2: : chama que... A festa tem uma atração principal

SPEAKER 1: : O bolo? ### existia né Eu lembro do bolo. Pelo menos eu me lembro de de bolo desde que eu era que eu era menina né. () casamentos que eu fui () eu me lembro do bolo Tinha bolo lógico De três andares. Ah serviam salgadinhos e docinhos e docezinhos, uma porção de coisa. Assim, ameixa recheada e como é que chama? Fios de ovos em caixinhas. Essas coisas como tem hoje. É

SPEAKER 2: : Bem casados. E bebida? 

SPEAKER 1: : Ah beb bida não tinha  Não existia Coca-Cola. existia Guaraná. Existia Bom, teve champanhe e Guaraná, não lembro mais a Alguma coisa, água mineral, essas coisas assim. Não passava muito disso não, né? Bom, champanhe era indispensável no casamento né. É indispensável. Como ainda é Agora só que existe mais... Existe casamento que se abre um whisky, não sei o que, vários coquetéis, antes não sei o que, como foi na minha filha que foi  é não existia né, se ele já não era com Champanhe, depois servia uns salgadinhos e refrigerantes e bolos essas coisas Acho que não há diferença não, tinha ha havia corquetezinhos, empadas empadinha, que mais que tinha repente, acho que pasteizinhos e, é acho que é isso né () me lembro Você quer mais do que isso (vozes sobrepostas) já existia é que eu saiba viajar, pelo menos, (risos) do meu tempo para cá que eu me lembro () tante. (vozes sobrepostas) desde criança me lembro que viajava ()de casar viajava

SPEAKER 2: : () E quando eles voltavam dessa viagem, eles já tinham um lugar onde morar?

SPEAKER 1: : Eu creio que sim né. Eu tenho impressão que arrumava até a casa e tudo, com mais antecedência do que agora. Agora mesmo estou sabendo de um de uma prima da minha nora né, que vai casar dia oito e o apartamento e só vai ficar no fim do mês que vem. Eles estão com problemas, não sabe, não pode fazer, não pode comprar móvel, não pode instalar. E aquele tempo, não sei, se pre preparava com mais antecedência ou ficava mais tempo noivo, eu não sei. Eu tenho a impressão que que já... organizavam a casa, já tinha tudo arrumado antes. Pelo menos, eh só o que eu conheço.

SPEAKER 2: : Basicamente, para se fo se formar uma casa logo no início de casados, do que que geralmente um casal necessita?

SPEAKER 1: : Bom, primeira coisa é mobília do quarto, ou pelo menos uma cama e alguns móveis, depois a parte da cozinha, é Isso é imprescindível, não é? (risos) depois vai vai A geladeira, o aparelho, como uma uma bateria de cozinha, por assim dizer, louça, pano de prato, roupa de cama e mesa. é o primeiro passo.

SPEAKER 2: : tem umas fábricas de acessórios, () de de sala de jantar

SPEAKER 1: : Menos sala de visita, essas coisas quem não podia ter, não comprava. Ficava esperando mais tarde para ir aos poucos aumentando é a casa  ou pelo menos Bom, decoração em geral, as pessoas recebiam uns presentes, como ainda recebem, então, eu acho que ninguém se preocupava muito com isso antes do casamento, porque esperava exatamente ver o que ia ganhar para depois pensar. Mas não havia assim decoração planejada como há hoje como a gente já escolhe os móveis, o que vai enfeitar aqui, ali, não há não havia. Isso é uma coisa recente, que agora é organizada, tem () especializadas nisso, pessoas que se dedicam a isso Então, já muitas pessoas () agora já tem isso planejado  é decorar a casa mas antes não era mais na, principalmente () procurar enfeitar a casa e tal mas tinha ### depois ia melhorando ou modificando. ### Atualmente? Sim, normalmente, ah É variável, por exemplo, variável, talvez. Na casa da minha filha e do meu filho, eles querem muita carne, fazem muita questão de carne. Já para mim, não. Mais a salada e e frutas que eu Eu gosto mais também, mas gorda não faço muita questão de comida. á não dá tempo de eu almoçar, não. Agora, é o que? O meni O que vocês querem dizer? (), batatinha frita, que é o presente () meu meu genro, salada, e verdura, sopa, arroz, feijão é raríssimo. Agora, no meu tempo, logo que eu casei, era obrigatório ter feijão. Na minha casa tinha, domingo, aquela s série de macarrão com carne assada e não sei o que, salada. Meu marido exigia que tivesse também arroz e feijão.

SPEAKER 2: : Hoje, já não (risos) tem mais

SPEAKER 1: : Então, eu en eu como feijão () hoje, mas na casa da minha filha tem uma vez por semana ou duas só. Ah, verduras a gente gosta muito, não é? Tudo é a salada, alface é grão, como outras verduras, como espinafre,  couve, troca, tudo a gente gosta Ah alho cebola e pimenta do reino. E vinagre e óleo. é isso né, aí eu uso só a () milho e sal e cebola e  alho não põe muita coisa, você não põe pimenta? Não. Não não estou acostumada. () se for muito. Faz falta, mas eu acho que Faz mais bem para a saúde, eu acho. É,  pode ser. Mas também minha comida é muito simples Praticamente carne, verduras, um pouco de arroz, feijão, só (), assim, de vez em quando. Frutas. É tudo ### ### ### Fruta tem muito (vozes sobrepostas) faz falta  () fruta mesmo, mamão Era de banana, né? É. mais frequente. Agora () fruta com a estação né (vozes sobrepostas) com a estação Caqui ou uva Pêssego e ameixa né figo todas essas coisas Fruta, tudo que que existir, éh a gente compra. Eu, po pessoalmente, não gosto de maçã, mas na casa da minha filha tem maçã e pêra, tudo Eu não gosto de maçã, graça maçã Eu gosto no começo do do ano. Agora, do segundo semestre em diante elas já estão velhas e de congelador essas coisas então () Então aí eu não () eu não gosto, mas aí no começo do ano, em março por aí, quando elas vêm novas... É nunca reparei nisso. É em março elas vêm novas da Argentina porque é a Safra lá. E depois e depois ficam sem graça, porque ficam conser

SPEAKER 2: : vado daqui () talha. Aí eu evito. E de frutas citadas que existem no Brasil, existe alguma que vocês não conhecem só

SPEAKER 1: : É. Eu já ouvi falar em Buriti, não sei o que mais, que que é fruta, que também é uma é uma árvore né, uma uma palmeira. Tem uma fruta chamada Bacuri, já ouvi falar, mas também não conheço. Agora conheço conheci no estado do Rio na fazenda lá do estúdio jaca e uma outra, como é que chama? É carambola, uma que é de um pedacinho A carambola até na minha casa, tem um pé. É Tá vendo agora. Eu nunca tinha visto. ### Esperava () vou dar (risos) Nunca tinha visto.

SPEAKER 0: : Não, na feira vende

SPEAKER 1: : primeira vez é, é essa toda em gomos E eu uma vez plantei lá, de uma de uma que nós comemos. Se foi plantada, tá grande. ### ### ###

SPEAKER 2: : () Mas essa que você falou que conheceu na fazenda... Jaca. Jaca, aquela outra que você disse, eh, como é que ela veio? Qual é () posição da fruta... Qual é? O aspecto da fruta, essa outra. Tem uma o

SPEAKER 1: : utra, que () Que é, eu não sei o no ### Ela tem parece uma casca pelu da assim, marrom. E depois ### dente eu não me lembro o co o nome Não sei o nome () ### Eu não me lembro como era por dentro, mas não é essas pinhas que tem aí, não, que saem em gomos e tem aquela partezinha branca, não. É um, é, é, eu Eu não sei, eu acho que era feito jaca também, mas eu não sei o nome dela e nem me lembro do do do as pecto e do gosto. Faz muito tempo, mas eu me lembro por fora que eu fiquei até meio ()

SPEAKER 2: : Como é que chama? (Risos) não é jatobá? É É, isso mesmo. A

SPEAKER 1: : ### Ah, é assim? É. Ah... incadeira. É como é por dentro? Por dentro ela é

SPEAKER 2: : é amarelada, né? Ah, é? Lembra um coquinho () é, sim

SPEAKER 1: : Ah, é? É, lá na Bahia eu... Sem a casca, né? Já a poupa mesmo. Hum. côco. Na Bahia eu vi muitas frutas, mas em sorvete Não cheguei a ver... Pessoalmente (rindo), só sorve () de uma variedade muito grande, né? Agora, tinha uma outra que eu não lembro, um nome que era muito comum vendiam a té nas  ruas e tudo, uma pequenininha amarelinha, não sei se é  Éh... Embu () Ambu, não é? É, () experimentei, é... E sorvete? Se é que vocês já fizeram sorvete  ### ### () dade, né? Mas lá na Bahia, por exemplo, () tem muito sorvete () ambu, de... () miçangas () E aqui, por exemplo? () Aqui, aqui a gente saindo do cre me, ameixa, morango, (), tem abacaxi e pistache... Pistache, tem... Noz, agora...  É, agora fazem de noz... É... De maracujá, também... () Tem uma variedade maior  Eles estão, eles estão fazendo sorvete também de um tipo italiano, que a primeira vez que eu fui lá, parecia uma coisa tão maravilhosa, sorvete de nata, agora tá havendo uns certos tipos de () () u uns que são eh feito ()  Que chama, creminho de licor, eh, é que, eh, creme com licor  e tem dentro uma, tch, cereja () é...  Muitos muito gostosos. E Eu num num num tomo muito sorvete. causa da minha gordura, mas eu a eu acho gosto oso. () É, eu também comi uma grande invenção... É, é (riso). () em época de natal a gente tem algumas frutas especiais, né? O que? É, essas frutas secas, né? De ### () e avelã, de amêndoas... É... Também... Isso já é tradicional, né? Eu tenho medo das crianças é . Inadequado até, né? Porque lá é no inverno aqui é no verão e elas não (riso), não estão muito (riso)... é verdade. Com combi   ### Nessa época, () né? Castanha não é bem f ruta, né? É. É o prosecco, né? Prosecco, né? Eu gosto, eu gosto mais de todos esses li () É, eu também gosto de castanha. a. Eu não faço muita questão. fiz duas vezes, uma vez no inverno e outra vez no verão. Ah, é? É. C cê também, né? Não... não? não.  acho até que () Pois é, eu fui para o Paraguai (riso), por acaso, () fronteira (risos). Ai Eu f eu fui para o Peru, para o Chile, para a Argentina, Paraguai, Uruguai. E e, para a Europa, fu fui a do Eles, eles deram, companhia de aviação, essa última vez que eu fui com meus filhos, eles deram para nós dois dia de graça em Casablanca, na no Marrocos. N um hotel, super luxuoso, sabe? Uma beleza.  Então, a escala do a do avião, que no dia seguinte nós se.. daí a dois dias, seguimos um avião de outra linha, da k ele e A escala do avião e () os dois dias lá, com jantar típico e milhões de coisas interessantíssimas foram oferta. Então, eu conheço um lugarzinho da África, dois dias (risos) tar típico. Ah, o jantar típico. Impressionante Ambiente, entra naqueles palácios todos de mármore, com com aquelas portas, tudo um estilo árabe, () aquelas coisas assim, e no centro tem um... parece uma coisa queimando, feito um incenso, uma coisa qualquer, às vezes, em volta, () um show muito bonito. Mas havia mais que cantores franceses e tudo que tinha influência () () da França né...  E havia mais é cantores franceses do que, do que típico lá deles  E a comida é muito gostosa, sabe? T Típica, assim. Mas dá um pouco de medo. A gente comer, a gente olha, é uma impressão (riso) desagradável. Mas depois, é uma, é gostosa mesmo, é muito boa. É feito comida chinesa. Primeira vez que eu comi, não queria nem comer, mas, no fim, é muito gostosa. Agora (), lá tem uns pratos interessantíssimos. O meu filho sabe o nome, eu não me lembro mais os nomes, deles todos em em árabes 

SPEAKER 2: : Né? Mas, ah... o material básico da 

SPEAKER 1: : material. Olha, eu sei que tinha muito óleo de gergelim, aquelas coisas que eu não sei que mais lá (rindo). Depois, eh, tem, eh, tinha prato que tinha levava castanha na massa da da confecção de de um prato, uma torta, uma coisa qualquer. castanha, e e o resto é essas, como é que chama, frutas e verduras, mas eu tenho a impressão que é coisa que a gente conhece, não sei bem, sabe? Berinjela e... Eu não sei bem ãh, como é que faziam tudo aquilo, mas era de tal forma trabalhado que era berinjela, por exemplo, recheada com castanha e molho não sei do que, uma porção de coisas Eu não me lembro bem direito para explicar, sabe? Mas tinha tanto prato, tinha uns vinte ou trinta prato diferente, () a gente não podia se dedicar a ver um, porque não dava nem para para ter ideia. Então, eu te perguntava () do que era ()

SPEAKER 2: : E as bebidas, são diferentes das daqui?

SPEAKER 1: : Não, eles serviram um uma coisa comum, não me lembro mais o que foi, aperitivo, é coisa normal. Porque eu acho que já está meio, eh, vou chamar aquilo lá, já está mesmo... Destinado a turista, sabe como é? Então, já não... () eu () não vi. Vi i algumas mesas lá de árabes tomando as bebidas deles e tudo, mas mas não experi não experimentei. E os chineses, () a comida chinesa? Comida chi ida. É, eu so Eu sei que tem uma porção de brotinhos, uma porção de coisa lá, mas é uma delícia, é muito gostosa. Nunca comeu (riso) Não. Aqui nesse restaurante chinês, daqui mesmo, né? É, exato E a primeira vez que eu comi foi em Lima, no Peru, porque eles têm uma influência muito grande da China lá. A Até palitos que existem, porque eles não têm florestas, eles não têm quase nada lá, não tem indústria nenhuma. A Até palitos vêm da China. E Então eles têm uma influência... Por exemplo, em cinquenta restaurantes em Lima, quarenta ou trinta e cinco s Então, nós... E eu estava com medo de ir e tudo Afinal, adoramo Depois aqui, quando chegamos, fomos a um ou dois aqui também. Gosta

SPEAKER 2: : mos muito. E a comida do avião? A

SPEAKER 1: : A comida do avião, olha, eu achei boa. A A melhor de todas que eu achei foi da Varig. Eu viajei por por várias outras também companhias. E eu f () França, ãh, k ele Eme... E aquela... Aquela espanhola Iberia, e a Aerolíneas Argentina, mas a melhor que eu achei foi a da Varig.  É sempre u um almoço muito bom, com uma entrada, com presuntos, x-tudo. Depois, ou uma carne ou um peixe. Em geral, eles perguntam se a pessoa prefere carne, peixe ou ou frango. E Isso na Varig. E Então, eles têm bastante, eh, variedade e e têm quase sempre um purê com molho, outras coisas, uma torta, doces, e serve champan . Uma vez que eu fui para o Chile, eles serviram champanhe e um vinho chile, vinho chileno e depois champanhe na sobremesa, tudo. Panamé, eh Pana, Panamérica, né?

SPEAKER 2: : E aqui em São Paulo, a variedade dos restaurantes? Vocês conhecem?

SPEAKER 1: : Eu fui em () desses de estrangeiros típicos, () () árabe, que a comida é muito variada tambem, pelo que ela estava dizendo lá em Casablanca, deve ser mais ou menos parecido. Usam muito gergelim, muitos cremes junto com os pratos, que vem vem gergelim, e () outras (). E, e restaurantes eh brasileiros ou de nível internacional só, assim, outros típicos não. Não vou muito. () aqui nesses conjuntos eh, co comida internacional, eh, é a mesma em toda parte né? Sempre tem um prato, uma entrada, por assim dizer, ()  () depois, um frango ou peixe Um doce, em geral, vem uns pudins, agora eles dão muito pudins, né? O Ou então sorvete também.

SPEAKER 2: : () E quanto ao modo de servir? Eles servem o que se pede ou é um serviço padronizado, vamos dizer? A

SPEAKER 1: : ah eu acho que a maioria  aior parte, não? Eh, eh, serviço, éh, por escolha, né? A não ser esses restaurantes mais comerciais, aí eles têm um uma prato ou um ()... Um almoço do di ###

SPEAKER 2: : Vocês já tiveram a oportunidade de ler nessas ah lousas ou painéis que eles deixam em taurantes comerciais na porta, assim, o que é que eles servem (rindo)? Ah...

SPEAKER 1: : Ah, é. Eles põem eh ali enormes, eh, frango a não sei o que, e, eh ahn tal coisa à moda da ca À moda da casa (rindo), às vezes é (rindo) tentador afinal de contas eu não sei o que

SPEAKER 2: : (riso) o que terá. E prato típico brasileiro? O que é que é considerado prato típico brasileiro?

SPEAKER 1: : Não só aqui, como no exterior e... Feijoada, né (riso)? É. Será que é feijoada? Feijoada é mais aqui do sul, né? É São Paulo e Rio. Né? É. Mas eu acho, acho que não há um prato... () fora daqui, né? Vatapá será que é conhecido no estrangei É, deve ser, mas como prato baiano, né?

SPEAKER 2: : É, ou então, se é considerado brasileiro, é por generalização, porque realmente não é. É, o que eu acho é que, ah, como existem outros pratos em outros países, acho que () no material para fazer o prato, né? Às vezes, eles conhecem, mas não podem fazer, e É, no caso do vatapá, qua qual seria o o... Azeite de dendê 

SPEAKER 1: : É... é... deve ser o difícil fora daqui, né? Fora da Bahia. Que? Que que vai dentro, a senhora sabe? Vata tapa. () Camarão, né? Vai camarão, vai azeite de dendê, vai amendoim, vai fari Mas eu já vi fazer, porque () da Bahia () vatapá. Mas, eu já vi fazer mas não me lembro mais dos pormenores () matéria de cozinha eu não entendo muito (risos). Não vai um leite de côco? É, vai leite de côco. ### É baiano leva leite de côco, né? Isso é u ma das características. E engraçado que certos coisas que nós aqui consideramos  doces, como canjica, o () eles fazem salgado. Então, leva leite de côco e sal, não é? Propriamente um doce. A canjica que Eles chamam de mugunzá, né? Que é nossa canjica aqui. Ah, é? É. E a nossa () E canjica para eles é o nosso curau. Hum... ah, que engraçado. Então... () tem mais sal do que açúcar. Qualquer um desses dois. É...

SPEAKER 2: : É, a canjica eles chamam mugunzá.

SPEAKER 1: : Mugun zá.

SPEAKER 2: : Na parte que se refere a milho, nós temos uma série de de doces, de salgadinhos que podem ser feitos com milho, né? É.

SPEAKER 1: : Mas é isso que eu digo, o, eh, os nomes aqui e lá são trocados, né? Não são exatamente os mesmos, né? Cuscuz, por exemplo, para nós aqui é um prato paulista típico que leva determinadas coisas. Para eles é diferente, agora eu não lembro exatamente o que é cuscuz para eles, mas não é o nosso.

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : Ah, o nosso leva farinha, leva peixe, leva... Ah, não sei mais. Aquela farinha de... Eu gosto muito mas eva farinha de milho, farinha de mandioca, as duas farinhas. Ah, é? É. Oh, a Azeite, né? É, para fazer consistên   Depois tem mais o que, aí ovos, azei tonas e peixe, né? Uma porção de coisas para, para... Rechear. Mas eu acho que a massa, falta alguma coisa, que eu nu Estou lembrando. Deve faltar alguma coisa para fazer... Para con, ficar consistente, né? Farinha e... Acho que deve ter algum... óleo... Não sei... Não se Não sei também, algum algum caldo, né? ### ### sive forrado com um com um guardanapo um

SPEAKER 2: : E, e no () da água quente, embaixo. Quer dizer que não é feito direto na pan

SPEAKER 1: : () o cuscuz. Não. () O verdadeiro não é não. () cuscuz assado, já não é. Cozido no É, no ba fo. É porque a diferença é cozinhar no bafo. No bafo da água. () e o que mais pode () no bafo da água? Não sei. lquer coisa em banho-maria, esses cremes, pudins, assim, que pode fazer em banho-maria

SPEAKER 2: : É, mais ou menos isso, é. Ah, outros pratos  () a senhora sabe como é que prepara churrasco no Rio Grande, ou não? Não. Que?

SPEAKER 1: : ### nho ideia mais ou menos, mas não sei se é a exata (riso). É só carne com sal e mais nada, né? É? É. E u ouvi falar. É, isso, né? Por isso que é meio sem gosto, né? Haha () Por isso que às vezes é muito carregado no sal, né? () Não, eu acho que deveria ter um molhozinho depois uma () de coisa para dar mais mais um go Éh, houvesse uma pimentinha, um vinagre, uma uma coisa qualquer pra dar um gostosinho. (), sei lá, porque eu acho que só a carne cozida com sal é muito é muito () Eu não gosto do do churrasco. Bo m, eu não posso falar porque eu não gosto do churrasco daqui. () De modo que eu não Mas como a senhora faz, (a carne)? A gente faz o um Mesmo quando faz bife lá em casa, tem tem um molho super... () Com cebola, com... É. om tomate, c Algumas coisas, e, e, e pimenta que... Né? E, e a, ãhn

SPEAKER 2: : Pelado (riso)... várias marcas que a senhora pode usar. A senhora tem preferência em casa ()? Macarrão, assim

SPEAKER 1: : () Um ravioli () pode ser da praia. Eu evito um pouco macarrão para não para não engordar. () Eu acho que não é necessário. Eu gosto, mas nunca fiz () Então, mais ou menos uma vez por semana, assim, faço uma coisa dessa Mas eu () o macarrão com (). Mas eu gosto, eu acho um prato gostoso. Mas o forte da min da minha alimentação mesmo é carne, verduras, um pouco de arroz... Lá em casa quando... Um leite. Ah, é? É, eu gosto de leite e agora eu gosto do pão De leite, é? Ah, eu gosto também, () queijo, iogurte, que agora tem uma grande variedade aí à disposição, né? É muito bom (riso). () Eu não gosto nem de leite, nem de iogurte... Ah é?... Porque disse que é a coisa melhor que existe para como alimento e não engorda, né? Mas eu não gosto. É. É, eu  (), eh, agora leite eu tomo desnatado em pó, né?  iogurte eu tomo de de noite. Eh... Na hora do lanche que eu não janto, eu tomo lanche, então eu sempre tomo meio copo de io Iogurte (). E eu acho uma coisa muito boa, porque agora é é gostoso, é viável, está por aí, você compra à vontade É sempre fresco, porque acho que tem muita ()

SPEAKER 2: : E onde é que vocês costu

SPEAKER 1: : Ah eu como eu uso leite em pó eu compro em supermercado mesmo No meu caso, o o leiteiro deixa todo dia. Ah, é? U-hum. Eu compro assim leite mesmo líquido, quando faz bolo, porque a minha empregada descobriu que o bolo com leite em pó não dá certo (riso). Fica duro que nem não sei o quê (riso), atribuiu ao leite em pó, en (riso), quando ela quer fazer bolo, ela compra. O o leite, líquido, pacote, né? Eu não sei se é cisma ou não mas eu acho que dá mais certo (riso)

SPEAKER 2: : (riso) E como é que a gente faz um bolo? Ah, bom, bate

SPEAKER 1: : primeiro a os ovos com a manteiga, né? Ou margarina, depoi Como? Eu acho que põe açúcar. A Põe o açúcar, é isso mesmo.  Depois, o último, que vai é a farinha, daí só mistura e a clara batida por último (riso).

SPEAKER 2: : (riso) E você costuma fazer bolo em casa ou compra? E

SPEAKER 1: : Em casa faz, porque e eu acho que o bolo comprado é muito doce, muito cheio de de creme, de coisa, eu não gosto muito. É, quero saber. Quando faz, é porque está () Só quando convido alguém. Eu também, lá em casa, só quando vai, quando vão os meus nenenzinhos, lá. Ah, é? (risos). Tem nenem

SPEAKER 2: : zinho lá, é? Éh...

SPEAKER 1: : ão os meus filhos casados (risos). Filhos, né? Não, eu falo deles. A nenenzinha ainda não come nada, porque tem quatro anos (risos). () Eh, eh... Quando vão meus filhos casados, que a gente faz, percebe? Eh, bolo () e tem mais... E o nenê, que que come? Ah... Só mamadeira, agora leite ninho, porque a minha filha está amamentando, mas depois a menina ficou doente, teve uns uns dias no hospital até que parecia ameaça de desidratação, umas coi () E ela estava amamentando, mas ela ficou tão nervosa que perdeu o leite. () agora está tomando leite ninho. Mas está indo muito bem. E o neném, est

SPEAKER 2: : com quan

SPEAKER 0: : Ahn, seis s quilos e pouco.

SPEAKER 1: : Não é muito não. Ela a, estilo da mãe dela, comprida e magra. Nunca foi muito (riso) A minha filha também sempre foi comprida e e e e magrinha, quer dizer, não muito gorda demais, né? Mas n Mas não está bem, quer dizer, não está magra, não, ela está  () já perdeu muita roupa e Ela não é super gorda, não. 

SPEAKER 2: : O neném tem roupa especial, não?

SPEAKER 1: : Tem.

SPEAKER 2: : O neném tem roupa especial.

SPEAKER 1: : Tem.

SPEAKER 2: : Que mais que, o que ele mais usa?

SPEAKER 1: : Agora está usando hum hum... mais é macacãozinho, sabe? esses de linho, assim. O Ou sem mangas e e e sem perna, ou então, de tardezinha já troca, põe um com uma manga com perna, é a coisa mais simples. É Não dá ainda para para pôr vestidinho, né? Tem um colosso de vestidinho mas não dá ainda para () É muito pequenininha, não fica de pé ainda, direito. É. Fica um pouquinho em pé, mas encostado. Daqui a pouco já dá para usar ### Nao. Meio metro e  Dois quilos. Dois novecentos e alguma coisa. Era, neném... Eh... () Tem... Tem cabelo? E Eh, tinha um pouquinho de cabelo, mas caiu. E agora está nascendo outro (rindo). Ah, eu acho bonitinha, porque sou avó, né?

SPEAKER 2: : Por hoje como toda avó eu acho bonitinha (rindo). ()

SPEAKER 1: : O rostinho dela é assim, compridinho, tem um buraco no queixo, assi

SPEAKER 2: : () minha filha (riso). Ah, é? E, e tem duas covinhas, ela é bonitinha e tem duas covinhas aqui.

SPEAKER 1: : E os olhinhos azul-marinho por enquanto, não sei se vai mudar, acho que vai escurecer. É, porque é é é azul, a gente vê que é azul, mas não é zaquele azul-claro, não que a gente sabe que vai ficar claro, porque eu tenho minha uma avó alemã, então todo mundo da minha família, tem muita gente que que nasceu de olho claro. Minha mãe tem e tudo, eu tenho um filho, é, tenho um filho de olho verde e tudo, mas não é. A gente vê que não vai ficar claro, mas por enquanto está assim azul bem escuro, então eu acho que vai ficar cas E o cabelo? Cabelo é castanho bem clarin ho. Está nascendo () 

SPEAKER 2: : seja assim. () sua filha. A minha filha é assim pele como eu. () não é muito muito moreno nem nada.

SPEAKER 1: : Ela tinha cabelo bem preto, que puxou do meu marido e do meu pai. E olhos pretos também. E E o meu filho era loiro do olho verde. E Era, porque agora está escurecido mais o cabelo dele, por isso que não é tão loiro, mas continua com o olho verde (rindo). Eh. E como que ele é? E Ele é... () Ele é alto, magro, compri ido. () É... Que mais? () É, bacana, é inteligente. () Fisicamente, como é que ele é? Eu quero saber. Fisicamente, ele é um pouquinho narigudo, tem os olhos (rindo) boni (riso) () e alto, magro, assim, esportivo, porque  Ele é bem, é bem magro mesmo. Tem vinte e quatro o anos. Ok. Posso dizer Não sei ()

SPEAKER 0: : Não sei nenhum ### O rosto, assim. Que tipo de rosto ele tem? Aí, eu

SPEAKER 1: : não sei. osto fino, não é? É 

SPEAKER 0: : Tem o rosto fino, sim ()

SPEAKER 1: : ### ### disse mesmo. É. Alto, cabelo crespo, não é? É. Não é muito crespo assim, mas é, meio... É ondulado. É. () no dia do casamento, e o dia que ele foi levar o convite na festa, né? Sei... Eu me lembro bem dele. A, a senhora u usa óculos por quê? Ah, sou míope, desde onze anos de idade. E ### Eu falava para minha mãe que precisava de me levar a um oculista porque eu ficava chorando porque eu era super míope  Eu tenho um irmão, um ano mais moço que eu, que ele tinha a mesma miopia. Nunca foi ao oculista, continuou com a mesma. E () (riso) Aumentou (riso)? Aumentou ma maravilhamente. A Agora é oito e meio e oito e setenta e cinco. E E agora eu só uso bifocal. I Isso aqui não parece, mas é bifocal. Varilux, daquela lente que que transmuda em em para longe e para  Mas continuo míope, do mesmo jeito. Porque o o oculista sempre dizia, quando a senhora tiver assim u mais de trinta anos, vá encontra com a vista cansada, a senhora vai ter uma vista boa. Então, eu tinha essa esperan ça, né? Agora, eu já fiz cinquenta, quase sessenta e não () Num num num diminuiu acho que não fiz trin Voltando um pouquinho atrás, né, nos interesses da mulher jovem, qual que é o tipo  ideal de mulher? Fisicamente. Fisicamente? Eu não sei, acho que sempre, () Acho que se n ### Muito, agora parece que hoje ainda é  Porque tem mais magras Né? Tipo manequim, assim, ti, tipo... Como é esse tipo de manequim? Tipo manequim, eu acho que é um desse tipo ultramagro, magérrimo. Né, que... bem alto, né? É, bem alto, ficou como uma espécie de padrão. Mas isso é tão difícil de alcançar que que quando eles apresentam roupas com esses manequins, depois para até achar alguém que se encaixe naquilo (riso). (risos) deve ser a mesma coisa que () Muito eh tipo de artista de cinema, né? É. Que faziam sucesso, ficavam como padrões de de beleza para serem alcançados pelas o

SPEAKER 2: : Quem já foi um padrão de beleza? Bom, ahn

SPEAKER 1: : () De artista de cinema, desde a época que eu me lembro do cinema. Acho que foi a Greta Garbo, primeiro  antes dela foi a... Lembra aquela (), aquela, ficou... Eh, isso eu não me lembro, porque quando eu era bem pequena, nós éramos seis filhos, sabe? Então a gente não ia ao cinema, só quando os menores começaram a ficar um pouquinho maiores... Ah (riso)... A gente mas eu acho que foi, principalmente que marcou mesmo acho que foi  Greta Garbo... Greta Garfo... Depois, mais tarde, a A Rita Hayworth Depois a Marylin Monroe () mais recentemente... E eram tipos diferentes? Eram  Tipos diferentes. O que caracterizava cada uma? Bom, ahn... Fisicamente a Greta Garbo era magra, alta, ti Um rosto muito bonito, muito expressi () O que é marcante? Nela? É. Ah, eu acho que olhos, não sei, eh... Expressão toda, né? Né ()... Até hoje, uma fotografia dela, chama a atenção pelos olhos e... E E o formato do rosto. Agor Depois as outras, eram mais a aparência, o cabelo. E aí começaram a usar cabelos muito compridos () isso marca () A Rita Hayworth era muito bonita, mas eh entre a graçado você podia ver um filme dela na televisão  Era o tempo que ela era considerada o máximo de beleza e, não e Achei, viu? Ah, achei umas sobrancelhas muito finas, um, uma expressão... Não achei bonita. Que eh, tinha ideia de que fosse na época  Ela fez um grande sucesso... Sei que os padrões mudaram a gente também muda a maneira de olhar, mas eu acho que ela... Não era aquilo que eu que eu achava na na ocasião que ela se Marylin Monroe  Foi mais éh, pelo pelas atitudes, o cabelo loiro, e ela também, acho que foi muita propaganda em torno dela, n é? () Tipo, fica um, um mito para todo mundo, e talvez até não correspondesse, houvesse outras mais bonitas, mas ali acho que é um produto, eh, criação de... Como que era ela? Ela era loira, assim, muito curvilínea, e s eu acho que foi muito explorada também. Aqueles eh, () quem ela rendia dinheiro, que eram os donos das indústrias, onde ela trabalhou, e, indústria cinematográfica. Eu acho que aí foi mais isso. () () eh, era um magro o mai mais curvo  Depois ela acentuava com roupas, com isso, com aquilo. Então ficou esse tipo assim, né? Mas eu acho que era um tipo mais vulgar que as outras. Que a Greta Garbo, então, nem se compara. ### Ah, essas duas já não não tanto, né? Ficaram como padrões de beleza da ép Depois, a Brigitte Bardot também ganhou terreno... Também ficou como um, um  Um símbolo, né? É, um símbolo, de uma época () um padrão de beleza, aque le cabelo solto dela, meio à vontade, também criou moda, aí, não foi? E homem, padrão de beleza? Não sei (riso)... Artistas... Bom, om, os artistas que fizeram sucesso antes da década de vin Eu estou no topo do Valentino. E era um homem bonito, mas a talvez agora se a gente visse, eu não vi mais filmes dele, né? Naquele tempo também não via. Mas via as fotografias, e Mas talvez hoje já não se achasse um corpo tão boni ito assim. Mas, () na época foi um sucesso. Depois foi um outro () também na década de vinte. Depo ()... Charles Boyer. Charl Boyer, já na década de quarenta. Já era mais baixo que os outros, né? Ma baixo que os outros, um tipo, mais másculo, né? É. Mais velho. Uma voz muito () é. A vo ### É (risos). A característica era a v voz. ### No rosto Ahn, ele fazia assim um, bom, como para falar francês, como ele era francês, fazia um pouco de... a boca em formato de bico, eu não sei, talvez fosse isso que cha mava a atenção de muita gente. Mas era a voz, a característica que marcou mesmo foi a vo () ãhn? Cabeludo? Não, ele não tinha muito cabelo. E o cabelo foi diminuindo à medida que o tempo foi passando (risos). (risos) os últimos filmes em que ele apareceu já não tinha qua

SPEAKER 0: : Mas el

SPEAKER 1: : marcou época, também. Depois havia outros () ### Esse era o típico, bem aventureiro e tal, ele fazia filmes de aventura também tipo () O Rudolph Valentino tinha alguma caracter Eu não, e esse (vozes sobrepostas) não, eu acho que era as atitudes sabe? Por que  Sim ele era bonito realmente mas não tinha nada des oh de extraordinário mas parecia aquele cabelo muito liso muito preto e como eu disse cheio de goma né aquele negócio todo, bem liso e as atitudes dele então ele criou um padrão e tal de Latin lover como se diz até hoje né  () também teve sua época. Já  Isso na década de cin quenta né. Também foi porque apresentou uma novidade, completamente careca. Então marcou. Existe outra maneira de chamar o homem careca? Calvo (risos) É  Aliás, é a maneira mais verudita.

SPEAKER 2: : Então sempre existiu? Não ()

SPEAKER 1: : ### estão de ver de nível  Cultural né que pessoas que tinham um nível cultural mais elevado falavam normalmente de uma maneira mais correta ou talvez mais de acordo com as regras que aprenderam na escola do que as outras. Agora, a linguagem ela varia mui E pessoas do interior, por exemplo, mesmo que escutem, às vezes conservam mesmo aquela pronúncia,

SPEAKER 2: : Isso é a outra questão né, de hábito. É percebível essa entonação, esse modo diferente de falar? Ah é a gente conhe

SPEAKER 1: : eve né mais ou menos de onde vem a pessoa, pelo modo Aqui em São Paulo mesmo, a variedade por exemplo pessoal da Zona Leste, como eu te falei, eu não sei, eu conheço. Quando eles começam a falar, já sei que é da Zona Leste. (Risos) Sem preconceito, bem entendido Em termos de uma depreciação é  É maneira. É característico de uma área da cidade. É não é descendente de italiano. Não Não é só isso Não é ser descendente de itali É uma maneira lá que ficou que eu sei. Não consegui Não sei qual é a origem mas  Eles tem uma maneira diferente. In Independente da minha nacionalidade.

SPEAKER 2: : A senhora diz que morou no no bela vista. Ali existe uma cadeia de restaurantes  Que exploram determinado prato típico de outro país 

SPEAKER 1: : É, ali existe, mas quando eu morei lá, não havia, ainda era um bairro residencial. classe média e classe operária, mesmo porque era perto da cidade e as casas eram pequenas. Então, é mais de classe média e classe operária que morava ali. Mas não tinha, assim, essa parte ali também. Isso foi depois? Bom lá tem uma pizzaria

SPEAKER 2: : Né. A senhora já tomou refeição ()

SPEAKER 1: : Já, eu já 

SPEAKER 2: : Fui em algumas lá. O que que eles apresentam com ()

SPEAKER 1: : Eu não sei. Às vezes eles apresentam ahn números musicais né  Né eu conheço uma que havia, a dona da pizzaria cantava então eu sempre ia lá Eu ia ver lá domingo no almoço e ela sempre cantava, tinha Um músicos que tocavam e ela cantava Aliás, era muito agradável. Agora, tem outros que apresentam variedades. Eu vi uma lá, que eu nunca entrei, mas eu vi o cartaz Fora o  Tem sempre tanta variedade de  Canções. Não sei o que é possível ho Não, eles não dão os nomes, mas tá escrito lá, eles tem cento e tantas varie ãh, dá número, dá uns cento e não sei quantos. Variedades difícil, eu acho que isso é meio difícil, talvez a variedade na maneira de fazer, a ordem com isso antes ou depois. Então fazendo a  Assim, (risos) A pizza com mussarela e ali liche não é. Agora já tem outras com presunto e mussarela. Essas que eu comia mais, não comia. E aquela  calabresa Né comia muito Calabresa eu comi muita, né? E agora ouvi fala em pizza e espinafre. Vocês já ouviram falar? É? Eu nunca experimentei, mas já ouvi falar. É, você pode ser () Vai ver que é uma das que a gente nao É uma das cento e tantas 

SPEAKER 2: : ### (risos) É.  Comida de litoral, parte de de peixes, por exemplo. Vocês  Vocês costumam fazer em casa ou não? Eu faço, eu

SPEAKER 1: : eu gosto de peixe, mas não faço muito porque em casa só eu e a empregada, normalmente,  dias comuns, e ela não gosta de de peixe. Então, ela sempre reluta em comprar e eu também, para fazer só para mim, acho que não vale a pena. No fim, de vez em quando, eu  Insisto e faço. Como é que a senhora faz?  Ah peixe ensopado me Meus filhos gostam muito de frito sabe? () Mas não pescados, pescados. Ou então camarão. Então toda vez que eles vão almoçar, lá tem tem alguma coisa com camarão.() é  Na verdade não sou eu quem faz, porque é (risos) empregada que faz. Então faz qualquer de qualquer forma, ou camarão refogado para comer assim o, com arroz, ou camarão frito, ou torta de camarão, ou croquette de camarão, ou... Ela ela faz. Tem uma outra forma que ela faz lá, ou que ela diz que... Eu não sei como é que é. Que é passado no ovo frito, eu não sei bem como é que é. Que eu sei que há várias várias maneiras diferentes e sempre tem um prato, pelo menos, de camarão. Ah, eu não gosto, quer dizer, eu não não tenho nem coragem de experimentar, só de ver aquilo que eu escrevi que eu não gosto. Faz você, parece um () Eu também não gosto muito, eu já experimente uma vez siri, mas não é que seja ruim, mas eu não tenho muito interesse. Agora aquelas histórias de ostras aí, por isso... É ostras eu também já experimentei, mas não gosto, assim, não não me atrai para Mariscos e tudo assim. Não tenho coragem de experimentar. É. Eu experimentei siri uma vez lá em Itanhaém que tinha que tirar () Das pedras naquela hora e () trouxemos para casa e () fazer, não tem. Bom mas si siri diz que é gostoso feito lagosta, né? Porque lagosta... Apesar que eu gosto mais de camarão do que de la É lagosta é mais Então eu gosto também, mas não como muito  ### Bom há muitas variedades da () restaurante eu não frequento muito, então não conheço muitos. Mas existe realmente. É uma vez eu fui com A mulher que Adair  Ela e () mulher lá e nós fomos de ônibus  A nós e ficamos lá dez dias no hotel mas visitamos () de ilha bela  Ficamos lá digamos dois dias no navio, ficamos lá cinco dias ou seis Deu para conhecer bem, né? Deu. Meu filho esteve lá passar as férias ela () Quando fez o ano de casada, ele adorou. Ah, eu gostei demais também.

SPEAKER 0: : As duas ve ezes. Conheci de 

SPEAKER 1: : Não, a Bahia é é uma cidade que atrai com a per variedade, aquela mistura de coisas totalmente sagradas, e místicas, e pescaria, tudo aquilo viu Magia,  É uma mistura que a gente tem um () quando () lá né  E eu não fui () falei Esses são mais para efeitos de ()  () acho que autenticidade ali não é muito Mas ver a cidade em si assim, o povo, as coisas que tem para ver, toda a parte histórica né eu acho uma beleza, as igrejas tudo Gostei demais. Eu gosto muito do povo baiano também. Eu até conheço várias famílias baianas. Eles são muito São muito amáveis e são muito atenciosos. As vezes. Eu acheu

SPEAKER 2: : Uma gente solidária. E qual é o aspecto físico 

SPEAKER 1: : Bom, o aspecto físico é uma predominância muito grande da da raça negra né  Né de modo que eu colori. A cor do povo é mais para escura  Tem muito mais gente escura do que gente clara lá. Mais não digo, mas é mais ou menos equivalente. Essa é a informação do di lugar  Mas é é gente muito simpática.

SPEAKER 0: : () Não, é a cor, não é?

SPEAKER 1: : Eles são, tem tem muitos pretos puros a gente vê em grande quantidade e muitos mulatos Tam bém. Agora, tem muitos baianos brancos mesmo, sem mistura nenhuma, de olhos claros, cabelos louros Mas o povo assim, na rua, a gente olhando, como a gente vê aqui em São Paulo, a multidão na rua tem muito é, é uma cor mais para o escuro, não é? No sul, por exemplo, a gente não vê. Eu, numa igreja lá em Santa Catarina (), não via um preto dentro Na igreja. Acho que você não vê nem na rua, não. Eu ac

SPEAKER 0: : Muito raro.

SPEAKER 1: : É. Eu acho que numa igreja, uma missa de domingo, num lugar que você vê um, em uma cidade pequena, você pode  ### É. A medida que vai para o sul, vai clareando Agora, na Bahia, realmente, há predominância de escura, porque lá foi um mesmo um centro de convergência dos escravos né... Quer dizer que na Bahia são mais escuros do que os nortistas no nordestinos. Não. Não. Bom, eu não fui até lá, mas, agora, eh ãh comparando, não posso comparar com os outros que eu não fui. Mas ja em matéria de cor dos daqui, que a gente conhece, não. Eu digo em quantidade, né? Né , que lá tem maior quantidade de preto e mulato do que, relativamente, a população. Do que em outros lugares  É o grupo forte. É  É. Bom, o mulato tem várias nuances de cores de cor não é, mais escuro ou mais claro. Agora, preto mesmo, que a gente vê que tem ()  Mas é uma cidade muito interessante, muito agradável para a gente ficar, é um clima muito bom, praias lindas. Depois só essa parte de an de antiguidade que há lá, que aqui a gente não vê. Não é igrejas antigas, a gente vê ruas de casas antigas, tudo isso, aquelas árvores que a gente vê que são antigas também. Isso é uma beleza. Quem vai daqui que só possa ver o concre () Um dia, só quando nós fomos de navio, aquela vez que eu fui com a Odete, () passamos um dia, deu para conhecer a igreja de São Francisco e um museu Muito bonito que tem aqui na descida. Mas eu acho que deve ser as coisas mais bonitas de lá. Agora, eu gostaria de ter conhecido coisas mais ãhn típicas, assim, da terra, () não guardadas. Assim é, bom isso na nas ruas, nas praças, nas feiras, por exemplo, a gente vê muitas coisas. Mas não (( () chegou de manhã  ###

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : Na feira? É conforme a feira  Tem uma feira chamada Água dos Meninos, que fica no Cais. Essa feira tem um sol,  mas tem uma grande quantidade de cerâmica que vem de outro lugar, adiante, na direção do mar, sabe? De lá eles trazem muita cerâmica. É um lugar que chama-se Maragogipe Maragogipe. E tem Maragogipinho também lá. Então, tem uma cerâmica que é típica de lá e também que vem em grande quantidade. É uma cerâmica muito bonita, realmente.  Aquilo ali eles vendem baratíssimo nessa feira. essas coisas de palha ali acho que não vendem nessa feira mas, no mercado o mercado tem tudo né que a cidade tem nos arredores Então, a parte de relativa a candomblé (), essa parte meio jovem, profunda deles, tem muito material, né? Enfeite? Como enfeite? 

SPEAKER 0: : Colares, assim. Ah, tem. Isso no mercado, tem.

SPEAKER 1: : De agrandar, essas coisas assim, né? Ah, tem muito. é Tem coisa de artesanato no mercado, e tem coisas também feitas, e tem coisas feitas pelos presos, mas isso parece que vendem em outro lugar, não é, no mercado. ### eles vendem muito lá, mas eu  () no mercado. Agora, no mercado vende muita parte de pescaria também () E esses colares, incluindo colares de de contas, () e tem também a parte de prata, que eles têm também um artesanato de prata lá muito grande. Isso tem no mercado, algumas coisas que vendem, e no Convento do Carmo também.

SPEAKER 2: : () tipo de roupa Eles vendem lá no mercado. A roupa ()

SPEAKER 1: : Tem muito negócio que deve ser coisa mais comum, de uso geral sabe Não são coisas que são ditas típicas ainda de lá, não. E essas coisas típicas de matéria de roupa lá, eu acho que e usam ãh nas nas questões de candomblé, talvez ainda usem. O rei Arthur é mais para mostrar, assim, para ver, né? O Algumas baianas aqui () ainda vendem coisas na rua. () se traga assim, daquele jeito que a gente considera que é típico, que eu não sei se... Sim, aquelas rendas, bordados, () né? Cheia de col ares. Aquela coisa toda, mas isso () é menos, eu não  ão é mais assim, né? E e branco, muito branco, é tudo branco (). E na cabeça, nada? Tem turbantes, em geral. Agora, nada em museu folclórico  Esse tem uma sala só de turbantes de todos os jeitos, estilos e tons imagináveis e é muito bonito  Mas isso, não sei se é de uso, quer dizer, se representa de fato um uso atual ou se é uma reminiscência, ou se é uma coisa que é só usada nas sessões de Candomblé () E até quando estivemos a última vez nós fomos à casa da menininha de gantois, certo? () Era o único dia que... Ela só recebe uma vez por ano, ou duas vezes. () Calhou de ser nesse dia. No dia É, que era o dia de Corpus Christi  e de Santo Antônio também. Foi no mesmo dia. Não sei se é no dia de Santo Antônio que ela recebe ou de Corpus Christi, mas, em suma, nós estávamos lá e fomos. Mas ela já tinha se recolhido, issa, já era mais de, era umas onze horas da noite E ela já estava muito cansada, que tinha recebido todo mundo durante o dia inteiro, inclusive, personagens lá da Bahia famosos, Jorge amado e outros foram lá cumprimentar. E Então, ela já estava cansada, tinha ido deitar. Mas a casa dela tinha lá umas pessoa, tinha umas filhas de santo com um ar meio esquisito, e (riso) A minha prima (risos) que foi comigo. Ela que quis, fez questão de ir lá. Nós fomos com um grupo de excursão. Mas ela queria muito () Fomos lá, hum, mas, gostar muito de E acho que não é uma coisa do seu gênero (funga) Mas ela qui Ela chegou lá, ela viu aquele ambien te. O pessoal estava com um jeito assim, de quem tinha bebido muito, não sei, umas caras meio esquisi itas, ela (riso) () Ela foi ficando com medo, não, não abria mais a boca, não falou nada (rindo). E la assustou (risos). E eu disse, olha, é melhor nós irmos embora. Mas ali tivemos que ir mesmo, porque ela não recebeu. Mas ela, ela é muito acatada, parece que é uma pessoa... Força sobre os outros, né? Domina dentro do papel que ela desempenha lá na em Santos. E... Foi lá mesmo que aconteceu naquele na quele... Como é que chama, num desfile das escolas de samba, () uma cadeira, não sei o quê, mas, éh, éh, fizeram uma escada... Ah, não, não, não é ela. Nã

SPEAKER 0: : Não, porque eu vi uma fotografia... É, foi, foi uma homenagem. É, homenagem... É 

SPEAKER 1: : Não, ela parece que é uma pessoa, boa, bondosa e Dentro da da do papel que ela tem eu acho que ela Faz bem. F Faz o bem, né, da... E é acatada lá, vê, essas () visita, políticos também dizem, eu não sei, eu não vi, mas, éh, não sei se eles vão assim abertamente, ou se vão mais escondidos lá para obter algum favor, né, uma interferência dela em (riso)

SPEAKER 0: : Que que ela faz? E

SPEAKER 1: : Ela reza pelas pessoas, e

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 1: : Cura, né? Nã, nã, não, ela é mai () dá ela reza. E Eu acho que é isso. () muita fama e, e, nesse dia ### () só que na hora que nós chegamos já tinha pouca gente, ela já tinha ido deitar ### () Não tem ida de, então ela não pode