SPEAKER 2:  bolo de peixe? ### SPEAKER 1: Salada de maçã? SPEAKER 2: O bolo de peixe é uma coisa... Eu julgo que é uma especialidade. Porque eu tenho tentado comer outros bolos de peixe feitos por aí, mas não vai. O negócio não, não funciona. Falta qualquer coisa ou tem qualquer coisa demais que fica diferente. Agora, eu não sei se é porque a gente acostumou com esse nosso paladar aqui de casa, Eu, nesse ponto, eu sou que nem gato. Dizem que o gato gosta da casa, não gosta do dono dele. Eu sou assim, eu gosto da casa, eu gosto das coisas da casa. Então, eu até, por mim, nunca teria mudado de casa. Essa filma da, da, daqui vive procurando casa para mudar. Eu estaria lá, nadando na casa, então me casei. Mas as circunstâncias obrigam a gente a rodar. Mas, então, eu gosto. Eu não sei, por exemplo, em matéria de alimentação, eu acho admirável. Tem gente que gosta de comer em restaurante, chega no restaurante e pede, assim, umas coisas que até o nome é difícil da gente pronunciar, né? E eu adoro o nosso, por exemplo, o arroz com feijão, não é? Depois, então, a macarronada, principalmente aqui em casa, que desde o macarrão já é feito aqui em casa também, né? A gente só não faz o boi para tirar a carne para preparar o molho. (risadas)  O macarrão já é feito em casa com todo aquele cuidado e todo mundo dá papito. "Está mais grosso, passa mais na máquina, faz mais fino." "Vamos cortar fino ou cortar grosso?" "Não, corta fino e tal." É aquela conversa. Então, eu acho que a alimentação em casa, não sei, as outras mulheres não sabem cozinhar, mas a minha mulher que adora cozinhar, ela não pode ver um fogão que ela vai para perto dele. Então, a gente vê Eu acho estupendo a gente poder almoçar e jantar em casa. Eu totalmente concordo em almoçar fora. Num domingo tá todo mundo cansado da semana inteira, tá no batente aí. Então vamos para um restaurante, vamos. SPEAKER 1: Faço companhia. É, acontece que ela acostuma vocês todos muito mal, sabe? Porque os homens casam e as coitadas noras é que sofrem. Porque não cozinham igual a mãe, não é? Tá de acordo comigo, né? Não cozinham igual a mãe e a comida da mamãe é isso. Porque a mamãe faz assim e a gente sofre SPEAKER 0: Bom, agora vamos deixar um pouco esse assunto de lado, porque eu estou morrendo de fome já. Eu estou morrendo de fome. Então, agora mudando um pouco de área, eu gostaria de saber o que vocês consideram uma mulher bem vestida, um homem bem vestido, como eles devem se apresentar e tudo que vocês puderem dizer e discutir a respeito do vestuário. SPEAKER 1: Bom, uma mulher bem vestida, eu, sinceramente, não reparo muito, não. estando em ordem, não chamando atenção, mas um homem bem vestido, eu reparo em muito. Para mim tem que ter uma roupa impecavelmente limpa, em ordem. Então, o negócio é na base do, da, da vestuário masculino. Para mim tem que ser, por exemplo, a camisa tem que ser impecável, ultra bem passada, parecendo que saiu da lavanderia naquela mesma hora. Não precisa ser ultra má moda e tal, mas... É bom que seja, mais ou menos, perto da mora. um sapato muito bem engraxado. Se tiver de gravata, colar em gravata, terno. Terno também, muito arrumadinho, muito esticadinho. Evitar assim  Evitar, assim, no fim do dia, que sempre quem trabalhou de terno o dia inteiro, fica aquelas marquinhas, assim, na perna da calça, no rabo do paletó, né? É, fica... Então, eu prefiro um homem, sabe A, a, a, a exata definição? Um homem acabado de sair do banho. Perfuminho e tal. Isto para mim seria o fim do mundo, mas acontece que nem sempre a gente pode ter aquilo que a gente gostaria de ter, né? Ô pai, o que você acha que seria? Como você acha que você classificaria uma mulher de bem vestida e elegante? SPEAKER 2: São considerações que a gente tem que olhar pelos dois lados. A mulher bem vestida, normalmente, para os dias comuns, principalmente a mulher que trabalha, é aquela, por exemplo, se ela está de vestido, tem que ser um vestido, naturalmente, que caia bem. A cor deve ser uma cor que se adapte, inclusive, à sua tese. Normalmente, as pessoas sabem escolher bem, né, a cor que devem usar. Então, para os dias comuns, Hoje em dia, que é hábito, se transformou em hábito, as mulheres andarem assim, de calça comprida, mesmo por causa do frio, sei lá por quê. Então, é elegante, um terninho, bem feito, bem alinhado, aquele palitozinho acinturadinho, um pouco assim, para mostrar exatamente... Ai, meu Deus, já  SPEAKER 1: Vamos mostrar as coisas. Ela está vestida,  SPEAKER 2: Não, é para Não, é só apenas para dar aquela quebradinha. SPEAKER 1: Você já tá falando, já falou da mini-blusa. Tá aparecendo as gordurinhas no cós da saia. E fica pronta. SPEAKER 2: Então, então... Agora, por exemplo, é detestável a gente ver uma mini-saia numa criatura que já ultrapassou os trinta anos e, então, já está com umas pernas assim que parecem as colunas de Hodes, mas, em todo caso, A minissaia a gente acha interessante e até bonito quando se trata de mocinhas, moças novas. Então elas, naturalmente, podem usar isto sem provocar uma admiração no sentido negativo. Elas provocariam uma admiração no sentido positivo. Olha como caiu bem aquela minissaia. Agora, normalmente, a mulher tem bom gosto para se vestir. Principalmente dizem que a mulher brasileira tem muito bom gosto e se preocupa com o seu vestuário. De um modo geral, elas se vestem muito bem. E, principalmente, dizem que a paulista tem uma grande preocupação em se vestir bem. Eu não posso fazer uma comparação com as cariocas, Porque as vezes que eu estive no Rio, assim, mais demoradamente, eu não não posso dizer bem, porque não me causou impressão. Talvez elas se vistam tão bem quanto as paulistas. Mas uma coisa que me chamou muita atenção foi quando eu estive em Belo Horizonte, ver como a moça mineira, a mulher mineira, de um modo geral, não se preocupa com essa questão de roupa, de indumentária, não. até às vezes saem de casa assim mesmo para o trabalho com uma roupa que não está de acordo nem com o padrão de vida delas, que a gente sabe que é um padrão bom, nem tampouco com a função que ela está exercendo. Não não se cuida. SPEAKER 1: Agora, você tinha tentado estabelecer comparação com as cariocas, né? Eu já passei mais tempo no Rio, mais tempo no na na época que a gente se preocupa mais com roupa, porque agora também não me preocupo lá muito. Mas, nessa época, eu passava, às vezes, férias lá com minhas primas e era aquela... Completamente diferente da gente, porque eu ia com mala cheia, uma roupa para de manhã, para praia, outra roupa para de tarde, de noite um vestido mais assim, chiquezinho e tal. E elas não, ainda caçoavam de mim, diziam "mas como você traz essa mala cheia, aqui é praia, você vem aqui para descansar, a gente não liga para isso". Era uma gozação sem fim. Eh a essas cariocas do meu tempo, pelo menos, eu não posso falar em meu tempo ainda, né? Eu estou falando em meu () Aliás, eu nem devia, porque isso depõe contra mim falar no meu tempo, Ma mas, realmente, porque hoje em dia tá tudo equiparado, né? Esse pessoal de quinze, dezesseis anos, a carioca, paulista ou mineira é tudo igual, é tudo a mesma coisa. Mas, quando eu tinha quinze, dezesseis anos, não era, não. São Paulo, o meu pessoal aqui andava ultra bem vestido e caprichavam. E as minhas primas do Rio, mas de jeito nenhum, se incomodavam com nada. Até não existia essa moda de calça desbotada, calça de brinde desbotada, e ela usava. Eu achava abominável. Imagine que horror sair com uma calça desbotada, uma calça com banha por fazer. Ela tinha... foi o início do do do uso da das bermudas, então ela cortou uma uma calça blue jeans que ela tinha e fez bermudas. E, meu Deus do céu, isso a gente vê que é calça remendada, que é coisa consertada, como é que ela tem coragem de sair na rua com isso? E saía tranquilamente, não estava nem se incomo>