SPEAKER 0: Você () que o Oswaldo está muito doente, () E já que o Oswaldo, na hora, falou assim, mas o que foi o final do conto? () estava com pressão alta, aí foi ao hospital Lá deram uma injeção para baixar a pre> () Ele voltou para casa e teve um um fraco lá. Caiu no banheiro. ### ### Não sei o que. A causa, primeiro, não se sabe (). Nossa, ele já tem bastante idade, né? Que idade ele deve ter, né? ### ### () é mais velha () depois, né? Parece bem mais velha, né? () Ela parece mais moça do que ela é. Mas que () Ah, é a história que eu soube que estava ele tinha tido um negócio qualquer, regressão tudo que tinha ficado proibido de de qualquer esforço, e que tinha chegado em casa com obrigação de repouso, e já, é repouso... como é que a gente diz? Repouso absoluto, e que resolveu que precisava sair, precisava trabalhar. () Precisava sair, que não podia ficar em repouso, e levantou. E aí, parace que  Deixou mal. Então, eu estava, inclusive, comentando que um era complicado, né? Quando uma pessoa assim, mais velha, tem qualquer coisa de sério, se convencer que que tem que ficar se tratando e tudo. Geralmente não não leva muito, não acredita muito. Sei lá, acho que ou não não ou não acredita ou não não quer se convencer. Não sei bem o que acontece que () E aí eu me lembrei de uma outra história. Não diretamente parecida, mas de de médico também que aconteceu com o Rafaes lá da da faculdade. Era um técnico de laboratório e fazia exame principalmente para determinar se o indivíduo tinha defeito genético. Ele tirava sangue e tal e examinava na gestal. Tinha tudo em ordem. Ele casou, teve um filho. O menino teve um problema e o médico mandou fazer um () E quando veio o resultado, o médico chamou... E não quis dizer o que era. Falou só o nome técnico da doença. O senhor não se preocupe não, seu filho não tem nada, ele tem só síndrome de Down. E o rapaz, que é caso de colo, focadíssimo, porque estava cansado de mexer com aquilo, sabia que síndrome de Down é mongolismo. () O médico Ficou desapontado, aliás, não sei, acho que em casos desses é uma bobagem, já que o vizinho não tem nenhuma deficiência, então se faz dizer que tem síndrome de Dow como tem o mongolismo, o pai tem que ficar sabendo da história. () né. Que tipo de doença vocês tiveram na família? (risos) Já que vocês têm Uma família numerosa, né? Quais os tipos de doenças assim, comuns ou assim, em casos especiais que vocês tiveram? () (risos). Ela nunca teve uma doença que fosse uma coisa correteira. () Sempre umas coisas complicadíssimas, todas especiais. Olha eu tive crianças, doenças, toda criança comum, doenças como sarampo, coqueluche, fiteria, tifo. Essas não são tão comu> Mas o que era mais mais complicado, que era pior, é que eu geralmente não tinha doenças com com sintomas que todo mundo tem. Então, fiteria, por exemplo, foi um caso muito () é Aqui em casa nós somos três mulheres, três irmãs, né, e um irmão. E a mamãe criava dois sobrinhos de idade entre as nossas. E quando eu estava com cinco, seis anos, seis anos, eu caí doente com o negócio de garganta, uma coisa muito muito, uma dor de garganta horrorosa, uma um  febrão, não havia o que melhorasse. E fiquei assim um monte de tempo, umas duas semanas, cada vez passando pior. Até que () de lá caí doente também, com os mesmos sintomas. E quando o médico veio examinar, Quando olhou a garganta dos lábios, exatamente disse, ah, essa menina está com fiteria, porque ficavam aquelas placas características, né? E, obviamente, a outra também está, só que eu tinha, não tinha sintoma de fiteria. Aí, como os outros (), ele imaginou que pudesse passar para os outros. E o meu irmão, que era pequenininho, () é se não fosse lá (), também. E o pequenininho já estava também, sei que nós três tomamos soro e tal. E os outros que não estavam, os dois que ainda tomaram vacina contra a fiteria. Ãh Uns dois ou três anos depois, não me lembro quanto tempo a vacina fazia efeito, Durante quanto tempo a vacina faz efeito? () Dois Foi dois anos já. A outra irmã que tinha escapado da (), apareceu doente. Aí o médico, é só o que se diz, porque não é uma doença comum, que que assim () né. Ele achou que uma das crianças da casa era portadora. portadora sadia. Mandou todo mundo fazer exame e a menina que a mamãe criava, minha prima, É que não tinha nada, não tinha doença, mas passava para todo mundo. Tinha que fazer tratamento e tal, e () ### () nós esperíamos, ficamos, porque... Bom, meu avô era médico. Então, ele se responsabilizava pelo tratamen> () Ele ele era muito amigo do doutor Arendt, que era o diretor do do então hospital de isola  isolamento atual do Rio, e ele então conseguiu autorização para tratamento em casa. Agora, quando a minha irmã nadiane ficou doente depois de dois anos, ela ficou, aí o caso dela foi gravíssimo. Vinte e quatro horas ela ficou com placa de gangrena na garganta, e aí ela teve que ir para o isolamento. () A mamãe conseguiu uma autorização especial para ficar com ela. Então, os dias que ela ficou no isolamento, a () () salvou, né? E o nosso quarto passamos () (risos) () não vejo né? Da menina que não tinha nada. Aliás, era uma criança muito saudável, corada, bonita, gorda. Não tinha o menor sexo de... Não tinha sexo nenhum doentio. E e a gente não sabe, não pode nem calcular quantas pessoas ela deve ter passado. Porque durante muito, pelo menos dois anos, Ela foi portadora. Agora, como a casa quando tem que tem muitas crianças, uhum, sempre tinha alguém com qualquer coisa né, mas nessa séria, séria mesmo, não teve nenhuma. () Você lembra, Júlia? O seu filho foi Bom () Tereza () ### () Eu acho que nunca tive uma doença assim, muito (risos) muito sensacional. (risos) Você já ficou ### Teve sarampo. Qual que () () Eu tinha cinco anos de idade e e teve um fôlego  e me carregava desacorda (fala rindo) ### () E as doenças, sarampo assim com quatorze anos, rubéola  Depois, né, Mário era () um a peguei dele. Ah, é. Ih, mas rubéola você teve com febre alta, não foi? foi Foi. ### trinta e nove e meio, por aí. () Eu estava com dois adultos, assim, não sei como é que você conseguiu escapar, porque todo mundo aqui teve, quando era pequeno. Rubéola? ### Eu tive. (risos) É porque eu tive, dessas doenças comuns, eu tive to> Então os médicos  () muito bom que vem aqui. Se não, eu retirava na Escola do Servidor Público. Tantos de lá quanto eu, principalmente. Ela é funcionária () mulher de funcionário. Então () E eles me respei> () Uma ocasião eu levei um dos meus filhos para lá, sem estar com, sem estar E ele estava passando muito mal, com febre muito alta, com muito mal estar. Não deixaram ele sair. Ficou lá internado. Estava com doze anos. Ficou durante uma semana, fizeram exames de trás para frente, de tudo quanto era possível E, enfim, já estava achando que era uma virose E me mandaram embora. Foi uma semana. Ele saiu naturalmente. Outra vez eu levei um outro, pequeno, e eles estavam achando também que ele tinha saído, que eles tinham conseguido fazer um diagnóstico. Mas, como não tinha sintoma nenhum alarmante, e eu tive uma sorte danada, porque o médico que estava de plantão tinha sido meu aluno, então ele disse, não, a senhora leva para casa e não tem () Qualquer coisa que aconteça, Traga de volta para cá, qual que é a hora do dia ou da noite. Aí () Aí eu trouxe para cá, e logo depois ele apareceu, a causa da febre, porque ele estava com uma febre () dele. Inflamação de garganta. E E já tinha sido feita, naturalmente, já tinha vindo com remédio para tomar né. Com rela>  tem muito pouca coisa para contar. () () ficaram muito pouco doentes, e eles estão () salvou. Eu morei cinco anos na Bahia, e os dois mais velhos não foram ameaçados nenhuma vez. () Também na Bahia, lá, é muito difícil ficar doente, né? (risos) O clima... Não, pelo menos com as condições que a gente tem de vida, lógico, tem muita gente que, claro, passa fome, et cétera. Mas () o primeiro ano. Tem uma grande chan> (fala rindo) (risos) Acho o mesmo. Eu acho que quem é quem tem condições ruins de vida, tem muito melhor de condições () está aqui. () não consegue sobreviver, aí... (risos) () ### Mas eu ()  três anos estudando socorro, () Braço quebrado, pé torcido () doen> () E a... Aliás, tem  ### ### ### Ela saiu daqui. ### ### Quando ele quebrou o braço o que você fez? Eu levei em um pronto socorro não nosso Lá no pronto socorro lá, engessou o braço E também fez só isso. Ele caiu da bicicleta? () Não, ele caiu no no colégio.Hm () () A fratura é um negócio que eu detesto viu? Eu acho que () é muito ruim, porque os ossos () quebranos né É mesmo, porque de tanta criança na família, a gente não tem muitos casos de () aqui em casa, só seis crianças. Mas o foi o único que quebrou alguma coisa foi o Carlos, e assim mesmo no acidente. Mas ele teve uma fratura tão horrorosa, não sei se é porque eu nunca tinha visto fratura, ele fez uma fratura nos dois laço E o que impressionou é mais a posição que o braço ficou. () O braço dele torce> Também na adolescência, às vezes é é complicado. Mas eu acho que a gente vai tendo, adquirindo uma certa prática e e não ser emburrar assim demais, não se... não não se envolver demais com os problemas, né. Eu não posso me queixar, eu acho que criança é um negócio formidável, e eu acho ótimo ter uma família gran> Principalmente assim na diferença grande de idade, porque a gente não... Tem problemas variados, tem conversações variadas. E acho que se somando tudo, as vantagens são muito maiores do que as desvantagens. Eu acho muito bom que () Graças a Deus esses problemas sério mesmo, eu nunca tive () Não () ### () também entre eles e com a gente. Mas que a gente, não pode querer querer resolver os problemas  A gente tem que assumir parte deles. faz muito não atrapalhada demais, né? Interferia muito. A senhora está por perto quando eles precisam, né? Isso é importante. Também acho que é uma certa, não sei se é por sorte ou é por causa da da maneira que a gente chama, é a identidade de gosto. Isso isso é uma coisa importante. Olha, por exemplo, uma coisa que me deixou muito satisfeita foi foi os meus filhos têm Eu tenho mais ou menos os mesmos interesses. Mesmo em termos de literatura, de música, é muito comum, né, você ver () Uns reclamando dos outros, (risos) que ouvem uma música insuportável, porque não sei o quê, lá em casa não acontece. () mais ou menos. Por exemplo, a a Lena agora descobriu o Mário de Andrade. Está lendo o envelhecimento. E foi exatamente mais ou menos na idade dela que eu descobri também. Ela está lendo Macunaíma  Não, já aca> Mas ela ficou fascinada nisso. Fascinada, você entendeu? Não, mas ela tem ideia né. Pois é () não é não é sempre que os pais e os filhos concordam nos nos nos gostos sobre as coisas, né. Eu acho que isso dá uma dá uma possibilidade  () tão grande, né () O universo, claro, com todas as diferenças que são inevitáveis, mas há uma base assim bem ampla de entendimento. () não sei se eu percebi uma coisa, acho que é mais fácil a gente concordar no terreno das ideias do que no terreno do da docomportamento assim, as teorizações do comportamento. É mais fácil a gente concordar com ideias fundamentais sobre as coisas, sobre a vida, sobre o que é importante e o que não é importante, mas quando chega na hora da da de comportamento é que às vezes as coisas desistem um pouco. Por exemplo, eu custei muito para para acostumar com a ideia, com a maneira de ser da da do dos homens, essa falta de... de consideração, por exemplo, pela pela propriedade privada, a facilidade com que eles trocam de roupa, pegam (risos) pegam os livros, pegam os discos dos outros. Isso daí é uma coisa que eu confesso que são um pouco um pouco difícil de acostumar. Eu eu acho também e eu vezes e eu creio com esse negócio. Mas pensando bem lá se se a gente lembrar, Não era muito comum no nosso tempo, mas aqui no caso a gente fazia muito de () O nosso. O nosso. Era () Pois é, a () diferença agora que a gente busca um pouco para para aceitar a ideia é da... da tranquilidade com que eles trocam entre si. Essa vale mais o tempo, não é só com os irmãos, é com os amigos, que eles escolhem, que eles têm toda a consideração, como a gente tinha entre nós. E eu me lembro, no nosso tempo, quando a gente não fazia a mínima questão, se a roupa que era sua, que era minha, ou que você usava primeiro, eu usava depois, eles comprava a nova, e dependendo do da da ocasião, você não ter uma peça e eu ter, você usava antes que eu E eu me lembro que com os meus colegas de escola, com meus amigos, não era assim, o pessoal não não emprestava nada. Cada um tinha suas coisas. Era aquela () A única coisa que eu que eu acho atualmente é que o pessoal não tem, é um pouco descuidado com as coisas. Eles são () Eles emprestam muito e tal, mas eles não não se preocupam muito de tomar conta, não. Isso eu fico meio danada, viu? Às vezes eu vejo o disco, por exemplo, que é um negócio... Às vezes é difícil de adquirir, é precioso e tal. Sabe emprestado, ouro, e mais ou menos deixam aí largado. Não é sempre que eles são muito cuidadosos, com a proprie> Os amigos, os professores, as famílias, os familiares. () Também os amigos. Com os nossos amigos de de juventude, quer dizer, comparando a maneira deles tratarem os amigos de hoje e como a gente tratava, tem uma diferença fundamental. Acho que eles já são são muito mais espontâneos mesmo nas manifestações () Esse negócio de fazer o pessoal chorar, todo mundo te beijar... Na nossa época eles foram muito inofensivos. Não tinha, quer dizer... Era terça de mão, qualquer teve uma época, qualquer coisa assim como pegar no braço, toda gente já era acondicionada se o retrair, né? Você já ficava... (risadas)Mesmo  Mesmo pegar na mão. Eu me lembro de uma ocasião que eu estava no colegial, acho que no segundo ou terceiro ano do colegial, que eu briguei com uma menina da minha escola, porque ela era filha de... eu não lembro exatamente o quê. E eu cheguei no colégio, falei bom dia pros rapazes, cheguei na mão de cada um, e ela então virou assim, "não gosto desse modo de brasileiro de estar dando a mão para qualquer um." E lembro que fiquei louca da vida com a história, falei, poxa, mas isso não é costume da gente, que negócio é esse? É uma questão de boa educação. Até eu acho que é pretexto estar pegando na mão dos rapazes. Lembro que eu fiquei danada com essa história. E hoje o pessoal é todo... É completamente diferente. ### Menor dudiva? ()Eu acho isso muito, muito bacana, eu gosto disso. E nosso tempo não fazia isso também, mas você chegar na casa de um colega seu e beijar o pai dele... (risadas)A mãe não dava. A mãe era muito matrimonioso, muito menos espontânea, sem nenhuma dúvida. Muito, mas completamente diferente. Mesmo com o tio e tudo, a gente tinha outra maneira de tratar, né? Aqui em casa, por exemplo, ninguém chama o tio de senhor ou senhora, e... Ainda chama de tio, tio Alícia, tio Lung, tio Geseu, mas você faz isso, você faz aquilo, não tem menor senta... Não é... como é que a gente diz? Contrangimento de falar, a gente conversa sobre qualquer assunto com ele. Eu não sei também se é porque a gente sempre lidou muito com o moço. Você não tanto, você me teve tanto contato, mas eu, assim, de mundo, sempre falando de professores Mais ou menos faz no caso o que faz com o mercado lá de fora. Ou faz com lá de fora o que a gente faz com daqui, não sei. (risadas) () Lá no colégio atualmente, meu, subiu até mamãe. (risadas) Não só pelo fato do caso de que meu filho tá no colégio, como assim, pelo jeito, que eu não tenho (( Enquanto a diversões, o que vocês gostam de fazer? O que a família, enquanto vocês não falam, a família unida? () Tem uma boa diferença, porque os mais velhos já não lutam contra a própria. ### Então, em termos de diversão, não dá para sair todo mundo junto. O que a gente faz um pouco de questão, acho que tanto a Nilce quanto eu, nós estamos tentando fazer isso () viajar junto, né? Viajar junto e, ainda agora, nos nossos férias, no Rio ### ### ### ### ### ### ### ### ### Um período assim de convivência muito bom. () E todo mundo adora  ### Gosto de qualquer coisa, de qualquer lugar. ### ### ()Agora, o resto, como eu disse para vocês, a gente concorda bastante Preferências ne?! Mas os mais velhos, eu tenho também um menino de quinze ### ### ### O marido também, né? O marido tá com namorada de dois anos. ### ### Cada um vai para sua conta, né? Margarida, eu não sei bem como é que tá na sua casa, mas aqui, apesar de eu não sair muito de mim, atualmente, por muita falta de tempo, Não só eu gosto de sair com ele, os mais velhos, como ele gosta de sair comigo. É muito comum meu filho mais velho, casado, chegar e dizer, "ô mãe, hoje vamos ao cinema, tem um filme que você não pode deixar de ver." Então, eu vou com ele, às vezes com a minha mãe também, às vezes só com ela, às vezes só com ele. E, às vezes, quando tem uma coisa boa dos pequenos dele, como por exemplo, agora tem um filme de moscou, O Guilherme Alussa, a gente sabe, que é arirrita mesmo, os crianças. O meu segundo filho, que está na medicina, ele já, várias vezes, tem levado a pequenininha, que não tem dois anos, mas já é de zoológico, parque da água branca. É um negócio assim que eu não... Isso eu não acho uma coisa muito comum, não, porque normalmente o pessoal mais velho não gosta muito de sair com o pirralho, né? O que realmente congrega a família é a música. O centro nervoso lá de casa é a É a vitrola, realmente. É o equipamento de música lá do meu filho. Equipamento de Equipamento de som. Ele tem uma gravadora que tem pré-vitrola. Então, a reunião, sei lá, nós vestimos, até seria o nosso escritório, mas nós vestimos no escritório e a coisa funcionou como sala de música. E o pessoal todo se reúne lá em Casa da Vitrola. Vários grupos, né? Os amigos dos meus filhos são muito bons caras. Então, a grande atração é a Vitrola ou o gravador. Agora, vocês sabem que o Mário deu aquelas aulas de físico, né? Então o dinheiro que ele ganhou, casal, ele comprou um daqueles fones, sabe o que é? E comprou disco, e acho que ele gastou tudo nisso. Então, acho que a coisa fundamental dela fazer é isso mesmo. E é engraçado que até na pequena, de cinquenta anos, ela tem uma sensibilidade musical impressionante. Ela tem uma facilidade para memorizar tanto letras quanto a melodia mesmo. Ela canta cantarola, músicas do () Aliás, um dos privilégios dela é aquela língua do Não sei se chama janela lateral, não sei se é esse o nome da música. E ela pita assim, ela senta e passa a pita na gente. Fica quieta que eu quero ouvir a música. ### ### Diversão coletiva é  Agora, música clássica, o Mário que gosta mais, né? Ele gosta de música. Todos eles gostam de música. O Falcão não teve preferência grande por... Ele gosta de música... Frenacentista, música... Barroca, assim. ### Todo mundo lá em casa gosta. Agora, é interessante também, o Mário não gosta de acontecer. Ele diz que ele aprecia muito mais a música ouvindo em casa. Ele vai achar tudo que se distrai, não é uma coisa engraçada  Acho que em casa é () porque já é um pouco diferente o negócio. O Fernando gosta demais de música clássica. Então, quando eu estou em casa e ouço alguém chegar e ouço tocar Vivaldi ou Vinoni, eu posso ter certeza de que o músico é o Fernando. Os outros gostam, mas eles não vão. Se for ela, vai pôr um disco de música clássica. Agora, o Fernando gosta de música popular também, mas se ele chega e tá tocando, ele não vai lá e desliga, ele reclama. Mas o gosto dele é bem diferente dos outros. E ele gosta demais de concertos. Não vai mais porque não tem muito tempo, mas podendo, ele vai. Já os outros, não. O Guilherme e o Ferdi gostam muito de balão. Mas o Guilherme gosta de música erudita também, eu sei. Ele foi transferido para o Mário Bastão segundo São Mateus. É, gosta, não há dúvida. Mas se você pegar todos os quinhentas mil vezes que o Guilherme põe música de trolla, poucas vezes ele põe música clássica. Muitas mais vezes ele ouve música popular. e o Fernando não  O Fernando é muito mais música clássica do que o Guilherme. Agora não sei, eu acho que atualmente tem tanta coisa... Tem muita diferença. É, é verdade. Você pega o Filipe Cumbia, que é mais famoso, por exemplo, você não vai ver que a música dele seja música popular. É uma coisa altamente sofisticada, né? Só que o contrário, você pega dentro disso, você vê que tá um mo... ### ### ### Muito impreciso. Falando nesse negócio todo, nós vamos na feira da lua ou não vamos? Nós estávamos combinando, hoje não é quinta-feira que vai ter () na () ### Mas é um rolo... Só que teve uma briga, o Dumont falou hoje na hora do almoço que tinha visto o jornal, mas eu não li o jornal ainda hoje, e eu não fiquei sabendo com detalhes o que foi. Parece que foi a história de setembro, o público, não é aquilo que tu desejaria que fosse, né? E o Caetano, não sei o que que houve no almoço, mas ele não aguenta, ele começa a brigar, começa a xingar, tanto que eu Saí num bate-boca dos diabos lá, agressão mútua. Acabou não saindo nada que interessasse pelo comentário do jornal, só isso que eu vi. Eu acho isso uma cena, eu acho que o Caetano está... Tá indo por um caminho que eu não sei onde é que ele vai parar, porque tá certo, ele pode ter razão, mas então eles estão ficando aos dedos e tudo, que não é aquilo que se desejaria mesmo. Mas o ponto é que a gente tem que ser de tudo, porque se a gente não faz essa linha de agrediço sistematicamente, o que vai? Não tem, não, não tem entendido essa história. Ainda me lembro do escola do Castro Alves, que até então foi aquele que nós íamos na Bahia, em sessenta e nove. () aclamado, delirantemente, pessoal. Nossa senhora, foi chato, castroso, loucado, repleto. Bom, até como, né? ### O Caetano foi meu vizinho na Bahia, né? Quando a machinha nasceu, eu estava com a minha irmã  Foi aquele período de seis meses que eles passaram lá na Bahia, antes de  Quando foi, eles não se apresentavam. ### que dava da janela da minha sala, que era o meu apartamento, que era onde eu via o cintal da casa dele. E era só uma praia. Aonde que era? Do lado? Lá do outro lado? Não, na outra rua. Naquela rua que tinha a praia, na Rua do Grande Sul. Sabe? Tinha a rua. Era a rua perpendicular à praia? ### Exatamente, o nosso prédio era de esquina, lembra? Então, acabava o prédio, depois tinha uma casa, assim, com um portão, portão de um baixo, uma casa comprida, e o quintal dava exatamente embaixo da minha janela, da sala de jantar. E eles ensaiavam lá, então a gente ficava ouvindo, né? Ficava ouvindo, e a casa deles vivia aberta. Entrava e saia gente de lá  Dia e noite, Cada manhã você olhava Ia tomar sol no quintal. Tomar sol no quintal. E as crianças, então, a minha penúltima, minha terceira, minha segunda, minha quinta, eu tinha cinco anos de idade, E ela, então, ia lá, entrava, sentava no chão da sala e ficava ouvindo o pessoal ensaiar. Então, ela sabia todas as músicas de cor, e quando eles deram o show, havia aprendiz, né? ### ### ### Ninguém diz até baterista, guitarrista. () Eles tinham números com o conjunto e números que era só violão. O conjunto era isso, acho que era guitarra, bateria e até o piano. O piano não tinha nada. Era basicamente isso, uma guitarra elétrica e bateria. Vocês não têm preferência de instrumentos municipais? Ninguém da família tem dão para tal? Infelizmente, não. É uma coisa que eu sinto demais, porque... Eu acho que deve ser delicioso saber tocar, mas... É engraçado, aqui todo mundo gosta muito de música, de ouvir música, mas acho que não tem ninguém com capacidade para tocar, né? A não ser mamãe. Mamãe toca piano desouvido. Eu não sei se ela aprendeu. Interessante que não. Mas ela toca, inclusive tem composição  Mas nós, nenhum de nós, nem os irmãos nenhum, agora os filhos de () O meu filho mais velho aprendeu flauta. Ele chegou a tocar um pouquinho, mas ele não tinha facilidade. Os outros, eu acho que a Martina e os outros. Não sei se para tocar instrumento não, mas eu gostaria de que ela fizesse um curso de iniciação musical, para aproveitar essa facilidade que ela tem, porque a universidade da Martina é uma universidade em que o som tem muita importância. Ela tem uma sensibilidade incrível, quando ela era bem pequenininha, você se lembra? Quando ela não suportava o barulho de campainha, a campainha da minha casa era muito alta, muito estressante. Ela ouvia a campainha e estremecia. Avião, você lembra? Aviador, liquidificador, todo esse negócio. E outra coisa interessante, aquele disco do Ju, que tem aquele... Ela, no começo, não suportava ouvir aquilo. Não é que ela não gostasse, não. Ela se sentia... Ela era muito... Não sei se era muito aguda, mas ela se sentia muito mal. Ela podia ser tirada do próprio... Ela ficava angustiada. Depois ela acostumou, aí ela passou a gostar, mas no começo... Ela ficava aflita, sabe? Eu acho que lá realmente tem uma sensibilidade muito grande e eu gostaria disso, de quando tivessem, qualquer coisa assim, tendo iniciação musical aqui, eu não sei onde é que tem isso, na Bahia sim. Na Bahia, nos seminários de música lá da universidade, eles tinham um curso que procurava iniciação musical. Então era assim, não era obrigatório tocar algum instrumento, não podia tocar um não, mas o fundamental era uma educação musical, sabe? ### (), todo tipo de coisa que vocês ### Fora o tricô e o bordado, com o lazer. Trabalho, manuais e faz não só tricô e bordado, e faz cultura, relendo. ### Isso daí já não é relendo. Tem uma peculiaridade da família. Não são todos, mas um bom número de... Palavras cruzadas. Palavras cruzadas e quebra-cabeça. ### Meu filho adora quebra-cabeça e faz assim... ### ### ### ### É montar a quebra-cabeça e fazer paradas cruzadas. Aliás, o meu pai gostava muito de lagoar, que é só um traço de família para mim. Ainda vou estudar a genética da palavra cruzada. E as crianças também têm isso. Tem uns que gostam e tem outros que não suportam. Mas acho que isso é mais ou menos o estilo de coisa. A pessoa gosta do estilo de coisa, então não tem a menor paciência. A única exceção é a Laís. ### Não é que ela não goste, mas ela não liga. Ela é tão ocupada que ela nunca... Ainda não é problema de tempo, porque até que ninguém tenta fazer palavras cruzadas. Quebra-cabeça. Mas a gente, por exemplo, para mim é de alimentar, porque é um alimento que funciona, como estomago, etc. () Para você... Sei lá, eu acho que quando você tá montando o quebra-cabeça ### ### ### A gente adquire um hábito também. Eu detesto ficar sem me mexer com as mãos. Mas é uma das coisas que me dá uma angústia danada, um desespero danado. Às quartas-feiras de manhã, no meu colégio de trabalho, a gente tem reunião. Então, os professores discutem ()  cada aluno percebe o que a gente fez, o que a gente tá rendendo, o que a gente tá rendendo. E é que me dava duas, três horas, às vezes mais, porque ficar ali sentada, sem fazer nada, com as mãos, para mim, é um sacrifício. Quanto que as primeiras, as segundas, as duas, eu fui, eu fui. Depois eu falei com o diretor, ó, eu... E, naturalmente, a gente participava, mas eu não posso () ### ### ### (risadas) e agora já ficou assim tradicional, ne ficou celular falo dou palpite ()  Fiz três puladas no tempo. ### ### ### Aquele com o Ricardo, com a Marina, e agora Trabalhoso. Além das outras. Também, atualmente, é o único, quase o único tempo que eu tenho que fazer. Meu filho, treinando foi um caso estranho ### Ele tem as duas características, ele lê muito rapidamente e lê muito tempo em seguida. Ele não é capaz de dar um livro de trezentas páginas, de um  ### Passa a noite inteira lendo  Eu nunca ouvi louco o que dizia o seu marido. Desde pequeno. Nunca mais me esqueço, numa ocasião, ele dava as inquérias, lendo um livro atrás do outro. Mas ele, quando pegava os os os livros para ler, esquecia do mundo, né? E  E, quando lá, estava perto e tinha feito uma pergunta. E ele nem ouviu a pronúncia. Ah repetiu a pergunta. Também não adiantou nada. Na terceira, eu já, Mário, acorda! () acorda! Eu não vi, não. Ele falou, está comigo, acorda! (risos) Ele ficava completamente desligado, () nem sabendo o que estava acontecendo em volta dele.                                                                                                                                                                                   Ele lia com uma rapidez, eu nunca leria assim. () um livro atrás do outro. () aquela coisa extraordinária, é que o começo muito cedo () () um exemplo. O meu marido... () não adianta ()  como? Não entendeu a impressão que ele me deu de pe> ### O que que você entendeu disso? ###  papapapá, e ficou. E aí eu comecei a pensar e disse, bom, realmente é preciso que uma criança, pelo menos, tenha uma facilidade de poder virar jovem, porque é uma pessoa adulta, porque não tem todos aquelas todos os preconceitos com relação à à estrutura musical, à linguagem, né? Então, o próximo() próximo do universo dele que o do da gente. ### ele  vai com nove anos de idade.  Daí que a gente, continua olhando () uma experiência isolada né. muito cedo mesmo. Ele foi um caso meio extremo. Agora, todos todos go gostam de ler. A Lena hm A lena está ficando assim... motivo de comentário de colagem, porque ela sempre vai com um livro. Ela leva o material de escola e leva um livro que ela lê no ôni> () ou quando não quer prestar atenção na aula, sei lá. E o os colegas acham estranhíssimo. Todo mundo vai perguntar para elas. O que que você está lendo agora? (risos) agora () o pessoal atualmente não lê muito não, viu? Não lê e não escreve. É mais ou menos raro a gente encontrar.  vamos na escola. () eu gosto... E tudo assim de de divertir ainda. Fora de casa, o que vocês fazem? Lugares (). Hm   tem esses postes () Faz alguma coisa? E as crianças? Perae deixa eu... E inteligente nada, não? Não dá tempo. Bom, acho que é porque a gente não é, assim, muito... () isso não arranjaria tempo, é lógico. Mas isso eu acho uma falha, porque as crianças atualmente não estão indo nadar. Nós somos sócios do clube, tem gente lá quanto eu, mas a gente não vai nunca. E eles gostam. Os mais velhos, eu não gosto mais, porque poderiam ir sozinhas, e não vão. Os pequenos que ainda gostam, eles não têm muita disposição para levar. () de onze anos, ela está sentindo muita falta de() na verdade ela () ela foi ao Palmeiras até falar isso, para ela ver o que o que ela podia fa> Ela está mais ou menos decidida em fazer ginástico. ### Sei lá, ela ficou apaixonada por patinação também. () Ah você me compra patins? () já escolheu o médico, já está perdida. (risos) Mas ela está querendo fazer. ### eh é aquela história, sabe, o tempo realmente é curto, de quando chega a sábado, domingo, as solicitações para o pessoal dessa faixa de quinze ou vinte anos, são muito grandes em termos de, sei lá, show que eles querem ver, cinema, teatro, reunião com amigos, meus filhos gostam muito de teatro, todos eles. O mais velho, o Mário, já já já participou do grupo de teatro da escola. Eles montaram uma peça, que depois eles vão até levar no Ouro Preto, ali no pessoal () E a minha filha, às quinze anos agora, em julho, eles apresentaram para mim uma peçinha. Eu vou lá dar uma busca, uma noite de peça de São João sei lá, que é assim, eles escrevem, eles eles montam o cená> dirigem, fazem tudo. Então, isso ocupa muito, né? Só as reuniões do grupo de teatro são um negócio assim que leva três horas discutindo o que eles querem fazer. () Então. () Eu faço realmente, não sei se eu faço () ()Tem que levar. () ### ### Tem que escolher entre duas solicitações (risos) Aí eu acho que saí perdendo () adoram.  Os meus que passaram de cinco anos na Bahia então, vâo muito a praia, né. E também tem isso viu, quem está acostumado com praia, não se conforme em viver sem isso. E que nós não  Isso é uma coisa bem menos satisfatória, né. Eu acho muito muito limitado. Acaba não indo. A gente é só a temporada de férias, né? Férias, feriados, semana da pátria. Podendo eles... Igual, minha nora, por exemplo, tem uma casa em Ubatuba. Então, vai o pessoal para lá. E a mamãe ficava na Praia Grande. Então, eles iam muito para lá também. Mas agora já não... Também não estão muito perto. Primeiro porque é muito complicado, né? Sair... Sair para o  litoral é uma aven> Você tem que ficar horas na fila da da da Serra do Mar, e o trânsito horroroso. Não não dá muita vontade, né? A não ser que eles dispõe bastante tempo para sair fora do do horário do do caminho concorrido. Eu, particularmente, não gosto muito de Bahia, não. Você também não, né? Gosto muito mais () De viajar para o interior ### De montanha, né? É. Eu gosto de montanha. ### Tem problema da areia (risadas) ### (risadas) E os jogos que vocês jogavam? Jogos? Não, você gosta de baralho, por exemplo? O único que a gente gosta aqui em casa é se você tem um fininho... Eu detesto! Eu prefiro Eu lembro da minha sogra "Eu prefiro lavar roupa a jogar baralho." Detesto mesmo, viu? Eu não entendo isso. ### A única coisa que eu não gosto Estou sozinha, mas o jogo que depende de um monte de gente, que depende do esporte também () Não sou a companhia mesmo viu, para jogar nada. Não sei jogar buraco, nem canastra, nem... De vez em quando eu jogava pouco com o dinheiro. Mas só para fazer companhia, porque por vontade mesmo, sem divertimento, não. E é que ninguém gosta muito não, né? Dos nossos eu não gosto dos baralhos não. ### Ah, bom. ### Não é engraçado? Sabreus é uma coisa que todos nós () que somos entreinados não sentimos. Os meninos todos gostam de sabreus, não? ### O Roberto. O Roberto joga bem sabreus. O Mário joga muito. Não joga bem, mas ele gosta. Acho que é só mesmo. ### ### (risos) Futebol não precisa ser considerado jogo ou esporte. ### Futebol, futebol todos eles também gostam, gostaram. ### Futebol... Não, eu não tive de colégio. Agora o meu filho já está na universidade. Gosta de jogar muito pingue-pongue. (fala rindo) Eu vi no meio do material escolar do Marcio uma raquete de pingue-pongue. (fala rindo) Falei, ué, o que é isso? Todo mundo espera a aula, depois que a gente sai de aula. Todo mundo mata a aula. (risadas) É pessoal, né? () É só Carlos, o terceiro, esse gosta de futebol, vou estar no colégio, os outros dois estão na universidade, não enrolam nada. Na semana do meu aniversário, () no segundo, ele vai, na semana da () tem uma competição, chama Internet, ano passado ele foi, esse ano foi, mas ele vai ter o convívio que tem, com o pessoal, para poder conhecer a cidade interior, onde está sendo A competição, querendo participar do esporte, nenhum. Nenhum, nenhum, nenhum. Nunca fez E tem gente que não gosta mesmo da festa, né? Fora isso, como é que vocês fazem, assim, reuniões semanais ou diárias da família? Em épocas importantes () ### Porque é aniversário, Natal, Festa, a gente tá sempre junto. Aqui é ficou fácil, porque... Pegado, aí mora meu irmão e minha mãe. Na esquina, do lado de cá, mora minha sogra. Do outro lado, mora o Zilá. Então, a família já tá praticamente toda, toda E o daqui (risos). Totalmente (), não? ### Estava falando que não sei se ia levar o Zinho num lugar chamado Moscou. O quê que era? Ah, o circo de Moscou. Você gosta? Eu gosto demais. E gosto muito não só pelo circo, como para levar ae Eu acho que criança em circo é um negócio formidável  Ah, eles ficam. Acho que aquilo é uma beleza, não é? Uma... Não só pela novidade da coisa, porque sempre tem novidade, mas às vezes são coisas que eles já viram. Mas acho que... Eu não sei direito dizer porquê, viu? Porque eles gostam tanto. E esse é um círculo que eu imagino que seja excepcional. Eu vi em uma ocasião, muitos anos atrás, quando esteve aqui, E esses trabalhos que eles fazem com bichos, com ursos principalmente, são muito bons. E tenho vontade de vir outra vez. E como eu falei de levar as crianças, todo mundo achou que valia a pena ir. Os grandes também, os velhos carinhas. ### ### Ela tá fazendo capoeira. Hoje ela tá, coitada, e não tá podendo nem se mexer direito. (risadas) Ela foi, hoje é que é assim, já foi ontem. Foi a primeira aula de capoeira. (risos) Hoje ela tá doendo da cabeça aos pés, né? Eu só falei para ela que você entra em banho, em morno, com sal. (risos) Mas, sabe, esse negócio () () É lá na Barra ### Ele pretende fazer um centro cultural lá, sabe? ### tentando desenvolver isso. ### Porque amanhã ela tem outra aula, não sei como ela vai se arrumar. (fala rindo) Ela diz assim, não sei se você começar a fazer melhor um pouco, mas não sei não, acho que ela tá bem quebrada. ### Você não lembra a gente, nos primeiros dias de ginástica, como é que ficava? Dentro do colégio, nós tínhamos um professor de ginástica muito inteligente. E, oh... ele era danado. E a gente, no primeiro dia de ginástica, nossa senhora, ficava quase que de cama. E depois, acostumava. E precisa, né? No ano passado, quando o Fernando entrou na Faculdade de Medicina, Era obrigado a fazer ginástica. E ele cabulou o quanto pode Até que chegou uma época lá que não podia mais faltar  Então ele foi fazer. E ele teve uma... () Não perdeu a extensão, não. Ele ficou com uma... Um hematoma na perna, mesmo um negócio de sangue. Uma coisa horroro... Parecia que tinha levado uma batida muito violenta. Aí doía... terrível  Ele foi ao médico lá do () E o médico dispensou. E com a fila eu não podia fazer ginástica, tinha que ficar () , uma opção de tempo. E ele achou uma delícia, né? E acabou sendo dispensado. Esse ano ele tava também levando a ginástica de qualquer jeito, ele tava indo. Quando foi na (), ele disse, "bom, preciso retomar a ginástica a sério." Quando ia para escola para fazer ginástica, sofreu um acidente. ()bEle foi atravessar o, o, o, a rua lá da, da, da escola para pegar o carro. Ele tinha deixado o carro numa transversal. Ele foi pegar o carro e o ônibus tava saindo, parece que deu uma marcha ré, não sei bem como foi o negócio, mas o ônibus foi em cima dele e encostou o cano de escapamento no braço. Mas fez uma queimadura horrorosa, tá enorme. Ele teve que voltar para a faculdade, ir ao hospital, ser tratado, enfaixado, etc. Chegou aqui com o braço todo  Enrolado. Eu falei, "você para fazer ginástica em" ele, já não pode fazer hoje, já perdeu. E provavelmente vai ser despensado, porque pelo menos durante algum tempo ele vai ficar sem poder fazer. Nenhum () corrida. ### Mas uma coisa que deveria ser proibida. É criminoso, simplesmente. É uma estupidez. O pessoal se mascava. Cada corrida morreu uns dois. Não acho graça nenhuma, nenhuma. ### Se eu estivesse correndo na, na, na rua e chegar na... na janela e vê. (risadas) Não, o cavalo é bonito, o cavalo correndo é um negócio bonito, mas não para () Não tem graça nenhuma aqui, não. ### Aliás, uma das coisas que eu mais detesto é andar correndo em qualquer coisa. Andar correndo de carro, por exemplo. Se um dia for de louco, eu detesto. Não gosto de viajar de avião. Vai de pressa demais. Eu não via nada, não... E como que é a sensação de uma velocidade? Não é meu... não gosto, não. Quando eu estou triste, eu gosto muito é de andar. () ### Meu marido é que dirige  Eu ando de ônibus. E... Ando muito. Ando até... Tanto que dá para fazer um concurso que ()  Eu gosto de andar pela cidade, não me incomoda muito. Tem gente que gosta de andar, sei lá, no campo, no jardim. Isso é uma coisa impossível. Eu gosto de andar pela rua, ver gente, parar, olhar as coisas. Tem muita coisa que quem anda só de carro não vê. Agora, por exemplo, para ir trabalhar, eu tava fazendo os contas ontem, se eu quiser, ir só de ônibus, voltar de ônibus, não tiver nenhuma carona até o ponto do ônibus, essas coisas, eu ando uns três quilômetros, por exemplo. ### Eu detesto realmente andar no ônibus cheio. De pé em ônibus, também nós, nós puxamos do papai, não é isso? Você lembra como a gente detestava isso? Então ele me dirigia com o meu irmão e andava no ônibus. Até ele ficava na... Tinha que enfrentar uma fila assim e esperar uma hora na fila, mas nunca entrava no ônibus cheio. ### ### E é aquele. É horrível andar com dois filhos () no ônibus  Normalmente a gente anda muito pouco. Eu gosto de andar também, mas eu ando pouquíssimo, porque serve o colégio de carro, vou e volto, né? É quase impossível, ir de ônibus, de ter condição muito ruim de andar lá. É difícil. Depois não dá muito tempo também. Acabando, vai ficando desacostumada. Eu acho que faz muita falta. É um exercício muito bom. Eu deveria fazer por obrigação, todo dia, depois de jantar, ou à noite, sair. () voltas no quarteirão, andar umas duas ou três vezes. Duas ou três voltas do quarteirão. E uma coisa que eu gosto demais de fazer também é andar de bicicleta. Delicioso. No outro dia, eu falei de andar de bicicleta aqui em volta, o pessoal falou, "ah, imagina!" O problema é que eu tenho que andar só dentro de casa mesmo. Claro que o quintal aqui dá para dar umas voltinhas. (fala rindo,) () O problema é que a gente tem que treinar um pouco, porque sair de bicicleta aqui nessa junta tem agilidade, né? Para ter a idade que tem as crianças () são capazes. de andar com facilidade, ou então treinar um pouco. Eu não me atrevo muito, não. Muito desanimada. Agora, quando eu for para praia a próxima vez, vou levar a bici... ### Gosto mais mesmo do que andar a cavalo. Cavalo... temperamento do cavalo  (fala rindo), a cavalo () deixar o cavalo  () É muito ruim, eu gostava Muito de andar de cavalo  quando era menina, agora... Nunca mais andei. Na realidade, então, () de carro