SPEAKER 1: Bom, o assunto escolhido, então, como vocês estão sabendo, vai ser sobre o corpo humano, vestuário e alimentação. Está bom? Vocês falam o que quiserem, bem à vontade. Quanto mais volume de falas vocês falarem, não é ãh ne nos será par nós teremos mais material para pesquisa, e é o que nós estamos tentando fazer não é. Bom, eu gostaria que a Wanda, então, começasse. Ãh e contasse para nós o problema aí da sua pressão. Cer> SPEAKER 0: Bom, o meu problema sobre a pressão é um pouquinho complicado. Não é um problema comum de nervosismo, de alteração, assim, paciência, nada disso. Meu problema é renal. Eu tenho... Quase não tenho mais o rim direito, já não existe praticamente, que eu fiz um exame de mapeamento com substância radioativa e justamente lá deveria acusar a passagem da substância, que é o (), pelos canaizinhos, pelas veias do rim e não acusou, quer dizer, não existe mais. Então esse rim tem que ser extraído, né. Agora diz o médico, agora na minha opinião, eu tenho um problema, é com a suprarrenal. Deve ter algum distúrbio na glândula suprarenal, Porque, segundo o que eu li, aí essas glân essas glândulas, quando fu funcionam alteradamente, elas lançam adrenalina demais no sangue. Quer dizer, independe da vontade da pessoa, ela não pode controlar o seu sistema nervoso, não é por causa da adrenalina. E justamente o remédio que eu acabei de tomar agora, eh para a explicação que me deram, mas que eu não aceitei muito, é esta. Que este remédio ocupa primeiro o lugar que a adrenalina vai ocupar depois. Assim impede a adrenalina de tomar conta ali da veia. Eu acho que não. Porque eu acho que isso amortece um pouco a língua. Isso tem mais a função de sedativo. É um vasodilatador. Mas eu acho que é mais sedativo. Não tanto só assim essa função de ocupar o lugar, né? Agora, mesmo com esse remédio, não conseguia baixar. Tomo isso, ãh vasodilatador e tomo diurético também. Todo dia diurético, né? Mas não resolve. Estava com a pressão vinte e do> Eu penso num num alimento, aí eu preciso ir fazer. Eu chego a fazer bife às onze horas da noite, acebolado. Quer dizer que eu não me incomodo com a hora e faço mesmo, né? Mas também eu falo para ela. Eu digo, mas controla um pouco o apetite. Não, ela quer mesmo é a Ah, não. Eu tenho vontade, eu tenho que comer. Não, porque eu isso que eu acho que é o meu distúrbio. Porque eu sentindo aquela vontade, ah aquela vontade, eu tenho que que comer. Seja a hora que for e eu mesmo preparar, não espero para o dia seguinte nada né. Aí eu não tenho esse problema disso. Se há coisa que eu não tenho é fome, eu tenho. O que eu reparei com o diuréti> é que dá uma sede desesperada e vontade de comer frutas. Quer dizer, ah dá aquele desespero por coisa azeda. Não tem mais eh... Aliás, eu li mesmo na bula que provoca intolerância pelos glicosídeos né. Não estou tolerando mais o açúcar. Se toma um pouquinho de açúcar... Ah mas você sempre gostou de doce. Ah, demais. Mas agora não. E a pressão sobe outra vez, do mesmo jeito né. Quer dizer, além de reforçar a dieta com o... com o potássio das frutas, eu acho que ainda assim deveria ser tomado comprimidos de cloreto de potássio para reforçar esse potássio que a gente perde. Porque todo dia, não é brincadeira uma dieta dessa? Minha mãe também ela toma isso e come menos fruta do que eu ainda. E a gente nota que os músculos vão ficando flácidos. Eu não tanto o caso, porque eu observo rigorosamente. Toda manhã eu faço meia hora de ginástica. Não tanto para conservar o esqueleto, para não ferrujar. Quer dizer, tem que me pôr em movimento, né? Ela não, ela olha para mim e faz... () Não, a ginástica, se fosse se fosse obrigatória, não sendo obrigatória, sendo em casa, eu não faço. Agora, na Mizuki, eu levantava às seis horas, tomava o banho em casa e ia, fazia tudo que tinha que fazer, ginástica, massagem, ãh ducha, tudo, saia de lá, tomava banho de chuveiro também. Ela quer sempre uma situação privilegiada em relação às ou> Os outros, se querem fazer ginástica, dão duro sozinho em casa. Ela não. ### Você palita, não é para pali> Estrago  mais. Tem que usar fio dental, então aquela hastezinha de metal que eles dão, eu sigo. () Também você não come carne, né? Que está. Bom, não comia. Agora eu voltei a comer. Eu era vegetariana. Eu gosto muito de animais e não suportava a ideia de comer carne, né? Passei acho que uns dez ou quinze anos sem comer mesmo e não me fazia falta, não fazia diferença. Nem Frango, nem peixe, nem nada. Não, peixe Peixe, peixe eu acho um animal muito inferior. Nunca Nunca chega a ser domesticado, a não ser os golfinhos assim, né? Agora os outros eu acho que isso eu não sei. A gente pode domesticar, pode criar uma amizade com o animal. Eu tenho tenho dó mesmo, não vai nem que eu queira. E tenho Desgostei mesmo. ### Ah devia viver na Índia então. Né? Lá o boi é sagrado, né? Então devia ser mesmo. Mas agora eu pensei, na minha anemia, eu falei, quem sabe devo voltar a comer a carne outra vez, mas não consegui. Não vai, a gente perde o gosto. Bom, mas aí Aí que estava, não seria só a carne, seria o leite também, mas o leite você já viu que para você... É, não, o meu organismo não está tolerando o leite. Eu tive um problema... () né? Uma vez eu guardei um remédio, era da minha cachorrinha que morreu, ela tinha sempre problemas com a respiração, e eu guardei, era garcenil Guardei três anos depois. Ninguém mais usou. Ficou lá guardado. Um dia eu peguei um resfriado muito forte. Falei, bom vamos pincelar a garganta com esse garcenil né. E eu reparei que a tampa estava toda coberta de poeira. Lembrar que aquele já era antigo né. Pincelei. Foi dez horas. Meia-noite eu já estava lá no quarto da minha irmã. Olha, acho que eu vou morrer viu. Eu estou envenenada com arsênio. Falou, não é possível. Falei, é possível sim. ### Eu senti... Eu não sei. Olha, para dizer a verdade. Dor muito forte aqui na região do baço e pâncreas, que eu não cono consegui localizar muito bem os dois. O é ba ou é pâncreas. Os dois estão aí, mas eu não sei bem direitinho o lugar. E uma dor muito forte. E aquele, não sei, enjoo, aquele mal-estar. Atacou os rins também. Cheguei, a urina chegou a ficar preta, verde, vermelha de tudo a cor. Tinha impressão que tinha areia também na urina. Foi uma coisa horrível né. Fiquei três dias assim de molho e ()... Será que isso não influiu para que o seu rim ficasse desse jeito? ### Rolando lá de doida, falou vou vamos para o médico, falei não, liga para o veterinário aí que é meu amigo (riso). () liga para ele e pergunta o que ele faz com os cachorrinhos envenenados, que eu sempre via lá, os cachorrinhos envenenados. Mas logo após você já sentiu me> O comum é arsênico ou estricnina né e a gente conhece o seu sistema. estricnina, se a gente bate assim, o animal pula. E o arsênico não arsênico ataca o fígado, né? Começa a vomitar, vomitar sangue, né? Aí ele falou, ah, mas você faz cada uma. Você tinha que se meter em uma de ve de arsênico, né? Toma aí o plasil de trinta gotas. Mas eu, como sou muito viva, eu sei que o plasil dá efeito piramidal, né? Aquele distúrbio, né? Do labirinto, né? Eu falei, eu não vou tomar nada de trinta gotas, porque eu já tenho problemas com labirinto. Minha mãe tem, toda a família tem. Eu falei, eu não vou ficar assim, perturbada com isso, tomei cinco gotas. Usar cinco gotinhas serviu para consertar. Ele falou, toma até sair do estômago, porque a hora que passar para o para o intestino aí não te perturba mais né, não te dá problema né. E desde daí eu noto que... Acho que foi desde daí que você começou ah a ter problema com os rins, né? É Não, os rins já foi antes, viu? Não, você teve quando pequena, você teve pielite. Quem teve pielonefrite fui eu, né? Problema de rim você não entende. O problema de rim quem entende sou eu. É que o sol era muito quente na Praça Buenos Aires e todo sábado nós tínhamos que fazer levantamento topográfico daquilo lá. E a minha turma era melhor mesmo. Fazia e fechava poligonal né. Os outros todos, eu na minha poligonal. Quer dizer, debaixo do sol quente. O sorveteiro passava, sorvete, sorvete, sorvete. Debaixo daquele sol quente, quer dizer, destruiu completamente o rim. Quer dizer,  no se resfriar... Ah, mas você teve problema por causa também de de frequentar piscina. Ah, () eu tive pie> ### E de chupar uva sem lavar, né? É, o salitre, né? Que vem... É. Que vem... Sulfato, Sulfato, sulfato. Eles põem na uva, né? Aquilo, ah era quando está  certo. Quando era tempo de uva, meu pai comprava aquele caixote de uva. Chegava no fim do caixote, eu já estava no médico, eu já estava outra vez com pielite. Mas também descobriram que era amígdala. A amígdala já estava muito pus na na urina, né? E Até perceberem que era amígdala. Operei, esse mês ficou um pedaço, tornei a operar. As minhas operações eu faço duas, três vezes. Aliás, eu faço todas as que ela faz também. Ela faz () Logo depois eu tenho... Ah, mas eu fiz mais do que você. De De quisto, eu já operei três vezes o mesmo quisto. Os lobinhos da cabeça também já operei três vezes. Quer dizer, por hora eu acho que eu estou ganhando. (riso) Ah Mas quando eu operar os lobinhos eu vou ganhar. Dez aqui. E não posso mexer por causa da paralisia. Qualquer anestesia pode pegar atingir o facial outra vez e dar paralisia outra vez né. Cheguei a... Mas não adianta operar Se volta outra vez. Cheguei a Comprar a peruca, eu não gosto de peruca, comprei a peruca, eu falei, bom, isso aqui vai ficar uma devastação. Dez lobinhos para não tirar isso aqui né. Pus Foi a hora. Comprei a peruca e deu paralisia paralisia no rosto. Falei, poxa, não tenho que tirar mesmo esses lobinhos. Mas nós não tiramos por causa disso. Porque o médicos são exagerados. Eles fazem uma área muito grande e se nós vamos tirar dez cada uma... Não, mas para isso você iria tirar com o bisturi de ouro, que é o O médico dela fez várias operações e já ganhou o bisturi de ouro. É ótimo operador, né? E ele tem mesmo cuidado, né? Desse que vai desvastando. Pega, passa a gilete em uma área de dez centímetros, quando vai tirar em dois centímetros. É covardia. Uma hora que eu for, ela vai. Ela espera eu fazer uma coisa para ela ir também, né? Eu notei isso com esse remédio de anemia. Começaram a vazar os sebinhos. Ah Começou a inflamar. Minha mãe, que reparou, falou eh, o que que é isso? Os sebinhos estão crescendo, parece que vão estourar né. E eu, como tenho mania de ficar parafusando as coisas, falei, mas isso aqui é alguma coisa do remédio que eu estava tomando. Aí eu falei, é esse remédio de anemia? Então, naturalmente, ih esses sebos, então, são de anemia né. E com o remédio fez aquilo se movimentar né. Agora, eu parei o remédio porque uma dessas noites eu estava me sentindo um pouco mal. Eu senti que o coração começou a bater um pouco vagarosamente. Eu falei, olha, eu estou me medicando muito sozinha, é melhor eu parar. (riso) Antes que você pare para sem> O médico já deu uma bronca mesmo comigo. Né? Ele falou, você precisa parar de tomar o remédio por sua conta. Eu falei, não é por minha conta. Eu leio, eu não invento nada. Eu uso o que os médicos falam. Agora, se as pessoas estão erradas, paciência né. Então, mas você empata com eles, porque o comum dos médicos é não ler as bulas, né? Ah, não leio mesmo. E isso eu vi por causa desse veterinário, que é muito nosso amigo, nos tempos conhecidos. E ele vai aplicar um remédio nos meus cachorrinhos e ele já sabe. Ele pega, abre a caixinha tal e dá a bula primeiro. Primeiro tem que ler a bula. Senão ele não aplica o remédio aqui no meu ca> Ah, não precisa muito. Uh o médico mesmo, que é tratou da minha cachorrinha mais querida, ele era catedrático aqui. Quer dizer, era um dos chefões aqui da veterinária né. Ele queria muito bem a gente. Ele pedia licença para fazer as coisas. Falou, olha Coitada da negrinha já está muito machucada. Posso tirar sangue da jugular? Eu falei, qual é o problema? Se o senhor está me perguntando, existe algum problema. () falou, não, só que impressiona muito. Ah, não. Pode, siga em frente, tenha toda a confiança. Pode tirar. Porque tem gente, pensa que é assim, não. Pessoa, ah, o cachorro vai tomar injeção? Sai correndo da sala. Tampam os ouvidos, não pode ouvir o choro do cachorro. Ai, não () Eu seguro o cachorro para operar. Faço o que é preciso, mas também quero ver o que está sendo feito no animal. Deixe fazer a isso. Não, porque há gente competente e gente que não é competente. Eu, graças a Deus, procuro sempre as competentes. (riso) Não, nós conhecemos uma turma, viu? Nós somos muito amigas dos veterinários aqui em São Paulo. Conhecemos todos, são todos... E aí vo> ### Como? E aí você aplica o que você sabe em veterinária. Ah Aplico também, né? Depois Ãh justamente, eu tenho essa prática com remédios, porque justamente um veterinário, ele falou, olha, dá gosto tratar de animais de vocês, por causa disso. A gente receita um remédio, Daí, há dias, vocês vêm dizer, o que notaram do remédio? Porque assim a gente já tem uma resposta. Sabe como funciona aquele remédio? Não é que nem os outros que levam e perguntam, deu o remédio? Ah Ah, eu mandei a empregada dar, não sei se ela deu, não sei se cuspiu. Não, a gente dá sabe o efeito. Pois um dia, minha cachorrinha ficou com alergia, encheu todo o rosto, né? E eu cheguei em casa falei para a minha mãe, o que que você deu para a cachorrinha? Ela falou, ah, ela estava brincando com aquele rolo de durex. Eu peguei a cachorrinha, o durex, cheguei no vete veterinário, eu falei, olha aí a alergia dela. Ela falou, não precisa mais nada. É isso aí mesmo, você tem razão. Dá gosto, vocês não dão trabalho. Ah, é o durex, o que ela comeu. E não era esse durex transparente. Era durex di> E daí que eu ponho a prática. Eu tenho lá umas frasqueiras, três frasqueiras en atulhadas de remédio mesmo. Justamente dos cachorros. Eu ponho os olhos no remédio e já sei para que é. Devido à prática, né? É Ela não acontece tanto isso porque ela larga. Larga para mim. Ela chega que remédio vai dar né quer dizer. Não, Não é você que é mais entendida. ### ### Não, é o veterinário né.  É que eu sempre gostei. () Eu sempre Aliás, eu leio mais artigos sobre medicina do que mesmo sobre arquitetura. Tenho uma atração especial, mas eu acho que nunca teria ido para a medicina porque eu não suporto a visão do sangue. Não é falta de coragem. Me dá um mal-estar. Eu desmaio mesmo, né? Não é falta de coragem. Eu di> Foi um estudo muito bem feito, viu? Nós fomos ao Hospital do Câncer para estudar o que era necessário em cada área, cada sala, cada unidade de enfermar. Tudo era pesquisado. Nós levamos seis meses pesquisando e fizemos o projeto em um mês. Também saiu maravilhoso. O meu professor de de projetos naquele tempo era especialista em hospital. Era o doutor Rino Levi,  também falecido já né, e era especialista em hospitais né. Quando ele viu, ele falou, não, a senhora está ótima, vai trabalhar comigo lá no hospital, porque não está... só posso dizer que está melhor do que eu ainda. Se eu sou especialista em hospital, a senhora já está melhor. A senhora se aprofundou nisso. Eu falei, bom, porque é de gosto. Porque é de gosto a gente faz mesmo, né? E fiz. Não muito boa para fachada. Fachada não é... Ele falou, ah isso a gente ah pois fechada. Não há problema. O interessa é funcionamento dentro. Né? Porque tudo tem que ser estudado. Por exemplo, a gente tem que observar isso na sala de espera. Não pode, por exemplo, voltar com a passar o carrinho da pessoa que faleceu. Aquilo deprime o esta ãh o ânimo das pessoas que estão esperando ali para ser atendidas, consultadas tudo. Quer dizer Tudo tem que ser estudado, o menor trajeto né. Quer dizer Foi um estudo mesmo prolongado, mas deu gosto. Aliás, foi escolhido. Eram dua duas hi> Hospital e mais um outro. E eu estava torcendo para ser hospital. O outro era aeroporto? Não, aeroporto eu cheguei a fazer. Eu não consigo me lembrar qual era o outro projeto. Eu sei que por unanimidade ganhou o hospital. Eu fiquei toda contente, porque eu estava mesmo com vontade de fazer hospital. E tinha o meu lugar reservado para trabalhar lá no escritório do Rino Levi. Ele ah Aliás, ele não não convidou, ele ordenou. Falou, você está intimada a comparecer Mas sabe como é, a gente? Vai deixando, amanhã eu vou, amanhã eu vou, amanhã eu vou, né? Até que ele foi, e você lhe pegou. Ele foi Né, aconteceu aquele acidente no Hospital da Bahia né e. Tentei voltar, agora há poucos meses fui fizemos, nós duas fizemos o curso lá no Hospital do Câncer né. Sobre isso você pode falar melhor do que eu falo. O que que você achou? Não, uh O curso sobre o câncer lá foi ãh para voluntários e para leigos. Agora foi interessantíssimo, porque foram em assim um tipo de conferências duração de uma hora cada uma, com os temas divididos, e havia projeções de slides, e todos os professores eh catedráticos ãh da cadeira, né da matéria ali, né? E... Inclusive isso reserva boa surpresa. Isso e uh um Numa das vezes chegando lá, eu vi um moço mexendo na máquina de projeção de slides, E falei para minha irmã, eu conheço aquele rapaz, não sei da onde. Mas não conseguia me lembrar da onde, porque eu fiz vários anos faculdade e tudo, não sabia da onde era. Aí, fui perguntar a ele, eu não conheço o senhor de algum lugar? Ele disse, conhece sim, Vera, do Bandeirantes. Aí, eu já aboli o senhor, o doutor. Só que não me lembrava o nome dele, né? Aí, falei, bom, aí fui correndo ler no papelzinho do programa da de aulas, fui ver qual era o do dia ali, quem era ele, né? E Por sinal, que não me lembrava mesmo o nome dele, né? Mas foi um curso interessantíssimo e gostei de ver que ele, uma pessoa que durante a aula era o maior contador de piada, eh tinha aquilo inato nele mesmo. A piada surgia, era só ele abrir a boca já se dava risada né. E eu gostei de ver que deu um um professor, que para para ele ser o chefe da equipe de tumor de mama, ele teve que que dar duro num hospital como é o Hospital Central do Câncer em São Paulo. Quer dizer, gostei de ver que eu não Não dei grande coisa, mas ele, que levou a vida na flauta e contando piada, chegou a ser chefe. Eu tive um professor, ele se implicava comigo, porque eu gostava de estudar, porque eu gostava, né? Ele tinha o prazer de me parar no corredor e dizer assim, olha que você não vai dar nada. Não adianta estudar desse jeito, esses que estudam muito não dão nada. Eu falei, está bom, mas deixa, é problema meu, né? Por enquanto eu gosto, eu vou estudando, depois eu fico de lado, né? De fato, ora eu não dei nada, ele tinha razão, mas geralmente... Mas você não deu nada não, você deu.  Você se esgote muito, viu? Mas você se esgotou. Eh E depois, com esse problema de risco que você tem, justamente essa profissão de arquiteta, não dá, porque tem que desenhar. Agora, resolver, dar para outro fazer e você assinar, é que você não quer isso. Quer dizer, e você pode fazer? Você não não dá para fazer, devido a... As doenças que você adquiriu, não dá. Bom, o caso é esse. Quando eles se formaram, eles se reuniram em grupos para trabalhar e não me convidaram para trabalhar. E eu falei, eh vocês são engraçadinho né, enquanto vo> Era as aulas, o meu caderno raramente estava na minha mão. Estava sempre, tinha fila. Agora eu sou o segundo para o caderno dela, eu sou o terceiro. Quando chegava a hora do exame, eu dizia, bom pessoal, agora é a minha hora de estudar né. Na adolescência eu usava o caderno. Quer dizer, Eles achavam que eu não entrosava muito com a turma. Eu digo, não minha gente, eu vim aqui porque eu quero estudar e sair logo daqui. Agora tem gente que faz isso aqui de clube. Eu conheci um ótimo rapaz, eu era amicíssima dele, mas aquele era o clube dele. Ele fazia de dois em dois anos. para mim não dá. Eu pensei () devia ia ser amigo meu. (riso) É devia ser, uh Outro, ele tinha, era meu colega, eu sei disso porque ela contava, ele saía da minha faculdade e ia lá no Grêmio da da Faculdade de Filosofia ouvir Stravinsky. Falei, ah, é muito gostoso. Enquanto o pessoal fica dando duro lá, você fica deleitando seus ouvidos aí com essas músicas. Mas chegava na hora de entregar os trabalhos, não entregava e a turma queria não () não entregar,  não entrega. Eu tenho vergonha de me formar se ele que é tão inteligente não se formar. Eu falei, olha minha gente, eu não tenho vergonha e eu confesso claramente, eu não sou tão inteligente quanto ele e por isso mesmo eu preciso me formar. Se ele é tão inteligente, ele fará com muita facilidade o ano que vem, esse esse a esse ano aqui da faculdade, E eu não vou esperar por ele. Você Você vai furar a greve? Eu falei, isso não é furar a greve. Eu estou no fim do ano, nós aqui somos adultos. Nós temos que sair daqui. A maioria luta com dificuldade para estudar. Vai perder mais um ano, porque se aí vocês vão ficar ouvindo música lá e ele tem capacidade. Seriam todos reprovados. Não era um só que seria, seriam todos! É? Todos seriam () Até todos, porque todos faltar para colaborar com ele! Eu falei, não, cheguei para ele mesmo e digo, olha aqui, eu gosto muito de você, era amicíssima! Não, porque aí poderia o professor poderia voltar Ele me deu razão, ele falou, não, ela tem razão, eu sou assim mesmo, vocês vão perder o ano por minha causa, faz isso não! No fim ele era tão assim, inteligente mesmo, os professores deram um jeito, ah chamaram a atenção dele, aumentaram o prazo e ele passou,  falei oh está vendo gente? Como a gente conversando, a gente se entende? Agora, vocês queriam mais um ano? Para quê? Eu sabia de gente que tinha dificuldades, estava precisando daquele diploma para trabalhar. ### Quer dizer, precisavam daquele dinheiro para viver. Né? Então, não podia estar assim com essa irresponsabilidade. Né? Eu falei, não, eu sou muito colega. Podem contar comigo para tudo. Os trabalhos eu dividia. se algum podia fazer, () como é, posso assinar o seu trabalho também? Falei, fale com o professor, se ele concordar comigo, não tem problema. Quer dizer, a gente não adianta azarar o companheiro na faculdade, agora o que adianta é a gente providenciar para sair logo também, porque tanta gente querendo lugar, também não é justo isso que a gente faz. Porque, inclusive, meu médico, meu otorrinolaringologista, disse, senhora a senhora tomou o dinheiro do Estado. Falei, não senhor, perdão. Eu fiz o curso em cinco anos, Entrei da primeira vez, não tomei dinheiro do Estado. E todas as aulas, eu estava lá. Eu era muito bem quista pelos professores. Quer dizer, eu aproveitei o meu tempo. Agora, o que eu faço do meu tempo, depois que eu me formo, é problema meu. Tomou dinheiro do Estado, quem fica? Dois, três anos. () Inclusive, ah Não sei como () Ah e não está certo né. Porque eu gostava mesmo de estudar. Ah Tanto eu gostava de estudar, que as matérias que eu gostava mais, por exemplo, descritiva, O professor passava o problema descritivo e eu fazia. Acabava logo, porque eu gostava. Né? Ele fala, bom, agora vamos corrigir. A senhora pega metade da turma e eu pego metade. Eu ia ajudar o resto dos colegas a fazer. Quer dizer, eu gostava. Então, eu tomei tempo né ãh. Nomografia também era o tipo da coisa chata. Aprender a calcular n> <é? Ah, então você mandava para o cinema né. Eu não. Eu ficava lá. ### Como ele se vestia, que você gostava da elegância dele. Que se vestia elegante, Vera. Então você falou que nesse baile que nós tivemos que o Anésio esteve elegantíss> Quer apostar também se eu vou ganhar na loteria também? Pode ser. Bem que tentando ela estava. E é a coisa mais difícil. A gente tenta, tenta, né? Mas conseguir. Ela já chegou perto. Viu, ela tem bom palpite, né? Mas... Mas diz que mulher acerta mais, porque palpite de mulher não é nada lógico, vai a esmo. Prova aquela que ganhou, aquela de cor que ganhou, agora esqueci o nome, Joana, até já morreu. Ela jogou a esmo, então é assim que é. Bom, se você for que nem o Spock da Jornada nas Estrelas, ele tenta todos os raciocínios lógico. Quando falha a lógica, ele diz, bom, então vamos para ilógica. Essa é a única lógica admissível. Então é isso. É que os as mulheres jogam tão com tanta falta de lógica que no fim acaba acertando né. Ah porque não se deve jogar né nos clubes que venceram nada disso. É jogar por palpite mesmo. Nome que for mais agradável, qualquer coisa relacionada com o nome de algum clube, qualquer coisa. E eu jogo mesmo por... porque eu sou obrigada. Às vezes a pessoa me obriga a fazer um palpite porque eu não gosto mesmo. Então você vai e não sabe nem coluna do meio, um e dois, não sabe nada, né? É Você anarquiza  tudo. Eu não gosto, eu era boa torcedora, viu? Minha turma da faculdade não ia para um jogo, eles jogavam contra o Mackenzie, né? Não iam para um jogo sem a minha presença, que sem diz que sem sem a minha torcida ali não valia a pena o jogo. Mas não gosto de futebol, mas torcia, era a minha turma, tinha que ganhar. Aí eu caía no campo eu, e eu era a primeira que estava torcendo, mas eles ganharam também. A turma ia embora, ficava com óculos, falei, toma, tudo, quer dizer Quando eles tinham vôlei, ia tudo para cima né. Esse entusiasmo, né? Inclusive Até você também ia, quando você usava aqueles saltos de () Estiquei no campo do Pinheiros lá, como ninguém viu. Graças a Deus, estava na corrida de revezamento, estava todo mundo ocupado, só o meu colega que viu e ajudou a levantar. Estava com o salto () Bem, mas eu não fui subir o Jaraguá com salto dez Disso você pode falar melhor do que SPEAKER 1:  eu. SPEAKER 0: Ah () aí que está, para subir o Jaraguá, a gente deveria ter ido de roupa esporte né. E Eu fui de de salto, acho que cinco ou seis plataforma. Quase como se está usando hoje em dia né. E foi interessante ver que, ao descer, eu quis descer muito, pomposa e tal. () Dizer que estava acostumada. Que Essa foi a primeira e a única excursão que eu fiz. Fui descer muito pomposa e, de lá de cima, hoje, onde tem a antena de televisão né, rolei uns bons dez metros, mais ou menos. Se não fosse uma bifurcação embaixo e um colega e um professor de cada lado me segurarem, (riso) eu tinha rolado bonitinho e, () que eu fui de de saia rodada ainda com esse salto, havia de ser Uma figura maravilhosa, realmente serafina, palito, com o guarda-chuva caído de lá do alto do Jaraguá. Ia de ser interessante ver. Maldosos, viu? Chegamos lá embaixo, tem aquela água ali, diz que um lago que tem ali, né? Então, toda hora, vocês estão cansados? Tira os sapatos, enfia os pés na água. Ah! Nós enfiamos. Ficou aquele bolo, viu? Ninguém podia... () descalço para casa. Ninguém podia calçar. Bom, o melhor dessa tu da parte de estudo são as excursões, viu? Uh É uma delícia, viu? Nós fomos para o norte, Aliás, fomos junto com a turma do quarto ano, quando eu fui, juntamos lá, encontramos lá no norte e foi aquele divertimento. O ônibus era só nosso para voltar. Fomos de avião de para Pernambuco e depois de Pernambuco para Bahia, fritamos um ônibus e o ônibus quebrou em pleno sertão de da Bahia. E as moças, muito afeita, aliás, uma parecida com você. Gostava muito dela. Falou, ah, vocês estão com medo? Eu vou sair. Falei, Luzia, você vai, se estrepar. Não, eu não tenho medo. Botou a cara, era aquele breu, não se enxergava nada. Ela voltou mais depressa do que foi os rapazes. Era aquela (), não iam com muita pressa. Vão agora os chofeires iam armado de peixeira. ### Nem assim, não con tivemos que parar mesmo. Depois aí... Conseguiram consertar até a Lagoinha. Aí lá precisamos pegar o trem. Eu sei que no trem foi engraçado. A turma estava toda tresnoitada. Todo mundo dormindo, mas de encostar a cabeça no chão. E eu com medo que levasse as nossas coisas. Nós ficamos a pé lá na Bahia. Porque nós levamos um colosso de malas, vestido, roupa, short, sapato de salto e não sei mais o que lá. E eu sei dizer que no fim ficou tudo dentro da mala. Porque todo mundo usava só o maiô por baixo e um tomara que caia por cima ou uma calça comprida. E às vezes ficava... com a calça molhada. Então, a gente descia as calças e ficava sentada esperando secar. () Eu fotografei assim. Vi óleos é esse e todo mundo se () É, então, baixa outra vez para não molhar a calça. Mas foi divertido viu. Depois pegamos esse trem na Bahia. Fomos até a aí fomos até a Bahia, mas todo mundo dormindo. Eu sei que eu fiquei tomando conta. Aí, quando chegou na Bahia, a hora de ver capoeira... Não, você você não dormiu também? Eu não  dormi, é. Você não dormiu também no trem? Porque você só ouvia as moças no trem. assim, molecote, meninote, assim. () Mingau de tapioca, mingau de tapioca. Até hoje ela tem vontade de comer esse mingau de tapioca. Agora na Bahia também. Bahia tomei vários sorve> Tomei de... não sei o que é, jamanga que eles chamam, lá em Alagoinha () Era o único que eu achei. Eu falei, vai desse mesmo, que eu estou louca de vontade. Se eu gosto ou não gosto, não faz diferença. Mas é é gostosa. A comida baiana é bem gostosa. O que eu gostei muito lá no Norte foi isso. Eles tomam o café da manhã muito melhor do que o nosso. É obrigatório. Ovo, fruta e farinhas também eles usam muito, né? Leite. Tanto que elas ficaram lá. () Elas tomavam como (), porque nós nos hospedamos na casa da estudante e eram muito amáveis, né? A gente saía a passear à noite para conhecer a cidade. Eles deixavam a mesa posta. Quando a gente chegasse no meia-noite, assim, uma hora, nós, porque éramos de fora, tinha a ordem de entrar essa hora. Elas não podiam. Elas entravam dez horas, meia-noite, no máximo. Quando nós chegávamos, falavam, fazíamos questão que vocês se sirvam aí, né? A gente se servia de manhã cedo, não tinha fome. Ah Ah, mas não tinha per> Eu sei que a turma que estava em volta, ninguém mais queria o almoço. Queria tudo () Mas os venezuelanos era pior ainda. Eles queriam a salada deles. Era assim, com abacate. Mas tempero de salada, não de salada de fruta, né? E eles que temperavam. Chegavam lá, arregaçavam da camisa, põe aí os apetrecho e eles iam temperando. E não faziam todo mundo provar. Eles queriam que todo mundo provasse e era gostoso mesmo. Ah, não continua falando assim que eu... Já está com fome. Mas eu sempre variava, viu? Tomava Toddy, eu nunca comia o almoço do dia, porque eu sempre fui enjoada mesmo, né? Quer dizer, você às vezes não almoçava em casa. E Ah é acho que é isso também, graças a isso que eu peguei a anemia também, porque às vezes estava fazendo um projeto importante e eu não ia almoçar. Minha colega ia dizia, oh, traz um Toddy aí, para mim um sanduíche. Quer dizer, aquele dia eu passava com um Toddy e um sanduíche. Mas queria acabar o que estava fazendo, né? Quer dizer, isso vai minando, a gente vai... Bom, mas porque você nunca comeu o arroz doce da Faculdade de Filosofia. Uma coisa deliciosa! E tinha mais. Tinha o bife grelhado. Eu até esqueci o nome, a dona Otília que fazia. Era a coisa que eu não não via a hora de de de chegar para e co> ### Era azarada. A única vez que eu concordei com os meus colegas de ir almoçar no i á bê, instituto dos arquitetos, tive tanta azar, era feijão, arroz e bacalhau. Eu não gostava de bacalhau. Comi feijão também. Eu sou de opinião. Comi o feijão e o arroz so> Mas, e eu era irmã dela e ela estava namorando o que chefiava a excursão. ### Mandei vim vinho para mim também, porque eu não gostava de cerveja. Eu me regalei. Ainda fui embora para o ônibus com a garrafa de vinho ainda tomando, né? Quer dizer, para mim a peixada estava boa. Não, mas aquela peixa> Os outros reclama> Mas ah porque isso faz tempo isso que eu fui, né? Mas lá mesmo não é só o convento. Também tem razão. Não é só o convento. Na ### Os ônibus, no entanto, as cobradoras eram moças, não e> Principalmente. Eram justas e com barra. Quando nós fomos atravessar o São Francisco, que nós () laranja cacau, de um lado. E acabou de atravessar aquele calor, mas a laranja cacau tinha ficado lá do outro lado. Laranja mais gostosa que eu chupei até hoje. É gostosa. É grande assim? Maior que a baiana? doce, u uma especialidade, né? ### Encontrado. Foi Petrolina, né? Parece que Petrolina. Petrolina. Parece que foi. Então deixamos as laranjas do outro lado morrendo de sede, então estava tudo com a cara desanimada. Não, E as fotografias que nós temos lá nessa ocasião, no ônibus, né? Tudo calcinha justa e cur> Esses que eram engraçados, as calças eram curtas, não eram assim como estão agora, compridas, ah cobrindo o próprio sapa> Cabeça, né? É. É, do ven> Lenço na cabeça. () cabeça (). Bom. Nós amarramos... Tipo a portuguesa, que está voltando hoje. É o que era moda e estava Voltando agora. Que está voltando hoje a moda, né? Inclusive, eles estão dizendo que estão preferindo, né, a portuguesa ao... Qual é o outro sistema agora que eles falaram? Agora esqueci, eu vi no jornal, agora esque> Eu sei, parece que é a grega. Não, olha, a coisa é diferente, é que eles estão preferindo os lenços a portuguesa. Os ### O auge naquele tempo era aquele tomara que saia, foi quando saiu mesmo. Mas tinha salto, baixo, dourado, prateado, e eu levei toda a minha coleção. Mas não dava nem para trocar, porque tinha tanto lugar para ir visitar, né? Quer dizer que... Não, levamos várias malas de... Ah, tu lembra o que hou> Viu? Diversas nossas malas. Bom, os trajes de festa, ela levou... Ah, eu levei. Ela levou uma blusa lista> Listada de cetim. De cetim. Que, aliás, e uma saia de () preta, que, aliás, eu tinha usado na faculdade. Houve um show, e eu apareci de princesa egípcia nesse show. Porque eu era boa aluna, mas era () quanto era farra. Era para fazer farra, era comigo, né? Então, eu ia cantar. Cantei. Na última hora, faltou a princesa egípcia. Vai você. Eu falei, mas eu não sei nada de Egito. Fala qualquer bobagem que vier na tua cabeça, mas vai, está precisando lá. É, aí eu fui. E desde ### Parecia roupa egípcia. Eram umas listinhas estreitinha. E eu fiz assim, o decote em vê. E as listas enviesadas, assim, é um cetim azul, muito bonito. Azul e preto. Ficou parecendo mesmo roupa eg> Azul claro, né? Azul claro e preto. Porque eu fui com o meu casaco de pele, mas eu tirei para emprestar para o meu colega. que ia ser a transviada de verde. Então, ele já tinha o vestido, mas faltava o echarpe verde e o casaco de pele, né? Batom, tudo, a gente a gente que maquiava os rapazes, era aquela farra, viu? Começava que era assim, a gente ensaiava um número, depois faltava algum número, e era assim, ela tinha abrir a porta e jogar a gente lá para cantar. Eu falei, mas não dá. Quando eu assustei, eu já estava lá. E ah, já saí cantando, não tinha outro jeito, né? E foi o número que saiu melhor, viu? Saiu, quer dizer, a canção de Dalila, que eu tinha ensaiado. E esse, o () Eu tinha ensaiado. O colega meu que até faleceu tocava muito bem piano, né? Ele fez sinal para mim e falou, vai em frente, vai em frente. Ele estava... Atacou o piano e eu ataquei a música. E deu certo, né? E foi boa essa roupa porque coincidiu, mas era uma roupa muito bonita. E essa eu levei para o Norte. Tinha também um vestido bordado, que minha tia borda, a irmã do meu pai faz bordados muito bo> Aqueles vestidos de linho bordado. De linho bordado. Para mim aquilo também era bonito. () Bom, nós... nós... Não, decote longo, né? ### Né, decote bem (riso). E eu tenho calor, tanto que eu estava, sempre eu digo para o Padre Osnildo, eu estava tinha vontade de ser freira. Mas não dá, porque a roupa das freiras não dá. Eu vou fazer escândalo no convento, e eu não aguento mesmo viu, eu me sinto mal, eu tenho que estar com pouca roupa mesmo. () Quer dizer que não dá jeito, né? Então não dá para fazer escandalizar lá as freiras. Mas então os meus eram sempre decotados assim. Agora nós andávamos, modéstia a parte, nós andávamos bem vestidas. Não lembra aqueles tomara... Nós E a senhora de um colega casado meu, ela também era a mais bonita da turma, viu? E ah era a flor da turma. Nós amamos a Regina. Se ela não tivesse vi vindo à excursão, não seria a mesma coisa. Era mais alegre. Olha que o pé dela encheu. Ficou um bolo. Pois Ela não perdeu a esportiva Era sempre que estava pronta. Tinha um sorriso muito bonito. Qualquer coisa que ela vestia, caía muito bem. Ela levou muitos taierzinho. E saía sempre... Que foi mais bonito, sabe o quê? Nós chegamos toda bacana, assim. Fomos para o hotel Guararapes né, tudo imponente, hospedado no Guararapes né. Daqui a pouco veio o nosso colega. Vamos tudo cair fora daqui, que o dinheiro não dá para isso aqui. Nós vamos mesmo é para a casa do estudante e da estudante né. Bom, falou, bom mas essa noite nós ainda vamos ficar. Falei, então vamos aproveitar. Vamos Todo mundo nos botaram bem chique para ir jantar lá no restaurante né, que tinha no próprio hotel né. Ah, foi bonito. Cada um saindo né mais na estica do seu quarto e contando no corredor uma mesa comprida. Foi bonito viu. Foi bonito. Os trajes dos rapazes eram, por causa de ser lá no norte, era roupa branca, né? Eles levavam roupa branca, né? Inclusive os que compravam linho. (riso) Compravam Uh (riso)... Algodão Esse meu colega, ele é um azarado, ele comprou uma peça de linho, mas não era linho, era algodão. (riso) A turma não perdoou ele. Bom, a gente era gozado, mas também gozava. Tinha um vendedor de gravata, O Toscano pegou ele num bairro lá da Bahia, foi soltado. No outro bairro, o ônibus era nosso, que a universidade pôs à nossa disposição. Dizendo, ah, ah vem cá, vem cá, sobe aqui, nós vamos comprar uns gravatas. Fomos soltar o homem longe do lugar dele, quer dizer, nem gozaram né. E eles se divertiam, viu, também. Mas ele sempre () Quando chegamos na Bahia, o Tonici, que desenhava muito bem, pegou um papelão desse tamanho e escreveu assim, grandes circos britânicos. E a turma acreditou, viu, porque nós chegamos com gaiolas de pixoxó. Aqueles boizinhos lá de Carua Caruaru, né? Caiu a palha no ônibus de tanto sacudir, espalhou a palha né. ### ### Eles acreditaram na Estação da Bahia. Quando é que vai estrear? (riso) Quando é que vai estrear o  Nós nos divertimos para valer, viu? Era gozação mesmo. E você Foi uma turma muito alegre. Na praia, qual era o traje que usavam? Bom, na pra> ### Então eles ficavam com a gozação, falou ah a Vanda a Vera entra e sai do mesmo jeito, não tem medo de mergulhar para lá. Não tem medo. Inclusive divertia grande, né? Tinha um colega, o irmão do meu colega, que foi era muito alto. E servia um verdadeiro tranquilinho, trepava nas costas dele, aquele mergulhava () ### Tanto que o Fraccaroli queria, vir a força me ensinar. Não, mas é uma vergonha você não saber nadar, que pelo () você vai nadar. Nadar não dá, deixa eu mergulho só. () Ele caçoava do meu jeito de na> A gente le> Essa aqui vai para Santos fazer desfile de toalete. Eu eu levava, quando quando eu ia eu ia com minha tia, eu levava era eh... Uma das vezes eu fui para o hotel, né? Então, de manhã era uma toalete, na hora do almoço era outra toalete, era short. De manhã era maiô, na hora do almoço short. Depois, durante o dia, eu punha um vestido. A tarde, calça comprida, né? E à noite, quando se pretendia ir em boate, ir a algum casino, assim, né? Então aí A gente ia com toalete, né? Meu tio ficava maluco. Quando vocês () gastar esse dinheirão aqui, () vocês passaram o dia inteiro trocando (riso) toalete? É, é cha> Ah, porque com o calor eu não aguento mesmo essas calças, apesar que essas pequenas... Não, e aqui em São Paulo, felizmente, agora a gente vê saírem de short, de de be bermuda, né? E hoje não se escandaliza mais, porque também está certo. Se o paulistano não tem a chance, ou de oportunidade, ou financeira de ir para uma praia, por que que ele tem que ficar branco, né? Ele pode se queimar aqui, né? E depois também não é só Facilidade e depois tem também o calor... É mais simples a indumentária... Aquelas peças, né? Também é desidratar... Meus pais dizem, eu subo em dois segundos eu desço a escada vestida, pronto para sair, ela demora mais um pouco. Agora, para usar vestido, saia, precisa usar com muita elegância, senão, já, não sei, acho que a pessoa, principalmente esta moda comprida agora, ah a gente vê cara...  Não, mas e depois você vê...  Despropósito, é o cúmulo... Mas você vê a saia, eu tenho eu tenho essas saias há quanto tempo, né? Digo que vou levar para costureira endireitar. Na hora que eu levo para costureira endireitar, está servindo. (riso) Não, está servindo. Quer dizer, a gente não sabe como fazer com a saia. Tem, inclusive, aquela saia marrom, aberta na frente, que era para baixo do joelho. Nunca usei. Agora vou usar e eu acho que está fora da moda. Apesar de que está dentro da da medida da Agora eu li no jornal que já voltaram essas calças estreitas, né? No máximo três centímetros. E sem barra  né? Sem barra e estreita. () e bermudas também. () O jeito é aderir as calças estreitas. Coisas para acompanhar as calças. Bom, as blusas também vai ser o tomara que caia, né? Tomara que caia vai entrar que é uma beleza, né? Vai entrar. Não, mas eu prefiro. Eu prefiro as blusas tomara que caia do que essas transparentes. Essas transparentes têm que ser de um tecido Porque você anda um pouquinho, transpira. Tem que ser de nylon... Isso e aquilo. Quer dizer, você sente um calor. Você está com ela transparente e sente mais calor do que se você tiver com uma fazenda grossa, mas só aquilo e tomara que caia, né? Bom, eu prefiro mesmo a moda índia mesmo. SPEAKER 1: Pouca roupa... Olha, Vanda e Vera, foi ótima a gravação de vocês. Acho que um material excelente para o nosso projeto. Eu só posso agradecer. Está bem?