SPEAKER 1: Qual o tipo de alimento básico para vocês na refeição ao redor de doze horas, por exemplo? ### ### ### ### ( ) Batata. Poucos, poucas verduras. ### SPEAKER 0: ( ) verdura. Às vezes macarrão. ( ) SPEAKER 1: quando vocês tomam refeição à noite, como é que vocês cham> ( ) Algum prato que a gente goste mais, ou que seja mais requintado. Eh o O Luiz, se fosse para a cozinha, saberia fazer alguma coisa assim, digamos, fazer um prato salgado? Você saberia o que usar? ### como tempero? ### SPEAKER 0: ( ) Faço um bife, por exemplo. Prato salga> SPEAKER 1: O que que você usa para temperar o bife? SPEAKER 0: Sal, orégano e só SPEAKER 1: E você Vera, se fosse para cozinha fazer um bife? Isso ele já falou por influência minha. Esse é o tempero que eu uso. E se fosse E se fosse um bife mais sofisticado? Mais sofisticado? Bom, o nosso problema aqui é que o bife tem que ser grosso. Tostado por fora e mal passado por dentro. Quer dizer, então tem que ser na chapa quente, com pouca gordura, e, sabe, dá aquela passada só assim no bi> ### ### Você lembra o que entra na composição da feijoada, Luí> SPEAKER 0: ( ) Feijão preto. SPEAKER 2: Carne de porco. ### Língua. ### ### ### SPEAKER 0: Bom, tem mais umas coisas que normalmente se usa, mas que a gente não usa normalmente. Orelha. SPEAKER 1: ### SPEAKER 2: ### ### SPEAKER 0: ### Parece um SPEAKER 2: ### ### SPEAKER 1: ( ) Parece muito feio. Não sei o que que é isso que ele tá falan> SPEAKER 0: ### SPEAKER 1: E para acompanhar a feijoada, o que você usaria, Vera? Em casa a gente usa arroz, farinha de mandioca, eh couve feita à mineira e... Laranja. Oh Eh o Luís come laranja, eu não como. Esqueci da caipirinha. A caipirinha isso precede. E fora uma feijoada, Outro tipo de prato, por exemplo, um macarrão. Você acompan acompanharia com ( ) qual bebida, daí? Ele sempre acompanha do mesmo j> SPEAKER 0: ### SPEAKER 0: <ões. O tempo que se tem. SPEAKER 1: E quando vocês ( ) a refeição salgada, como é que chama? Eh eh Essa segunda etapa da refeição? SPEAKER 0: Sobremesa. Ih SPEAKER 1: E o que que vocês costumam ter de sobrem> ### Às vezes algum doce. Agora, normalmente, durante a semana, a gente acaba nem comendo essa sobremesa. É aquela correria e a gente acaba não comendo a sobremesa. Sobremesa eh A gente come na outra hora do dia, que não é então sobre> SPEAKER 0: ( ) eles gostam daqueles bolos de chocolate bem bonitos, aqueles tudo cheios de... tipo alemão, assim, com cere> SPEAKER 2: Vocês comem com instrumento típico ou não? Comemos, como não? Nós vamos lá, nós seguimos à à risca. SPEAKER 2: Comendo com pauzinho e na e na c> SPEAKER 1: E comemos muito bem, fiquem vocês sabendo. Nós gostamos até de comida japonesa também, que nós comemos também com pauzinho. Só que depois de um dia que o Luís tomou tanto saquê que, quando ele comeu a dita comida japonesa, ele parece que desanimou um pouco, sabe? Que ele depois ficou um pouco ruim. Considerou que isso era devido à comida, mas não era. Era devido ao saquê mesmo. SPEAKER 2: Não, aquele dia eu misturei cerveja com caipirinha e saquê, então não dá mesmo, não. E sa> SPEAKER 1: E o Severo? Saberia fazer uma horta? Acho que de jeito nenhum Não sabe nem quais são as ferramentas que são usadas? As mais doméstica. (risos) SPEAKER 2: Não, inclusive tem aqui em casa. É, lembra esse tipo de formato que você falou, que é uma barra, depois com vários ferrinhos, né? E para fazer uma parte assim de, vamos supor, você queira fazer um... um... um varal para parreira, que material você usaria? Arame. Que mais? SPEAKER 0: Basicamente arame. SPEAKER 1: E para prender esses arames, Ve> Algum tipo de estaca aí, mas... Põe quatro caibros... Passo o arame em volta, faz um trançado em cima. Sei. E para trançar tudo isso, você não tem que usar mais nada? Não ( ) Onde é que se afirma? SPEAKER 2: Ué, no caibro. SPEAKER 1: No caibro, direto? SPEAKER 2: É, no máximo, com prego. SPEAKER 1: E para botar esse prego no caibro, que que você usa? SPEAKER 0: Martelo. SPEAKER 1: É... Para... Para você... Outra outro tipo de ferramenta que vocês conhece? Ferramenta ele conhece muito, quer dizer, tem umas caixa ( ) SPEAKER 0: ### SPEAKER 1: ### O que você lembrar de nome de ferramenta. Só lembrar o que nós temos aí, ué. Ah ch> ### E você eh tem outro instrumento que poderia ser usado? Nós já fizemos essa operação para pintar berço, mas foi com lixa mesmo, lixa grossa, depois passou a lixa mais fin> SPEAKER 1: O que a gente serve é o o comum empadinha, cro> SPEAKER 2: SPEAKER 1: SPEAKER 2: Joelho de porco. Que, por sinal, não comi. SPEAKER 1: Salsicha branca. SPEAKER 0: Salsichão. SPEAKER 1: De vitela de leite. E quando vocês vão à cidade, precisam fazer uma refeição muito rápida, Vamos supor, entre o almoço e o jantar. Que tipo de estabelecimento vocês procurariam para tomar essa refeição? ( ) tipo uma lanchonete. Como normalmente eu moro em E você, Luiz? SPEAKER 2: É, eu faço isso aí. Então, entro num bar, peço um americano, um bauru, um misto quente. SPEAKER 1: Existe diferença entre uma lanchonete e um bar? SPEAKER 0: Exis> SPEAKER 1: e se reúnem para ficar conversando. A lanchonete nem dá muita margem para isso. Porque fica todo mundo sentadinho na cadeira, separado. Ah, não não dá condições de de formar esses grupinhos. SPEAKER 2: Não acho isso verdade, não. Tem muita lanchonete que que tem os grupinhos. Só que geralmente é de gente jovem. SPEAKER 1: ### Como ela propôs. SPEAKER 2: ### Tem aquela lanchonete que tem muito jovem, né? E funciona praticamente como um bar ali. Muita gente entra lá para tomar um aperitivo. ( ) Mas é uma lancho> ( ) Mas é rara, né? Inclusive tem cara de lanchonete. SPEAKER 1: As crianças não gostam de alguma coisa? De comida. Que vocês gostariam que elas comessem? Olha, elas passam normalmente por fases. Mas existem alguns problemas que elas têm, por exemplo, com relação a leite. Elas tomam muito pouco leite. Isso é uma coisa que me preo> SPEAKER 2: Adoro macarrão, pizza. SPEAKER 1: Elas gostam muito de de de comida ah com massa. Parecem mesmo filha de de italiano. Mas, eh de modo geral, elas comem também pouco leg> ### Isso eu tenho impressão, inclusive que é influência nossa mesmo, né? Também, embora a gente faça na refeição, a gente come pouco, então elas acabam também comendo pouco. O que vocês acreditam que seja eh alimentação básica para um crescimento sadio? SPEAKER 2: ### SPEAKER 1: dos legumes que vocês ainda gostam de comer. Quais são os mais usados aqui? Bom eu gosto de berinjela, eh beterraba, chuchu eu só gosto em salada. ( ) ### SPEAKER 2: Eu acho que eu não gosto de nenhum. Pepino eu até que eu como. Eh SPEAKER 1: Rabanete você come. É, rabanete também. SPEAKER 2: Cenoura crua. C> SPEAKER 1: Quando é que vocês adquirem esses alimentos? Isso agora que está complicado. Porque normalmente nós adquiríamos... eu fazia feira. Mas como agora o meu horário não dá para fazer feira, a minha irmã, que é muito abnegada, faz a feira para mim. <ão a feira vem diretamente da Vila Mariana para cá. A> pô papoula é muito difícil. Eh Isso é uma... É uma fu uma flor que parece papel. SPEAKER 2: ### SPEAKER 1: Dura muito Não. SPEAKER 2: compra mais, mesmo, a rosa SPEAKER 1: Uma que dura muito? É. O nome dela, inclusive, lembra que ela dura muito. Lembra que ela dura muito? Não, não consigo lembrar. É pequena ou é grande? ### Está incluída num tipo de flor eh que a gente encontra no mato, não? Não SPEAKER 0: sei. Eu também não sei que flor é essa. E essa SPEAKER 1: Porque era a flor que era mais usada na minha casa. Nunca faltava palma lá, porque era preferência do meu pai. SPEAKER 2: Eu me lembro de gerânio. Amor per perfeito. SPEAKER 1: Margarida. SPEAKER 2: Margarida. Flor de laranjeira. SPEAKER 1: No jardim de vocês tem alguma... alguma flor? Tem aquele... Eu conheço como Lírio de São José. Não sei se é esse o nome. SPEAKER 2: Tem rosa. SPEAKER 3: Tem rosa. SPEAKER 2: Tem uma plantinha aqui, ( ), que eu não sei o nome. Tem jasmim, gerânio. SPEAKER 1: Tem aquela flor que dá no hibisco. O hibisco é que tipo de vegetal? ( ) SPEAKER 2: ( ) de... É um arbusto que, dependendo da maneira com que ele é cortado, ele pode crescer mais, crescer menos. SPEAKER 1: Que nós colocamos para fazer uma cerca aí. SPEAKER 2: Cerca viva Mas o diabo não cresce SPEAKER 1: ### vi que é o ene pê cá, né? SPEAKER 2: O jardineiro fala que falta vitamina. E o que SPEAKER 1: repre ah o que seria essa vitamina na realidade? De que forma ela viria para a planta? SPEAKER 2: Bom, nessa terra aí, só com esterco ou adubo, né? SPEAKER 1: É o ene pê cá. Sais de amônio. Fosfatos. Fósforo? Quando criança, você foi muito à fazenda? ( ) passava férias em sítio? Ah SPEAKER 2: Todas férias eu ia para para o horto florestal. E tem umas histórias interessantes. Eh Tinha um empregado lá na fazenda... que me contava que quando ele era menino... Ele estava trabalhando com uma foice e ele deu uma foiçada um pouco mais violenta e errou o bote, acertou o pé dele e o pé ficou dependurado pela pele. Decepou o pé. Então chamaram lá um empregado velho da fazenda, que se não me engano era em Minas Gerais, e o curandeiro correu no no estábulo, pegou um monte de bosta de vaca, Colocou entre as duas partes do pé e enrolou bem. E daí eu não sei quantas vezes tirou lá o... o... o pano que estava amarrando o pé. ### E ele estava ótimo. Mostrou o pé mexendo para tudo quanto era lado, uma maravi> SPEAKER 1: É uma história que dá para acreditar, né? SPEAKER 2: Não, mas ele falava sério. E eu não duvido que tenha acontecido isso mesmo. SPEAKER 1: Ele ia muito para Horto Florestal? Porque o avô dele era diretor do do Horto Florestal. Era agrônomo. Ent> <ão, por isso é que ele, de vez em quando, ia passar as férias no interior. Ficava lá na beira do açude, de Avaré. SPEAKER 2: Uma história que me impressionou muito, é que na época que eu estava lá no horto, um um touro jersey, reprodutor, saiu correndo atrás de um do do retireiro, e o sujeito não teve tempo de de fugir, ### E acabou com o braço do sujeito. SPEAKER 1: ### Um é o pé que vai, o outro é o... Não, mas o pé, você não viu como colou bonito? É ### E qual é a atividade de um... um sujeito que trabalha na numa fazenda? O que ele faz numa fazenda? SPEAKER 2: Bom, depende do setor, né? Se ele for retireiro, por exemplo, ele trabalha no... tirando leite da das vaca, cuidando da reprodução, tratando os bezerros. Se for uma fazenda de café, ele vai carpir o café. E SPEAKER 1: assim vai, né? É Nessas férias nós estivemos quatro dias numa fazenda, que era... basicamente de gado. Agora, nós nunca conseguimos mostrar para as crianças, como nós tínhamos prometido, a hora que ia ser tirado o leite das vacas. E nós nunca nos nos dispusemos a levantar às cinco horas da manhã, que era um horário imposto para a gente... ( ) de ordenhar as vacas SPEAKER 2: ( ) Assim mesmo elas viram um bezerrinho que tinha acabado de nascer, né? SPEAKER 1: viram então também qual era a reação da vaca quando a gente se aproximava do bezerro. A vaca ficava enfurecida, então elas ficaram impressionadas com aquilo. ( ) já elas gostaram muito da fazenda. Para elas foi uma experiência diferente, porque elas nunca tinham ido para nenhum lugar assim. SPEAKER 2: Se bem que era uma fazenda muito moderninha, tinha piscina, ficava longe do... do curral, né? SPEAKER 1: Era uma fazenda só de criação de gado ou havia plantação? Eh ### Em termos de ensino, bem como em termos disso aí que o Luiz falou, eh supermercado, farmácia, et cetera, isso é muito relativo, quer dizer, dá, por exemplo, para ir até daqui de casa, até a farmácia, até uh a padaria, até o supermercado, mas já não é assim um negócio muito acessív> Escola, existem algumas assim relativamente próximas, mas que nós não colocamos nossos filhos. Porque a gente ter está muito preocupado com o problema da localização da escola. E Inclusive, nós ah nossas filhas a minha filha maior estuda numa escola que fica afastada, muito afastada daqui, quer dizer eh, para nós, em termos da localização da escola dela, está muito mal a posição da nossa casa. SPEAKER 2: Mas num raio de trezentos metros a gente tem exatamente tudo isso. Tem grupo escolar, tem ginásio, tem colégio do estado, tem padaria, tem farmácia, supermercado. A questão é que não é essa escola que a gente usa. Não é necessariamente essa padaria que a gente usa. SPEAKER 1: O problema de padaria é diferente, né? É muito diferente do problema de escola. Não. ### SPEAKER 2: porta. O problema é de mercado. ### Vai usar lá na Praça Panamericana. Fica relativamente longe. Mas, no entanto, é lá que a gente faz as compras, não é? Então, em São Paulo, o problema de de localização da casa em relação a a esses locais de de de serviço público É uma coisa muito relativa, porque pode ter um uma escola do do lado da sua casa, mas não é a escola que você precisa, ou que você vai usar. Não é? É. A cidade universitária fica a um pulo daqui, não é? Um pulo entre aspas, né? Mas de carro vai em sete, oito minutos só. SPEAKER 1: A rua da casa de vocês é uma rua Importante? De nenhuma importância. SPEAKER 2: Felizmente, né? Uma rua que nunca vai ter grande movimento, a não ser em meio de jogo. SPEAKER 1: Para começar que tem cento e poucos metros, né? Portanto, ela não é nenhuma via de acesso importante. Mas por perto passa uma série de vias de acesso importantes. ### SPEAKER 2: Passa a Francisco Morato, que vai pra Curiti> ### SPEAKER 1: é que nós moramos no caminho do Paraná ( ) Logo ali. SPEAKER 2: Mas é uma avenida que está ficando cada vez pior e... e sem perspectivas de melhora, porque não há nem uma rua paralela. Quer dizer, não há condições de de ampliar a avenida, inclusive. Aqui mais para baixo tem a Antonico, que é uma rua, poderia se chamar de importante, embora não tenha muito movimento, porque ligaria a Francisco Morato com com a Avenida Morumbi, que é uma rua que também não tem grande movimen> A rua importante mesmo aqui é Francisco Morato. SPEAKER 1: E a rua de vocês é paralela a Francisco Morato? ### E em relação à rua Éder? SPEAKER 2: É perpendicular. Eh SPEAKER 1: É uma rua de fácil acesso, normalmente? SPEAKER 2: Não, porque é uma buraqueira infernal. Completamente desconheci> Ninguém conh> SPEAKER 1: Aqui o o serviço de de, apesar da rua ter buraco, tudo, serviço de recolhimento de lixo, essas coisas, é bem feito? É bem feito. A menos da época em que estavam fazendo esse serviço de esgoto e que depois veio um (tosse) período de chuvas e que a rua ficou um sabão, né? Então aí o caminhão de lixo não tinha condições de passar na porta e evidentemente os lixeiros não iam ser tão bonzinhos, né, de vir até aqui pegar o lixo. Mas normalmente eles passam direitinho. SPEAKER 2: Um dia desse aqui em casa o lixeiro pediu licença para telefonar para para o guincho do do do lixo. Porque o caminhão atolou num buraco. (tossiu) É verdade! SPEAKER 1: E vocês acreditam que o asfaltamento venha logo? Parece que nós teremos um vizinho importante. E ele disse que só virá morar por aqui A casa dele está quase pronta, deve ficar pronta no fim do ano. Ele só di disse que só virá morar aqui quando a rua for asfaltada. E ele já confessou que tem, assim, muitas relações com gente muito importante e que ele vai conseguir isso. Então eu acho que quando esse vizinho resolver vir morar aqui, está tudo resolvido. SPEAKER 2: E aqui em cima também mudou agora um major. ### SPEAKER 1: Mas enquanto não se acelera essas coisas, eh vocês não acham que a região fica um pouco desprotegida, assim? Um certo vazio quanto à segurança? Problema de ladrão, você quer dizer? SPEAKER 2: Olha, eu não tenho muito medo disso pelo seguinte. ( ), ninguém mais rouba casa, né? Quem vai roubar uma televisão? Vai vender por quanto a televisão? Vai ter que vender para um receptador. Você não vai pagar nada por uma televisão. Joia, dinheiro, coisa que não tem Então, não há praticamente nada de roubo de casa. Tem o roubo de carro, né? Que, nesse aspecto, seria perigoso, porque é um lugar deserto, escuro. Então, se a gente encosta o carro para pôr na garagem, chega um sujeito e leva o carro. Mas esse problema fica parcialmente resolvido, porque a gente tem dois carros. Um sessenta e seis, que ninguém vai roubar um ( ) se> ### E por outro lado, tá no seguro também, né? Porque Se quiser levar, pode levar. SPEAKER 1: Existe alguém que cuida da casa durante a noite? ### SPEAKER 2: Tem um guarda noturno, né, que Que passa por aí. SPEAKER 1: ### Especificamente da nossa, ninguém. Ele guarda o... Que ele guarda de uma região relativamente grande. E ele passa aí de bicicleta. SPEAKER 2: Ele toma conta de oitenta casas. SPEAKER 1: E esse serviço dele é... é remunerado? SPEAKER 2: É remunerado. A gente pagava dez cruzeiros até o mês passado. E hoje ele veio cobrar aí já falou que subiu para quinze. SPEAKER 1: É um aumento de cinquenta SPEAKER 2: por cento, né? É, foi o que eu falei para ele. Um bom aumento que vocês se deram, né? Ele falou, é, mas é que a gente tem que pagar o i ene pê esse, não é a firma que paga. E E a gente acha melhor tomar conta de oitenta casas e ganhar um xis do que tomar conta de cento e vinte e ganhar mais, mas não toma conta direito. Tem razão, né? SPEAKER 1: Não dá para... Aliás, ele não cobra muito, né? É SPEAKER 2: onde a gente morava, a gente pagava quarenta. SPEAKER 1: Onde é que vocês moravam antes? SPEAKER 2: Nós morávamos no Brooklyn. Num num SPEAKER 3: ### SPEAKER 2: ### SPEAKER 1: E como é que era lá a região? Lá nós tínhamos vizinhos por todos os lados, mas era uma região nova, né? E a nossa rua lá era calçada, mas não era iluminada. Ah Lá nós não tínhamos telefone. Aqui nós temos telefone. A casa era melhor, mas a região lá era boa. Se bem que para fazer qualquer compra, qualquer coisa que a gente precisasse, a gente precisava chegar na Avenida Washington Luís e tinha que subir uma senhora ladeira. Em comparação, uma região com a outra, qual seria melhor? Em termos de melhoramentos, eh necessidades básicas? SPEAKER 2: Aqui é melhor. SPEAKER 1: Acho que é muito difícil dizer. Qual que é me> ### ### farmácia lo> SPEAKER 2: Aqui é melhor, na minha opinião, principalmente pelas perspectivas que se tem aqui, que se tinha lá. Porque esse ( ) ficava pertinho de um... ficava muito próximo deum de um riacho, onde vai passar uma grande avenida agora, que vai ligar com a água, com a água funda, não, com a... Migrantes. Com a Imigrantes. Então, a relativamente curto prazo, o movimento ali vai ser violento. ### Então, tem inclusive plano de desapropriação, não da casa onde a gente morava, mas na redondeza. De qualquer forma, isso está muito muito problema, né, muito barulho, muito movimento. SPEAKER 1: Existem alguns dos vizinhos nossos ali que vão ficar morando embaixo do viaduto, encostado no viaduto. Vai ser uma barulheira tremenda. Aliás, quando nós compramos a casa, nós já procuramos ficar longe do lugar que a gente já saber que ia passar sabia já que ia passar a avenida, não é? Pensando exatamente nesse problema. SPEAKER 2: (pigarro) Agora, o pior de tudo é que nós compramos essa casa pelo bê ene agá. Quando nós fomos comprar essa, eh não se vendia casa naquela ( ) Então, nós somos obrigados a alugar a casa. Então, A gente recebe o dinheiro do aluguel e paga o o bê ene agá, não é? Mas a questão que o nosso inquilino faz oito meses que não paga. Então está com ação de despejo, uma dor de cabeça danada. SPEAKER 1: E o pior é que ele não tem profissão, sabe? Ele faz um serviço que, se você entrar na Caixa Econômica, ele faz aquele serviço que não existe, sabe? Quando você entra na Caixa Econômica para pedir um empréstimo, existe, está escrito assim, não existem intermediários. Você deve... Deve você mesmo arrumar a sua documentação. E o nosso inquilino fazia esse serviço. Ele é aquele que não existe, você entendeu? Quer dizer Ele arruma essa documentação. Ele entra e sai de lá e tal, mas pagar um lugar que é bom, nada, viu? Vocês consideram esse sujeito um sujeito o quê? ### SPEAKER 2: ### SPEAKER 1: um picareta. (risos) ( ) Fora isso, não tem outro. ### Em relação ao que ele tem feito a vocês? Ah Faz eh uma série de sacanagens que não tem tamanho. SPEAKER 2: E o pior de tudo é que é um cara que tem sua televisão a cores, acarpetou a casa. SPEAKER 1: Colocou papel de parede. SPEAKER 2: ### E o tutu do aluguel que é bom, nada. SPEAKER 1: O infeliz não tem condições, ou ou pelo menos aparenta não ter condições de sustentar nenhuma família, sabe? Mas ele já já é casado a segunda vez e com uma mulher que ainda tem três filhos. E Então eu acho que ele vive um pouco apertado. O dinheiro que ele ganha não dá para ter o padrão de vida que ele quer ter. Ele tem duas empregadas uniformizadinhas, sabe? SPEAKER 2: E a gente vai conversar com ele, ele está falando que vai comprar um Dodge, não sei o quê. SPEAKER 1: ### ### É desses que o problema maior deles está em aparecer, né? Ter aquele carro... Existe alguma forma de colocar esse sujeito eh em dia com vocês? SPEAKER 2: É... Despejo, né? Já entramos com o despejo, mas... Sabe como é que é a justiça brasileira, né? O oficial de justiça fala para você ter uma ideia. Demorou dois meses e meio ou três para entregar a notificação para o cara. Provavelmente ele soltou o tutu, né? E agora vamos vamos esperar a execução do despejo, que deve demorar mais uns três meses. SPEAKER 1: Quem é que faz essa execução? SPEAKER 2: É o Poder Judiciário, né? SPEAKER 1: Quer dizer, provavelmente o juiz logo deverá eh assinar a ordem do despejo, mas para o despejo ser executado realmente precisa oficial de justiça. Comunicar novamente para o nosso inquilino. E parece que s que oficial de justiça só vive mesmo é de suborno. O salário deles é muito baixo, mas eles têm um belo padrão de vida, né? É, e quando te> ### SPEAKER 2: E quando tem vaga para vinte cargos de oficial de justiça, aparece cinco mil candidatos. Quer dizer que é um negócio meio esquisito, né? Para ganhar setecentos