SPEAKER 0: Na verdade eu havia feito um ano de faculdade em Rio Preto. Vim para eu cresci o primeiro vestibular aqui e fui excedente. Depois eu fui para Rio Preto com a promessa do pessoal daqui de fazer eh em fazendo um ano lá em Rio Preto conseguir a transferên> Quando eu vim cuidar da transferência para o segundo ano, eles me disseram que, como lá era municipal e aqui estadual, não podia. Aí eu arrumei um emprego na () Ia ganhar bem, que valeria hoje um salário, acho que de um chefe de sessão, aqui no Para quem nunca fez nada, né, Sônia? (riso) Fiquei doze anos para ganhar o que eu estou ganhando agora, sem nunca ter feito nada. Iniciar ganhando assim, era dinheiro para ninguém botar defeito na época, né? Aí, então, eu desisti de estudar. Até que um belo dia eu encontrei o João Salvador furtado numa farmácia. E ele já era mais ou menos conhecido da família, né? E insistiu, ele sabia que eu havia desistido. Ele me trouxe para cá. Ah, eu vim para cá ganhando metade do que eu ganhava no bolso. () Ou é já () ### ### SPEAKER 1: Entrei junto com o Fidalgo. Descobri isso ontem. Ah é? Conver> ### Na U> Na U> Terminei o curso em sessenta e SPEAKER 1:  sete, eu acho. () que você já () embora? SPEAKER 0: Sessenta e três, não é isso? Que foi embo> Ele saiu no final de sessenta e quatro, o doutor Renato. Eu pensei que ele tivesse ficado mais tempo. SPEAKER 1: Mas eu não estava aqui, né? SPEAKER 0: Não, nessa época não. É, quando ele foi SPEAKER 1: Embora eu já estava... Deixa eu ver onde é que eu estava. Onde é que eu estava em sessenta e quatro? Estados Unidos, Cana> SPEAKER 0: SPEAKER 0: Você foi por conta do instituto? SPEAKER 1: Aí eu fui por conta do instituto, com o estágio, quer dizer, recebendo meu salário por aqui e fui para para estudar, para aprender. Né? Agora lá no Canadá também eu não fiquei de braço cruzado, eu tirei o doutoramento lá. (riso) Enquanto eu acompanhava o marido nas horas vagas, eu tirei o doutoramento lá eu fiz o curso todinho de pós-graduação lá. Doutoramento em acompanhar mari> Foi difícil mesmo. Eu esta> SPEAKER 0: Atualmente, como é que está a sua situação aqui? Eu nunca sei. (riso) Você é do Jardim Botânico, é da Fitotaxonomia? Nem eu... São divisões aqui do Instituto? Nem eu sei SPEAKER 1: Bom, eu Estou realmente voltada na micologia. SPEAKER 0: ### SPEAKER 1: Mas, quando o Ivani foi embora daqui, a sessão de fisiologia, de fitoecologia, ficou sem chefe. Uhum. Então, como eu trabalhava aqui muito, uh usava muito o laboratório dessa sessão, o doutor Alcides me colocou assim encarregada da sessão. Quer dizer, acumulando ãh as duas funções, mas recebendo só por uma né, que era a micologia. Nós a> A sessão está sem chefe, quem responde é o Quem orienta o pessoal aqui, por exemplo, o trabalho até da Ingrid,  uhum quem () quem realmente orientou a escrever, discutir, et cetera fui eu. E o trabalho atual dela, o que se deve comprar, o que não se deve comprar para a seção, tudo isso eu que ajudo Porque eu uso também, né? () () Eu também u> SPEAKER 0: SPEAKER 1: ### SPEAKER 0: Eu não sei, a coisa andou preta, né? Porque os agrônomos autuavam os biologistas que exerciam chefia, Então, para evitar qualquer polêmica maior, eles resolveram parar, até que fosse resolvido. Hum SPEAKER 1: Depois disso, os biologistas foram () novamente, teve que acordo aí. Um acordo unilateral, quer dizer, só  Tem um cavaleiro nesse nesse acordo né. Claro, você tem dúvida ainda? (riso) SPEAKER 0: (riso) Não, então eu a> E, entre outras coisas, ele dizia que o cargo exigia a formação de professor, com cursos de didática, de ministração escolar, et cetera, et cetera, né? Que lida com alunos e tudo mais. E só aí é que eles per eles permitiram. Quer dizer, permitiram, mas eles não criariam cargo. Tanto é que eu nunca recebi multa, (), nem na> Apesar das ameaças, né? Ah, bem, apesar... De gente () que, olha, você vai  receber tal. Até hoje eu não re> Eu também não. Ah,  não? Não. SPEAKER 1: (riso) O que é o CREA hein? É o Conselho Re> Então é o conselho que, digamos, divide as pessoas relacionadas com as profissões de engenharia, arquitetura e como agrônomo também, engenheiro, agrônomo, ele está ligado ao mesmo conse> Mas esse conselho deve deve decidir as pendências entre essas três profissões né e e digamos vigiar para que outros indivíduos não exerçam indevidamente essas profissões ou que os indivíduos dessas profissões não não façam coisas atentando contra a ética do conselho né. Mas eles não podem, por exemplo, multar indivíduos de outras profissões estejam exercendo essas profissões e não estejam filiados ao ao conselho, ao CREA. É a mesma coisa, um médico não pode chegar e multar um um como é que diz um um leigo qualquer que esteja exercendo ilegalmente a medicina. O que ele pode fazer é denunciar. E aí, então, a Secretaria da Saúde, o Ministério da Saúde, o Ministério do Trabalho vai e a própria Polícia toma as providências por exercício ilegal. Mas o médico não. O médico só pode ãh se mul multar um outro médico que esteja fazendo alguma coisa ilegal, para um médico que não esteja registrado no no conselho. Mas aqui eles interpretaram a lei um pouco diferente e fizeram isso com os biologistas. O final dessa briga entre biologista e agrônomo, ela existe, faz tempo, não? SPEAKER 0: Acho que não faz muito tempo n> <é? Eu acredito que... e isso é aqui, não é geral não, não são todos os biologistas contra todos os agrônomos. É um grupo pequeno de agrônomos aqui no Instituto que se acharam prejudicados por algumas medidas aí da direção do Instituto, que diga-se, de passagem, é exercida por agrônomo. E, para ganharem alguns postos, resolveram se apegar ao fato de que o biólogo não tem a profissão regulamentada. E eles têm. Então, eles se acham os os donos de direitos de todas as chefias e de todos os cargos existentes no Instituto de Botânica, de nível universitário. É. A última que um deles aí me falou, o Matos, foi que Não, vocês vão ter que aí todos () Não pode ficar nenhum biologista aqui porque vocês não têm direito. É a opinião dele, né. Aliá> SPEAKER 1: É, mas agora já foi corrigido, né? Deve ter sido. Na segunda vez ele não voltaram () deixar () SPEAKER 0: ### SPEAKER 1: (riso) E no caso assim, o biologista teria uma função específica aonde então? Bom, específica ou regulamen> A carreira de biologista não está regulamentada. São agora estudantes, o próprio presidente está estudando especialmente o problema da carreira de biomédico e de biologista, que são quase uma coisa só. Porque os dois trabalham como biologista e os dois são biólogos né. E o diploma é de biólogo. Mas ãh o o biologista com a formação que tem pode ter ãh especialização ou em magistérios ensinando ciências biológicas, ou então em pesquisa de ciência pura né, que é a formação que ele tem. E E realmente, Quem trabalha com ciência pura não trabalha com ciência marciana ou abstrata. É um negócio que pode, eventualmente, ter aproveitamento prático, como toda ciência tem. Aliás Tem um artigo lindo sobre isso, escrito por um um bioquímica, sobre a importância da ciência pura né. Ela pode agora não ter, mas no futuro ela seguramente terá se for ciência bem fei> o magistério secundário superior e a pesquisa. Prin> SPEAKER 0: Na verdade, na faculdade a gente é levado mais para o lado do magistério, né? Não. Hum. Não. Acho que sim, viu, Sônia Olha () Ãh, se você tirar a USP, a nossa faculdade aí, você pegar, por exemplo, Mogi, Guarulhos, ãh Rio Claro, Rio Preto, todas elas formam, na verdade, professor. Quer dizer, a USP é a exceção. E representa hoje o quê? Acho que dez por cento dos biologistas né que se formam. SPEAKER 1: Não sei, Reinaldo, mas eu tenho tido ãh estagiários aqui de inúmeras faculdades. E, olha, muito poucos da USP, para dizer a verdade. A maioria vem das... Eu não sei se é porque eles estão tentando sanar uma falha da faculdade, ou se é porque a faculdade já os motivou. para pesquisa mesmo, porque eu tenho tido muitos estagiários de outras faculdades, Rio Claro, ãh Araraquara, se eu não me engano, Campinas, o pessoal da Unicamp tem vindo bastante, de outras faculdades mesmo, ãh Mogi. Mas a formação que eles têm... Agora, a formação pode ser que seja mais dirigida para o Magistério. SPEAKER 0: Você sabe o que acontece? O pessoal, eu eu não sei, eles têm uma certa ojeriza em lecionar. O magistério hoje em dia não é o que era, por exemplo, há cinco anos atrás. Mudou e mudou bastante. Hoje em dia o professor está pedindo emprego aí de chapéu na mão, né? Pode ser formado pela USP, ele perde, o que é um absurdo, mas o indivíduo formado aí na USP, na hora de concorrer com o formado em Mogi, ele perde em número de pontos. Porque os de Mogi têm muitos curs> de, sei lá, curso de especialização em ecologia, curso de que tem títulos, nomes muito bonitos e que não funciona. Basta aqui dizer que a gente recebe alunos assim que dizem o seguinte, Ah, eu queria, eu preciso fazer uma monografia de gramínea. Isso aconteceu comigo. Mas a única coisa que eu sei de gramínea é que é uma pteridófita. É (riso) Quer dizer, então, a gente pega o livrinho do Ailton né, aquele de sistemática, que é livro de colégio, dá para o cidadão e fala, oh, tira daí. Então, ele copia aquilo e leva para um cidadão, que eu não vou dizer o nome, foi colega meu de faculdade, é desagradável () E o cara () nota oito, nove, né, então ele está especialização em ecologia. com nota nove, e isso conta ponto. Certo? E fazem todo quanto é cursinho aí de (), e de Fundec, sei lá mais o quê, aqui no Instituto, em exceção a meu curso, que valeu ponto. SPEAKER 1: Mas eu espero que você tenha dado um curso que seja para valer mesmo, não só para valer ponto né. SPEAKER 0: Valer ponto para quem receber o curso. O nosso curso foi tão bom, (riso) vou puxar a brasa para minha saidinha, foi tão bom que nesse... curso que deram agora de guias curriculares para todos os professores de ciências do estado de São Paulo foram dadas experiências nossas aqui () () Coi> Quer dizer, o curso é bom. Agora, o nível dos alunos é qualquer coisa de... Alunos, professores, né? Foi curso para professores. Professores ### Eu acho que eram cinco ou seis. No meio de trinta, as as seis primeiras notas foram do pessoal da USP. Não, realmente, é indiscutível a formação do pessoal da USP, ainda é a  melhor. Por isso que eu digo, não dá para para gente () Veja você, no curso de trinta professores, eu acho que cinco eram da USP e vinte e cinco eram de outras faculdades. Então, realmente, esses de outras faculdades, eles sentem deficiência, e procuram sanar com estágio, com cursos complementares. C> SPEAKER 0: Claro. Mas o que eu quero dizer é que eles, apesar do nível baixo, quando eles procuram sanar essas dificuldades... É para o magistério. É para o magistério e eles, numa disputa entre um elemento da USP e um de outra faculdade, geralmente ganha o da outra faculdade. SPEAKER 1: Ah da natureza, né? Isso eu já reclamei. SPEAKER 0: Na época que o Carlos Bicudo era da () () Ele ficou () o problema para a () Não sei o que aconteceu, porque é uma injustiça tremenda, viu, o que se faz com o pessoal da SPEAKER 1: Bom, já esse problema foi levado, inclusive eu acho que a USP andou reestudando o... que tem um outro problema ainda, tem certas faculdades que dão os cursos de ciências, o curso, dá dão uh o título de licenciado de pequena licenciatura. Mackenzie, por exemplo. Só ciências Então, eles podem lecionar ciências. E os nossos, os que se formam na Universidade de São Paulo, podem lecionar ciências e biologia. Mas quando é para um concurso de de facul de escola onde tenha ciências, os nossos perdem um ano, porque o curso dos outros é de três anos e o dos nossos é de quatro anos. Então eles levam um ano mais para se formar, eles estão perdendo um ano da vida profissional deles por causa disso. E eu acho que, eu não sei, eu acho que ah a Universidade está fazendo agora também dar um currículo mínimo para para deixar o indivíduo apto a lecionar ciências, que é a pequena licenciatura, e depois continu> E a pós-graduação também está está numa situação horrível né, porque o pessoal que vem da graduação vem com níveis diferente. Vem um pessoal com um nível razoável, de uma universidade boa, e vem o pessoal com um nível mais baixo, para fazer mestrado, que é justamente o que o pesso o que o governo está querendo, e elevar o nível desse pessoal. Mas então o que acontece? Se a gen se Se colocar a pós-graduação num nível da das boas universidades, esse pessoal não Então, não é esse o interesse. O interesse é que eles acompanham. Então Você faz sabe faz uma nova graduação em nível de pós-graduação. SPEAKER 0: Mas na USP, por exemplo, assim dá um exame, né? Bom, SPEAKER 1: Mas é um exame estranho, né? Porque... É estranho aquele exame. Porque, olha aqui, nós tivemos aqui uma moça que traba> Ela foi no exame lá na Universidade de São Paulo. Ela tinha acabado de se formar na Universidade de São Paulo, mas como eles davam o exame para o pessoal de fora, que vinha de outras universidades, começou a haver uma crítica. Não Por que que os daqui não fazem o exame também para entrar na pós-graduação? Então, começaram a dar exame para o pessoal da USP em pós-graduação. Claro, eu fiz esse exame. Mas muita gente que tinha acabado de se formar na USP não passou nesse exame, está bom? SPEAKER 0: Não, a Sônia é diferente, viu? Uh eu não sei, eu não gosto de falar mal da Universidade, a nossa lá, né? Mas o negócio é o seguinte, muitas vezes o pessoal não quer, entende? Uh ah ia Eu não sei se ainda está assim, na época que eu fiz era assim. Eu, por exemplo, conversei antes com a dona Berta, ia fazer com ela, estava tudo acertado, tudo direitinho. Então, eu fiz o exame. Eu fiz o exame assim, eu fui num dia e fiquei sabendo que o exame era no dia seguinte. Fui lá, fiz, passei, não houve problema nenhum. Honestamente, eu achei fácil. Né? Fiquei um dia inteiro fazendo o exame. Foi de Morfologia e Anatomia, Sistemática, Fisiologia e Ecologia. E Ecologia, é. Então, dois de manhã, dois à tarde, passei um dia inteiro lá, passei não houve problema. E não fui fazer porque depois eu peguei mais aula no Imaculada. Houve um problema lá no colégio que eu estava. Então, eles me dobraram enganados. E E eu, né, hum acabei não voltando para fazer o curso da Anaberta. E agora soube que ela se tem validado só por dois anos,  né? Então você (). Então, vou ter que fazer outro. Agora, ãh houve um ano aí que prestar exames não passou ninguém.  Hum teve ### Não fala, olha, não vou aceitar, não tenho tempo, não quero, acabou, não faz ninguém perder tempo. Eu soube disso que tinha um rapaz que fazia estágio com a dona Tânia e ele que me contou isso. Então, o rapaz se matou, aí estudou para fazer o exa> Ele pode ter ido mal e não ter passado realmente, mas será que todos? Então não passou ninguém. E o que ele disse foi isso, que os que deveriam ser orientadores né nos cursos, não estavam dispostos a a dar esses cursos, a orien> Depende, conforme o indivíduo, um mês que já dá para você saber se ele vai conseguir ou não vai, né. De um até três meses, um estágio no laboratório do indivíduo que vai ser o orientador. Se ele passar nesse estágio, e no exame de inglês, ele está e o orientador concordar em orientá-lo, está automaticamen> E depois ele vai fazer os cursos que tiver que fazer. Algumas pós-graduações exigem cursos especiais. Tem que fazer para sair mestre em microbiologia, por exemplo, tem que fazer tais e tais e tais cursos obrigatórios de microbiologia. Outras pós-gra> Ah outros cursos de pós-graduação lá já não exigem isso. Exi> Mas a entrada é essa, quer dizer o o orientador é que é mais ou menos o responsável para saber se o indi> SPEAKER 0: Não sei, eu tenho, por exemplo, uma... a Elza. Ela é minha estagiária. ### O João não está aí, então tudo quanto é bomba do lado do João vem para mim, né? E E a Elza acabou sendo minha estagiária, agora ontem chegou uma de Goiânia. Tam> SPEAKER 1: Esse pessoal presta exame aonde? SPEAKER 1: Se eles tiverem que fazer uma pós-graduação, na microbiologia da Escola Paulista, como é o caso do outro estudante do João, eles só prestam exames de suficiência em  inglês. Mais nada. Exame nenhum de conhecimento é exigido. A não ser por um pré-requisito SPEAKER 0: Que tenha tido Ah ah A Elza ### É o quê? É biologista? Ela é biologista. É? Me parece que é. Bio> professora lá. SPEAKER 1: É biologista que tem dois grupos lá em Recife, um de farmacêutico bioquímico e outro de... Essa moça de Goiânia é farmacêutica? Agora ela SPEAKER 0: ### SPEAKER 1: Então o que ela fez foi um curso de biologia lá em Recife, depois disso ela deve ter feito cursos de especialização e foi aí que o João a conheceu, dando um curso de especialização. Então com esse curso ela veio para cá. E... porque o João já a conhecia de lá de E agora ela está ela foi ela estará matriculada na pós-graduação no momento que ah o João disser que aceita e que ela passar no exame de lín> Ser especialista em escolha múltipla. (riso) Por os seus xis nos lugares certos ali na na prova e saber mais ou menos. Se bem que a nossa prova lá não é de de escolha. A prova da Universidade de São Paulo, por exem> SPEAKER 0: SPEAKER 0: Gostava. () outros também. () era Daquilo, defina e exemplifique tal coisa. Defina e exe> É verda> SPEAKER 1: Que que você precisa? Submeter um indivíduo a isso. Para ele encher a cabeça com uma porção de coisa que depois ele não vai se interessar e vai esquecer, se é se é que ele realmente chegou a aprender, ou então você fazer esse indivíduo trabalhar e raciocinar e ver se ele funciona. Raciocinar e trabalhar. Depois ele faz os cursos normais da pós-graduação. Se ele estiver fraco numa área, ele vai e faz um curso para poder eh se qualificar depois Existe alguns cursos que são pré-requisitos. Por exemplo, é pré-requisito para microbiologia, um curso de microbiologia no nível de graduação e um curso de bioquímica. Agora, se esse curso foi bem bem dado ou mal dado, não importa. Mas eles assumem que... O pré-requisito foi cumprido, né, claro. Eles a> Dentro do do Instituto de Botânica, qual é a sua especialidade afinal? A minha é anatomia de (). Anatomia? De ma> SPEAKER 1: Nós tínhamos, até o ano passado, um convênio com a educação e nós tínhamos cinco professoras. E mais uma técnica de museu que era professora formada, Odete. Saíram as seis. Cinco porque não renovaram o convênio e a Odete que firmou um outro convênio, ela vai se casar agora e o marido não quer que ela tra> do Instituto de Botânica. Do Instituto de Botânica. E E a parte de atendimento agora, na verdade, nós somos mero balconistas, né? Nós so> Professora, vem, eu digo, olha, se quiser, você quer ver o quê é? Ah, eu queria ver alguns ambientes. Tem um lago, tem um brejo natural, tem mata. SPEAKER 1: O seu prédio é () aqui dentro. (riso) SPEAKER 0: Por isso que eu falei, é um natural. Que lira, né? E dessas professoras, que nenhuma que veio aí dizia, olha o meu aluno, vocês estão vendo? Ela dizia perguntava para mim que estava ao lado dela. O que que é aquilo ali? Na No tronco da árvore, né? Eu dizia, liquen. Olha, vocês estão vendo os liquens! Liquens! (riso) Quer dizer, mas () né? Era um serviço que a gente prestava gratuitamente à Secreta> <ção. () SPEAKER 1: Não presta mais. Mas o trabalho dele, com anatomia de madeira Eu o instituto edita uma revista sobre plantas (), revista de trabalho científico. E E ele precisa está me devendo, ele já está me prometendo há muito tempo, mandar um trabalho sobre anatomia de madeira para para revista, né para ser publicado na revista. Está há quase um ano. SPEAKER 0: Semana que vem, Sonia, segunda-feira eu venho. SPEAKER 1: Se você precisar de um material, precisar de algo, sei lá, de uma droga, ou uma uma vidraria qualquer, Você precisa de dinheiro para comprar. O Instituto te dá o dinheiro. Não tenho, eu não tenho tido problema. Por exemplo, despesa miúda, coisa pouca, né? Você Pediu duzentos, trezentos cruzeiros, aí lá eles dão e... Muito bem, daí você vai, compra, tem que ter uma nota ãh nos moldes que a administração aqui quer. Então, o lógico seria pegar essa nota, dar uma justificativa até verbal para a Seção de Finanças, E ficar livre do problema, não. Nó> SPEAKER 1: Sei, não pode dizer, não pode impor... () Não, eu eu eu sugeri teu nome. SPEAKER 0: Ele queria, ele queria... Ele queria não, ele me disse o seguinte, eu vou deixar a Terezinha como o coordenador, né? Eu Sugeri que fosse você. Porque eu não sou da fitotaxonomia. Coorde> Que não são, considerado muito plantas, né mas ãh... Segundo o especialista, fungo não é vege> SPEAKER 1: Não é (), fita é planta, né? Então () Eu não sei como é que eles dão... Quer dizer, alguns micologistas, alguns estudiosos de fungos, acham que fungo é um reino à parte separado do mineral, do vegetal e do animal. Então seria o quarto reino, né? É discutível também. SPEAKER 0: Mas a aula de fungos, quem deu foi doutor Fidalgo. Ele falou exatamente sobre  isso. Ele colocou fungo não tem uma parte.  Aliá> SPEAKER 1: As algas também () As algas já são consideradas vegetais. Foi justamente ah o fato de uma uma das razões por se separar os fungos dos vegetais é o fato de eles não fazerem fotossíntese, não serem verdes né, serem todos, todos, todos, todos ou parasitas, ou sapró> SPEAKER 0: () a própria matéria orgânica né. Quando a gente dá a aula sempre a ginásio e a dar diferenças entre animais e vegetais, fungo realmente só atrapalha nos vegetais, porque ele é exceção a tudo que caracteriza o vegetal. Exato. Né? Parede, clorofila, tudo, sei lá tudo Tudo, ()  quer dizer, os ve> SPEAKER 0: SPEAKER 1: Bom, lá eu. No Laboriaux eu mexia um pouco com o negócio de óleos, de... Mas o o engraçado é que eu trabalhei lá, não foi com óleo, foi com uma cumarina. E eu ainda trabalho um pouco com cumarina, são compostos ãh... só produzidos também por plantas e... tem alguma atividade sobre a fisiologia, sobre germinação, principalmente, e de outras plan> ### SPEAKER 0: Não. E> SPEAKER 1: seriam as inferiores. Daí para frente, gimnospermas e angiospermas, as superiores. () SPEAKER 1: Os pinheiros, a roseira, et cetera, tudo que tiver flor, fruto, semente é planta superior. Quer dizer, a superioridade dela É () (riso) Evolutivamente ela é? () SPEAKER 0: A flor é o órgão, na verdade, de reprodução né. Então, a forma mais evoluída de reprodução é encontrar os elemen> e não na nos chamados inferiores que tem problema de alternân> SPEAKER 1: SPEAKER 1: Superioridade em que? Né? Se a gente lembrar que noventa por cento do oxigênio produzido é SPEAKER 1:  por alga? Eu acho que a superioridade é (). (riso) Planta superior é a planta mais evoluída. É. É. Né? Que seria critérios Mesmo que dizem que o homem, é um animal superior, porque (riso) em outras coisas ele não é não. (riso) SPEAKER 0: Ah porque o homem você está () O ho> SPEAKER 1: ### Porque hoje veio um negócio aí, eu acho que é você que trabalhou em coisa de cerrado devia saber, né? Annona coriacea. Acaba com á? Com á. SPEAKER 0: Não tem um ### Não Não, não, aí é por causa da família, né? Não pode... Pois É esse. () Coriacea. SPEAKER 1: Com certeza. Tem aí um escrito. () SPEAKER 0: E Annona com doi> SPEAKER 1: Esses nomes que vocês dão assim para bichos e plantas, são todos nomes ãh... Em latim. Bom, latim ou latinizado. Ou latinizados, porque... Eu acho que deve ter havido no passado uma tendência a dar nomes que caracterizassem o vegetal. Por exemplo, as () Annona coriacea ela realmente tem a a folha dura com assim com um aspecto coriáceo mesmo né. Agora, existe uma tendência também de um grupo de indivíduos que é dar nomes de espécies homenageando pessoas. Às vezes até o gênero, que é a planta digamos de uma espécie conhecida pelo nome do gênero e da espécie, é um binômio né. Então, se se você tem um nome que caracteriza essa planta, digamos se ela é Annona coriacia, então () Filo, um nome que que diga alguma coisa sobre uma peculiaridade da do da espécie, é fácil de (). Mas a Mas as pessoas dão, às vezes, nomes homenageando pessoas. Então, tem assim, eh velósia, em homenagem ao Veloso. (riso) SPEAKER 0: Martii, ao Marcius. É Tem bastan> Atualmente, aliás, um artigo também que eu li muito interessante sobre isso é sobre ah universalização de uma lingua> E, no passa> SPEAKER 0: ### SPEAKER 1: () na Ín na Índia ainda... ainda é inglês, né? SPEAKER 0: Porque se eles forem falar, eles têm... Ah, Sônia, eu atendi um que veio visitar o orquidário aí, pelo amor  de Deus. Não falava nada? Nossa Senhora! SPEAKER 1: Porque eles têm duzentas línguas. Línguas, não são... você que é é linguista deve saber, né? Línguas diferen> SPEAKER 0: Diz que na Espanha tem um problema de dialeto que conforme a região não entende o outro. É. SPEAKER 1: Mas aí é dialeto, é ainda a mesma língua, mas na Índia são  SPEAKER 0:  línguas diferentes. Sonia, se você falar um português de Portugal, você tem dificuldade em entender o cidadão. É, e no entanto tem uma região na SPEAKER 1: Espanha onde, ou a Galícia né, onde eles falam... Falam o es o espanhol e português, tudo. Eles falam SPEAKER 0: () não é o negócio de Língua. () Por isso é que Eu saí. (riso). Olha, outro dia, outro dia Algum tempo atrás, eu conversei com um ex-aluno  meu. O cidadão falou acho que, durante uns vinte minutos, eu encontrei com ele no farol aí de São Judas com Indianópolis, e dei uma carona. Ele mora do lado da Vila Guara> Ele falou, olha, não dura não eu não entendi o que ele falava. Uma das coisas que ele falou quando desceu, por exemplo, foi essa. Bom, agora estou com um pouquinho de pressa, eu vou dar um tombo no telhado. E foi em> SPEAKER 0: <ês em outro. Meu filho veio pedir, com doze anos de idade, veio me pedir para fazer Yázi> SPEAKER 1: Antiquadas, elas estão estudando na escola francesa. Qual escola? No Liceu Pasteur, no francês mesmo. SPEAKER 0: Mas não por causa disso, porque a Flávia foi... Sônia, se elas vão ter um professor de geografia cha> SPEAKER 1: Mas vai ver que ele deixou no Liceu Pasteur brasileiro, porque tem dois, SPEAKER 0: né? Ah, é o da Vila Mariana, eu acho. É SPEAKER 1: Um é na Rua Vergueiro e o outro é na Rua Mairinque. Mairinque. Na Mairinque é o brasileiro. Mas ela estuda no francês mesmo, sabe? Teve palmatória... Está vendo? SPEAKER 0: Pôs classe média. SPEAKER 1: É. Mas é verdade, porque ela foi a Flávia foi alfa> Então, ela foi alfabetizada em francês. Quando chegou aqui, eh ela já estava alfabetizada em francês e em inglês também, porque ela ela tinha o inglês como a segunda língua. Então Eu eu fui colocá-la numa escola e ela estava muito mais adiantada do que a do que o ano que ela iria entrar. Então, o único escola onde e ela foi aceita, no ano em que ela estaria de ãh ãh acompanhando a a turma, foi no Liceu SPEAKER 0: Então ela ficou, a irmã também ficou, porque ela achava... Só perguntei desse Elísio porque o seguinte, porque uh o Fábio é conhecido dele. E foi por intermédio dele, por isso que eu disse que o primeiro emprego bom que eu tive foi por intermédio do do Fá> Então ele é professor. Mas ah eu acho que não, Geografia do Brasil Foi sempre professora. Ah é? A mesma professora. SPEAKER 0: O Elísio a> <á fui para Rio Preto, financiado por um tio rico. SPEAKER 1: Eu não me lembro o que que eu fiz. Acho que eu não tive, assim, nenhuma coisa. Eu Eu gostava muito de de biologia, de ver bicho, de coisa, mas nunca tive, assim, nunca pensei o que eu fôsse fazer quando crescer, sabe?  Agora, desde que eu me lembro que eu quis fazer alguma coisa, eu tinha pensado em fazer medicina. Eu cheguei a prestar exame ao mesmo tempo nas duas, ali na Faculdade de Medicina e na Escola Natural. E eu acredito que se eu tivesse entrado, na época, teria optado por Medicina. E eu acredito também que teria me arrependido terrivelmente, porque agora né, com mais experiência, vejo que eu realmente não gosto de Medicina e. Eu não sei, a minha época. Como SPEAKER 0: ### E foi direito, sei lá, começou a sair mais advogado do que pintinho em chocadeira elétri> E os que iam, é exatamente isso que ela falou, aqueles que prestavam em medicina tinham a opção de pegar uma faculdade. Tanto é que quando eu fiquei excedente, eu fiquei em trigésimo primeiro lugar, mas eu fui sem cursinho, sem nada né. Como diz um amigo meu, na raça. E passei, sei lá, por um desses acasos, eu realmente não estava preparado para passar em vestibular, SPEAKER 1: SPEAKER 1: <ção de professores. E não gostava de lecionar. Eu gostava porque era, eu quis Que eu estava prestando exame na medicina e não não tinha, assim, tendência nenhuma para matemática, para física. Gostava de química tam> SPEAKER 0: Isso aqui era uma cidade do interior. Ja> Aquela () enorme. Só tinha a nossa casa. Depois, uns dois, três vizi> SPEAKER 0: () de futebol, a gente tinha quantos quisesse. Hoje em dia não existe mais, né? Simplesmente não existe. SPEAKER 1: Mas que o pessoal realmente está muito menos em contato com a natureza em São Paulo. Claro. De um modo geral, está, quer dizer, será que SPEAKER 0: O paulistano de hoje em dia, o garoto paulistano de hoje em dia é aquele que... O que quer? Galinha, né? Ah, a galinha não é aquele negócio que vem assado dentro de um saquinho plástico? Eu sei () respo> SPEAKER 1: Eu tenho uma prima que ao dezoito anos ela foi descobrir que eh boi e vaca tinha pelo, porque ela (riso) foi numa fazenda, ela acha>