Inquérito SP_D2_185

SPEAKER 1: : Porque nós não temos um acordo entre a família ( ).

SPEAKER 3: : ( ) temos. ### Mas por que a senhora não tem televisão em casa? Por que a família não tem televisão em

SPEAKER 1: : Pelo seguinte, porque nós achamos que embora a televisão seja um meio de comunicação eh muito bom, no Brasil o nível de televisão é tão baixo que você nem pode criticá-la. ( ) posso chegar para as minhas crianças e dizer, olha, minha filha, isso, isso, ou elas chegarem a mim e levarem qualquer problema que possa ser criticado. Não Dá o nível é tão baixo que você a única coisa que você pode fazer em frente à televisão é ficar ca E as as nossas crianças, elas têm de dezoito até Até nove anos de idade Então, eh de desde que elas nasceram, a personalidade está em formação, em casa. a gente procura se manter o moral alto. Principalmente o moral mais alto que nós achamos é não se mentir. E a televisão ão mostra como a gente deve mentir, ensina a mentir. Eh ( ) uh outro problema da televisão, por exemplo, além do... Então, se nós mantemos um nível de moral alto em casa, de repente você liga um botão, então todas as coisas imorais que você não pode peneirar para as pessoas que com a personalidade em informação uh, nós trazemos para dentro de casa. Então, qual é o nosso papel? Nós fazemos que papel? Se nós mesmo botamos dentro de casa uma coisa que depois nós nem podemos criticar porque está tão abaixo do nível de crítica, então o nosso papel fica um papel de festa. Então é melhor deixar os filhos à vontade, sair de casa e deixar com a te

SPEAKER 3: : ( ) o problema que eu vejo na sua tomada de posição é é o seguinte, é que ah os os seus filhos (tosse) vivem numa numa sociedade, não é isso? E fora de casa, a sociedade apresenta uma apresenta todas essas essas essas ( ) que a senhora acabou de apon Então, os os seus filhos, ao ao saírem pela porta de casa, vão encontrar na rua eh tudo aquilo que não encontram em casa. (pigarro) Quer dizer eh o tipo de de de amostras eh sobre a vida que os seus filhos encontram fora de casa são totalmente eh diferentes daqueles daqueles padrões estabelecidos em casa. ( ) Eh eh eh o choque, então, é inevitável né. Quer dizer eh eh os seus filhos tomarão contato com o tipo de sociedade que que existe por aí de qualquer forma, quer seja em casa, quer seja na rua. Então, não não seria nessas condições mais interessante que que o choque fosse fosse travado na na própria casa?

SPEAKER 1: : Isso é tão fácil de responder, Astorinho, porque a forma boa de comunicação que a televisão traz, que seriam os noticiários, em caso a gente substitui por jornal e mesmo por notícias de rádio. O o problema de informação que a televisão traz, que é que ela dá algumas informações além de noticiárias, as crianças substituem perfeitamente lendo livros e ugh e elas têm um convívio social tão grande e con como todo mundo tem televisão, todo mundo fala nos programas de televisão, elas ficam informadas do que existe na te Agora, como elas são crianças que têm uma vida assim muito rica, por exemplo, elas têm conhecimentos musicais que elas mesmas mesmas buscaram, elas têm conhecimentos linguísticos, elas têm conhecimentos de artes plásticas. Eh por exemplo nossas crianças estão numa escola, numa escola que fornece a ela êne possibilidades e êne opções. Então, não não vá pensar que nós fizemos uma maldade com as crianças, nós tirarmos a televisão e não substituírmos por na Não mas não foi assim ( ), não eu eu sei que você não pensou assim, mas muita gente até, eu já cheguei a ser chamada de mal de de maldosa, que eu estava fazendo uma maldade com minhas crianças. Não é isso nós não demos a televisão, mas a escola se encarregou e nós também, de substituirmos a televisão por uma porção de outras coisas. Então o que nós fazemos é o seguinte, nós levamos as crianças a ouvirem concertos, nós levamos as crianças a ver As crianças elas mesmas, como eu já disse a vocês, elas tocam, então elas tocam em audições, elas elas vão a teatro, elas escolhem os seus próprios teatros, elas vão a cinema, então elas podem escolher o programa de teatro e o programa de cinema, o que ( ) não pode fazer uma vez que você liga o botão da televisão. Além do mais, quando uma criança fica muito apegada à televisão, a televisão não permite discussão. E você está sentado ali e você está recebendo todas as informações sem Peneirar agora, quando você vai à procura das informações, você mais ou me ( ) Estabelece um diálogo com elas e as crianças estão acostumadas a Então, o livro, embora não pareça, a gente pode discutir com ( ) O livro você fecha quando você está cansado. A televisão, você fica de tal maneira preso a ele que você você sabe aquele programa vai terminar, depois não vai continuar. Então, você fica ali preso. Então, sobre o seu organismo também há um stress muito grande. Então, nós consideramos todos os prós e todos os contras da te Os prós que a televisão poderia dar foram substituídos por Outras coisas eu não sei se são substituídos inteiramente mas veja. tenho uma menina de dezoito e tenho uma de nove. minha filha elas, uma de dezesseis e uma de treze anos Elas têm amigos, elas são meninas sociais, elas têm relações com a A nossa casa está sempre cheia de gente para almoçar, para jantar, para tomar lanche. Elas são convidadíssimas. Quer dizer que quanto à comunicação com as outras pessoas, parece que elas nunca entraram em choque. Bom e Essa é a nossa experiên Eu não sei se em outras crianças funcionaria da mesma maneira. Mas en casa parece que deu muito certo. Deu tão certo que nós já tivemos te E elas eram muito disciplinadas e viam determinados pro gramas uma vez a televisão quebrou, a válvula ahm queimou, nunca ninguém pediu para consertar, ficou ótimo, no final ( ) da casa, demos a televisão para o guarda, e elas mesmas nunca se interessaram por aquilo. Quer dizer Que para elas não é um problema mortificante. Porque se se fosse, então seria melhor dar uma televisão do que ter um comple exo um problema psiquico qualquer nã Agora, não se esqueça, não há televisão, mas há substitutivos da tele

SPEAKER 3: : Bom, o eu tenho a impressão é o seguinte, que no caso particular da sua família, isto foi possível, né? Eh De início porque se trata de uma de uma de uma família culta, né? De uma De uma claro, de uma e uma família cuja cabeça cujas cabeças são bastante cultas e têm condições, então, de de procurar eh substitutos a adequados. dos pontos positivos que a televisão poderia tra ( ) né Agora, de uma forma geral, eh me parece muito difícil agir de dessa dessa dessa maneira né. Quer dizer, eh se nós se nós se nós quiséssemos, por exemplo, eh como norma, substituir os pontos positivos que a televisão pode apresentar né por esse tipo de de atitude que que a sua família ( ), eu acho que seria muito difícil viu. Seria bastante bastante complicado mesmo. É claro que cada um vive a sua família né, vive para a sua família. Eu eu tenho a impressão que quando quando a senhora e o seu marido eh se propuseram a tomar esse tipo de de atitude, eh não estavam querendo reformar o mundo. Estavam querendo apenas Apenas e e estabelecer uma norma para a sua família né. Para a sua família isso é possível. Agora, de um modo geral, me parece que seria bem difícil

SPEAKER 1: : ### Foi o nosso problema particular. Mas, na realidade, a televisão deve ser encarada não como um problema particular, mas como um problema social. Então O mínimo que se deveria fazer era reformar esse tipo de programa de televisão. Eu eu acho, Astorinho, que a gente tem um aparelho como a televisão em casa, ninguém não usar. Se vo cê tem, você vai usá-lo, né? É Então, se você vai usar esse aparelho, que ele tenha presente, de vez em quando, pelo menos, um ou dois ou três programas que você possa escolher. Eu não sou contra a televisão como meio de comunicação de. Vez em quando, sempre eu sou, pelo seguinte, como já já expliquei a você, ela não permite eh E segundo, é uma informação muito cansativa, um tipo de informação que usa uns meios cansativos, porque você vê aquele flash que existe, está provado que causa males aos olhos, inclusive em pessoas que têm tendência à epilepsia, desencadeia, irrita focos e desencadeia a epilepsia. Não sei Se vocês sabem que na Europa existem hos ### Então, são essas crianças que ficam completamente libertas em casa, então ligam a televisão o dia inteiro. Apesar de lá os programas serem bons, elas têm esse problema. Agora, isso é uma questão de disciplina do lar. Uma vez que o lar tivesse disciplina e os programas fossem bons, que mal haveria em a gente ver um programa de vez em quando. Mas aqui você não vê, você vê que até novela, Outro dia eu ouvi uma conversa sobre a Super Manuela, que é uma novela que dizem que é muito engraçadinha, muito boa, as crianças ouvem, os pais ouvem junto com as crianças, mas agora introduziram um problema do indivíduo que sofreu um desastre, então ele não pode casar. Ele não pode casar porque ele não ele não ele está assim sexualmente im potente então introduziram isso para as crianças pode entender isso muito bem. ( ) Se minha filha me perguntasse por que ele não poderia casar, eu diria simplesmente para ela que ela pediu e ponto final. Mas há crianças que só com isso não se satisfariam. E para quê introduzir este problema, que no fim é um problema muito grande, em determinadas idades? A idade... Você vê, a televisão não seleciona as i Idades os programas são Olha, o que eu tenho visto aqui, gente, de qualquer maneira, inclusive programas inocentes, o mínimo que eu vi de coisa num num programa inocente foi um dar pontapé no ( ) Para que reagir assim de uma Forma agressiva física mesmo falei para quê isso né ( ) como que eh

SPEAKER 3: : Sobre a qualidade dos dos programas de televisão, é é notório ### Raramente aparece um programa um programa que passa assim por uma por uma filtragem, por uma uma triagem. (pigarro) E, às vezes hã, alguns aspectos de um dado programa são positivos. Mas, se o pro se o programa for analisado globalmente, eh eu eu tenho a impressão que não há não há nada que se salve.

SPEAKER 0: : Mas eh eh me parece que a televisão também pode fazer esse papel de informação e de instrução. E eu gostaria de saber se existe no Brasil alguma televisão que se proponha a fazer qualquer coisa desse tipo, ou se ela também insere nos programas coisas que são desvantagens no contexto da educação.

SPEAKER 3: : Bom, eh parece que exi existem tentativas né no sentido de tornar a a a televisão um veículo ehcapaz de de de levar um pouco de cultura e tudo mais. Mas eu tenho a impressão de que essas tentativas são eh são muito acadêmicas e pecam por esse por esse por esse caminho né. Então, eh o pessoal parece que transforma E, consequentemente, isso isso afugenta aquele aquele cidadão que está em busca de lazer. Eh então a a Por por por me melhor que seja o conteúdo desses programas, a forma se reveste de características tão acadêmicas que isso é suficiente para afugentar a maioria dos chamados telespectadores.

SPEAKER 1: : Eu acho que vocês tem eh que você tem toda razão, Astorinho, porque realmente eu acho que cultura você não adquire em determinada hora. Ah ah A cultura faz parte do dia-a-dia, da sua conversação, dos seus pensamentos, das suas ansiedades. Então ter ter uma televisão que se propõe a ser cultural, então ela enfatiza esse ponto, então ela se torna assim, cultural, eh como você diz, ela se torna acadêmica, eu diria, torna-se chata, porque eu já assisti certos programas que realmente são chatos, in inclusive de de Tê Vê, chamados educadores e que têm programas culturais. Eu acho que, como você disse, e disse muito bem, ela é um instrumento de lazer que tornou um instrumento de comunicação, um ins instrumento de culturação. Então, ela deveria ser de tal nível que ela desse isso de uma forma am e cultural porque cultura é tudo, o dia a dia é cultura,  o ar que eu respiro me dá até um um... Se ele me dá cultura, ele me dá uma certa possibilidade de respirar bem ter certa cultura. ### Então, eu acho que você tem toda a ra zão o que estraga é é ser eh eh encaixadinho, feitinho, quadra dinho para aquele de terminado e não é assim deveria ser eh pari-passi com todas as outras co

SPEAKER 0: : Mas existem outros meios de comunicação que chegam até a sua casa, né? E eu queria saber os outros meios que vocês usam e que as crianças também usam e que vocês podem selecionar esse uso também.

SPEAKER 1: : Em casa vêem jornais. Eh eh Como eu disse a vocês, como na televisão, se vêem jornal não é para ninguém ler ele não vai para o sexto, ninguém tira do sexto. Isso é para ler. E lê-se Agora, a seleção é muito difícil, principalmente nessa idade em que a criança descobre que sabe ler, então ela lê todas as notícias. Lê desde o homem que matou a mulher, não sei com quantas facadas, até o foguete que foi para a lua e não sei o que mais. É meio difícil a gente fazer a seleção. Agora, como o jornal é muito diversificado, Então, ao lado das coisas assim meio drásticas e muito ruins, que se a criança chega para gente e pergunta, ah, o homem matou a mulher a facada, então a gente dá um de meio distraído, é, realmente, matou sim, você tem razão, matou e não dá a maior confiança, a criança acaba esquecendo aquilo. Em compensação, A criança, ela ela pega o jornal e lê as outras notícias todas, então ela mesma faz uma seleção dessas notícias todas, porque é é o mesmo papel do livro, né? A criança lê o que quer, o que ela não quer, ela deixa. Que depois de um de um certo tempo, ela acaba se enjoando de determinadas notícias que não sejam para a idade dela, e então ela não procura es O problema da televisão é que quem ligou a televisão está ven está vendo. Ao menos comigo Se eu vou visitar alguém e a televisão está ligada, que, além do mais, aqui, entre nós, a te a televisão tem um papel antissocial muito grande, né? Bem gran Então você Vai visitar a pessoa, a televisão está ligada e Continua ligada e você não quer estragar o programinha da pessoa. E você mesmo, se a televisão está ligada, eu não consigo despregar os olhos da televisão. E o mesmo acontece com as crianças. Vocês já observaram crianças vendo televisão? ### ### Passiva, né? Passiva comple tamente. ( ) é bom gente mas vamos (risos) eu não sou assim... zer, ( ) o nosso Problema dessa dessa maneira agora, eu gostaria muito que televisão se tornasse fato um alvo social e que melhorasse porque se a gente passa por um bai bairro pobre, olha, a minha empregada, ela não tem geladeira, mas ela tem televisão, né? Não seria Bom que os programas fossem bons? Mas bons assim não no sentido de excelentes eh excelente. Não haveria necessidade disso. tido de atingir o povo, as pessoas, hã de uma maneira, assim, sadia, pelo menos, que fosse sadia. Ah hum dizem os os papas da comunicação

SPEAKER 3: : Como o Chacrinha, por exemplo né, Chacrinha é tido como o papa da da comunicação, que eles dão ao povo aquilo aquilo que o povo solicita. Mas eu tenho a impressão o seguinte, que eh esse raciocínio é sofismático Eu tenho a impressão de que, se o povo eh solicita o pior, compete justamente a quem a quem é papa das comunicações eh educar até mesmo aquilo que o povo solicita né. Da maneira que Eles estão perdendo uma excelente oportunidade de educar o povo né. Educar ( ), não não não educar... dando a aos programas aquele aquele aquela aquela roupagem eh de de aula né, conforme nós dissemos agora há pouco. (pigarro) Mas eu acho que os os detentores eh do poder de comunicação em televisão estão perdendo uma uma excelente oportunidade de de serem úteis à sociedade né. Eles estão apenas dando o ópio a quem está pedindo ópio. Não não fazem nada para que o povo deixe de pedir ópio né. É isso que está acontecendo nos canais né. Agora em em Em relação ao jornal, o que temos para complementar eh, de fato, o os jornais eh trazem uma miscelânea de de assuntos. Mas existem jornais que eh que tomam a a iniciativa de fazer uma uma triagem prévia né. Em casa, por exemplo, entra a Folha de São Paulo. A empresa Folha da Manhã eh controla vários vários títulos de jornal eh. Mas entre eles há grandes diferenças né a. A Folha de São Paulo, na na minha opinião, dessa empresa, é o jornal que se preocupa mais em em selecionar os assuntos. Então, o que a o que acontece? Lá existem notícias do tipo, matou a mulher com doze facadas mas. O o destaque que é dado a essas notícias é tão pequeno né Só casualmente as crianças em casa eh chegam a a ler essas notícias. E parece que, da maneira como essas notícias aparecem, até pelo pelo pequeno espaço que ocupam no todo do jornal né, até pela pela linguagem que que os jornalistas da folha de São Paulo ( ) dar essas essas notícias, o que acontece? A Até isso já é um fator de de orientação né para a leitura das crianças em ca Elas acabam mesmo. Mas eh como aquilo corresponde a uma a uma porcentagem pequena do que foi lido no no total, e considerando a maneira como aquilo é apresentado né, a a seleção a acaba acaba Sendo sendo natural né na apuração das notícias então esse veículo, por exemplo né, de imprensa escrita, na folha de São Paulo, em casa pare funciona muito bem.

SPEAKER 0: : Quando você lê jornal, Astorino, o que é que você procura no jor nal você tem uma sequência certa para ler jornal? Tem tics para ler jornal? (tosse) O que é que você procura ler no jornal? Bom ah

SPEAKER 3: : Quando (pigarro) eu eu pego jornal, existem duas eh motivações né que me fazem ler o jor A primeira é de ordem de ordem pragmática né. ( ) Eu vou em busca daquelas coisas que dizem respeito aos meus interesses mais imediatos. Por exemplo, educação, já que eu sou professor né, ou divulgação ou vulgarização da ciência. não é isto ah Além desse desse desse aspecto que eu chamaria de pragmático né, existe o o aspecto é que me leva até o jornal por curiosidade de saber o que está se passando no mundo né, tanto eh na área na área dos acontecimentos nacionais como na área dos acontecimentos internacionais. Então, eu acho que são duas as duas as duas causas que me levam ao até o Jornal né saber o que se passa na minha profissão né e saber o que se passa no mundo. Notícias do tipo, matou a mulher com duas facadas, por exemplo, é o tipo da coisa que eu nem leio. Claramente, eu bato os olhos ne ne nessas notícias. Eh não sei se com todos acontece a mesma coisa. Eu Quando eu vou ler o jornal, eu faço uma espécie de seleção prévia daquilo que vai me interessar. Então, eu leio os títulos né. Se o título for extremamente interessante, eu já leio direto aquilo que está escrito né. ( ) encontraram Passando ( ) e leio aquilo que me interessa de de acordo com esses com esses dois pontos de vista.

SPEAKER 1: : Vocês que eu sou bastante eclética. Eu faço o seguinte, eu pego jornal de cada rabo mas leio todo Aí eu volto para as coisas que pa para as quais eu estou mais motivada. turalmente, lendo os títulos de cabo a rabo, em geral os títulos são tão ilustrativos que você já tem ideia de toda a informação do que se passou no mundo, do que nos chega, né, entre parênteses. E de Depois eu leio as coisas das mais diversas, inclusive eu leio até notícias sociais, sabe? Porque às vezes lá, (gargalhada) badaladas, idiotas que elas sejam, tenho assim notícia de uma pessoa que eu conheci Em uma determinada ocasião então, eu fico sabendo o que é que ela ( ) está fazendo né eu leio E realmente eu leio ah, às vezes, a minha motivação Varia de dia para dia e há dias que eu leio, sim, um homem que que matou a mulher com doze facadas. (risos)

SPEAKER 3: : Bom, convenhamos que doze facadas é (risos) é muita facada. Isso chama bastante Esse é apelão (risos) ( ) olha por exemplo, Dona Elisa, eh no caso da da Folha de São Paulo, existe algumas História de um padrinho existe aquela aquela seção chamada Panorama né, que é é apresentada pela esposa de um colega nosso né, doty não é isso a Doris Monteiro. É pois é E inclusive, essas seções eu leio também. Tambem ( ) Tavares de Miranda por mais boçal que eu ache que ele seja ( risos) Existe, por exemplo, crítica de teatro, existe crítica crítica de cinema, existe uma sinopse eh de enredo dos principais filmes de exibição, essas coisas eu leio Também né Mas eh eh ( ) tudo isso eh eu enquadraria como como informações a respeito do que se passa no mundo né. Inclusive, existem histórias em histórias em em quadrinhos Eh perfeitamente adaptadas ao dia a dia né eh Às vezes aquela aquela aquela história foi desenhada a dez anos Atrás mas a legenda ### ( ) parece que eles atualizam as legendas ( ) ( ) espero que ( )

SPEAKER 1: : Nós eh assinamos o Veja, que nós achamos uma revista muito boa, bem informativa, Aliás E E o time e o spiegel alemão quer dizer que, nós como as crianças todas falam alemão, e elas têm um bom conhecimento de inglês, então elas também folheiam. E Então, ela tem uma... assim, quanto à informação, você vê, a televisão está perfeitamente substituída. Ah ( ) né E (pigarro) Agora, quanto à formação, elas têm livros e, como já eu disse, teatros e coisas assim, ou elas próprias escolhem? ( ) No caso no caso entram revistas eh mas brasileiras

SPEAKER 3: : ### Ah Veja e você descobre a realidade.

SPEAKER 1: : Está ligado ( ) final piorou, hein? ( ) nossa em casa também entra realidade de vez em quando mas já eu que eu tenho que gastar o meu dinheiro né porque ninguém gasta comprando realidade eu não compro mais realidade não viu

SPEAKER 3: : (gargalhada) Eu eu ainda tenho comprado É a Ontem ontem mesmo eu eu comprei ( ) de realidade mas não eu não deixei de ter uma realidade O o o o mais curioso é que ba baixou o nível hã De uma forma geral, até a correção gramatical dessa revista... Não, isso eu não cheguei a perceber.

SPEAKER 1: : Eu cheguei a perceber. Porque Até a correção gramatical Eu não ligo muito para isso

SPEAKER 3: : Mas Eh está eh

SPEAKER 1: : ( ) Uns assuntos e a maneira de tratar os assuntos mas piorou barbaramente que é essa revista ( ), para a mulher, e que trata a mulher um pouquinho mais inteligentemente, né? É porque a gente nota em todas as revistas femininas (risos) como diz meu marido eu se fosse mulher ### ### O nível dezoito, né? É

SPEAKER 3: : Mas a a as revistas femininas são muito parecidas com os programas eh Eh femini

SPEAKER 1: : ( ) Ah é e tudo importa im im para começar é tudo enlatado né tudo importado Mas o o que não é enlatado

SPEAKER 3: : Eh é tão pouco inteligente

SPEAKER 1: : Realmen E você ( ) e a mulher gosta de ser tratada dessa maneira. ( ) é para você ver Que a própria Cláudia, que é uma revista feminina, ela faz uma coisa boa, que é cultural e in

Inf :ormativa ela faz sempre uma via Embora algumas receitas que ela traga de comida, algumas eu conheço, eu discordo um pouco, (risos) sempre traz um nível cultural de como aquele povo se veste, como come. Embora não seja um Uma realidade assim ( ) (tosse), pelo menos é uma realidade... mais ou menos real, tem uma certa realidade, e para quem não pode viajar, está está ótimo. último número mesmo né

SPEAKER 3: : O número fala sobre

SPEAKER 1: : Na India né Pois é E de uma forma muito interessante Mostra pelo menos uma fotografia de uma casa moderna na Índia, que você fica pensando que o índio hã os indianos, os hindus, eles só passam fome, ou ou então que eles não têm nada, então mostra até uma casa bem moder Então isso tudo É bom né para Traz uma certa cultura ### Mostra Como vestiu O como é o nome daquele eu Eu eu sou, eu sempre estou, eu tenho tenho certos desejos materiais. Um deles é possuir um sari, né? E um dia eu cheguei para comprar numa loja, até estava por um preço muito bom, mas eu olhei olhei toda aquela panarada e falei, o que é que eu faço com ela? Não sei me vestir com um sari. E a Cláudia já trouxe como um usar um sari, mais ou menos como arrumar um sari, né? ( ) para mim ( ) É

SPEAKER 3: : É embora a Cláudia seja Um registro feminino, você está em casa e a gente acaba dando uma folheada, né? E uma coisa interessante que eu notei nesse nesse último número é que algumas comidas indianas eh não são tão... Tão indianas. É Não são tão tão tão desconhecidas assim. É

SPEAKER 1: : Claro. O picadinho, é exatamente Tudo i Frango a maneira de refogar gar o frango É Só que depois eles tem o curry né mas é a mesma coisa Que nós fazemos porque veja os portugueses conquistaram am Índia né É verdade estabeleceram-se lá durante tantos anos ( ) na hitó ( ) né e e, naturalmente, Portugal recebeu muito disso. Deve esquecer que quem ensinou o ocidental a comer foi o oriental né. O o o macarrão mesmo quem entregou o macar carrão foi Itália? ( ) Foi Marco Polo Marco Polo ###

SPEAKER 3: : ### O prato mais italiano que existe não é italiano.

SPEAKER 1: : Não é i . taliano mas, ( ), foi foi bem desen volvido pelos italianos Ah foi Porque macarrão chinês é muito gostoso, mas macarronada italiana não fica atrás. (gargalhada)

SPEAKER 3: : Um um um yakisoba bem preparado, você sabe você sabe Sabe A frase que Fez yakisoba

SPEAKER 1: : Chinês aham Bem preparadinho ( ) um pouco de pacote (gargalhada) Em casa nós somos fãs do macarrão chinês que é barato, cozinha depressa e Eu gostei Em casa convém a todos

SPEAKER 0: : Já que vocês puxaram o assunto de alimentação, comida, essas coisas, eh de uma maneira geral, vocês eh saem para comer fora? Quando vão comer fora? Que tipo de restaurante procuram? Em casa, o tipo de comida que vocês preferem diariamente? Tipos de restaurante que vocês podem encontrar, desde pequeno bar até um restaurante extravagante? As experiências de vocês

SPEAKER 1: : Eu sou vidrada por comida, né? Eu posso dizer que sou uma gurminha, uma gurmã. Pelo menos eu pro curo ser. (risos) E Isso é meio insti Eu gosto demais de comida porque também gosto muito de cozinhar. E eu tenho, assim, uma predileção especial por pratos e e condimentos. Quer dizer, todos os temperinhos, se você for na minha casa, tem uma prateleira que tem temperinhos de o que eu posso achar e se eu vou a um lugar e eu procuro saber que tempero é aquele. Então, tem o tempero da China, tempero da Índia. Mango chutney, curry, hã ( ) hã os temperos alemães todos nós temos e gostamos muito de variar em casa. Agora, como eu não posso cozinhar diariamente Então, a comida preferida mesmo é a a o velho picadinho brasileiro, o bife, o feijão, o arroz, uma macarronada, eh verdurinha refugada. Eh Agora, comer, em geral, aos domingos a gente a gente vai taurantes nós procuramos assim um restaurante bem classe média, bem que toda a família possa ir, porque com as meninas crescendo, e elas com muitos amigos, muitos programas soci Então, mais ou menos, chega uma época da vida que a família já não está tão reunida assim. Então, nós chegamos à conclusão que ainda o almoço de domingo, que a gente vai a um restaurante, é quando toda a família está reunida. Então, às vezes, embora economicamente não seja muito bom, a gente fecha os olhos e vai a um restaurante. E aqui por Pinheiros nós temos restaurantes muito bons olha nós Tem um restaurante Chineses come come comida chinesa em casa são bem em conta eu tenho uma cantina cantina do polvo onde a gente come hã frango peixes todos tipo de de alimento do mar E e além da de toda comida italiana É muito barato, sabe? Sai bem em conta. Depois ali no fimzinho da da Pamplona, tem um restaurante muito bom, o Camilo, que tem comida internacional, inclusive eles têm pizza ao meio-dia, e tem comida árabe tam Também, é bem bem em con Então, nós procuramos assim com a família essas coisas. Ago Agora, se eu se nós podemos, para comemorar uma datazinha assim, como um motivo, então a gente procura sempre um restaurante diferente. ralmente, já já entramos em alguns que saímos depenados, aí comemos muito pouco. (risos) Que tipo de ( ) E Posso dar posso dar os nomes? O Cabala, aí na (risos) na Avenida nove do Julho, uma tapeação Agora, restaurantes assim, menorzinhos, onde a gente gasta um pouquinho mais e e come, apesar de apesar do serviço ser bom, a gente não paga tão caro, mas mas também não é assim um lugar para levar também toda a família, porque sai um pouquinho do orçamento. Mas vale você ir em São Paulo que ( ) São Paulo. Em matéria de restaurante, tem tudo que a gente queira. E E lanchonete, que as crianças de vez em quando gostam de ir num domingo. Então, eu como morei nos Estados Unidos e lá Instituição Nacional no tempo que eu estive lá era o hambúrguer, aqui o milkshake, o que se faz em geral de hambúrguer e milkshake aqui é uma... Não, o hambúrguer não, é mais ou menos igual em todas as lanchonetes, mas o milkshake é uma uma farsa, porque eu fui mal acostumada. E te dizem que o melhor milkshake dos Estados Unidos é o da Califórnia. Então, eh você me diz que é leite com eh com sorvete. É sorvete com um pouquinho de leite. Então, em São Paulo existe um lugar onde existe esse milkshake. É o são Sanduíche... Na ja na japinabuco é muito gos ( ) eu não estou ganhando nada que eu preparo (gargalhada)

SPEAKER 3: : neto do italianos, de maneira que eh parece que o gosto se educa, né, até certo ponto né. Então nó Nós fomos fomos fomos educados no sentido de gostar de comida italiana. E aliás as minhas filhas também mas as é é é Eh de vez em quando, quando quando eu tenho chance de de estar sozinho com a minha mulher, isso é meio raro, né, nós eh procuramos comer comidas de outras origens. Eh Eu gosto muito de comida alemã e comida árabe. Então, para comer comida alemã, eu não sei se é autênti ### ( ) comer agora Nós eh ### Ir ao Franciscano ( ) um dos melhores lugares (risos) Um dos melhores um dos melhores

SPEAKER 1: : Eu já já estava iludido pensando espera aí Olha um dos melhores lugares para comida ( ) por aqui é kebes na avenida santo amaro e existe uma casinha pequena que nem nome tem numa paralela a santo ama que é uma senhora amemã. Eh ela que tem eh ela parece que foi olha eu vou lhe dar uma informação que eu não sei se é correta me parece que seja corre Ela acho que é a senhora do dono do Queiroz. Hum Eh eles se separaram e ela montou o próprio restaurantezinho dela. Então a travesinha perpendicular a Santo Amaro, que sai de uma paralela a Santo Amaro, Sei e ali perti E ali a É um beco A comida alemã é autêntica mesmo, com a vantagem de ser muito bem feita e barata. Ah isso isso é boa boa ( ) sem sempre uma uma cons

SPEAKER 3: : tante, eu procuro as coisas baratas, já que eu gosto de conhecer, né, então preciso arranjar o bom e barato. Esse eu vou tomar nota ( ) vou anotar que eu quero conhecer agora comida árabe eu Eu eu aliás hã a comida árabe Eu não vou só com a minha mulher, nós vamos com com as filhas também, porque elas elas gostam bastante de comida árabe. Existe um restaurante árabe que, segundo informações da colônia árabe, é muito autêntico. Chama-se ( ) Vitória, uma coisa assim.

SPEAKER 1: : Ah é ( ) E a comida é realmente muito boa. Boa né É ótima Qualidade é

SPEAKER 3: : ### cional. O que ### O o restaurante ### Simples né meu tem ( ) mas É tipo cantinho É É no cantinho mas é Comida é Excepcional É eu já fui lá ( )

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 3: : O o preço lá Lá essas coisas né não é É é é Não, não é barato, não. Porque ele

SPEAKER 1: : Mais caro do que... ( ) ### Isso é para criança que não come muita

SPEAKER 3: : Agora, a qualidade é excepcional ( ) É é muito bom. É mais caro do que qualquer outro re restauran taurante que eu conheço mais caro Que o almanara ( ) é almana

SPEAKER 1: : ### ###

SPEAKER 3: : Agora, de vez em quando, de de vez em quando a gente procura conhecer eh re restaurantes mais exóticos, assim. Eh Um um restaurante que eu já conhecia e, pronto, nós voltamos aí sábado passado com um casalzinho de de amigos né, o casalzinho eu não conhecia ainda né, que é o Maria fulô, A senhora conhece o Maria fulô? Não O espírito do Maria fulô é o preço. (risos)

SPEAKER 1: : Que é muito caro. É bom, é um restaurante para turista, né? Ah é claro ou então

SPEAKER 3: : É para ( ) A gente a gente ir uma vez a cada dois anos Assim para ver como é que está

SPEAKER 1: : Ah Realmente não é para nós né Jeito nenhum (risos) É para os ou ###

SPEAKER 3: : ( ) Parece que parece que alguma Maria Fulô era uma senhora mais Dona chamada dona Vanda Parece que ela não não se encontra ( ) do restaurante inclusive o o nós nós percebemos a dessa vez que o restaurante apresenta sinais assim de decadência. É Por exemplo, o banheiro não é tão cheirosinho como era antes.

SPEAKER 1: : ( ) É um banheiro, por sinal, cheio de rendinhas, ao menos das senhoras. Não o o do senhores também (gargalhada) Então combina o mal cheirinho com a rendinha

SPEAKER 3: : ### E outra coisa que eu que eu notei, por exemplo, é é o seguinte, nós passamos por uma uma mesa, e existem vários ambientes na Maria fulô né, várias salas né. Nós passamos por uma mesa, é a a invariável eh toalha de renda né, de li E eh estava lá na mesa

SPEAKER 1: : Já estava coída ( ) Mas depois Ele está se tornando tradicional. (risos)

SPEAKER 3: : É, talvez se ###

SPEAKER 1: : (risos) Mas eu achei assim que Maria fulô deve ter ( ) Agora, nós temos também um problema, assim, que de vez em quando vem pessoas de fora pela profissão do meu marido, então nós somos obrigados, assim, a levar a um lugar típico, né? Típico brasileiro é o Maria Fulô, né? Não se bem que

SPEAKER 3: : Que existem algumas churrascarias que não deixam de ser eh... Sim, mas às vezes a pessoa, a além de chu

SPEAKER 1: : rasco que é típico de uma região do Brasil eles querem conhecer outras comidas brasileiras né Então nós levamos ao Maria Fulô e... Querem, ou às vezes alguns até preferem comer peixe, né? É ( ) se bem que no no no Maria fulô

SPEAKER 3: : Em termos de comida brasileira, peixe também é abundante, né? É Agora um Um uma churrascaria que eu que eu conheci há uns vinte anos atrás, e que mantém a qualidade, apesar de agora estar mal lo localizada, né, é a... é o Caba

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 3: : Sacou agora ### Que de fato eu não Não gostei muito do tro ###

SPEAKER 1: : ( ) Eu achei também a velha tapiação, a churrascaria assim, que tem rodízio né, que no fim você... Comendo mal. Eu prefiro uma churrascaria que eu peça mil próprio pedaço de carne ( ) pedaço de carne

SPEAKER 3: : Que é o mal consigo acabar, do que vir cada pouquinho uma amostrinha de uma coisa. Olhe e e e depois outra eles eles são ( ) né eles eh trazem uma parte da da do do  Que eles chamam de guarnição né, mas a parte menos no Então a gente começa a comer essa parte menos nobre da guarnição. Depois Eh eles começam a trazer as as tais carnes, mas começando pelas carnes igualmente menos nobres. Peru mesmo, quando quando existe no nos Espetos lá Simplesmente a gente tem que aprender também que eu não gostei de peru no Espeto né, mas De qualquer forma né é uma carne cara ( ) E mas aí como é que eles trazem

SPEAKER 1: : ( ) que você não tem Você não faz suas compras, astorino. Não Não sabe de verdade tudo está bem mais barato bem mais em conta Quer dizer

SPEAKER 3: : Ele está está em conta em termos relati tivos, né É sim

SPEAKER 1: : ### Comparando com Pelen con por exemplo É si sim Mais A gente tem ( ) por outros ami ### ( ) Agora para americano peru é ( ) uma coisa mais comum né filho frango e peru

SPEAKER 3: : No Brasil a

SPEAKER 0: : Vocês já estiveram fora. O Astorino pai esteve no México, na Argentina. Você esteve Estados Unidos, né, Elisa? Eh Conta para a gente, assim, como é a comida lá? Se é melhor que aqui? Se a Argentina e o México têm diferenças de pratos, de condimentos? Se é mais gostoso, se não é? Bom o

SPEAKER 3: : O mexicano, eh eu acho que qualitativamente come muito Mal qualita A comida a comida do do do mexicano, se se nós fôssemos reduzir a comida aos seus alimentos essenciais, proteínas, lipídios e hidratos de carbono né, a comida do mexicano é parecida com a do brasileiro. É um festival de hidratos de carbono né, a comida do mexicano. Ah Só que os hidratos de carbono do mexicano são cuidadosamente eh mascarados por uma tonelada de pimenta em cada centímetro quadrado. Agora, na Argentina, come-se excepcionalmente bem. Eh eu eu eu Eu achei... Você quer dizer comia Ou então comia-se. Eh eu fui à Argentina em em

SPEAKER 1: : Mil novecentos e

SPEAKER 3: : Eu fui a Argentina em mil no Mil novecentos e sessenta e oito não sessenta e nove já faz algum tempo e eu ouço dizer que eh o nível de vida do argentino né, o poder aquisitivo do argentino, e, consequentemente,

SPEAKER 1: : Todo pompa

SPEAKER 3: : A produção e a forma de de de eles comerem né eh sofreram muita alteração. Mas em sessenta e nove, quando eu estive lá, o argentino comia excepcionalmente bem. Em qualquer restaurantezinho, a gente entrava lá, era muito bem atendido, a comida era abundante, baratíssima. E ah nã não em em em termos de cruzeiro né, mas em termos de peso Bom, basta dizer que nessa época, não sei se a coisa continua sendo assim, né? Parece que não, né? Nessa época, o feijão e arroz da Argen

SPEAKER 1: : gentina era carne Realmente é carne. Para o trabalhador em lugar de feijão e arroz, come carne. Come carne É o prato fundamental Quer dizer Eu tenho uma amiga argentina que me diz isso

SPEAKER 3: : Conclusão não é a mulher que sucedia tista nem nem nada disso para a gente compreender que eles comem muito bem, né? E uma coisa que me chamou a atenção na na na Argentina, em Buenos Aires né eh, aliás, aqui em São Paulo a coisa é é parecida né, é a sucessão interminável de restaurantes né. Existem ruas onde a gente só encontra re restaurantes. Por exemplo, nós nós vamos na treze de maio, eu que gosto muito italiana né, é uma sucessão interminável de cantinas italianas né. Lá existem ruas assim também em Buenos Aires. Só que Há há há uma uma pequena diferença. Aqui há uma associação de restaurantes. Lá exis Uma suceção de restaurantes eh alternados eh com com confetarias.

SPEAKER 2: : Ah, que gosto

SPEAKER 3: : Argentino parece que adora doces, né? Tortas. Tortas, né? E as os doces, as tortas que eles fazem, como como se trata de um país Temperado né e de tradições eh eh europe Chegamos pouco Bom as tortas que eles fazem são tortas de de amên mêndoas Imóveis Eles têm né, Eles têm e eles têm porque o país é temperado né, e tem e e Tem a tradição O cultivo por por causa da da tradição européia né da coloniza ### ( ) muito bem dinheiro mas como ia ( ) mudado bastante ( ) mudou bastante né

SPEAKER 1: : Eh ela diz que inclusive os trabalhadores se revoltam porque o fundamental deles na comida é a carne. E eles não tem mais, está raciona ( ) Quando ela esteve aqui faz um ano, eles tinham carne duas vezes por semana. Então, e muito cara. Então, baixa o poder aqui baixa a produção, baixou também o poder aquitivo deles, porque a inflação lá é bastante grande. Muito maior que a nossa Entã Então e duas vezes por semana, há há famílias que não tem como, mesmo que pudessem comprar, não tem como estocar carne.

SPEAKER 3: : Uma uma outra coisa interessante que me chamou a atenção na na Argentina é a origem da carne que eles comem. Eles comem muito mais carne de Carneiro Do quê

SPEAKER 1: : Carne bovina É uma tradição É inglesa também Inglesa também Eles comem muito carneiro ( ) Inglaterra e Escócia ( ) a produção de carneiro ( ) (risos) E a lã boa inglesa é porque eles têm rebanhos mesmo, tanto para corte como para lã, né? É E é uma ilha mais ou menos pequena e não com não comportaria assim gado como Exato Nós temos aqui, né? ( ) tais que também regulam o tipo de de alimentação do do país. É E aí eles têm realmente essa tradição. E veja é tudo pla plano lá, então é fácil criar uns carnês.

SPEAKER 3: : É, parece que a a a Argentina tem tem eh meia dúzia de de ( ) que nós

SPEAKER 1: : Não temos né Uma das áreas é essa, né? Nu atualmente eles estão se achando tão azarados (risos) (gargalhada) Talvez Estão com ( ) nós (risos) ta ta Talvez e

SPEAKER 3: : Eh eh eles não não estejam pron tentando concominantemente porque veja bem uma coisa a a rede a rede de de ferrovias ar argentinas Exatamente. (risos) É é É maior do que do que a rede de ferrovias brasileiras. Mas compare o o relevo brasileiro. Aí que está o problema né. Experiência Agora, o trem argentino eu a Achei uma porcaria e eu eh eu fui a Mar del Plata né, fui de Buenos Aires a Mar del Plata, o melhor trem E eu achei uma porcaria. Você com Comparando com a Paulista, com a antiga Paulista, agora é fepaza e faz vários anos que não viaja de trem. ( ) Bastante mas a antiga Paulista era uma era uma era uma beleza, era uma maravilha né, em termos de conforto, de luxo mesmo tá ligado, de higiene. de pontualidade. Entendeu e o trem argenti E eu saí decepcionado porque eh eu esperava encontrar um Uma réplica de uma de uma ferrovia inglesa Grande

SPEAKER 1: : Esse negócio assim né Realmente é de admirar, porque o nosso ( ) era assim, (pigarro) porque era toda uma tradição inglesa. Exatamente né E eles têm tanta colonização né de tradição inglesa É, que os o a os trens lá sejam ruins para mim é uma surpresa. É esse

SPEAKER 3: : Era um trem de alto lu Inclusive, eu eu eu resolvi ir de trem e nesse trem por causa disso. Eh porque eu eu embora faça vários anos que eu não viaje não viaje de trem, eu acho trem é um transporte muito gostoso, muito bacana né. Eles ( ) (risos) Este aqui ( ) é o único agasalho que eu tenho (risos) Olha é por isso que você caprichou tanto (gargalhada) ### Eh ele foi comprado as Cinco anos de idade né ( ) Está fora de moda nesta altura

SPEAKER 1: : Que nada foi muito bem pensado não sei se é porque é único mas está muito bom viu (risos) Minha mulher tem muito bom gosto (risos) ela que comprou Você dá bastante dinheiro para ela, pelo visto, né? (risos) Ela ela consegue

SPEAKER 3: : Me me convencer a... ###

SPEAKER 1: : Quer dizer que ela é uma boa motivação para você trabalhar bastante ( ) que bom né.

SPEAKER 3: : ###

SPEAKER 0: : Escuta, Elisa, quando você foi para os Estados Unidos, você não foi de trem, não, né? Não eu fui

SPEAKER 1: : Em uma Avião chique, se não me engano, naquela época era o melhor do mundo. Era um acho que era um dê cê Um dê cê seis Era muito bom. E achei o o avião excelente, mas houve um engano né, porque eu fui com uma bolsa da Rockefeller e eu tinha classe turista. E eu tome Em uma eu fiz questão de ir pela Braniff, porque a Braniff passava por Lima, e fi e eu fiquei um di E eu sabia que havia parada de um dia, eu não podia ficar mais, porque eu tinha compromisso lá com o pessoal. mas ao menos um dia eu passaria em Lima. E fui pela Bramiff e houve assim um um engano, então não havia outra possibilidade. Então, de São Paulo a Lima, eu fui neste avião hã em classe, extremamente luxuoso, tinha até Cama cama mesmo, não Pol poltrona rescostável havia um compartimento de avião que você puxa ava tinha cama aliás, ninguém precisou porque nós chegávamos no mesmo dia em Lima, né? E eles serviram até champanhe na hora do do al moço eu comecei a ficar assim muito de admirada Martines e coisas semelhantes. Aí eu vi que quando, então, de Lima, Aí nós fomos no mesmo avião até Nova ior orque mas aí não até Miami e em Miami aí, nós tomamos o outro avião que atravessava os Estados Unidos Eu fui para São Francisco aí era a classe turista, tudo bem diferente.  Em todo caso, eu viajei muito confortavelmente em avião, que todo mundo hoje em dia se queixa, porque esses aviões eh que existem atualmente, classe turista né, o pessoal vai apertadíssimo né, três, assim, juntos, É e é um desconforto tremendo. Todo mundo acha. Agora, na Argentina, o que é que você achou do metrô? Bom o metro

SPEAKER 3: : Bom, eh o o o metrô argentino, já está um bocado velhinho né. E É um dos mais antigos do mundo Exatamente e não é muito conservado viu. Não Não é muito conservado Aliás, eu eu achei que Buenos Aires, a cidade toda de Buenos Aires, é uma cidade que, já em sessenta e nove, apresentava visíveis sinais de decadência urbana. Parece que a Argentina esteve mesmo em evidência há uns trinta anos atrá as depois passou a a decair Progressivamente progressivamente né É. Buenos Aires demonstra isso na fachada dos prédios, eh no calçamento das ruas, inclusive no metrô. Agora, uma outra coisa que que me chamou atenção também em Buenos Aires, principalmente né, não na na na Argentina mesmo, não apenas em Buenos Aires. Foi a o cuidado que as pessoas têm com a própria aparência, principalmente os homens. Isso me chamou atenção. Eh É curioso como até engraxate usa paletó e gravata na ( ). Buenos Aires (risos) incrível.

SPEAKER 1: : Em sessenta e nove e Era assim a coisa É, mas eh veja, é tudo uma tradição britânica né o latino por si só já é vaidoso É (pigarro) o homem latino. Latino é bastante vaidoso não estou ofendendo ninguém é Claro claro Uma constatação não é Mas veja bem aqui ah

SPEAKER 3: : O o o Brasil é um país ( ) É um país latino Também mas no entanto. Ah eu eu, por exemplo, não fiz a ( ) hoje, só fiz ontem. Eu tenho um um pretexto muito bom para ficar dois dias sem fazer a barba, que minha pele não não comporta que eu faça a barba diariamente. Mas é é um pretexto, realmente, porque talvez de Para fazer a barba todos os dias mas o argentino não o argen Argentino é muito mais Vaidoso que o brasileiro pelo menos eu notei isso aí nas ruas no metrô

SPEAKER 1: : (risos) é o que di

SPEAKER 3: : dizem né. É o que dizem Menos os barbu Atuais né

SPEAKER 1: : Eles ah são diferentes (risos) É, mas isso é muito interessante, porque, realmente, sempre as formas de De protesto aparecem onde uma coisa é mu Muito arraigada então aparece a forma de protes testo então ( ) um hippie ( ) Né É. Um indivíduo muito pontual, muito correto, o beatnik, né? Então eles são (pigarro) completamente desligados para os nossos valores mas eles têm os seus próprios valores. Aliás eh eh a gran

SPEAKER 3: : ande a grande ih ih incoerencia da do que eles chamam de filosofia de vida Deles né porque afinal de conta eles eles No no intuito de destruir eh convenções, eles criam as convenções deles né.

SPEAKER 1: : Você Você você não viu em casa. Não tem televisão tem substituição quando você tem um vácuo você tem que substituir por alguma coisa

SPEAKER 3: : Mas parece que eles não entendem isso Parece que eles eles enfiaram na cabeça ça que eles estão ce Certos porque para eles não existem convenções mas eh É muito difícil fazê-los crer que eles estão criando novas convenções.

SPEAKER 1: : Na verdade, parece que eles... Não, eu acho que no fim eles sabem que eles (pigarro) têm a grande família rica e não pode coexistir se não houver certas regras né. Claro lógico né mas mas mas e  

SPEAKER 3: : les ### Eles, eh no fundo, são são

SPEAKER 1: : São cínicos né, então eles reconhecem que isso é verdade né. Não, eles não eh eu acho que um hippie pode ser chamado até, em certos aspectos, de ingênuo, mas de cínico nunca, porque a filosofia hippie é muito bem estruturada, Mas veja bem doutora Elisa É uma filosofia corajosa, você não pode... Mas veja veja veja bem uma coisa, o o hippie, ele... 

SPEAKER 3: : Eh bom, é é claro é claro que exis exis xiste ### Existe mu muito cidadão aí que é rotula lado de hippie e não é

SPEAKER 1: : Hippie Não ele usa roupa de hippie. É exatamente Um verdadeiro hippie você veja um indivíduo tão corajoso que ele procura viver fora das regras sociais, mas não de regras morais ele tem suas próprias regras morais E de ser ser escravo de uma sociedade de consumo, e e inclusive, você veja, quanto à quanto à alimentação, eles estiveram muito mais na frente do que todos os Individuos da sociedade de consumo você vê que eles voltam à terra, então eles começam a cultivar os seus próprios vegetais, e e com isso eles não usam fertilizantes Eles não usam inseticidas, e hoje esse problema é um problema cruci al para a saúde você leu aquele artigo que os os nossos animais nos zoológicos estão todos morrendo porque estão usando vegetais contaminados. Contaminados de que primeiro que Pela má higie ne eh de se usar para irrigar as verduras, se usar água usada, que é uma coisa inconcebível. E também ém os inseticidas, que são os pesticidas todos que são sistêmicos e acabam nos frutos e nos vegetais. Até eu li um artigo muito engraçado de uma revista inglesa se você encontrar um bichi chinho na sua maçã coma depressa a su essa maçã ela não está contaminada (risos) Né e e isso Mas a a ### Já descobriram. Como agora, eles cometem uma espécie de suicídio quando eles sentem essa necessidade, essa ansiedade de se ligarem aos mundos espirituais, e eles fazem isso através de drogas. Eles poderiam fazer por outros meios Eles usando drogas realmente eles se Ligam, de certa forma, aos mundos espirituais, mas de uma maneira muito errada. E com i isso, eles hã o uso dessas drogas traz, com o meu marido, que é geneticista, sabe muito bem, traz degenerescências cromossômicas. que, se não vão fazer mal a eles, vão fazer mal aos seus descenden entes e eles são indivíduos de cheios de boa vontade. Eles não querem acabar com a sociedade eles que . rem (pigarro) que a sociedade melhore. Então, a vestimenta deles e certas coisas deles são puras reações de protesto. Mas não são protestos simples. São protestos, até ao contrário, cheios de boa vonta

SPEAKER 3: : tade Sa sa sabe o que acontece dona Elisa aconte tece o seguinte eh. Entre nós, Somos burgueses e aceitamos a sociedade, quer dizer, aceitamos eh humildemente a sociedade como como como ela está constituída, né? E os hippies, que correspondem a outro polo, a outro extremo, existe toda uma gama de variações. E é nessa gama de variações que nós encontramos eh incoerência e cinismo e tudo mais, né? Quer dizer, o sujeito montado num numa moto que custa quarenta milhões de cruzeiros, dizendo que é contrário à sociedade do consumo.

SPEAKER 1: : Não, não mas isso não é um hippie. Eu sei que não

SPEAKER 3: : Hippie não monta numa moto. Eu sei que não é. Eu sei que o hippie não não monta numa moto mas. O que eu quero dizer é exatamente isso né. É que é que nós estamos num polo, os hippies estão no outro polo. ### E nessa faixa intermediária, que é muito larga, existe toda uma gama de variações. E existe o oportunismo. E e é É contra esses oportunistas É que eu Eu Eh Quer dizer Eh Eh esse oportunis ( ) É que eu vou Falei ( ) Ah Não

SPEAKER 1: : Não não até aqui nós estamos concordando olha veja está bom hã veja quanto a isso Artolino eu por exemplo uso uma coisa em casa eu sou de uma geração eu nasci em mil novecentos e vinte e três minha filha nasceu em mil novecentos e ( ) e seis a mais velha Nenhum problema com as crianças. Agora eu nã ão sei se porque realmente nós temos sorte, elas foram bem conduzidas, ou se porque nós também somos pouco exi xigentes porque há certas coisas que às vezes eu vejo exigirem dos filhos que nós não exigimos. Mas nós temos ( ) Em casa meu marido e eu você vê, educação só de pai ou só de mãe não adianta. Tem que ser pai e  E mãe, né? Tá certo eu Toda Década de vinte. Então minha filha é da década de cinquenta. Naturalmen Ela pensa de certa maneira diferentemente do que eu. Porque o mundo evoluiu eu não posso imaginar que em quarenta anos o mundo não tenha ( ) em trinta anos não não tenha evolui ( ) até seja de admirar sempre nós estamos em evolução e Eu hã e Eu respe eito toda o A maneira de pensar da geração atual mas. Eu não vou mudar minha maneira de pensar Que não seja possível, no que é fundamental, no que eu já fui estruturada daquela maneira, eu não vou mudar. Eu Eu respe Claro Mas eu não mudo então eu chego a dizer as minhas filhas, olha minhas filhas, vocês podem me taxar de quadrada, eu aceito, é a maneira que vocês encararam o problema, sou quadrada sou. Mas veja, Para que eu respeite vocês, vocês também têm que respeitar certa tas coisas minhas e uma das coisas que nós fazemos ponto em casa é Se um indivíduo quer ter liberdade, liberdade total, ótimo. Embora a liberdade seja muito bem definida, como minha filha definiu, depois eu faço questão de dizer a vocês que eu achei a maior a maior coisa do Do mundo hã então, o indivíduo quer ter liberdade, então ele pode ter liberdade espiritual, liberdade emocional, Deve também ter, neste tipo de sociedade em que nós vivemos, a liberdade econô Que histó tória é essa eu sou livre, você não manda em mim, eu faço o que eu quero, Exatamente (risos) mas na hora do tutu, me dá um dinheirinho aí, ou então vem comer em casa, se veste com a roupa de casa (risos) não. Então se quer assim sabe eu não tenho esse problema com as crianças ( )

SPEAKER 3: : A senhora senhora senhora A senhora me diga uma coisa nós é Eh eh para Praticamente dissemos a mesma coisa Usando palavras diferentes porque o pessoal que está situado nessa Tal faixa intermediária que a Agora por outro lado né eh O hippie autêntico, eh se ele parar para pensar que ele não está sozinho no mundo, e que a população da terra é muito grande, e que não seria possível todos os cidadãos do mundo viverem como eles vivem, talvez eles Mudasse a maneira de pensar também Não mas e

SPEAKER 1: : Não é possível que toda a população viva Ah o você se De vez em quando, e você vê pela história toda da humanidade, instala uma revolução, uma revolução de pensamento, uma revolução de uma escola de uma escola filosófica, quer dizer, eles estão seguindo realmente o que o homem é, o homem de vez em quando instala, eles estão insta lando agora agora, o que eu acho lindo, minha filha escreveu um trabalho sobre a liberdade, e ela disse, a liberdade não é um estado exterior, a liberdade é um estado interior. Eu posso ser um estranho, estar completamente ah aguilhado e ser completamente liberto. Porque a liberdade não está Fora de nós, ela está dentro de nós. Então embora eu eu respeite mu O movimento hippie, eu eu acho que eles têm coisas ruins, têm mesmo, porque no mundo os polos são sem Eles têm muita coisa boa, que inclusive muitas Que nós deveriamos seguir se fosse possível Que cada um dentro da sua casa socialmente se vira e deixar de De lado as coisas que evidentemente são ruins hã embora a gente esteja numa sociedade de consumo e vivendo muito burguesmente, a gente internamente pode ser muito liberto. desde que ninguém de fora penetre dentro da gente e diz, ó, você tem que ser assim, a gente está liberto, tá bem? Porque as coisas só atingem a gente se a gente se deixar atingir por elas. Isso é verdade (risos) isso realmente é verdade Não quer rebater Huh Não quer rebater Não eu concor