Inquérito SP_D2_169

SPEAKER 1: : Qual o tipo de alimento básico para vocês na refeição ao redor de doze horas, por exemplo? ### ### ### ### ( ) Batata. Poucos, poucas verduras. ###

SPEAKER 0: : ( ) verdura. Às vezes macarrão. ( )

SPEAKER 1: : quando vocês tomam refeição à noite, como é que vocês cham am essa refeição? Jantar. Jantar E se vocês têm uma refeição mais tarde ainda, por ocasião de festa, ou ### ### ###

SPEAKER 0: : falo ceia, mas é

SPEAKER 1: : ( ) E a refeição dessa, a alimentação dessa refeição é muito diferente das das normais? Não, não é muito diferente, não. se procura sempre fazer algum prato especia ( ) Algum prato que a gente goste mais, ou que seja mais requintado. Eh o O Luiz, se fosse para a cozinha, saberia fazer alguma coisa assim, digamos, fazer um prato salgado? Você saberia o que usar? ### como tempero? ###

SPEAKER 0: : ( ) Faço um bife, por exemplo. Prato salga

SPEAKER 1: : O que que você usa para temperar o bife?

SPEAKER 0: : Sal, orégano e só

SPEAKER 1: : E você Vera, se fosse para cozinha fazer um bife? Isso ele já falou por influência minha. Esse é o tempero que eu uso. E se fosse E se fosse um bife mais sofisticado? Mais sofisticado? Bom, o nosso problema aqui é que o bife tem que ser grosso. Tostado por fora e mal passado por dentro. Quer dizer, então tem que ser na chapa quente, com pouca gordura, e, sabe, dá aquela passada só assim no bi fe. Então ele tem que ficar um tipo assim de Chateaubriand. ( ) E as crianças, tem alguma alimentação especial, principalmente na primeira infância? Bom, atualmente, porque a menor já tem dois anos, elas comem exatamente o que a gente come, isso já há algum tempo. Elas, de vez em quando, Comem a mais do que a gente sopa. E segundo o Luiz, isso é lavagem. Segundo eu não, segundo meu avô. Agora Eu pessoalmente como sopa de vez em quando, mas não é das das comidas que eu mais gosto, não. Então as as crianças gostam de sopa. Então para elas às vezes à noite há sopa. E o Luiz, tem preferência por algum tipo de comida?

SPEAKER 2: : Eu gosto basicamente tendo carne ###

SPEAKER 1: : a Vera, tem algum tipo de comida preferida? Ah Há diversos pratos que eu gosto, mas também é sempre na mesma variação. Eh ( ) lombo de porco e estrogonofe com recheio de preferência, está por aí. Fe ### ### Você lembra o que entra na composição da feijoada, Luí

SPEAKER 0: : ( ) Feijão preto.

SPEAKER 2: : Carne de porco. ### Língua. ### ### ###

SPEAKER 0: : Bom, tem mais umas coisas que normalmente se usa, mas que a gente não usa normalmente. Orelha.

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : ### ###

SPEAKER 0: : ### Parece um

SPEAKER 2: : ### ###

SPEAKER 1: : ( ) Parece muito feio. Não sei o que que é isso que ele tá falan

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 1: : E para acompanhar a feijoada, o que você usaria, Vera? Em casa a gente usa arroz, farinha de mandioca, eh couve feita à mineira e... Laranja. Oh Eh o Luís come laranja, eu não como. Esqueci da caipirinha. A caipirinha isso precede. E fora uma feijoada, Outro tipo de prato, por exemplo, um macarrão. Você acompan acompanharia com ( ) qual bebida, daí? Ele sempre acompanha do mesmo j

SPEAKER 0: : eito. Uma cachacinha e cerveja.

SPEAKER 1: : E a Vera? ( ) Eu gosto de cerve ja. Mas eu tomo re frigerante. Muitas vezes a gente faz suco para as Suco de maracujá, suco de limão, ou laranjada. Então isso é muito variá ### sive, né? Se a gente vai trabalhar depois ou não vai. Então depende de todas essas condiç

SPEAKER 0: : ões. O tempo que se tem.

SPEAKER 1: : E quando vocês ( ) a refeição salgada, como é que chama? Eh eh Essa segunda etapa da refeição?

SPEAKER 0: : Sobremesa. Ih

SPEAKER 1: : E o que que vocês costumam ter de sobrem ### Às vezes algum doce. Agora, normalmente, durante a semana, a gente acaba nem comendo essa sobremesa. É aquela correria e a gente acaba não comendo a sobremesa. Sobremesa eh A gente come na outra hora do dia, que não é então sobre

SPEAKER 0: : mesa. Eu geralmente não como nada de sobremesa.

SPEAKER 1: : No domingo, no sábado, ( ) então a gente come. Tem alguma preferência por algum do ce? Doce de coco. Ele é fanático por doce de e doces assim mais extravagan ( ) eles gostam daqueles bolos de chocolate bem bonitos, aqueles tudo cheios de... tipo alemão, assim, com cere ja, então é isso aí de vez em quando, mas isso aí, não existe nenhuma empregada que faça. Então só comprando pronto mesmo. (risos)

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 1: : Eh e para terminar a refeição? É infalível o café aqui em casa.

SPEAKER 2: : ( ) eu estou em casa, né? Quem faz?

SPEAKER 1: : ### Vocês costumam sair para almoçar fora? Raram

SPEAKER 2: : ente. principalmente em dia que a gente não tem nã não está com empregada. por exemplo hoje.

SPEAKER 1: : Eu acho que não é tão raro assim, né? Aos domingos a gente com certa frequência come fora. E quando você vai num restaurante, Luís, o que que você gosta

SPEAKER 0: : de comer? Depende do restaurante, né? Em que tipos

SPEAKER 1: : de restaurante você gosta de ir?

SPEAKER 0: : Bom, eu gosto muito de

SPEAKER 2: : comida brasileira. tre elas, churrasco. Mas hoje, por exemplo, nós só vou comer comida chinesa Então eu queria comer carne de porco com algum molho xadrez.

SPEAKER 1: : Para as crianças nós tivemos que pedir infalivelmente macarrão com molho de chop suey, risoto... E aquele franguinho bran Vocês comem com instrumento típico ou não? Comemos, como não? Nós vamos lá, nós seguimos à à risca.

SPEAKER 2: : Comendo com pauzinho e na e na c

SPEAKER 1: : E comemos muito bem, fiquem vocês sabendo. Nós gostamos até de comida japonesa também, que nós comemos também com pauzinho. Só que depois de um dia que o Luís tomou tanto saquê que, quando ele comeu a dita comida japonesa, ele parece que desanimou um pouco, sabe? Que ele depois ficou um pouco ruim. Considerou que isso era devido à comida, mas não era. Era devido ao saquê mesmo.

SPEAKER 2: : Não, aquele dia eu misturei cerveja com caipirinha e saquê, então não dá mesmo, não. E sa quê é uma bebida forte para burro.

SPEAKER 1: : E qual foi o problema que você teve por causa disso?

SPEAKER 2: : Deu um enjoo viol ento. Vomitei até as tripa. Ah

SPEAKER 1: : Vera, o que que você fez para acudir o Luís nessas alturas? ( ) Eu não fiz nada não. Deixei ele curtir lá. Ficou na cama mesmo, o que que ia fazer? Não tinha nem jeito. E o pior é que à noite... Não podia nem sentir o cheiro quando nós fi continuamos a fazer o sukiyaki na hora do jantar.

SPEAKER 0: : É o que eu ia falar. Hum

SPEAKER 1: : É? (risos) Escuta, eh... Vocês têm alguma noção assim de de agricultura? Por exemplo, como formar uma horta? Tem alguma noção assim? Talvez tenha, mas eu não tenho nenhuma.

SPEAKER 2: : Não, eu, pelo tempo que que morei no interior e passei férias no interior, devia saber alguma coisa, mas não sei nada. ( ) sive, aqui em casa, tudo que eu planto, morre.

SPEAKER 1: : E o que que o senhor costuma plantar?

SPEAKER 2: : Bom, eu andei plantando umas árvores aí, já grandes. Deu uma brotadinha e tal, mas morreu tudo. Plantei grama.

SPEAKER 1: : E o seu insucesso, você acha que é devido a quê?

SPEAKER 2: : Só faz pode ser olho gordo.

SPEAKER 1: : Olho gordo? Não acha que falta alguma coisa para a planta? (risos)

SPEAKER 2: : Não, o que  que acontece é que o jardim aqui de casa é subsolo. Então, não há condições, né? Embora já tenha colocado terra boa, adubo e tal, não não resolve.

SPEAKER 1: : pôs qualquer tipo de adubo para ver, assim, vai.

SPEAKER 2: : Esterco, adubo químico, mas não adian

SPEAKER 1: : E o Severo? Saberia fazer uma horta? Acho que de jeito nenhum Não sabe nem quais são as ferramentas que são usadas? As mais doméstica. (risos)

SPEAKER 2: : Não, inclusive tem aqui em casa. xada, enxadão. Eh Uma enxada pequenininha que eu não sei o nome. Que é para jardim mesmo.

SPEAKER 1: : Para você cortar uma... um arbusto, qualquer coisa assim. tipo de instrumento você usaria?

SPEAKER 2: : Não é arbusto?

SPEAKER 1: : É. Cortar alguns galhos, não muito grossos.

SPEAKER 2: : Com tesoura ou serrote, né? Isso

SPEAKER 1: : você... Tesoura de jardim, né? Uhum. E E se você quisesse juntar as folhas, por exemplo, do de árvore, que tipo de instrumento? Eh

SPEAKER 2: : eu sei qual é, mas não, me foge o nome agora. ### ###

SPEAKER 1: : Sabe descrever ou não?

SPEAKER 2: : Ah, uma barra de ferro.

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 0: : ### ( ) Com um monte de ferrinho.

SPEAKER 1: : ### Eu só só acertei porque você falou que teve ( ), porque eu não entendo nada disso aí. Tem Tem um outro nome, que no interior deve ser muito usado.

SPEAKER 0: : Não sei, claro.

SPEAKER 2: : Talvez eu saiba, mas não não me lembro.

SPEAKER 1: : Não ocorre agor É, lembra esse tipo de formato que você falou, que é uma barra, depois com vários ferrinhos, né? E para fazer uma parte assim de, vamos supor, você queira fazer um... um... um varal para parreira, que material você usaria? Arame. Que mais?

SPEAKER 0: : Basicamente arame.

SPEAKER 1: : E para prender esses arames, Ve Algum tipo de estaca aí, mas... Põe quatro caibros... Passo o arame em volta, faz um trançado em cima. Sei. E para trançar tudo isso, você não tem que usar mais nada? Não ( ) Onde é que se afirma?

SPEAKER 2: : Ué, no caibro.

SPEAKER 1: : No caibro, direto?

SPEAKER 2: : É, no máximo, com prego.

SPEAKER 1: : E para botar esse prego no caibro, que que você usa?

SPEAKER 0: : Martelo.

SPEAKER 1: : É... Para... Para você... Outra outro tipo de ferramenta que vocês conhece? Ferramenta ele conhece muito, quer dizer, tem umas caixa ( )

SPEAKER 0: : ###

SPEAKER 1: : ### O que você lembrar de nome de ferramenta. Só lembrar o que nós temos aí, ué. Ah ch ave de fenda. Ah ( ) ave inglesa. Ch ave inglesa.

SPEAKER 0: : Alicate, martelo. ( ) Torniquete? ###

SPEAKER 2: : Estoura uma vei a, o cara faz um torniquete. É um barbantinho que ###

SPEAKER 1: : Serrote. Aham. Eh Vamos supor que você precise eh deixar uma uma tábua lisa. Que tipo de material você usaria para deixar essa tábua lisa? Eh Em ponto de, por exemplo, passar uma tinta em ci ### E você eh tem outro instrumento que poderia ser usado? Nós já fizemos essa operação para pintar berço, mas foi com lixa mesmo, lixa grossa, depois passou a lixa mais fin a. A lixa mesmo. Lixa, nós fizemos com lixa, é. E se fosse um ferro? E nenhuma ferramenta assim mais dura? Para quê? Para lixar metal. Sem ser lixa.

SPEAKER 0: : Bom, pode ser até esmeril, né?

SPEAKER 1: : Poderia ser uma lima? Pode. ###

SPEAKER 2: : Grossa é para madeira.

SPEAKER 1: : Escuta, agora vamos supor que vocês vão para o litoral. E E chegando lá existe um tipo de comida que é típica da região. Vocês seriam capazes de dizer o que entraria nessa nesse tipo de comida?

SPEAKER 2: : Camarão? Peixe? (risos)

SPEAKER 1: : Siri? Casquinha de siri? Polvo, é uma comida que nós comemos muito aqui em casa. Lula. Ah Mexilhão.

SPEAKER 2: : Fez muito sucesso a cas

SPEAKER 1: : quinha de siri. Você sabe preparar algum prato típico de litoral, Vera? ### ### Vou inventando. Um que você fizesse melhor. Como é que você faria?  Algum prato com qualquer coisa, ( ) ###

SPEAKER 0: : Camarão.

SPEAKER 2: : Casquinha de siri, você já fez uma diferente ( ) vezes.

SPEAKER 1: : Inventei um bolinho de siri, mas não era casquinha de siri. Porque nem casquinha nós tínhamos. Nós compramos um siri já limpo no supermercado e não dava para ter a casquinha dele. Agora já estão vendendo a casquinha, o negócio está ficando mais sofisticado. Eles vendem a casquinha e o siri limpo. Então você pode, se quiser, fazer casquinha de siri, né? Mas como é que eu faria? Camarão, qualquer receita? Bom, depois do que o que o camarão estivesse limpo, ah colocaria óleo numa panela, faria um refogado com pouco alho, E bastante cebola, porque aqui em casa ninguém gosta de alho. E deixava o camarão dourar. Depois colocaria um pouco de molho de tomate. E poderia colocar bastante pimenta, que a gente gosta. Ih Por exemplo, terminar quando esse molho estivesse meio grossinho, colocando creme de leite. Seria um prato rápido, né? Agora eu j já fiz outras coisas, né? Cuscuz paulista, bobó de camarão, essas coisas assim. Você tem alguma algum tipo de comida que não gosta, Luiz?

SPEAKER 0: : Muitas.

SPEAKER 1: : Ele é muito enjoado para comer.

SPEAKER 2: : Tudo que tem cebola inteira, quiabo, verdura de maneira geral, (pigarro) pimentão,

SPEAKER 1: : ### Certas coisas ele nunca comeu na casa dele. Ih ###

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : Você costuma tomar alguma coisa antes da refeição? Como é que você chama isso? É o aperitivo, né?

SPEAKER 2: : Ou uma cachacinha, ou cerveja.

SPEAKER 1: : Costuma tomar isso em casa ou em outro ### E quando vocês saem, costumam tomar em outro lugar? O Luiz não passa sem beber alguma coisa, né? Ele bebe o dia inteiro.

SPEAKER 0: : Mas eh realmente é isso mesmo. E geralmente em casa.

SPEAKER 1: : E para uma festa, quando vocês preparam uma festa, o que que vocês usam mais? ### Normalmente, quando a gente faz algum aniversário, fe faz alguma festa, acaba sobrando muita comida, porque a gente tem muito medo que os outros passem fome. Ma O que a gente serve é o o comum empadinha, cro

SPEAKER 2: : quete. Pernil, maion

SPEAKER 1: : ese. Às vezes a gente faz até um presunto à Califórnia. ### ### Pipoca. Faria um quentão com bastante gengibre.

SPEAKER 0: : O que você não quer no negócio?

SPEAKER 1: : Cravo, canela.

SPEAKER 2: : Batata doce?

SPEAKER 1: : Batata doce é na fogueira. Na brasa e na fogueira. Quando vocês vão a um restaurante, para saber que tipo de pratos eles servem, o que vocês recebem na mesa? Esse noção do que tem no restaurante para ser servido? Os ( ) botaram ménu, mas

SPEAKER 2: : chamam de cardápio mesmo. Esse tipo de serviço

SPEAKER 1: : como é que chama? O serviço de atendimento? Eh porque existe um tipo de serviço que é é igual para todo mundo e existe um outro tipo que o o fulano que te serve traz lá, o maître.

SPEAKER 2: : Não, o serviço é o couvert. Eh

SPEAKER 1: : ### Esse tipo de serviço tem um outro nome.

SPEAKER 0: : tepasto?

SPEAKER 1: : Está se referindo ao couvert? ### ### Eles costumam, inclusive, escrever na porta do restaurante, assim, quando é um restaurante assim mais popular. Então eles põem que tem uh um tipo de refeição, mas que também tem o outro.

SPEAKER 2: : Ah, o prato do dia?

SPEAKER 1: : Existe o prato do dia e existe o serviço à la carte. É, isso mesmo, serviço à la carte. (risos) Eh Se vocês fossem... eh a um restaurante muito chique. Escolheriam algum prato muito extravagante que vocês nunca comeram? Alguma coisa que vocês nunca comeram e que gostariam de comer? Eu acho que é uma oportunidade, né? Porque, afinal de contas, se a gente vai num restaurante desse é para conhecer alguma coisa nova.

SPEAKER 2: : Eu quando fui para Santa Catarina, agora nas férias, eu passei à comida alemã.

SPEAKER 1: : E o que seria essa comida alemã?

SPEAKER 2: : Agora já complicou, né? Porque os nomes já não me lembro mais.

SPEAKER 1: : Mas como é que vem essa comida? A

SPEAKER 2: : presentação como a nossa mesmo. Mas tem chucrutes e lombinho de porco defumado, batata... Joelho de por Joelho de porco. Que, por sinal, não comi.

SPEAKER 1: : Salsicha branca.

SPEAKER 0: : Salsichão.

SPEAKER 1: : De vitela de leite. E quando vocês vão à cidade, precisam fazer uma refeição muito rápida, Vamos supor, entre o almoço e o jantar. Que tipo de estabelecimento vocês procurariam para tomar essa refeição? ( ) tipo uma lanchonete. Como normalmente eu moro em E você, Luiz?

SPEAKER 2: : É, eu faço isso aí. Então, entro num bar, peço um americano, um bauru, um misto quente.

SPEAKER 1: : Existe diferença entre uma lanchonete e um bar?

SPEAKER 0: : Exis

SPEAKER 1: : te. Você é capaz de dizer para mim? Qual seria essa diferença? (risos)

SPEAKER 2: : Lanchonete só tem lanche, praticamente, né? Sanduíche, refrigerante, suco de laranja, suco, de maneira geral. E um bar tem, inclusive, uma aparência diferente, né? Além de servir também sanduíche, bebida, vender cigarro, coisa que lanchonete necessariamente não é obrigatório, né? O bar tem uma outra aparência, inclusive. Tem uma outra cara.

SPEAKER 1: : Inclusive, quanto à frequência, né? É diferente. No bar você vai ver muito maior o número de homens que vão lá para tomar um uma pinguinha, n e se reúnem para ficar conversando. A lanchonete nem dá muita margem para isso. Porque fica todo mundo sentadinho na cadeira, separado. Ah, não não dá condições de de formar esses grupinhos.

SPEAKER 2: : Não acho isso verdade, não. Tem muita lanchonete que que tem os grupinhos. Só que geralmente é de gente jovem.

SPEAKER 1: : ### Como ela propôs.

SPEAKER 2: : ### Tem aquela lanchonete que tem muito jovem, né? E funciona praticamente como um bar ali. Muita gente entra lá para tomar um aperitivo. ( ) Mas é uma lancho ( ) Mas é rara, né? Inclusive tem cara de lanchonete.

SPEAKER 1: : As crianças não gostam de alguma coisa? De comida. Que vocês gostariam que elas comessem? Olha, elas passam normalmente por fases. Mas existem alguns problemas que elas têm, por exemplo, com relação a leite. Elas tomam muito pouco leite. Isso é uma coisa que me preo

SPEAKER 2: : Adoro macarrão, pizza.

SPEAKER 1: : Elas gostam muito de de de comida ah com massa. Parecem mesmo filha de de italiano. Mas, eh de modo geral, elas comem também pouco leg ### Isso eu tenho impressão, inclusive que é influência nossa mesmo, né? Também, embora a gente faça na refeição, a gente come pouco, então elas acabam também comendo pouco. O que vocês acreditam que seja eh alimentação básica para um crescimento sadio?

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : dos legumes que vocês ainda gostam de comer. Quais são os mais usados aqui? Bom eu gosto de berinjela, eh beterraba, chuchu eu só gosto em salada. ( ) ###

SPEAKER 2: : Eu acho que eu não gosto de nenhum. Pepino eu até que eu como. Eh

SPEAKER 1: : Rabanete você come. É, rabanete também.

SPEAKER 2: : Cenoura crua. C

SPEAKER 1: : enoura crua. Eh C enoura junto com mandioquinha a gente usa muito para sopa para as crianças. Eu gosto de comer mandioca também cozida e depois fri Quando é que vocês adquirem esses alimentos? Isso agora que está complicado. Porque normalmente nós adquiríamos... eu fazia feira. Mas como agora o meu horário não dá para fazer feira, a minha irmã, que é muito abnegada, faz a feira para mim. ão a feira vem diretamente da Vila Mariana para cá. A ssim mesmo, ainda ficam faltando algumas compras que eu faço no supermercado à noite. Então aí, ainda compro uma ervilha fresca, um brocolli, alguma uma verdura de folha que fique amarela durante a semana. Não sirva mais. Então a gente compra um agrião. Ah acelga, eu gosto muito de comer acelga. Eu ainda como algumas verduras. Ah ### Eu gosto muito de comer... erva-doce, que aqui em casa ninguém entende como é que eu como, mas eu como e gosto muito. Quando eu fico grávida, então eu como horrores de erva-doce. Eh Até que eu estou falando que a gente não come quase legume e verdura, mas eu como. ### ### Ele só vê na mesa, mas comer que é bom nada.

SPEAKER 2: : Eu como pouco alface, brócolis, mas pouco.

SPEAKER 1: : Couve-flor ele gosta à milanesa, do jeito que eu não gosto. Então aqui em casa só tem couve-flor à milanesa.

SPEAKER 2: : Agrião também eu como um pouco. Banana prata.

SPEAKER 1: : Mais por necessidade, né?

SPEAKER 2: : Tomate também.

SPEAKER 1: : As crianças comem muito tomate verde. A gente come aquele feijão de vagem que a gente faz misturado com arroz. Ervilha fresca também faço com arroz. Fora verduras e legumes, o que mais vocês podem comprar no supermercado? Bom, se o Luis entrar junto, ele ( ) vai comprar o supermercado inteiro, porque você já viu que homem para consumir não está escrito, né? Então, ele sempre acha alguma novidade no supermercado. Ele Entra e descobre. Mas não é Nossa, descobri um negócio interessantíssimo para pregar preguinhos na parede. E assim ele vai.

SPEAKER 2: : E depois de um certo tempo, a gente usa. Não precisa ir no mercado especialmente para fazer aquela comprinha. Eh

SPEAKER 1: : Fora essas novidades que ele descobre, o que é mais normal numa compra de supermercado? Sabão em pó, sabão em pedaço. Ah ### Então aí todos aqueles produtos de limpeza que a gente escuta propaganda e a gente compra mesmo, né? Então é ônix, eh ó dê E assim vai, né?

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : E bebida? Vocês compram aonde?

SPEAKER 2: : No supermercado também.

SPEAKER 1: : Não, às vezes nós compramos diretamente da... da Antártica. Ou, quando passa o caminhão da Coca-Cola, a gente também compra.

SPEAKER 2: : Mas normalmente é supermercado mesmo.

SPEAKER 1: : E para você ter... Vamos supor, ferramentas em casa. ramentas, assim, mais do tipo profissional. Onde é que você vai buscar essa? Que tipo de estabelecimento você compra?

SPEAKER 2: : Ferramentas do tipo de martelo, essas coisas?

SPEAKER 1: : Fora novidades de supermercado. Bom

SPEAKER 2: : a gente pode comprar em casa de ferragem, né? Mas a gente não a gente tem comprado em em supermercado mesmo. Mas já comprei muita coisa em casa de ferragem.

SPEAKER 1: : E o que que você pode encontrar lá?

SPEAKER 2: : ### Martelo. Prego. Fechadura. A rame. Arame de cerca. Tinta. Pincel.

SPEAKER 1: : ### ### ### lo para pintar a parede, que nós já pintamos a casa inteira aqui e tal

SPEAKER 2: : Escadinha. Esguicho. Mangueira para jardim.

SPEAKER 1: : ###

SPEAKER 2: : Que mais? Eh Nesse ne nessas casas

SPEAKER 1: : ### osto. De você quer saber de quais, né? É. Rosa. É uma flor que eu compro muito. Palma. ### A espada de São Jorge é gozação, porque eu odeio essa essa espada de São Jorge. Toda vez que eu mando tirar desse jardim, vem o jardineiro e coloca de novo a espada de São Jorge, que eu não vou com a cara desde que eu era criança. Mas isso não é flor também, né? Eh Ah... Aquela flor amarela... Esqueci o nome dela. A flor amarela. Ah, existe uma outra que eu compro de vez em quando, que é... Acho que é papoul pô papoula é muito difícil. Eh Isso é uma... É uma fu uma flor que parece papel.

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : Dura muito Não.

SPEAKER 2: : compra mais, mesmo, a rosa

SPEAKER 1: : Uma que dura muito? É. O nome dela, inclusive, lembra que ela dura muito. Lembra que ela dura muito? Não, não consigo lembrar. É pequena ou é grande? ### Está incluída num tipo de flor eh que a gente encontra no mato, não? Não

SPEAKER 0: : sei. Eu também não sei que flor é essa. E essa

SPEAKER 1: : s flores que a gente encontra muito dentro de uma vegetação natural? Como é que a gente chama?

SPEAKER 0: : Flor do campo.

SPEAKER 1: : Teria outro nome?

SPEAKER 2: : Silvestre.

SPEAKER 1: : É, silvestre. Eh o O Luiz, alguma vez, mandou flores para a Vera? Ou trouxe flores para a Vera? Só na maternidade.

SPEAKER 2: : Não, isso é uma mentira. (tosse) Mas é sempre rosa. De preferência vermelha.

SPEAKER 1: : Tem algum significado, rosa vermelha? Ou... É só um gosto, assim, estético? (risos)

SPEAKER 2: : É porque eu gosto mesmo. Mas eu sei que tem um significado. Não sei qual é, mas sei que tem.

SPEAKER 1: : Esse negócio de significado é muito relativo né? ( ) Você pega a orquídea dizem que que quer dizer não te quero nem a pau, né? No entanto é uma flor tão bonita. E dizem que dá azar também, né? Ih eh Quando criança, vocês lembram de algum nome de flores que vocês sabiam mais o nome delas? Bom, lá em casa eu tinha que conhecer, sem dúvida, o nome de palm Porque era a flor que era mais usada na minha casa. Nunca faltava palma lá, porque era preferência do meu pai.

SPEAKER 2: : Eu me lembro de gerânio. Amor per perfeito.

SPEAKER 1: : Margarida.

SPEAKER 2: : Margarida. Flor de laranjeira.

SPEAKER 1: : No jardim de vocês tem alguma... alguma flor? Tem aquele... Eu conheço como Lírio de São José. Não sei se é esse o nome.

SPEAKER 2: : Tem rosa.

SPEAKER 3: : Tem rosa.

SPEAKER 2: : Tem uma plantinha aqui, ( ), que eu não sei o nome. Tem jasmim, gerânio.

SPEAKER 1: : Tem aquela flor que dá no hibisco. O hibisco é que tipo de vegetal? ( )

SPEAKER 2: : ( ) de... É um arbusto que, dependendo da maneira com que ele é cortado, ele pode crescer mais, crescer menos.

SPEAKER 1: : Que nós colocamos para fazer uma cerca aí.

SPEAKER 2: : Cerca viva Mas o diabo não cresce

SPEAKER 1: : ### vi que é o ene pê cá, né?

SPEAKER 2: : O jardineiro fala que falta vitamina. E o que

SPEAKER 1: : repre ah o que seria essa vitamina na realidade? De que forma ela viria para a planta?

SPEAKER 2: : Bom, nessa terra aí, só com esterco ou adubo, né?

SPEAKER 1: : É o ene pê cá. Sais de amônio. Fosfatos. Fósforo? Quando criança, você foi muito à fazenda? ( ) passava férias em sítio? Ah

SPEAKER 2: : Todas férias eu ia para para o horto florestal. E tem umas histórias interessantes. Eh Tinha um empregado lá na fazenda... que me contava que quando ele era menino... Ele estava trabalhando com uma foice e ele deu uma foiçada um pouco mais violenta e errou o bote, acertou o pé dele e o pé ficou dependurado pela pele. Decepou o pé. Então chamaram lá um empregado velho da fazenda, que se não me engano era em Minas Gerais, e o curandeiro correu no no estábulo, pegou um monte de bosta de vaca, Colocou entre as duas partes do pé e enrolou bem. E daí eu não sei quantas vezes tirou lá o... o... o pano que estava amarrando o pé. ### E ele estava ótimo. Mostrou o pé mexendo para tudo quanto era lado, uma maravi

SPEAKER 1: : É uma história que dá para acreditar, né?

SPEAKER 2: : Não, mas ele falava sério. E eu não duvido que tenha acontecido isso mesmo.

SPEAKER 1: : Ele ia muito para Horto Florestal? Porque o avô dele era diretor do do Horto Florestal. Era agrônomo. Ent ão, por isso é que ele, de vez em quando, ia passar as férias no interior. Ficava lá na beira do açude, de Avaré.

SPEAKER 2: : Uma história que me impressionou muito, é que na época que eu estava lá no horto, um um touro jersey, reprodutor, saiu correndo atrás de um do do retireiro, e o sujeito não teve tempo de de fugir, ### E acabou com o braço do sujeito.

SPEAKER 1: : ### Um é o pé que vai, o outro é o... Não, mas o pé, você não viu como colou bonito? É ### E qual é a atividade de um... um sujeito que trabalha na numa fazenda? O que ele faz numa fazenda?

SPEAKER 2: : Bom, depende do setor, né? Se ele for retireiro, por exemplo, ele trabalha no... tirando leite da das vaca, cuidando da reprodução, tratando os bezerros. Se for uma fazenda de café, ele vai carpir o café. E

SPEAKER 1: : assim vai, né? É Nessas férias nós estivemos quatro dias numa fazenda, que era... basicamente de gado. Agora, nós nunca conseguimos mostrar para as crianças, como nós tínhamos prometido, a hora que ia ser tirado o leite das vacas. E nós nunca nos nos dispusemos a levantar às cinco horas da manhã, que era um horário imposto para a gente... ( ) de ordenhar as vacas

SPEAKER 2: : ( ) Assim mesmo elas viram um bezerrinho que tinha acabado de nascer, né?

SPEAKER 1: : viram então também qual era a reação da vaca quando a gente se aproximava do bezerro. A vaca ficava enfurecida, então elas ficaram impressionadas com aquilo. ( ) já elas gostaram muito da fazenda. Para elas foi uma experiência diferente, porque elas nunca tinham ido para nenhum lugar assim.

SPEAKER 2: : Se bem que era uma fazenda muito moderninha, tinha piscina, ficava longe do... do curral, né?

SPEAKER 1: : Era uma fazenda só de criação de gado ou havia plantação? Eh ultura. Eu acho que eh uh ah o que havia era principalmente para o uso da família do do dono da fazenda. ### Maracujá maracujá diferente, meio comprido.

SPEAKER 2: : Mas a fazenda, há uns anos atrás, era era uma fazenda de café. Mas, por motivos vários, inclusive relacionados com o problema de de trabalhador do do campo, o sujeito desplantou todo o café e transformou a fazenda numa fazenda de criação. Inclusive tinha Mais de trinta casas de tijolos na na fazenda. O chefe mandou todo mundo embora e demoliu todas as casas. Atualmente tem seis casas. Mas atualmente é uma fazenda só de gado.

SPEAKER 1: : Vocês já visitaram outras fazendas que têm outro tipo de... de... serviço, outro tipo de... Eu de fazenda não conheço nada Aquela foi a primeira fazenda que eu fiquei, assim, passando dias. nessa ocasião nós fomos Conheci também a fazenda Santa Amália. ### ### Já tem até uma cara de cidade.

SPEAKER 2: : A gente foi visitar a usina de açúcar que tem dentro de uma fazenda de plantação do cana. Mas é uma cidade aquilo Aliás, são duas cidades juntas. Tem a cidade que fica dentro da usina, que é a usina de Santa Amália. E tem uma cidadezinha que fica a cinco quilômetros de distância que é Santa Rosa. É uma cidade mesmo, uma comarca.

SPEAKER 1: : Para a cana-de-açúcar atingir o ponto de açúcar refinado, eh quais seriam os processos, as várias etapas da desse dessa feitura até o açúcar?

SPEAKER 2: : Bom, primeiro tem que plantar a cana, né? Depois vem a época do corte.

SPEAKER 1: : Não, segundo tem que esperar a cana crescer. Bom, lógico.

SPEAKER 2: : Cortada a cana, vai para a usina. E na usina, não sei bem o que acontece, mas eu sei que ela é moída.

SPEAKER 1: : Feito o melaço.

SPEAKER 2: : Feito o melaço. Do melaço, se tira o açúcar. Se faz o álcool. E uma parte do melaço é exportada.

SPEAKER 1: : Muito importante, né? Se faz a caninha. ###

SPEAKER 2: : O álcool, né? (risos) Está sendo ameaçado por causa da crise do petróleo.

SPEAKER 1: : Em termos de de comércio exterior, vocês acreditam que o comércio lá fora também esteja sofrendo uma crise? Dizem que sim.

SPEAKER 2: : Não, a crise externa existe, né? Pelas informações que se tem por jornal, pessoas que trabalham em em empresas internacionais, que existe, a crise existe.

SPEAKER 1: : Seria... Uma crise. Em que setor?

SPEAKER 2: : Parece que em todos os setores de produção.

SPEAKER 1: : Petróleo, minério... Principalmente nos derivados do petróleo, né?

SPEAKER 2: : Mas não é principalmente. Petróleo, minério, alimento. A soja, por exemplo, está subindo com uma violência. Inclusive falta soja no mercado interno. Pela pelo excesso de de exportação que o Brasil fez ultimamente. E não é só com petróleo, né? Carne, eh feijão também parece que foi exportado excessivamente. Mas o que é interessante é que falta minério de ferro, por exemplo, mas a produção de minério de ferro tem aumentado violentamente, quer dizer, das duas uma ou o consumo está aumentando demais, ou então tem alguém escondendo minério de ferro ainda para elevar o preço.

SPEAKER 1: : E o mercado interno, como é que vai? Olha, eu sei que até para a gente comprar material para se usar no laboratório do colégio. Há uma dificuldade total de se encontrar metais. Não se consegue comprar cobre, não se consegue comprar alumínio, não se consegue comprar... Nossa, é uma coisa de deixar a gente abismado.

SPEAKER 2: : Não, não precisa dizer mais nada. Eu tenho um amigo que trabalha numa grande metalurgia. ele está dizendo que ele estava dizendo que algumas empresas, algumas firmas, compram sucata de navio e e ficam aguardando os pedidos das empresas. Quando se pede, por exemplo, um eixo com determinadas características de comprimento, de diâmetro, resistência de material, et cetera, essa empresa diz que tem, mas que é material usado, é sucata. Mas a falta é tão grande que a empresa que está querendo comprar compra assim mesmo. Então eles usinam esse essa peça nas dimensões que que essa compradora quer. E ela é vendida como se fosse nova. E por um preço absurdo.

SPEAKER 1: : E esse material é usado na indústria?

SPEAKER 2: : É usado na indústria sem controle de qualidade.

SPEAKER 1: : Exatamente, ele estava comentando, era isso, né? Dos riscos que existe

SPEAKER 2: : E isso acontece em em qualquer setor da indústria nacional, pelo menos, né? Ch evette, por exemplo, é um sujeito que um carro que o sujeito compra dá seis meses está todo enferrujado. Mas está vendendo, né, porque não tem mercado.

SPEAKER 1: : Quer dizer, todo defeito de tratamento de chapa que está havendo aí é uma coisa muito séria, né?

SPEAKER 2: : Os automóveis da linha Ford também enferrujam todos. E tudo por falta de bom tratamento de chapa. Até a Volkswagen, que fazia chapa boa, está avacalhando agora.

SPEAKER 1: : ### ### Para nós ela está bem localizada. Primeiro porque está um pouco afastada da poluição, a gente aqui escuta grilo, sapo. Então, quer dizer, ficou um lugar até bucólico, né? Ah

SPEAKER 2: : Mas muitos amigos da gente que vem aqui em casa diz que está morando no interior, né? É. No mato.

SPEAKER 1: : A minha irmã, por exemplo, acha que nós estamos morando no fim do mundo, porque fica quase meia hora de carro da casa dela. Por outro lado, em função dos lo locais que a gente trabalha, Pinheiros, A gente tem facilidade de circular pela Marginal. Então, para nós está bom. Mas fica fora, lógico, bem longe do centro da cidade. ( ) O centro da cidade é é uma dificuldade.

SPEAKER 2: : O local não é dos melhores, né? Uma rua muito íngreme. Eh Não há calçamento de espécie alguma. Então, quando chove, não dá nem para parar o carro na porta. derrapa, é um barro terrível, porque parece uma gosma.

SPEAKER 1: : Foi feito o serviço de colocação de esgoto e depois de feito o serviço não passou nenhum trator, nem coisa nenhuma, então está cheio de buraco e muitos carros ficam lutando aí para subrir subir ou se não cai mesmo num buraco.

SPEAKER 2: : E a empresa que colocou o esgoto disse que não arruma a rua? Exatamente para aquele problema que nós estávamos falando agora, né? Que não há peça para trator, não pode comprar trator. ###

SPEAKER 1: : ### Não tem pneu. Outro dia para passar a máquina aí.

SPEAKER 2: : Então... Mas com relação à casa, comercialmente falando, foi um alto negócio. Porque nós compramos na baixa dos imóveis, que correspondia mais ou menos à à subida da bolsa. E aí as coisas se inverteram, né? E é um local que provavelmente vai ser asfaltado muito breve, com iluminação na rua e com esses outros melhoramentos, né? Mas pensando bem, o Morumbi não é um local muito afastado. Dentro do do perímetro urbano de São Paulo, é uma das poucas regiões próximas do centro que ainda tem terreno vago. tem um loteamento aqui pertinho de casa agora. Que é uma coisa até esquisita, né? Que estão fazendo loteamento no quilômetro trinta e dois da Raposo Tavares, trinta e seis. ( ) É um lugar afastado, mas ainda próximo.

SPEAKER 1: : Você dizer que ainda existem terrenos vagos é até eufemismo, né? Porque só dá terreno vago aqui, ao redor da nossa casa.

SPEAKER 2: : Não, mas uh a violência em que se constrói aqui é um negócio impressionante.

SPEAKER 1: : ### Em termos de de que seria conforto ao redor da casa, existem existe todo tipo de de estabelecimento que vocês precisam usar?

SPEAKER 2: : Praticamente, não é? Tem farmácia, padaria, supermercado num raio de três quarteirões. Tem também uma grande desvantagem, não é? Que é o Morumbi. O estádio do Morumbi. Hoje, por exemplo, teve o jogo da seleção foi um entupimento. ( ) Inclusive, nós tínhamos amigos que vinham aqui em casa e sentiam até problemas de de chegar aqui, porque entope tudo. Falei, isso é um Não deixa de ser um desconforto, né?

SPEAKER 1: : Agora, o que aconteceu hoje é uma coisa rara de acontecer. Normalmente, mesmo no no dia dos chamados jogos clássicos, Não há tanto problema de escoamento no trânsito. Isso porque também nós não moramos encostado no estádio, né? Eu acredito que quem mora encostado no estádio acaba ve acabe vendendo a casa, porque deve ser um inferno, ba barulho e carros que estacionam na calçada. Para nós já, o negócio é mais simples.

SPEAKER 2: : Agora, tem um grande conforto, né, que, por enquanto, não aparece para quem chega aqui. É o matagal que tem na frente de casa. Porque, na realidade, é um matagal hoje, mas será uma praça no futuro.

SPEAKER 1: : que mais que tem de melhoramento por aqui perto? O maior melhoramento que eu vejo é que a hora que eu saio da daquela avenida Cid ah Cidade Jardim para fazer o caminho para o Morumbi, de repente eu sin dou uma respirada assim e eu sinto um cheiro diferente, sabe? E De vegetação mesmo. Eu acho que isso é a maior vantagem. Essa concentração de vegetação, atualmente em planejamento urbanístico, tem muito valor e tem um nome que é muito usado, principalmente pela imprensa. Você lembra que que nome é esse? Áreas Verdes. Preservação das Áreas Verdes, né? Tem outro nome? Um nome técnico que deram por associação a um órgão do corpo humano.

SPEAKER 2: : Ah, o pulmão da cidade.

SPEAKER 1: : Por aqui tem tudo isso. T ### Em termos de ensino, bem como em termos disso aí que o Luiz falou, eh supermercado, farmácia, et cetera, isso é muito relativo, quer dizer, dá, por exemplo, para ir até daqui de casa, até a farmácia, até uh a padaria, até o supermercado, mas já não é assim um negócio muito acessív Escola, existem algumas assim relativamente próximas, mas que nós não colocamos nossos filhos. Porque a gente ter está muito preocupado com o problema da localização da escola. E Inclusive, nós ah nossas filhas a minha filha maior estuda numa escola que fica afastada, muito afastada daqui, quer dizer eh, para nós, em termos da localização da escola dela, está muito mal a posição da nossa casa.

SPEAKER 2: : Mas num raio de trezentos metros a gente tem exatamente tudo isso. Tem grupo escolar, tem ginásio, tem colégio do estado, tem padaria, tem farmácia, supermercado. A questão é que não é essa escola que a gente usa. Não é necessariamente essa padaria que a gente usa.

SPEAKER 1: : O problema de padaria é diferente, né? É muito diferente do problema de escola. Não. ###

SPEAKER 2: : porta. O problema é de mercado. ### Vai usar lá na Praça Panamericana. Fica relativamente longe. Mas, no entanto, é lá que a gente faz as compras, não é? Então, em São Paulo, o problema de de localização da casa em relação a a esses locais de de de serviço público É uma coisa muito relativa, porque pode ter um uma escola do do lado da sua casa, mas não é a escola que você precisa, ou que você vai usar. Não é? É. A cidade universitária fica a um pulo daqui, não é? Um pulo entre aspas, né? Mas de carro vai em sete, oito minutos só.

SPEAKER 1: : A rua da casa de vocês é uma rua Importante? De nenhuma importância.

SPEAKER 2: : Felizmente, né? Uma rua que nunca vai ter grande movimento, a não ser em meio de jogo.

SPEAKER 1: : Para começar que tem cento e poucos metros, né? Portanto, ela não é nenhuma via de acesso importante. Mas por perto passa uma série de vias de acesso importantes. ###

SPEAKER 2: : Passa a Francisco Morato, que vai pra Curiti ###

SPEAKER 1: : é que nós moramos no caminho do Paraná ( ) Logo ali.

SPEAKER 2: : Mas é uma avenida que está ficando cada vez pior e... e sem perspectivas de melhora, porque não há nem uma rua paralela. Quer dizer, não há condições de de ampliar a avenida, inclusive. Aqui mais para baixo tem a Antonico, que é uma rua, poderia se chamar de importante, embora não tenha muito movimento, porque ligaria a Francisco Morato com com a Avenida Morumbi, que é uma rua que também não tem grande movimen A rua importante mesmo aqui é Francisco Morato.

SPEAKER 1: : E a rua de vocês é paralela a Francisco Morato? ### E em relação à rua Éder?

SPEAKER 2: : É perpendicular. Eh

SPEAKER 1: : É uma rua de fácil acesso, normalmente?

SPEAKER 2: : Não, porque é uma buraqueira infernal. Completamente desconheci Ninguém conh

SPEAKER 1: : Aqui o o serviço de de, apesar da rua ter buraco, tudo, serviço de recolhimento de lixo, essas coisas, é bem feito? É bem feito. A menos da época em que estavam fazendo esse serviço de esgoto e que depois veio um (tosse) período de chuvas e que a rua ficou um sabão, né? Então aí o caminhão de lixo não tinha condições de passar na porta e evidentemente os lixeiros não iam ser tão bonzinhos, né, de vir até aqui pegar o lixo. Mas normalmente eles passam direitinho.

SPEAKER 2: : Um dia desse aqui em casa o lixeiro pediu licença para telefonar para para o guincho do do do lixo. Porque o caminhão atolou num buraco. (tossiu) É verdade!

SPEAKER 1: : E vocês acreditam que o asfaltamento venha logo? Parece que nós teremos um vizinho importante. E ele disse que só virá morar por aqui A casa dele está quase pronta, deve ficar pronta no fim do ano. Ele só di disse que só virá morar aqui quando a rua for asfaltada. E ele já confessou que tem, assim, muitas relações com gente muito importante e que ele vai conseguir isso. Então eu acho que quando esse vizinho resolver vir morar aqui, está tudo resolvido.

SPEAKER 2: : E aqui em cima também mudou agora um major. ###

SPEAKER 1: : Mas enquanto não se acelera essas coisas, eh vocês não acham que a região fica um pouco desprotegida, assim? Um certo vazio quanto à segurança? Problema de ladrão, você quer dizer?

SPEAKER 2: : Olha, eu não tenho muito medo disso pelo seguinte. ( ), ninguém mais rouba casa, né? Quem vai roubar uma televisão? Vai vender por quanto a televisão? Vai ter que vender para um receptador. Você não vai pagar nada por uma televisão. Joia, dinheiro, coisa que não tem Então, não há praticamente nada de roubo de casa. Tem o roubo de carro, né? Que, nesse aspecto, seria perigoso, porque é um lugar deserto, escuro. Então, se a gente encosta o carro para pôr na garagem, chega um sujeito e leva o carro. Mas esse problema fica parcialmente resolvido, porque a gente tem dois carros. Um sessenta e seis, que ninguém vai roubar um ( ) se ### E por outro lado, tá no seguro também, né? Porque Se quiser levar, pode levar.

SPEAKER 1: : Existe alguém que cuida da casa durante a noite? ###

SPEAKER 2: : Tem um guarda noturno, né, que Que passa por aí.

SPEAKER 1: : ### Especificamente da nossa, ninguém. Ele guarda o... Que ele guarda de uma região relativamente grande. E ele passa aí de bicicleta.

SPEAKER 2: : Ele toma conta de oitenta casas.

SPEAKER 1: : E esse serviço dele é... é remunerado?

SPEAKER 2: : É remunerado. A gente pagava dez cruzeiros até o mês passado. E hoje ele veio cobrar aí já falou que subiu para quinze.

SPEAKER 1: : É um aumento de cinquenta

SPEAKER 2: : por cento, né? É, foi o que eu falei para ele. Um bom aumento que vocês se deram, né? Ele falou, é, mas é que a gente tem que pagar o i ene pê esse, não é a firma que paga. E E a gente acha melhor tomar conta de oitenta casas e ganhar um xis do que tomar conta de cento e vinte e ganhar mais, mas não toma conta direito. Tem razão, né?

SPEAKER 1: : Não dá para... Aliás, ele não cobra muito, né? É

SPEAKER 2: : onde a gente morava, a gente pagava quarenta.

SPEAKER 1: : Onde é que vocês moravam antes?

SPEAKER 2: : Nós morávamos no Brooklyn. Num num

SPEAKER 3: : ###

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : E como é que era lá a região? Lá nós tínhamos vizinhos por todos os lados, mas era uma região nova, né? E a nossa rua lá era calçada, mas não era iluminada. Ah Lá nós não tínhamos telefone. Aqui nós temos telefone. A casa era melhor, mas a região lá era boa. Se bem que para fazer qualquer compra, qualquer coisa que a gente precisasse, a gente precisava chegar na Avenida Washington Luís e tinha que subir uma senhora ladeira. Em comparação, uma região com a outra, qual seria melhor? Em termos de melhoramentos, eh necessidades básicas?

SPEAKER 2: : Aqui é melhor.

SPEAKER 1: : Acho que é muito difícil dizer. Qual que é me ### ### farmácia lo

SPEAKER 2: : Aqui é melhor, na minha opinião, principalmente pelas perspectivas que se tem aqui, que se tinha lá. Porque esse ( ) ficava pertinho de um... ficava muito próximo deum de um riacho, onde vai passar uma grande avenida agora, que vai ligar com a água, com a água funda, não, com a... Migrantes. Com a Imigrantes. Então, a relativamente curto prazo, o movimento ali vai ser violento. ### Então, tem inclusive plano de desapropriação, não da casa onde a gente morava, mas na redondeza. De qualquer forma, isso está muito muito problema, né, muito barulho, muito movimento.

SPEAKER 1: : Existem alguns dos vizinhos nossos ali que vão ficar morando embaixo do viaduto, encostado no viaduto. Vai ser uma barulheira tremenda. Aliás, quando nós compramos a casa, nós já procuramos ficar longe do lugar que a gente já saber que ia passar sabia já que ia passar a avenida, não é? Pensando exatamente nesse problema.

SPEAKER 2: : (pigarro) Agora, o pior de tudo é que nós compramos essa casa pelo bê ene agá. Quando nós fomos comprar essa, eh não se vendia casa naquela ( ) Então, nós somos obrigados a alugar a casa. Então, A gente recebe o dinheiro do aluguel e paga o o bê ene agá, não é? Mas a questão que o nosso inquilino faz oito meses que não paga. Então está com ação de despejo, uma dor de cabeça danada.

SPEAKER 1: : E o pior é que ele não tem profissão, sabe? Ele faz um serviço que, se você entrar na Caixa Econômica, ele faz aquele serviço que não existe, sabe? Quando você entra na Caixa Econômica para pedir um empréstimo, existe, está escrito assim, não existem intermediários. Você deve... Deve você mesmo arrumar a sua documentação. E o nosso inquilino fazia esse serviço. Ele é aquele que não existe, você entendeu? Quer dizer Ele arruma essa documentação. Ele entra e sai de lá e tal, mas pagar um lugar que é bom, nada, viu? Vocês consideram esse sujeito um sujeito o quê? ###

SPEAKER 2: : ###

SPEAKER 1: : um picareta. (risos) ( ) Fora isso, não tem outro. ### Em relação ao que ele tem feito a vocês? Ah Faz eh uma série de sacanagens que não tem tamanho.

SPEAKER 2: : E o pior de tudo é que é um cara que tem sua televisão a cores, acarpetou a casa.

SPEAKER 1: : Colocou papel de parede.

SPEAKER 2: : ### E o tutu do aluguel que é bom, nada.

SPEAKER 1: : O infeliz não tem condições, ou ou pelo menos aparenta não ter condições de sustentar nenhuma família, sabe? Mas ele já já é casado a segunda vez e com uma mulher que ainda tem três filhos. E Então eu acho que ele vive um pouco apertado. O dinheiro que ele ganha não dá para ter o padrão de vida que ele quer ter. Ele tem duas empregadas uniformizadinhas, sabe?

SPEAKER 2: : E a gente vai conversar com ele, ele está falando que vai comprar um Dodge, não sei o quê.

SPEAKER 1: : ### ### É desses que o problema maior deles está em aparecer, né? Ter aquele carro... Existe alguma forma de colocar esse sujeito eh em dia com vocês?

SPEAKER 2: : É... Despejo, né? Já entramos com o despejo, mas... Sabe como é que é a justiça brasileira, né? O oficial de justiça fala para você ter uma ideia. Demorou dois meses e meio ou três para entregar a notificação para o cara. Provavelmente ele soltou o tutu, né? E agora vamos vamos esperar a execução do despejo, que deve demorar mais uns três meses.

SPEAKER 1: : Quem é que faz essa execução?

SPEAKER 2: : É o Poder Judiciário, né?

SPEAKER 1: : Quer dizer, provavelmente o juiz logo deverá eh assinar a ordem do despejo, mas para o despejo ser executado realmente precisa oficial de justiça. Comunicar novamente para o nosso inquilino. E parece que s que oficial de justiça só vive mesmo é de suborno. O salário deles é muito baixo, mas eles têm um belo padrão de vida, né? É, e quando te ###

SPEAKER 2: : E quando tem vaga para vinte cargos de oficial de justiça, aparece cinco mil candidatos. Quer dizer que é um negócio meio esquisito, né? Para ganhar setecentos